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VICTOR FERREIRA CARDOSO DIAS

GESTÃO ESTRATÉGICA DOS ESTOQUES E OS RISCOS QUE


AFETAM OS OBJETIVOS DA EMPRESA EM SEU AMBIENTE DE
CONCORRÊNCIA E DE CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO PELA
INOVAÇÃO. 

Trabalho Final apresentado ao Professor


MARCO ANTÔNIO DE ABREU MACHADO,
como requisito avaliativo da disciplina de
“Administração de Materiais e Patrimônio”,
no 4º Módulo de 2020, no curso Tecnológico
em Logística.

2020
A Gestão Estratégica de Estoque é uma forma preventiva de
problemas futuros, visando o atendimento imediato das demandas do
consumidor. Assim o estoque faz-se necessário devido a empresa precisar estar
preparada a qualquer momento em que o cliente necessite do produto ou serviço. É
preciso saber onde cada item deve ser armazenado e estocado em segurança.
Assim previne-se perdas e possíveis prejuízos que possam afetar a empresa.
Buscando constantemente a melhoria do serviço como um todo, o
aumento da velocidade do atendimento do cliente, a redução do custo da operação
e o planejamento de demanda, a Gestão Estratégica de Estoque exige que o
administrador possua uma grande capacidade analítica para avaliar a qualidade do
planejamento e flexibilidade para alinhar suas políticas e estratégias ao negócio da
empresa. Dispor das corretas ferramentas são imprescindíveis na obtenção de
resultados competitivos dos negócios e adicionam grande valor à cadeia logística
complexa da empresa.
Atualmente, com os princípios da produção enxuta e do just in time
sendo difundidos maciçamente, o conceito de estoque vem sendo remodelado. Todo
negócio ou empresa que deseja crescer e ganhar mais potencial competitivo acaba
objetivando diminuir o número de produtos no estoque. Consequentemente diminuir
o estoque ao máximo, sem prejuízo aos fluxos de processos e aos clientes e
consumidores finais, é uma das ferramentas utilizadas na Gestão Estratégica de
Estoque.
Raramente uma empresa utilizará apenas uma ferramenta
administrativa para realizar uma eficiente Gestão Estratégica de Estoque. Os
gestores responsáveis pela estratégia de controle de estoque acabam utilizando
várias ferramentas administrativas para uma melhor gestão estratégica. Uma das
principais ferramentas é o Inventário do Estoque. Com a utilização do Inventário é
possível visualizar uma caracterização estruturada e analítica dos bens de um
patrimônio. Apontar a existência física dos bens, bem como informar o seu estado
de conservação, permite uma melhor tomada de decisão por meio do
reconhecimento de ganhos e de irregularidades.
A Curva ABC, também conhecida como Diagrama de Pareto, também
está entre as ferramentas preferidas para realizar um controle estratégico. É um
importante instrumento para o gestor, pois permite identificar aqueles itens que
justificam maior atenção e tratamento adequados quanto à sua administração e o
ajudarão a definir os itens mais importantes, que nunca podem faltar. A Curva ABC
realiza a separação dos itens em três grupos, grupo A, grupo B e grupo C,
baseando-se no número de demanda, quando se trata de produtos acabados, ou no
índice de consumo quando se trata de produtos em processo ou matérias-primas de
fabricação e recursos para produção.
Toda ferramenta para a gestão estratégica tem sua limitação e com
isso surgem riscos. A má gestão de estoque pode causar sérios problemas para
uma empresa e, um dos principais motivos de alarme é o “efeito dominó”, onde
podem surgir problemas que não solucionados, ocasionam outros maiores e mais
graves, podendo chegar a falir a empresa. A perda de produtos, a falta de produtos
“carro-chefe”, a má gestão do estoque, a má gestão do tempo, a má gestão dos
processos, o estoque parado são alguns dos principais riscos que a gestão
estratégica procura evitar ou solucionar quando acontecem.
 Perda de produtos – Sem planejamento, gestão e
acompanhamento corretos, são comuns os casos de perda de produtos por
armazenamento ou manuseio incorretos. A falta da automação do controle dos
prazos de validade para produtos perecíveis também é um agravante que gera
muitas perdas. 
 Falta de produtos “carro-chefe” – Na maioria das empresas,
há um grupo de produtos que representam boa parte do faturamento. Quando algum
desses produtos está em falta, a empresa compromete seu fluxo de caixa. Sem o
controle e o monitoramento adequados, as chances desses furos de estoque são
muito maiores.
 Má gestão de estoque, tempo e processos – A eficiência da
gestão de um estoque está diretamente ligada à facilidade do entendimento do seu
funcionamento. Isso contempla a velocidade para encontrar os produtos estocados,
fácil extração de relatórios de quantidades, de vencimentos, de giro, de custos totais
dos produtos. Por isso, é primordial que o estoque seja bem planejado e que os
colaboradores que atuam neste setor sejam bem capacitados para entender e
manter esse planejamento. Nesse aspecto, os sistemas de gestão também são
grandes aliados, uma vez que comportam mapas de processos e regras para todas
as atividades, mantendo históricos para consultas e gerando mais assertividade e
produtividade no trabalho. 
 Estoque parado – Manter um estoque mínimo para suprir a
rotina comercial sem prejuízo nas vendas devido à logística de reabastecimento é
vital para manter o fluxo de caixa da empresa em ordem. Mas, manter o estoque alto
demais significa o “congelamento” de um capital que poderia estar sendo investido
em outras áreas igualmente ou até mais relevantes. Por isso, ter conhecimento do
tempo médio de giro das mercadorias, da listagem dos produtos mais vendidos e
das tendências de consumo de mercado é essencial na hora das compras. Sem
esses dados, é muito comum uma empresa aproveitar ofertas e condições especiais
e acabar comprando uma quantidade alta de produtos, que levará tempo demais
para girar.
Com planejamento, catalogação, cadastro, organização e
acessibilidade a informações importantes que alicerçam tomadas de decisão
assertivas, a Gestão Estratégica de Estoque torna-se eficiente e eficaz.

