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INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ALCIDES DA SILVA FRANCO


LIDIA CHRISTINE SILVA OLIVEIRA
RODRIGO SILVA OLIVEIRA
YASMIN TEODORO MARTINS

EFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO DA GESTÃO DE ESTOQUES EM GRANDES


INDÚSTRIAS

Itumbiara,
2019/2
2

ALCIDES DA SILVA FRANCO


LIDIA CHRISTINE SILVA OLIVEIRA
RODRIGO SILVA OLIVEIRA
YASMIN TEODORO MARTINS

EFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO DA GESTÃO DE ESTOQUES EM GRANDES


INDÚSTRIAS

Projeto de Pesquisa apresentado dentro da


disciplina de Gestão de Operações em
Serviços, do Curso Engenharia de
Produção, do Instituto Luterano de Ensino
de Itumbiara, Goiás, com a finalidade de
obtenção de pontuação.

Orientador: Prof. Régis Márcio da Silva

Itumbiara,
2019/2
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................4

2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................5

2.1. Gestão de Estoques..................................................................................................6

2.1.1. Estoque de Segurança..............................................................................................7

2.1.2. Ponto de pedido........................................................................................................8

2.1.3. Estoque mínimo.......................................................................................................8

2.1.4. Estoque máximo.......................................................................................................8

2.1.5. Lote econômico de compra......................................................................................9

2.1.6. Custos de Estoque....................................................................................................9

2.1.7. Previsão de Demanda.............................................................................................10

3. METODOLOGIA..................................................................................................10

4. REFERÊNCIAS.....................................................................................................16
4

1. INTRODUÇÃO
Diante do competitivo mercado de trabalho, é imprescindível que as
empresas tenham um bom planejamento de seus processos, conhecimento da produção e
controle de todas as atividades realizadas, a fim de conseguir consolidar seu espaço no
mercado, um menor custo e, consequentemente, aumento do lucro, buscando assim
sobreviver em meio a essa competição acirrada com seus concorrentes. Diante disso,
torna-se necessário um departamento de Planejamento e Controle da Produção - PCP
atuante e eficaz em suas análises e resultados.
Há uma grande quantidade de vertentes que devem ser observadas para se
obter os melhores resultados e, segundo de Andrade (2011), um dos maiores desafios
que as empresas encontram está relacionado à forma com que elas lidam com as
incertezas do mercado, prevendo o padrão de consumo dos estoques com maior precisão
e levando em consideração as particularidades de cada caso. Entre essas vertentes se
encontra a gestão de estoques, que tem importante papel para a continuidade dos
processos e garantia do lead time satisfatório ao cliente, o que gera um diferencial
competitivo perante aos concorrentes.
Com base neste contexto, levanta-se o seguinte questionamento: de que
forma a gestão de estoques contribui para diminuir a frequência com que se atrasam os
pedidos, evitando assim zerar o estoque e/ou ter que realizar pedidos de emergência?
As organizações têm em seu fluxo de materiais a garantia da continuidade
operacional atrelado ao estoque, este que tem peso significativo nos custos de produção.
Aperfeiçoar este fluxo é de vital importância para a competividade no mercado
(SANTOS; RODRIGUES, 2006).
Este trabalho, portanto tem como objetivo principal demonstrar como a
Gestão de Estoques, atrelada à previsão de demanda pode ser de extrema utilidade para
otimizar a administração de estoques de grandes indústrias.
Mais especificamente serão expostas as problemáticas encontradas na gestão
de estoque que direcionam para utilização de ferramentas como ponto de pedido,
estoque mínimo e estoque máximo, lote econômico de compras e estoque de segurança,
na busca para minimizar os impactos causados pelo ressuprimento de estoques.
Justifica-se, portanto este trabalho, pelo potencial de reduzir a falta de peças
que afetam diretamente a disponibilidade dos implementos utilizados na produção, que
podem ter um impacto negativo nas empresas.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
A origem da Gestão de Estoques está na antiguidade, mas não há um
registro oficial sobre quando se deu o início desta atividade. Ao observar como os
primeiros homens controlavam seus estoques de alimentos, fica claro que estes
conceitos são utilizados de certa forma até os dias atuais. Um grande exemplo disso está
na civilização do Egito Antigo. Os egípcios faziam o controle de grãos e cereais de suas
plantações para garantir o abastecimento da população entre os intervalos de colheita e
plantio. Esse controle de estoque evoluiu gradativamente com o tempo e, hoje, oferece
novas possibilidades com o uso da tecnologia.
A Revolução Industrial no século XVIII e o início da concorrência no
mercado pelas primeiras indústrias fez com que começasse a vislumbrar a necessidade
de melhorar o controle dos materiais comprados, trocados ou produzidos, ainda assim
com pouco conhecimento e definição do que seria administrar materiais.
No Brasil, conforme Sucupira (2003) citado por Carvalho e Oliveira (2009),
relata que houve uma demora no desenvolvimento da gestão de estoque causado pela
falta de competitividade do setor varejista, onde lojas individuais tinham uma gestão
centralizada no proprietário, que decidia todas as tarefas de todos os setores da empresa.
Com a inflação aumentou-se então, a competitividade do mercado,
entretanto os gerentes não tinham a preocupação com estoques pois a manutenção
destes trazia a valorização do dinheiro investido em produtos.
As empresas brasileiras só iniciaram a mudança destes conceitos a partir da
influência de três fatores predominantes: a redução das taxas de inflação, o sistema de
informatização empresarial e aumento da competitividade (SUCUPIRA, 2003 citado
por CARVALHO e OLIVEIRA, 2009), Costa (2002, p. 17) afirma que a administração
de materiais:
[...] é uma das atividades de gestão mais importantes para as empresas. A
manutenção da competitividade depende diretamente da forma com que os
materiais são geridos, os quais devem possuir níveis compatíveis com suas
demandas como também as compras necessitam ser cada vez mais ágeis, para
que possam atender às necessidades de aumento da velocidade da renovação
dos estoques. Girar o mais rápido possível, reduzindo os níveis de
armazenamento, sem que isso acarrete em desabastecimento, é o grande
desafio à gestão de materiais, visto que a manutenção da lucratividade da
empresa depende disso.

