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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Curso:
Licenciatura em Gestão e Finanças

Disciplina:
Transportes e Logística

Tema:
Gestão de Estoques

Ano: 2º

TURMA: LGF21

DISCENTES:Edilson Dongaze
Eliana Nhaquila
Elvis Fumo
Enzo Rodolfo
Fausia Franque

DOCENTE: Arlindo Manjate

Maputo
Setembro de 2021
Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 1
1.2. Objectivo Geral ...................................................................................................... 1
1.3. Objectivos Específicos ........................................................................................... 1
1.4. Metodologia de Pesquisa ....................................................................................... 1
2. Estoque ......................................................................................................................... 2
2.1. Actividades Relacionadas ao Estoque ................................................................... 2
2.2. A Importância Financeira Do Estoque ................................................................... 3
2.3. Estoque e o Balanço Patrimonial ........................................................................... 4
2.4. Classificação dos Estoques .................................................................................... 5
2.5. Tipos de Estoque .................................................................................................... 5
2.5.1. Estoque de Segurança ................................................................................. 5
2.5.2. Estoque de Ciclo ......................................................................................... 6
2.5.3. Estoque de Antecipação .............................................................................. 6
2.5.4. Estoque no Canal de Distribuição ............................................................... 6
2.6. Objectivos dos Tipos de Estoques ......................................................................... 6
2.7. Ferramentas de Controlo de Estoque ..................................................................... 7
3. Gestão de Estoque ..................................................................................................... 8
3.1. Objectivos da Gestão de Estoques ....................................................................... 10
3.2. O Frete na Gestão de Estoque .............................................................................. 10
3.2.1. Custo frete na aquisição dos produtos ...................................................... 10
3.2.2. Condição de Frete ..................................................................................... 10
3.2.3. Frete Próprio ou Terceirizado ................................................................... 11
3.3. Modelos de Gestão de Estoque ............................................................................ 12
3.3.1. Modelo de Reposição ............................................................................... 12
3.3.2. Modelo de Reposição Periódico ............................................................... 12
3.3.3. Método ABC ............................................................................................. 13
3.4. Método de Valorização de Estoque ..................................................................... 13
4. Conclusão ................................................................................................................... 15
5. Referências Bibliográficas .......................................................................................... 16
1. Introdução

O estoque é um meio que a empresa utiliza para atender as necessidades imediatas de


seus clientes, podendo suprir suas necessidades no momento em que a mercadoria for
solicitada.

A gestão de estoque nas empresas nos dias atuais é uma atividade que requer muito
conhecimento, informação e de certa forma, um pouco de experiência, pois abrange
assuntos de diversas áreas da empresa.

A gestão de estoque é fundamental para o planeamento, previsão e controlo do estoque.


Através dela a empresa consegue controlar as suas entradas e saídas de mercadorias e
fazer uma previsão de qual será o seu o tamanho do estoque capaz de suprir as
necessidades da empresa.

Segundo Ballou (2007), a gestão de estoque é um importante procedimento onde se


planeja, coordena e controla toda a mercadoria que entra e sai na empresa. Esse controle
deve ser realizado não apenas para produtos já acabados, mas também para os
componentes, matérias-primas e produtos semi-acabados, no caso de indústria.

1.2. Objectivo Geral


O objectivo do presente trabalho é abordar sobre a gestão de estoques.

1.3. Objectivos Específicos


Para alcançar o objectivo geral, foram estabelecidos objectivos específicos: compreender
o conceito de estoque; analisar as actividades relacionadas ao estoque; abordar a
importância financeira do estoque; descrever a classificação do estoque e tipos de
estoque; compreender a importância do frete na gestão do estoque e observar os modelos
de gestão e valorização do estoque.

1.4. Metodologia de Pesquisa


Para a elaboração do trabalho foram feitas consultas bibliográficas e pesquisas em sites
de internet.

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2. Estoque
Estoque é um termo utilizado praticamente em todas as empresas e representa, de forma
geral, os produtos que estão armazenados para serem vendidos para os clientes. Segundo
Viana (2000), apresenta e entre outras, uma definição mais simples e generalista de
estoque, definindo-o como uma reserva para ser utilizada em tempo oportuno.

