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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da

Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 09


Professor Marcelo Seco

1 - Demonstração dos fluxos de caixa - DFC

A DFC proporciona aos usuários das DCs uma base para avaliar a capacidade
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades
da entidade de utilização desses fluxos de caixa.

Permite ainda que os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da


entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua
capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos de
caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades.

A DFC deve apresentar os fluxos de caixa do período classificados por


atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

DFC

Os fluxos de caixa do período classificados por


atividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

Uma transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma


atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de
empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser
classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser
classificada como financiamento.

1.1 - Definições do CPC 03

Caixa

Compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa

São aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são


prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Fluxos de caixa

São as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.


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Atividades operacionais

São as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras


atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.

Atividades de investimento

São as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros


investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.

Atividades de financiamento

São aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do


capital próprio e no capital de terceiros da entidade.

1.2 - Atividades operacionais

Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são derivados das


principais atividades geradoras de receita da entidade. São também
operacionais aqueles que não se encaixarem como de financiamento ou de
investimento.

 recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de


serviços;
 recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e
outras receitas;
 pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
 pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
 recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e
sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice;
 pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos
que possam ser especificamente identificados com as atividades de
financiamento ou de investimento;
 recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para
negociação imediata ou disponíveis para venda futura.

Venda de imobilizado pode resultar em ganho ou perda, que é incluído na


apuração do resultado. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são
classificados como de atividades de investimento.

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Eventos com itens do imobilizado são de atividades de


fluxo de investimento.

Exceto se os imobilizados forem destinados a aluguel,


situação em que o fluxo será operacional.

Contudo, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos


imobilizados mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são
vendidos, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os
recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são
também fluxos de caixa das atividades operacionais.

Títulos e empréstimos destinados à negociação imediata ou disponíveis para


venda futura são semelhantes a estoques adquiridos para revenda. Dessa
forma, os fluxos de caixa advindos da compra e venda desses títulos são
classificados como atividades operacionais.

Da mesma forma, as antecipações de caixa e os empréstimos feitos por


instituições financeiras são comumente classificados como atividades
operacionais, uma vez que se referem à principal atividade geradora de receita
dessas entidades.

1.3 - Atividades de investimento

Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas demonstrações


contábeis são classificados como atividades de investimento.

 pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e


outros ativos de longo prazo. Incluem os custos de desenvolvimento
ativados e aos ativos imobilizados de construção própria;
 recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado,
intangíveis e outros ativos de longo prazo;
 pagamentos e recebimentos em caixa para aquisição ou pela venda de
instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades
e participações societárias (exceto os referentes a títulos considerados
como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação imediata ou
futura);

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 adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto


adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira);
 recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização
de empréstimos concedidos a terceiros (exceto adiantamentos e
empréstimos de instituição financeira);
 pagamentos e recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de
opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para
negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados
como atividades de financiamento;

Títulos e empréstimos destinados à negociação


imediata ou disponíveis para venda futura são sempre
classificados como atividades operacionais.

Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de posição


identificável, os fluxos de caixa do contrato devem ser classificados do mesmo
modo como foram os fluxos de caixa da posição que estiver sendo protegida.

1.4 - Atividades de financiamento

São aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do


capital próprio e no endividamento da entidade, não classificadas como
atividade operacional.

 caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos


patrimoniais;
 pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
 caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de
curto e longo prazos;
 amortização de empréstimos e financiamentos;
 pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo
a arrendamento mercantil financeiro.

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1.5 - Apresentação dos fluxos de caixa em base líquida

A entidade deve apresentar separadamente as principais classes de


recebimentos brutos e pagamentos brutos advindos das atividades de
investimento e de financiamento, exceto quando os fluxos de caixa forem
apresentados em base líquida.

No geral, quando se diz que um valor é "líquido", estamos querendo dizer que
alguns outros valores foram subtraídos dele.

Por exemplo: Na DRE devemos apresentar as despesas financeiras líquidas das


receitas financeiras ou seja:

Se tenho uma despesa financeira de 100, e uma receita financeira de 30,


apresento lá uma despesa financeira líquida de 70.

Essa forma de apresentação (base líquida) só é utilizada em casos


excepcionais, em que a lei ou o CPC recomendam.