Referências

VOCÊ SABER COMO FAZER A GESTÃO ESTRATÉGICA DO ESTOQUE? Dot


Transporter, 2020. Disponível em: < https://dottransporter.com.br/posts/voce-saber-
como-fazer-a-gestao-estrategica-do-estoque >. Acesso em: 15 de novembro de
2020.
BENETTI, Anderson. UMA GESTÃO DE ESTOQUE DEVE SER ESTRATÉGICA
PARA SER EFICIENTE. E-commerce Brasil, 2020. Disponível em:
<https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/uma-gestao-de-estoque-deve-ser-
estrategica-para-ser-eficiente/>. Acesso em: 16 de novembro de 2020.

PRINCIPAIS RISCOS DA MÁ GESTÃO DE ESTOQUE. Blog Parceria, 2019.


Disponível em: < https://parceria.com.br/principais-riscos-da-ma-gestao-de-
estoque/>. Acesso em: 16 de novembro de 2020.

WANKE, Peter. ESTRATÉGIAS PARA GERENCIAMENTO DO RISCO DE MANTER


ESTOQUES. Ilos, 2001. Disponível em: < https://www.ilos.com.br/web/estrategias-
para-gerenciamento-do-risco-de-manter-estoques/>. Acesso em: 16 de novembro de
2020.

GESTÃO DE ESTOQUES: CONCEITOS E MÉTODOS. Unidade 2, Aula 1, 2020.


Disponível em: < https://minhasalaead.catolica.edu.br/mod/url/view.php?id=242076>.
Acesso em 16 de novembro de 2020.

MIRELLE, Cristiane Pereira. GESTÃO ESTRATÉGICA DE ESTOQUE EM EMPRESAS


DO COMÉRCIO. Revista de Administração e Negócios da Amazônia, V.11, n.1,
Jan/Abr, 2019. Disponível em: <
https://www.periodicos.unir.br/index.php/rara/article/view/2825/2783>. Acesso em 16
de novembro de 2020.

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