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EM
ADMINISTRAÇÃO
MÓDULO II
1º BIMESTRE
ÍNDICE
Gestão de Competências....................................................................................... 40
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EMENTA: Funções e objetivos da administração de materias. Adminstração de compras.
Movimentação e armazenamento de materias, Administração de material privado e público. Gestão de
estoque. Seguros.
Em nosso curso, focaremos na Administração de Materiais, eles estão ligados aos meios
físicos que são utilizados pela instituição na produção de seu produto final, podendo ser um produto
material ou serviços.
Assim, o conceito de administração de materiais e patrimonial vai muito além do que a simples
manutenção de estoques. Vai desde a aquisição (materiais ou serviços) até a distribuição/entrega ao cliente
final, seja um bem tangível ou intangível (como a prestação de serviços públicos).
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Fontes:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2259/1/Apostila_Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf
http://www.umrpedro.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/28/2830/10/arquivos/File/prodmateriais.pdf
A Administração da Produção é área da que cuida dos recursos físicos e materiais que realizam
o processo produtivo. Seu objetivo é alcançar a eficiência e eficácia com efetividade, sendo seus fatores e
recursos.
Fatores:
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Para que a logística possa obter êxito é necessário considerar um fator muito importante que
é a capacitação e o treinamento. Deve haver a capacitação de profissionais nesta área para que estes possam
desenvolver e aplicar programas de treinamento aos funcionários destas empresas. Mas, para alcançar o
objetivo proposto, é necessário haver o comprometimento e a conscientização por parte das pessoas
envolvidas no processo.
O ambiente não permanece estático ele está em constante mutação de época para época. Se
fosse estabelecida uma comparação com um processo hidrodinâmico para caracterizar o macroambiente,
poderia se distinguir uma mudança de caráter laminar e outra de turbulento, conforme o quadro abaixo:
No segundo tipo de mudança, de caráter turbulento, as trajetórias das mudanças não se mantêm
estáveis. A demanda é variável, as previsões tornam-se pouco confiáveis e, por isso, a necessidade de
realizar mais previsões, já que é essencial antecipar-se às mudanças que irão ocorrer para poder reagir com
maior rapidez.
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– em quantidade, variedade, qualidade, preços, prazos – compatíveis com as necessidades e expectativas
dos clientes. Nesse contexto, a logística pode tornar-se um diferencial competitivo para a empresa.
Fontes:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2259/1/Apostila_Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf
http://www.umrpedro.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/28/2830/10/arquivos/File/prodmateriais.pdf
Administração de compras.
A busca pela qualidade no produto adquirido é bem mais complicada quando a compra se dá
por licitação, na qual a indicação de marca não é a regra, mas sim restrita a casos específicos.
Quando uma empresa privada deseja comprar uma impressora, por exemplo, pode-se escolher
a marca que mais transparece confiança: Epson, Canon, LG etc. Todavia, nos órgãos públicos, é vedada a
escolha de marca com base no que o “senso comum” estabelece como uma boa compra. Dessa maneira,
grande parte da qualidade do objeto adquirido é obtida a partir de uma especificação bem feita, que atenda
perfeitamente às necessidades do órgão solicitante e que reduza a possibilidade de se comprar “gato por
lebre”.
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Uma compra célere (rápida) traz consigo uma série de benefícios: evita a falta de um material
no instante em que ele é necessário, demanda menos homem-hora para a condução da burocracia
necessária à pesquisa de mercado e negociação com fornecedores (reduzindo o custo de pedido, por
exemplo) e torna o processo independente de variáveis suscetíveis ao tempo (inflação, evolução
tecnológica etc.).
Dessa maneira, finalmente chegamos aos três atributos essenciais em uma Gestão de Compras
eficiente: preço econômico, qualidade e celeridade.
Se a empresa optar por fazer, maior será sua integração vertical e, consequentemente menor
será a terceirização (outsourcing).
Fontes:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2259/1/Apostila_Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf
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http://www.umrpedro.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/28/2830/10/arquivos/File/prodmateriais.pdf
Administração de compras
Ainda com relação à estrutura do setor de compras, cabe a discussão sobre a centralização ou
descentralização das compras, trazendo consigo questões sobre as eventuais vantagens estratégicas
provenientes dessas opções de estrutura.
Em uma estrutura centralizada, as compras são concentradas em um único órgão. Várias são as
vantagens decorrentes dessa opção: minimiza-se a chance de haver compras duplicadas (incorrendo em
maior custo de pedido e perdendo-se em economia de escala, possibilita-se melhor controle, etc.).
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das demandas dos clientes internos. Os Correios e as organizações militares, por exemplo, adotam esse
tipo de estrutura.
De nada adianta uma proposta de menor preço que apresente um prazo de entrega muito além
de nossas necessidades. Ainda, uma proposta de maior valor que admite um pagamento parcelado (em 10
vezes, por exemplo), pode ser mais vantajosa do que outra de menor preço, mas que só dá margem a um
pagamento à vista.
Outros quesitos devem ser analisados: capacidade produtiva (o fornecedor possui a produção
necessária para a quantidade que preciso?), relacionamento com a organização, reputação no mercado,
postura ética, entre tanos outros.
• Preços;
• Prazos de entrega;
• Condições de Pagamento;
• Fatores pós-venda;
• Condições de reajuste dos preços ofertados;
• Garantias contratuais e suas extensões;
• Critério de inspeção e garantias de qualidade;
• Custos do transporte;
• Custo das embalagens ou introdução de embalagens especiais;
• Acréscimos ou reduções de quantidades.
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Fontes:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2259/1/Apostila_Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf
http://www.umrpedro.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/28/2830/10/arquivos/File/prodmateriais.pdf
2) As empresas devem definir políticas simples para seus procedimentos de compras e que tragam
resultados eficazes como por exemplo, manter atualizado o cadastro de fornecedores de bens e
serviços, manter o histórico do relacionamento com os fornecedores no qual constarão os preços
e condições de negociação, além do registro de ocorrências técnicas e comerciais, como recusa
de produtos, procedimentos irregulares em cobrança etc.
Uma armazenagem racional tem por objetivo principal a minimização dos custos a ela
inerentes. De forma não exaustiva, podemos relacionar da seguinte forma os objetivos da armazenagem:
• Maximizar a utilização dos espaços, ou, conforme Viana (2000), utilizar o espaço nas três dimensões, da
maneira mais eficiente possível;
• Prover acesso facilitado a todos os itens de material;
• Prover proteção aos itens estocados, de forma que sua manipulação não incorra em danos;
• Prover um ambiente cujas características não afetem a qualidade e a integridade dos itens estocados;
• Apresentar um arranjo físico que possibilite o uso eficiente de mão de obra e de equipamentos.
Após determinada a localização do armazém, o próximo passo é determinar o espaço
necessário do edifício. Se o inventário deve ser estocado inteiramente num espaço alugado, não é
necessário nenhum dimensionamento. Se todo estoque deve ser guardado numa facilidade própria ou
alugada, então o espaço requerido deverá atender o nível máximo de estoque para uma temporada.
Caso seja utilizado espaço alugado com facilidades próprias, o problema será como utilizar o
espaço alugado para atender as necessidades de picos de armazenagem. Isto ocasiona a utilização eficiente
para as facilidades próprias ou alugadas e uso de espaço alugado em armazéns de terceiros apenas quando
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necessário. O dimensionamento ideal do prédio será aquele que dá o custo mínimo para a combinação dos
dois tipos de espaço físico.
• Armazenagem: refere-se a guarda do estoque de produtos por períodos de tempos que podem ser
ou longos ou curtos em dependência da reação do mercado.
• Consolidação: processo de agrupar diversas cargas parciais provenientes de pontos de origens
diversos para formar um carregamento maior.
• Desconsolidação (transferência e transbordo): é o desagrupamento de grandes carregamentos em
pequenos lotes para serem encaminhas aos diferentes clientes.
• Agrupamento: um uso especializado para depósitos é o agrupamento de itens de produto.
Algumas empresas com linha extensa de produtos podem fabricá-las integralmente em cada uma de suas
plantas industriais. Os clientes geralmente compram a linha completa. Podem-se obter economias de
produção pela especialização de cada fábrica na manufatura de uma parte da linha de produtos, e
entregando a produção num depósito, em vez de diretamente aos clientes. No depósito os itens são
agrupados conforme os pedidos realizados. O custo adicional pode ser compensado pelos menores custos
de manufatura, resultantes dos maiores lotes de produção para menos itens em cada planta.
Fontes:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2259/1/Apostila_Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf
http://www.umrpedro.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/28/2830/10/arquivos/File/prodmateriais.pdf
2) O sistema que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras e que tem como
principal característica a disponibilização dos materiais solicitados, na quantidade e no exato momento
de sua utilização, é o de:
a) reposição periódica
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b) reposição contínua
c) ponto de pedido
d) just-in-time
Uma armazenagem racional tem por objetivo principal a minimização dos custos a ela
inerentes. De forma não exaustiva, podemos relacionar da seguinte forma os objetivos da armazenagem:
• Maximizar a utilização dos espaços, ou, conforme Viana (2000), utilizar o espaço nas três dimensões, da
maneira mais eficiente possível;
• Prover acesso facilitado a todos os itens de material;
• Prover proteção aos itens estocados, de forma que sua manipulação não incorra em danos;
• Prover um ambiente cujas características não afetem a qualidade e a integridade dos itens estocados;
• Apresentar um arranjo físico que possibilite o uso eficiente de mão de obra e de equipamentos.
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Nesse sentido, a definição do layout (ou leiaute) deixou de ser meramente intuitiva, e passou
a ser estabelecida a partir de técnicas de visualização da dinâmica de movimentação dos materiais no
armazém. Dessa forma, hoje é considerado como layout de um almoxarifado o arranjo de homens,
máquinas e materiais, dispostos de modo que sua dinâmica possa se dar dentro do padrão máximo de
economia (VIANA, 2000).
Para Muther (1978), a chave para uma definição satisfatória do layout inicia com a definição
de características referentes aos itens de material. Esse “diagnóstico” inicial denomina-se chave PQRST,
e pode ser bem ilustrado pelo esquema abaixo:
Na acostagem a 90 graus, a borda da plataforma é formada por uma linha contínua. Este tipo
de solução pode ser utilizado para carga/descarga através da traseira do caminhão.
Quando se tratar de caminhões abertos, o processo de carga/descarga pode ser realizado tanto
pela parte traseira, com pelas laterais.
Fontes:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2259/1/Apostila_Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf
http://www.umrpedro.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/28/2830/10/arquivos/File/prodmateriais.pdf
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1) Assinale abaixo a alternativa correta:
EXERCÍCIOS a) A Armazenagem especial consiste em armazenar o mais próximo possível da
saída os materiais que tenham maior frequência de movimentação.
b) A Armazenagem por acomodabilidade, consiste em armazenar os materiais em função do seu
tamanho.
c) A Armazenagem por agrupamento, consiste em armazenar materiais especiais, que possam exigir
climatização propícia, isolamento, entre outros cuidados específicos.
d) A Armazenagem por frequência, consiste em armazenar próximos os tipos semelhantes de materiais
(famílias ou grupos).
e) Todas as respostas anteriores estão corretas.
2) O tamanho da estrutura bem como o Layout os armazéns são de terminados conforme a necessidade
da empresa. Não existe uma regra que defina cada modelo conforme o material estocado. Sendo assim,
as empresas buscam identificar e aplicar o modelo que mais beneficia sua estrutura. Há alguns modelos,
dentre eles temos o de armazenagem por agrupamento. Sobre as características deste modelo, assinale
a alternativa CORRETA:
( ) Este modelo adéqua a estrutura para atender às necessidade de movimentação dos materiais e
aproveitamento eficiente dos espaços, considerando a necessidade de estocagem da organização.
( ) Este modelo facilita a estocagem dos materiais de forma ordenada, se guindo com os parâmetros do
fluxo de movimentação, além de possibilitar que muitos materiais sejam armazenados fora da estrutura.
( ) Este modelo possibilita o aproveitamento total dos espaços e classifica os produtos por tamanhos e
fluxos de movimentação, conforme a necessidade do armazém.
( ) Este modelo permite adequar os estoques por critérios de necessidades para facilitar no processo de
disposição e busca dos materiais, porém em sempre proporciona o melhor aproveitamento do espaço.
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4)O que pode acontecer quando empresas apresentam um quadro preocupante na área de administração
de materiais e não tomam nenhuma atitude em prol da boa gestão dos recursos materiais? Faça um
resumo dissertativo.
6)Quais razões para a existência e necessidade da manutenção dos recursos materiais e dos estoques?
Cite 10 razões e explique.
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Aplicativos
Informatizados da
Administração
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EMENTA: Fundamentos de equipamentos de processamento de informações de sistemas para o
gerenciamento de atividades da área de administração.
História da Comunicação
Apresentar de forma objetiva como a Tecnologia da Informação está cada vez mais presente
em nosso dia-a-dia, e de que forma suas ferramentas podem contribuir no desenvolvimento das atividades
educativas.
Fonte: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/arte_informatica_basica.pdf
EXERCÍCIOS:
EXERCÍCIOS Pesquisar sobre a história e a evolução do computador.
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Ter noções básicas de Informática são primordiais nos tempos atuais e de grande importância no
crescimento profissional.
