Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EDIÇÃO Nº 1 – 2017
Prezado(a) aluno(a),
1. INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Estoque de proteção;
Estoque de ciclo;
Estoque de antecipação;
Estoque de distribuição.
2. ESTOQUE DE PROTEÇÃO
3. ESTOQUE DE CICLOS
4. ESTOQUE DE ANTECIPAÇÃO
É quando as flutuações de demanda são significativas, relativamente
previsíveis e as variações de fornecimento são significantes. Em nosso exemplo, a
fábrica deve entregar uma grande quantidade de produtos em outubro para diversas
lojas, que deverão comercializá-los em novembro para o consumidor final. Para que
isto seja possível, a fábrica deve começar a sua produção em junho. Assim sendo, é
criado um estoque de antecipação para que o produto seja vendido na ocasião da
necessidade. Uma fábrica de panetones vai bem ao encontro do que se deseja
mostrar.
5. ESTOQUE DE DISTRIBUIÇÃO
Custo de pedido
Custo de armazenagem
Faltou, o quanto se perde com isso? Custos gerados pela falta de itens no
instante da demanda. São custos cessantes (prejuízos causados pela interrupção de
qualquer das atividades de uma empresa), de adiamento (referentes ao atraso), de
urgência e outros mais.
Políticas de estoque
Almoxarifado de matéria-prima
Almoxarifado de manutenção
Almoxarifado intermediário
𝑳
𝑹𝑪 =
𝑪
Onde:
RC é o retorno de capital;
L é o lucro;
C é o capital.
A prática da boa gestão indica o RC > 1 para que a gestão do estoque seja
considerada boa. Quanto maior, melhor. Em outras palavras, o lucro proveniente das
vendas deve ser, no mínimo, igual ao capital investido nos estoques.
Suponhamos que numa determinada empresa deva-se investir R$
240.000,00 em estoques. O que se deve esperar é que se tenha um lucro com as
vendas igual ou superior a este valor para que a administração desse estoque
seja considera boa. R$ 300.000,00 (caso 1) seria um valor aceitável, R$
280.000,00 (caso 2) seria um resultado muito melhor e R$ 200.000,00 (caso 3) seria
um resultado ruim.
Caso 1:
RC = 300.000 / 240.000 = 1,25 – portanto, pouco maior que um. Aceitável.
Caso 2:
RC = 280.000 / 240.000 = 2,00 – resultado muito melhor que o anterior.
Caso 3:
RC = 200.000 / 240.000 = 0,83 – resultado inaceitável.
𝑪𝑽
𝑹=
𝑬
Onde:
R = rotatividade, CV = custo de venda e E = valor do estoque.
CV = R$ 760.000,00 e E = R$ 240.000,00.
Brasil = 14 giros/ano
EUA/ Ásia/ MCU = 80/ano
Japão = 200/ano
Por vez, fica complicado evidenciar o impacto que o estoque tem sobre uma
empresa. Aqui, tem-se um exemplo bem concreto do que acontece.
Vejamos como se comportaria uma empresa aqui no Brasil, no Japão e em
algum lugar da Europa que tenha um CV (custo de vendas) de US$ 50.000.00,00
Vejamos qual seria o capital a ser investido e parado no estoque em cada
um dos casos acima.
Sabemos que R = CV / E, portanto, E = CV / R.
Caso Brasil:
E = 50.000.000 / 14 = 3.571.428,57
Caso Europa:
E = 50.000.000 / 80 = 625.000
Caso Japão:
E = 50.000.000 / 200 = 250.000
GESTÃO DE ESTOQUES
Estoques: o giro do sucesso
Observe o gráfico:
1
Disponível em:
<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/Dicas/GESTAO_ESTOQUE.pdf>. Acesso em:
13/10/2016.
TR
Emax
400
350
300
250
LC
200
150
PP
100
Emin
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 tempo dias
Onde:
Definições:
TR (tempo de reposição)
PP (ponto de pedido)
PP = (C × TR) + ES
Onde:
PP = ponto de pedido;
TR = tempo de reposição;
ES = estoque de segurança.
