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Ano Letivo 2023/2024

Curso: Licenciatura em Contabilidade / Licenciatura em Gestão


Unidade Curricular: Contabilidade Financeira
Docente: Joaquim Jorge Almeida Mota
Capítulo 1

Classe 4 - Investimentos

Parte Primeira
Código de Contas do Sistema de Normalização
Contabilística

Classe 4 - Investimentos

"Esta classe inclui os bens detidos com continuidade


ou permanência e que não se destinem a ser
vendidos ou transformados no decurso normal das
operações da entidade, quer sejam de sua
propriedade, quer estejam em regime de locação
financeira. Compreende os investimentos
financeiros, as propriedades de investimento, os
ativos fixos tangíveis, os ativos intangíveis, os
investimentos em curso e os ativos não correntes
detidos para venda (…)".
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 1 - Estrutura
e Conteúdo das Demonstrações Financeiras

§ 10 - "Uma entidade deve apresentar ativos


correntes e não correntes (…) como
classificações separadas na face do balanço (…)".

§ 14 - "(…) Todos os outros ativos devem ser


classificados como não correntes.".

§ 15 - "Esta Norma usa a expressão “não


corrente” para incluir ativos tangíveis, intangíveis
e financeiros cuja natureza seja de longo prazo.".
Capítulo 1

Classe 4 - Investimentos

Investimentos Financeiros
Investimentos Financeiros

Âmbito e Definições
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 3 - "Esta Norma aplica-se a todos os instrumentos financeiros com


exceção de: a) Investimentos em subsidiárias, associadas e
empreendimentos conjuntos (…)".

§ 5 - "(…) Ativo financeiro: é qualquer ativo que seja: (…) b) Um


instrumento de capital próprio de uma outra entidade; c) Um direito
contratual: i) De receber dinheiro (…) de outra entidade (…)".

§ 5 - "(…) Instrumento de capital próprio: é qualquer contrato que


evidencie um interesse residual nos ativos de uma entidade após
dedução de todos os seus passivos (…)".

§ 5 - "(…) Passivo financeiro: é qualquer passivo que seja: a) Uma


obrigação contratual: i) De entregar dinheiro (…) a uma outra entidade
(…)".
Investimentos Financeiros

Reconhecimento
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 6 - "Uma entidade deve reconhecer um ativo


financeiro (…) apenas quando a entidade se
torne uma parte das disposições contratuais do
instrumento.".
Investimentos Financeiros

Mensuração Inicial
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 10 - "Quando um ativo financeiro (…) é inicialmente


reconhecido, uma entidade deve mensurá-lo pelo seu justo
valor. Os custos de transação que sejam diretamente
atribuíveis à aquisição do ativo financeiro (…) devem ser
incluídos no justo valor, no caso dos ativos (…) financeiros cuja
mensuração subsequente não seja ao justo valor.".

§ 5 - "(…) Custos de transação: são custos incrementais que


sejam diretamente atribuíveis à aquisição (…) de um ativo (…)
financeiro. Um custo incremental é aquele que não seria
incorrido se a entidade não tivesse adquirido (…) o
instrumento financeiro (…)".
Investimentos Financeiros

Mensuração Subsequente
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 11 - "Após o reconhecimento inicial, uma entidade deve mensurar, em cada data de


relato, todos os ativos financeiros pelo justo valor com as alterações de justo valor
reconhecidas na demonstração de resultados, exceto quanto a: a) Instrumentos de
capital próprio de uma outra entidade que não sejam negociados publicamente e cujo
justo valor não possa ser obtido de forma fiável (…) os quais devem ser mensurados ao
custo menos perdas por imparidade (…) d) Ativos financeiros não derivados a serem
detidos até à maturidade, os quais deverão ser mensurados ao custo amortizado.".

§ 5 - "(…) Custo amortizado de um ativo financeiro (…): é a quantia pela qual o ativo
financeiro (…) é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de
capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método do juro efetivo, de
qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia na maturidade, e menos
qualquer redução quanto à imparidade ou incobrabilidade (…)".

§ 5 - "(…) Para efeitos desta norma, o justo valor é determinado tendo por referência:
um valor de mercado, relativamente aos instrumentos financeiros para os quais possa
ser facilmente identificado um mercado fiável (…)".
Investimentos Financeiros

Imparidade
Investimentos Financeiros

Imparidade

Reconhecimento
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 24 - "Em cada data de relato, uma entidade deve avaliar a imparidade de


todos os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através
de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidade, a entidade
deve reconhecer uma perda por imparidade na demonstração de resultados.".

§ 25 - "Evidência objetiva de que um ativo financeiro (…) está em imparidade


inclui dados observáveis que chamem a atenção ao detentor do ativo sobre os
seguintes eventos de perda: a) Significativa dificuldade financeira do emitente
ou devedor; b) Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento
no pagamento do juro ou amortização da dívida (…)".