Alguns exemplos

Receita de vendas: 1000


Impostos sobre as vendas: 250
Receita líquida de vendas: 750

Ganhos na venda do imobilizado: 350


Perdas na venda do imobilizado: 300
Ganho líquido nas operações com imobilizado: 50

Ativos imobilizados 100


Depreciação 40
Ativos líquidos 60

Na DFC, é permitido que se apresente alguns fluxos em base líquida, ou


seja, nos casos em questão, poderão ser apresentados apenas o saldo das
entradas e saídas.

Um exemplo ocorre nos bancos. Eles não precisam dizer que o cliente aplicou
1000 em CDBs e resgatou 600. Eles podem apenas relatar que houve um fluxo
de entrada de 400 nas transações com esse cliente.

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Segundo o CPC, os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de


investimento e de financiamento podem ser apresentados em base líquida
nas situações em que houver:

 recebimentos e pagamentos em caixa em favor ou em nome de clientes,


e os fluxos refletirem mais as atividades dos clientes do que as da
própria entidade;
 recebimentos e pagamentos em caixa referentes a itens cujo giro seja
rápido, os montantes sejam expressivos e os vencimentos sejam de
curto prazo.

Podem ser apresentados em base líquida:

 recebimentos de caixa e pagamentos em caixa pelo aceite e resgate de


depósitos a prazo fixo;
 depósitos efetuados em outras instituições financeiras ou recebidos de
outras instituições financeiras;
 adiantamentos e empréstimos de caixa feitos a clientes, e a amortização
desses adiantamentos e empréstimos.

1.6 - Fluxos de caixa em moeda estrangeira

Os fluxos de caixa advindos de transações em moeda estrangeira devem ser


registrados na moeda funcional da entidade pela aplicação, observada a taxa
de câmbio na data da ocorrência do fluxo de caixa.

Os fluxos de caixa de controlada no exterior devem ser convertidos pela


aplicação das taxas de câmbio na data da ocorrência dos fluxos de caixa.

1.7 - Juros e dividendos

Os fluxos de caixa referentes a juros, dividendos e juros sobre o capital próprio


recebidos e pagos devem ser apresentados separadamente. Cada um deles
deve ser classificado de maneira consistente, de período a período, como
decorrentes de atividades operacionais, de investimento ou de financiamento.

Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio -


JCP recebidos, são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais
em instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre a classificação
desses fluxos de caixa para outras entidades.
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Apesar da controvérsia e da possibilidade de classificação em qualquer dos


fluxos, o CPC encoraja fortemente as entidades a classificarem assim:

 Juros recebidos ou pagos  fluxo operacional


 Dividendos e JCP recebidos  fluxo operacional
 Dividendos e JCP pagos fluxo de financiamento.

A CVM também adota essa classificação, e a opção por alternativa diferente


deve ser seguida de nota evidenciando esse fato.

1.8 - Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido

Os fluxos de caixa referentes ao IR CSLL devem ser divulgados separadamente


e classificados como fluxos de caixa das atividades operacionais, a menos que
possam ser identificados especificamente como atividades de financiamento e
de investimento.

1.9- Investimento em controlada, coligada e empreendimento


controlado em conjunto

Quando o critério contábil for o MEP ou no método de custo, a entidade


investidora fica limitada a apresentar na DFC os fluxos de caixa entre
investidora e investida, representados, por exemplo, por dividendos e por
adiantamentos.

Os fluxos de caixa agregados advindos da obtenção ou da perda de controle de


controladas ou outros negócios devem ser apresentados separadamente e
classificados como atividades de investimento.

Os fluxos de caixa decorrentes da perda de controle não devem ser deduzidos


dos efeitos decorrentes da obtenção do controle.

Os fluxos de caixa advindos de mudanças no percentual de participação em


controlada, que não resultem na perda do controle, devem ser classificados
como fluxos de caixa das atividades de financiamento.

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Fluxos originados em obtenção ou perda de controle de


investida – atividades de investimento.

Fluxos originados em mudança de percentual de


participação, sem perda de controle de investida –
atividades de financiamento.

1.10 - Transação que não envolve caixa ou equivalentes de caixa

Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa


ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da demonstração dos fluxos de
caixa. Exemplos:

 Depreciação
 Constituição de EPCLD
 Ajuste de Avaliação Patrimonial
 Constituição de Reservas

Se forem de investimento ou financiamento, essas atividades devem ser


incluídas nas NEs.

Exemplos:

 aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo


respectivo, quer seja por meio de arrendamento financeiro;
 aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos
patrimoniais;
 a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.

