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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL


Licenciatura em Engenharia Rural: Agua e Saneamento

Gestão de Estoque no Campus de Mucoque

Discente: Docente:
Nilton Joao Rafael dr. Fraydson Sebastião

Maio de 2020, Vilankulo


GESTÃO DE ESTOQUE

Índice Pag.

I. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3
Objectivos ......................................................................................................................... 4
1.1.1. Objectivo Geral........................................................................................................ 4
1.1.2. Objectivos Específicos ............................................................................................. 4
II. METODOLOGIA ......................................................................................................... 5
III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 6
3.1. Estoque ....................................................................................................................... 6
3.1.1. As principais funções do estoque são: ...................................................................... 7
3.1.2. Controle de estoques ................................................................................................ 7
3.1.3. Razão para a existência dos estoques ........................................................................ 8
3.1.4. Razões para manter o estoque: ................................................................................. 9
3.2. Fundamentos da Gestão .............................................................................................. 9
3.3. Conceito de Gestão de estoque .................................................................................. 10
3.3.1. Avaliação de estoque ............................................................................................. 11
3.4. Tipos de Estoque ...................................................................................................... 12
3.5. Classificação dos Estoques........................................................................................ 14
3.6. Dimensionamento de Estoques.................................................................................. 15
4. Atividades Relacionadas ao Estoque no Campus .......................................................... 15
4.1. Recebimento ............................................................................................................. 15
4.2. Identificação de Material........................................................................................... 15
5. Importância da Gestão de Estoques para o Campus ...................................................... 17
VI. CONCLUSÃO .......................................................................................................... 18
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 19

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I. INTRODUÇÃO
A gestão de estoque nas empresas nos dias atuais é uma atividade que requer muito
conhecimento, informação e de certa forma, um pouco de experiência, pois abrange assuntos
de diversas áreas da empresa como a financeira, o setor de compras, a produção e a gestão em
geral. Estar em sintonia com todos estes setores é de total importância para o pleno
funcionamento da empresa de forma continua.

Saber entender e dar importância para o assunto faz com que a atividade de administração de
materiais seja vista como uma das que menos podem falhar, pois como já dito envolve diversos
setores, afetando o funcionamento e o desenvolvimento da empresa. (SANTOS, 2013)

É com diversos fatores como financeiros e estruturais que cada vez mais estão sendo feitos
investimentos em capacitação para aprimorar o conhecimento dos administradores de materiais
na atividade de ressuprimento. É com esta ideia que este trabalho esclarece assuntos como a
importância financeira de produtos estocados, de como operar o estoque considerando sua
estrutura e sua utilização, ou seja, abrange de forma teórica todos os assuntos relacionados área
de gestão de estoque.

Enfim esta pesquisa vem para mostrar a importância de como uma eficiente gestão de estoque
pode beneficiar ao pleno funcionamento da empresa, nesta pesquisa a empresa é uma
instituição governamental sem fins lucrativos. A gestão de estoque será realizada somente para
garantir pleno funcionamento do sistema de captação de aguas pluviais por reparação de
acessórios danificados efectuando manutenções periódicas recomendadas.

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1.1 Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Estudar sobre gestão de estoque no que tange o sistema pluvial de água no campus de
Mucoque.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Identificar e classificar os tipos de gestão de estoque;
 Descrever atividades relacionada com estoque no campus;
 Analisar a importância da gestão de estoque no campus.

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II. METODOLOGIA
A realização deste trabalho foi baseada na consulta de manuais, trabalhos de pesquisas finais,
artigos e pesquisas bibliográficas.

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III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


3.1. Estoque
O alcance do termo estoque é muito amplo. Tradicionalmente falando podemos considera-lo
como representativo de matérias-primas, produtos semi-acabados, componentes para
montagem, sobressalentes, produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos
variados.

E em meias palavras, dizemos que seria tudo o que a empresa possui “guardado”, para suprir
as suas necessidades. Ou por muitas vezes, materiais em estoque que não planejados, não
analisados ou acompanhados com uma boa gestão, acabam não sendo suficiente para suprir tal
necessidade da mesma.

