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PROFESSOR HEUDER MESQUITA 2º MÓDULO E.E.

PADRE HERCULANO PAZ – 2022


Funções e objetivos da administração de materiais

O alto grau de competitividade do mercado já obriga as empresas a terem a


máxima atenção em seus custos, o que dirá em época de crise econômica.

Não é de hoje que as grandes organizações trabalham exaustivamente para


diminuição de seus custos produtivos e, para que isto ocorra, elas atuam em
todas as áreas.

Diferente destas, grande parte das pequenas e médias empresas não investe
tempo e dedicação para análise dos custos produtivos.

Seja pela falta de qualificação de seus proprietários ou a ausência de


funcionários qualificados para esta gestão.
Ao se pensar em custos, deve-se obrigatoriamente pensar em gestão
estratégica dos materiais.

O objetivo central da administração de materiais é maximizar o uso dos


recursos materiais e patrimoniais na organização, evitando os desperdícios.

Para que isto aconteça adequadamente, é necessário ficar atento aos


estoques de matérias primas e insumos, além da gestão de compras e
logística dos mesmos.

Algumas das principais funções do controle de estoque são: determinar o


que deve permanecer estocado, quanto se deve reabastecer e quando será
necessário o material, o que não é tão simples, porque necessita de técnicas
adequadas de controle.
Se em um processo produtivo de transformação, ou em empresas de
revenda de bens de consumo, os maiores custos ficam alocados sobre os
materiais e a logística de movimentação, será necessária assim maior
preocupação em manter o mínimo de estoque possível.

A ideia de manter o mínimo de produtos estocados não é nova, algumas


grandes corporações implantaram esta estratégia nos finais dos anos de
1960 e início dos anos 1970, sendo aprimorada durante estes anos.

Elas investiram muito em tecnologia de informação e qualificação


profissional buscando alcançar níveis de excelência, reduziram seus
estoques, implantaram modernas técnicas/métodos de gestão como just in
time (JIT), 5S, políticas de inventários entre outras.
Mas você, pode se perguntar como as pequenas empresas
poderão implantar estas técnicas em pleno período de crise
econômica no qual país está passando?

Bem, não é fácil está resposta, afinal o investimento em


tecnologia de informação, treinamento e contratação de pessoal
qualificado exigem uma cifra elevada.

Mas podemos obter bons resultados com poucos investimentos,


basta o empresário tomar ciência que as mudanças dependem
dele.
A gestão de estoque deve ser rotineira, e inicia-se no momento de planejar o produto,
buscando padronização do material usado, diminuindo a quantidade de itens
armazenados.

Na compra, deve-se observar a real demanda do material a ser adquirido com os


menores preços, negociando entregas de acordo com a necessidade (JIT). Realizar
inventários periódicos com os objetivos de se evitar materiais obsoletos, furtos,
materiais danificados.

Criar políticas de manutenção e controle com regras claras e objetivas, realizando


treinamentos constantes dos profissionais, e manter organizado e limpo os locais de
armazenagem (5S), reduzindo e aproveitando o máximo da capacidade da área de
armazenamento.

A gestão de materiais deve ser pensada estrategicamente pelas pequenas e médias


empresas, porque só assim elas poderão se manter neste mercado extremamente
competitivo.
A concorrência apresenta-se cada vez mais acirrada e pequenos ganhos representam
grandes diferenças para a sobrevivência das empresas no atual mercado. A gestão de
materiais, produtos e patrimônio tem sido bastante estudada a fim de utilizar os
recursos organizacionais da melhor maneira.

Uma vez que no mercado competitivo os custos de compra são cada vez menos
divergentes, o diferencial das empresas tem sido a redução dos custos operacionais e
ganho de argumentos para negociação.

Os custos operacionais estão relacionados às atividades de movimentação, manuseio e


armazenagem, e os ganhos de argumentos podem ser obtidos por meio de ações como a
centralização das compras e controle rígido de estoque com relação a entradas e saídas
de mercadorias. Com intuito de reduzir os custos e atender às exigências do mercado, o
curso proporcionará uma visão bastante pragmática e crítica das questões vinculadas
ao planejamento e gestão de materiais, apresentando os conceitos para a estruturação
na busca de melhores práticas.
HISTÓRIA DO CONTROLE DE ESTOQUE
Não se sabe ao certo quando o controle de estoque começou, mas o que se sabe é que
nossos antepassados controlavam o estoque de seus alimentos. Com esse processo,
tinham o controle da quantidade de cereais de suas plantações.

Comerciantes, contavam e anotavam um a um o que vendiam e também o que


precisavam comprar. Um pouco demorado e com eficiência baixa porque muitas vezes
colocavam quantidades erradas de produtos em estoque.

A evolução veio em 1960. Uma mudança muito positiva aconteceu. Foi onde criaram os
códigos de barras modernos para identificação dos produtos estocados. Várias versões
foram feitas pelo mundo, porém, em 1974 foram padronizados.

Primeiras ferramentas para controle de estoque surgem em 1990 e até hoje evoluem.
História da administração de recursos materiais

Algumas funções da administração de materiais já eram utilizadas pelos


homens primitivos, no entanto, foi após a Revolução Industrial que houve
expansão dessa área.

Até então, as empresas não possuíam muitas quantidades de itens para a


produção de bens e serviços.

Com a Revolução Industrial, surgiram as grandes empresas e a necessidade


de mudanças no gerenciamento de materiais. A partir deste marco, a
produção de bens e serviços aumentou e se diversificou, surgindo a
necessidade de técnicas específicas para o controle desses bens.
Inicialmente, os estudos eram voltados para a função de compras, que
buscava criar e definir padrões técnicos para a sua melhor utilização. Com
base nestes estudos, surgiram os primeiros problemas com relação à forma
de armazenagem e controle de estoques.

Depois apareceram outras atividades ligadas à administração de materiais,


tais como: classificação de materiais, movimentação de material, transporte
de material e controle de qualidade.

Na história, há muitos marcos que comprovam a necessidade da


administração de materiais, tais como as duas grandes guerras mundiais e
o empreendimento de Napoleão Bonaparte.
Nesses combates ficou comprovado que o fator de abastecimento ou
suprimento se constituiu em elemento fundamental e determinante para o
sucesso ou o insucesso dos empreendimentos.

Sempre haverá a necessidade de munições, equipamentos, vestuários


adequados, combustíveis e etc., sendo insuficientes apenas soldados e
estratégias eficientes para o sucesso do combate. A administração de
materiais faz toda a diferença.

Hoje, na era do conhecimento e da informação, a administração de


materiais tem um papel de integração das mais diversas áreas que existem
na empresa, surgindo a chamada administração de logística integrada.
Recursos à disposição da empresa

Recursos podem ser entendidos como tudo aquilo que gera


riqueza ou tem a capacidade para gerar, no sentido econômico.

Para que haja produção é necessária a existência conjunta de três


fatores, denominados fatores de produção, sendo eles: natureza
(ou terra), capital e trabalho, que são integrados a um quarto
fator denominado “empresa”.

Vamos conferir abaixo a função de cada um destes fatores de


produção:
Natureza (terra) – fornece os insumos necessários à
produção, tais como: as matérias-primas, os materiais, a energia,
etc. É o fator de produção que proporciona as entradas de
insumos para que a produção possa se realizar;
(terras cultiváveis, floresta, minas, recursos naturais)

Capital – fornece os recursos financeiros necessários para


aquisição dos insumos e pagamento de pessoal. O capital
representa o fator de produção que possibilita meios para
comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de produção;
(máquinas, equipamentos, instalações).
Trabalho – constitui a mão de obra que processa e transforma os
insumos, por meio de operações manuais ou de máquinas e ferramentas,
em produtos acabados ou serviços prestados. O trabalho representa o fator
de produção que atua sobre os demais, isto é, que aciona e agiliza os outros
fatores de produção;
(o homem)

Empresa – fator integrador capaz de unir os fatores natureza, capital e


trabalho em um conjunto harmonioso, permitindo que o resultado
alcançado seja maior do que a soma dos fatores aplicados no negócio.
(necessidade de contratar mais mão-de-obra)
Fatores externos também interferem no ambiente da organização, tais
como:

• Economia – influencia a demanda de produtos ou serviços das


empresas e os insumos disponibilizados. Na recessão, a demanda de alguns
produtos diminui enquanto outros aumentam;

• Governo – regulamenta as áreas de ambiente, segurança,


confiabilidade de produtos e tributação;
• Concorrência – com a globalização, a concorrência fica cada vez mais
acirrada, empresas brasileiras competem com empresas estrangeiras. O
transporte e a movimentação de materiais estão relativamente mais
baratos do que antigamente. As informações podem ser transmitidas mais
rapidamente pelo mundo.