Vários são os fatores que impactam na gestão de estoque, ainda mais


quando falamos de estoques de peças de reposição. Podemos destacar alguns deles,
como por exemplo: final de vida útil da própria peça ou do ativo, tipos de manutenção
6

que o ativo sofre, características e qualidades das peças de reposição adquiridas


anteriormente, dentre outros. Entretanto neste trabalho nos especificaremos somente às
ferramentas para gerenciamento do estoque.

2.1. Gestão de Estoques


Paoleschi (2018), afirma que estoque são itens improdutivos, porém
necessários de se manter durante determinados períodos para atender certas demandas
dentro das atividades industriais, comerciais e de serviços, estes estão relacionados à
praticamente todas as áreas de operações mais importantes de uma empresa.
Portanto, entende-se que estoque é uma forma de capital imobilizado, pois
o mesmo não gera lucro de imediato, mas é importante para que não se falte itens em
demanda pelo cliente. A gestão de estoque busca de maneira eficiente, e com baixo
custo atender as necessidades de materiais da empresa, mantendo uma alta rotatividade
e o nível de estoque ideal (PEREIRA et al., 2015).
Paoleschi (2018, p.76) conceitua que:
Uma empresa deve cuidar da gestão de estoques como o principal
fundamento de todo o seu planejamento tanto estratégico como operacional,
porque um controle correto dos estoques elimina desperdícios de tempo, de
custo, de espaço e vai atender o cliente no momento em que ele deseja. Erros
no controle de estoque são causa comum de atraso nas entregas aos clientes e
de paradas do processo produtivo por falta de componentes no estoque.