“O estoque e definido como acumulação de recursos materiais em um sistema de


transformação. Algumas vezes estoque também e usado para descrever qualquer recurso
armazenado. Não importa o que esta sendo armazenado como estoque, ou onde ele esta
posicionado na operação, ele existira porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre
fornecimento e demanda.” (Slack e et al ,1997)

Conforme dito pelo autor, estoque é definido por tudo aquilo que precisa ser armazenado ou
estocado em determinados locais de uma organização, pois assim complementa a rotatividade
da organização, tornando-a rápida e eficaz.

Em organizações mais atípicas poderá adquirir outros significados, como estoque de livros, de
dinheiro em banco, de professores, de consultores e assim por diante. Sobre este prisma pode-
se definir estoque assim:

a. Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir


o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da
empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a
demanda com exatidão;

b. Reserva para ser utilizada em tempo oportuno.

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3.1.1. As principais funções do estoque são:


a. Garantir o abastecimento de materiais á empresa, neutralizando os efeitos de:

 Demora ou atraso no fornecimento de materiais: Estando sempre atento a quantidade


qualidade dos materiais em estoque.
 Sazonalidade no suprimento: Verificar o tempo que ta acontecendo, as transformações
nos matérias.
 Riscos de dificuldade no fornecimento: Analisando o tipo de dificuldade encontrada.

b. Proporcionar economias de escala:

 Através da compra ou produção em lotes econômicos;


 Pela flexibilidade do processo produtivo;
 Pela rapidez e eficiência no atendimento ás necessidades.

3.1.2. Controle de estoques


O Controle de estoques é o procedimento adotado para registrar, fiscalizar e gerir a entrada e
saída de mercadorias e produtos numa, seja numa indústria ou no comércio. O controle de
estoque deve ser utilizado tanto para matéria prima, mercadorias produzidas e/ou mercadorias
vendidas.

O Controle de estoques exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Os


estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviam
fundos de outros usos potenciais e tem o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de
investimento da empresa. Sendo um importante papel na fase administrativa, pois através desse
estoque e que e possível saber o quanto se pode comprar o que comprar para não chegar ao
desperdício de matérias ou até mesmo da falta de material em estoque.

O objetivo do controle de estoque é também financeiro, pois a manutenção de estoques é cara


e o gerenciamento do estoque deve permitir que o capital investido seja minimizado. Ao mesmo
tempo, não é possível para uma empresa trabalhar sem estoque. Portanto, um bom controle de
estoque passa primeiramente pelo planejamento desse estoque. De forma semelhante, os níveis
dos estoques estão sujeitos á velocidade da demanda. Se a constância da procura sobre o
material for maior que o tempo de ressuprimento, ou estas providências não forem tomadas em
tempo oportuno, a fim de evitar a interrupção do fluxo de reabastecimento, teremos a situação

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de ruptura ou de esvaziamento do seu estoque, com prejuízos visíveis para a produção,


manutenção, vendas etc.

3.1.3. Razão para a existência dos estoques


Para Viana (2002) as principais causas que exigem estoque permanente para o imediato
atendimento do consumo interno e das vendas nas empresas são:

a. Necessidade de continuidade operacional;

b. Incerteza da demanda futura ou sua variação ao longo do período de planejamento;

c. Disponibilidade imediata do material nos fornecedores e cumprimento dos prazos de entrega.

Atender aos clientes na hora certa, com a quantidade certa e requerida, tem sido o objetivo da
maioria das empresas. Assim, a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias assumem
cada vez mais um papel preponderante na obtenção de uma vantagem competitiva duradoura.

 Custos

A necessidade de manter estoques acarreta uma série de custos às empresas. Por isso é normal
ouvirmos “Estoque custa dinheiro”. Podemos classificar os custos de manter estoque em três
categorias: custos diretamente proporcionais, inversamente proporcionais e independentes.

O custo direto ocorre quando os custos crescem com o aumento da quantidade média estocada.

O custo inverso são os custos ou fatores de custos que diminuem com aumento do estoque
médio, isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos.

O custo independente são os que independem do estoque médio mantido pela empresa.
Independe da quantidade estocada.

 Consumo

Viana (2002) diz que consumo é a quantidade de material necessária requerida para o
atendimento das necessidades de produção e de comercialização, relacionada a determinada
unidade de tempo. Assim, conforme o ritmo em que se processa a utilização pode-se classificar
o consumo como regular ou irregular. Como diz o autor, consumo é o material necessário para
o atendimento das necessidades de produção e comercialização.

