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A)Quatro a seis

LOGÍSTICA E GESTÃO DE MATERIAIS

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho


de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior.

O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de co-
nhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade,
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publi-
cações e/ou outras normas de comunicação.

Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura,


de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir
uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, ex-
celência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar
o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de quali-
dade.

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

1. GESTÃO DE COMPRAS ................................................................ 6

2. ADMINISTRAÇÃO .......................................................................... 7

2.1 Administração de materiais ............................................................ 9

3. LOGÍSTICA................................................................................... 11

3.1 Áreas da logística......................................................................... 12

4. CONTROLE E PLANEJAMENTO DE ESTOQUES ...................... 13

4.1 Objetivos da administração de estoques ..................................... 13

4.2 A importância do controle de estoques e suas principais funções14

4.3 Classificação e tipos de estoque .................................................. 15

4.4 Classificação conforme as funções que desempenham .............. 15

4.5 Classificação conforme o fluxo de materiais ................................ 17

4.6 Classificação conforme os tipos de demanda .............................. 17

4.7 Custos de estoque ....................................................................... 19

5. MÉTODOS PARA CONTROLAR ESTOQUE ............................... 20

5.1 Níveis de estoque ........................................................................ 21

6. GESTÃO DE ESTOQUES – PARÂMETROS ............................... 22

6.1 Giro de estoque............................................................................ 23

6.2 Estoque máximo .......................................................................... 24

6.3 Estoque mínimo ........................................................................... 24

6.4 Estoque de segurança ................................................................. 24

6.5 Ponto de ressuprimento ............................................................... 25

7. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP)............................ 25

7.1 Recebimento ................................................................................ 26

7.2 Manuseio ..................................................................................... 26

3
7.3 Estocagem ................................................................................... 26

7.4 Distribuição ................................................................................ 26

7.5 Unidade Armazenadora de materiais ........................................... 27

7.6 Unidade Consumidora de Materiais ............................................. 27

8. UNIDADES ARMAZENADORAS DE MATERIAIS – UAM ........... 27

8.1 Projeto e Planejamento ................................................................ 28

9. MÓDULOS OU UNIDADES DE ESTOCAGEM ............................ 29

9.1 Normas de estocagem ................................................................. 30

9.1.1 Normas Gerais ...................................................................... 30

9.1.2 Normas Especiais .................................................................. 31

9.2 Normas de localização do material .............................................. 32

9.2.1 Plano Esquemático ................................................................ 32

9.2.2 Códigos de localização .......................................................... 32

9.3 Zona de estoque .......................................................................... 33

9.3.1 Estantes................................................................................. 34

9.3.2 Estantes com escaninhos ...................................................... 34

9.3.3 Estantes com subescaninhos ................................................ 34

10. LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DOS EXTINTORES ................ 34

11. CORES DE SEGURANÇA ........................................................... 35

12. MANUSEIO DE MATERIAIS ........................................................ 36

12.1 Cuidados Básicos e Fundamentais: ........................................... 36

12.2 Principais Equipamentos recomendados ................................... 37

12.3 Distribuição de materiais ............................................................ 38

12.4 Cuidados Básicos na Distribuição de Materiais ......................... 38

12.5 Equipamentos e utensílios recomendados ................................ 39

13. PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS .................. 39

14. RECEBIMENTO, REGISTRO E CONTROLE DE MATERIAL ...... 41

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14.1 Recebimento .............................................................................. 41

14.2 Registro e Controle .................................................................... 41

14.3 Documentação ........................................................................... 41

15. PREVISÃO DE DEMANDA .......................................................... 42

15.1 Demanda Perpétua .................................................................... 42

15.2 Demanda por Pico ..................................................................... 42

15.3 Demanda Irregular ..................................................................... 43

15.4 Demanda Derivada .................................................................... 43

15.5 A Demanda e o Estoque ............................................................ 43

16. REFERÊNCIAS: ........................................................................... 44

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1. GESTÃO DE COMPRAS

As atividades de administração de materiais são bastante complexas e


completamente inter-relacionadas, cada atividade é parte do processo.
Segundo Martins e Alt. (2000) a administração dos recursos materiais
engloba a sequência de operações que tem seu início na identificação do forne-
cedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicio-
namento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazena-
gem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor
final.

Figura: 1

Assim relaciona-se abaixo a sequência de operações desde a identifica-


ção do fornecedor até o consumidor final:
►Cliente.
►Sinal de demanda
►Identificar fornecedor
►Comprar materiais

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►Transportar
►Recebimento de armazenagem
►Movimentação interna
►Armazenagem do produto acabado
►Expedição
►Transporte (MARTINS & ALT, 2000, p.5).

Independente da área selecionada, o trabalho deve ser feito voltado para


o lado de uma administração profissional a quem cabe o gerenciamento, o con-
trole e a direção da organização de suas áreas específicas. Desta maneira o
administrador prevê, planeja, organiza, comanda e controla o funcionamento, vi-
sando aumentar a produtividade, rentabilidade e controle dos resultados.

2. ADMINISTRAÇÃO

Dentre inúmeras mudanças nas empresas, de uma forma geral a admi-


nistração surge com o intuito de fornecer informações que favoreçam as empre-
sas inseridas em um mundo cada vez mais globalizado. Ao longo de toda história
o homem sempre possuiu inteligência para inventar maneiras de melhor utilizar
seus esforços e conseguir os melhores resultados para a sua vida pessoal e
profissional. Como pessoa, um administrador tem seu dia-a-dia cheio de deci-
sões que tem que ser tomadas, envolvendo assim todo o conteúdo do adminis-
trativo. Ressalta Maximiano (2000, p.22) que “a tarefa de tomar decisões sobre
a definição de objetivos e a utilização dos recursos necessários para atingi-los
chama-se administração”.
A administração pode ser considerada como sendo em primeiro lugar a
ação para o desenvolvimento da empresa ou para a tomada de decisão. Se-
gundo Maximiano (2000, p.26) “a administração é um processo de tomar deci-
sões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados:
planejamento, organização, execução e controle”.
A administração também combina um objetivo determinado com a facili-
tação de sua utilização para atingir as metas da empresa. Alcançando ações de
maneira coerente a utilizar seus recursos e realizando os objetivos pela empresa

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almejada, sendo que, o estudo da administração é propriamente o impacto sobre
o desempenho das organizações.
A administração é simplesmente fazer algo que possa ser inovador, flexí-
vel e criativo.
Este setor foi dividido em grandes áreas: administração financeira, admi-
nistração de recursos humanos, administração da produção, administração mer-
cadológica, organização sistemas e métodos e administração de materiais.
Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros que se
destinam para obtenção de lucros.
Gitman (2001) define finanças como a arte e a ciência de administrar fun-
dos. Onde quase todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam
fundos, gastam ou investem. Finanças abrangem processos, instituições, mer-
cados e investimentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, em-
presas e governos.
Administração financeira ajuda a empresa a manterem seus negócios e
funcionando de acordo com os padrões e as necessidades das mesmas. Manter
o negócio em operação significa usar da melhor forma os fundos de recursos
obtidos.
De acordo com Kawasnicka (1987) o sistema global da administração fi-
nanceira está baseado nas decisões de investimento e a decisão de distribuição,
de lucros e de financiamentos.
A função de administração de pessoal está diretamente direcionada a
área de departamento de recursos humanos que procura desenvolver a empresa
e os funcionários que nela trabalham através de recursos, selecionando e de-
senvolvendo todo o potencial desses colaboradores.
As pessoas trazem para a organização suas habilidades, conhecimentos,
atitudes, comportamentos, percepções etc. Sejam diretores, gerentes, funcioná-
rios, operários ou técnicos, as pessoas desempenham papéis altamente diferen-
tes, os cargos dentro de uma hierarquia da autoridade e de responsabilidade
existente na organização. Ademais, as pessoas são extremamente diferentes
entre si, constituindo um recurso altamente diversificado em face das diferenças
individuais de personalidade, experiência, motivação etc. (CHIAVENATO, 1999,
p. 141).