• Clientes – os clientes estão mais exigentes, e os fornecedores passam a


melhorar as características de seus produtos e serviços. Algumas das
características esperadas são: preço justo, qualidade, lead time de entrega,
entre outros.
Além dos fatores de produção e dos fatores externos, a empresa dispõe de
diversos recursos dos quais necessita. Administrar estes recursos é um desafio
para a organização.

A seguir estão relacionados cinco tipos de recursos à disposição das empresas.


Recursos, quando bem administrados, possibilitam à organização a geração de
riqueza. Para entendermos esses recursos, vejamos o exemplo das pessoas que
trabalham na empresa.

Elas são recursos para a organização, pois o seu conhecimento gera novas ideias,
que são transformadas em novos produtos, novos métodos de trabalho, serviços
cada vez mais adequados ao uso dos consumidores/clientes, ou seja, geram
riqueza.
Objetivos e funções da administração de materiais

A “administração de materiais é uma função coordenadora responsável


pelo planejamento e controle de fluxos de materiais”.

Podemos entender o fluxo de materiais como o sistema que acompanha o


material desde o fornecedor, passando pela produção, até o cliente.

A administração de materiais é “atividade que planeja, executa e controla,


nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo
das especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto
terminado ao cliente”.
A finalidade da administração de materiais é tornar possível a entrega do
que os clientes que rem, no momento e onde eles querem, fazendo tudo isso
a um custo mínimo.

A administração de materiais é essencial para todos os tipos de empresas:


produtores de bens e de serviços.

Os objetivos da administração de materiais são:

maximizar a utilização dos recursos da empresa e fornecer o nível


requerido de serviços ao consumidor.
Observe os principais objetivos da área de administração de recursos
materiais e patrimoniais:

Preço baixo – reduzir o preço de compra implica em aumentar os lucros,


se mantida a mesma qualidade;

Alto giro de estoques – implica em melhor utilização do capital,


aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital
de giro;

Baixo custo de aquisição e posse – depende fundamentalmente da


eficácia das áreas de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras;
Continuidade de fornecimento – é resultado de uma análise criteriosa
quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e
transportes são afetados diretamente por este item;

Consistência de qualidade – a área de materiais é responsável apenas pela


qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em
algumas empresas, a qualidade dos produtos e/ou serviços constitui-se no único
objetivo da gerência de materiais;

Despesas com pessoal – obtenção de melhores resultados com a mesma


despesa ou mesmo resultado com menor despesa – em ambos os casos, o objetivo é
obter maior lucro final. “Algumas vezes compensa investir mais em pessoal
porque se pode alcançar com isto outros objetivos, propiciando maior benefício
com relação aos custos”;
Relações favoráveis com fornecedores – a posição de uma empresa
no mundo dos negócios é, em alto grau, determinada pela maneira como
negocia com seus fornecedores;

Aperfeiçoamento de pessoal – toda unidade deve estar interessada em


aumentar a capacitação de seu pessoal; Bons registros – são considerados
como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da administração
de material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta.
Há diversas tarefas da administração de materiais, entre elas constam:

compras,

controle de estoque,

controle de produção,

distribuição,

inspeções das entradas e saídas,

armazenamento na fábrica,

movimentação de materiais e etc.


Há vários modos de classificar os fluxos de matérias,
estudaremos o planejamento e controle da produção e
suprimentos e distribuição física. Esses modos são conectados, ou
seja, o que acontece em cada um deles afeta os outros.
Planejamento e controle da produção
O planejamento e o controle de produção são responsáveis pelo planejamento e
controle do fluxo de materiais por meio do processo de produção. As principais
atividades desempenhadas são:

• Planejamento da produção – a produção deve ser capaz de atender à


demanda do mercado, encontrando por meio do planejamento de produção a
forma mais produtiva de realizar isso;

• Implementação e controle – responsáveis por colocar em ação e alcançar


os planos realizados pelo planejamento da produção;

• Administração de estoques – os estoques são parte do processo de


planejamento e fornecem uma reserva intermediária para dar conta de
diferenças nas taxas de demanda e produção.
Suprimento e distribuição física
O suprimento e a distribuição física incluem todas as atividades envolvidas
em movimentar bens do fornecedor para o início do processo produtivo e do
final do processo produtivo até o cliente.

As atividades envolvidas no suprimento são: transporte, estoque para


distribuição, armazenamento, embalagem, manuseio de materiais e
recebimento de encomendas.

Agrupando as atividades envolvidas na movimentação e estocagem de bens


em um determinado departamento, a empresa gera a possibilidade de
fornecer o melhor serviço a um custo mínimo e assim aumentar seu lucro.
Uma preocupação da administração de materiais é a de balancear
prioridade e capacidade.
O mercado estabelece a demanda, e a administração de materiais deve planejar
as prioridades da empresa para atender a essa demanda. A prioridade está
relacionada com quais produtos produzir, quantos e quando.

A produção é responsável por elaborar planos para satisfazer a demanda de


mercado, se for possível.

A capacidade é a habilidade do sistema de produzir e entregar bens. Algumas


vezes, depende dos recursos da empresa (maquinários, força de trabalho,
recursos financeiros) e da disponibilidade de material nos fornecedores.

Tanto a prioridade como a capacidade devem ser planejadas e controladas para


atender à demanda, visando sempre à minimização dos custos.
Sendo assim, a administração de materiais tem um papel
importante a fim de atender à demanda de consumidores a um
custo mínimo, utilizando os recursos da empresa de forma
adequada.

Podemos destacar algumas responsabilidades e atribuições da


administração de materiais, tais como:

• Fornecer por meio de compras todos os materiais necessários ao


funcionamento da empresa;

• Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores;


• Supervisionar os almoxarifados da empresa;

• Controlar os estoques;

• Estabelecer sistema de estocagem adequado;

• Manter contato com as gerências de produção, controle de


qualidade, engenharia de produto, financeira e etc.
Administração de Compras
A administração de compras ou gestão de compras é a atividade responsável
pela aquisição de materiais e matérias-primas dentro da empresa de acordo
com as políticas específicas a cada organização, incluindo os cálculos
relacionados à despesa com estocagem e depreciação, análise dos sistemas de
custeio e avaliação das instalações.

Parte essencial no processo de suprimentos, a administração de compras


possibilita um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis na empresa
evitando-se gastos desnecessários com a aquisição de materiais, depreciação e
estocagem.

Cabe ao administrador de compras planejar as aquisições de forma a realizá-


las no tempo correto, na quantidade certa e verificar se recebeu efetivamente o
que foi adquirido, além de trabalhar o desenvolvimento de fornecedores.
Para isso o administrador deverá manter um fluxo contínuo de suprimentos de
modo a atender a demanda da produção evitando excedentes, que podem gerar
custos, e gerando um mínimo de investimentos a fim de não afetar a
operacionalidade da empresa.

Caberá ao profissional ainda administrar os contratos com os fornecedores e


realizar as negociações de forma justa e honesta, garantindo sempre as melhores
condições para a empresa, principalmente no que se refere às condições de
pagamento equilibrando preço, prazo e qualidade.

Desta forma, a empresa terá garantidos o aumento em sua produtividade, pois


não haverá o problema de falta de materiais e perda de prazos, além de realizar
compras com o menor custo possível impactando diretamente no faturamento
final da organização.
Existem inúmeros softwares e ferramentas operacionais que podem
auxiliar o administrador de compras na sua tarefa de manter um cadastro
atualizado dos fornecedores e um fluxo confiável de matérias-primas e
materiais.