Estoque é uma forma de capital imobilizado, pois o mesmo não gera lucro
de imediato, mas é importante para que não se falte itens em demanda pelo cliente. A
gestão de estoque busca de forma eficiente, com baixo custo atender as necessidades de
materiais da empresa, mantendo uma alta rotatividade e o nível de estoque ideal
(PEREIRA,et al. 2015).
Os estoques de segurança existem por causa das incertezas da demanda e do
lead time de fornecimento. Segundo Ballou (2006), se a demanda fosse determinística e
a reposição fosse instantânea, não haveria a necessidade desse tipo de estoque.
Para garantir os níveis de estoques dentro da necessidade da produção é
necessário o planejamento de consumo. Chiavenato (2005) conceitua que MRP
(Material Requiriment Planning) ou planejamento das necessidades de materiais recorre
da necessidade de atendimento ao mercado, ou seja, a demanda de produtos acabados
disponíveis ao cliente final.
Tendo em vista clientes internos para que utilizam destes estoques para
manter máquinas disponíveis para produção a importância de se ter uma gestão de
7

estoque consistente faz-se fundamental. Uma das opções para garantir o funcionamento
dos equipamentos é manter um estoque de segurança.

2.1.1. Estoque de Segurança


Segundo Chopra e Meindl (2011, p.182), o estoque de segurança é aquele
mantido com o propósito de atender a uma demanda que excede a quantidade prevista
para determinado período.
Para Corrêa (2010), no cotidiano empresarial nem sempre os pressupostos
do sistema do ponto de ressuprimento com lote econômico aplicam-se. Em geral as
demandas não são constantes, apresentando tendências de crescimento e/ou
decrescimento. Para o autor, qualquer alteração na demanda ou no lead time de
fornecimento para um valor maior do que a média durante o ressuprimento pode causar
a falta de itens em estoque.
De acordo com Martins (2006), estoque de segurança é uma quantia
mínima de componentes que devem permanecer no estoque com o papel de garantir as
possíveis alterações do sistema, que pode ser: atrasos aleatórios no tempo de
fornecimento, rejeição do lote de compra ou acréscimo na demanda do produto. Sua
intenção é não comprometer o processo produtivo e, sobretudo, não ocasionar
transtornos aos clientes por ausência de material e, por conseguinte, prejudicar a entrega
do produto ao mercado.
O estoque de segurança deve ser pensado para que no pior cenário a
produção não seja interrompida por falta de insumos (peças, produtos, etc.). Deste modo
temos uma faixa, onde os insumos devem ser adquiridos para repor os já utilizados.
O estoque de segurança pode ser calculado através da seguinte fórmula:
E Seg=Z × σ
Onde:
Z = fator determinado pelo escore Z, para uma dado nível de serviço.
σ = desvio padrão da demanda

2.1.2. Ponto de pedido


Chiavenato (2014) afirma que o ponto de pedido é uma determinada
quantidade de estoque, que no momento em que for alcançada, é necessário realizar um
novo pedido de compra a fim de que o estoque seja reabastecido. É preciso que o
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ressuprimento seja feito antes que o estoque mínimo seja atingido, visto que este não
pode ser excedido, para que o prazo de entrega ao cliente não seja afetado.
O cálculo do ponto de pedido (estoque mínimo) é considerado de suma
importância de apoio à gestão de estoques e no controle financeiro das empresas, de
forma a evitar a ruptura de estoque, em resumo que faltem itens estocados atrasando a
entrega, assegurando assim que a demanda seja atendida (EGESTOR, 2019).
Pode ser calculado através da fórmula:
PP=d ×T + E Seg
Onde,
d = demanda diária
T = tempo de ressuprimento
ESeg = estoque de segurança