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A Administração mercadológica tem como objetivo gerir e sustentar a po-
lítica da demanda do mercado em função da empresa, preocupando-se em de-
senvolver e analisar todas as suas áreas. Desenvolver planos relacionados aos
setores de planejamento de vendas, projetos de novos produtos, plano de distri-
buição dos produtos, previsão dos recursos humanos necessários, pesquisa de
mercado, análise das tendências do consumidor e plano de promoção e propa-
ganda.

2.1 Administração de materiais

A administração de materiais tem como responsabilidade o planejamento


e o fluxo de materiais e seus objetivos principais são maximizar a utilização dos
recursos da empresa e fornecer o nível requerido de serviço ao consumidor.
Definindo de maneira mais ampla a administração de materiais, sabe -se
que esta estabelece conceitos e aquisições sobre a compra de produtos desem-
penhando um papel de ajudar na parte de estocagem e na própria entrega do
produto.
A administração de materiais deve planejar as propriedades da empresa
para atender a demanda. A capacidade é a habilidade do sistema de produzir ou
entregar bens. Prioridade e capacidade devem ser planejadas e controladas par
a atender a demanda de consumidores e custo mínimo. (ARNALD, 1999, p.31).

9
Figura: 2

De acordo com análises essa definição acima, de administração de ma-


teriais, ainda pode ter incluído o planejamento da produção e dos tempos neces-
sários para vários processos, o controle de estoques, inspeção de recebimento,
entrada de produtos, estoques dos produtos acabados.
De uma forma geral, as empresas, sem dúvida possuem ideias para ma-
ximizar mais ainda o lucro sobre o capital investido em sua empresa, sendo es-
ses investimentos em fábricas, equipamentos, financiamentos de vendas e re-
serva de caixa ou em estoques.
Os enfoques encontrados na administração de materiais são dirigidos a
administração de recursos, sistemas de controle e de informações e processos.
A administração de recursos é uma parte baseada em técnicas que integram os
elementos de tecnologia e otimização na integração de pessoas e na utilização
de materiais e instalação ou equipamentos.
De acordo com Martins (2000), as principais técnicas ligadas à adminis-
tração de materiais são: JIT (Just in Time), que é um sistema que os fornecedo-
res devem mudar os suprimentos a medida que eles vão sendo necessários na

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produção; o fornecedor preferencial, que é a técnica de selecionar fornecedo-
res e garantir qualidade, eliminando testes de recebimento e garantindo feed-
back e correção de defeitos na fábrica do fornecedor; dentre outras várias técni-
cas existentes na administração de matérias.
O objetivo de materiais é maximizar o investimento em estoques, aumen-
tando o uso eficiente dos meios internos da empresa, diminuindo assim o capital
investido.
De acordo com Dias (1995) os estoques de produtos acabados, para
quaisquer que sejam as decisões tomadas, terão influência sobre todos os tipos
de estoques, é preciso repensar dentro da área de matérias, investir em produtos
com maior rotatividade e que não fiquem parados no armazém.
Pode-se dizer que administração de materiais é um conjunto de atividade
que permite o planejamento e a operação de sistemas que envolvem as diversas
etapas pelas quais passam tanto a matéria-prima como os produtos acabados,
desde o fornecedor, as fases intermediárias, até o consumidor final.

3. LOGÍSTICA

Dentre as várias definições dos autores, acredita-se que, logística é a ati-


vidade que tem como objetivo, satisfazer as necessidades do cliente, entregando
o produto no lugar certo, no tempo exigido, com a qualidade esperada, ao menor
custo possível.
Segundo a definição de Ballou (1993, p.24):

A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e


armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos, desde o ponto de aqui-
sição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos
fluxos de informação, que colocam os produtos em movimento, com o
propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes, a
um custo razoável.

Para Novaes (1989), a logística é a ciência que tem por objetivo procurar
resolver problemas de suprimentos de insumos ao setor produtivo (fontes de su-
primento, políticas de estocagem, meios de transportes utilizados, etc), proble-

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mas de distribuição de produtos acabados e semiacabados (armazenagem, pro-
cessamento de pedidos, transferência, distribuição, etc) e outros problemas lo-
gísticos gerais tais como os de localização de instalações de armazéns, proces-
samento de informações, etc. Tudo isso procurando englobar tanto restrições de
ordem espacial (deslocamento de produtos, dos pontos de produção aos centros
de consumo) quanto de ordem temporal (exigência de rígidos prazos de entrega,
de níveis de confiabilidade operacional, etc).
Portanto, a Logística estuda como prover melhor o nível de rentabilidade
nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores. Consiste na missão
principal da Logística de acordo com Ballou (1995) “colocar as mercadorias ou
os serviços no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menor
custo possível” (BALLOU 1995, p.23).

3.1 Áreas da logística

Com o passar do desenvolvimento da logística surgiram os setores fa-


zendo uma divisão por áreas. É uma forma de organização dos processos logís-
ticos. A logística serve áreas desde o fabrico, a produção estoque e armazena-
gem, a distribuição, planejamento e administração dos transportes, sistema de
processamento de pedidos, marketing e serviço ao cliente. Dentre outras áreas
de menor importância.
De todas as áreas da logística existem três atividades que são de suma
importância para atingir o nível de serviço ao consumidor, são elas o transporte,
manutenção dos estoques e processamento de pedidos.
O transporte é uma das atividades logísticas mais importantes por ser a
que tem a maior parcela dos custos logísticos. A manutenção dos estoques, pois
a empresa precisa manter seu centro de distribuição em um ponto estratégico
para que o produto esteja o mais próximo possível do consumidor final e em
contrapartida precisa manter o seu nível de estoque o mais baixo possível já que
uma maior quantidade sem giro gera custos adicionais para a empresa. E por
fim o processamento de pedidos onde os custos são irrisórios em relação aos
anteriores citados, mas é de suma importância por ser ela quem dá o início ao
ciclo dos pedidos que é o princípio das áreas da logística.