Dependendo do tipo de empresa, o estoque pode apresentar diferentes características e


formas de controlo. Machado (2004) ressalta que os estoques são activos que por sua
magnitude e características próprias exigem grande complexidade em seu planeamento,
administração e controlo, cujas falhas poderão elevada de forma brusca o risco financeiro
da empresa.

Chiavenato (2005), afirma que estoque é composto de materiais em processamento, semi-


acabados e produtos acabados que não é utilizado em determinados momentos na
empresa, mas que precisa existir em função das necessidades futuras.

2.1. Actividades Relacionadas ao Estoque


Conforme conceitua Arnold (1999), a operação de estoque não envolve apenas a função
de armazenagem de materiais, mas também diversas atividades e sua eficiência depende
da maneira como estas atividades são desempenhadas. De diversas formas essas
atividades ocorrem em qualquer depósito

 Recebimento - explica que o depósito recebe os produtos que chegam, assumindo


a responsabilidade por eles. Além do recebimento do material, este processo ainda
engloba as seguintes atividades: controle das atividades de recebimento e
devolução de materiais, análise da documentação recebida, confronto dos itens
listados na nota fiscal e no manifesto de transporte com os volumes a serem
efetivamente recebidos, conferência visual, quantitativa e qualitativa dos
materiais, bem como a decisão de recusar, aceitar ou devolver, e, no caso de
aceitar, enviar para o estoque, de acordo com Viana (2002).
 Identificação de Material – A acurácia na identificação dos produtos
comercializados, da localização e dos serviços prestados nos mesmos, impacta
diretamente nas operações essenciais para a eficiência do comércio e na
otimização da cadeia de suprimento.

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 Estocar (Armazenar) - Nesta operação os produtos são segregados, armazenados
e mantidos em estoque sob protecção adequada até o momento em que forem
requisitados.
 Utilizar Material no momento de utilização do material - os produtos são
selecionados e enviados para uma área de preparação. Nesta área eles são
agrupados com os demais itens do mesmo pedido, para que se observe se não há
omissões ou erros, e então os pedidos são despachados para o cliente (interno ou
externo). É nesta etapa também que o sistema é actualizado de acordo com o uso
dos itens.
 Reposição (Modelo de reposição) - O ponto de ressuprimento ou reposição, é o
ponto no qual o estoque será igual a zero menos o lapso para 25 um pedido chegar,
ou seja, se o lead time do pedido é de 15 dias, o ponto de ressuprimento deverá
ser 15 dias antes do estoque chegar a zero.
 Ruptura de Estoque - É a situação em que o material existente chega a zero, após
consumido todo o estoque de segurança. A partir deste ponto de ruptura, a acção
continuada da demanda irá provocar a falta de material e seu consequente custo.
No caso de fornecedores externos, o cliente pode optar por substituir o item, adiar
a compra, trocar de fornecedor ou não comprar mais o item. Para os clientes
internos, a falta de estoque pode gerar ociosidade da produção, ineficiências e
insatisfação do cliente externo.

2.2. A Importância Financeira Do Estoque


O principal objectivo ou o motivo pela qual se tem uma empresa privada é a obtenção de
lucros através da comercialização de bens ou serviços, principalmente no caso de
indústrias, quando se tem fabricação destes bens o volume de recursos financeiros em
estoque é maior, alguns casos chegam a 35% do seu activo, visto que se obriga a ter um
estoque de matérias-primas para a produção de seus bens, além da necessidade da
utilização dos itens de uso e consumo que são necessários para a produção dos mesmos.
Segundo Dias (1993, p. 30) define matéria-prima como:

“...Materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado; seu consumo é


proporcional ao volume da produção. Em outras palavras, também podemos dizer que
matérias-primas são todos os materiais que são agregados ao produto acabado”.

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Em poucas palavras podemos entender como matéria-prima, os itens básicos que compõe
o produto final, ou seja, são materiais que sofreram alguma transformação para se tornar
outro produto com valor agregado.