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=_VriaV294OI, assista ao vídeo/aula e liste em seu
caderno as principais informações do vídeo/aula e relate se o vídeo esclareceu algumas de suas dúvidas
sobre o conteúdo e a importância do vídeo/aula em sua aprendizagem.
Os sistemas operacionais mais comuns que existem para computadores e que o mercado
oferece são: Microsoft Windows, Mac OS X, Android e Linux.
a) Interface de linha de comando (command line interface). Usa comandos alfanuméricos simples
para navegar entre os discos e pastas, para conseguir outras funções como copiar, formatar deletar, etc., e
para executar aplicativos. Exemplos: DOS, Unix and Linex.
b) Interface gráfica para usuários (Graphical User Interface ou GUI). Usam ícones, menus e janelas
para acessar programas, discos e executar comandos do sistema. Alguns GUIs não são sistemas
operacionais propriamente, mas são extensões de um sistema operacional com uma interface de linha de
comando. Exemplos deste tipo de relação: Windows 3.0 para DOS e X-Windows para Unix. Exemplos de
sistemas operacionais com próprios GUIs: Windows 98/NT, MacOS e OS/2 Warp.
Cada sistema possui uma funcionalidade e utilidade específica. Então: O sistema operacional é
uma coleção de programas que:
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✓ Inicializa o hardware do computador;
✓ Fornece rotinas básicas para controle de dispositivos;
✓ Fornece gerência, escalonamento e interação de tarefas;
✓ Mantém a integridade de sistema.
Existem vários sistemas, entretanto, os mais usados são:
Microsoft Windows
Mac OS X
Linux Ubuntu
Android em PC
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Fonte: Cada imagem acima foi retirada do site oficial da marca.
Há muitos tipos de Sistemas Operacionais, cuja complexidade varia e depende de que tipo de
funções é provido, e para que computador esteja sendo usado. Alguns sistemas são responsáveis pela
gerência de muitos usuários, outros controlam dispositivos de hardware como o beneficiamento da cana-
de-açúcar em uma Usina Sucroalcooleira.
Fonte:
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/arte_informatica_basica.pdf
II. Ele também tem a função de fazer o gerenciamento dos vários usuários da máquina e é sobre esse
sistema que os programas são inseridos e os recursos do computador são gerenciados, como a memória
principal, as interrupções, a memória secundária e os dispositivos de entrada e saída do computador.
III. Um sistema operacional possui duas camadas. A primeira, chamada de Kernel, é o seu núcleo
principal, uma das partes essenciais e básicas que dá suporte a conversa entre software e hardware. O
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segundo são os utilitários, programas utilizados para “rodar” dentro do Kernel, ou seja, os softwares
aplicativos já citados.
IV. O Sistema Operacional deverá ser projetado de acordo com as características do hardware, as
linguagens de programação e suas ferramentas.
Os Sistemas Aplicativos são os programas (softwares) que o usuário utiliza para realizar algo
que ele precisa ou simplesmente deseja fazer. O termo “aplicativo” surgiu da ideia de que, com esse grupo
de softwares, o usuário está “aplicando” o computador na solução de um problema.
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Provavelmente você já necessitou produzir um texto e apresentá-lo na escola, no trabalho, ou
enviar a um amigo, ou ainda, expor na internet. Antes dos computadores pessoais, os trabalhos escolares
eram todos manuscritos.
Os processadores de texto, planilhas e/ou slides são programas projetados para elaboração de,
praticamente, qualquer tipo de apresentação. Há vários deles no mercado. Faremos o uso do Pacote Office
da Microsoft para o referido aprendizado deste módulo, por ser utilizado pela maioria dos usuários,
empresas e no amito escolar no mundo.
Nas aulas vamos conhecer a utilidade de cada um deles (editor de textos, planilhas e
apresentação de slides), procurando assim, explorar os recursos e elementos de ambos para um melhor
aproveitamento no dia-a-dia de cada estudante.
Fonte: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/arte_informatica_basica.pdf
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2) Utilizando as informações das aulas, assista ao vídeo/aula e faça um resumo sobre o Pacote
Office:
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=pKK0QcT9qmU&t=35s, assista ao vídeo/aula e liste
em seu caderno as principais informações do vídeo/aula e relate se o vídeo esclareceu algumas de suas
dúvidas sobre o conteúdo e a importância do vídeo/aula em sua aprendizagem.
Segurança
Segurança da informação é um tema estratégico da gestão de negócios que nunca pode ser
deixado de lado. Seus desvios interferem no bom andamento das atividades rotineiras, no alcance dos
resultados planejados e na sobrevivência e reputação de uma empresa.
Apesar da confusão que pode ocorrer por causa da semelhança dos termos, que são
diferenciados apenas pela inclusão da palavra “tecnologia” no segundo caso, as duas técnicas são distintas
e não devem ser tratadas como sinônimos.
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A democratização da informação, aliada à inclusão digital, pode se tornar um marco dessa
civilização. Contudo, é necessário que se diferencie informação de conhecimento. Sem dúvida, vivemos
na Era da Informação.
Fontes:
https://www.infoescola.com
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/arte_informatica_basica.pdf
Vimos na primeira aula que os computadores eram inicialmente máquinas grandes, caríssimas
e centralizadoras, o processamento das informações de vários usuários de uma organização (ou até mesmo
de várias organizações) acontecia num só computador. Com a redução dos custos de hardware, a estrutura
centralizada cedeu espaço para uma estrutura distribuída, onde computadores de vários portes
processavam, de forma isolada, informações diversas de uma organização. Logo, surgiram os problemas
dessa nova visão de processamento de dados: muitos equipamentos (impressoras, discos), cópias de
software (programas) e de arquivos de dados eram necessários para usá-los em cada computador.
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A rede mundial de computadores, ou internet, surgiu em plena Guerra Fria. Criada com
objetivos militares, seria uma das formas de as Forças Armadas norte-americanas manterem as
comunicações em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações.
Nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a internet também foi
um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e professores universitários, principalmente
dos EUA, trocavam ideias, mensagens e descobertas pelas linhas da rede mundial.
Fonte: CTISM
Foi somente no ano de 1990 que a internet começou a alcançar a população em geral. Nos dias
atuais, é impossível pensar no mundo sem a internet. Ela tomou parte dos lares de pessoas do mundo todo.
Estar conectado à rede mundial passou a ser uma necessidade de extrema importância. A internet também
está presente nas escolas, faculdades, empresas e diversos locais, possibilitando acesso às informações e
notícias do mundo em apenas um clique.
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Site de pesquisas Google
Fonte: https://www.google.com.br
Fonte: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/arte_informatica_basica.pdf
Redes sociais são organizações de grupos sociais constituídos na internet. Uma rede social
tanto pode ter um potencial conteúdo de assuntos que visam à colaboração entre os componentes do grupo.
As mais conhecidas redes sociais da internet são o Facebook, o Instagram, o WhastApp, o TikTok, o
Linkedin, o Twitter, o Blog entre outros.
A partir de 2006, começou uma nova era na internet com o avanço das redes sociais. Pioneiro,
o Orkut ganhou a preferência dos brasileiros. Nos anos seguintes, surgiram outras redes sociais, como o
Facebook e o Twitter.
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As redes sociais são espaços virtuais onde grupos de pessoas ou empresas se relacionam
através do envio de mensagens, da partilha de conteúdo, entre outros.
“Se nos primórdios as redes sociais eram utilizadas principalmente para a interação entre
usuários, que publicavam suas fotos, opiniões e interagiam com amigos e familiares, hoje elas englobam
muitas outras funções e fazem parte da rotina de anônimos, celebridades, atletas, influenciadores,
instituições e, claro, empresas.”
Fonte: https://www.todamateria.com.br/redes-sociais/
Pelas estatísticas com a quantidade de acessos por dia, podemos constatar que as redes sociais
deixaram de ser apenas uma forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração
de novos clientes, publicidade, oportunidade e também lazer.
Nas redes sociais cada indivíduo tem sua função e identidade cultural. Sua relação com outros
indivíduos vai formando um todo coeso que representa a rede e a criação de grupos de interesse como
esporte, cultura, entretenimento, educação etc.
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Fonte: https://www.todamateria.com.br/redes-sociais/
Quando analisamos as redes sociais, percebemos que são arquiteturas sociais baseadas em
sistemas digitais e tem como objetivo ligar vários tipos de pessoas e organizações que tendem a ter
objetivos e valores semelhantes.
Em relatório divulgado pelas empresas, We are Social e Hootsuite, com o tema “Digital in
2018: The Americas”, da população brasileira temos 62% de pessoas ativas nas redes sociais. O relatório
também apresenta que 58% já buscou por um serviço ou produto pela internet.
Fontes:
https://blog.fortestecnologia.com.br/tecnologia-e-inovacao/a-influencia-das-redes-sociais/
https://www.terra.com.br/noticias/redes-sociais-seguem-crescendo-como-empresas-podem-conquistar-
seguidores,94c4d5ac34ae5e607bf6daf43f8f9efcanmt4sw9.html
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/arte_informatica_basica.pdf
1) Faça uma pesquisa de como usar as redes sociais de forma segura? O que
2)Realize uma pesquisa/investigação em revistas especializadas, nos folhetos de propaganda das lojas
ou mesmo na internet uma propaganda de oferta de um computador. Leia os detalhes de sua
configuração e veja se ele pode atender suas necessidades pessoais e de trabalho. Se for possível, vá a
uma loja e faça um orçamento do mesmo. Escreva qual o processador, qual a capacidade da memória
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RAM e do HD. Verifique também quais são os tipos de conexão (entradas) que ele possui para conexão
de equipamentos.
3) Crie uma apresentação usando o Power Point, usando como tema central um assunto referente aos
outros componentes curriculares que você está acompanhando. Escolha um design e comece com um
slide com layout de título. Prossiga construindo o 2º slide (sumário da apresentação) e, a partir do 3º
inclua os conteúdos de cada tópico do sumário (use no mínimo dois slides para desenvolver cada tópico).
Crie um slide final contendo as referências de pesquisa.
a) A apresentação deve conter no mínimo 12 slides (A capa de abertura não conta, então serão 13
slides no total);
Na capa deverá constar os seus dados escolares.
4)Pesquise sistemas operacionais para servidores e selecione um sistema operacional: Windows, Linux
ou MAC OS X; e descreva as principais características de cada um (para isso faça uma pesquisa online
sobre o Sistema Operacional escolhido).
Faça um resumo descritivo ( mínimo 25 linhas ).
5) Um grupo de professores do Ensino Médio deseja fazer uso de ferramentas da web 2.0 de forma
a expandir e complementar o tempo de sala de aula presencial.
Eles desejam:
✓ Estabelecer uma forma de comunicação assíncrona para o envio de diferentes mensagens aos
alunos;
✓ Disponibilizar material didático (apresentações, sugestões de vídeos, sites, Exercícios
complementares);
✓ Promover a interação e viabilizar a escrita colaborativa entre os alunos.
Que ferramenta e/ou plataforma você, como professor de Informática Educativa, poderia sugerir aos
demais docentes para cada uma das demandas apresentadas? Detalhe o uso de cada uma delas, em 25
linhas.
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Gestão
de
Competências
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EMENTA: Gestão baseada em competências. Cargo e salários. Treinamento. Avaliação de
Desempenho(AD). Saúde e segurança no ambiente de trabalho.Benefícios sociais. Gestor de pessoas,
seu papel e responsabilidades na transformação da organização. Habilidades profissionais.
O que é competência?
A definição de competência é baseada no CHA, que são os (C) conhecimentos, (H) habilidades,
competências técnicas, e as (A) atitudes e competências comportamentais que uma pessoa possui. O
conhecimento tem relação com a formação acadêmica, se trata do conhecimento teórico. A habilidade está
ligada ao prático, a vivência e ao domínio do conhecimento. Já a atitude representa as emoções, os valores
e sentimentos das pessoas, isto é, o comportamento humano e seres que convêm da capacidade de se
relacionar numa especialidade direcionado.
Definição
A Gestão por Competências representa uma alternativa aos modelos gerenciais tradicionalmente
utilizados pelas organizações. Propõe-se a orientar esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar,
nos diferentes níveis da organização (individual, grupal e organizacional) as competências necessárias
para alcançar seus objetivos. A proposta deste modelo de gestão é compreender quais são as competências
organizacionais críticas para o sucesso organizacional, desdobrá-las em termos de competências
profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de funcionários internos. Trata-se de uma metodologia
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de gestão moderna, focada nos negócios, no mercado e no desenvolvimento profissional permanente.
Direciona sua ação prioritariamente para o gerenciamento da lacuna (gap) de competências eventualmente
existente na organização ou equipe, procurando eliminá-lo ou minimizá-lo. A ideia é aproximar ao
máximo as competências existentes na organização daquelas necessárias para atingir os objetivos
organizacionais.
Sob essa perspectiva, minimizar eventuais lacunas de competências significa orientar e estimular
os profissionais a eliminar as incompatibilidades entre o que eles são capazes de fazer (competências
atuais) e o que a organização espera que eles façam (competências necessárias).
https://www.twygoead.com/site/blog/o-que-sao-competencias/
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Em uma empresa, é aquele profissional que tem habilidade em determinada área, ajudando-o a
desempenhar melhor sua função. E com o tempo, a tendência é que todas as habilidades que a pessoa
possua só se aperfeiçoem.
Atitudes: Aqui, você toma a iniciativa ou antevê o problema. Assim, você toma uma atitude para
resolver aquele problema. É o ser ou querer fazer.