 Demanda

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Para Viana (2002) a demanda caracteriza a intenção de consumo e tem o objetivo básico de
fazer previsões, levando em consideração dois aspectos relevantes, quais sejam sua evolução
histórica e seus afastamentos, que podem ser identificados analisando-se tipos de funções da
própria demanda.

Conforme o autor demanda e consumo andam juntos, pois, depende da quantidade do consumo
para poder analisar a demanda.

3.1.4. Razões para manter o estoque:


a. Melhorar o nível de serviço;

b. Incentivar economias na produção;

c. Permitir economias de escala nas compras e no transporte;

d. Agir como proteção contra aumento de mercado;

e. Proteger a empresa de incertezas na demanda;

f. Ter o que servir em situação de emergências;

As vezes para baratear o insumo/produto é necessário fazer estoques maiores, baratear custos
com transportes e produção. Há três tipos de estoques:

a. Básico: O que há em estoque para a demanda;

b. Segurança: Além do básico para atender uma eventualidade;

c. Trânsito: O conjunto de itens já comprados, mas que até chegar ao estabelecimento já é


considerado estoque em trânsito.

3.2. Fundamentos da Gestão


Segundo Viana (2002) seu objetivo consiste essencialmente na busca pelo equilíbrio entre
estoque e consumo, o que será obtido mediante as seguintes atribuições, regras e critérios:

a. Impedir entrada de materiais desnecessários;

b. Centralizar as informações para que se tenha um melhor acompanhamento e planejamento;

c. Definir parâmetros de cada material;

d. Determinar a quantidade de compra para cada material;

e. Analisar e acompanhar a evolução do estoque na empresa;

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f. Desenvolver e implantar uma padronização de materiais;

g. Ativar o setor de compras;

h. Decidir sobre a regularização de materiais

i. Realizar estudos frequentes para que materiais obsoletos e inservíveis sejam retirados do
estoque.

Estoque é a quantidade de um determinado item para atender determinado nível de demanda.


Motivadores da gestão de estoque:

a. Número crescente de SKU;

b. Elevado custo de oportunidade do capital, ou seja, quando coloca-se dinheiro em


determinado estoque, perde-se a oportunidade de empregar o mesmo capital em outro tipo de
mercadoria ou situação;

c. Se a empresa estimula a produção acima da demanda, ela tenta empurrar para os setores
seguintes da cadeia de suprimentos.

SKU significa “Stock Keeping Unit”, é o item de estoque, cada tipo de mercadoria (caneta,
celular, biscoito,etc.).

3.3. Conceito de Gestão de estoque


Segundo Martins e Alt (quinta tiragem, 2003) ambos mestres em engenharia de Produção
afirmam que a gestão de estoques constitui em ações que permitem o administrador analisar se
os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados, bem manuseados e controlados. A
gestão de estoque busca garantir a máxima disponibilidade de produto, com o menor de estoque
possível. A gestão de estoques entende que quantidade de estoque parada é capital parado. Ou
seja, não está tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado, este capital
investido poderia estar suprindo a urgência de outro segmento da empresa, motivo pelo qual o
gerenciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o equilíbrio entre estoque
e consumo. Os níveis devem ser atualizados periodicamente para evitar problemas provocados
pelo crescimento do consumo ou vendas e alterações dos tempos de reposição.

Baseando no que autor disse, a gestão do estoque é estritamente necessário em uma


organização, pois ele juntamente com os demais departamentos é todo o funcionamento desta

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empresa. Através da racionalização do estoque, garantindo a máxima disponibilidade do


produto, com o menor estoque possível.

Sendo a finalidade da gestão de estoque, a facilitação do seu uso diário, disponibilizando as


informações necessárias para cada departamento e suas reais necessidades das mercadorias.
Pois se a empresa detém um volume alto de estoques e não realiza esta prévia análise, as
economias geradas pelas compras de lotes maiores podem ser coberta por custos maiores na
manutenção destes estoques. Por fim, entendemos que a gestão de estoques é o planejamento
do estoque, seu controle e sua retroalimentação sobre o planejamento. O mesmo, consiste na
determinação dos valores que o estoque terá com o correr do tempo, bem como na determinação
das datas de entrada e saída dos materiais do estoque e na determinação dos pontos de pedido
de material.