2.1.3. Estoque mínimo


Renno (2013, p.581) afirma que não é possível mensurar estoque de forma
precisa, pois nunca se terá precisão nas entregas de remessas ou até mesmo de pedido,
desta forma é necessária uma forma de evitar que essas variáveis afetem a organização,
deste modo surge à necessidade do estoque mínimo ou também chamado de estoque de
segurança.
O estoque mínimo também é conhecido como Ponto de Pedido. É a
quantidade de itens estocados a partir dos quais são efetuados os pedidos de reposição.
São fundamentais: o estoque de segurança, os tempos de entrega e consumo diário
(LOPRETE et al., 2009). Paoleschi (2018, p. 80), afirma que o estoque mínimo pode ser
devidamente calculado como um custo permanente e erros podem agravar custos pelo
produto ou serviço.
Para calcular o estoque mínimo basta usar a fórmula do estoque de
segurança, então:
E Min =ESeg
Onde,
EMin = Estoque mínimo
ESeg = Estoque de segurança
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Assim como estoque mínimo é importante atentar-se também ao estoque


máximo, que por sua vez traz impactos negativos à empresa, pois aumenta a quantidade
de ativos parados, aumentando os prejuízos por depreciação de peças e onerando custos
de armazenamento.

2.1.4. Estoque máximo


Paoleschi (2018) ressalta que o estoque irá variar entre seus valores de
mínimo e máximo quando a compra e consumo estiverem equilibrados entre si. Estoque
máximo é a soma do mínimo mais o lote de compra no dia do recebimento, sendo esse
econômico ou não. Calcula-se por meio da fómula a seguir:
E Máx =Lec+ E Seg
Onde,
EMax = Estoque máximo
Lec = Lote Econômico de Compra
ESeg = Estoque de segurança

Esse tipo de estoque é relacionado ao suprimento e o estoque de reserva ele


sempre irá variar de acordo com o nível dos demais estoques (LOPRETE et al., 2009).
Para se encontrar o equilíbrio entre o Estoque Mínimo e Estoque Máximo e otimizar os
custos com aquisição de materiais é de fundamental importância que se conheça sobre o
lote econômico de compra.

2.1.5. Lote econômico de compra


O Lote Econômico de Compra (LEC) incide em uma metodologia que
proporciona a identificação com maior precisão da quantidade a ser recolocada
permitindo, dessa maneira, o menor custo total do estoque, e assim, fazendo com que as
decisões referentes às compras incluam critérios mais precisos (MARQUES; ODA
2012).
Em outros termos, diz respeito à quantia solicitada em cada pedido que
permite para a organização o menor custo total possível, onde, para se obter o LEC,
basta aplicar dos dados na Equação (FRANCISCHINI; GURGEL, 2014).
O LEC é calculado através da fórmula a seguir:
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√ 2 x D x Cp
Q=
Ce
Onde:
D = Demanda do período
Cp = Custo por pedido
Ce = Custo de Armazenagem

A otimização dos estoques tem um impacto direto nos custos operacionais


de qualquer empresa, pois estes representam um grande montante comparado ao
faturamento da empresa, podendo chegar a 11% do faturamento anual, segundo Ballou
(2006).

2.1.6. Custos de Estoque


Francischini (2002) afirma que uma importante atividade a se fazer é
determinar os custos do processo, assim o nível de estoque desejado, dividem-se então
os custos em quatro partes, esses custos associados ao armazenamento e a compra do
estoque:
1. Custo de Pedido: É tido pelo valor gasto para que um lote de compra
seja solicitado ao fornecedor e entregue para a empresa, ou seja todos os
materiais necessários para se efetuar um pedido, quanto maior valor de
pedido, será menor o custo do valor da compra.
2. Custo de Aquisição: Custo cujo valor é pago pela compradora por
aquilo que foi adquirido.
3. Custo de Armazenagem: É calculado levando em conta: aluguel,
seguros, perdas/ danos, impostos, movimentações, juros e despesas, além da
mão de obra empregada, o custo é calculado em razão do estoque a se manter
em disposição, e de cada tipo de material que será armazenado de forma a
garantir uma boa condição para a utilização dos mesmos;
4. Custo de Falta: Embora difícil de ser mensurados, os valores são
obtido por uma possível redução de estoque praticada pela empresa, porém
possui diversas variáveis subjetivas, pois esse se tem pelos impactos que a
ausência de algum item de estoque impactaria na empresa.