2 - A DFC na prática

A exigência da apresentação da DFC é estabelecida na 6404.

Art. 176 - Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício: ...

IV – demonstração dos fluxos de caixa;

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A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior


a R$ 2 milhões de reais não será obrigada à elaboração e publicação da
DFC.

Como pode-se depreender da leitura do CPC, o objetivo da DFC é mostrar


como ocorreu a variação dos valores disponíveis da entidade, dividindo essas
variações em três grandes grupos:

 das operações;
 dos financiamentos; e
 dos investimentos;

Na prática temos a seguinte igualdade:

Vl variação do disponível = Vl fluxo operacional + Vl fluxo financiamentos + Vl


fluxo investimentos

2.1 - O que é disponível?

Disponíveis equivalem aos valores de caixa e equivalentes de caixa.

Caixa

 Numerário
 Depósitos bancários disponíveis

Equivalente de Caixa

 Aplicações
 Curto Prazo
 Alta liquidez
 Risco Insignificante

2.2 - O caso dos empréstimos

Os fluxos relativos ao valor principal dos empréstimos são:

 De investimento para quem concede


 negativo na saída do recurso
 positivo na amortização

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 De financiamento para quem toma


 positivo na entrada do recurso
 negativo na amortização

Se o empréstimo for entre empresas de um mesmo grupo:

 De financiamento para quem concede.


 De financiamento para quem toma.
 negativo na saída do recurso
 positivo na amortização

Os empréstimos entre entidades do mesmo grupo costumam aparecer nas


provas com a nomenclatura de “outros empréstimos”.

Juros

Os fluxos de juros são sempre classificados como operacionais.

 Juros pagos: operacional


 Juros recebidos: operacional

Amortização (pagamento do principal)

Caso geral (quando nada for falado, supomos empresas de grupos diferentes):

 Amortização paga: financiamento


 Amortização recebida: investimento

Entre empresas do mesmo grupo:

 Amortização paga: financiamento


 Amortização recebida: financiamento

Para as instituições financeiras:

 Amortização paga: financiamento


 Amortização recebida: operacional

Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio

 Pagos: financiamento
 Recebidos: operacional

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Vamos a um roteiro para os empréstimos:

1º - Verificando as partes envolvidas

Inicialmente você deve verificar que tipo de empresa está tomando ou


concedendo o empréstimo.
Quando nada for falado a respeito, assumimos que se trata do caso
geral, ou seja, empréstimos entre empresas que não são do mesmo grupo e
também não são instituição financeiras.

2º - Classificando a operação

Empréstimo no caso geral:


 investimento para quem concede o empréstimo
 financiamento para quem toma o empréstimo
Empréstimo entre empresas do mesmo grupo:
 financiamento para quem concede.
 financiamento para quem toma.
Empréstimo feito por um banco:
 operacional para quem concede (o banco)
 financiamento para quem toma.

3º - Classificando o pagamento (separar juros e principal)

Juros - sempre operacional


 juros pagos: operacional
 juros recebidos: operacional
Amortização no caso geral
 amortização paga: financiamento
 amortização recebida: investimento
Amortização entre empresas do mesmo grupo:
 amortização paga: financiamento
 amortização recebida: financiamento
Amortização para empréstimos com instituições financeiras:
 amortização paga: financiamento
 amortização recebida: operacional

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2.3 – Variação na fonte operacional, de financiamento, de investimento

 Entrou dinheiro: aumento das fontes


 Saiu dinheiro: diminuição das fontes

2.4 - Métodos para elaboração da DFC

São aceitos dois métodos para a elaboração e divulgação da DFC, nos que diz
respeito aos fluxos das atividades operacionais:

Qualquer que seja o método utilizado, o resultado final deve ser o mesmo.

A forma de apresentação é diferente apenas para o fluxo das atividades


operacionais, ou seja, nada muda quando falamos dos fluxos de financiamento
e de investimento.

Na prova, você vai ter que decidir qual método usar com base nas informações
oferecidas pelo examinador.

Quando for viável usar o método direto, você tem uma série de informações de
saldos de contas de um exercício e de outro, e encontrará os valores
necessários utilizando cálculos do tipo:

Saldo final = Saldo inicial + Entrada – Saída

Quando for a vez do método indireto, você vai ter apenas uma mini DRE e
algumas informações que lhe permitirão calcular os ajustes, chegando ao valor
do fluxo das atividades operacionais.