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4. CONTROLE E PLANEJAMENTO DE ESTOQUES

A palavra controle tem como finalidade garantir que os resultados do que


foi planejado estejam de acordo com as metas estabelecidas anteriormente.
Conforme o Dicionário Michaelis de língua portuguesa (2002), controle é o ato
de dirigir qualquer serviço, fiscalizando-o e orientando-o do modo mais conveni-
ente. Podemos dizer então, que para uma empresa, o modo mais conveniente
de gerir um serviço é orientá-lo para o sucesso financeiro da mesma.
De acordo com Michaelis (2002) o planejamento é definido como sendo
um plano de trabalho detalhado. Fica claro que, a partir dessas definições, o
controle e o planejamento de estoque quando executados concomitantemente
são o ponto de partida para que a administração de estoque seja concluída com
sucesso, pois une uma estrutura planejada e orientada desde o seu início até
sua conclusão.

4.1 Objetivos da administração de estoques

A administração de estoques é a responsável pelo planejamento e o con-


trole dos estoques, onde o estoque deve fazer parte do planejamento de produ-
ção pelo fato dele ser resultado da produção ou apoiar a mesma (Arnold, 1999).
De acordo com Arnold (1999), existem duas formas de administrar o es-
toque, através da Administração do Estoque Agregado que trata de administrar
estoques conforme sua classificação ou com a função desempenhada por eles
e a Administração de Estoques por Itens, que estabelece regras para cada tipo
de item, ou seja, leva em consideração a importância de cada item e como eles
devem ser controlados individualmente.
A classificação de estoques tem como objetivo manter um equilíbrio entre
os custos e os benefícios da manutenção de produtos estocados, fornecendo
uma melhor visão da importância do controle de estoques.
Os objetivos da administração de estoque que deseja maximizar o lucro
são:

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► Excelência no atendimento do cliente.
► Operação de fábrica de baixo custo.
► Investimento mínimo em estoque.

Arnold (1999) lista alguns fatores que influenciam as decisões da admi-


nistração de estoques:
a. Tipos de estoque com base no fluxo de material;
b. Padrões de suprimento e demanda;
c. Funções desempenhadas pelo estoque;
d. Objetivos da administração de estoques;
e. Custos do Estoque.

4.2 A importância do controle de estoques e suas principais


funções

Controlar o estoque é necessário para que o processo de vendas da em-


presa opere com o mínimo de preocupações possível, a manutenção dos esto-
ques serve para balancear os custos de manutenção, aquisição e de faltas de
materiais (Ballou, 1993), para que os objetivos da empresa sejam atendidos e
não haja falta de produto para o cliente, o que poderá provocar a perda do cli-
ente, visto que ele provavelmente procurará outro estabelecimento para efetuar
a compra. Slack et al. (2009) citam algumas desvantagens com relação à manu-
tenção de estoques: estoque congela dinheiro, imobilizando um a porcentagem
do capital de giro da empresa, acarreta custo com armazenamentos, os produtos
estocados podem se tornar obsoletos ou podem deteriorar-se, consome espaço
e envolve custos administrativos.
Em contrapartida, para Ballou (1993) o estoque é importante para melho-
rar o serviço prestado ao cliente, para manter uma economia de escala, proteção
contra os aumentos de preços dos produtos pelos fornecedores, proteção a ris-
cos decorrentes do mercado devido às incertezas quanto ao tempo de entrega
e incertezas de demanda. Um controle de estoque bem planejado minimiza a
necessidade de capital investido e aperfeiçoa o investimento por parte da em-
presa, pois acaba por aumentar o uso eficiente dos recursos financeiros.

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Segundo Dias (2005), a primeira coisa a se fazer em relação ao controle
de estoque é definir seus principais objetivos, que ele define como sendo inici-
almente a determinação do número de itens a serem estocado; qual a periodi-
cidade com que o estoque deve ser reabastecido; qual a quantidade de compra
necessária; quando solicitar material ao departamento de compras; os recebi-
mentos e armazenagens de acordo com as necessidades; controle do estoque
que indique quantidade e valor; manutenção periódica de inventário do estoque
e as retiradas de itens obsoletos e danificados do estoque.
Martins et al. (2009) justifica a existência de departamentos nas empresas
voltados para o controle de estoque de materiais por estes fazerem parte do ativo
imobilizado da empresa, ou seja, pode ser considerado como um bem direta-
mente necessário para manutenção das atividades da empresa.

4.3 Classificação e tipos de estoque

Conforme Martins et al. (2009) existem duas classificações para estoque:


por demanda dependente ou por demanda independente, onde a demanda in-
dependente ocorre devido aos pedidos de materiais acabados pelos clientes ex-
ternos e a demanda dependente se dá pela quantidade de produto acabado so-
licitada, ou seja, submetido à demanda independente.

4.4 Classificação conforme as funções que desempenham

Segundo Slack et al. (2009) há cinco tipos de estoques, de acordo com


as funções que desempenham.

► Estoque de segurança: como uma operação de varejo não consegue


prever a demanda, ela deve encomendar produtos dos fornecedores para sem-
pre manter certa quantidade de mercadoria disponível, o estoque de segurança
serve também para cobrir imprevistos relacionados com suprimento e demanda.
► Estoque de ciclo: mesmo quando a demanda é estabelecida e previsí-
vel, haverá sempre algum estoque para compensar o fornecimento irregular de
cada tipo de produto, o estoque é abastecido ciclicamente conforme a demanda.

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Itens comprados em grande quantidade podem obter algumas vantagens con-
forme o tamanho do lote pedido, como por exemplo, descontos sobre quanti-
dade, redução de despesas com transportes.

► Estoque de desacoplamento: cria oportunidade para programação e


velocidades de processos independentes entre estágios de processos.
► Estoque de antecipação: criados quando há antecipação da demanda
futura. É ideal para ser utilizado com demanda sazonal, podendo ser usado
quando as variações de fornecimento são significativas.
► Estoque de distribuição: existe pelo fato de o produto não poder ser
transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de de-
manda.

Figura: 3

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4.5 Classificação conforme o fluxo de materiais

Martins et al. (2009) e Arnold (1999) classificam em cinco os tipos de


estoques relacionados com o fluxo de materiais:
► Estoques de materiais / matérias- primas;
► Estoques de produtos em processo;
► Estoques de produtos acabados;
► Estoques em trânsito ou de distribuição;
►Estoques em consignação-Citado apenas por Martins et al. (2009), pois
Arnold (1999) utiliza, ao invés desse conceito, o de suprimentos de
manutenção, de reparo e de operação, referente aos itens utilizados na
produção que não fazem parte do produto final.
Dias (2005) chama essa classificação de tipos de estoque, e também
os denomina como sendo estoques de matéria - prima, produto em processo,
produtos acabados, mas diferencia um pouco da classificação dos outros
autores citados acima ao incluir tipos de estoque por peças em manutenção e
materiais auxiliares.
O conceito de fluxo de estoque que mais se adequada esse estudo
é o de produtos acabados, ou seja, prontos para chegarem ao consumidor final,
que Dias (2005) define como itens já produzidos, mas que ainda não foram
vendidos. E é essa definição que deve ser a aplicada aos medicamentos
contidos no estoque de uma farmácia.