Para a transformação da matéria-prima e fabricação dos produtos são necessários os itens


de uso e consumo que são aqueles utilizados para a fabricação dos produtos acabados,
eles não fazem parte do produto final, porém é de total importância para a fabricação, sem
eles não há como fabricar algum produto. Relativamente para alguns produtos utilizam-
se poucos e outros muito materiais de uso e consumo dependendo do ramo de atividade
da empresa e sua tecnologia de fabricação. Gonçalves (2007, p. 02) diz que: “Mais de
50% dos custos de uma empresa são representados pelos investimentos em materiais e
serviços destinados ao andamento da produção.

2.3. Estoque e o Balanço Patrimonial


Para uma empresa que possui estoque como as indústrias, o gestor financeiro necessita
estar atento o seu nível mesmo que esta não seja sua área responsável, pois este
investimento interfere diretamente nas finanças da empresa. Estes precisam ser avaliados
constantemente do ponto de vista custo/benéfico visto que são recursos que podem se
transformar em custos para a empresa. Para efeitos de análise utilizamos o balanço
patrimonial para avaliar o estoque em um determinado período, pois nele retrata todas as
movimentações financeiras. Idalberto (2005, p. 77 - 78) conceitua que:

“O balanço Patrimonial é uma demonstração financeira que reflete com clareza a situação
do patrimônio da empresa em um determinado momento. Constitui a representação
sintética dos elementos que compõe o patrimônio da empresa em uma determinada data”.

No balanço patrimonial o estoque é classificado como activo circulante, como já


mencionado chegando a representar 35% do seu activo. No activo circulante encontram-
se todas as contas que representam os bens e direitos que, devido a sua finalidade e em
sua maioria estão em constante circulação. Os estoques são apresentados da seguinte
forma no balanço patrimonial:

 Activo Circulante
1. Estoques de Matérias-Primas;
2. Estoques de materiais em processamento;
3. Estoque de Materiais Semi-acabados;
4. Estoque de Materiais Acabados (ou componentes);
4
5. Estoque de Produtos Acabados.

2.4. Classificação dos Estoques


Os estoques podem ser classificados de acordo com a classificação de seus materiais.
Então, para cada item ou para cada estágio em que ele se encontra, o mesmo é classificado
de acordo.

1. Estoques de Matérias-Primas - É o estoque dos insumos e materiais básicos para


a produção;
2. Estoques de materiais em processamento - Também conhecido como Work in
Process (WIP), este tipo de estoque é constituído por materiais que estão passando
pelo processo produtivo, ou em vias de serem processados;
3. Estoque de Materiais Semi-acabados - Tem o conceito semelhante ao estoque
de materiais em processamento, porém os itens estão em um estágio mais
avançado no processo produtivo ou esperando apenas o acabamento, faltando
poucas etapas para serem transformados em produtos finais;
4. Estoque de Materiais Acabados (ou componentes) - É o estoque dos
componentes acabados isolados que serão montados em outros componentes para
se transformar em produto acabado.
5. Estoque de Produtos Acabados - É o estoque que armazena o produto final, ou
seja, o item que já passou por todo processo produtivo e encontra-se acabado e
pronto.

2.5. Tipos de Estoque


Muitas empresas buscam manter estoque mínimos para tentarem obter vantagem
competitiva no mercado. Com os baixos valores agregados ao estoque, elas conseguem
ter a oportunidade de investir o capital ao invés de deixa-lo ocioso em forma de estoque.

Segundo Slack, Chambers e Johntons (2009), existem cinco tipos de estoque: de


segurança, de ciclo, de desacoplamento, de antecipação e estoque no canal.

2.5.1. Estoque de Segurança


É aquele que tem o propósito de compensar as incertezas inerentes a fornecimento e
demanda. Por exemplo, uma operação de varejo nuca pode prever a demanda
perfeitamente, mesmo quando tenha uma boa ideia de qual provável nível de demanda.
Ela fará a encomenda de produtos a seus fornecedores de modo que sempre tenha certa
quantidade da maioria dos itens em estoque.
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2.5.2. Estoque de Ciclo
Para Slack, Chambers e Johntons (2009), o estoque de ciclo ocorre porque um ou mias
estágios na operação não podem fornecer todos os itens que produzem simultaneamente.
Por exemplo, suponhamos que uma padaria produz três tipos de pães, todos igualmente
populares. Devido à natureza dos processos de misturar e assar, somente um tipo pode
ser produzido por vez. O padeiro teria de produzir em lotes cada tipo de pão.