Ballou (2006) afirma que o planejamento e o controle das atividades da


cadeia de suprimentos/logística dependem de estimativas determinadas dos volumes de
produtos e serviços a serem processados pela cadeia de suprimentos, fazendo com que a
discussão se direcione preferencialmente para a previsão da demanda, entretanto
devemos considerar outros fatores como: controle de estoques, economia em compras, e
controle de custos, previsões dos prazos de entrega, preços e custos.
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2.1.7. Previsão de Demanda


Para um gerenciamento adequado dos estoques, a previsão de demanda é
um pré-requisito absoluto para este planejamento, afirmam Rego e Mesquita, (2011).
Segundo Morettin & Bussab (2013), a divisão dos métodos de previsão
concentram-se basicamente em duas vertentes: qualitativo e quantitativo. O método a
ser adotado varia de acordo com a precisão, produto ou tipo de serviço e tipo de
empresa, podendo estes serem mesclados com o objetivo de atender a uma previsão
mais completa.
Entre os principais métodos de previsão de demanda pode-se destacar a
média ponderada, a média móvel exponencial, a regressão linear e o modelo de holt,
que serão explanados a seguir.

2.1.7.1. Média Ponderada


Conforme publicado em Só Matemática (2008), a média aritmética
ponderada p de um conjunto de números X1, X2, X3,..., x p cuja importância relativa
("peso") é respectivamente p1, p2 , p3 ..., pn é calculada da seguinte maneira:
n

∑ ( pi∗x i )
i−1
x p= n

∑ pi
i−1

Onde:
x p = média ponderada (previsão para o próximo período)
n = número de observações
pi = peso atribuído
x i= observação na série

2.1.7.2. Média Móvel Exponencial


Esta técnica utiliza de um coeficiente ∝ (alpha) para realizar a suavização
da curva. É uma das técnicas mais utilizadas, pois usa apenas três dados por item,
facilitando sua operação e entendimento por parte dos usuários, sendo que quanto maior
o coeficiente de ponderação, mais rápida a previsão reagirá a uma variação da demanda
(MEIRELES, 2013).
É calculada por meio da fórmula a seguir:
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M t =M t −1+ ∝(D t−1−M t −1 )


Onde:
M t = previsão para o período t
M t−1 = previsão para t-1
∝ = coeficiente de ponderação
D t −1 = demanda em t-1

2.1.7.3. Regressão Linear

A análise de regressão estuda a relação entre uma variável chamada variável


dependente e outras variáveis chamadas variáveis independentes. A relação entre elas é
representada por um modelo matemático, que associa a variável dependente com as
variáveis independentes. Este modelo é designado por modelo de regressão linear
simples (MRLS) e se define como uma relação linear entre a variável dependente e uma
variável independente (MORETTIN e BUSSAB, 2013). Para realizar o cálculo de
regressão se utiliza a fórmula a seguir:

Y = Ax+ B , onde: A e B são parâmetros.


Calculando A e B:
a=n . ∑ xy−¿ ¿
Onde:
a = parâmetro a/b
Y = variável explicada ou dependente (aleatória)
X = variável explicativa ou independente medida sem erro (não aleatória)
n = número de observações

2.1.7.4. Modelo de Holt


Este modelo pode ser empregado de maneira satisfatória em séries
temporais com tendência linear. Utiliza-se de duas constantes de suavização  e γ que
podem variar de 0 a 1.
Da mesma maneira que no método de suavização simples, o modelo de Holt
necessita de valores iniciais, sendo que (S1) pode partir da repetição do último valor
observado ou da regressão linear simples dos dados da série temporal, encontrando
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assim o valor inicial para desenvolvimento dos cálculos subsequentes (PELLEGRINI e


FOGLIATTO, 2001).
St =∝Y t + ( 1−∝ ) (St −1 +b t−1 )
b t=γ ( St −St −1) + (1−γ ) bt−1
F t+ m=St + mbt
Valores Iniciais:
S1 = Y1;
1
b 1= ¿
2
Considerando: 0 ≤  ≤ 1 e 0≤γ≤0
Onde:
Y t =¿ demanda real observado no período t
F t=¿ previsão para o período t
b t=¿ tendência
St =¿ nível onde a observação está no período t

Para saber qual o melhor método de previsão a se utilizar, deve-se fazer a


validação do modelo, esta feita através do cálculo do Mean Absolute Deviation – MAD.

