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João Januário Pacho

Gestão Financeira dos Artigos

Licenciatura em Gestão e Organização escolar

4º Ano, Pôs-laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Agosto de 2023
João Januário Pacho

Gestão Financeira dos Artigos


Licenciatura em Gestão e Organização escolar
4º Ano, Pôs-laboral

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na Faculdade de


Ciências de Educação e Psicologia na cadeira de
Aprovisionamento como forma parcial de avaliação: Sob
orientação do Mestre: Ecelina Nhantumbo

Universidade Pedagógica de Maputo


Agosto de 2023
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

1.1. Objectivos.........................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................4

1.1.2. Objectivos específicos...............................................................................................4

1.2. Metodologia......................................................................................................................5

2. Gestão financeira dos artigos...................................................................................................6

2.1. Definição de conceito............................................................................................................6

2.1.1. Gestão de Stocks............................................................................................................6

2.1. Parâmetros de Gestão........................................................................................................7

2.1.1. Valorização do estoque..............................................................................................7

2.1.1.1. Métodos de Valoração de Estoques........................................................................7

2.2. Custos de Stock.................................................................................................................8

2.2.1. Custo de aquisição ou de unitário..............................................................................8

2.2.2. Custo de Encomenda.................................................................................................8

2.2.3. Custo de Posse Stock.................................................................................................9

Conclusão...............................................................................................................................11

Bibliografia....................................................................................................................................12
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1. Introdução

O presente trabalho tem como tema “.Gestão financeira dos artigos”. O mesmo de enquadra-se
na disciplina de aprovisionamento, e sendo uma disciplina do curso de organização e gestão
escolar é bastante importante pois enquanto gestores escolares iremos trabalhar bastante com o
aprovisionamento.

Para que se coloque a disposição dos matérias necessários que uma organização vai precisar,
num primeiro momento passa-se da função “compras”, que pode ser compreendido como
conjunto de operações que permitira adquirir para a instituição, todos os matérias necessários
para a realização de diversas actividades, esses produtos, como já havia-se referenciado devem
ser adquiridos em tempo oportuno, na qualidade e quantidade desejada e ao menos custo.
Com a função compra, percebe-se que toda a organização antes de comparar faz um estudo de
viabilidade e esse estudo esta virada para questões de quantidade, qualidade e acima de tudo o
preço, ou seja, as organizações buscam produtos em altas quantidades mas com uma qualidade
excelente e acima de tudo a um bom preço.

Robbins, frisa que actualmente os mercados estão cada vez mais competitivos e os preços tem
alterados ou variados diariamente, há uma necessidade da empresa conseguir se manter nessa
competividade, ou até mesmo atingir o sucesso. Por isso que o tempo de estudo sobre
aprovisionamento tem que ser rápido porque Já há muito tempo que o aprovisionamento deixou
de ser apenas uma compra de um material e tentar pagar a dívida.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar a importância de gestão financeira dos artigos
1.1.2. Objectivos específicos
 Caraterizar a gestão de stock
 Indicar os métodos s de valorização do aprovisionamento
 Identificar os diferentes custos de stock
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1.2. Metodologia
Para a realização do presente trabalho ira-se recorrer a pesquisa bibliográfica, A pesquisa
bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre a teoria que irá direcionar o
trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo e análise pelo pesquisador que irá
executar o trabalho científico e tem como objetivo reunir e analisar textos publicados, para
apoiar o trabalho científico. Para Gil (2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com
base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Nesta
senda, todo o material que foi usado para a materialização desse trabalho está devidamente
apresentado na página referente a referências bibliográfica
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2. Gestão financeira dos artigos


2.1. Definição de conceito
2.1.1. Gestão de Stocks
A gestão de stocks desempenha um papel fulcral no aumento da eficiência e, consequentemente,
no aumento da segurança do doente e melhoria dos cuidados prestados, constituindo um elevado
investimento para a organização e se gerido de forma adequada pode trazer benefícios
económicos significativos (Bernardino, 2017). Os stocks são o conjunto de materiais
consumíveis, mercadorias ou bens acumulados, à espera de uma utilização posterior, que deve
ser mais ou menos próxima e que nos permite assegurar o fornecimento aos utilizadores quando
estes o necessitarem (Correa et al, 2000). Assim, os stocks garantem o abastecimento dos
materiais necessários para os serviços, durante as oscilações entre a produção e a procura.

A gestão de stocks abrange um conjunto de técnicas e mecanismos que visam manter os stocks
ao nível mais baixo possível, tanto em termos quantitativos como em custo, garantindo o
fornecimento regular de material, sem roturas e permitindo uma melhor execução das tarefas de
aprovisionamento e armazenagem, reduzindo, desse , os encargos relativos à sua conservação
(Mendes,2014). Segundo Dalarmi (2010), para que exista uma gestão de stocks adequada é
fundamental criar sistemas de informação que ajudem a planear, controlar e organizar as
necessidades do público alvo, uma vez que os materiais devem estar disponíveis de forma a
evitar faltas e excessos que comprometam os recursos disponíveis e os custos deles provenientes,
especialmente na área da saúde que já se apresenta como uma área de elevados encargos e onde a
redução dos custos e o fornecimento de cuidados de saúde atempados se mostram extremamente
importantes.