Exemplo:
Resolução:
Consumo mensal
Cm = 2.766
Cmd = 2.500
Eseg. = C × K
Onde:
Eseg. = estoque de segurança;
Exemplo:
Resolução:
Eseg. = Cmd × K
Onde:
Eseg. = estoque de segurança;
Exemplo:
Resolução:
C = 600
TR = 1 mês = 30 dias
Cmd = ( C) : n
Fórmula do desvio-padrão:
n 2
(C - Cmd)
i=1
=
n-1
Onde:
C = consumo mensal;
n = número de períodos;
= desvio-padrão;
Exemplo:
Resolução:
Cmd = ( C) : n
455.000
=√
6
= √78.533,33
= 275,38
Eseg. = × K
Eseg. = 275,38 × 1,282
Emáx. = ES + LC
Exemplo:
Emáx. = ES + LC
Resposta: Sempre que houver a possibilidade de ocorrer uma oferta menor que a
procura ou uma disponibilidade menor que a necessidade, a forma mais utilizada
que se tem para resolver este problema foi a criação de estoques, para que não haja
nenhuma interrupção no processo. Toda moeda tem dois lados, um ponto positivo e
um negativo. O problema foi resolvido, mas, por outro lado, a solução também gera
custos e a administração disso se tornou essencial para se conseguir os resultados
esperados.
Resposta:
Estoque de proteção;
Estoque de ciclo;
Estoque de antecipação;
Estoque de distribuição.
Resposta:
PP = (C × TR) + ES
ES = 600 unidades
PP = 700 + 400
PP = 1.100 unidades
4. A empresa Peças ACME obteve neste ano o seguinte volume de vendas para
seu produto “Repimboca da parafuzeta WX1”:
Janeiro – 1.500;
Fevereiro – 1.200;
Março – 2.050;
Abril – 2.180;
Maio – 2.650;
Junho – 2.100; e
Julho – 2.500.
Resposta:
*Somatória.
5. Para uma peça em que o Eseg. = 666, qual é o estoque máximo de uma peça cujo
lote de compra é de 2.300 unidades?
Resposta:
Emáx. = ES + LC
1. INTRODUÇÃO
capital investido;
disponibilidade de estoque;
custos incorridos e
consumo ou demanda.
𝒍𝒖𝒄𝒓𝒐
𝑹𝑪 =
𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒂𝒍
3. CONTROLE DE ESTOQUE
4. CUSTO DO ESTOQUE
Segundo Dias, existem duas variáveis que aumentam estes custos, que
são a quantidade em estoque e o tempo em que permanece em estoque (DIAS,
1985).
Onde:
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝐼𝑎 = 100 × 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒
𝑆×𝐴
𝐼𝑏 = 100 ×
𝐶×𝑃
3. Taxa de seguro
5. Taxa de obsolescência
6. Outras taxas
𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑖𝑠
𝐼𝑓 =
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒
8. CUSTO TOTAL
de armazenagem anual;
3. O número de pedidos colocados no fornecedor por ano é C/Q, onde C é
o consumo total anual;
𝑪
4. O custo total de pedido por ano (CTA) é (𝑸) × 𝑩, onde B é o custo
unitário do pedido.
𝑪 𝑷×𝑸
𝑪𝑻 = ×𝑩+ ×𝑰
𝑸 𝟐
ocorre o CT mínimo;
2. usando o método das tentativas e substituindo na fórmula diferentes
valores de Q, até obter o menor custo total;
3. utilizando um teorema matemático que diz: mínimo de soma de duas
variáveis cujo produto é constante ocorre para valores iguais de variáveis.
9. CURVA ABC
A classificação ABC usa o valor monetário do uso anual de cada item como
medida de uso no estoque. O valor monetário também pode ser usado para medir o
nível absoluto de estoque em qualquer instante e considerar a quantidade de cada
item em estoque, multiplicá-la por seu valor e então somar o valor de todos os itens
individuais armazenados. Para fazer isso, precisa-se comparar o número total de
itens em estoque contra sua taxa de uso. Existem duas formas para fazer isso: a
primeira é calcular a quantidade de tempo que o estoque duraria, sujeito à demanda
normal, se não fosse reabastecido. O segundo método é calcular a frequência com
que o estoque é completamente usado em um período – isso é chamado giro de
estoque.