4.6 Classificação conforme os tipos de demanda

Moreira (2008) classifica as demandas como sendo padrões básicos de


consumo de um item ao longo do tempo: “Existem dois padrões básicos de
consumo de um item ao longo do tempo. Esses padrões são chamados de
Demanda dependente e Demanda independente. É importante entender a
dinâmica desses padrões, já que conduzem a estratégias diferenciadas de
controle de estoque”.

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A demanda independente não está sobre o controle imediato da
empresa, só depende das condições do mercado, como exemplo, os produtos
acabados e os materiais de reposição.
Já a demanda dependente tem seu consumo programado dentro da
empresa, de acordo com a demanda de produtos com demanda independente.
Com isso, podemos concluir que uma empresa que se dedique à venda de
produtos acabados, como no caso de uma farmácia de varejo, onde os
medicamentos são considerados produtos de demanda independente, como já
mencionado anteriormente.
A abordagem para repor os estoques de itens de demanda independente
é a de reposição, ou seja, o item será reposto conforme ele é demandado, para
que sempre haja material disponível para o consumidor. Através dessas
demandas, devemos fazer uma previsão de demanda futura, para que fique
mais nítido o momento em que devemos repor o material e a quantidade a pedir.
Uma das maneiras de controlar o estoque desse material é usando um sistema
de controle adequado de reposição de mercadorias.

Ballou (1993) divide o estoque em tipos de acordo com a natureza da sua


demanda, que pode ser:

► Demanda permanente: para estoques que necessitam ressuprimento


contínuo ou periódico.
► Demanda sazonal: para estoques de produtos que necessitam além
de previsão da quantidade a ser vendida, da época em que ocorrerá o pico de
vendas (exemplo: antigripais, no qual demanda é maior no inverno).
► Demanda irregular: para estoques cujo produto tem comportamento
irregular, o que dificulta a projeção de vendas.
► Demanda em declínio: para estoques de produtos que estão deixando
de ser fabricados, sendo substituídos por outros produtos.
► Demanda derivada: para estoques de produtos que são adquiridos
conforme demanda de outros produtos acabados.
Para Dias (2005), a previsão da demanda estabelece que, quantos e
quando os produtos provavelmente serão comprados pelos clientes,

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considerando, assim, que essa previsão é o ponto de partida de todo
planejamento empresarial.

4.7 Custos de estoque

“Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para aquisição,


conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos em sua
aquisição, de modo que os coloque em condições de serem vendidos”. (CRC -
SP/IBRACON, 2000).
Para Ballou (1993), os custos do estoque podem ser divididos em três
categorias:
►Custo de manutenção, custos de aquisição ou compras e custos de
falta de estoque. A soma dos três tipos de custos é considerada custo total
da estocagem.
Dentro dos custos de manutenção ele faz referência ao custo de
oportunidade, onde considera que o estoque imobiliza capital que poderia
estar sendo aplicado de forma diferente. Para Ballou (1993) o principal objetivo
do controle de estoques é o de fazer um balanço entre os custos das três
categorias, pois elas agem de maneira conflitante, por exemplo: quanto maior a
quantidade de itens estocados, maior será o custo com manutenção.

Arnold (1999) e Moreira (2008) citam os seguintes custos com estoque:


► Custo por item: é o preço pago pelo item associado com os custos
diretamente relacionados com a entrega do mesmo.
► Custo de manutenção ou de estocagem: é relacionado com todas as
despesas que a empresa tem decorrente do volume dos itens estocados (custos
de capital, custos de armazenamento e custos de risco);
► Custo de pedido ou de compra: são os associados com a emissão de
um pedido, esse custo é independente da quantidade pedida.
► Custo de esvaziamento de estoque ou falta de estoque: são os custos
gerados pela falta de estoque, como, por exemplo, custos de pedidos não
atendidos, de vendas perdidas e, possivelmente, de clientes perdidos.

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Arnold (1999) ainda cita o custo relacionado à capacidade, que é quando
se faz necessário alterar os níveis de produção para atender a demanda em
períodos de pico, o que pode ocasionar aumento nos custos devido, por
exemplo, horas extras, contratações, treinamentos, etc.
Quando acontece de os níveis de estoque subirem, a rentabilidade da
empresa poderá ser prejudicada pelo acúmulo de material estocado, mas, por
outro lado, é necessário manter certo nível de estoque para contornar os
problemas com possível atraso da entrega pelos fornecedores, deterioração de
materiais e considerar, também, a possibilidade de alguns produtos estarem
indisponíveis para pronta entrega. Produtos disponíveis a pronta entrega podem
ser vistos como um poderoso argumento de venda (Braga, 1989) e satisfação
do cliente.
Caso ocorram com frequência atrasos na produção e na entrega dos
produtos, deverá ser mantido um nível mais elevado de estoque, pois as
consequências da falta dos produtos podem acarretar na perda do lucro bruto
das vendas devido a cancelamento de pedidos dos clientes, assim como a perda
do próprio cliente, que muitas vezes fica com uma imagem distorcida da
empresa, dirigindo-se a empresa concorrente.

5. MÉTODOS PARA CONTROLAR ESTOQUE

Conforme vimos anteriormente, os estoques provocam custos financeiros


e despesas operacionais. Esforços despendidos com vendas e cobranças
evidenciam o tempo e os riscos inerentes ao processo de transformar os itens
estocados em numerário.
Geralmente existe um conflito entre disponibilidade de estoque e a
vinculação de capital, pois, para o departamento de vendas da empresa, o
pedido do cliente deve ser entregue o mais rápido possível, enquanto o
departamento financeiro prioriza a importância do capital investido, onde uma
maior estocagem necessita de um maior investimento em armazenagem.
A minimização do estoque é considerada uma das metas prioritárias para
a gerência financeira, buscando o equilíbrio entre os aspectos operacionais e
financeiros.

20
Para uma interação maior entre os departamentos, há a necessidade de
que as atividades que envolvam estoque sejam interligadas e controladas, e,
para isso, faz-se necessário um sistema de informática, ou, ainda, um sistema
de informação que informe no mínimo, quantidade e valores dos itens estocados
através de relatórios históricos e atuais e, assim, descobrir formas para controlar
os estoques sem afetar o crescimento de custos.
Pela teoria que já foi vista, a manutenção de estoque tem custos e riscos
proporcionais ao volume e aos valores dos itens estocados, como os custos de
capital, custos de instalações, custos de serviços, custos de falta de estoque,
custos de obsolescência, riscos de esto cagem, etc. O ideal seria calcular o giro
para cada linha de produtos e atuar sobre os itens que acusam baixa rotação,
pois alguns itens possuem rotações muito diferentes dos outros. Se os itens que
têm baixa rotação não apresentarem grande expressão no valor total do estoque,
o giro total de todo estoque apresentará uma medida adequada para fins de
gestão financeira (Braga, 1989).