O administrador de compras geralmente possui formação em


administração ou logística e acaba se especializando na área através de
cursos livres que podem ser feitos até mesmo on-line.
Quais as principais medidas para evitar a falta de itens em estoque?

Verifique a quantidade de produtos armazenados


O primeiro passo é verificar a quantidade de itens estocados e registrar esse
volume com precisão.

Assim, permite um melhor conhecimento sobre o que é armazenado, para que


eventuais medidas de adequação sejam efetuadas.

Ao mesmo tempo em que é preciso ter em mente que, quanto maior o estoque,
maior é o capital imobilizado, também é necessário ter cuidado para que nenhum
produto jamais falte no armazém, para que as entregas não sejam
comprometidas.

Muitos itens contam com demandas diferentes, por isso é necessário verificar o
seu volume de saídas e garantir que nenhuma categoria fique zerada.
Conheça o tempo de aprovisionamento da empresa

O tempo de aprovisionamento diz respeito ao período de entrada


de determinada mercadoria até a sua saída do inventário.

Quando os processos fabris sofrem com atrasos ou falhas, esse


fluxo de entradas e saídas é influenciado diretamente, por isso é
preciso ter uma visão integrada da operação logística.

Ao monitorar esse tempo de aprovisionamento, é possível


controlar melhor essas variáveis e ter mais flexibilidade para
atender às demandas dos clientes.
Identifique e comunique as prioridades no estoque
Certas categorias de produtos vendem mais que outras. Aquelas com
maior saída precisam de um estoque maior em relação às que têm
conversões menores.

Sendo assim, quando um produto é mais vendido, seu estoque de


segurança precisa ser maior, para que ele esteja disponível sempre que
necessário. Logo, a existência de diferentes canais de distribuição também
altera as movimentações — e suas prioridades específicas também
precisam ser monitoradas.

Ao prever as variações de procura, as necessidades de armazenamento de


certos itens ficam mais claras, permitindo que a empresa possa estabelecer
uma margem de segurança no seu estoque.
Por que tornar a administração de compras mais segura?

Ao adotar todos os cuidados mencionados até aqui e garantir uma boa


administração de compras, uma série de benefícios podem ser obtidos para
o negócio, como:

• Manutenção correta do fluxo de produção;

• Diminuição de gastos relacionados a entregas de última hora ou mesmo


com a contratação de colaboradores temporários;
• Fiel cumprimento dos prazos de entrega, máxima qualidade dos serviços
e de satisfação dos clientes;

• Não acúmulo de itens sazonais ou perecíveis, que geram gastos extras e


até prejuízos;

• Menores custos de armazenagem, com menor incidência de erros;

• Mais recursos disponíveis para investimentos em pontos estratégicos da


organização.
Como saber se a administração de compras do negócio é segura?

Duas situações podem apontar a ineficiência da administração de compras:


mercadorias em sobra ou em falta. Os dois casos podem gerar
prejuízos e são consequências de uma previsão de demanda incorreta.

Com produtos faltantes, vendas são perdidas e um erro fica evidente:


sua empresa não fez um estoque de segurança adequado. Logo, essa falha
pode ter diferentes causas, como demandas imprevistas ou mesmo erros de
verificação.

O ideal é observar essas situações e considerar todas as variáveis possíveis,


garantindo um melhor controle nas futuras compras.
No caso de itens sobrando, que geram maiores gastos e
demonstram vendas empacadas, é preciso considerar quais
foram os fatores que levaram a uma maior compra de produtos.
Portanto, é necessário reavaliar a situação e corrigi-la.

Em poucas palavras, o grande objetivo da administração de


compras é garantir um estoque de segurança calculado com a
maior precisão possível, com equilíbrio entre o investimento
realizado e os lucros que serão obtidos com as vendas.
Movimentação e armazenamento de materiais

O que é a movimentação de materiais?


O conceito desse processo é bastante amplo, pois leva-se em consideração
a forma como as empresas organizam os seus estoques. Porém, para
simplificar a compreensão do termo, podemos usar uma palavra-chave:
sequenciamento.

No interior de um depósito as atividades devem ser executadas de acordo


com um fluxo que determina todas as etapas pelas quais deve os materiais
ou produtos devem passar. Com isso em mente, fica mais fácil entender
que a movimentação deve ser ordenada para extrair o melhor resultado
possível.
Isso quer dizer que não basta alocar as cargas corretamente, é
preciso preparar o local ideal para cada produto.

Em seguida, é preciso preparar a equipe para manter o andamento


do processo, cuidando para a manutenção e organização em todas
as etapas.

Nesse cenário, o gestor pode antecipar qual é o seu intuito com esse
planejamento.
Os exemplos mais comuns são:
• evitar erros de lançamento;

• otimizar a gestão do inventário;

• agilizar o processo de carga e descarga;

• evitar desperdício de materiais e movimentos desnecessários;

• prevenir o envio de pedidos incorretos ou em quantidades insuficientes;


e

• aproximar os materiais dos operadores para o processamento de


pedidos.
Quais são os passos melhorar a movimentação interna?

A logística empresarial depende das atividades executadas no


armazém para propiciar o envio de mercadorias, portanto faz
sentido que essa etapa do trabalho receba atenção e
acompanhamento constante por parte dos gestores.

Uma das formas de aumentar a sua produtividade e eficiência é


com a adoção de iniciativas simples, que ajudam a otimizar a
execução do trabalho.

Citamos algumas delas abaixo:


Planeje a etapa de movimentação
Boa parte da operação logística depende do planejamento de toda a cadeia de
suprimentos para que seja bem sucedida. Por isso, a fase de movimentação
requer o mesmo tratamento para alcançar resultados melhores.

Devido à ampla variedade de materiais que circulam nas empresas é


recomendado considerar quais recursos devem utilizados para cada caso.
Materiais de grande porte, por exemplo, requerem equipamentos de içamento
para a movimentação segura.

Já produtos químicos devem ser manuseados por pessoal qualificado e sempre


com a utilização de EPIs projetados para esse tipo de material. Além disso, é
preciso reservar um local específico de acordo com a mercadoria em questão.
Por isso, conte com equipamentos capazes de suprir essa necessidade.
Favoreça a circulação de materiais
De acordo com as características físicas dos produtos, a movimentação
depende da utilização de instrumentos e maquinários específicos. Para que
essa atividade seja bem-sucedida é fundamental dimensionar corretamente
as áreas destinadas às prateleiras e corredores.

Por exemplo, corredores estreitos não são favoráveis para circulação de


paleteiras ou empilhadeiras. Esses veículos precisam de espaço para realizar
as suas manobras que, se não executadas corretamente, podem causar
acidentes pessoais e avarias as mercadorias.

Portanto, calcule corretamente como separar esse espaço com uma margem
de segurança.
Organize o espaço corretamente

Nesse cenário, a movimentação de materiais é o processo que utiliza


diversas técnicas para otimizar o fluxo da circulação de itens. Esse conceito
é bastante amplo, pois pode utilizado desde o abastecimento da linha de
produção até a distribuição de produtos.

Porém, a sua aplicação mais comum diz respeito à organização do depósito


com o intuito de aumentar a produtividade e a segurança da área. Além
disso, essa mudança é essencial para tornar essa etapa mais racional
ajudando a evitar desperdícios e deslocamentos desnecessários.
Pense na ergonomia das atividades
Embora a utilização de equipamentos para mover embalagens represente um
ganho de agilidade e eficiência, ainda existem casos em que o manuseio será feito
pela equipe de armazém.

Essa é uma atividade que pode ser exaustiva e gerar problemas de saúde caso não
seja avaliada sob o ponto de vista da ergonomia.

Geralmente, o processo de picking (separação e preparação de pedidos) é manual,


no qual o operador se dirige até as prateleiras para encontrar cada item descrito
no pedido. Porém, é possível diminuir a necessidade de deslocamento com o uso de
esteiras que utilizam a gravidade para levar os produtos até a estação de trabalho.