2.5.3. Estoque de Antecipação


Para Slack, Chambers e Johntons (2009), o estoque de antecipação é usado para
compensar diferenças de ritmo de fornecimento e demanda. Por exemplo, em vez de fazer
determinado produto quando necessário, ele pode ser produzido ao longo do ano à frente
da demanda e colocado em estoque até que fosse necessário; é aquele que antecipa uma
demanda futura, são criados antes de uma época em que haja um pico de vendas.

2.5.4. Estoque no Canal de Distribuição


Salientam Slack, Chambers e Johntons (2009), o estoque no canal de distribuição existem
porque não podem ser transportados instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o
ponto de demanda. Por exemplo, se uma mercearia encomenda produtos com um dos seus
fornecedores, o fornecedor vai alocar estoque para a mercearia no seu próprio armazém,
vai embalar, carregar em seus camiões, transportar para o seu destino e descarregar no
estoque da mercearia.

No relato explicativo de Slack, Chambers e Johntons (2009), desde o momento em que o


estoque é alocado (e, portanto, está indisponível para qualquer outro consumidor), ate o
momento em que se torna disponível para a mercearia, ele é dito no canal de distribuição.
Todo estoque, portanto, em trânsito, é estoque no canal.

2.6. Objectivos dos Tipos de Estoques


Conforme Morioka (Santoro 2001), em geral, o objectivo da modelagem de estoques é
minimizar os custos, podemos analisar os modelos de estoques através do controle de dois
eixos principais: Minimizar o custo de estocagem, maximizar o nível de serviço
(correspondendo a minimizar as rupturas de estoque).

Segundo Ballou (1993, p. 204), os estoques possuem uma série de objetivos, como:

 Melhorar o nível de serviço;


 Incentivam economias na produção;

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 Permitem economia de escala nas compras e no transporte;
 Agem como proteção contra aumentos de preços;
 Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento;
 Servem como segurança contra contingência

2.7. Ferramentas de Controlo de Estoque


O capital hoje investido em estoques é alto e aumenta continuamente, uma vez que, o
custo financeiro também se eleva. Por isso o controle de estoque é de suma importância
para a empresa, sendo que se melhor controla os desperdícios e os desvios, apura-se
valores para fins de análise, bem como, aquilo que prejudica o investimento.

 O estoque de segurança, segundo Slacket al (2009): é chamado de estoque


isolador. Seu propósito é compensar as incertezas inerentes a fornecimento e
demanda. Por exemplo, uma operação de varejo nunca pode prever perfeitamente
a demanda. Ela vai encomendar bens de seus fornecedores de modo que sempre
haja pelo menos certa quantidade da maioria dos itens em estoque. Esse nível
mínimo de estoque esta lá para cobrir a possibilidade de a demanda vir a ser maior
do que a esperada durante o tempo decorrido na entrega dos bens. Esse é o estoque
de protecção, ou estoque isolador. Ele compensa as incertezas no processo de
fornecimento de bens para a loja e das demandas de bens para fora da loja.
 O Ponto de Pedido trata-se da quantidade de estoque e pedidos versus o controle
da empresa que é todo monitorado. Quando a quantidade de estoque diminui
chegando ao limite ou abaixo dele, adota-se a ação para reabastecimento de
estoque. O ponto de pedido é calculado com uma previsão durante o início e o fim
de uma atividade, conhecido tecnicamente como lead time (SLACK et al, 2009).
Com essas previsões surge um benefício importante que é a nova maneira de
gerenciar estoques em ambientes nos quais tais previsões planeamentos agregam
informações valiosas ao processo de gestão e controle de estoque.
 Martins e Campos Alt (2009), afirmam que a análise ABC é um método para
classificar itens, eventos ou actividades de acordo com a sua importância relativa.
Serve para selecionar, filtrar, tocar a nossa atenção e controle num número
reduzido de fatores, causas ou itens. As áreas que são aplicadas esta análise são
na Gestão de Estoque, Gestão da Manutenção, Gestão da Qualidade e Gestão do
Tempo.