Conforme o autor Pozo (2007), o princípio da classificação ABC ou curva
80/20 é atribuído a Vilfredo Pareto, um renascentista italiano do século XIX, que em
1897 executou um estudo sobre a distribuição de renda. Através deste estudo,
percebeu-se que a distribuição de riqueza não se dava de maneira uniforme,
havendo grande concentração de riqueza (80%) nas mãos de uma pequena parcela
da população (20%). A partir de então, tal princípio de análise tem sido estendido a
outras áreas e atividades tais como a industrial e a comercial, sendo mais
amplamente aplicado a partir da segunda metade do século XX.
A curva ABC tem sido bastante utilizada para a administração de estoques,
para a definição de políticas de vendas, para o planejamento da distribuição, para a
programação da produção e uma série de problemas usuais de empresas, quer
sejam estas de características industriais, quer sejam comerciais ou de prestação de
serviços.
Trata-se de uma ferramenta gerencial que permite identificar quais itens
justificam a atenção e o tratamento adequados quanto a sua importância relativa.
CAPÍTULO 3 – CONCEITOS DE LOGÍSTICA E PRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Esta fase teve sua origem na 2ª Guerra Mundial. Na época, não existiam
sistemas de comunicação e informática sofisticados, o elemento chave para o
balanceamento da cadeia de suprimentos eram os estoques, não havia
preocupações com estoque e se pensava em lotes econômicos, como redução de
custo para transporte, era das “guerras dos fretes”.
Esta fase teve início nos anos 80, com os recursos tecnológicos permitindo a
integração dinâmica e flexível entre os componentes da cadeia de abastecimento
dentro da empresa entre cliente e fornecedor, inaugurando um canal que permitia
ajustes no processo de fabricação e maior preocupação com a satisfação do cliente.
Como marco desta fase, destaca-se a utilização do sistema EDI (electronic data
interchange), facilitando a comunicação entre clientes e fornecedores no envio de
pedidos.
Atividades primárias
o As atividades primárias são aquelas que têm impacto direto com
a agregação de valor ao produto ou serviço.
Atividades de apoio
o As atividades de apoio estão relacionadas às atividades de
administração, planejamento e infraestrutura e não agregam
valor.
Para Castro (2004) o custo logístico é dado pela soma dos custos
de armazenagem, manutenção de estoques e transportes. Segundo a interpretação
do conceito da cadeia de valor (Porter, 1999), pode-se entender que o custo logístico
é a somatória dos custos acumulados nas atividades primárias de logística de
entrada, operações e logística de saída. Mais adiante, na unidade 2, iremos
discutir as questões de custos e o seu gerenciamento.
A cadeia de suprimentos, também conhecida como supply chain, vem integrar
fornecedores e clientes tanto no fluxo de produtos quanto no fluxo de informações
(Rodrigues, 2002).
A partir do conceito acima, podemos dizer que o gerenciamento da cadeia de
suprimentos (supply chain management – SCM) é responsável pelas atividades de
integração dos processos industriais e comerciais, partindo do consumidor final e
indo até os fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e informações que
agreguem valor ao cliente.
Ainda, pode-se dividir a cadeia de suprimentos conforme demonstrado
na figura 8 em 3 subdivisões, sendo elas:
Uma vez definida a estratégia de supply chain, de acordo com Ballou (1993)
é necessária a elaboração de um planejamento estratégico para que os objetivos
sejam alcançados, e muitas empresas brasileiras negligenciam essa importância.
Segundo Ballou (2001), são fatores de falta de atenção que interferem no
planejamento da cadeia de suprimentos:
Adição e valor
8. KANBAN
1. INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Neste livro falou-se muito sobre estoques. Neste capítulo, falaremos sobre
novos processos administrativos para reduzi-los ao máximo e até, se possível,
eliminá-los.
Seja bem-vindo(a)!
2. LEAN MANUFACTURING OU PRODUÇÃO ENXUTA
Figura 10: princípios do lean thinking. Fonte: WOMACK & JONES, 2004.
1º Passo – Especificação do valor
É o ponto de partida e este deve ser definido pelo cliente de modo a atender
suas necessidades. Produtos desejados, normalmente, atendem a necessidades
locais de preço em momento específico.
Para que isto ocorra, 3 tarefas críticas são necessárias para um produto
específico:
a) Solução de problemas desde a concepção até o lançamento final do
produto;
b) Gerenciamento da informação desde o recebimento do pedido do
produto até a sua entrega;
c) Transformação física da matéria-prima até o produto acabado.