5.1 Níveis de estoque

Os níveis de estocagem podem ter suas movimentações (giro de


estoque) representadas graficamente, onde é mostrada a relação do tempo
decorrido para o consumo e a quantidade do item estocado no mesmo intervalo
de tempo.
Representando a movimentação do estoque através de um gráfico,
podemos ver claramente o fluxo de entrada (reposição) e saída (consumo ) dos
itens estocados em relação a um intervalo de tempo.

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Figura: 4
Blocos de demanda, suprimento e caixa

Uma das maneiras de garantirmos o pronto-atendimento ao cliente é


mantermos sempre certa quantidade de itens estocados além da previsão da
demanda, ou seja, uma quantidade mínima de estoque, com o objetivo de
superar algum possível imprevisto como falhas no suprimento ou quando a
demanda é maior que o previsto.
O estoque mínimo pode ser determinado através de projeção estimada
de consumo ou através de cálculos estatísticos (Dias, 2005).
Ainda temos dentro do conceito de níveis de estoque, o chamado Giro
de estoque, ou Rotatividade, que é a relação entre a quantidade média
consumida em um determinado tempo e a média do estoque desse produto.
Conforme (Martins et al., 2009), o giro de estoques mede quantas vezes
em um determinado tempo o estoque se renovou.

6. GESTÃO DE ESTOQUES – PARÂMETROS

Conjunto de atividades do Sistema de Suprimentos que requer meios,


métodos e técnicas adequadas, definição de parâmetros de estoque, bem com
o instalações apropriadas e que tem como propósito o recebimento, a
estocagem, o controle, o manuseio e a distribuição do material, a partir do
planejamento das aquisições e das necessidades dos usuários.

22
Dentro da gestão de estoques, o consumo médio é a mola mestra inicial
do estudo do dimensionamento e controle de estoques. É a quantidade referente
a média aritmética da retiradas mensais de estoque de um determinado período.

6.1 Giro de estoque

Indicador contábil que permite verificar a eficiência de um setor de


compras e suprimentos. É a relação entre os itens consumidos (por quantidade
ou custo) em um determinado período e o estoque médio mantido naquele
período. Também chamado de rotatividade do estoque, alcance ou turnover.
O ideal é que este índice seja 1 (um), o que nos permitiria verificar um
equilíbrio entre o capital investido é o valor consumido de um determinado item
de estoque, não havendo sobra ou faltas em seu estoque.
Cálculo:

Onde:
IRE = Índice de Rotatividade do Estoque
MC = Material Consumido no período (em unidades de material)
EM = Estoque Médio no período considerado (em unidades de material)
Exemplo: Calcular o IRE de um material em um Hospital que consome
2.000 seringas de 10ml por mês e tem um estoque médio de 4.000
seringas.

23
6.2 Estoque máximo

Quantitativo máximo de material desejável de se manter em estoque,


considerando-se as condições para sua estocagem e a justificativa financeira
para o investimento.

6.3 Estoque mínimo

Quantitativo mínimo de material necessário para se ter em estoque à


época da efetivação do ressuprimento. É calculado com base no consumo
histórico ou estimado, levando-se em consideração a folga para o ressuprimento
e eventual atraso de fornecedores.

Onde:
Emin = Estoque mínimo
CMM = Consumo Médio Mensal (unidades consumidas no período de um
mês)
TR = Tempo de Reposição (ou ressuprimento, medido em mês)
Exemplo: Calcular o Estoque mínimo de um material em um Hospital que
consome 2.000 seringas por mês e o tempo de reposição são de 03 (três) meses.
Emin = 2000 x 3 = 6000

6.4 Estoque de segurança

Também chamado de estoque mínimo de segurança, é o quantitativo


indispensável para evitar a ruptura do estoque e a consequente interrupção
da atividade dependente daquele material. É a previsão da reserva necessária
mais a quantidade de materiais que cobre possíveis variações do sistema de
suprimentos, tais como rejeição do produto no recebimento, atrasos do

24
fornecedor, aumento da demanda interna, entre outros, possibilitando que
medidas corretivas sejam tomadas.

6.5 Ponto de ressuprimento

É o momento em que deve ser providenciada a aquisição de determinado


material, a fim de que haja concomitância entre seu recebimento e a ocorrência
de estoque mínimo. Seu cálculo leva em conta o tempo necessário para o
processamento da aquisição, que deverá incluir folga e atentar para as
particularidades do material (tempo de fabricação, prazo de entrega, tempo
devido ao tipo de modalidade de aquisição, etc.).

Onde:

PR = Ponto de Ressuprimento
Exemplo: Calcular o ponto de ressuprimento de um material em um
Hospital que consome 2.000 seringas por mês e o tempo de reposição são 03
(três) meses.
PR = 2000 x 3 + 6000 = 12000

7. SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP)

É um procedimento especial de licitação, que se efetiva por meio de uma


concorrência ou pregão, para futura contratação atra vés da Ata de Registro de
Preços. Destina-se à aquisição de bens de uso geral e de contratação de
serviços continuados.
O Sistema de Registro de Preços reduz o volume dos estoques, o número
de licitações e o tempo de aquisição. O “nosso estoque” passa a ser virtual, pois
fica no Almoxarifado do Fornecedor.

25
7.1 Recebimento

É a execução de um conjunto de operações que envolve a identificação


do material recebido, o confronto do documento fiscal com o especificado na
Proposta-Detalhe, a inspeção qualitativa e quantitativa e a a ceitação formal do
material, desde que o mesmo esteja de acordo com as normas estabelecidas no
Código de Defesa do Consumidor.

7.2 Manuseio

É a execução de um conjunto de métodos e técnicas recomendadas


visando à movimentação e o manejo correto e seguro de materiais, desde o
recebimento até às áreas de estocagem e quando de sua separação para
distribuição às outras Unidades Armazenadoras de Materiais ou Unidades
Consumidoras e que envolvem trabalhadores, equipamentos e utensílios,
manuais e motorizados, buscando agilidade, redução de custos e tempos,
segurança patrimonial e física dos trabalhadores, com a eliminação de acidentes
e perdas.

7.3 Estocagem

É a execução de um conjunto de métodos e técnicas de guarda,


preservação e disposição racional do material nos setores e unidades de
estocagem.

7.4 Distribuição

É a execução de um conjunto de operações relacionado com a expedição


do material, que envolve o seu recebimento no setor de estocagem, a
embalagem e a entrega ao requisitante.

26
7.5 Unidade Armazenadora de materiais

É o local onde ocorre a guarda de material para consumo em geral, em


função da natureza dos mesmos e do volume do estoque existente,
independente da formalização institucional do setor de guarda de material
na respectiva estrutura do órgão.

7.6 Unidade Consumidora de Materiais

São Unidades Administrativas vinculadas as Unidades Armazenadoras


de Matérias dentro de um determinado Órgão, que solicitará os materiais
para serem consumidos.