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O principal benefício desta análise e proporcionar ao trabalho de controlo de estoque do
analista a decisão certa de compra, baseando-se nos resultados obtidos pela curva ABC e
por consequência a otimização da aplicação dos recursos financeiros e materiais, evitando
desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade.

 O Inventário Físico é outra ferramenta para controle de estoque, pois consiste na


contagem física de todos os itens que constam em estoque levando em
consideração o período de referência para o inventário. Caso seja detectada
alguma diferença seja no que diz respeito à quantidade ou ao valor do estoque, o
departamento contábil da empresa deverá orientar as devidas correções
(MARTINS; CAMPOS ALT, 2009)

Esta ferramenta assegura que as quantidades físicas ou existentes estejam de acordo com
as listagens e os relatórios contábeis dos estoques. A certificação dessa realidade é
importante não somente para a área contábil/fiscal da empresa, mas também para os
sistemas computadorizados de manufatura, que somente apresentarão cálculos correctos
da quantidade necessária de materiais se os níveis dos estoques estiverem correctos.

 Martins e Laugeni (2009) dispõem que o LEC (Lote Econômico de Compras) é


uma ferramenta na gestão de estoque que tem por função identificar a quantidade
de materiais necessários em um determinado pedido de reabastecimento,
equilibrando assim o custo de armazenagem, com os custos de aquisição deste
mesmo pedido. Por isso é fundamental que o gestor saiba tomar a decisão certa
do número de lotes a serem comprados, bem como o custo unitário para o estoque
desses lotes, pois terá por benefício à minimização dos custos de estocagem e de
aquisição.

3. Gestão de Estoque
“O objectivo da gestão de estoque é proporcionar um nível adequado de estoque, que seja
capaz de sustentar o nível de atividades da empresa ao menor custo”. Matias (2007. p103).
Assim observasse que os estoques servem para melhor atender as necessidades da
empresa, em um espaço curto de tempo, e a um baixo preço.

Varias estratégias e sistemas são criados para buscar uma gestão eficiente e eficaz dos
estoques e as razoes para o controlo de estoque consiste na necessidade do conhecimento
dos níveis de materiais e serviços da empresa. A gestão de estoques não se preocupa só

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com quantidades, mas também com a busca constante da redução monetária de seus
estoques.

Como relata Pozo (2008), gestão de estoques é essencial para a sobrevivência das
organizações, e, é uma das mais importantes funções da administração de materiais, pois
está relacionada com o controlo de níveis de estoques. É notório que todas as organizações
devem se preocupar com o controlo de estoque, visto que desempenham e afectam de
maneira bem definida o resultado da empresa.

De acordo com Pozo (2008), a importância de saber que, quando temos estoques
elevados, para atender plenamente a demanda, ele acarreta a necessidade de elevado
capital de giro e, que produzem elevados custos. No entanto, baixos estoques podem
acarretar se não forem adequadamente administrados, custos difíceis de serem
contabilizados em face de atrasos de entrega, replaneamento do processo produtivo,
insatisfação do cliente e, principalmente, a perda de cliente.

A gesta de estoques abre uma série de acções que permitem ao gestor apurar se os
estoques estão a ser bem utilizados, se tem uma boa localização em relação aos sectores
que deles se utilizam, Martins e Alt. (2009).

De acordo com Dias (2010), a função da gestão de estoques é maximizar o efeito do


retorno das vendas e o ajuste do planeamento e programação da produção. Deve
minimizar o capital investido em estoques, pois ele é de alto custo, e aumenta de acordo
com o custo financeiro. Sem estoque não há possibilidade da empresa trabalhar, pois ele
é amortecedor entre os vários estágios de produção ate a entrega final do produto.

