Investimentos financeiros
Passivos e capital
Carvalheiro (2010) indica que, “activos fixos tangíveis são itens que sejam detidos, para uso na
produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins
administrativos, e se espera que sejam usados durante mais do que um período”.
Reconhecimento
O Decreto Lei nº36̸2006 de 25 de Junho atribui:
Custo de um bem tangível deve ser reconhecido como activo quando, e apenas quando:
i) E provável que benefícios económicos futuros associados ao bem fluirão para a entidade.
ii) O custo do bem pode ser mensurado com fiabilidade.
Custos iniciais
O Decreto Lei nº36̸2006 de 25 de Junho atribui:
Os bens do activo tangível podem ser adquiridos por razões de segurança ou razões ambientais. A
aquisição de tais bens, embora não aumentando directamente os benefícios económicos futuros de
qualquer activo tangível específico, pode ser necessária para que a entidade obtenha os benefícios
económicos futuros de outros activos.
Custos Subsequentes
Uma entidade, não reconhece na quantia registada de um bem do activo tangível os custos da
assistência diária a esse bem. Estes custos são reconhecidos nos resultados quando são
suportados e correspondem geralmente a dispêndios com reparações e manutenção de um bem
do activo tangível (O Decreto Lei nº36̸2006 de 25 de Junho).
Revalorização ou reavaliação
A terminologia relativamente a esta matéria adoptada pelo SNC é a de revalorização, o que
significa voltar a valorizar algo. As revalorizações devem ser efectuadas numa base regular para
assegurar que a quantia escriturada não difira materialmente daquela que seria determinada pelo
uso do justo valor à data do balanço. O justo valor dos terrenos e edifícios deverá ser
determinado a partir de provas com base no mercado por avaliação que deverá ser realizada por
avaliadores profissionais, enquanto o justo valor de instalações e equipamentos é geralmente o
seu valor de mercado determinado por avaliação.
Activo Intangível
Castro (2015) indica que:
Um activo intangível é um activo não monetário identificável e sem substância física” (§ 8 da
NCRF 6). Importa também referir que, ainda de acordo com as normas IASB-UE6 e as normas
do SNC, um activo é um recurso que obedece às seguintes condições: (1) controlado por uma
entidade como resultado de acontecimentos passados, e (2) do qual se espera que fluam
benefícios económicos futuros para a entidade (§ 49 (a) da EC e § 8 da NCRF 6).
Capital intelectual;
Desenvolvimento de tecnologia;
Direitos autorais;
Direitos de propriedade industrial e de serviços;
Franquias;
Fundo de comércio adquirido;
Know-how;
Licenças;
Marcas;
Modelos, projectos e protótipos;
Patentes;
Receitas;
Softwares;
Entre outro
Reconhecimento e Mensuração
Um activo intangível deve ser reconhecido quando, e apenas quando:
(a) é provável que os benefícios económicos futuros esperados que são atribuíveis ao activo
fluam para a entidade; e
(b) o custo do activo pode ser mensurado com fiabilidade.
Um activo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo.
Modelo de custo
O Decreto Lei nº36̸2006 de 25 de Junho “Após o reconhecimento no momento inicial, um activo
intangível deve ser registado pelo seu custo menos qualquer amortização acumulada e quaisquer
perdas por imparidade acumuladas”.
Modelo de revalorização
Após o reconhecimento no momento inicial, um activo intangível deve ser registado por uma
quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer amortização
acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas subsequentes. Para
efeitos de revalorizações segundo a presente Norma, o justo valor deve ser determinado com
referência a um mercado activo. As revalorizações devem ser feitas com uma regularidade tal
que, na data do balanço, a quantia registada do activo não difira materialmente do seu justo
valor.
O modelo de revalorização é aplicado depois de um activo ter sido inicialmente reconhecido pelo
seu custo.
Exemplos práticos
Pedido 1. Revalorização
Assim a reavaliação consiste em actualizar os valores constantes das contas onde esta registado o
valor bruto dos bens do activo fixo tangível e das contas de depreciações acumuladas, por um
determinado montante determinado por avaliadores especializados. A contrapartida das variações
destas contas e registada numa rubrica do capital próprio denominado “56- Excedentes de
Revalorização.
E.R
90.000,00
21.500,00
960
0
2.250
Impostos diferidos
De acordo com a NCRF nº 28 – impostos sobre rendimento, após o registo na conta “Excedentes
de Revalorização”, aquela conta será debitada por contrapartida da conta 2742 – passivos por
impostos diferidos pelo montante do imposto correspondente a fracção do excedente de
revalorização não relevante para a tributação. Para o efeito, a conta relativa a cada excedente de
revalorização será desdobrada em duas subcontas: uma, denominada 5611 – Excedente de
revalorização antes de impostos que terá saldo credor, e outra, designada por 5612 – impostos
diferidos cujo saldo e devedor.
Assim, para o apuramento dos resultados diferidos no caso dos terrenos aplicar-se-á a óptica de
alienação: E relevante para efeitos de impostos diferidos, a diferença entre o valor de aquisição
reavaliado e o custo de aquisição multiplicado por um coeficiente de desvalorização da moeda,
utilizado para o apuramento das mais-valias fiscais.
Nos restantes casos, aplicar-se-á a óptica do uso, através da amortização: E relevante para efeitos
de impostos diferidos, o valor liquido do activo reavaliado cuja amortização não e considerada
para efeitos fiscais (no caso das reavaliações legais, 40% da reavaliação):
Este valor e obtido da divisão da percentagem do bem já amortizado no final de 2005, pelo
número de anos já decorridos desde a sua aquisição.
Resumindo, espera-se que o final de 2006, esteja realizado 20.889 do Excedente de revalorização
efectuada no final de 2005.
Excedente a realizar Passivo por ID Excedente realizado
21500 2150 19350
960 96 864
750 75 675
Contudo, podemos entender que activos tangíveis todos os bens materiais que podem ser
tocados, portanto, os bens concretos, tais como: dinheiro, máquinas, imóveis, produtos, etc. Já os
activos intangíveis se tratam dos bens que, embora existam e também sejam de grande valor, são
imateriais, ou seja, não se podem ver nem tocar. Exemplo desses bens são as marcas, as
estratégias de mercado, os princípios, a integridade, a tecnologia, os recursos humanos e também
o conhecimento gerado pelo aprendizado organizacional, dentre outros. E as revalorizações
dependem das alterações nos justos valores dos activos fixos que estão a ser revalorizados.
Quando o justo valor de um activo revalorizado diferir materialmente da sua quantia escriturada,
é exigida uma nova revalorização.
Referencias Bibliográficas