Por isso que conhecimento, habilidade e atitude têm que andar sempre de mãos dadas.
Pois um profissional só será verdadeiramente competente quando dominar bem o conhecimento, for capaz
de aplicar esse conhecimento para obter resultado e ter atitude para fazer o resultado acontecer.
EXERCÍCIO 1) Com base no texto acima descreva o que você entendeu por CHA?
Cargos e salários
CARGO “é um conjunto de funções com uma posição definida na estrutura organizacional. Pode ser
considerado como sendo um grupo de postos de trabalho que são suficientemente semelhantes para serem
englobados numa mesma análise”.
Exemplo: Almoxarife.
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ATRIBUIÇÃO: é toda atividade individualizada e executada por um ocupante de cargo. Geralmente é a
atividade atribuída a cargos mais diferenciados. A atribuição é uma tarefa um pouco mais sofisticada, mais
mental e menos braçal.
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Agora vamos assistir a um vídeo sobre gestão de cargos e salários e em
EXERCÍCIO seguida, descreva o que você entendeu sobre gestão de cargos e salários:
https://www.youtube.com/watch?v=kV4Oa9T8jK0
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Treinamento na gestão de pessoas
Treinamento é qualquer atividade que contribua para tornar uma pessoa apta a exercer sua função
ou atividade, aumentar a sua capacidade para exercer melhor essas funções ou atividades, ou prepara-
la para exercer de forma eficiente novas funções ou atividades.
As empresas treinam para dispor de uma equipe de melhor nível e conseguir produtividade maior
e resultados melhores.
Treinamento não é algo que se faça uma vez para novos empregados: é usado continuamente
nas organizações bem administradas. Cada vez que você mostra a uma pessoa como ela deve fazer o
trabalho, dá uma orientação ou discute um procedimento, você está treinando.
A principal razão pela qual as empresas treinam é para proporcionar ao empregado novas
habilitações ou melhorar as que ele já possui. Ele deve, portanto, produzir mais e melhor para a
empresa, proporcionando um retorno ao investimento que a empresa fez em treinamento. Além disso,
os seguintes fatores também são importantes:
Toda empresa tem suas peculiaridades e especificidades que o empregado desconhece ao ser
admitido. Os empregados são selecionados com base em suas qualificações gerais, e as empresas, muitas
vezes, têm técnicas, tecnologias, políticas, normas e planos específicos, que precisam ser ensinados.
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✓ Os bons profissionais gostam de aprender a evoluir. Uma empresa que não treina não agrada aos
bons profissionais;
✓ O treinamento é um benefício que pode contribuir para atrair e reter bons profissionais.
Sendo assim, as empresas não têm escolha entre treinar ou não treinar. Elas são obrigadas a fazê-
lo, e o fazem pelo menos no próprio trabalho por meio das orientações da chefia. Cada novo empregado,
independente de seu treinamento prévio, formação ou experiência, precisa aprender a executar algumas
tarefas específicas. Novas ocasiões para treinamento estão sempre surgindo:
1) O que é treinamento?
EXERCÍCIOS 2) Qual a necessidade de treinar os colaboradores?
3) Pesquise quais são os tipos de treinamentos mais usados pelas empresas!
Avaliação de desempenho:
A avaliação de desempenho destina-se a melhorar o desempenho dos avaliados nas atividades que
executam. Isto deve ficar claro para todos os participantes da avaliação.
Toda a avaliação de desempenho deveria começar com a auto avaliação, pois isso obrigaria a
pessoa a pensar no seu trabalho, meditar sobre seus pontos fortes e suas fraquezas e formular planos para
alcançar resultados. Neste processo, o papel do supervisor é vincular os resultados e metas, e propostas
com as necessidades da organização. Este sistema coloca a responsabilidade maior no subordinado e
desloca a ênfase de uma avaliação para uma análise.
36
Métodos e processos de avaliação
A avaliação do desempenho pode ser definida como uma interação entre o notador e o notado, em
que o trabalho desenvolvido ao longo do ano é analisado e discutido por ambas as partes a fim de
identificar os aspectos positivos e negativos do desempenho e encontrar oportunidades de
desenvolvimento e melhoria, proporcionando ao notado a possibilidade de saber sempre o que se espera
do seu desempenho.
37
Tipos de avaliação de desempenho
✓ Avaliação do pessoal do nível operacional
✓ Avaliação do nível intermediário
✓ Avaliação do pessoal de alto nível
Como parceiro da organização, cada funcionário está interessado em investir com trabalho,
dedicação e esforço pessoal, com seus conhecimentos e habilidades, desde que receba uma retribuição
adequada. Por sua vez, as organizações estão interessadas em investir em recompensas para as pessoas,
desde que delas possam receber contribuições ao alcance de seus objetivos. Podemos destacar a seguir
alguns componentes e indicadores que são essenciais na remuneração. Os três componentes da
remuneração total:
38
Recompensas financeiras e não financeiras.
A recompensa financeira direta consiste do pagamento que cada empregado recebe na forma de
salários, bônus, prêmios e comissões. A recompensa financeira indireta é o salário decorrente de férias,
gratificações, gorjetas, adicionais (de periculosidade, de insalubridade, adicional noturno, participação nos
resultados, horas extraordinárias, etc.).
39
1) Qual a importância dos benefícios para o trabalhador?
3) O que Feedback?
EXERCÍCIOS
4) O que é o termo alta Rotatividade? Para as empresas é bom que se tenha uma
alta rotatividade? Explique:
Referências bibliográficas:
✓ Gestão de pessoas – 2ª edição totalmente atualizada. Idalberto Chiavenato – Editora Campus.
✓ Princípios da Administração – O essencial em teoria TGA – 2ª edição – Idalberto Chiavenato.
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_cooperativismo/terceira_etapa/arte_gestao_pessoas.pdf
http://docplayer.com.br/43516064-Apostila-gestao-de-pessoas.html
file:///C:/Users/Dell/Downloads/15.CURSO%20T%C3%89CNICO%20EM%20MARKETING%20(1).pdf
40
Gestão
Empresarial II
41
EMENTA: A empresa e o ambiente: função social, função econômica, ambiente interno e externo.
Cultura organizacional. Mudança organizacional. Departamentalização. Delegação. Centralização e
descentralização. Tipos de empresa. Estatuto da micro e pequena empresa. O papel das micro e pequenas
empresas. Tributos. Processo de abertura e registro.
Para que uma empresa possa cumprir seu papel social, é necessário que os administradores tomem
decisões baseadas no bem comum. Como a finalidade de qualquer empresa é prosperar, o lucro também
não deverá ser deixado de lado, mas certamente deverá ser visto como uma consequência, e não prioridade.
No entanto, o objetivo de sucesso financeiro de uma empresa só deve ser entendido como legítimo
se ela cumpre seu papel de geradora de empregos que suprirá as necessidades básicas dos indivíduos,
garantindo-lhes uma existência digna.
Pode-se afirmar que uma empresa criada levando em consideração a maneira como suas atividades
podem impactar positivamente a sociedade em que está inserida, gerando empregos e fomentando o
mercado, é uma instituição valorizada.
Mais do que meras ações voluntárias beneficentes esporádicas ou sazonais, pois muitas dessas
ações voluntárias têm o único objetivo de marketing, a função social da empresa será cumprida se os seus
produtos tiverem uma relação com os interesses da comunidade, tanto na produção como na distribuição,
fazendo circular capital.
As empresas precisam ter em mente que o sucesso de suas atividades não depende apenas do
esforço de seu quadro diretivo e de funcionários. Elas dependem, fundamentalmente, de consumidores de
seus produtos ou serviços e de fornecedores para que possam manter a produção.
Portanto, a importância do meio ao qual a empresa faz parte deve ser de interesse prioritário desta.
Atentar-se ao meio ambiente, criar programas sociais que integrem a empresa e a comunidade,
promover ou patrocinar obras que beneficiem a todos, inclusive a ela mesma, são atitudes que mostram
respeito e gratidão mútuos.
Dessa forma, o lucro se torna uma consequência de todas as benfeitorias e da valorização que a
organização passa a receber do coletivo.
42
A função social da empresa e o meio ambiente
Além de suas funções comerciais, conforme mencionado, a empresa deve ter atuação ativa na
preservação do meio ambiente.
O que acontece é que as atitudes individualistas com o objetivo de buscar maiores lucros ocorrem
com frequência. Portanto, o Estado deverá fiscalizar e cobrar tais empresas para que possuam mais
responsabilidade ambiental, com a finalidade de preservar e proteger o meio ambiente.
É uma consciência geral que as empresas que se preocupam com o meio ambiente e que promovem
melhorias à comunidade são mais valorizadas pelos consumidores.
O contrário também é verdadeiro: quanto maior o impacto negativo de uma empresa no meio
ambiente, pior sua relação com a comunidade.
Isso indica que os laços entre essas duas entidades estão cada vez mais estreitos. Portanto, atuar
para o bem-estar geral da comunidade promovendo melhor qualidade de vida para todos aumentam a
credibilidade da empresa perante aos olhos da sociedade.
Dessa maneira, a função social da empresa é realizada de forma plena e satisfatória a todos.
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O que é a análise de ambiente e como realizá-la?
Que vivemos em uma era que sofre mudanças rápidas, profundas e intensas, todo mundo sabe.
Mais do que isso, essas constantes alterações exercem grande influência sobre os negócios e os cenários
financeiros. Por isso, é cada vez mais necessário que as empresas estejam atentas a essas transformações
— sejam elas no comportamento dos consumidores, no contexto econômico e governamental, sejam elas,
até mesmo, na concorrência.
Sua principal função é analisar os contextos interno e externo nos quais a organização está inserida.
Esse processo consiste nas descrições qualitativa e quantitativa de conjunções correntes ou futuras, reais
ou presumíveis a respeito da própria empresa, tratando de sua atuação nos âmbitos econômico, político,
mercadológico e social; no contexto de sua região e, ainda, dentro de um determinado espaço de tempo.
A sigla é formada pelas iniciais das palavras Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, que
significam respectivamente: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Por meio desse diagrama, é
possível representar graficamente os fatores que devem ser monitorados pela empresa.
44
A análise do ambiente interno determina suas forças e fraquezas, enquanto o estudo externo
possibilita a definição de ameaças e oportunidades. Confira mais sobre cada um desses fatores:
Ambiente interno
Geralmente é definido como o ambiente sobre o qual a empresa exerce total controle, isto é, o meio
em que ela consegue controlar e agir voluntariamente, afinal, é neste domínio que ela encontra suas forças
e fraquezas — ou seus pontos fortes e fracos.
De maneira ampla, nesse grupo podemos incluir maquinário, política de vendas, frota de veículos,
carteiras de clientes, capacidade de investimento, sistemas de gestão, quadro de funcionários etc.
Ambiente externo
No ambiente externo, estão inseridos os fatores sobre os quais a corporação não possui controle,
como clima, crises econômicas, taxa de juros, políticas ambientais, eleições, mudanças de câmbio ou de
legislação, entre outros.
Nesse contexto, sempre que um elemento externo gerar um cenário favorável para a empresa, esse
fator pode ser considerado uma oportunidade, enquanto as circunstâncias sobre as quais ela não tem
controle e que criam horizontes desfavoráveis podem ser definidas como ameaças para o negócio —
aumento do preço do combustível ou alta do dólar, por exemplo.
Com essas definições, é possível determinar como suas forças podem resguardar a organização das
ameaças ou desenvolver novas oportunidades e, ainda, quais ações devem ser tomadas para amenizar as
fraquezas ou impedir que elas prejudiquem as novas conjunturas.
Portanto, para realizar uma análise de ambiente, é preciso seguir os seguintes passos:
45
✓ Determinar as forças que podem potencializar as oportunidades e as que podem combater as ameaças e,
ainda, as fraquezas que podem prejudicar as conjunções e as que podem potencializar as ameaças.
Embora os processos utilizados para a realização de uma análise de ambiente variem de uma
empresa para outra, muitas corporações têm a mesma razão para executar esse estudo. Isto é, o propósito
em comum é a avaliação do ambiente organizacional de modo que a gestão possa reagir de maneira
adequada, aumentar os resultados e consolidar a sua marca no mercado.
A análise de ambiente é muito adotada no planejamento estratégico de uma empresa, porém, ela
pode ser aplicada em diversas áreas, como recursos humanos, departamento financeiro, de compras e de
vendas, setor de marketing, entre outros.
No entanto, para conquistar os efeitos que podem trazer reais vantagens para a corporação, após a
definição da matriz e do completo entendimento das dificuldades e complicações, é preciso identificar
quais são as possíveis soluções para cada questão.
Além disso, é necessária a elaboração de um plano de ação com medidas que devem ser tomadas
com o propósito de potencializar as forças da empresa e tirar proveito das oportunidades. Se for o caso,
também é possível elaborar um plano de contingência com estratégias para a eliminação de falhas que
podem representar riscos ao negócio.
De qualquer forma, cada plano deve ser efetivado e acompanhado por todos os envolvidos no
processo, principalmente pelos gestores responsáveis pela organização ou, pelo menos, pela área em que
o plano será implantado. Assim, as chances de garantir o desfecho esperado são muitos maiores.
Além disso, os participantes podem apresentar suas ideias e expor suas opiniões para que o máximo
de possibilidades seja considerado na análise. Dessa forma, é possível identificar as melhores soluções
para o cenário apresentado.