8. UNIDADES ARMAZENADORAS DE MATERIAIS –


UAM

São as áreas de controle e responsabilidade de um ou mais órgãos, de


stinadas aos serviços inerentes à estocagem de material. São constituídas de
áreas de armazenagem e de serviço, que deverão ser de fácil acesso, se
possível em andares térreos e próximas à entrada principal.
As Unidades Armazenadoras de Materiais - UAM podem atender a um ou
mais órgãos e mesmo duas ou mais UAMs podem funcionar num mesmo
espaço físico condominiado, visando redução de custos, equipamentos,
vigilância, redes informatizadas, e outros serviços.
As Unidades Armazenadoras de Materiais podem ser hierarquizados
usando diversos critérios, entre eles a de localização das áreas a serem
abastecidas, por volume de estoque, hierarquia administrativa, etc.

As UAMs podem ser hierarquizadas da seguinte maneira:


► Almoxarifados Centrais;
► Farmácia Central;
► Almoxarifados Regionais;

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► Almoxarifados Locais;
► Farmácia Local;
► Centros de Distribuição.

As Unidades Consumidoras deverão estar vinculadas às Unidades


Armazenadoras de Materiais de sua área e servirão como Centro de Custos
para apuração, controle e análise dos bens fornecidos, bem como ao
planejamento de novas aquisições.

8.1 Projeto e Planejamento

O projeto e a construção da UAM implicarão no levantamento preliminar


das necessidades dos órgãos interessados, obedecidos os fatores de
planejamento, aplicáveis de acordo com o tipo de instalação de unidade
armazenadora desejada:
► Quantidade e dimensões dos materiais;
► Capacidade e dimensões dos equipamentos para movimentação
de carga;
► Peso, dimensões e quantidades das unidades de estocagem;
► (Ex.: estantes, armações, engradados, etc.);
► Localização e dimensões das áreas de serviço e de armazenagem,
prevendo acessos de veículos, e a circulação de equipamentos nas rampas,
plataformas e corredores externos e internos;
► Localização e dimensões de locais destinados a estufas, câmaras
frigoríficas, materiais cirúrgicos/hospitalares e farmacêuticos, materiais
inflamáveis, ferramentas e outros recintos fechados;
► Quantitativo de pessoal lotado na unidade armazenadora;
► Esquematização do sistema de comunicação e de prevenção contra
incêndio, de acordo com a orientação dos órgãos competentes;
► Projeção de pé direito (altura do chão ao teto) de acordo com as
unidades de estocagem e com os equipamentos de movimentação de cargas
existentes ou previstos;
► Piso de concreto, tipo industrial, antiderrapante;

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► Sistema de ventilação adequada à preservação dos materiais
estocados;
► Iluminação com níveis de luminosidade adequados à atividade do local.

9. MÓDULOS OU UNIDADES DE ESTOCAGEM

Denominação genérica de estruturas metálicas, plásticas ou de madeira


destinadas à estocagem, arrumação, localização e segurança do material em
estoque, compreendendo os seguintes tipos básicos: estante, armação, estrado,
porta-estrados, engradado, porta-engradados e caixa.
Servem para:

► Conseguir melhor aproveitamento do espaço útil de armazenamento,


tanto no sentido horizontal (espaçamento entre colunas e espaço disponível)
quanto e principalmente no vertical (altura livre);
► Propiciar condições satisfatórias para melhor preservação e manuten-
ção dos materiais;
► Facilitar as operações de inventário, movimentação e circulação de
material;
► Tornar a localização de material mais fácil e rápida;
► Fornecer maior concentração possível de material, sem prejuízo da ar-
rumação e da eficiência de funcionamento do almoxarifado.

29
9.1 Normas de estocagem

Figura: 5

Visam o máximo aproveitamento dos espaços úteis nas unidades de es-


tocagem e espaços livres, bem como a distribuição e arrumação racional, a pre-
servação e a segurança do material. Dividem-se:

9.1.1 Normas Gerais

São as aplicáveis de forma genérica a todo tipo de material:


►Concentração do material de mesma classificação em locais adjacen-
tes, a fim de facilitar as atividades de movimentação, inspeção, inventário, etc.;
► Arrumação dos estoques de material idêntico, de acordo com a data
de recebimento de cada um, de modo a permitir que os itens estocados há mais
tempo sejam fornecidos prioritariamente (PRIMEIRO A ENTRAR, PRIMEIRO A
SAIR) combinando este critério com o da validade do lote, assim o material com
prazo de validade mais curto deve sair primeiro, visando minimizar produtos ven-
cidos no estoque;
► Estocagem de material isolada do piso e afastada das paredes, para
facilitar a limpeza e a higiene e, consequentemente, favorecer sua conservação;
► Estocagem de material de movimentação constante em locais de fácil
e rápido acesso, proporcionando economia de tempo e de mão-de-obra;

30
► Estocagem de materiais volumosos nas partes inferiores das unidades
de estocagem e dos pesados sobre estrados, porta-estrados, engradados e
porta-engradados, eliminando-se riscos de acidentes ou avarias e facilitando as
atividades de movimentação;
► Uniformização do empilhamento do material, observando-se que as pi-
lhas devem ser formadas sempre do fundo para frente e da esquerda para a
direita do setor de estocagem, respeitando o limite máximo permitido;
► Conservação do material nas embalagens originais, que somente de-
verão ser abertas ou removidas em ocasiões de fornecimento, inspeção e pre-
servação em caso de vazamento;
► Determinação das quantidades mínimas de material do estoque ativo,
limitando-se às necessidades de movimentação dos estoques de reserva;
► Observância rigorosa da capacidade de carga dos pisos e das unida-
des de estocagem;
► Posicionamento correto do material, de modo a permitir fácil e rápida
leitura das informações registradas em Etiqueta de Identificação de Material;
► Estocagem do material, exclusivamente, nos espaços úteis das unida-
des de estocagem e áreas livres, mantendo livres a circulação, os corredores de
Estocagem do material, exclusivamente, nos espaços úteis das unidades de es-
tocagem e áreas livres, mantendo livres a circulação, os corredores de segu-
rança, bem como os corredores de acesso às portas, unidades de estocagem e
extintores de incêndio;
► Estocagem adequada do material solto em escaninhos, por meio de
empacotamento ou amarração uniforme, com marcação externa dos dados de
identificação.

9.1.2 Normas Especiais

São as aplicáveis ao material que, por suas características, requer condi-


ções especiais de estocagem:
► A estocagem de entorpecentes, psicotrópicos e demais medicamentos
sob severo controle deverão ser em locais separados, trancados e com acesso
restrito;

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► A estocagem de material explosivo e inflamável deve ser sempre em
áreas e instalações próprias, observando-se as normas técnicas específicas;
► Os setores de estocagem de explosivos devem ser secos, ventilados
e completamente isolados das demais áreas ou instalações destinadas à esto-
cagem de outros materiais;
► Os locais de estocagem de inflamáveis, quando situados em áreas co-
bertas e fechadas, deverão ser bem arejados, com paredes laterais e frontais,
pisos, portas e tetos constituídos de material não combustível; quando situados
em áreas descobertas, deverão ser delimitados e isolados completamente de
outros setores de estocagem;
► Os recipientes de líquidos inflamáveis deverão ser estocados sobre
estrados.