Devido ao aumento dos custos dos materiais e concorrência na área da saúde, tem-se vindo a dar
mais importância à área da gestão de stocks. Atualmente, os gestores e especialistas da área da
saúde compreendem que uma gestão eficiente destes materiais pode corresponder a um aumento
qualitativo no atendimento aos utentes e a uma diminuição dos custos operacionais
(Mendes,2014). A gestão de stocks desempenha, hoje em dia, um papel fundamental, sendo uma
das ferramentas mais importantes ao dispor da gestão para maximizar os seus resultados líquidos
(Morgado, 2002). Tem-se vindo a procurar continuamente o desenvolvimento de técnicas
eficazes, que permitam o abastecimento necessário nos serviços utilizando o mínimo de
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investimento. Na gestão de stocks verificam-se dois importantes fatores a considerar: a procura e


os custos, que serão referidos mais à frente

O objetivo da gestão de stocks envolve a determinação de três decisões principais:

 O que comprar
 Quanto comprar
 Quando comprar

2.1. Parâmetros de Gestão


2.1.1. Valorização do estoque
Valor do estoque tanto no custo quanto no valor de mercado pode sofrer mudanças com o tempo
e alguns reconhecimentos devem ser feitos quanto o período de distribuição. Além do mais, o
valor do estoque, para as práticas de contabilidade são geralmente computados nas bases do fifo
e do lifo, ou em um sistema de custo padrão para estabelecer o custo dos materiais vendidos.

2.1.1.1. Métodos de Valoração de Estoques

Há três abordagens comumente usadas para valoração de estoques:

a) Método FIFO (First In, First Out): a sigla FIFO vem do inglês e significa “Primeiro a
entrar, primeiro a sair (PEPS)”. Quando usamos esta abordagem, retiramos primeiro do
estoque aqueles itens que entraram primeiro. Isso significa que, quando fazemos uma
retirada de produtos do estoque para venda ou consumo interno, devemos considerar o
valor dos itens mais antigos que ainda estão no estoque.
b) Método LIFO (Last In, First Out): a tradução para a sigla FIFO é “Último a entrar,
primeiro a sair (UEPS)”. Quando usamos o método LIFO, devemos retirar primeiro os
itens que entraram por último, ou seja, mais recentemente. Assim, quando uma retirada é
feita, o valor dos itens retirados deve considerar o valor dos itens mais recentes que ainda
estão no estoque.
c) Método do Custo Médio: este método é recalcula o custo médio dos itens em estoque a
cada nova aquisição e utiliza esse valor para valorar os itens consumidos do estoque.
Trata-se de um “meio-termo” entre o FIFO e o LIFO.
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2.2. Custos de Stock

Ao tomar qualquer decisão que afecte o nível de stocks, é necessário ter em consideração os
custos que lhe são inerentes e que geralmente se classificam em (CENCAL, 2004)

Os custos de stock que mais se destacam são aqueles que, de uma forma direta, interferem nos
critérios de gestão, afetando os parâmetros que levam à solução ótima e vice-versa (Roldão,
2002). De acordo com Zermati (1996), os stocks suportam três tipos de despesa:

 Custo de aquisição;
 Custos de encomenda;
 Custo de posse;

2.2.1. Custo de aquisição ou de unitário

Quanto ao custo de aquisição, é definido pelo custo que se paga aos fornecedores pelo material
fornecido, no entanto pode ainda fazer parte deste custo, o custo de transporte e o custo de
inspeção. Quando se trata de produtos fabricados na empresa, são os custos de produção que são
incluídos (Moura, 2006)

O custo de compra de um artigo é o custo de compra unitário se este for obtido a partir de uma
fonte externa, ou o custo de produção unitário se for produzido internamente; um custo unitário
deve ser sempre considerado como o custo de um artigo tal como foi colocado em stock. Para
artigos comprados, considera-se o custo de compra adicionando o custo de transporte. Para artigos
produzidos, o custo unitário inclui trabalho e material directos e custos indirectos de fabricação.
Verifica-se a alteração de custo de compra em diferentes níveis de quantidade, quando um
fornecedor oferece descontos de quantidade Tersine (1988, p. 13-15),

2.2.2. Custo de Encomenda

Os custo de encomenda, correspondem aos encargos suportados com as encomendas, isto é,


desde o momento em que é identificada uma necessidade, até à receção do artigo e à sua
arrumação na devida prateleira do armazém (Carvalho, 2017). Neste tipo de custo estão incluídos
os custos de colocação e acompanhamento das encomendas bem como todos os custos
administrativos de serviços estabelecidos pelas próprias encomendas.