3.3.1. Avaliação de estoque


A maioria das empresas chegam á falência por imobilizar elevadas somas de capital em
estoques, faltando-lhes recursos financeiros para capital de giro. Uma atividade importante
dentro do conjunto da gestão de estoque é prever o valor do estoque em intervalo de tempo
adequado e gerenciá-lo, comparando-o com o planejado, e tomar as devidas ações quando
houver desvios de rota. Os fatores que justificam a avaliação de estoque são:

a) assegurar que o capital imobilizado em estoques seja o mínimo possível;

b) assegurar que estejam de acordo com a política da empresa; 8

c) garantir que a valorização do estoque reflita exatamente seu conteúdo;

d) o valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão;

e) evitar desperdícios como obsolescência, roubos, extravios etc.

Portanto, torna-se imperiosa uma perfeita avaliação financeira do estoque para proporcionar
informações exatas e atualizadas das matérias-primas e produtos em estoques sob
responsabilidade da empresa.

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3.4. Tipos de Estoque


Para Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009), é possível definir os diferentes tipos de estoques
como de ciclos, de segurança, de antecipação e em trânsito. Já Slack, Chambers e Johnston
(2009) ainda enumeram os estoques de desacoplamento e no canal. Arnold (1999) também cita
o estoque hegde.

 Estoque de Ciclo

De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009) em acumular os diferentes itens uma vez
que não é possível produzir todos simultaneamente, então este tipo de estoque serve para
manter o estoque do produto até o próximo ciclo de produção do mesmo. Ou seja, de acordo
com Krajewski, Ritzman e Malhotra (2009), é quando tamanho do lote varia diretamente com
a porção total do estoque.

 Estoque de Segurança

Também conhecido como estoque regulador, segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), tem
como propósito compensar as incertezas quanto ao fornecimento e a demanda. O objetivo é
proteger a empresa contra o excesso de demanda sobre as quantidades previstas e espera no
ciclo produção/operação. “A variação da demanda representa um desvio-padrão ao redor da
média de demanda e flutua de acordo com as circunstâncias do mercado”. (Chiavenato, 2005)

Para o cálculo do estoque de segurança considera-se os fatores que influenciam as incertezas,


como nível de serviço, variabilidade da demanda, erros de previsão, tempo de entrega e
intervalo de reabastecimento.

 Estoque de Antecipação

Tem o propósito de atender a demanda sazonal, ou seja, com ele é possível compensar a
diferença de ritmo de fornecimento e demanda, demanda esta relativamente previsível.
Também usado para o fornecimento variável de insumos, segundo Slack, Chambers e Johnston
(2009).

 Estoque em Trânsito

Também conhecido como estoque de movimento ou de tubulação, refere-se, de acordo com


Slack, Chambers e Johnston (2009) e Arnold (1999), ao produto que está se movimentando de
um ponto a outro do sistema de fluxo de materiais.

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Estes pontos podem ser entre processos de transformação dos quais o produto passará ou então
entre a planta e o centro de distribuição, ou do centro de distribuição ao cliente. Logo, este tipo
de estoque consiste em pedidos que foram realizados, mas ainda não recebidos, pois estão
sendo transportados. Para reduzir este estoque é necessário reduzir o tempo em trânsito.

 Estoque de Desacoplamento

Conforme estabelece Slack, Chambers e Johnston (2009), possibilita a criação de oportunidade


para que seja efetuada a programação e a velocidade de processamentos independentes entre
os estágios do processo produtivo. Ou seja, é o estoque que é formado quando um processo
trabalha de forma independente, visando maximizar a utilização do local e eficiência dos
equipamentos e dos funcionários.

 Estoque no Canal de Distribuição

Ainda de acordo com o Slack, Chambers e Johnston (2009), ocorre quando um produto está
aguardando o transporte. O estoque existe, uma vez que não é possível realizar o transporte
imediatamente após a produção para o ponto de demanda.