Afirma Arnold (2011), que a gestão de estoques é responsável pelo planeamento e


controlo do estoque, desde o estágio da matéria-prima ate o produto acabado entregue aos
clientes. Como o estoque resulta da produção ou a apoia, os dois não podem ser
administrados separadamente, portanto, devem ser coordenados.

Pode se analisar que a gestão de estoques é, basicamente, conduzir os recursos disponíveis


que possuem valor económico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de
material na organização.

Cabe ao gestor analisar se o estoque está a ser utilizado de maneira adequada e se está a
apresentar ou não retorno esperado sobre o capital investido.

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3.1. Objectivos da Gestão de Estoques
Os estoques representam uma boa parte dos activos da empresa, e devem ser visto como
um factor potencial na geração de lucros.

Ching (2010) entende que em gestão de estoques, o planeamento consiste na


determinação dos valores que o estoque terá com o correr do tempo, bem como na
determinação das datas de entrada e saída dos materiais do estoque e na determinação dos
pontos de pedido de material.

Ching (2010) avalia que a retroalimentação é a comparação dos dados de controlo como
os dados do planeamento, a fim de constatar seus desvios e determinar suas causas.
Quando for o caso, a empresa deve corrigir o plano para torna-lo mais realista, fazendo
com que o planeamento e co controlo sejam cada vez mais coincidentes.

Para Arnold (2011), uma empresa que deseja maximizar seu lucro, terá de ter no mínimo
os seguintes objectivos: excelência no atendimento aos clientes, operação de fábrica de
baixo custo; investimento mínimo em estoque.

Analisa-se que a gestão de estoque tem por finalidade assegurar o abastecimento contínuo
de materiais necessários para comercialização directa ou capaz de atender aos serviços
executados pela empresa. Para serem competitivos no mercado, elas tem como objectivo
principal diminuir os custos.

3.2. O Frete na Gestão de Estoque


3.2.1. Custo frete na aquisição dos produtos
O sistema de logística de produtos adquiridos por uma empresa a cada vez mais está sendo
importante, pois o custo do transporte é um dos principais elementos na composição do
preço no produto final, neles são contabilizados todos os recursos gastos na
movimentação do produto do fornecedor até a empresa que o adquiriu. A escolha da
condição de quem pagará o frete e a escolha do modal é um dos principais itens a serem
analisados no momento da aquisição.

3.2.2. Condição de Frete


A escolha da condição de frete pode ser feita através das siglas CIF ou FOB, CIF quando
o frete é pago pelo vendedor e FOB quando o frete é pago pelo comprador. Normalmente
os compradores utilizam o modo CIF, preferem deixar a responsabilidade do transporte
para os fornecedores, no entanto esta prática está deixando de existir em virtude da

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economia de frete, retirando o custo frete do produto e deixando a responsabilidade do
transporte do produto até a empresa pelo comprador. Esta prática se faz para que os
compradores tenham possibilidade de reduzir os custos de transportes por meio de
contratos e parcerias, e que tenham pleno controlo da programação de entrega de seus
produtos tanto quanto o rastreamento.

3.2.3. Frete Próprio ou Terceirizado


Quando se analisa a escolha de quem ficará a responsabilidade pelo frete o comprador
deve avaliar se é possível o transporte próprio, utilizando os recursos próprios da empresa,
se é viável dispor dos custos de mobilizar um veículo próprio como despesas de motorista,
combustível, pedágio, depreciação do veículo e riscos de avaria. No caso do frete próprio
ser viável, deve ser feito um estudo de rota para direcionar o veículo através de uma rede
de vias, este tem por objetivo minimizar o custo do transporte reduzindo o percurso a ser
percorrido, bem como reduzir o tempo de entrega.

