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1.8 Fundamentos
Evolução do conceito
Pode-se dizer que a era da qualidade começou na década de
1920 quando W.A. Shewhart questionou como variava na pro-
dução bens e serviços. Foi ele o criador do Controle Estatístico
de Processo (CEP) e do famoso ciclo PDCA (Plan, Do, Check e
Action) e se tronou conhecido com Ciclo de Deming da Qualidade.
(Longo, 1995)
Logo após a segunda Guerra mundial e com o Japão, tem o
início de sua reconstrução. Para isso a Japanese Union of Scientists
and Engineers (JUSE) convida W.E. Deming para trenar industriais e
empresários e fazer palestras pelo país. Deming passou a divulgar
e a ensinar o CEP e a falar sobre a gestão da qualidade.
LONGO (1995) continua falando sobre a mudança silenciosa
da postura gerencial japonesa no trato da gestão da qualidade. O
estilo dessa revolução se coloca de modo oposto à outra revo-
lução que ocorria de forma simultânea. A barulhenta revolução
tecnológica ocidental. Vale ressaltar que o Japão é chamado hoje
de potência mundial em função do trabalho iniciado nesta ocasião.
A década de 1970 se destacou pela relevância atribuída à dis-
seminação das informações. As variáveis socioculturais e políticas
assumem tal relevância ao ponto de determinar o estilo gerencial.
Já na década de 1980 o planejamento estratégico é consoli-
dado e combina novas técnicas de gestão a estratégia. Essas novas
técnicas levam em conta variáveis técnicas, políticas, sociais, de
informação e econômicas. Leva em conta como a qualidade im-
pacta estrategicamente no mercado e nos consumidores. Considera
que a sociedade competitiva atual pode ameaçar a sobrevivência
da empresa.
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Planejamento da qualidade
Os Pensadores da Qualidade
Dr. W. Edwards Deming
Sem dúvida W. Edwards Deming foi o mais famoso guru
da qualidade e um de seus precursores. Colaborou no famoso
estudo do comportamento nas organizações e referenciado co-
mo experiências de Hawthorne no qual verificou-se que o fator
que motivava mais os empregados era a atenção dispensada pela
gerencia afetando para melhor a sua produtividade. Mais tarde
foi apresentado a Walter A. Shewhart, estatística que concebeu e
desenvolveu o CEP (Controle estatístico de processo) que per-
mitiria determinar o nível de variação inerente a um processo de
produção. Shewhart teve um impacto tão profundo que acabou
influenciando Deming a definir qualidade como a conformidade
de um produto com as especificações técnicas que lhe foram
atribuídas.
Durante a segunda grande guerra Deming também colaborou
no esforço para derrotar os inimigos dos EUA. Foi convidado
pela Universidade de Stanford que solicitou seu auxilio. Ele viajou
pelos Estados Unidos e ensinou mais 30.000 alunos os concei-
tos do controle estatístico de produção. Os resultados foram
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Planejamento da qualidade
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planejamento para a qualidade
FALHA INTERNA:
Custos de produção defeituosa antes de chegar ao cliente:
• Desperdício: trabalho e materiais empregues na produção de produtos
com defeito.
• Reelaboração: correção de produção defeituosa.
• Reteste: inspeção e teste de produtos que foram reelaborados.
• Paragem: tempo de paragem de equipamento não programada.
• Reciclagem: o que fazer a produtos com defeito.
FALHA EXTERNA:
Clientes recebem produtos defeituosos. Este tipo de custos é difícil de
quantificar e tende a ser subestimado:
• Reclamações: investigar e resolver queixas dos clientes.
• Devoluções: receber e substituir produtos defeituosos.
• Custos de garantia: manter e respeitar serviço de garantia.
• Perda de negócio no futuro.
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PREVENÇÃO:
Custos associados à prevenção de falhas de qualidade
• Planeamento: desenvolver o plano da qualidade, os procedimentos e os
manuais para comunicar o plano da qualidade.
• Design: avaliar e modificar o design de produtos, testar novos produtos
e processos.
• Treino e formação: programas de formação em qualidade.
• Controlo do processo: recolher dados, desenvolver e manter o sistema,
analisar os dados.
•. Reporte: distribuir informação a colaboradores.