 Estoque Hedge

Para Arnold (1999), serve para amortecer os impactos da flutuação dos preços. Por exemplo,
minerais ou grãos, que têm sua comercialização no mercado mundial e consequentemente tem
preços flutuantes, de acordo com a oferta e com a procura no mercado internacional. Se os
compradores têm a expectativa de aumento dos preços desses itens, podem adquirir um estoque
hedge quando os preços estão baixos. A principal diferença deste tipo de estoque para o de
segurança é que este é utilizado como uma ação compensatória para cobrir possíveis prejuízos
em uma transação.

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3.5. Classificação dos Estoques


Para Chiavenato (2005) os estoques podem ser classificados de acordo com a classificação de
seus materiais. Então, para cada item ou para cada estágio em que ele se encontra, o mesmo é
classificado de acordo.

 Estoques de Matérias-Primas

É o estoque dos insumos e materiais básicos para a produção

 Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias

Também conhecido como Work in Process (WIP), este tipo de estoque é constituído por
materiais que estão passando pelo processo produtivo, ou em vias de serem processados.

 Estoque de Materiais Semiacabados

Tem o conceito semelhante ao estoque de materiais em processamento, porém os itens estão


em um estágio mais avançado no processo produtivo ou esperando apenas o acabamento,
faltando poucas etapas para serem transformados em produtos finais.

 Estoque de Materiais Acabados (ou componentes)

É o estoque dos componentes acabados isolados que serão montados em outros componentes
para se transformar em produto acabado.

 Estoque de Produtos Acabados

É o estoque que armazena o produto final, ou seja, o item que já passou por todo processo
produtivo e encontra-se acabado e pronto.

Figura 1: As quatro fases de estoque de materiais


Fonte: Chiavenato (2005), Pagina 71.

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3.6. Dimensionamento de Estoques


Para um dimensionamento de estoque adequado, é necessário, de acordo com Chiavenato
(2005), estabelecer os níveis de estoque de modo que não haja excessos nem faltas. Para isso,
deve ser analisado quais materiais necessitam permanecer em estoque, o volume de estoque
necessário para cada item e quando os estoques devem ser reabastecidos.

O dimensionamento de estoque é fundamentado na previsão de demanda que é uma estimativa


do volume de consumo de cada material durante um determinado período de tempo, segundo
Chiavenato (2005).

4. Atividades Relacionadas ao Estoque no Campus


A operação de estoque no campus não envolve apenas a função de armazenagem de materiais,
mas também diversas atividades e sua eficiência depende da maneira como estas atividades são
desempenhadas. De diversas formas essas atividades ocorrem em qualquer depósito. A
complexidade é diretamente proporcional ao número de unidades de armazenamento mantidas
(SKU), da quantidade de cada SKU e do número de pedidos recebidos e preenchidos.

4.1. Recebimento
Arnold (1999) explica que o depósito recebe os produtos que chegam, assumindo a
responsabilidade por eles. Além do recebimento do material, este processo ainda engloba as
seguintes atividades: controle das atividades de recebimento e devolução de materiais, análise
da documentação recebida, confronto dos itens listados na nota fiscal e no manifesto de
transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos, conferência visual, quantitativa e
qualitativa dos materiais, bem como a decisão de recusar, aceitar ou devolver, e, no caso de
aceitar, enviar para o estoque, de acordo com Viana (2002).

4.2. Identificação de Material


Neste sector a acurácia na identificação dos produtos, da localização e dos serviços prestados
nos mesmos, impacta diretamente nas operações essenciais para a eficiência no controle de
desvios de material e seu monitoramento.

 Etiquetas

O método mais utilizado para a identificação de materiais é o da etiquetagem. As etiquetas


podem ser alocadas tanto no produto quanto na embalagem. Nelas podem estar contidas
informações como fabricante, nome e tipo do produto, data de validade ou qualquer outra
informação que seja importante para a identificação do item. Neste trabalho apenas dois tipos

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de identificações serão descritas e comparadas, a do tipo códigos de barras e a do tipo de rádio


frequência (RFID).

De acordo com Lustosa et. al (2008), em estoques que centenas ou milhares de itens precisam
ser controlados, a gestão de estoque depende de uma atualização de dados de confiança, logo,
um sistema eficiente é geralmente a solução escolhida. Nele é possível realizar a entrada de
dados com a utilização de códigos de barras e RFID, possibilitando um maior controle de
estoque.