Quando opte por transporte terceirizado deve ser analisado o equilíbrio de três fatores,
que são:

 Custos da transportadora pelo serviço prestado;


 A qualidade do serviço executado, como o cuidado com o manuseio do produto,
se a embalagem está apropriada para o modal escolhido;
 O tempo de entrega que, para determinados produtos os prazos de entrega são
importantes devido à vida útil do produto.
Há alguns quesitos que devem ser analisados na contratação de serviços de frete por
transportadoras. Para serviços contratados a negociação de fretes, a documentação,
auditoria e a consolidação de fretes são assuntos de grande importância e devem ser
tratados com prioridade. Na negociação nunca se deve aceitar os preços médios
oferecidos, há algumas variáveis que devem levados em consideração para redução dos
valores dos fretes como a quantidade do volume a ser transportada, a formalização de
contratos de fidelidade e a própria concorrência entre as transportadoras na qual fornecer
o melhor serviço pelo melhor preço e a mais interessante.

3.2.4. Escolha do Modal


A escolha de certo modal também deve ser levada em consideração, pois o produto deve
estar na empresa na data planejada, sendo que cada modal tem seu tempo de entrega e
determinado custo. Para cada tipo de produto existe um modal apropriado, o responsável

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pela escolha, no caso o comprador, deve analisar se o modal escolhido é apropriado, bem
como se tipo do produto é relativamente compatível como o modelo de transporte a ser
utilizado levando em consideração as dimensões físicas, a necessidade da utilização do
produto pela empresa, e as condições de transporte. Segundo Ballou (1993, p. 326), nos
dá uma base para escolha de determinado modal de transporte:

 Rodoviário: este modal é destinado a volumes menores, ou produtos de maior


sofisticação que exigem prazos relativamente rápidos de entrega;
 Ferroviário: este modal é destinado a volumes maiores e que possuem custo
unitário baixo.
 Aeroviário: este modal é destinado a pequenos volumes e que possuem
classificados em “cargas nobres”;
 Hidroviário ou Marítimo: este tipo de modal deverá levar produtos de baixíssimo
custo unitário, cujo tempo de realização e operação não fosse fator preponderante
no encarecimento da mercadoria.

3.3. Modelos de Gestão de Estoque


Para se controlar o estoque existem vários modelos, são eles: o modelo de reposição, o
modelo de reposição periódico e a curva ABC.

3.3.1. Modelo de Reposição


Esse modelo segundo Corrêa e Corrêa (2004), é utilizado para verificar quando se deve
comprar mais produtos. Ele funciona da seguinte forma: quando um determinado número
de produtos é vendido, deve-se conferir quanto de material ainda se tem no estoque, assim
se esse nível restante for muito baixo, faz- se novas compras a fim de suprir aqueles
materiais que foram utilizados. O ponto de ressuprimento é aquele que se analisa o
número de produtos que foram vendidos e que necessitam ser repostos. O tempo de
ressuprimento é o tempo em que a mercadoria demora a chegar até as lojas, para cobrir
os produtos que já foram vendidos. O lote de ressuprimento é a quantidade de produtos
comprados.

3.3.2. Modelo de Reposição Periódico


Esse modelo de acordo com Corrêa e Corrêa (2004), é utilizado para fazer a análise
periódica da situação do estoque, isto é, o estoque é controlado de forma que toda vez que
o estoque atinge a um nível determinado x, faz-se o pedido de novas mercadorias para
suprir a essas necessidades, até atingir o ponto y inicial determinado.

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3.3.3. Método ABC
A classificação ABC é um método de diferenciação dos estoques segundo sua maior ou
menor abrangência em relação a determinado factor, consistindo em separar os itens por
classes de acordo com sua importância relativa.

O método ABC consiste na classificação dos itens de estoques por ordem decrescente de
importância. De acordo com Machado (2004) e Arnold (2011) os estoques são divididos
em três grupos:

 Grupo A

Estão classificados todos os itens que requerem maiores investimentos e


consequentemente, exigem maiores cuidados no controlo. Como registos permanentes,
monitoramento constante etc. Cerca de 20% dos itens correspondem a aproximadamente
80% da utilização de valores monetários.

 Grupo B

Encontram se os itens que, embora significativos, requerem menores cuidados no seu


controlo. São normalmente controlados através da verificação periódica. Cerca de 30%
dos itens correspondem a aproximadamente 15% da utilização em valores monetários.