Lembre-se sempre de que o valor da variação das disponibilidades é igual ao


valor da soma dos três fluxos de caixa.

2.4.1 - Método Direto

As principais classes de recebimentos e pagamentos brutos são divulgadas,


podendo ser obtidas:

 dos registros contábeis da entidade; ou


 pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou
serviços vendidos e outros itens da demonstração do resultado ou do
resultado abrangente referentes a:
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 variações ocorridas no período nos estoques e nas contas


operacionais a receber e a pagar;
 outros itens que não envolvem caixa; e
 outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades
de investimento e de financiamento.

A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades


operacionais deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o
método direto. Essa conciliação assemelha aos procedimentos efetuados
quando se utiliza o método indireto.

Vamos observar a estrutura de elaboração pelo método direto baseado no


modelo do CPC 03.

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2.4.2 - Método Indireto

Chega-se ao fluxo das atividades de operação tomando por base o resultado e


ajustando-o pelos efeitos de:

 diferimentos ou apropriações por competência de pagamentos ou


recebimentos passados ou futuros.
 variações ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a receber e
a pagar;
 itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos
diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de
equivalência patrimonial quando aplicável; e
 itens tratados como fluxos de caixa de investimento ou financiamento.

Elaborando a DFC pelo Método Indireto

O primeiro passo é ajustar o resultado, tirando dele as atividades que não


afetaram o caixa e as que não pertencem ao fluxo das operações.

No método indireto nós partimos do resultado do exercício e fazemos alguns


ajustes para chegar ao fluxo das operações.

O resultado ajustado nada mais é do que o resultado do exercício sem


considerar as parcelas que, embora tenham sido classificadas como despesa ou
receita, e tenham afetado o resultado, não implicaram saída ou entrada de
caixa. Faço ajustes também para retirar valores que estão no resultado e não
fazem parte do fluxo das operações, como, por exemplo, o ganho ou
perda na venda de imobilizado, ou investimento, ou intangível. Isso faz
parte do fluxo de investimento. O que as provas mais exploram, nesse ponto,
é o resultado na alienação do imobilizado.

Exemplos de ajustes:

 depreciação
 variação cambial
 resultado do MEP
 resultado da alienação de imobilizado, intangível ou investimentos
 despesas e receitas que não afetaram o caixa

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Depreciação: É uma despesa que afeta o resultado, mas não implica saída de
recursos de caixa. Por isso eu somo no resultado. As despesas incorridas e que
ainda vou pagar, eu também somo, pois o dinheiro ainda não saiu.

Receita antecipada (diferida): já afetou o caixa, mas ainda não entrou no


resultado, pois só vamos reconhecê-la como receita com o passar do tempo
(regime de competência). O mesmo acontece com despesas antecipadas,
que já afetaram o caixa, mas ainda não influíram no resultado.

Ajustamos também os itens que implicaram saída ou entrada de caixa, mas a


cujo valor só é possível chegar de forma indireta (pelo menos na prova).

Exemplos:
 clientes
 EPCLD/PDD
 estoques
 fornecedores e outras

Variações ocorridas nos estoques: Se o meu estoque aumentou, quer dizer


que eu deixei mais dinheiro ali.

Variações em contas a receber e a pagar: São tratadas de maneira


semelhante ao estoque. Se meu contas a pagar diminui, que dizer que saiu
mais dinheiro do meu caixa.

Então, partindo do resultado ajustado fazemos a contabilização do que


aumentou ou diminuiu nas contas relativas ao fluxo das operações, implicando
entrada ou saída de caixa.

Isso é feito da seguinte forma:

Contas do Ativo (envolvidas no fluxo das operações)

Se o saldo:
 aumentou – subtraímos do resultado ajustado
 diminuiu – somamos ao resultado ajustado

Contas do Passivo (envolvidas no fluxo das operações)

Se o saldo:
 aumentou – somamos ao resultado ajustado
 diminuiu – subtraímos do resultado ajustado
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Vamos entender o porquê:

Se eu tinha um saldo de contas a receber de 100, e agora tenho de 150, quer


dizer que 50 entraram no meu resultado, mas não entraram no meu caixa.

Se o meu estoque era 5 e agora é 20, quer dizer que eu tirei 15 do meu caixa
para colocar no estoque.

Se eu devia 200 para fornecedores e agora devo 170, quer dizer que paguei
30, e saíram do meu caixa.