Com isso, é possível prevenir o desgaste físico e evita a necessidade de realizar


movimentos para alcançar caixas em locais altos ou baixos demais.
Padronize o processo de recebimento

Embora a ocupação de armazém seja temporária, isso não quer dizer que
não há necessidade de organizar essa fase. Muitas empresas lidam com o
um volume elevado de materiais é a solução para registrar as entradas
corretamente depende de processos confiáveis.

Além de designar uma área para o processo de descarga, é fundamental


utilizar mecanismos como a etiquetagem correta para que os dados sejam
lançados com precisão. Isso requer o uso de um sistema que automatiza
essa verificação e sinaliza automaticamente quando o material é movido
para a próxima fase do fluxo.
Para finalizar, devemos ressaltar a importância da informatização para
impactar positivamente a rotina de trabalho dos profissionais. Já existem
diversos sistemas desenvolvidos para o gerenciamento de estoques e
pedidos. Por meio desse avanço tecnológico é possível garantir o sucesso da
operação.

O alcance do processo logístico demonstra como esse processo deve ser


bem-estruturado em escala global. Hoje, já não se pode falar apenas em
um transporte regional, pois as empresas têm interesse em expandir a sua
atuação.

Com isso, surge à necessidade de garantir que os produtos cheguem ao seu


destino em perfeitas condições, o que depende da forma como a empresa
lida com a movimentação de materiais e produtos.
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO

O ambiente do mercado atual obrigou as empresas a olharem para


“dentro”. Ou seja: melhorar seus processos internos visando alcançar
eficiência em seus serviços. Nessas horas, entender a relação entre os
sistemas de armazenagem e movimentação é fundamental.

Isso acontece porque uma das principais dificuldades da empresa é


justamente operar seus fluxos de forma eficaz. Por muito tempo, a logística
foi deixada de lado como um conceito menos importante — no entanto, é a
atividade que mais influência na gestão de negócios.
Sistemas de armazenagem e movimentação: existe relação?

A resposta é simples: sim. Há uma estreita relação entre os


equipamentos de movimentação e os de armazenamento de
materiais. Um interfere no outro e o gestor precisa ter uma visão
geral do seu negócio para tomar as melhores decisões.

Os equipamentos de movimentação devem ser escolhidos dentro


de um planejamento global. Ou seja, considerando as
características dos materiais, suas formas de acondicionamento,
embalagens e o fluxo geral dos materiais no armazém.
Analisar esse conjunto de variáveis é uma tarefa árdua, porém
recompensadora. Entender a relação entre os sistemas de
armazenagem e movimentação contribui para a redução de
custos operacionais e o aumento da produtividade.

Lembre-se do objetivo primordial da armazenagem: uso efetivo


dos recursos. Os espaços costumam ter área reduzida e escassez
de equipamento e pessoas.

Logo, é necessário maximizar a utilização da mão de obra, fazer


uso inteligente dos equipamentos e do local disponível.
Por que implantar sistemas de armazenagem e movimentação adequados
Agora que entendemos que há relação entre os sistemas de armazenagem e
movimentação, é importante saber como implementá-los.

Antes, precisamos dar um passo atrás e rever o conceito de “estoque”.

É o espaço utilizado para guardar matérias-primas e funciona como um


meio regulador na cadeia de suprimentos das empresas. É algo essencial
dentro da indústria, comércio ou prestação de serviços.

Os sistemas de armazenagem e movimentação devem ter como objetivo


reduzir ao máximo a quantidade de itens armazenados. O objetivo é
alcançar a exatidão para que a empresa não tenha problemas com sua
produtividade.
Conheça as soluções usadas nos sistemas de armazenagem e movimentação

Como vimos no tópico anterior, os sistemas de armazenagem e movimentação


oferecem uma série de vantagens para o negócio:

• Reduzir custos;
• Aumentar a produtividade;
• Aumentar a capacidade de utilização do armazém;
• Melhorar a segurança com a redução de riscos de acidente;
• Melhorar o fluxo de materiais do armazém.

No entanto, ficar apenas na teoria não basta. É preciso implementar


equipamentos que irão auxiliar tanto na armazenagem quanto na movimentação
dos produtos. Alguns dos equipamentos mais utilizados são:
Paletes
Também conhecidos como “pallets”, são estrados de madeira,
metal ou plástico.

Dentro dos armazéns, são utilizados para movimentação de


cargas. Sua função é viabilizar a otimização do transporte de
cargas através do uso de empilhadeiras.

Assim, traz uma série de vantagens para a operação logística.


Por exemplo, redução do custo homem-hora, uniformização do
local de estocagem e diminuição de danos aos produtos.
Empilhadeiras
Essas máquinas oferecem agilidade e praticidade para a área logística,
independentemente do tamanho ou do tipo de empresa. Como seu próprio
nome já diz, servem para empilhar materiais.

No entanto, não é só isso: elas facilitam o carregamento e movimentação


dos produtos.

Na hora de escolher sua empilhadeira, lembre-se de verificar sua


capacidade. Enquanto algumas chegam a carregar mais de duas toneladas,
outras podem carregar apenas cargas leves. Não existe resposta certa, tudo
vai depender das necessidades do seu negócio.
ÉTICA EM COMPRAS
O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa).

A ética corresponde os valores morais e princípios que norteiam a conduta


humana na sociedade, servindo para que haja um equilíbrio e bom
funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado.

Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está
relacionada com o sentimento de justiça social.

É exigido pela empresa um comportamento ético dos funcionários que


trabalham no setor de compras, comparando este comportamento com o
conceito de moral. Motivo de um desenvolvimento de um código de ética
pela empresa.
O código de ética é um instrumento que serve para buscar a realização dos princípios,
da visão e da missão da empresa, servindo para orientar as ações de seus colaboradores
e explicitar a postura social da empresa.

Sendo muito importante que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que
se dirige e encontre respaldo na alta administração da empresa, que tanto quanto o
último empregado contratado tem a responsabilidade de vivenciá-lo.

No setor de compras de uma empresa, é de fundamental importância que o profissional


encarregado, tenha seu perfil ligado ao código de ética, para fortalecer perante a
sociedade, a cultura organizacional da empresa.

Ao negociar com os vendedores, cabe a este profissional apresentar uma conduta ética
e sobre tudo transparente em suas relações com os fornecedores. Assim buscando os
melhores resultados em termos de lucratividade e produtividade.
Para obter sucesso no processo de compra, é preciso que o profissional
deste setor siga alguns requisitos:
• Definir o momento da necessidade de comprar;

• Obter dados do produto e dos fornecedores;

• Desenvolver o projeto;

• Fazer uma avaliação da qualidade dos produtos e serviços dos fornecedores;

• Pedir um orçamento dos mesmos;

• Listar os aprovados;

• Efetuar o pedido de compras;


O setor de compras recebe uma maior atenção dos gestores da
empresa, por envolver uma considerável quantidade de recursos.

A ética do profissional de compras é muito importante para


garantir os interesses dos mesmos e reforçar a cultura
organizacional perante a sociedade fazendo que se cumpra a sua
visão e missão afirmada desde a criação da empresa.
O que é Ética?
Estamos acostumados a ouvir falar sobre ética como uma verdade absoluta.
Algo que as pessoas que vivem em comunidades, e se relacionam, devem seguir
para que a convivência seja possível.
Mas você já parou para pensar o que exatamente é ética?

O Dicionário Michaelis Online define ética como “conjunto de princípios,


valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social ou de
uma sociedade”.

Como parte filosófica, a ética trabalha a compreensão de princípios e noções


que sustentam a vida individual e a moralidade social.
Já a moral trata do que é aceitável ou não em uma sociedade. Ambas, moral e ética,
andam em concordância e podem variar dependendo do cenário cultural daquele
ambiente.

Afinal, as punições para quem faltar com a ética ou moralidade, podem ser
julgamentos sociais, como boicotes, distanciamentos, etc. Como também punições
legais, multas, perdas e, inclusive, processos.

Assim, fica evidente que ser ético é refletir sobre suas ações nos aspectos individuais e
coletivos. Seja por consciência ou por receio das punições.