Outro benefício da análise é o de que ela auxilia os gestores no conhecimento sobre o negócio e
mercado de atuação, isto é, a pesquisa possibilita o desenvolvimento de planos e estratégias que sejam
assertivos e tragam resultados positivos e vantajosos para a empresa.
Como você pode ver, a análise de ambiente influencia diretamente na evolução da empresa —
tanto para identificar as melhores oportunidades de crescimento e explorar as suas forças, quanto para
contornar as fraquezas e eliminar as ameaças.
46
1- O que é uma analise situacional? Faça uma pesquisa e explique:
EXERCÍCIO
SWOT
A melhor resposta para esta pergunta pode ser traduzida na definição de análise SWOT oferecida
por Philip Kotler, na décima edição de seu livro “Administração de Marketing”:
A avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças é denominada análise SWOT
(dos termos em inglês strengths, weaknesses, opportunities, threats.)
Análise das Forcas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, o que alguns chamam de análise FOFA
ou matriz FOFA.
E para que se possa chegar ao resultado adequado desta análise por meio da ferramenta SWOT, é
preciso dividir o ambiente onde se encontra a empresa em duas esferas:
✓ Ambiente Externo
✓ Ambiente Interno
Vamos detalhar como se deve proceder para estudar cada um deles e, assim, proceder à análise
SWOT (FOFA) da maneira correta.
Só não explicamos o que significam cada uma dessas letras que derivam do idioma inglês. Aqui
vais: Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats.
A Análise SWOT, – ou Matriz SWOT, se preferir – foi desenvolvida na década de 60 por Albert
Humphrey, que na Universidade de Stanford, liderou um projeto de pesquisa onde analisou e cruzou
sistematicamente os dados das 500 maiores corporações relatadas pela revista Fortune da época.
Para isso, utilizou um método que, rapidamente, se transformou em um exercício utilizado por
todas as principais empresas do mundo na formulação de suas estratégias empresariais.
A Análise SWOT é um sistema simples de análise. Ele visa posicionar ou verificar a posição
estratégica de uma determinada empresa em seu ramo de atuação. E devido a sua simplicidade
47
metodológica, pode ser utilizada para fazer qualquer tipo de análise de cenário ou ambiente, desde a
criação de um site à gestão de uma multinacional.
Podemos dizer que o conceito da Análise SWOT está em sua ampla utilização como método de
gestão para o estudo dos ambientes interno e externo da empresa.
Isso é feito através da identificação e análise dos pontos fortes e fracos da organização, e das
oportunidades e ameaças às quais ela está exposta.
Faz parte do conceito de Analise SWOT também a identificação assertiva dos fatores que
influenciam no funcionamento da organização fornecendo informações bastante úteis no processo de seu
planejamento estratégico.
Ambiente interno, onde serão identificados os pontos fortes e as fraquezas de uma empresa;
48
CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DELEGAÇÃO
Devo centralizar todas as decisões em meu funcionário e se ele fizer tudo errado?
CENTRALIZAÇÃO
Segundo Oliveira (2010, p. 196) “Centralização é a maior concentração do poder decisório na alta
administração de uma empresa”. “A centralização consiste na redução dos centros de decisão,
localizandoos próximos à alta administração. As decisões são, então, transmitidas por meio de ordens
expressas, emanadas de um único centro: a sede, a diretoria, enfim, a administração estratégica (primeiro
nível administrativo) ”. CURY, 2009
Vantagens: As decisões são tomadas por administradores que têm uma visão global da empresa.
Tomadores de decisão situados no topo e geralmente melhor preparados do que os que estão nos níveis
mais baixos. Eliminação dos esforços duplicados reduz os custos operacionais. Certas funções – como
compras – quando centralizadas, provocam maior especialização e aumento de habilidades. Decisões são
mais consistentes com os objetivos empresariais.
Desvantagens: As decisões não são tomadas por administradores que estão próximos dos fatos.
Tomador de decisão situado no topo raramente tem contato com os trabalhadores e com as situações
envolvidas. As linhas de comunicação mais distanciadas provocam demoras prolongadas.
Administradores nos níveis mais baixos são frustrados porque estão fora do processo de decisão. Pelo
envolvimento de muitas pessoas nas comunicações, há mais possibilidades de um erro e de distorções
pessoais.
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DESCENTRALIZAÇÃO
A primeira vez que se falou em descentralização foi em 1920, na crise da 7 bolsa em Nova York,
quando empresas complexas cresceram a partir da compra de diversas pequenas empresas, muitas vezes,
empresas que trabalhavam com produtos muito diferentes uns dos outros. Dentre estas empresas estavam
Ford e General Motor Corporation, sob a administração do ilustre Alfred Sloan, que diante da dificuldade
de gestão de tantas empresas diferentes, agrupou serviços comuns, descentralizou competências gerenciais
aos administradores divisionais, instaurando um controle sistemático de resultados. Seguindo a mesma
estratégia teremos mais tarde empresas como Du Pont e General Electric. Estudos recentes mostram que
a descentralização enfatiza a forma de mudar o comportamento da organização, e está intimamente ligada
à ideia de alterar o regimento interno da organização.
Princípios a serem seguidos no processo de centralização (Gordimer, 1956 apud Oliveira, 2010):
➢ A descentralização coloca a autoridade de decidir nos pontos mais próximos dos fatos.
➢ Confiança dos dirigentes nos que estão com o poder de decisão descentralizado.
➢ O principal papel da assessoria é dar apoio aos operadores de linha mediante número pequeno
de especialistas, de modo que as decisões sejam corretas.
➢ O conjunto de muitas pequenas decisões corretas gera um resultado melhor para a empresa.
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➢ Geração do efeito competitivo saudável, podendo aumentar a produtividade e qualidade dos
trabalhos.
1- O que e descentralização?
EXERCÍCIOS 2- Quais são as vantagens e desvantagens da centralização e descentralização?
51
DELEGAÇÃO
Pré-requisitos:
➢ Confiança recíproca.
➢ A autoridade a ser delegada é apenas para o cumprimento da tarefa, não extrapola para outras
atividades ou funções.
➢ A responsabilidade não deve ser delegada, pois o chefe que delegou a tarefa continua sendo o
responsável por ela.
➢ Feedback claro e objetivo em tempo real sobre o andamento das atividades delegadas.
Objetivos:
➢ Permite que o chefe consiga coordenar trabalhos mais complexos e de maior abrangência.
➢ Maior produtividade.
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➢ Permite maior amplitude de controle.
➢ Proporciona mais segurança para a empresa, pois existirá mais de uma pessoa conhecendo o
mesmo trabalho.
Vantagens:
Erros na Delegação:
➢ Delegar o “que” fazer, e dizer também “como” deve ser feita a tarefa, impedindo o subordinado
de escolher seus próprios caminhos, em muitos casos mais adequados que os anteriormente usados.
➢ Indefinição dos limites quanto a prazos, o início e término da tarefa, grau de autoridade.
➢ Abdicação: “Não quero ver mais isso”. A chefia impede a colocação de dúvidas por parte do
subordinado, aumentando a possibilidade de eventuais problemas na fase inicial da delegação.
➢ Não definir previamente formas de controle. É preciso definir o controle como uma forma de
ajuda e não como sintoma de desconfiança, em relação ao subordinado. Expectativas
ideais/perfeccionismo. Esperar algo do subordinado, mas não clarificar isso com ele; depois cobrar, como
se tudo já fosse do seu conhecimento. Esperar que o subordinado executasse a tarefa igual ou melhor que
a chefia (em curto prazo).
➢ Não pedir delegação, não tomar iniciativa de alocar a execução de tarefas novas.
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➢ Incapacidade (técnica, psicológica etc.), não ter habilitação, competência para execução da tarefa
solicitada, preferir a segurança da rotina à ambiguidade/incerteza gerada pela execução de novas tarefas.
1- O que é delegação?
EXERCÍCIOS 2- Quais são as vantagens, desvantagens da delegação?
Departamentalização O que é?
Tipos de Departamentalização
Como estamos falando sobre divisão do trabalho por tipos de especialização, fica óbvio que cada
empresa pode ter uma forma de departamentalização diferente de acordo com a sua realidade. Por causa
disso, vamos ver os principais tipos existentes:
Por Função
Esse é um dos tipos de abordagem mais comum que existem. Nesse caso, são criadas áreas na
empresa agrupando pessoas especialistas em determinada atividade. É aquela velha estrutura que você já
conhece (e talvez até trabalhe), onde uma empresa possui uma área de vendas, uma área financeira e por
aí vai. No final das contas, o objetivo é ter pessoas com expertises similares trabalhando junto.
54
Por Clientes
Quando uma empresa conhece tão bem os seus clientes que se organiza para concentrar os esforços
nos atributos e necessidades do seu público, ela provavelmente vai utilizar a departamentalização por
clientes. Um exemplo clássico são as lojas de departamentos como você pode ver na imagem abaixo:
Observe que diversos tipos de esforços de vendas são feitos de acordo com as preferências dos
clientes. Nesse caso, você pode ver desde seções de perfumaria, lingerie e moda até seções de roupa
masculina social e esporte, dependendo da loja.
Por Processos
Nesse caso, a maior preocupação para a organização de setores na empresa vai ser no processo de
produção. Os exemplos mais óbvios desse tipo de departamentalização são as fábricas e montadoras de
carros. Veja abaixo:
55
Um exemplo um pouco menos óbvio é da própria área de desenvolvimento de planilhas da LUZ,
que está estruturada como uma linha de montagem. Primeiro um consultor especializado no conhecimento
de gestão e nos feedbacks de nossos clientes estrutura os pré-requisitos da planilha. Logo em seguida, um
designer com conhecimento em experiência do usuário desenha todas as telas da planilha e, por fim, um
especialista em Excel cria a planilha diretamente no software.
Esse tipo de departamentalização é similar à abordagem por clientes, já que a empresa se organiza
agrupando seus colaboradores dentro de áreas específicas. A única diferença é que nesse caso, ao invés
do foco ser um tipo de cliente, o foco passa a ser nos tipos de produtos oferecidos pela empresa. Um
exemplo típico dessa divisão acontece nos supermercados
A ideia principal aqui é entender que a empresa possui produtos ou serviços que são muitos
diferentes entre si e que por isso faz sentido especializar as áreas para que o nível de qualidade oferecida
ao cliente aumente.
56
Matricial
Essa é uma combinação da departamentalização funcional com uma de outro tipo. A outra pode
ser por projetos (como mostraremos no exemplo abaixo), por produtos, serviços, clientes ou localizações
geográficas.
Na realidade, nesse tipo de divisão, a empresa mantém a estrutura funcional para atividades
internas e adota a departamentalização divisional para os projetos ou produtos/serviços ofertados. É muito
comum ver esse tipo de estrutura em consultorias, agências de publicidade e empresas similares.
Geográfica ou Territorial
Como o próprio nome já diz, a abordagem territorial vai dividir a empresa de acordo com os locais
onde ela atua. Ela é muito comum em empresas que possuem filiais em áreas ou regiões diferentes. Nesses
casos, apesar de possuírem áreas unificadas, o foco é em prestar atenção nas características de cada região.
Essa abordagem é especialmente positiva para não errar na alocação de produtos em regiões onde
ele não tem aderência e propagandas mais direcionadas ao comportamento local.
Por Projetos
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Dois exemplos clássicos são os de consultorias e de agências de publicidade, como retratado
abaixo:
1) O que é Departamentalização?
2) Quais são os tipos de departamentalização? Comente resumidamente sobre
EXERCÍCIOS
cada um deles?
Primeiramente você deve entender que esse não é um processo simples que vai acontecer de uma
hora para outra. Esse tipo de organização da estrutura funcional e organograma da empresa vai afetar todos
os seus funcionários, por isso pense bem antes de sugerir ou implementar qualquer mudança. Depois,
entenda que não existe certo ou errado, muito menos uma estrutura ou tipo de departamentalização
definido que vai funcionar no seu caso. O mais importante é entender a sua realidade e ver quais estruturas
se enquadram mais. Não esqueça que você pode criar abordagens mistas (que normalmente são as mais
frequentes)
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Além disso, veja que alguns princípios são bem importantes e devem ser seguidos na hora de fazer
a departamentalização do seu negócio:
✓ Princípio do maior uso – o departamento que faz mais uso de uma atividade, deve ter controle
sobre ela;
✓ Princípio do interesse – o departamento que controlar a atividade, deve criar mecanismos de
supervisão;
✓ Princípio da separação e do controle – atividades de controle devem estar separadas de atividades
controladas;
Princípio da supressão da concorrência – elimine concorrência entre departamentos agrupando
atividades similares em um único departamento.
Entenda!
Se o mundo vive um período no qual as mudanças são cada vez mais constantes e aceleradas, o
universo corporativo não foge à regra. É possível que sua empresa esteja experimentando essa necessidade
latente de renovação. Para que isso saia das ideias para a ação, é preciso entender a relação entre cultura e
mudança organizacional.
Queremos mostrar como grandes empresas têm aderido à transformação e como elas têm usado
estratégias que colocam pessoas como peças fundamentais desse processo.
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Valorizar as pessoas, dando lugar a uma employee experience, tem revolucionado a cultura das
empresas, a forma com que se comunicam internamente, a visão que os profissionais têm de seu papel na
equipe e os resultados da organização.
Essas empresas entenderam a relação entre cultura e mudança organizacional e, entre diversas
estratégias, passaram a investir no desenvolvimento de pessoas.