Se a minha conta de empréstimos tomados era 80 e agora é 180, quer dizer


que 100 entraram no meu caixa.

Esse mecanismo tem que estar muito claro, e vamos treinar durante os
exercícios. Vocês precisam saber de bate pronto que tipo de impacto a
variação de uma conta vai ter no fluxo de caixa.

Vamos ver o modelo do método indireto baseado no CPC 03. Lembrem-se de


que só é diferente na parte do fluxo operacional.

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3 - Demonstração do valor adicionado - DVA

A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis


informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinado período e
a forma como tais riquezas foram distribuídas.
A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte
forma:
 pessoal e encargos;
 impostos, taxas e contribuições;
 juros e aluguéis;
 juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
 lucros retidos/prejuízos do exercício.

3.1 - Definições do CPC 09

Valor adicionado

Riqueza criada pela empresa medida pela diferença entre o valor das vendas e
os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido
em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.

Receita de venda de mercadorias, produtos e serviços

Valores reconhecidos na contabilidade a esse título pelo regime de


competência e incluídos na demonstração do resultado do período.

Outras receitas

Valores oriundos, principalmente, de baixas por alienação de ativos não-


circulantes, tais como resultados na venda de imobilizado, de investimentos, e
outras transações incluídas na demonstração do resultado do exercício que não
configuram reconhecimento de transferência à entidade de riqueza criada por
outras entidades.

Diferentemente dos critérios contábeis, também incluem valores que não


transitam pela demonstração do resultado, como, por exemplo, aqueles
relativos à construção de ativos para uso próprio da entidade e aos juros pagos
ou creditados que tenham sido incorporados aos valores dos ativos de longo
prazo (normalmente, imobilizados).

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No caso de estoques de longa maturação, os juros a eles incorporados deverão


ser destacados como distribuição da riqueza no momento em que os
respectivos estoques forem baixados; dessa forma, não há que se considerar
esse valor como outras receitas.

Insumo adquirido de terceiros

Valores relativos às aquisições de matérias-primas, mercadorias, materiais,


energia, serviços, etc. que tenham sido transformados em despesas do
período. Enquanto permanecerem nos estoques, não compõem a formação da
riqueza criada e distribuída.

Depreciação, amortização e exaustão

Valores reconhecidos no período e normalmente utilizados para conciliação


entre o fluxo de caixa das atividades operacionais e o resultado líquido do
exercício.

Valor adicionado recebido em transferência

Riqueza que não tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e
que a ela é transferida, como por exemplo, receitas financeiras, de
equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc.

3.2 - Características das informações da DVA

A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando


apresentar, eliminados os valores que representam dupla-contagem, a parcela
de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto
(PIB).

A ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, enquanto a


contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, isto é, baseia-
se no regime contábil de competência.

3.3 - Formação da riqueza

Riqueza criada pela própria entidade

A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza


criada pela entidade.
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Receitas

Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos tributos


incidentes sobre essas receitas, ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou
faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos
estejam fora do cômputo dessas receitas.

Outras receitas

Da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre


essas receitas.

Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão

Inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão.

Insumos adquiridos de terceiros

Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos

Inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no


CPV, CMV ou CSV, adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal
próprio.

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros

Inclui valores relativos às despesas originadas da utilização desses bens,


utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros. Entram aqui as despesas
comerciais e administrativas.

Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais,


serviços, energia e outros, consumidos, devem ser considerados os
tributos incluídos no momento das compras recuperáveis ou não. Esse
procedimento é diferente das práticas utilizadas na demonstração do resultado.

Perda e recuperação de valores ativos

Valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques,


imobilizados, investimentos e outros. Também devem ser incluídos os valores
reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na
reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos.

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Depreciação, amortização e exaustão

Despesa ou o custo contabilizados no período.

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de equivalência patrimonial.

Receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas.

Outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao


custo, aluguéis, direitos de franquia, e outros.

3.4 - Distribuição da riqueza

A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza


obtida pela entidade foi distribuída.

Pessoal

Remuneração direta, inclusive participação de empregados nos resultados.


Benefícios.
FGTS.

Impostos, taxas e contribuições

Inclusive INSS e seguro de acidentes do trabalho. Para os impostos


compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, aqui devem ser
considerados apenas os valores devidos ou já recolhidos, e representam
a diferença entre os impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os
respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como “insumos
adquiridos de terceiros”.