• Projetos de melhoria: desenvolvimento de programas para redução do
número de produtos defeituosos, motivação para a qualidade, etc.
INSPEÇÃO:
Custos com inspeção e teste antes do produto ser enviado
ao cliente
• Inspeção de materiais: na recepção ou antes de incorporar no
processo.
• Inspeção final e teste.
• Equipamento de teste: manutenção e calibragem de equipamento.
• Materiais e serviços: utilização ou destruição produtos ou serviços
na fase de inspeção.
• Avaliação de stocks: teste aos produtos para avaliar estragos ou deterioração.
Tabela 7 -- Prevenção e inspeção - Fonte: (G O M E S, 2004)
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02 PROPÓSITOS
03 POSTURA PARTICIPATIVA
A informação é primordial no processo de participação, para que todos se
sentem valorizados no processo. Ao criar este clima participativo, fortalece
as decisões e colabora para o comprometimento com os objetivos. O foco
do espírito do trabalho em equipe contribui para a sinergia dos elementos
envolvidos no processo, atingindo os resultados.
05 APERFEIÇOAMENTO
06 DELEGAR
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planejamento para a qualidade
07 ELIMINAR OS ERROS
O que se espera é: o padrão de desempenho em qualquer processo não
deve apresentar erros. Esta cultura deve ser assimilada pelos participantes,
na busca contínua busca da perfeição.
08 GARANTIA DA QUALIDADE
A garantia de qualidade tem como base a realização do planejado, através da
formalização dos processos. É importante a informação destes processos,
com a finalidade de determinar os passos a serem seguidos.
09 PROCESSOS GERENCIADOS
A gerência de processos tem por finalidade a harmonização entre as áreas,
e faz com que não aconteçam conflitos nas atividades. Esta interatividade
colabora para que todas as partes envolvidas nos processos sejam atendidas
em conformidade com o planejado (clientes internos, clientes externos,
fornecedores).
10 INFORMAÇÃO
Para se obter a QUALIDADE TOTAL, todos e sem exceção devem ser
bem informados de suas responsabilidades (competência de delegação) em
relação à visão, missão e ao próprio negócio da organização. Para isso o fluxo
de informações deve ser bem claro e coerente aos objetivos pretendidos.
Tabela 9 - Princípios da qualidade total – Fonte (Camargo, 2011)
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Planejamento da qualidade
ISO 9004 – Gestão para o sucesso Fornece orientação para atingir su-
sustentável de uma organização – cesso sustentado para qualquer or-
uma abordagem para sistema de ganização em um ambiente comple-
gestão (a ser publicada) xo, exigente e de constante mudança,
provendo um foco mais amplo sobre
a gestão da qualidade do que a norma
ISO 9001. Ela contempla as necessi-
dades e expectativas de todas as partes
interessadas e sua satisfação, por meio
da melhoria continua e sistemática do
desempenho da organização. Não se
destina ao uso para certificação, regu-
lamentar ou contratual.
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A O RG A N I Z A Ç Ã O NA C I O NA L D E
ACREDITAÇÃO - ONA é uma entidade não governamental
4 http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2871537/RDC_39_2013_COMP.pdf/
f5c15b07-0bd6-4148-bc01-8e96a7938d05 14/02/2017 10:14
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A ONA certifica:
I. Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde
• Hospitais
• Ambulatórios
• Laboratórios
• Serviços de Pronto Atendimento
• Home Care
• Serviços de Hemoterapia
• Serviços de Nefrologia e Terapia Renal Substitutiva
• Serviços de Diagnóstico por Imagem, Radioterapia e
Medicina Nuclear
II. Serviços Odontológicos
III. Programas de Saúde e Prevenção de Riscos
• Com foco em pacientes saudáveis e com fatores de risco
• Com foco em pacientes portadores de condições crônicas
• IV. Serviços para a Saúde
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Exercícios
Questão 1
Seguindo a lógica abordada nas tabelas 1,2 e 3 do capítulo 1
pergunta-se: Qual seria o pior resultado possível para se conseguir
em uma empresa?
Questão 2
Qual é cultura organizacional?
Questão 3
Explique o que é resistência a mudança.
Questão 4
O que significa mudança no contexto comportamental
Questão 5
(SMEDS, 1994) aponta 5 fases que este processo deve per-
correr, pergunta: Quais são elas?
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