Entretanto, o cenário nessas grandes empresas é bem diferente quando se trata de aprendizado. Na
Google, por exemplo, a metodologia G2G (Googler-to-Googler) promove crescimento mútuo, permitindo
que um colaborador ensine em um processo orgânico, leve e replicável.
Por outro lado, clientes são melhor atendidos por produtos e serviços inovadores e de excelência.
A empresa, por sua vez, garante um bom clima organizacional e alavanca os resultados.
A Gestão da mudança
A Gestão da mudança tem por objetivo auxiliar no processo de implantação de mudanças dentro
de uma organização. Essas mudanças podem visar melhorias na estrutura, nos processos produtivos, nas
suas estratégias e etc.
No ambiente competitivo e globalizado dos dias de hoje, novas tecnologias estão surgindo a todo
o momento, assim como novos paradigmas. Neste cenário dinâmico, mudanças nas organizações são
60
esperadas e, sim, bem vindas. As empresas que optarem por continuarem a seguir seus mesmos velhos
paradigmas de sempre estão correndo sério risco de fechar as portas. De acordo com Chiavenato (2004),
a mudança é uma parte vital da criatividade e inovação das organizações atuais.
Podemos conceituar mudança como a alteração de um estado para outro diferente. O processo de
mudança geralmente implica em algum grau de perturbação na organização. Portanto, é interessante que
se faça uma mudança planejada para que o processo seja menos traumático para a organização e para que
a transformação seja bem sucedida e não corra o risco de voltar aos antigos costumes.
Kurt Lewin defende que a mudança seja realizada em três etapas, que ele chama de:
descongelamento, mudança e recongelamento.
A primeira etapa ocorre quando se percebe a necessidade de mudança. Este momento pode ser
considerado como sendo o “degelo” dos velhos conceitos.
A segunda etapa é a mudança. Ela pode ser dividida em duas partes. Na primeira, as pessoas
notam que a nova ideia, o novo modo de agir como sendo benéfico e se abrem para a aceitação desse novo
paradigma. Na segunda, é o momento em que as pessoas passam a começam a adotar os novos conceitos
e a agir segundo os novos preceitos. Sendo assim, podemos dizer que é nessa etapa em que as novas ideias
e modelos são testados, começam a ser praticados e assimilados.
Os responsáveis por conduzir o processo de mudança para que ele ocorra da melhor forma possível
são os chamados agentes de mudança. Eles podem ser tanto funcionários da empresa quanto pessoas de
fora, administradores ou não. A vantagem de se procurar por consultores externos é a menor parcialidade
e uma visão mais objetiva do que seria apresentada por alguém da própria organização. Por outro lado, a
ajuda externa pode não ter um conhecimento acerca da cultura, história, das pessoas e processos
operacionais da organização.
Seja quem for que irá ser o agente de mudança que irá fazer a gestão desse processo, terá que lidar
com um conjunto de forças que agem de forma dinâmica e em sentidos contrários. São elas: as forças
propulsoras (dirigem o comportamento no sentido pró-mudança e da quebra de paradigmas) e forças
restritivas (freiam ou tentam impedir o movimento no sentido da mudança). Ao gestor da mudança cabe
estimular as forças propulsoras, desencorajar as forças restritivas ou combinar os dois esforços na busca
pelo sucesso da transformação.
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O Modelo de Mudança elaborado por Kurt Lewin tem as seguintes etapas
sequenciais:
EXERCÍCIO
1) Solidificação e aquecimento, liquefação e nova solidificação.
2) Congelamento, aquecimento e recongelamento.
3) Desconstrução, interferência e construção.
4) Solidificação, descongelamento e mudança.
5) Descongelamento, mudança e novo congelamento.
A cultura organizacional se refere a um conjunto complexo de valores, crenças e ações que definem
a forma como uma organização é conduz seu negócio.
Para melhor compreensão vamos lembrar o que é a cultura dentro da sociedade. A cultura é
moldada pela história, costumes, sotaques e tudo que aprendemos ao longo da convivência social com
determinado grupo.
Dentro de uma empresa a lógica será a mesma. A cultura da empresa funcionará como um guia de
comportamento e mentalidade para os funcionários. Ou seja, suas práticas, hábitos, comportamento,
princípios, política, crenças entre outros fatores.
Você deve estar se perguntando, porque definir uma cultura organizacional é tão importante se ela
não tem interferência direta com o meu cliente?
Se você pensou desta forma, preciso te dizer que você está enganado.
Um exemplo básico de crenças organizacionais é a famosa frase “O cliente sempre tem razão”.
Pensando bem, será que ele sempre tem razão mesmo?
De nada adianta manter um cliente problemático que falta com respeito aos seus colaboradores, e
desmotiva toda a equipe, comprometendo assim o desempenho e a produtividade da sua empresa.
Vale lembrar aqui, que cultura organizacional está diretamente ligada a motivação da sua empresa.
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Não adianta dizer que as pessoas são movidas apenas a dinheiro, e que isso deve manter todos os
funcionários motivados, isso pode até ser parte do sonho, mas a verdade é que dinheiro por si só não faz
milagres.
Se uma organização não criar uma cultura organizacional forte e capaz de motivar todos os
funcionários, ela provavelmente estará fadada ao fracasso.
O que eu estou te dizendo pode até parecer um conceito novo, entretanto esse tema já é abordado
a muito tempo, sendo abordado por Idalberto Chiavenato, um dos autores mais respeitados quando o
assunto é Administração de Empresas e Recursos Humanos.
EXERCÍCIO Descreva com suas palavras o que você entendeu por Cultura Organizacional.
O autor destaca em seus livros que para uma empresa ter sucesso ela precisa investir em seu público
interno, pois esse é o principal responsável pelo crescimento da organização.
Para isso, é necessário que todos compreendam qual é a missão, visão, os valores, objetivos,
crenças e desafios da organização em que estão inseridos. Somente com uma visão ampla do cenário é
possível contribuir para o crescimento.
Chiavenato ressalta em seus livros a importância dos funcionários para o sucesso do negócio, afinal
uma empresa é composta essencialmente por pessoas.
Entretanto, não adianta nada ter os melhores profissionais se a empresa não souber gerenciá-los e
engaja-los aos objetivos e valores daquela organização.
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Nada é mais frustrante para um funcionário que trabalhar em uma empresa que prega uma cultura
organizacional moderna, mas no dia a dia a tal organização é tão burocrática quanto uma empresa
conservadora.
Esse é o clássico caso de empresas que apesar de ter o conceito de cultura moderna, acaba não
conseguindo implantá-la em sua empresa devido a divergência entre o planejado e o realizado.
Uma boa cultura pode motivar os funcionários e ajudá-los a crescer junto com os negócios, assim
como uma cultura desorganizacional, pode acarretar problemas com produtividade, absenteísmo e
rotatividade no ambiente de trabalho.
Agora você deve estar curioso para saber como formar uma cultura organizacional forte e
motivacional para sua empresa. Então vamos lá, confira a seguir.
Desenvolver conscientemente a cultura de uma empresa não é uma tarefa fácil, isso porque tem que ser
compatível com às expectativas que criamos e que são geradas ao decorrer do crescimento da empresa.
Os maiores desafios quando falamos sobre cultura organizacional é criar valores, visões e crenças que
reflitam de fato os reais anseios dos funcionários. Afinal são essas definições que estabelecerão o perfil dos
funcionários da sua empresa.
Muitas empresas começam a criar a cultura organizacional pela visão, missão e valores. Mas como saber
tudo isso sem antes ter em mente o que você quer para sua empresa e onde quer chegar?
Edson Rigonatti palestrante do Workshop sobre People Operations listou oito perguntas a serem
respondidas por quem quer criar uma cultura organizacional forte e eficiente.
Segundo o palestrante na medida em que você vai respondendo as perguntas, o perfil da cultura da sua
empresa vai se desenhando, junto com um diagnóstico do estado atual da organização.
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Vamos ver quais são as perguntas.
✓ Sua cultura é missionária ou mercenária? Estamos aqui para ganhar dinheiro e ser eficiente ou por uma
causa?
✓ As coisas acontecem de um jeito estruturado ou flexível? Na sua empresa tem processo para tudo ou
cada um faz o que quer?
✓ É preferível pensar sobre um problema ou sair executando e aprender no caminho?
✓ Damos mais valor ao controle ou delegamos bem?
✓ Ter cuidado na ação ou existe permissão ao risco?
✓ Sua empresa lida com pessoas de um jeito diplomático ou direto?
✓ Na sua empresa as pessoas são individualistas ou trabalham mais em grupo?
✓ Vale mais o que acontece de casa ou fora de casa?
Ao responder essas perguntas você verá que não existe uma resposta binária, ou seja, um mero sim ou
não. Não haverá o certo ou errado, apenas um perfil específico que determinará o jeito que sua empresa é.
Definir a cultura organizacional é como fazer uma sopa quando se tem à disposição 29 ingredientes. Se
você colocar todos dificilmente a sopa saíra com um gosto bom e uma consistência boa.
Agora se você escolher os ingredientes que quer usar com base no resultado que quer atingir, aí sim você
terá uma sopa com consistência e gosto desejáveis.
Vale lembrar que a cultura de uma empresa é mutável, ou seja, ela está sendo moldada constantemente,
cada colaborador que entra agrega algum elemento a cultura de uma empresa, mas quem ditará para onde a
organização está indo, são as pessoas com maior influência.
Para criar uma cultura organizacional forte não basta ter as pessoas certas no papel de influenciadores,
um dos papéis fundamentais para isso é criar uma base inicial como visão, missão e valores, para dar direção ao
time.
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1) As duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
2) As duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
3) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
4) As duas são falsas.
Todo mundo já ouviu falar do conceito de missão, visão e valores, mas poucos sabem que a
estruturação desses elementos são essenciais para a cultura de uma empresa.
Missão, visão e valores são os pilares de qualquer organização, eles funcionam como um
documento oficial que definirá a cultura organizacional.
Por esse motivo esses três pilares precisam estar totalmente integrados, com o propósito da
empresa, assim como devem ser claro e inspiradores, pois seu papel e engajar os funcionários com os
objetivos da sua empresa.
Mas lembre-se com o desenvolvimento da empresa, esses pilares podem e devem ser ajustados
para acompanhar a evolução da organização.
Agora para ficar mais claro como montar esses três pilares vamos ver a definição de cada um.
Definição da Missão
Podemos definir a missão como a razão pela qual a empresa existe, é a declaração do propósito
fundamental da organização, em outras palavras o motivo pela qual foi criada.
A missão deve ser encarada como a identidade da organização, ou seja, tem que esclarecer qual o
seu negócio. Ela deve responder a pergunta básica que é “Para que existimos?”
A definição da missão de uma empresa é importante pois cada decisão ou estratégia criada para o
negócio estará alinhada a missão da sua empresa.
Definição da Visão
A visão de uma empresa representa um estado futuro para o negócio, onde ela deseja chegar, o que
ela quer alcançar.
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Todo empreendedor tem em mente onde quer chegar com o seu negócio, mas dificilmente ele
conseguirá alcançar esse objetivo se ele não formalizar tal visão para o futuro e definir estratégias para
alcançá-los.
Mas calma, de nada adianta estruturar a visão de uma empresa em algo que não é realizável ou
objetivo. Para criar a visão é necessário ter uma dimensão perceptível e estabelecer um prazo para alcançar
aqueles objetivos.
Por isso, é importante lembrar que a visão da empresa é criada para um período de tempo pré-
determinado, portanto ela pode mudar ao longo do tempo, e se ajustando conforme o momento que a
organização se encontra.
A definição da visão é importante pois ela será responsável por toda elaboração do planejamento
estratégico.
Uma vez que definida a missão e visão, chegou a hora de definir os valores da sua empresa, que
nada mais é do que os princípios que regem as ações e comportamento de todos os indivíduos dentro da
empresa.
Gosto de brincar que os valores de uma empresa são na verdade as regras do jogo, ou seja, tudo
aquilo que você acredita que não pode faltar para ganhar o campeonato.
Para entendermos melhor o que são valores é necessário distinguir valores de crenças.
Uma crença é algo que um único indivíduo acredita ser certo, justo ou bom. Já o valor, é como um
indivíduo age a partir daquilo que ele acredita ser bom. Dessa forma o valor está mais atrelado ao
comportamento dos indivíduos.
Sendo assim, para uma empresa alcançar o seu objetivo ela precisa criar princípios ou crenças que
servirão como guia de comportamentos, atitudes e decisões para os seus funcionários.
É importante ter em mente que os valores devem ser seguidos por todos dentro da organização.
Dessa forma é necessário que suas definições sejam desenvolvidas em conjunto com os colaboradores.
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2) A missão da empresa ou organização pública não deve estar necessariamente ligada aos motivos
da sua criação ou razão social.
3) É algo mutável por natureza, de acordo com a necessidade da empresa, porém deve ser algo
concreto e possível de ser alcançado.
4) A missão deve ser definida para fomentar as necessidades internas da empresa.
A missão é aquilo que se espera ser em um determinado espaço de tempo
Até agora vimos como criar a definição de cultura organizacional, a importância da missão visão e
valores e quais perguntas essenciais para quem está pensando em desenvolver a cultura dentro da empresa.
Mas saber as características culturas e qual o modelo que sua empresa se enquadra é tão importante
quanto criar a cultura dentro da empresa.