 Código de barras

De acordo com a GS1 (2013), a definição de código de barras é a seguinte:

“Trata-se de uma representação gráfica, em barras claras e escuras, das combinações binárias
utilizadas pelo computador. Decodificadas por leitura óptica, essas barras informam os
números arábicos ou as letras que constituem o código de barras”.

O código de barras armazena uma quantidade limitada de informação, é necessário o uso de


um leitor para a obtenção das informações nele contidas. O código de barras precisa ser
posicionado próximo ao leitor, demandando, assim, a intervenção do homem neste processo,
de acordo Wang, (BALLOU, 1993).

“Os códigos de barras são utilizados para representar uma numeração (identificação) atribuída
a produtos, unidades logísticas, localizações, ativos fixos e retornáveis, documentos,
contêineres, cargas e serviços facilitando a captura de dados através de leitores (scanners) e
coletores de código de barras, propiciando a automação de processos trazendo eficiência, maior
controle e confiabilidade para a empresa.” .

Apesar de códigos de barra ser uma forma de identificação eficaz é mais apropriado ser
empregado em empresas comercias com diversos fluxos de produtos.

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5. Importância da Gestão de Estoques para o Campus


Uma má gestão no estoque acarretaria em inúmeros prejuízos à instituição. Dentre eles
elevação no consumo de água potável que resultaria em valores elevados nas facturas do
mesmo, mal estar ambiental na instituição por alagamento de água em vários cantos
dificultando a circulação por causa de um caleira danificada provavelmente e assim vai.
Portanto, sua existência em meio ao planejamento do controle de estoque torna-se essencial. A
gestão age como protetora dos desastres à espreita a qualquer momento no sistema de captação
de águas pluviais.

Sendo suas principais funções:

 Determinar “o que” manter em estoque;


 Determinar quando reabastecer;
 Determinar quanto requisitar;
 Acionar o processo de reabastecimento;
 Receber, estocar e suprir os materiais conforme requerido;
 Realizar saneamento do estoque.

As possíveis variáveis da Gestão de Estoque podem direta ou indiretamente afectar a uma


Organização. É necessário gerir as tarefas do dia-a-dia, ou seja, o responsável dentro desta
organização fica encarregado de controlar as possíveis necessidades, a reposição do estoque e
assim a saída deste determinado produto.

Para estabelecer os níveis desejados de estoques, é imprescindível ter uma noção em relação à
previsão nas reparações e manutenções. Dependendo da resistência de material usado no
sistema e cuidados, serão determinados os níveis de estoque, ou seja, o que é necessário manter
no campus para assegurar operação normal.

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VI. CONCLUSÃO

Neste trabalho buscamos identificar as necessidades de uma boa gestão de estoque visto que
nos dias atuais é tratado com muita importância, pois é através dela que se obtém retorno dentro
da empresa, mas não só, com uma boa gestão de estoque para o caso de campus de Mucoque,
haverá sempre garantia de existência de água armazenada para uso sem ocorrer muitas perdas
por talvez mau estado de equipamento no sistema de captação de agua. Conclui-se que a
decisão de quanto e quando comprar é uma das mais importantes na gestão de estoques. E que
uma das principais dificuldades dentro da gestão de estoques está em buscar conciliar da melhor
maneira possível os diferentes objetivos de cada departamento da empresa para os estoques
sem prejudicar a operacionalidade da empresa.

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VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ARNOLD, J.R. T, Administração de Materiais, São Paulo, Editora Atlas, 1999.

 BALLOU, R. H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993.

 CHIAVENATO, Idalberto. Administração financeira: uma abordagem

introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

 DIAS, Marco Aurélio P.Administração de Matérias. 4° Edição. São Paulo: Editora

Atlas S. A., 1995.

 SLACK, Nigel, CHAMBERS, Stuart, HARLAND, Christine, HARRISON, Alan,

 JOHNSTON, Robert. Administração da Produção, São Paulo – SP: Editora Atlas S.A.,

1997.

 VIANA,João José. Administração de materiais, São Paulo:Editora Atlas S.A, 2002.

 MARTINS, Petrônio Garcia, ALT,Paulo Renato Campos.Administração de Materiais.

São Paulo: Editora Saraiva. 5ª tiragem, 2003.

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