Mas, o que isso tem a ver com as compras feitas por uma empresa?
Bom, toda relação humana precisa seguir as normas da ética, isso inclui transações
comerciais. É por meio da ética que se consegue facilitar as decisões e ter uma
negociação mais objetiva e transparente.
A relação
compras
x
ética
Setor de Compras x Ética
O setor de Compras precisa tomar diversas decisões para alcançar a eficiência. Cabe a
ele conseguir os melhores insumos, fornecedores e preços. Isso demanda uma série de
negociações e propostas, de todos os lados.

No entanto, a estruturação da área e a automatização das atividades devem garantir que


o discernimento, o caráter e as tomadas de decisão sejam pautados pela ética.
Essa atitude assegura que os interesses organizacionais estejam sempre em primeiro
lugar, sobrepondo-se aos pessoais.

Dessa forma, todos sabem o que fazer e atendem os valores da empresa, não de
indivíduos particulares. Você consegue perceber que não é só uma questão de ser “bom”,
mas também de lucratividade, agilidade e profissionalismo?

Nesse cenário, fica evidente que algumas atitudes são negativas para a empresa e podem
ocasionar prejuízos.
Uma delas, por exemplo, é o recebimento de agrados e presentes de fornecedores.
Essa situação pode gerar um sentimento de gratidão ou necessidade de retribuição por
parte dos colaboradores, que privilegiam aquele parceiro, mesmo que ele não seja a
opção mais adequada.

Mas, então, o que fazer nestes casos?


Nesse cenário, o mais indicado é que a empresa proíba o recebimento desses agrados.
Caso haja o recebimento, mesmo assim, existem duas atitudes possíveis:

Devolver o “presente” com uma carta de agradecimento, de preferência com a


assinatura da pessoa a quem o presente foi destinado;

Para as organizações flexíveis com relação a esse assunto, é fundamental deixar claro
que aquele presente não terá retornos no âmbito das negociações e/ou transações
realizadas, evitando, portanto, interpretações dúbias.
A importância de um código de ética

Como mencionado anteriormente, podem existir algumas variações nas


condutas aceitáveis para empresas em regiões, estados ou países diferentes.

O ideal, no entanto, é que toda organização elabore um código de ética


para determinar o que é aceitável. Mesmo que haja um código de ética
esperado, é necessário que isso seja documentado para que todos tenham
acesso a esta informação.

Você já deve ter notado que “acordos” verbais não garantem


cumprimento, e muito menos possibilitam cobranças. Ter um código
estabelecido e publicado passa a ser uma norma para toda a equipe.
Exemplos reais

Para facilitar a compreensão vamos a alguns exemplos corriqueiros dentro


de um ambiente profissional:

O bom senso define que um almoço de negócios, por exemplo, deve ser feito
de forma natural, sendo igualmente dividido entre os participantes para
evitar débitos ou créditos que ocasionam cobranças futuras.

Da mesma forma, os fornecedores devem estipular as características dos


produtos e formas de pagamento que estão sendo negociados de modo a
evitar aplicações de multas e juros.
O ideal é evitar a omissão de detalhes, que podem ser
desfavoráveis ao comprador.

Você vai notar que a transparência é o braço direito do código de


ética das empresas e da sociedade.

Em relação à cotação de preços, indica-se realizar 3 processos


para verificar as condições.

Porém, muitas vezes, o que se vê, é que os colaboradores do setor


de Compras realizam esse procedimento apenas para cumprir o
protocolo.
E pior, nesse caso, o fornecedor já foi escolhido e as planilhas são
preenchidas com dados fictícios. O que, naturalmente, perde total e
completamente a essência – e efetividade – de ter essa norma.

Uma grandiosa falta de ética que pode ocorrer em qualquer


empreendimento e que pode gerar prejuízos grandes à organização.

Com o passar do tempo, a agilidade e praticidade dos processos são tidas


como prioridade nas empresas modernas. Portanto, se existe um protocolo
interno – ou norma, código, etc. – é para tornar o processo mais eficiente.

Com o código de ética, assegura-se a adoção de uma conduta correta no dia


a dia. Isso quer dizer que as resoluções cotidianas devem seguir o
comportamento e ideias que a empresa considera aceitáveis.
Benefícios do Código de Ética no setor de Compras

Você deve ter notado que ter um código de ética deixou de ser uma
aplicação apenas “para inglês ver”.

Isso quer dizer, que não se trata apenas de uma conduta de fachada, ele
pode trazer benefícios e consequências reais para as empresas, que
decidem ou não inserir um código de ética no setor de compras.

Vale ressaltar que o não estabelecimento de um código de ética é


prejudicial para a sua empresa interna e externamente.
Vamos ver alguns dos principais benefícios:

Agilidade
Alinhar objetivos, metas e aplicações em todos os setores formadores de
uma empresa é uma garantia para agilizar processos.

Imagine cinco pessoas puxando um bloco com cinco cordas, uma para
cada. Obviamente, se todos andarem para o norte ao invés de cada um
para um lado, esse bloco se moverá mais rapidamente, certo?

Essa metáfora pode ser aplicada para os setores (pessoas) de uma empresa.
Se todos sabem qual a conduta esperada, caminham da mesma forma para
atingir este objetivo.
Profissionalismo

Estabelecer um código de ética que corresponda a moral esperada pelo


mercado sinaliza que a sua empresa não é amadora.

As transações e interações comerciais estão cada vez mais complexas e ter


um código de conduta é indispensável para o processo industrial.

Vale ressaltar que, nas transações internacionais, o quesito


profissionalismo é ainda mais decisivo.

E um adendo importante, as empresas participantes, ou seja, compradores


e vendedores, devem estar cientes do código de ética de ambas.
Satisfação do Cliente

Você já deve ter escutado falar que estamos na Era do Cliente, na qual a
satisfação dos compradores tem suma importância no crescimento e
manutenção de uma empresa.

Ser transparente em relação às metas, condutas, visões e missões da


empresa transmite ao cliente maior confiança. O que, naturalmente,
potencializa sua satisfação e possibilidade de fidelização.

Sem contar que o benefício da agilidade no processo também age como


fator positivo neste quesito.
Comunicação sem ruídos com o fornecedor
Quando falamos de automação dos setores produtivos, integração e da Indústria
fica claro que a transparência é uma consequência direta deste movimento atual.

Informações em nuvem, integração entre setores e a agilidade na transmissão de


informações tornam a transparência de dados natural e necessária. O que é muito
bom para o código de ética no setor de compras.

Afinal, a comunicação clara, honesta e direta passa a ser automática. E esse


diálogo é indispensável para minimizar possíveis ruídos na comunicação com o
fornecedor.

Quando o posicionamento da empresa é claro – e, principalmente, regular – os


fornecedores saberão exatamente onde começa e acaba o limite das negociações e
transações.
Garantia da escolha mais eficiente

Atividades anti éticas dentro do setor de compras abrem portas para


relações que extrapolam o âmbito comercial. O setor de compras trabalha
com grande parte dos custos de uma empresa, isso significa muito dinheiro
e muita responsabilidade.

Como a comunicação com os fornecedores tende a ser a longo prazo, casos


de “troca de favores” são muito comuns. Isso faz com que o comprador
mantenha um fornecedor mesmo que ele não tenha os melhores preços ou
produtos.

As consequências disso é o comprometimento da produtividade e do lucro.


Exemplo de atividades que não correspondem ao código
de ética no setor de compras

A esta altura você já deve estar ciente do que representa a ética no setor de
compras, mas quais atitudes são consideradas, realmente, anti éticas?

Como já mencionamos, a ética está relacionada ao território no qual a sua


empresa está localizada, paga seus tributos e responde legalmente.

Mas algumas atividades são de consenso, veja algumas:


Suborno
Para empresas familiares este termo pode soar algo específicos das
megacorporações, ou coisa de filme policial.

Mas, como mencionado anteriormente, quanto mais desenvolvidas e


complexas tornam-se as transações maiores são as responsabilidades e
riscos.

E, hoje, o porte da empresa não significa normas e códigos menos ou mais


desenvolvidos. Qualquer relação empresarial, no médio ou longo prazo
pode estar sujeita a participantes que não correspondam ao código de ética
estabelecido na sua empresa.