§ 27 - "(…) todos os instrumentos de capital próprio devem ser avaliados


individualmente para efeitos de imparidade (…)".
Investimentos Financeiros

Imparidade

Mensuração
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 28 - "O montante da perda por imparidade deverá ser


mensurado da seguinte forma: a) Para ativos financeiros
mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade é a
diferença entre a quantia escriturada e o valor presente (atual)
dos fluxos de caixa estimados descontados à taxa de juro
efetiva original do ativo financeiro; e b) Para ativos financeiros
mensurados ao custo, a perda por imparidade é a diferença
entre a quantia escriturada e o valor presente dos fluxos de
caixa futuros estimados descontados à taxa de retorno de
mercado corrente para um ativo financeiro semelhante.".
Investimentos Financeiros

Imparidade

Reversão
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 29 - "Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, se, num


período subsequente, a quantia de perda por imparidade diminuir e tal
diminuição possa estar objetivamente relacionada com um evento ocorrido
após o reconhecimento da imparidade (como, por exemplo, uma melhoria na
notação de risco do devedor), a entidade deve reverter a imparidade
anteriormente reconhecida. A reversão não poderá resultar numa quantia
escriturada do ativo financeiro que exceda aquilo que seria o custo amortizado
do referido ativo, caso a perda por imparidade não tivesse sido anteriormente
reconhecida. A entidade deve reconhecer a quantia da reversão na
demonstração de resultados.".

§ 30 - "Para os ativos financeiros mencionados no parágrafo 11 a), é proibida a


reversão das perdas por imparidade.".
Investimentos Financeiros

Desreconhecimento
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 27 -
Instrumentos Financeiros

§ 31 - "Uma entidade deve desreconhecer um


ativo financeiro apenas quando: a) Os direitos
contratuais aos fluxos de caixa resultantes do
ativo financeiro expiram; b) A entidade transfere
para outra parte todos os riscos significativos e
benefícios relacionados com o ativo financeiro
(…)".
Capítulo 1

Classe 4 - Investimentos

Propriedades de Investimento
Propriedades de Investimento

Âmbito e Definições
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 3 - "(…) Esta Norma não trata de matérias cobertas pela


NCRF 9 – Locações, incluindo: a) Classificação de locações
como locações financeiras ou locações operacionais; b)
Reconhecimento de rendimentos de locações resultantes de
propriedades de investimento (ver também NCRF 20 – Rédito)
(…)".

§ 5 - "(…) Propriedade de investimento: é a propriedade


(terreno ou um edifício, ou parte de um edifício, ou ambos)
detida (pelo dono ou pelo locatário numa locação financeira)
para obter rendas ou para valorização do capital ou para
ambas as finalidades, e não para: a) Uso na produção ou
fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades
administrativas; ou b) Venda no curso ordinário do negócio.".
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 10 - "Algumas propriedades compreendem uma parcela


que é detida para obter rendas ou para valorização de
capital e uma outra parte que é detida para uso na
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas. Se estas partes puderem ser
vendidas separadamente (ou locadas separadamente
segundo uma locação financeira), uma entidade
contabilizará as partes separadamente. Se as partes não
puderem ser vendidas separadamente, a propriedade só é
uma propriedade de investimento se uma parte não
significativa for detida para uso na produção ou
fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades
administrativas.".
Propriedades de Investimento

Reconhecimento
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 16 - "A propriedade de investimento deve ser


reconhecida como um ativo quando, e apenas quando: a)
For provável que os futuros benefícios económicos que
estejam associados à propriedade de investimento fluirão
para a entidade; e b) O custo da propriedade de
investimento possa ser mensurado fiavelmente.".

§ 18 - "Segundo o princípio de reconhecimento do


parágrafo 16, uma entidade não reconhece na quantia
escriturada de uma propriedade de investimento os custos
da manutenção diária à propriedade. Pelo contrário, estes
custos são reconhecidos nos resultados quando incorridos
(…)".
Propriedades de Investimento

Mensuração
Propriedades de Investimento

Mensuração

Mensuração no Reconhecimento
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 20 - "Uma propriedade de investimento deve ser mensurada


inicialmente pelo seu custo. Os custos de transação devem ser incluídos
na mensuração inicial.".

§ 21 - "O custo de uma propriedade de investimento comprada


compreende o seu preço de compra e qualquer dispêndio diretamente
atribuível. Os dispêndios diretamente atribuíveis incluem, por exemplo,
as remunerações profissionais por serviços legais, impostos de
transferência de propriedade e outros custos de transação.".

§ 23 - "Se o pagamento de uma propriedade de investimento for


diferido, o seu custo é o equivalente ao preço a dinheiro. A diferença
entre esta quantia e os pagamentos totais é reconhecida como gasto de
juros durante o período de crédito.".
Propriedades de Investimento

Mensuração

Mensuração após
Reconhecimento
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 29 - "Com as exceções indicadas nos parágrafos 32 a 35, uma entidade deve


escolher como sua política contabilística o modelo do justo valor, referido nos
parágrafos 34 a 58, ou o modelo do custo mencionado no parágrafo 59 e deve
aplicar essa política a todas as suas propriedades de investimento.".