2.1.7.5. Mean Absolute Deviation


O Mean Absolute Deviation – MAD consiste no desvio absoluto médio de
um conjunto de dados, e a média das distâncias entre cada dado e a média
(KHANACADEMY, 2016).
Calcula-se o MAD pela fórmula a seguir:

MAD=¿ D−P∨ ¿ ¿
n
Onde:
MAD = desvio absoluto médio
D = demanda real
P = demanda prevista
n = número de observações
14

2.2.

3. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste projeto de pesquisa, que será efetuado


abordando a disciplina Instrumentalização Científica, que fornecerá subsídios para
efetuar a formatação dentro das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), a disciplina Comunicação e Expressão proverá a instrução na organização da
escrita deste projeto e também as disciplinas específicas de Gestão de Operações em
Serviços e Planejamento e Controle da Produção, do curso de Engenharia de Produção,
que darão base para investigarmos e conhecermos sobre o tema abordado neste projeto.
Este projeto de pesquisa pretende abordar uma verificação sobre o tema de
Gestão de Estoques em indústrias Sucroalcooleiras, assim, se aprofundará na
investigação sobre o objeto de pesquisa que serão os ganhos que a implantação da
metodologia traz para as empresas deste ramo.
Assim temos apresentados os fatos como objeto de pesquisa, que segundo
Castilho, Borges e Pereira (2014, p.68) “é o que será estudado, que pode ser um
determinado grupo de pessoas, fatos, ou mesmo leis inseridas na sociedade nos seus
direitos âmbito”.
Cabe ressalvar que será uma pesquisa básica de abordagem qualitativa com
objetivos descritivos e exploratórios, elaborada por meio de coleta de dados através de
pesquisas bibliográficas em artigos científicos e livros que abordam o assunto.
Após coleta de dados sobre a gestão de estoques e sua implantação,
juntamente com auxílio de livros contidos na Biblioteca Martinho Lutero do
ILES/ULBRA de Itumbiara, como também em buscas em sites considerados confiáveis.
Cabe aqui expor que pesquisa bibliográfica foi realizada dentro da visão da
metodologia Iles/Ulbra (2014) por Castilho, Borges e Pereira que expõem que:

Pesquisa bibliográfica é baseada na consulta de todas as fontes secundárias


relativas ao tema que foi escolhido para realização do trabalho. Abrange
todas as bibliografias encontradas em domínio público como: livros, revistas,
monografias, teses, artigos de internet, etc. É válido ressaltar que o que é
pesquisado para o levantamento do referencial teórico não fará parte da
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pesquisa propriamente dita, pois o mesmo é a forma de comprovação que seu


problema tem fundamento científico (p. 20).

Nesta direção, os recursos utilizados serão buscas em livros com a temática


para a coleta de dados. Os dados serão analisados da forma qualitativa, onde se expõem
que:

É a qualidade como prioridade de ideias, coisas e pessoas que permite que


sejam diferenciadas entre si de acordo com as suas naturezas. O objeto da
pesquisa vai ser tratado de forma radicalmente diferente da modalidade
anterior de investigação. A pesquisa qualitativa também pode possuir um
conteúdo altamente descritivo e pode lançar mão de dados quantitativos
incorporados em suas análises. Justifica-se o fato de o tratamento qualitativo
de um problema, que pode até ser uma opção do pesquisador, apresentar-se
de uma forma adequada para poder entender a relação de causa e efeito do
fenômeno e consequentemente chegar a sua verdade e razão (CASTILHO,
BORGES, PEREIRA, 2014, p.19).