2.2.1 Kanban
Just-in-time não é uma ciência, uma vez que não tem por objetivo
estabelecer hipóteses, teorias ou leis sobre a realidade
organizacional. (...) o JIT se coloca no campo do conhecimento
técnico, cujo objetivo é a transformação da realidade mediante uma
relação de caráter normativo com os fenômenos que a compõem.
(MOTTA, 1993)
O que Motta (1993) tenta nos passar é que o JIT é uma verdadeira
revolução. É uma tremenda mudança de paradigma que se traduz em um verdadeiro
impacto sobre as sistemáticas gerenciais de até então. A sua filosofia prega fazer na
quantidade certa, no tempo certo e no lugar certo. Simples, certeiro e que implica em
uma nova postura organizacional.
Pires (2004) apresenta algumas vantagens agregadas por este sistema em
seu livro:
Grandes avanços na redução dos tempos de setup
2
Disponível em: <http://www.prolean.com.br/wp-content/uploads/2011/12/18.pdf>.
incentivar a inovação.
2.2.3 Kaizen
(...) Sistema de gestão Kaizen (KMS) que tem por objetivo introduzir
na empresa uma dinâmica de mudança para melhor (este é o
significado da palavra Kaizen), através de um forte envolvimento dos
colaboradores a todos os níveis. Só há Kaizen quando os
colaboradores mudam os seus hábitos diários de trabalho. Um hábito
diário, tanto na forma de pensar como na forma de trabalhar, existe
no cérebro de cada um de nós sob um conjunto de ligações entre
neurônios. Estas ligações estão tão fortemente estabelecidas e
reforçadas por tantos anos de prática, que funcionam quase sem
termos que pensar nelas conscientemente. Simplesmente executa-
mos um trabalho sem pensar muito. É um processo inconsciente, tal
como conduzir um automóvel.
Para haver melhoria, tem que haver mudança de hábitos e, logo, tem
que haver mudanças no nosso cérebro. Isto só se consegue
praticando (falar e discutir não chega). Treinando todos os dias.
Experimentando coisas novas e treinando até o processo ficar bem
“enraizado” no nosso cérebro. Até substituirmos velhas ligações
entre neurônios por outras novas ligações. (COIMBRA, 2008)
1. Gemba Kaizen;
2. Desenvolvimento das pessoas;
3. Normas visuais;
4. Processo e resultados;
5. Qualidade em 1º lugar;
6. Eliminação de muda (desperdício);
7. Abordagem pull flow.
3
Disponível em:
<http://engenhariadeproducaoindustrial.blogspot.com.br/2011/03/entendendo-o-gemba.html>. Acesso
em: 15/12/2016.
pessoas vai ter que abandonar hábitos velhos e adquirir novos. A melhoria contínua
exige que a mudança aconteça desde o topo até a base, sem distinção de cargos ou
salários. É um esforço coletivo.
Para alcançar tal objetivo, fortalecer as 7 crenças é condição sine qua non.
Normas visuais
Processo e resultados
Qualidade em 1º lugar
Eliminação da “muda”
Necessidade bruta;
Disponibilidade em estoque;
Requisições de compras; e
Ordens programadas.
Dado que uma determinada linha de produto apresenta uma ordem de
serviço com as necessidades líquidas de forma otimizada.
Resposta:
1. Zero defeitos;
2. Tempo zero de preparação (setup);
3. Estoque zero;
4. Movimentação zero;
5. Quebra zero de lote unitário (uma peça); e
6. Lead time zero.
Resposta:
Resposta:
1. Preço;
2. Prazo;
3. Praça; e
4. Produto.
4. Segundo Bañolas e Silva, JIT (just-in-time) significa no “momento certo” e é uma
verdadeira fonte de lucros e redução de custos de uma determinada empresa. O
sistema busca ampliar sistematicamente a competitividade das empresas
entregando ao consumidor que tipo de produtos?
Resposta:
Na quantidade certa;
No momento preciso;
De forma segura;
A um preço acessível;
Na quantidade demandada.
Resposta:
WOMACK, J.; JONES, D.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo. Rio de
Janeiro: Campus, 1992.