Para isso vamos utilizar o modelo mais famosos criado pelo filósofo irlandês especializado em
comportamento organizacional Charles Handy.
1. Cultura do Poder
Empresas que possuem a cultura do poder são aquelas que concentram a liderança em algumas pessoas,
essas que são capazes de influenciar a toda organização. No caso de empresas menores, esse poder geralmente
está centralizado no dono da empresa.
Esse tipo de cultura corporativa é voltada paraa conquista de resultados, existindo poucas regras, visto
que o que acontece é dito por aqueles que possuem poder de decisão.
Muito comum em empresas pequenas esse modelo de cultura tende a gerar muito conflito interno, uma
vez que o poder de decisão está centralizado em um único indivíduo.
2. Cultura de Papéis
A cultura de papéis, possui o foco nas funções desempenhadas por cada indivíduo dentro da organização.
O poder neste tipo de organização, é determinado pela posição da pessoa na estrutura organizacional.
Essa cultura é orientada por regras, cargos e funções definidas, o que gera uma falta de flexibilidade na execução
das tarefas, uma vez que cada funcionário só realiza o que foi determinado a ele.
Este tipo de cultura resulta em profissionais mais acomodados, que não se preocupam com seu
crescimento dentro da organização.
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3. Cultura de Tarefas
Já cultura de tarefas, o foco está nos projetos e o poder está nas mãos de quem tem a capacidade de
resolver o problema, podendo ser uma equipe formada para tal, ou apenas um indivíduo.
O principal diferencial dessa cultura está nos profissionais, que ocupam papel principal assumindo
responsabilidades, e junto com ela liberdade para agir com criatividade em busca de soluções.
A cultura de tarefas costuma influenciar de maneira positiva no clima organizacional da empresa, já que
valoriza e dá liberdade para que seus colaboradores deem ideias e proponham soluções. Vale ressaltar que isso
têm o grande poder de mantê-los motivados.
4. Cultura de Pessoas
A cultura de pessoas, como o próprio nome sugere, o colaborador está sempre em primeiro lugar,
independente do cargo que ocupa.
As empresas que adotam esse tipo de cultura valorizam muito o trabalho dos seus funcionários, a
integração da equipe e o crescimento profissional de cada funcionário.
Nesse tipo de cultura há a consciência de que a empresa existe porque as pessoas estão ali e
constantemente são incentivadas e valorizadas.
O sonho de muitos profissionais é trabalhar na Google, afinal a empresa é um dos exemplos de cultura
organizacional mais fortalecida do mercado, servindo de referência em gestão de pessoas para diversas empresas
e startups.
Os “Googlers”, nome dado aos funcionários da empresa, geralmente são seduzidos pelo ambiente
descontraído, criativo e de descompressão que a Google possui.
Não podemos esquecer que as refeições gratuitas, viagens, festas, premiações, e outra série de benefícios
são outros motivos que tornam a empresa uma referência em cultura bem sucedida e centrada no bem-estar dos
funcionários.
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A Google é o exemplo de empresa que acredita que a motivação dos funcionários está diretamente ligada
ao sucesso da empresa. Dessa forma, ela investe sempre no bem estar e estratégias motivacionais para seus
colaboradores.
Mas nem tudo são são flores, a Google também é conhecida por ter um processo seletivo muito
meticuloso, afinal seus funcionários são conhecidos por serem os “melhores dos melhores”.
Vamos ver alguns dos elementos da cultura que a empresa adotou e que pode tê-la tornado uma referência
sobre o tema?
Processos seletivos meticulosos, com a intenção de formar uma base de colaboradores inovadora e
alinhada aos valores da organização;
Criação de um ambiente casual e democrático, com espaço para ideias e valorização de hierarquia
horizontal;
Deu para perceber que os conceitos mais importantes da cultura estão alinhados com uma abordagem
em que os funcionários são a parte mais importante da empresa.
Netflix
A Netflix é outra empresa referência do mercado quando falamos sobre cultura organizacional focada
nos funcionários.
O Reed Hastings, cofundador da empresa, publicou no linkedin uma apresentação sobre a cultura
organizacional da empresa. O documento leva o título de “Cultura Netflix: Liberdade e Responsabilidade”, o
documento já ultrapassou 18 mil visualizações na plataforma.
O documento prega a importância de manter os processos e condutas flexíveis a fim de evitar gastos
desnecessários com controles excessivos.
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A Netflix é conhecida por dar muita atenção à capacidade dos seus funcionários em responder pelos atos,
assumir responsabilidades e coordenar suas tarefas da maneira que acharem correta e que atenda às expectativas
da empresa.
Starbucks
Outra visão inovadora no mercado de trabalho foi desenvolvida pela Starbucks que focou a cultura de
sua empresa baseada na sustentabilidade do meio ambiente e no bem-estar da comunidade.
Tal postura que é reflexo da missão da empresa “Inspirar e nutrir o espírito humano, uma pessoa de cada
vez, uma xícara de café e uma comunidade de cada vez”.
Vale ressaltar que algumas lojas costumam dar descontos para os clientes que utilizarem o copo de café,
além de promover ações que estimulam a consciência ambiental de seus clientes.
Nubank
A Nubank é uma das novas empresas que já nasce com o propósito de ser diferente. Com apenas 5 anos,
já se tornou uma startup referência no quesito cultura organizacional que integra seus funcionários e clientes.
Poucas empresas em tão pouco tempo conseguiu criar e gerenciar uma cultura organizacional tão forte
quanto a Nubank.
A empresa optou por criar uma cultura inclusiva, criativa e descontraída, deixando seus colaboradores a
vontade, dando a eles a possibilidade de trabalharem de chinelo, bermuda ou até mesmo levar seu cachorro de
estimação para o escritório, o que acaba por seduzir muitos de seus funcionários.
Com esses exemplos de cultura organizacional é possível perceber como a missão, visão e valores das
empresas estão diretamente ligados a sua cultura organizacional, e muitas vezes pode determinar o sucesso da
organização.
( ) Certo
( ) Errado
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O que é mudança organizacional?
Mudança Organizacional é quando uma empresa muda seus processos internos para atingir certos
objetivos. Ela tanto para o processo em que uma empresa ou qualquer organização muda seus métodos
operacionais, tecnologias, estrutura organizacional, toda a estrutura ou estratégias, bem como os efeitos
que essas alterações têm sobre ela. A mudança organizacional geralmente ocorre em resposta a – ou como
resultado de – pressões externas ou internas. Conduzir uma boa mudança organizacional faz parte do que
chamamos de gestão de mudança.
Pequenas empresas comerciais precisam se adaptar para sobreviver contra concorrentes maiores.
Eles também precisam aprender a prosperar nesse ambiente. Os grandes rivais precisam se adaptar
rapidamente quando um concorrente menor e inovador entra em cena.
Para evitar ficar para trás, ou para permanecer um passo à frente de seus rivais, uma empresa deve
buscar maneiras de operar com mais eficiência. Também deve se esforçar para operar de maneira mais
econômica.
Mudança é algo que deve ser abraçado em vez de temido. Somente com a mudança as empresas
poderão estabelecer as bases para o sucesso a longo prazo. Ela acaba sendo a maneira da empresa
sobreviver frente à mudanças no ambiente interno ou externo. A seguir, vamos ver alguns dos “gatilhos”
que podem desencadear uma necessidade de mudança organizacional.
O clima econômico
O termo “clima económico” significa o estado da economia global, isto é, condições económicas.
Se houver uma recessão, uma empresa pode ter que despedir trabalhadores; isso requer reestruturação.
Uma fusão ou aquisição também significa reorganização total e mudanças na cultura corporativa.
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Demanda do consumidor e comportamento de compra
Os estilos de vida das pessoas e como eles compram, trabalham e passam seus momentos de lazer
estão mudando para sempre. Desde o advento da Internet, essas mudanças vêm ocorrendo em taxas
significativamente mais rápidas.
Se você administra um negócio hoje e espera que o ritmo da mudança diminua, você terá uma
grande decepção. Sem mudanças, sua empresa perderá sua vantagem competitiva. Também falhará em
atender aos requisitos do que a maioria de nós espera que seja uma base crescente de clientes fiéis.
Novas tecnologias
Modelos de negócios como colaboração virtual e terceirização só são possíveis hoje graças à
Internet e às comunicações de altíssima velocidade.
Sem a mudança tecnológica, nossos líderes de negócios ainda estariam ditando correspondência
para os seres humanos, que os digitariam e ordenariam que eles fossem distribuídos para as pessoas
relevantes – desperdiçando uma incrível quantidade de tempo e recursos.
O mercado competitivo
Quando as empresas enfrentam nova legislação ou regras impostas pelas autoridades reguladoras
relevantes, elas precisam fazer duas coisas:
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Tipos de mudança organizacional
Que tipo de mudança organizacional uma empresa requer ou está passando varia, dependendo do
ponto de vista da pessoa.
Um gerente em tecnologia pode vê-lo em termos de sistemas, ferramentas, software, hardware, etc.
O CEO perceberá invariavelmente a mudança em termos de estrutura e estratégia. O gerente de operações,
por outro lado, irá vê-lo principalmente em termos de processos, etc. Na maioria dos casos, a mudança é
tão complexa e complexa que ninguém pode defini-la totalmente de um ponto de vista específico.
Abaixo estão alguns tipos comuns de mudança organizacional. Tenha em mente que há alguma ou
uma sobreposição significativa entre eles:
Missão e Estratégia
Isso é tudo sobre os objetivos e metas da empresa e como ela planeja realizá-los. Dificilmente
qualquer mudança em uma organização não está relacionada à sua missão e estratégia.
Missão e estratégia afetam todas as partes de um negócio. Portanto, qualquer alteração nessa área
tem um impacto em toda a empresa.
Alterar políticas e acordos legais pode ser altamente impopular entre os clientes e a força de
trabalho. Qualquer alteração nessa área, mesmo menor, pode ter um impacto significativo em uma
empresa.
Estrutura organizacional
O termo refere-se à hierarquia dentro de uma organização, que define cada cargo e departamento,
sua função e para onde se reportam.
Quando duas empresas comerciais se fundem, ou uma assume outra, há grandes mudanças
estruturais. Às vezes, a mudança pode ser menor, como quando uma nova equipe é estabelecida.
Processos
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Este termo refere-se a uma coleção de tarefas vinculadas que encontram seu fim na entrega de um
produto ou serviço a um consumidor.
Pessoal
Cultura
Cultura refere-se às crenças, valores e atitudes que caracterizam uma empresa e guiam suas
práticas. Qualquer alteração nessas áreas pode ter um impacto profundo em todos os aspectos da
organização.
Produtos
Conhecimento
Tecnologia
Às vezes, uma empresa faz alterações em sua infraestrutura de tecnologia, automação, sistemas,
hardware, software etc.
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Integração
Praticamente toda mudança requer integração. Devemos alinhar tudo em uma empresa para que
eles apóiem, complementem e agreguem valor uns aos outros. A integração é geralmente o tipo mais
complexo de mudança. Quando realizada com sucesso, toda a empresa é claramente muito mais valiosa
do que a soma de suas partes.
EXERCÍCIO 1- Quais são tipos de mudanças organizacionais? Defina cada uma delas.
Talvez seja por isso que, na maioria dos casos, quando as pessoas implementam mudanças
organizacionais, elas geralmente falham.
O estudo constatou que, na maioria dos casos, a falha ocorre na fase de execução. Isso se deve
principalmente à comunicação quebrada ou inadequada.
Quarenta e seis por cento dos entrevistados disseram que a maioria dos esforços de gerenciamento
de mudanças geralmente falhava na execução. No entanto, apenas 10% afirmaram que ocorreu durante o
estágio de desenvolvimento da estratégia.
Quando perguntados sobre o que era mais importante quando lideravam sua empresa através de
uma grande mudança organizacional, os entrevistados disseram:
76
✓ Claramente delineando as metas: 16%
✓ Delegando efetivamente: 9%
O diretor executivo da Robert Half Management Resources, Tim Hird, explicou:
“Seja grande ou incremental, muitas empresas estão iniciando mudanças, desde transformar seus
modelos de negócios até atualizar sistemas de negócios e procurar maneiras de aumentar a produtividade.
Embora a mudança nunca seja fácil para uma empresa, é ainda mais difícil para os funcionários. ”
Uma organização é qualquer grupo de pessoas organizadas que trabalham juntas e têm um objetivo
comum.
https://www.youtube.com/watch?v=zMI55mfjjwE
Assista ao vídeo e faça um resumo sobre a mudança Organizacional.
77
4- Os conhecimentos sobre comportamento organizacional proporcionam uma melhor
compreensão dos indivíduos e grupos que integram organizações. A respeito das situações
relacionadas ao trabalho, julgue os itens que se seguem.
O desenvolvimento organizacional, por meio de mudança planejada, contribui para a melhoria do
desempenho da organização.
( ) Certo
( ) Errado
78
Gestão
de
Marketing
79
EMENTA: Fundamentos de marketing. Pesquisa mercadológica. Marketing de serviços/produtos.
Plano de marketing.Marketing e a nova economia.Principais atividades e decisões de marketing.Ética e
responsabilidade social em marketing.
A história é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os
homens fizeram, pensaram e sentiram em seus tempos. Nesse sentido, o conhecimento em relação aos
primórdios do marketing nos ajuda na compreensão da nossa realidade e na forma de como aplicaremos
o marketing atualmente, diante a evoluções diárias da vida e do mundo.