O suborno, portanto, é mais recorrente do que se imagina.


Comportamentos internos discrepantes (diferente, desigual)
Quando estabelecemos um código de ética público para todos os
membros das equipes, é possível cobrar comportamentos
adequados do seu pessoal.

Afinal, o que não está claramente proibido é tido como permitido,


certo?
Competições internas desleais, informações erradas, decisões pautadas em
interesses pessoais são alguns destes comportamentos que destoam do
código de ética empresarial.

O código de ética no setor de compras é uma solução formal para evitar


que a sua equipe trabalhe em direções diferentes do objetivo, missão e
visão da sua empresa.

Existem três fatores essenciais para que esse processo seja


eficiente a longo prazo:
Transparência;
Integração horizontal e vertical;
Auditorias internas e externas.
Sucesso com Ética!

Pronto para inserir um código de ética no setor de compras?

A ideia deste artigo não foi montar um código e sim explicar o que significa
ética no setor de compras e quão importante é estabelecer esta conduta
dentro da sua empresa.

Vale ressaltar que ética deve existir em todo o contexto de produção, desde
compras até o transporte para o cliente final, acompanhamento pós-venda,
garantia e soluções de problemas.
As empresas estão hoje em um ambiente extremamente competitivo e
digital, no qual tudo é dissipado em tempo real e falhas de conduta podem
comprometer o poder de competição da sua empresa.

Mas os gestores precisam estar cientes que o código de ética no setor de


compras e em todos os outros precisa ter a prática vistoriada com
frequência para garantir sua eficiência no longo prazo.
Portanto, os colaboradores devem passar por treinamentos de reciclagem,
que ajudam a lembrar as práticas recomendadas e permitem tirar dúvidas
que surgem no desenvolvimento das atividades.

Além da criação e institucionalização de práticas recomendadas e


obrigatórias para todos os integrantes e setores.

Esse também é o motivo que exige que o código de ética esteja acessível e
visível a todos, para que direcione as ações dos colaboradores.

Desse modo, as condutas éticas são sempre lembradas e praticadas, o que


resulta em benefícios para a própria empresa, seus clientes e fornecedores.
Gestão de Estoque
O estoque é um dos ativos mais valiosos da empresa que o possui. Nos setores de varejo,
manufatura, food service e outros, os insumos e os produtos acabados representam a
essência do negócio e má gestão de estoque pode comprometer, inclusive, a sobrevivência
do empreendimento. Ao mesmo tempo, o estoque pode ser considerado como um passivo
(não no sentido contábil).

Manter um estoque grande acarreta, em certa medida, diversos riscos para as empresas,
tais como risco de deterioração, roubo, danos, obsolescência ou perda, em caso de
produtos perecíveis.

Por essas razões, o gerenciamento de estoque é de grande importância para todas as


empresas, independentemente de seu tamanho.
Saber quando reabastecer certos itens, a necessidade de compra e produção, o preço de
compra – assim como o de venda – é essencial para a manutenção das atividades, o que
torna essa tarefa, além de complexa, muito delicada.
O que é Gestão de estoque
É uma das principais tarefas que devem ser realizadas em negócios que
lidam com estoques de produtos, sejam matéria-prima, produto acabado
ou insumos.

A gestão de estoque representa a capacidade da empresa organizar e


controlar a quantidade de cada produto em um determinado momento.

Além disso, ela permite que a empresa entenda seu mix de produtos e suas
demandas, que por sua vez irá determinar as necessidades de compra.

Outro ponto importante da gestão de estoque diz respeito à valoração dos


estoques, ou seja, quanto o estoque vale para a empresa.
Por que a gestão de estoque é importante?

Ter um depósito cheio de mercadorias não é sinônimo de sucesso comercial, pelo


contrário. Isso representa um investimento paralisado.

Assim, a gestão de estoque é uma das chaves para o sucesso das empresas, visto que
objetiva garantir o estoque ideal para a atividade, ou seja, impedindo que haja excesso ou
falta de estoques e assegurando que sempre que um cliente solicitar um produto, ele seja
fornecido.

Alguns especialistas defendem que o ideal é que o fluxo de entrada e saída de estoque seja
quase idênticos.

No entanto, dependendo da atividade da empresa, as demandas sofrem grande oscilação


durante o ano, o que faz que seja necessário que a empresa constitua um estoque de
segurança, visto que ficar sem produtos em estoque pode impactar significativamente a
atividade da empresa.
Além disso, muitas vezes as empresas conseguem negociações vantajosas
com seus fornecedores, caso efetue a compra de grandes quantidades.

A depender da situação, pode ser uma boa oportunidade de negócio.

Portanto, para tomar as melhores decisões para empresa é preciso conhecer


em profundidade o funcionamento da atividade e as peculiaridades do
setor, para que a empresa não venha a sofrer nem pelo excesso nem pela
falta de produtos e mercadorias.

Como será demonstrado, isso só é possível com uma boa gestão de estoques.
A gestão de estoque, além de possibilitar que a empresa tome as melhores
decisões, impede que ela cometa erros, como comprar itens desnecessários
apenas por estarem com preço atrativo.
Principais métodos de gestão de estoque

Existem diferentes métodos de gestão de estoques.

Saiba um pouco mais sobre cinco tipos mais tradicionais e, ao


mesmo tempo, os mais utilizados pelas empresas:
1 - PEPS
Essa metodologia segue o princípio de que as mercadorias mais antigas do
estoque são as que devem ser vendidas primeiro, evitando que os itens
fiquem obsoletos. Daí o emprego da sigla PEPS, que significa “primeiro a
entrar, primeiro a sair”.

Trata-se de um dos métodos de gestão de estoque mais utilizados pelas


empresas na atualidade.

Com a tendência de aumento constante dos preços dos itens de estoque,


esse modelo tende a valorizar o estoque pelo valor mais próximo ao
praticado no mercado, uma vez que ele será composto pelos itens que
foram adquiridos mais recentemente.
Para ficar claro, vejamos um exemplo de como o método funciona. Imagine
uma loja que comercializa bolsas. No seu depósito há 100 modelos, cujo
preço pago foi de R$10,00 em cada uma.

O custo do estoque é de mil reais. Antes de o fornecedor receber o próximo


pedido, foram vendidas 80 bolsas.

Você solicita então mais 100 modelos. Mas digamos que o valor do produto
subiu, e agora cada uma custa R$11,00 .

Segundo a metodologia adotada através do PEPS, das próximas 100 peças


que você vender, 20 delas terão o custo de R$10,00, e 80 de R$11,00.
2 - UEPS
O UEPS é o contrário da metodologia anterior. Sua sigla significa “último a
entrar, primeiro a sair”. Dessa forma, o produto mais recentemente
incorporado ao estoque da empresa é o primeiro que deve ser disponibilizado
para as vendas.

Esse método de controle de estoque não é recomendado para empresas que


trabalham com produtos perecíveis, e exigem métodos de controle ainda mais
elaborados para que a empresa não venha a sofrer com avarias e perda de
produtos.
Por exemplo: há 3 entradas de mercadorias no seu estoque.

A primeira é de 20 itens a R$ 15 cada, a segunda de 30 unidades a R$ 14 e a terceira


com 10 exemplares a R$ 17.

Ou seja, o primeiro lote que sai é o de 10 produtos pelo valor de R$ 17.


3 - CUSTO MÉDIO

Também chamado de Média Ponderada Móvel, esse método renova os valores do


estoque a cada vez que há uma nova entrada de itens, por meio do cálculo de uma
média ponderada.

A média é o resultado da soma dos valores dos produtos antigos com os valores dos
produtos novos, dividida pela quantidade total de itens disponíveis no estoque.

Esse método é ideal para empresas cujos valores de seus itens de estoques não sofram
grandes oscilações. Mesmo assim, é preciso adotar controles adicionais para verificar se
o estoque não está super ou subavaliado.
A fórmula do custo médio ponderado é:

CMP = Valor total do estoque / Número de itens comprados e


armazenados.
Vamos a um exemplo. Uma revendedora de sapatos tem R$ 100 mil
aplicados em suas mercadorias. Ao todo, há 500 pares de sapatos
armazenados em seu estoque.