 Grupo C

São classificados todos os demais itens, normalmente em grande número, porém, de baixo
investimento e que não necessitam de um controle mais rigoroso.

Cerca de 50% dos itens correspondem a aproximadamente 5% da utilização em valores


monetários.

Conforme Corrêa, Gianesi e Caon (2013), a técnica da curva ABC é uma forma de
classificar todos os itens de estoque de determinado sistema de operações em três grupos,
baseados em seu valor total anual de uso. Com objetivo de definir grupos para os quais
diferentes sistemas de controlo de estoque serão mais apropriados, resultando em um
sistema total mais eficiente em custos.

3.4. Método de Valorização de Estoque


Segundo Bertaglia (2006), existem três métodos para a valorizarão do estoque que são: o
método do primeiro que entra, primeiro que sai; o método do último que entra, primeiro
que sai e o método do custo médio padrão.
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a) O método do primeiro que entra, primeiro que sai (PEPS), é um método onde
a empresa utiliza primeiramente o estoque mais antigo, isto é, a mercadoria que
chega primeiro na empresa é vendida primeiramente e a última que entra fica no
estoque e assim sucessivamente. O preço do produto mais antigo é utilizado, até
que acabem todas as unidades deste lote. Esse tipo de estoque é utilizado
principalmente para os produtos que possuem prazos de validade.
b) O método do último que entra, primeiro que sai (UEPS), é um método onde a
empresa utiliza primeiramente o material que chega por último (o mais novo), isto
é, o produto que acaba de chegar na empresa é utilizado, deixando o produto mais
antigo em estoque. O preço utilizado neste método é o do produto mais recente.
c) No método do custo padrão, ocorre a junção de todas as mercadorias, da mais
recente que acabou de chegar, até a antiga que já estava em estoque na empresa.
O preço para essas mercadorias é realizado pelo custo médio, soma-se o preço da
primeira mercadoria com a última que chegou, fazendo- se assim uma média para
determinar o preço.

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4. Conclusão
Findo trabalho pudemos concluir que o estoque tem uma grande importância para as
empresas.

A Gestão de estoques por sua vez é um tema que atualmente abrange um espaço amplo
nas organizações, tendo em vista as necessidades que elas têm de gerir seus estoques de
forma eficiente e, com isso, reduzir seus custos.

Em termos financeiros, a gestão de estoque é uma ferramenta utilizada para resolver a


questão dos custos e disponibilidade dos produtos com foco na satisfação do cliente. Com
isso, ela almeja apresentar alternativas viáveis e métodos eficientes de gestão e controlo
de estoques.

Foi observada a existência de vários modelos de gestão, ferramentas que para um gestor
de materiais é de total importância para o funcionamento contínuo da área de
ressuprimento e que quando não se utiliza desses recursos, há a possibilidade de haver
perdas consideráveis para a empresa. Destacou os vários aspectos a serem analisados
quando se está gerindo um estoque como a necessidade do espaço físico e equipamentos.
Foi observado também às várias ferramentas de análise de estoque que são primordiais
para tomada de decisões.

Enfim, esta obra possibilitou ter uma visão ampla sobre a necessidade da gestão de
estoque eficiente e eficaz, com a busca do aprimoramento pelo conhecimento e
informações sobre a área.

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5. Referências Bibliográficas
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento.
São Paulo: Saraiva, 2009.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração financeira: uma abordagem introdutória.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

CHING, H. Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. 4a. Edição. São


Paulo: Atlas S.A., 2010.

POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 5a. Edição. São Paulo:


Atlas S.A., 2008.

GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de materiais. Rio de Janeiro: Elsevier,


2007.

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais


e distribuição física. 1a. Edição. São Paulo: Atlas S.A., 2007

CORR A, H.L. CORR A, C.A. Administração da produção e operações: manufatura


e serviços. São Paulo: Atlas S.A., 2004.

https://www.casamagalhaes.com.br/blog/gestao-de-estoque/gestao-de-estoque/

http://www.ifspcaraguatatuba.edu.br/wp-content/uploads/2016/09/6-GERALDINA-
RODRIGUES-TCC-FINAL.pdf

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