Tipos de Marketing
Descobrir e satisfazer necessidades são uma constante no trabalho do marketing. Fazer marketing
é pensar no cliente o tempo todo. Portanto, toda a empresa deve estar orientada para esse pensamento, e
não apenas o departamento do marketing, já que o conceito de business está focalizado nessa máxima.
Sendo assim, precisamos distinguir os tipos de marketing, as suas características e os seus
80
desempenhos para concluir de que maneira o marketing pode ser útil às organizações.
São eles: marketing de resposta, de previsão e de criação de necessidades.
✓ Marketing de resposta. É o marketing que responde a uma demanda, descobrindo e satisfazendo
necessidades. É o chamado marketing ativo. Grande parte do marketing atual trabalha com essa
formulação.
✓ Marketing de previsão. É uma tarefa difícil reconhecer uma necessidade latente ou emergente.
Para se aplicar esse tipo é fundamental analisar o mercado através de estudos de cenário, projetando
futuros quadros de consumo. É o chamado marketing antecipativo. É considerado arriscado pois as
empresas podem errar a estratégia em caso de enfrentarem uma forte influência de variáveis macro
ambientais.
✓ Marketing de criação de necessidades. É o nível mais agressivo de marketing, pois é o esforço
que leva a empresa a lançar um produto jamais solicitado e, muitas vezes, inimaginável. É o conceito que
se parte da idéia de que ao invés da empresa ser dirigida pelo mercado é a empresa que dirige o mercado.
É o chamado marketing pró-ativo, pois trabalha com a abordagem da inovação radical em sua estratégia.
NECESSIDADES
É o conceito mais básico e inerente ao marketing, pois está relacionado ao entendimento das
necessidades humanas. Trata-se de um estado de privação do indivíduo, que inclui as necessidades físicas
básicas, sociais e individuais de conhecimento e auto-realização.
Para ilustrar sua formulação, podemos recorrer ao olhar do psicólogo, da linha humanista,
Abraham Maslow, através do modelo da pirâmide das necessidades.
DESEJOS
São as necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais. Os desejos
são mutáveis e se modificam conforme as transformações ocorridas na sociedade. Como lacunas que
81
jamais são preenchidas, o marketing deve se dirigir para criar novos desejos (produtos) com o objetivo de
assegurar a sua própria existência.
DEMANDAS
As pessoas têm desejos infinitos, mas recursos limitados. Sendo assim, elas desejam produtos que
proporcionam o máximo de satisfação possível em troca de seu dinheiro. Através da capacidade de compra
de cada indivíduo, os desejos se tornam demandas.
PRODUTOS
Necessidades, demandas e desejos humanos sugerem que existem produtos disponíveis para
atendê-los. Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para satisfazer
parcialmente uma necessidade ou desejo.
O conceito de produto inclui bens duráveis e não-duráveis (tangíveis), serviços (intangíveis),
pessoas, lugares, organizações, atividades e idéias. Nessa perspectiva deve-se destacar que a abordagem
de produto implica na oferta de algo que tenha valor para alguém.
TROCA
Marketing ocorre quando as pessoas decidem satisfazer suas necessidades e desejos por meio de
trocas. Troca é o ato de se obter um objeto desejado oferecendo algo como retorno. Troca é o conceito
central de marketing, pois implica na relação de comunhão entre duas partes (produto e comprador) com
interesses que, em um dado momento, estão em convergência.
TRANSAÇÕES
Se troca é o conceito central de marketing, uma transação é a unidade de medida do marketing.
Uma transação é composta de uma troca de valores entre duas partes.
Podemos incluir nessa modalidade as transações, monetária, escambo e de cunho ideológico, como
o voto, por exemplo.
MERCADOS
O conceito de transações leva ao conceito de mercado. Um mercado é o grupo de compradores
reais e potenciais de um produto.
Um mercado pode ser identificado de duas formas estruturais: o físico( marketplace) e o virtual.
Na mesma perspectiva, podemos destacar também diversos tipos de mercado como o financeiro, o de
trabalho, o da filantropia, entre outros.
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Marketing Empresarial
O Marketing Empresarial é um conjunto de ações promocionais que tem como objetivo conquistar
novos clientes e fidelizar os que já existem, garantindo o sucesso da organização.
Antes de falarmos da importância do marketing empresarial, é importante que você saiba o seu
conceito e entenda uma diferença crucial entre ele e o marketing digital. Enquanto o último é uma
estratégia de médio e longo prazo, o empresarial é um conjunto de estratégias de curto e médio prazo.
O marketing de empresa engloba toda estratégia desenvolvida para o marketing digital e off-line,
o que envolve toda a equipe de colaboradores, para que as metas organizacionais sejam cumpridas. Com
o alinhamento interno bem feito, as estratégias para encarar o mercado ficam mais assertivas.
Outra diferença entre o marketing empresarial e o digital é que, como o próprio nome sugere, ele
possui ações bem pontuais para a própria empresa. É feito um estudo para que se entenda a real
necessidade da empresa, bem como as metas e o nível de satisfação dos colaboradores.
O comprometimento da sua equipe é essencial para que qualquer estratégia de marketing funcione.
Por mais que pensamos nos clientes, e por isso elaboramos inúmeras estratégias de conteúdo, nenhuma
ação funciona sem o empenho e compreensão da equipe pelo trabalho a ser executado.
Um propósito bem definido é a base para uma comunicação interna e externa e de uma efetiva
identidade visual empresarial, portanto são fundamentos necessários para que o aluno entenda como
aplicar valor em todos os processos e setores de uma empresa.
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Por que as pessoas gastam tanto dinheiro com uma marca mesmo com outras empresas oferecendo
produtos tão parecidos ou com a mesma qualidade?
Nos anúncios da empresa, você vê um foco diferente das outras marcas que vendem tecnologia.
Exemplo do “por quê”: “Tudo o que nós fazemos é desafiar o que está no mercado e fazemos
pensando diferente.”
Exemplo do “o quê”: tecnologia, computadores, celulares, mp3 players, serviço de venda de apps
e música.
Outras empresas que vendem os mesmos produtos não conseguem alcançar o mesmo status da
Apple, pois focam no “o quê” em vez de focar no “por quê”.
O “por quê” da Apple é o que motiva as pessoas a comprarem seus produtos, não realmente os
seus produtos.
Ou seja, as pessoas não compram o que as empresas vendem, as pessoas compram os que as
empresas acreditam.
Cada aluno deve efetuar uma pesquisa secundária e encontrar uma empresa de
sucesso ou caso você tenha a sua própria empresa, faça dela. Após a etapa de
EXERCÍCIO
seleção, é necessário que efetue pesquisas de mercado para que possamos
definir o propósito e o seu valor.
4Ps, 4Cs e 4As - Cada conjunto foi criado por pessoas que tinham visões particularidades e
planejamentos diferentes. Porém, elas se correlacionam muito bem e podem ser aplicadas
simultaneamente.
Essas metodologias do marketing foram criadas por grandes especialistas da área há décadas, e se
tornaram a essência de qualquer estratégia que seja aplicada tanto online quanto off-line.
Com o tempo e evolução do pensamento, algumas sofreram mudanças, sendo agregados novos
significados e novas formas de aplicação.
84
De modo geral cada uma tem um foco específico e um objetivo, mas elas conversam muito bem entre si
e juntas agregam muito valor e aumentam os resultados empresariais.
Então explicarei mais sobre cada uma delas e como aplicá-las.
Teste de conhecimento
Uma semana onde será feito o estudo de caso de uma empresa real.
Os alunos vão fazer o processo de briefing, análise e estudos de mercado, pesquisa e após analisar
os dados, propor um plano de ação.
EXERCÍCIOS 1) Elaborar um projeto para o cliente real que estará presente na aula.
85
Referências Bibliográficas:
1- Marketing de serviços profissionais - Estratégias inovadoras para impulsionar sua atividade, sua
imagem e seus lucros. PHILIP KOTLER – THOMAS HAYES / PAUL N. BLOOM – 2ª edição
2- Kotler, Philip
Marketing 3.0 [recurso eletrônico] : as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser
humano / Philip Kotler, Hermawan Kartajaya, Iwan Setiawan ; [tradução Ana Beatriz Rodrigues]. – Rio
de Janeiro : Elsevier, 2012. Recurso digital
http://portal.mec.gov.br/rede-e-tec-brasil;
https://www.seduc.ce.gov.br/;
86
Noções
de
Direito
87
EMENTA: O direito e o administrador. Legislação trabalhista e previdenciária: Direitos e deveres do
trabalhador. Contratos de trabalho. Legislação tributária, empresarial e princípios do Código de Defesa
do Consumidor.
• Concepção de Direito
Como já dissemos, o Direito é a ciência que estuda as normas de conduta que regem a vida em
sociedade. Trata-se de uma ciência ampla, com aplicação em todas as áreas do conhecimento. Nesta
unidade vamos obter conhecimentos básicos referentes à ciência do Direito que irão nos auxiliar em nossos
estudos futuros. Para que possamos estudar a interligação entre o Direito e a atividade empresarial, é
importante que primeiro entendamos alguns conceitos ligados à ciência do Direito.
Mas afinal, o que é Direito? A palavra “direito” vem do latim directum, “literalmente direto,
trazendo à mente a concepção de que o direito deve ser uma linha direta, isto é, conforme
uma regra” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003, p. 2). O termo tem muitos
significados e não é possível resumi-lo em um só conceito.
Para Gusmão (2006, p. 48): De um modo muito amplo, pode-se dizer que a palavra “direito” tem
três sentidos: 1º. regra de conduta obrigatória (direito objetivo), 2º. sistema de conhecimentos jurídicos
(ciência do direito), 3º. faculdade ou poderes que tem ou pode ter uma pessoa, ou seja, o que pode uma
pessoa exigir da outra (direito subjetivo). Estabelecido o conceito de “Ciência do Direito”, vamos analisar
primeiramente os outros dois sentidos, para entendermos os conceitos de “direito objetivo” e “direito
subjetivo”. Poderemos então nos aprofundar no estudo do Direito Positivo, em sua mais clássica divisão,
ou seja, o Direito Público e o Direito Privado, objeto da Unidade 2. Iniciaremos pela noção de “Direito”.
• O que é direito?
Das palavras de Nader (2008, p. 22), extraímos que o homem é um ser essencialmente programado
para viver em sociedade: A própria constituição física do ser humano revela que ele foi programado para
conviver e se completar com outro ser de sua espécie. A prole, decorrência natural da união, passa a atuar
como fator de organização e estabilidade do núcleo familiar. O pequeno grupo, formado não apenas pelo
interesse material, mas pelos sentimentos de afeto, tende a propagar-se em cadeia, com formação de outros
pequenos núcleos, até se chegar à constituição de um grande grupo social.
Neste grande grupo social, as pessoas interagem, formando inúmeras relações interpessoais e
intergrupais, que se desenvolvem em razão de interesses próprios. A estas relações sociais dá-se o nome
de “interação social” (NADER, 2008, p. 25, grifos nossos). Da interação social surge a cooperação, quando
se unem os esforços; a competição, quando uma das partes procura atingir seu objetivo excluindo a outra,
sem que haja o combate direto; e o conflito, em que um interesse se opõe ao outro de forma direta
(NADER, 2008, p. 25). Desta forma, “o conflito se faz presente a partir do impasse, quando os interesses
em jogo não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à luta, moral ou física, ou buscam a
88
mediação da justiça” (NADER, 2008, p. 25). Para fixarmos bem estes conceitos, podemos visualizar o
seguinte:
Podemos afirmar, assim, de uma forma bem simplificada, que o Direito existe para regulamentar as
relações sociais, buscando resolver os conflitos que se originam desta interação social. “Sua finalidade é
a de favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, que é uma das bases do
progresso da sociedade”(NADER, 2008, p. 27). Ou seja, o Direito, visto como Interação Social Relação
entre as pessoas e os grupos em sociedade Cooperação Competição Conflito gera TÓPICO 1 |
CONCEPÇÃO DE “DIREITO” 5 ciência, objetiva estudar as normas que regulamentam a conduta
humana na vida em sociedade e que devem ser cumpridas a fim de se garantir a paz social.
É, pois, na existência do conflito que o Direito atua de forma mais marcante, e em dois momentos
distintos: l antes da existência do conflito (preventivamente), quando busca informar a cada um o limite
do direito que julga ter, ou l para resolver o conflito de interesses já existente, quando o Direito fornecerá
as regras aplicáveis para a resolução do impasse.
89
Por fim, cabe apenas ressaltar que também a política e a religião desempenham importante papel no
sentido de minimizar os conflitos na sociedade, como mostra a figura a seguir:
90
• Direito e Moral
Como dissemos anteriormente, Direito e Moral são institutos distintos, mas que se completam. Ao
tratar dos pontos em comum entre Direito e Moral, Führer e Milaré (2005, p. 33) esclarecem que “A vida
social só é possível uma vez presentes regras determinadas para o procedimento dos homens. Essas regras,
de cunho ético, emanam da Moral e do Direito – repositórios de normas de conduta, evidentemente
apresentam um campo comum.” E acrescentam, citando Washington de Barros Monteiro, que as “normas
morais tendem a se transformar em normas jurídicas”. Porém, demonstram também que há pontos que
distinguem o Direito da Moral:
Ações existem, de fato, que interessam apenas ao Direito, como ocorre, por exemplo, com as formalidades
de um título de crédito. Finalmente, outras existem que ao Direito são indiferentes, mas que a moral
procura disciplinar. É o que acontece, por exemplo, com a prostituição. A mulher que se dedica à
prostituição, que mercadeja seu corpo, não sofre qualquer sanção legal, por isso que a prostituição em si
não encerra conduta reprovada pelo Direito. (MAX; ÉDIS, 2005, p. 34).