Então, seu CMP será: 100000 / 500. Assim, o custo médio deste estoque é
de R$ 200.
4 - JUST IN TIME
O Just in Time (literalmente traduzido como “no momento exato”) é um método
de gestão desenvolvido especialmente para promover a redução de custos, no
qual o nível do estoque é mantido no menor nível capaz de atender as demandas
da empresa.

Essa metodologia requer um acompanhamento rigoroso por parte dos gestores,


a fim de evitar que a empresa perca boas oportunidades de vendas por não ter
estoque suficiente de produtos para atender às demandas. Esse que é um dos
principais “pecados” cometidos na gestão de estoque.

Para que esse método funcione, é preciso contar com bons fornecedores como
parceiros, para que as requisições sejam atendidas com agilidade e na
frequência necessária.
O Just in Time é basicamente um sistema que permite maior
coordenação da produção que passa a trabalhar de acordo com a
demanda que for surgindo, no menor tempo possível de fabricação.

A metodologia busca precisão, eficiência, controle, desde a compra da


matéria-prima até a venda e entrega da mercadoria.

Nesse modelo de produção a empresa passa a produzir somente o que o


cliente deseja, na hora e momento certos.
5 - CURVA ABC
Esse método de gestão baseia-se em três pilares fundamentais para
estabelecer a importância da manutenção de cada produto no estoque.

São eles: o giro, o faturamento e a lucratividade.

De acordo com esses critérios, os itens de estoque são classificados em três


tipos:
Itens de tipo A: são as mercadorias mais importantes e com maior valor.

É preciso ter controle absoluto, visto que trata-se dos itens mais valiosos
para a empresa, embora possam não ser os mais numerosos.

São produtos com giro razoável, mas que geram alta lucratividade e
faturamento.

de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total


– podem ser itens do estoque com uma demanda de 65% num dado período
Itens do tipo B: são os bens de valor médio e, por isso, não são aplicados
controles tão rigorosos como aqueles aplicados aos itens classificados como
A.
No entanto, é preciso controlar, principalmente, a quantidade desses itens
em estoque, visto que eles tendem a ser os mais numerosos.

com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a


30% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 25%
num dado período;
Itens do tipo C: são os menos valiosos para a empresa, de modo que não é
tão importante adotar muitos controles para eles.

Esses itens, frequentemente, podem ser excluídos dos inventários rotativos,


por exemplo.

Eles devem ser mantidos em pequenas quantidades no estoque, apenas para


garantir o atendimento de eventuais demandas.

de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do total


– podem ser itens do estoque com uma demanda de 10% num dado período.
Como a curva ABC auxilia no controle de estoque de uma empresa?
A Curva ABC auxilia no controle eficiente de estoques. Sua análise é
importante pois se produtos da classe A estão em falta, significa que a
empresa está perdendo dinheiro.

Dessa forma, é importante para a empresa que produtos de classe A aqueles


que apresentam maior faturamento ao serem classificados dessa forma pela
Curva ABC, nunca estejam em falta pois sempre serão aqueles prioritários
para a venda.

Além disso com a análise da Curva ABC também indicando quais são os
produtos de Classe C, por exemplo, por serem produtos de baixa demanda e
baixo preço, podem ser impulsionados por meio de promoções para que não
fiquem parados em estoque, evitando desperdícios de espaço e custos.
Como funciona a curva ABC?
Dentro de cada empresa, independentemente do ramo de atuação, é importante obter
a classificação dos produtos por volume de estoque e quantidade vendida.

É aí que entra a importância da curva ABC. Ela é uma ferramenta que permite
identificar os itens que possuem maior importância e maior valor dentro do seu
estoque. Para assim, classificá-los de acordo com essa relevância.

Resumindo, a curva ABC faz um ranqueamento dos seus produtos mostrando qual
deles traz maior retorno para sua empresa.

Os que trazem maior retorno são classificados como produtos da curva A, os de


médio valor e retorno ficam classificados na curva B, e a maior parte dos itens que
trazem um retorno baixo para sua empresa ficam classificados na curva C. Mas
como fazer esse ranqueamento?
Gestão de estoque para pequenas empresas: boas práticas

A boa gestão de estoque é uma tarefa um tanto complexa, pois há muitos


problemas que devem ser analisados e controles que devem ser
implementados.

No entanto, os benefícios são muitos, especialmente para empresas de


pequeno porte, que passam a ter uma maior eficiência e, consequentemente,
lucratividade.

Confira algumas boas práticas a serem implementadas:


1. Realize inventários
O primeiro passo é crucial. Você deve fazer o levantamento físico de todos os
itens presentes em seu estoque por meio de um inventário.

Durante esse procedimento, é importante que você aproveite para organizar


a disposição de seus produtos.

Separe-os por tipo, cada qual em localidade específica. Esse mapeamento


melhora a movimentação de mercadorias no estoque e dá mais agilidade a
diversos processos.

Além disso, é importante, nessa etapa, fazer o levantamento da data de


vencimento de produtos perecíveis, caso haja, e verificar o estado de
conservação dos produtos.
Como registrar os dados de inventário?

Existem diferentes formas de compilar os dados do inventário. As mais


comuns são:

• Manualmente, utilizando lápis / caneta e papel;


• Utilizando planilhas eletrônicas;
• Com um sistema de gerenciamento de estoque.

Embora a última opção exija investimento, no longo prazo ela fará com que
sua empresa se torne muito mais ágil e competitiva, com controles muito
mais elaborados e eficazes.
2. Destaque todas as informações importantes
Qualquer que seja a forma que você decida utilizar para compilar suas
informações de inventário, é crucial estabelecer as informações relevantes a
serem levantadas. Se você não conseguir registrar as informações com precisão,
poderá acabar tomando decisões incorretas, que impactarão negativamente a
saúde financeira de seu negócio.

Cada item de estoque tem muitas informações que podem ser relevantes para
tomada de decisões. Dentre as principais, destacam-se:
• Número de referência ou número de controle do bem
• Custo
• Fabricante
• Categoria
• Localização
• Validade
Além disso, podem ser incluídas informações específicas do
fornecedor, como o número do pedido e quaisquer outros critérios
úteis para o seu negócio (cor, tamanho, modelo, etc.).

Para conhecer a fundo o seu estoque é preciso entender como a


mercadoria se movimenta, e isso implica em acompanhar o ciclo
de vida de cada item, desde a data de compra do fornecedor até as
datas de venda, bem como o custo e o preço de venda.
3. Preste atenção aos custos e às receitas

O gerenciamento de estoque não se limita apenas ao controle físico. Para que o


negócio seja bem sucedido, é preciso monitorar o estoque levando em
consideração o valor de seus produtos e, também, seu giro e sua margem de
lucro.

Para gerenciar o estoque dessa maneira é necessário saber não apenas o produto
que mais vende, mas, também, qual gera maiores lucros. Para isso você precisa
considerar o preço de venda (incluindo os descontos aplicados) de seus itens.

Sistemas de gestão mais completos possuem integração com a gestão de compras


e de vendas, possibilitando obter maior precisão do seu controle de estoque.
Com estas informações você será capaz de:

• Concentrar-se nos produtos com maiores lucratividades.

• Conhecer os produtos de maior e pior desempenho por


quantidade e por margem.

• Gerenciar melhor seus descontos, com uma informação precisa


do custo do item.
4. Monitore suas vendas para que você nunca fique sem mercadoria

De todos os problemas que as lojas podem encontrar, ficar sem estoque é um dos
mais perigosos. Monitorar as vendas é uma estratégia vital para o crescimento
dos negócios, não apenas para controlar o estoque.

Com base nessa informação, você pode prever melhor suas necessidades de
compra e garantir que a empresa tenha encomendado o suficiente para
determinado período, por meio de análise do histórico de vendas e levando em
conta projeções de crescimento da economia e do seu setor de atuação.