9.2 Normas de localização do material

Tem por finalidade indicar de forma detalhada a correta posição do mate-


rial no setor de estocagem, através de informações referentes à identificação e
localização, bem como da disponibilidade de espaços nas zonas de estoque,
unidades de estocagem e/ou áreas livres, compreendendo:

9.2.1 Plano Esquemático

Representado por coleção de desenhos, um para cada instalação de uni-


dade armazenadora de material, indicando detalhadamente a posição e a situa-
ção dos espaços das zonas de estoque, das unidades de estocagem e/ou das
áreas livres.

9.2.2 Códigos de localização

São representados por letras e/ou números utilizados para identificar cada
instalação de unidade armazenadora até a menor subdivisão de uma unidade
de estocagem ou compartimento de área livre.

32
Figura: 6

9.3 Zona de estoque

Espaço formado pelo funcionamento do setor de estocagem em que as


unidades de estocagem se distribuem de forma retangular. Sua identificação se
fará por letras cuja sequência será aplicada simultaneamente no sentido
frente/fundo e esquerda/direita e, no caso de piso superior, seguir-se-á a aplica-
ção do piso inferior.

33
9.3.1 Estantes

Serão identificadas por números, que serão colocados no topo do primeiro


montante e com projeção para a circulação principal, cuja sequência será apli-
cada no sentido frente/fundo do setor de estocagem, ficando os números ímpa-
res à esquerda e os pares à direita.
As prateleiras serão identificadas por letras, cuja sequência será aplicada
do solo para cima e os códigos serão colocados ao centro dos espaços formados
por duas divisões consecutivas.

9.3.2 Estantes com escaninhos

Os escaninhos serão identificados por números, e a sequência será apli-


cada da esquerda para a direita. Os códigos serão colocados no topo da estante,
ao centro dos espaços formados por duas divisões consecutivas.

9.3.3 Estantes com subescaninhos

Os subescaninhos e gavetas serão identificados por letras, cuja sequên-


cia será aplicada de acordo com o posicionamento efetuado: vertical (circulação
principal/ parede lateral) ou horizontal (baixo/cima), sendo os códigos afixados
ao centro.

10. LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DOS


EXTINTORES

Sua localização dever ser visível e de fácil acesso, sendo fixados de ma-
neira que nenhuma de suas partes fique acima de 1,80m (um metro e oitenta
centímetros) do piso. Será também pintada em vermelho a área localizada a 1
m2 (um metro quadrado) do piso embaixo do extintor e, em hipótese alguma,
poderá ser ocupada. Somente serão aceitos os extintores que possuam a Marca

34
Nacional de Conformidade do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Nor-
malização e Qualidade Industrial).

11. CORES DE SEGURANÇA

São as empregadas para a identificação de equipamentos e delimitação


de áreas de advertência contra perigos. As mais utilizadas são:

Vermelha - adotada para indicar fogo, perigo, pare e assinalar indicações


de equipamento e a parelho de proteção e combate ao incêndio, excepcional-
mente em luzes e botões interruptores;
Amarela - adotada para indicar cuidado, usada também em combinação
com listras e quadrados pretos, quando houver necessidade de melhor visibili-
dade de sinalização, e de marcar indicações em escada, corrimão, entrada de
elevador, borda de plataforma, viga, poste, colunas, para-choque, equipamentos
de transporte e manuseio;
Verde - adotada para indicar segurança e assinalar caixas de equipamen-
tos de urgência, caixas de máscaras contra gases, chuveiros de segurança, ma-
cas, padiolas e quadros de avisos;
Azul - adotada para indicar cuidado, ficando o seu emprego limitado a
avisos contra uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer
fora de uso, tais como: estufas, fornos, caldeiras, tanques e válvulas, elevadores,
escadas, andaimes, etc.;
Branca - é a cor adotada para indicar limites de passadiços, corredores,
áreas de equipamento e armazenagem, localização dos bebedouros e coletores
de lixo;
Preta - é a cor adotada para indicar resíduos e que poderá ser usada em
substituição à branca ou combinada a esta, sendo empregada para identificar
coletores de resíduos.

35
12. MANUSEIO DE MATERIAIS

A metodologia de manuseio dos materiais de uma UAM, conforme as ori-


entações:

12.1 Cuidados Básicos e Fundamentais:

► Especificar corretamente os tipos de equipamentos para cada tipo de


carga a ser movimentada;
► Observar os limites de carga de cada equipamento e das unidades de
estocagem, com a regra básica de materiais mais pesados nas partes baixas;
► Utilizar equipamentos e ferramentais adequados para movimentação,
e;
► Cuidados no levantamento de pesos, observar posicionamento correto.

36
Figura: 7

12.2 Principais Equipamentos recomendados

► Carrinhos;
► Guinchos;

Talhas manuais e elétricas

► Manual Elétrica com botoeira Elétrica com deslocamento de comando


motorizado e botoeira de comando.

Talhas de arraste

► Transportador de paletes - equipamentos com garfos utilizados para


movimentação no próprio piso do armazém;
► Com acionamento hidráulico;

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► Transportadores de esteira e de roletes;

Empilhadeiras manuais

► Empilhadeiras motorizadas (elétricas, a gás);


► Carrinho para transporte de tambor;
► Carrinho comum;
► Equipamentos de Proteção Individual: luvas, capacetes, botas de se-
gurança, etc.;
► Transportador de bobina;

12.3 Distribuição de materiais

É a parte do sistema logístico que se encarrega da movimentação física


dos itens de materiais, no sentido fornecedor ou vendedor para o cliente ou con-
sumidor final.
Cabe ao Responsável pela Unidade Armazenadora a criação de um ou
mais roteiros de entrega de materiais, buscando a racionalidade e economia de
recursos públicos.
A Unidade Logística é um item de qualquer natureza estabelecido para
transporte e/ou armazenagem, se aplica às caixas, fardos, paletes, etc. que con-
tém os materiais a serem distribuídos para atender às requisições de materiais
e às transferências entre Unidades Armazenadoras de Materiais.
Aplica-se o conceito de unidade logística para os materiais que estão
sendo entregues que deverão ser relacionados com os conteúdos dos vários
volumes ou caixas 1/3, 2/3 e 3/3, por exemplo.
A unidade logística poderá conter materiais de um ou mais documentos
de movimentação de materiais ou documentos equivalentes.

12.4 Cuidados Básicos na Distribuição de Materiais

► Separar os pedidos agrupando-os em materiais da mesma família;


► Embalar produtos sujeitos a danos no transporte;

38
► Observar os limites de carga de cada equipamento e das caixas;
► Agrupar os volumes de acordo com a capacidade de quem vai receber;
► Atentar para a criação de unidades logísticas com relação do seu con-
teúdo para facilitar a conferência na entrega;
► Utilizar lacre plástico de segurança para garantir a inviolabilidade dos
volumes distribuídos.

12.5 Equipamentos e utensílios recomendados

► Caixas abertas;
► Caixas fechadas com lacre de segurança;
► Paletes retornáveis;
► Engradados;
► Equipamentos de Proteção Individual: luvas, capacetes, botas de se-
gurança, etc.

13. PRINCÍPIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE


MATERIAIS

Do planejamento – É necessário determinar o melhor método, do ponto


de vista econômico, para a movimentação de materiais, considerando-se as con-
dições particulares de cada operação;
Do sistema integrado – Devemos planejar um sistema que integre o
maior número de atividades de movimentação, coordenando todo o conjunto de
operação;
Do fluxo de materiais – É fundamental planejar o fluxo contínuo e pro-
gressivo dos materiais;
Da simplificação – Devemos procurar sempre reduzir, combinar ou eli-
minar movimentação e/ou equipamentos desnecessários;
Da gravidade – A força motora mais econômica é a gravidade. Ao arma-
zenar, lembre-se de usá-la para evitar empilhadeiras, esteiras etc.;

39
Da utilização dos espaços (Princípio da Verticalização) – O aproveita-
mento dos espaços verticais contribui para o descongestionamento das áreas
de movimentação e para a redução dos custos da armazenagem;
Do tamanho da carga (Unitização) – A economia em movimentação de
materiais é diretamente proporcional ao tamanho da carga movimentada;
Da segurança – A produtividade aumenta conforme as condições de tra-
balho tornando-se mais seguras;
Da mecanização – automação – Usar equipamento de movimentação
mecanizado a ou automático sempre que possível e viável; • Da seleção de equi-
pamento – Na seleção do equipamento de movimentação, considerar todos os
aspectos do material a ser movimentado, o movimento a ser realizado e o(s)
método(s) a ser(em) utilizado(s);
Da padronização – Padronizar métodos, bem como tipos e tamanhos dos
equipamentos de movimentação e das cargas utilizadas;
Da flexibilidade – Procurar sempre equipamentos versáteis, pois o seu
valor é diretamente proporcional à sua flexibilidade;
Do peso morto – Quando menor for o peso próprio do equipamento mó-
vel em relação à sua capacidade de carga, mais econômica serão as condições
operacionais;
Do tempo ocioso – Reduzir tempo ocioso ou improdutivo, tanto do equi-
pamento quanto da mão-de-obra empregada na movimentação de materiais;
Da movimentação – O equipamento projetado para movimentar materi-
ais deve ser mantido em movimento;
Da manutenção – Planejar a manutenção preventiva e corretiva de to-
dos os equipamentos de movimentação;
De obsolescência – Substituir os métodos e equipamentos de movimen-
tação obsoletos sempre que métodos e equipamentos mais eficientes vierem a
melhorar as operações;
Do controle – Empregar o equipamento de movimentação de materiais
para melhorar o controle de produção, controle de estoques e preparação de
pedidos;
Princípio da capacidade – Usar equipamentos de movimentação para
auxiliar a atingir a plena capacidade de produção;

40
De desempenho – Determinar a eficiência da movimentação de materiais
em termos de custo por unidade movimentada.

14. RECEBIMENTO, REGISTRO E CONTROLE DE


MATERIAL

14.1 Recebimento

Quando do recebimento do material, é necessária a execução de um con-


junto de procedimentos que visa a perfeita recepção e conferência do material
adquirido, através do confronto físico com o documental.

14.2 Registro e Controle

Constituem na execução de um conjunto de operações com o objetivo de


manter o controle da existência e movimentação do material, com observância à
legislação vigente.

14.3 Documentação

A documentação necessária para recebimento, controle, estocagem e dis-


tribuição do material na unidade armazenadora, obedecerá à Resolução CGM
nº 840 de 27/06/2008, publicada no DOM de 30/06/2008, a saber:
► Fatura discriminativa, nota de empenho ou nota de débito, que deverão
estar juntos com a Proposta-Detalhe;
► Nota fiscal em 2 vias, sendo a 1ª via para o fornecedor e a 2ª via para
a unidade armazenadora;
► Documento de alteração de nota fiscal;
► Nota de requisição de material em duas vias, sendo a 1ª para a unidade
armazenadora e a 2ª para o requisitante;
► Documento de movimentação de material em 2 vias;

41
► Escrituração através de registro informatizado ou de fichas de controle
de estoque e conter a codificação constante do Catálogo de Material da SMA.

15. PREVISÃO DE DEMANDA

15.1 Demanda Perpétua

A natureza da demanda ao longo do tempo exerce um papel significativo


em determinar como tratamos o controle dos níveis de estoque. Talvez a carac-
terísticas mais comum da demanda seja a de que continue no futuro indefinido.
O padrão de demanda é chamado, então de “perpetuo”. Embora a demanda para
a maioria dos produtos aumente e diminua através dos seus ciclos de vida, mui-
tos produtos têm uma vida de fornecimento suficientemente longa para que seja
considerada infinita para fins de planejamento. Mesmo que as marcas sejam re-
novadas a uma taxa de 20% ao ano, um ciclo de vida de três a cinco anos para
uma marca pode ser suficientemente longo para justificar um tratamento de pa-
drão de demanda perpétuo.

15.2 Demanda por Pico

Por outro lado, alguns produtos são altamente sazonais ou têm padrão de
demanda de um período ou “pico”. Os estoques que são mantidos para satisfa-
zer esse tipo de padrão de demanda geralmente não podem ser comprados sem
um grande desconto no preço. Um único pedido para estoques deve ser colo-
cado com quase nenhuma oportunidade de repedido ou retorno de mercadorias
se a demanda for projetada de forma inexata.

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15.3 Demanda Irregular

A demanda pode indicar um padrão “irregular” ou “errático”. Ela pode ser


perpétua, mas há períodos de pouca ou nenhuma demanda seguida de alta pro-
cura. O sincronismo desse tipo de demanda não é tão previsível quanto para a
demanda sazonal, que ocorre geralmente no mesmo período todos os anos.

15.4 Demanda Derivada

Finalmente, o padrão de demanda para um determinado item pode ser


derivado de demanda para algum outro item. Por exemplo, a demanda para ma-
teriais de embalagem é derivada da demanda pelo produto a ser embalado.

15.5 A Demanda e o Estoque

Os itens de estoque são, normalmente, uma combinação de demanda ir-


regular e perpétua. Um teste razoável para separá-las deve reconhecer que os
itens irregulares têm uma variação elevada em torno do seu nível médio de de-
manda.

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16. REFERÊNCIAS:

ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 1999.


BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.
CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. 6. ed. vol. 2. Rio de Ja-
neiro: Campus,1999.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 1995.
DIAS, Marco Aurélio P. administração de materiais: Princípios, conceitos
e gestão. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2005.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira – Essen-
cial. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
KWASNICKA, E. L. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1987.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, São Paulo. Atlas: 2000.
MARTINS, Petrônio Garcia et al. Logística e operações globais. São
Paulo: Saraiva, 2009.
MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo R. Campos. Administração de
materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2003.
MAXIMIANO, Antônio César. Introdução à Administração. São Paulo:
Atlas, 2000.
MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2
ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
NOVAES, A.G. Sistemas Logísticos: transporte, armazenagem e distribui-
ção física de produtos. Editora Edgard Blücher – SP,1989.
SLACK, Nigel et al. Administração da produção. 3 ed. São Paulo: atlas,
2009.

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