A Moral, conforme ensinam Gagliano e Pamplona Filho (2003, p. 6-7): TEM UM CAMPO DE
AÇÃO MAIS AMPLO QUE O DIREITO [...], EMBORA A “MORALIDADE DEVA SEMPRE SER
UM NORTE NA APLICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA, [...] NÃO HÁ COMO NEGAR QUE A
MORAL TEM UMA PREOCUPAÇÃO EXPRESSIVA COM O FORO ÍNTIMO, ENQUANTO O
DIREITO SE RELACIONA, EVIDENTEMENTE, COM A AÇÃO EXTERIOR DO HOMEM. Apesar
de existirem pontos de distinção, há também pontos de semelhança entre o Direito e a Moral, uma vez que
as normas jurídicas sofrem grande influência da Moral. Para ilustrar esta afirmação, vemos a figura a
seguir:
Do que estudamos até agora, você viu que o direito traz o conjunto de normas aplicáveis às relações
sociais. É a este conjunto de normas vigentes e impostas, que devem ser conhecidas e cumpridas por todos,
que se denomina direito objetivo. O direito objetivo pode ser conceituado como “o complexo de normas
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jurídicas que regem o comportamento humano, de modo obrigatório, prescrevendo uma sanção no caso
de sua violação (jus est norma agendi)” (DINIZ, 2003, p. 244).
Trata-se, portanto, da norma de comportamento a que a pessoa deve se submeter, preceito esse que, caso
descumprido, deve impor, pelo sistema, a aplicação de uma sanção institucionalizada. Por exemplo,
respeitar as normas de trânsito é um direito objetivo imposto ao indivíduo (GAGLIANO; PAMPLONA
FILHO, 2003, p. 2).
O descumprimento das regras de direito objetivo, por se tratar de obrigação do indivíduo, permite
àquele que se sentir prejudicado procurar a autoridade competente, Polícia, Administração Pública ou
Judiciária, para “fazer valer seu direito”, defender-se, fazer cessar a violência, etc. (GUSMÃO, 2006, p.
52). Já o direito subjetivo, segundo Godofredo Telles (apud DINIZ 2003, p. 244):
É a permissão dada por meio de norma jurídica para fazer ou não fazer alguma coisa, para ter ou não ter
algo, ou, ainda, a autorização para exigir, por meio dos órgãos competentes do poder público ou por meio
de processos legais, em prejuízo causado por violação de norma, o cumprimento da norma infringida ou
a reparação do mal sofrido. Por ex.: são direitos subjetivos as permissões de casar e constituir família, de
adotar pessoa como filho [...].
Podemos, então, conceituar o direito subjetivo como “a possibilidade de agir e de exigir que as
normas de Direito atribuem a alguém como próprio” (NADER, 2008, p. 307). Observe, então, que o
direito subjetivo se diferencia do objetivo em razão de este, como anteriormente mencionado, ter caráter
coativo (cumprimento obrigatório), enquanto o direito subjetivo representa uma faculdade do titular de
invocar a lei para tutelar seu direito.
a) O ( ) pode ser conceituado como as regras de cumprimento obrigatório, enquanto o ( ) é visto como
decorrência deste e representa uma faculdade do agente.
b) Como exemplo, podemos citar as regras do contrato de seguro. Todas as disposições legais são tidas
como regras de direito ( ). Já quando o direito do segurado for violado, este poderá, assim agindo, se
quiser, ingressar em juízo, a fim de garantir o cumprimento do ( ) previsto em lei. Esta possibilidade
de agir é regra de ( ).
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1. Primeira e principal fonte do Direito:
a) ( ) Doutrina.
EXERCÍCIOS b) ( ) Lei.
c) ( ) Jurisprudência.
d)( ) Costume.
Relembrando o que estudamos até agora, temos que o Direito é o responsável por traçar normas
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de conduta que permitam às pessoas e aos grupos sociais viverem em harmonia, agindo preventivamente,
para evitar o conflito, ou após sua ocorrência, a fim de garantir a paz social.
A norma jurídica é, pois, o meio, o instrumento de que se utiliza o Direito para atingir seu objetivo.
É através da norma jurídica que o Direito revela à sociedade os padrões de comportamento exigidos pelo
Estado.
Podemos afirmar, assim, que a norma ou regra jurídica “é um padrão de conduta imposto pelo Estado
para que seja possível a convivência dos homens em sociedade. [...] Ela esclarece ao agente como e quando
agir [...] Em síntese, norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social
(NADER, 2008, p. 83). No mesmo sentido:
As normas jurídicas são as normas “que disciplinam condutas ou atos (comportamentos) através do
seu caráter coercitivo (que reprime), imperativo (que ordena) e compulsório (que obriga)” (RAPOSO;
HEINE, 2004, p. 29).
Existem as normas de Direito Civil, Direito Penal, Direito Tributário e muitas outras específicas em
cada ramo de atuação do Direito Positivo, que vamos conhecer na segunda unidade.
Características:
Como característica geral a todas as normas jurídicas, temos a obrigatoriedade de seu cumprimento.
Como materialização do direito objetivo, as normas jurídicas terão que ser obrigatoriamente respeitadas,
sob pena de o agente ficar sujeito à sanção prevista na lei. No que se refere às características da norma
jurídica, podemos afirmar, de acordo com os ensinamentos de Gusmão (2006), que as normas jurídicas
são: bilaterais, abstratas, imperativas e coercitivas.
Conforme Gusmão (2006, p. 258), a relação jurídica é “o vínculo que une uma ou mais pessoas,
decorrente de um fato ou de um ato previsto em norma jurídica, que produz efeitos jurídicos”, ou mais
singelamente, “vínculo jurídico estabelecido entre pessoas, em que uma delas pode exigir de outra
determinada obrigação.”
As relações jurídicas são originadas de atos ou fatos jurídicos (cujos conceitos veremos adiante), que
envolvem pessoas físicas ou jurídicas. Essas relações são chamadas “jurídicas”, pois seu objeto é um
interesse juridicamente protegido, ou seja, que interessam ao Direito, como o patrimônio, a vida, a honra
etc.
Pode-se afirmar, pois, que a relação jurídica “não depende exclusivamente da vontade das partes, pois
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tem por base a lei, que está acima do interesse delas” (GUSMÃO, 2006, p. 258).
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Processos de
Operações
Contabéis II
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EMENTA: Custos. Princípios aplicados ao custo. Classificação dos custos. Critéiros de avaliação de
materiais. Sistemas de custeio. Critérios de avaliação de estoque. Ponto de Equilíbrio. Formação de
venda.
Contabilidade de custos
Caro estudante,
Seja bem-vindo à disciplina Contabilidade de Custos. Você irá vivenciar mais uma experiência de
construção do conhecimento de forma autônoma, colaborativa e cooperativa, em um ambiente preparado
especialmente para facilitar o processo de aprendizagem.
Nessa disciplina você irá entender o relacionamento da contabilidade de custos com a contabilidade
financeira e com a contabilidade gerencial, e irá aplicar os conceitos de custos para fins de avaliação e
controle dos estoques e conhecer os sistemas de custos, com o objetivo de servir de base para a tomada de
decisões.
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universalidade e veracidade, conservando validade em quaisquer circunstâncias”.
✓ PRINCÍPIO DA CAUSAÇÃO
✓ PRINCÍPIO DA ENTIDADE
✓ PRINCIPIO DA COMPETÊNCIA
✓ PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
✓ PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O gerenciamento de custos é uma das partes mais importantes da empresa. É aqui que são controlados
os gastos para que seja mantida a saúde financeira da organização. E gere informações para a tomada de
decisão do gestor.
Custos diretos são aqueles que podem ser direta e facilmente atribuídos a um objeto de análise
específico, sem a necessidade de um critério para a atribuição desse custo. É importante ressaltar que o
objeto de análise em questão pode ser um produto, serviço ou qualquer outra entidade de custo.
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Ex.: Em uma fábrica de brinquedos, podemos elencar como custo direto a mão-de-obra ligada
diretamente na linha de produção, as matérias primas para a confecção dos brinquedos (plástico, tecido,
tinta, zíper), embalagem.
Custos indiretos são aqueles que necessitam de um critério de distribuição para serem atribuídos
a um produto, uma vez que se torna muito difícil quantificar o quanto daquele custo está atrelado a cada
produto.
Ex.: O custo com o gerente geral de uma fábrica, por exemplo, é um custo indireto, haja vista que em uma
fábrica são produzidos vários tipos de produto ao mesmo tempo e o gerente geral é responsável por
supervisionar toda essa produção, sendo impossível de estabelecer o quanto de seu custo deve ser atribuído
a cada um dos produtos sem uma análise aprofundada.
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Custos fixos são aqueles que independem do volume produzido, sendo constantes em um certo período
de tempo.
Ex.: o aluguel do imóvel da fábrica, o salário de cargos gerenciais da fábrica, seguros, etc.
Custos variáveis são aqueles variam direta e proporcionalmente ao volume de atividade da empresa.
Quanto maior o volume de produção, maior os custos variáveis.
Classificação cruzadas
É importante ressaltar que os custos podem ser, ao mesmo tempo, caracterizados como diretos ou
indiretos e como fixos ou variáveis, não havendo uma ligação direta entre as duas classificações.
Assim cada custo é classificado conforme estes dois parâmetros, sendo uma combinação de ambos.
Ex.: Podemos ter custos fixos e diretos como a mão de obra dedicada apenas a uma linha de
produto, fixo e indireto como o salário de um gerente, variável e direto como a matéria prima e por
último, variável e indireto como a energia elétrica.
Custos semi-fixos ou semi-variáveis são aqueles que têm um comportamento misto: quase não
variam a curto prazo, mas a médio e longo prazo são afetados pelo volume de produção.
O custo semi-fixo, também chamado de custo fixo por degrau, é um custo fixo em determinada faixa de
produção. Com a mudança da faixa, o custo se modifica.
100
Ex.: Um restaurante com 5 cozinheiros fornece 100 pratos, porem o proprietário fechou um evento e terá
que fornecer sazonalmente 200 pratos. Para isso contratou mais 5 cozinheiros para suprir. Dessa maneira
vimos que a MDO direta que era um custo fixo variou por causa do aumento da produção.
3) Em uma indústria metalúrgica que fabrica vários produtos, verifica-se a ocorrência dos
seguintes eventos em determinado período:
Pede-se calcular o valor dos custos diretos (CD), indiretos (CI), fixos (CF) e variáveis (CV) no
período.
Em geral, utilizam-se duas abordagens de custeio para avaliação de estoques e apuração dos custos
dos produtos vendidos.
Métodos de Custeio
Custeio por Absorção (ou integral) é habitualmente empregada para efeito de divulgação de
relatórios financeiros externos (publicação e fisco).
Nesse método todos os custos ligados à fabricação do produto ou prestação do serviço são
absorvidos, independentemente de ser um custo direto ou indireto. Assim, os gastos são distribuídos
(rateados) para todos os produtos ou serviços.
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01) (AFTN / ESAF) A atribuição de todos os gastos de fabricação aos produtos
é determinada pela seguinte forma de custeio:
a) de realização
EXERCÍCIOS
b) variável
c) direto
d) estimado
e) por absorção
02) (AFTN / ESAF) É correto afirmar que:
a) o método de custeio variável agrega os custos fixos ao custo de produção pelo emprego de critérios
variáveis de rateio.
b) o método de custeio por absorção leva em conta, na apuração do custo de produção, todos os custos
incorridos no período.
c) o método de custeio por absorção exige que a avaliação dos estoques seja feita pelo critério do custo
médio ponderado.
d) para efeito de apuração de resultados industriais é indiferente qual o método de custeio adotado, seja
o variável ou por absorção.
e) a diferença fundamental entre o custeio variável e o custeio por absorção é que este admite a avaliação
dos estoques por método diferente do custo médio ponderado, ao contrário do custeio variável.
3) Uma empresa obteve, no primeiro sem estre de 20X2, um a Receita c om Vendas no montante
de $ 1.650.000,00, um Custo Variável de Fabricação de $ 720.000, 00, um a Despesa Variável
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de Vendas de $ 135.000,00 e um Custo Fixo de Fabricação de $ 320.000,00. O Resultado
Bruto pelo Custeio Direto e pelo Custeio por Absorção no semestre são, respectivamente:
Custeio Variável (ou direto) é mais comumente utilizado em relatórios internos, dada a
preferência de gestores para tomada de decisões.
Nesse método, apenas os custos variáveis de produção são considerados. Os custos fixos (relativos
à produção), pelo fato de existirem mesmo sem existir o desenvolvimento de produtos ou serviços.
Resumindo, esse custeio separa os custos variáveis e fixos.
Ex.: em uma empresa que fabrica roupas, um determinado tipo de botão. Apresenta um
custo variável, pois o gasto com esses itens varia conforme a demanda dos modelos nos quais são aplicados
no período.
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EXERCÍCIOS
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EXERCÍCIOS
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