Analise os seus principais produtos. Eles estão vendendo mais rápido do que o
esperado? Você pode ter que fazer um pedido especial. Estão vendendo menos
que o esperado? Talvez você tenha que oferecer descontos ou condições
diferenciadas de pagamento para não ficar com o item parado em estoque.
5. Gerencie suas mercadorias antigas
Administrar o estoque antigo corretamente irá ajudá-lo a evitar a perda de
mercadorias, seja por obsolescência ou perda da validade e ajudará a
empresa a não incorrer em prejuízos.

Analisar os itens com baixa movimentação em estoque também é uma boa


estratégia para evitar produção em excesso ou mesmo elaborar estratégias
para aumentar o giro do produto.

Com um sistema de gerenciamento de estoque adequado e seguindo as


práticas recomendadas anteriormente, você irá manter seu estoque
atualizado e, consequentemente, seus clientes satisfeitos com a
disponibilidade dos produtos.
Principais erros na gestão de estoque

Devido à complexidade da atividade, é comum que ocorra erros


na gestão de estoque.

Saiba quais são os principais e como evitá-los:


Excesso de estoque
Excesso de estoque é um dos grandes problemas enfrentado nas empresas,
principalmente em épocas de crise. Quando refere-se a produtos perecíveis, o
problema se traduz, literalmente, em perdas totais.

Em qualquer caso, não deixa de ser uma despesa desnecessária, porque a empresa
deixa de ter um capital líquido disponível para investimento e passa a ter um
investimento paralisado. Isso sem falar nos custos de armazenamento.

Para evitar que isso aconteça, é preciso concentrar os investimentos em produtos


mais lucrativos e que vendem melhor. A única maneira de fazer isso corretamente
é começar a analisar suas vendas mês a mês.

E não apenas no ano corrente, mas também comparativamente com o mesmo mês
do ano anterior, períodos de férias, etc. para identificar possíveis sazonalidades.
Estoque insuficiente

Quando uma gestão de estoque não é bem feita, você acaba correndo vários
riscos. A falta de produtos, por exemplo, acaba gerando prejuízos que
muitas vezes você nem percebe.

Esse tipo de situação pode acarretar, por exemplo, na perda da confiança do


cliente, de vendas atreladas e de vendas futuras.

A falta de estoque é tão maléfica para a empresa quanto o excesso.

Por isso, é importante ter um controle adequado para que nenhum dos
casos venha a acontecer.
Problemas de sazonalidade
Você está ciente das oscilações que ocorrem na demanda de sua empresa? A
oferta de produtos deve ser adaptada às necessidades de seus clientes, em cada
estação e época do ano.

Você não pode comprar os mesmos bens em um período de tempo em que, talvez,
seus clientes saiam de férias e não estejam pensando em comprá-los.

O contrário também acontece. Existem épocas, geralmente datas festivas, em que


há um aumento muito grande da demanda.

As empresas precisam, além de captar essas informações, fazer um bom


planejamento para não sofrer com problemas externos, como atrasos de
fornecedores.

Sazonal é um adjetivo que se refere ao que é temporário, ou seja, que é típico de determinada estação ou época.
Uso de ferramentas de gerenciamento de estoque ineficientes
Outro problema comum no gerenciamento de estoque é usar ferramentas
inadequadas de controle.

Não basta apenas de utilizar soluções para o controle de lotes e séries de produtos.
É necessário contar com ferramentas que estejam integradas com as áreas de
compra e vendas e que possibilitem controlar o valor real de seus estoques.

Se você não tiver as ferramentas adequadas, você poderá tomar uma série de
decisões equivocadas que só serão identificadas muito posteriormente. Em muitos
casos, será muito tarde para revertê-las e você as verá traduzidas na forma de
perdas ou custos muito altos.

Além disso, a automação dos procedimentos de controle de estoque ajudam a


minimizar o tempo e os custos operacionais.
Falta de inventário físico

Muitas empresas acabam não realizando inventários regularmente


e acreditam que a quantidade que consta em seus controles é a
real.

Isso pode gerar problemas de compra indevidas ou falta de


estoque em momentos cruciais para a empresa.
Perdas de estoque, como evitar?
Primeiro de tudo, é preciso levar em conta as principais causas de perdas de
estoque:

Furto de clientes
O furto efetuado por clientes é uma das principais causas de perdas em
lojas, por exemplo. Nesse sentido, é importante que a empresa adote
sistemas antirroubo, mantenha-os em boas condições e cuide da colocação
dos alarmes nos produtos para evitar sua desativação.
Além disso, é preciso se atentar para as áreas mais propensas ao furto, como
é o caso das gôndolas.
Furto interno de funcionários

A equipe também é uma das causas de perdas desconhecidas em empresas


de varejo, seja por meio do furto de produtos ou na concessão de
descontos abusivos, com a ajuda de funcionários responsáveis pelas
vendas.

Ambas ocorrências, sem dúvida, reduzem a rentabilidade do negócio.


Erros administrativos

Os registros de mercadorias erradas podem ser a causa de uma


grande quantidade de perda, da mesma forma que o preço
incorreto também aumenta a perda de lucratividade.

Qualquer movimentação de produtos em estoque precisa ser


corretamente refletido no sistema de gerenciamento, se possível,
efetuando a integração com o sistema de compras, para evitar
erros.
Erros no recebimento de mercadorias

Pode acontecer de fornecedores entregarem produtos incorretos


ou em quantidade inferior a que foi comprada.

Nesse sentido, é importante estipular controles no processo de


recebimento das mercadorias.
Avaria ou vencimento de produtos

Armazenar produtos indevidamente, causando avarias, ou não


controlar os produtos perecíveis também são causas frequentes
de perda de mercadoria.
Confira agora as 7 melhores maneiras de evitar as perdas de estoque:

1. Investimento em gestão de estoque


Para ter uma ideia clara do que está acontecendo com seus produtos e
suas vendas, é necessário gerenciar o estoque.

Um bom software rastreará os produtos com mais confiabilidade, desde a


entrada no estoque, até a venda.

Além disso, permitirá que você veja onde estão ocorrendo as discrepâncias
e, assim, obter algumas pistas sobre as áreas a serem investigadas
primeiro.
2. Identifique quais produtos causam as maiores discrepâncias

Isso pode envolver uma série de controles, tais como mudança da


localidade do produto, limitação ao acesso, etc.

3. Instale soluções de segurança


Os elementos de segurança, como câmeras ou alarmes, são um
impedimento para potenciais ladrões, além de facilitar o monitoramento
de possíveis furtos, tanto por clientes quanto por funcionários.
4. Controle os recebimentos

O cuidado com possíveis perdas de estoque começa no momento em que os


fornecedores entregam seus produtos à empresa.

É neste momento que importantes informações como quantidade, validade


e estado de conservação das mercadorias entregues já devem ser
observados e registrados.

Com base nestes dados, as equipes de controle de estoque poderão tomar as


melhores decisões para armazenar, distribuir e colocar em exposição os
itens comprados, contribuindo para evitar possíveis perdas.
5. Controle de validade

Produtos perecíveis precisam contar com controle rigoroso da


validade.

Nesse sentido, convém, muitas vezes, vender os produtos com


margem de lucro reduzida em vez de perdê-los em estoque.

Além disso, é preciso adequar a produção à demanda, para evitar


excesso de estoque desses produtos.
6. Fazer o inventário periodicamente

Fazer regularmente o inventário do estoque é imprescindível para garantir


a consolidação das informações físicas (o estoque propriamente dito) com as
bases virtuais dos dados de estoque, como os sistemas de gestão da empresa
(ERP, BI, outros).

O controle regular do inventário é a principal ferramenta de prevenção


contra as perdas não conhecidas, como furtos e mercadorias extraviadas.
Detectar e documentar estas ocorrências são ações que podem ajudar na
estratégia de segurança dos estoques, que também deve estar entre as
preocupações dos gestores.
7. Educar os funcionários

Informe aos funcionários sobre as consequências de ações indevidas e


treine-os para ajudá-los a proceder em suas tarefas, como fazer pedidos,
recebê-los, armazená-los de forma adequada.

Ao mesmo tempo, é necessário educá-los para monitorar certos


comportamentos suspeitos, saber o que fazer quando o furto ocorre, etc.

Além disso, estabeleça uma cultura empresarial baseada em valores sólidos.

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