§ 30 - "A NCRF 4 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas


Contabilísticas e Erros afirma que uma alteração voluntária na política
contabilística deve ser feita apenas se a alteração resultar numa apresentação
mais apropriada de transações, de outros acontecimentos ou de condições nas
demonstrações financeiras da entidade. É altamente improvável que uma
alteração do modelo do justo valor para o modelo do custo resulte numa
apresentação mais apropriada.".

§ 31 - "Esta Norma exige que todas as entidades determinem o justo valor de


propriedades de investimento, para a finalidade de mensuração (se a entidade
usar o modelo do justo valor) ou de divulgação (se a entidade usar o modelo
do custo) (…)".
Propriedades de Investimento

Mensuração

Mensuração após Reconhecimento

Modelo do Justo Valor


Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 34 - "Após o reconhecimento inicial, uma entidade que escolha o


modelo do justo valor deve mensurar todas as suas propriedades de
investimento pelo justo valor, exceto nos casos descritos no parágrafo
54.".

§ 36 - "Um ganho ou uma perda proveniente de uma alteração no justo


valor de propriedades de investimento deve ser reconhecido nos
resultados do período em que ocorra.".

§ 38 - "Uma entidade determina o justo valor sem qualquer dedução


para custos de transação em que possa incorrer por venda ou outra
alienação.".

§ 39 - "O justo valor da propriedade de investimento deve refletir as


condições de mercado à data do balanço.".
Propriedades de Investimento

Mensuração

Mensuração após Reconhecimento

Modelo do Custo
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 54 - "Há uma presunção refutável de que uma entidade pode fiavelmente determinar
o justo valor de uma propriedade de investimento numa base continuada. Porém, em
casos excecionais, há clara evidência quando uma entidade adquire pela primeira vez
uma propriedade de investimento (ou quando uma propriedade existente se torne pela
primeira vez propriedade de investimento na sequência de uma alteração de uso) de
que o justo valor da propriedade de investimento não é determinável com fiabilidade
numa base continuada (…) Se uma entidade determinar que o justo valor de uma
propriedade de investimento (com exceção de uma propriedade de investimento em
construção) não é fiavelmente determinável numa base continuada, a entidade deve
mensurar essa propriedade de investimento utilizando o modelo do custo da NCRF 7. O
valor residual da propriedade de investimento deve ser presumido como sendo zero. A
entidade deve aplicar a NCRF 7 até à alienação da propriedade de investimento.".

§ 59 - "Após o reconhecimento inicial, uma entidade que escolha o modelo do custo


deve mensurar todas as suas propriedades de investimento de acordo com os
requisitos da NCRF 7 para esse modelo exceto aquelas que satisfaçam os critérios de
classificação como detidas para venda (…) de acordo com a NCRF 8. As propriedades de
investimento que satisfaçam os critérios de classificação como detidas para venda (…)
devem ser mensuradas de acordo com a NCRF 8.".
Propriedades de Investimento

Desreconhecimento
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 69 - "Uma propriedade de investimento deve ser desreconhecida (eliminada do balanço) na alienação


ou quando a propriedade de investimento for permanentemente retirada de uso e nenhuns benefícios
económicos forem esperados da sua alienação.".

§ 70 - "A alienação de uma propriedade de investimento pode ser alcançada pela venda ou pela
celebração de uma locação financeira. Ao determinar a data de alienação da propriedade de
investimento, uma entidade aplica os critérios enunciados na NCRF 20 – Rédito para reconhecimento do
rédito da venda de bens. A NCRF 9 aplica-se a uma alienação efetuada pela celebração de uma locação
financeira e a uma venda seguida de locação.".

§ 72 - "Os ganhos ou perdas provenientes da retirada ou alienação de propriedades de investimento


devem ser determinados como a diferença entre os proventos líquidos da alienação e a quantia
escriturada do ativo e devem ser reconhecidos nos resultados (a menos que a NCRF 9 – Locações exija
doutra maneira no caso de uma venda e relocação) no período da retirada de uso ou da alienação.".

§ 73 - "A retribuição a receber com a alienação de uma propriedade de investimento é inicialmente


reconhecida pelo justo valor. Em particular, se o pagamento de uma propriedade de investimento for
diferido, a retribuição recebida é reconhecida inicialmente pelo equivalente ao preço a dinheiro. A
diferença entre a quantia nominal da retribuição e o equivalente ao preço a dinheiro é reconhecida como
rédito de juros de acordo com a NCRF 20 usando o método do juro efetivo.".
Propriedades de Investimento

Imparidade
Norma Contabilística e de Relato Financeiro 11 -
Propriedades de Investimento

§ 76 - "Imparidades (…) de propriedades de


investimento (…) constituem acontecimentos
económicos separados que são contabilizados
separadamente como se segue: a) As
imparidades da propriedade de investimento são
reconhecidas de acordo com a NCRF 12 (…)".

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