Segundo Carvalho et al (2010), o custo de encomenda é composto por todos os custos


operacionais necessários para a formalização de uma encomenda, nomeadamente:
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 Recursos humanos (lançamento da encomenda, ou recepção e conferência dos produtos);


 Comunicações (telefone, internet); Consumíveis (impressoras, papeis, canetas…).
 Por fim, mas não menos importante, para as empresas que suportam o custo com o
transporte da encomenda, esse custo também integra o custo de encomenda.

O custo de encomenda inclui actividades tais como fazer requisições, avaliar vendedores,
escrever ordens de encomenda, receber e inspeccionar materiais, seguir ordens, e tratar da
documentação necessária para completar a transacção.

Na eventualidade dos produtos serem fabricados na própria empresa, é esta a responsável pelos
custos de preparação ou de mudança de produção (aos quais estão incluídos os custos que
decorrem da adaptação das máquinas e ferramentas bem como o planeamento de trabalhos
correspondentes), isto é, a empresa suportará todos os custos intrínsecos às necessárias
modificações no processo produtivo de forma a assegurar a produção do produto em questão
(Moura, 2006).

2.2.3. Custo de Posse Stock

“O custo de posse de stock representa um custo em que a empresa incorre por armazenar artigos
durante um período de tempo. Este custo inclui o custo com armazenagem, o custo de
oportunidade de capital e ainda o custo de obsolescência” (Carvalho et al, (2010))

No que concerne ao custo de posse, designa-se por custo de manter os artigos em


armazém, ou seja, desde o momento em que os artigos são arrumados nas
prateleiras do armazém até à sua saída para entrega aos clientes internos ou
externos. Os custos de posse são diferenciados em duas categorias distintas:
encargos financeiros e despesas de armazenagem, isto é, “os encargos financeiros
recaem sobre as somas investidas nos stocks”, como por exemplo, os juros dos
empréstimos feitos sob diversas formas para financiar as compras.

O custo com armazenagem inclui os custos, nomeadamente, com as instalações físicas,


equipamentos de manuseamento, recursos humanos, impostos, seguros, entre outros. Devem
apenas ser incluídos nos custos com armazenagem, os custos que variam com a quantidade em
stock. O custo de oportunidade de capital, é o custo incorrido com o montante em stock, em vez
de estar aplicado numa instituição financeira. Este custo, consoante as possibilidades da empresa
pode ser avaliado de duas formas:
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 Valor da taxa de juro das aplicações financeiras (partindo do pressuposto que os


montantes aplicados em stock são disponibilidades de tesouraria).
 O valor da taxa de juro de empréstimos bancários (partindo do pressuposto que o
investimento em stock é feito com base em dívida bancária).
 O custo de obsolescência corresponde ao custo que a empresa incorre quando um artigo
em stock se torna obsoleto. Deve ser contabilizado este custo no caso do risco de
obsolescência ser moderado a alto, tal como bens perecíveis, produtos de base
tecnológica, entre outro

Tendo em conta todos os conceitos acima descritos, é possível descrever dois modelos de
políticas de gestão de gestão de stocks que têm como principal objectivo a minimização do Custo
Total de Aprovisionamento, tendo em conta as variáveis de custo acima apresentadas.
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Conclusão

Findo o trabalho, pode-se inferir que a gestão financeira dos artigos nos proporciona sabermos a
valorização do produto a ser encomendado, pois os valores dos produtos dentem a mudar ou a
oscilar nos fornecedores, logo antes da encomenda é preciso qie se faca estudo de viabilidade e
esses estudos são feitos através dos métodos de valorização de estoque.

No que tange aos custos das encomendas pode-se inferir que o custo de aquisição é o número de
unidades compradas multiplicado pelo preço unitário. Custo de posse do stock – São os custos
por cada unidade detida em stock, que podem ser: custos de movimentação e conservação;
seguros; juro do capital imobilizado; alugueres ou amortizações do valor dos armazéns e
encargos com o pessoal. • Custo da encomenda – São todos os custos relacionados com o
lançamento e controlo das encomendas a fornecedores, incluem custos administrativos, custos de
transporte e custos de receção e controlo.
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Bibliografia
CARVALHO, José Crespo de, et al., "Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento", Edições
Sílabo, Lisboa. 2010

ROLDÃO, Victor Sequeira e RIBEIRO, Joaquim Silva “Gestão das operações”, Edições
Monitor, Lisboa. 2007

CHASE, Richard B. e NICHOLAS J. Aquilano. Gestão da Produção e das Operações –


Perspectiva do Ciclo de Vida. Lisboa: Monitor – Projectos e Edições, Lda. 1995

CENCAL – Centro de Formação Profissional para a Indústria de Cerâmica (2004).

MENDES, A., Relatório de estágio em gestão e logística hospitalar, Viana do Castelo, Instituto
politécnico de bragança. 2014

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