A viabilidade deste projeto não requer gastos, nem tampouco viagens


investigatórias, já que o objeto de estudo são artigos científicos e livros que
documentem como a Gestão de estoques ajudou na otimização de estoques de empresas
de grande porte do setor sucroalcooleiro.
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REFERÊNCIAS

1. ANDRADE, R. Q. Gestão de Estoques: Uma Revisão Teórica dos Conceitos e


Características, 2011. Disponivel em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_tn_stp_135_857_19270.pdf>.
Acesso em: 02 junho 2019.

2. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeira de suprimentos/ Logistica


empresarial. Tradução de Raul Rubenlch. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 616
p.

3. CARVALHO, M. R. D.; OLIVEIRA, L. Gestão de Estoque: Um estudo no setor


varejista de peças em Dourados/MS. DSpace UFGD, 2009. Disponivel em:
<https://dspace.ufgd.edu.br/jspui/bitstream/123456789/594/1/MIRIANCARVALH
O.pdf>. Acesso em: 31 Março 2019.

4. CHIAVENATO, I. Administração Produção: uma abordagem introdutória. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2005.

5. COSTA, F. J. C. L. Introdução à administração de materiais em sistemas


informatizados. São Paulo: IEditora, 2002.

6. DE MARIA, G.; NOVAES, A. Determinação do estoque de segurança baseado


em confiabilidade produtiva, 2011. Disponivel em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STO_135_857_18846.pdf>.
Acesso em: 03 junho 2019.

7. DOS SANTOS, G. Gestão de estoque: um fator de obtenção de lucro através de


sua eficiência, 2009. Disponivel em:
<http://unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/CC28331619803.pdf.>.
Acesso em: 03 junho 2019.

8. FRANCISCHINI, P.; GURGEL, F. A. Administração de materiais e do


patrimônio. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2002. 324 p.

9. KHANACADEMY. Revisão sobre desvio absoluto médio (DAM), 2016.


Disponivel em:
<https://pt.khanacademy.org/math/statistics-probability/summarizing-quantitative-
data/other-measures-of-spread/a/mean-absolute-deviation-mad-review>. Acesso em:
13 Setembro 2018.

10. LOPRETE, D. Gestão de estoque e a importância da curva ABC, 2009.


Disponivel em:
<http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2009/trabalho/aceitos/CC35509178809.pd
f>. Acesso em: 01 março 2019.

11. MARQUES, C. F.; ODA, E. Atividades técninas na operação logistica. Curitiba:


IESDE, 2012.
17

12. MEIRELES, G. Planejamento e Controle da Produção I, p. 26, 2013. Disponivel


em: <http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/10107/
material/Aula%203%20-%20Previs%C3%A3o%20de%20Demanda%20novo.pdf>.
Acesso em: 13 Setembro 2018.

13. MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O. Estatística Básica. 8ª. ed. São Paulo: Saraiva,
2013.

14. PAOLESCHI, B. Almoxarifado e gestão de estoques: Do recebimento, guarda e


expedição à distribuição do estoque. 2. ed. São Paulo: Érica, 2018.

15. PELLEGRINI, F. R.; FOGLIATTO, F. S. Passos para implantação de sistemas de


previsão de demanda - Técnica e estudo de caso, 2001. Disponivel em:
<http://www.scielo.br/pdf/prod/v11n1/v11n1a04>. Acesso em: 29 Agosto 2018.

16. PEREIRA, B. M. Gestão de Estoque: um estudo de caso em uma empresa de


pequeno porte de jaguaré. XXXV Encontro Nacional de Engenharia de
Produção, Fortaleza, 2015. Disponivel em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/tn_sto_206_221_27945.pdf>. Acesso em: 12
Março 2019.

17. RENNO, R. Administração geral para concursos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
645 p.

18. SANTOS, A. M.; RODRIGUES, I. A. Controle de Estoque de Materiais com


Diferentes Padrões de Demanda: Estudo. Gestão e Produção, v. 13, n. 2, p. 223,
Maio 2006.

19. VIANA, J. J. Administração de materiais: Um enfoque prático. São Paulo: Atlas,


2000.

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