Federais
Estaduais
Municipais

Remuneração de capitais de terceiros

Juros
Aluguéis, inclusive as despesas com arrendamento operacional.
Outras - royalties, franquia, direitos autorais, e outros.

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Remuneração de capitais próprios

Remuneração atribuída aos sócios e acionistas.

Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos, exceto os valores dos JCP
transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os
valores distribuídos com base no resultado do próprio exercício,
desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados
de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros retidos”
no exercício em que foram gerados.

Lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores relativos ao lucro do


exercício destinados às reservas.

Juros sobre o Capital Próprio – JCP, independentemente de serem registradas


como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo
tratamento dado aos dividendos.

3.5 - Casos especiais - alguns exemplos

Depreciação de itens reavaliados ou avaliados ao valor justo.

No momento da realização da reavaliação ou da avaliação ao valor justo, deve-


se incluir esse valor como “outras receitas” na DVA, bem como se reconhecem
os respectivos tributos na linha própria de impostos, taxas e contribuições.

Ajustes de exercícios anteriores

Devem ser adaptados na demonstração de valor adicionado relativa ao período


mais antigo apresentado para fins de comparação, bem como os demais
valores comparativos apresentados, como se a nova prática contábil estivesse
sempre em uso ou o erro fosse corrigido.

Ativos construídos pela empresa para uso próprio

Para elaboração da DVA, essa construção equivale a produção vendida para a


própria empresa, e por isso seu valor contábil integral precisa ser considerado
como receita.

A mão-de-obra própria alocada é considerada como distribuição dessa


riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse
mesmo tratamento.

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Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como


insumos.

A depreciação, após pronto, deve ser tratada como a dos demais ativos.

Distribuição de lucros relativos a exercícios anteriores

A DVA está estruturada para ser elaborada a partir da DRE. Assim, há uma
estreita vinculação entre essas duas demonstrações e essa vinculação deve
servir para sustentação da consistência entre elas. Mas ela tem também uma
interface com a DLPA, na parte que diz respeito à distribuição do resultado
do exercício, principalmente dos dividendos.

Dividendos distribuídos relativos a lucros de períodos anteriores não são


considerados, pois já figuraram como lucros retidos naqueles períodos.

Atividade de intermediação financeira (bancária)

Formação da riqueza

Receitas de intermediação financeira.


Receita de prestação de serviços.
Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão.
Outras receitas.
Despesas de intermediação financeira.

Na atividade bancária, por convenção, assume-se que as despesas com


intermediação financeira devem fazer parte da formação líquida da
riqueza e não de sua distribuição.

4 - A DVA na prática

A exigência da apresentação da DVA é estabelecida na 6404.

Art. 176 .... Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, eue deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício: ...

V – se Companhia aberta, a demonstração do valor adicionado;

A DVA deverá apresentar, no mínimo:


 A riqueza produzida
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O total do item 8 deve ser igual ao item 7.

A participação dos não controladores aparece apenas na versão consolidada da


demonstração.

5 - Notas explicativas - NEs

Uma NE é uma informação adicional em relação à apresentada nas DCs.


Atenção aqui: as NEs só podem tratar de assuntos presentes nas DCs, ou de
itens de interesse que não se enquadraram nos critérios para reconhecimento
nas DCs.

5.1 - NEs no CPC

As notas explicativas devem:

 apresentar informação acerca da base para a elaboração das


demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas;
 divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos,
Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada
nas demonstrações contábeis; e
 prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua
compreensão.

As notas explicativas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de


forma sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência
cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas explicativas.

As notas explicativas são normalmente apresentadas pela ordem a seguir, no


sentido de auxiliar os usuários a compreender as demonstrações contábeis e a
compará-las com demonstrações contábeis de outras entidades:

 declaração de conformidade com os Pronunciamentos Técnicos,


Orientações e Interpretações do CPC;
 resumo das políticas contábeis significativas aplicadas;
 informação de suporte de itens apresentados nas demonstrações
contábeis pela ordem em que cada demonstração e cada rubrica sejam
apresentadas; e

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 outras divulgações, incluindo:


 passivos contingentes e compromissos contratuais não
reconhecidos; e

 divulgações não financeiras, por exemplo, os objetivos e políticas


de gestão do risco financeiro da entidade.

Em algumas circunstâncias, pode ser necessário ou desejável alterar a ordem


de determinados itens nas notas explicativas. Contudo, até onde for praticável,
deve ser mantida uma estrutura sistemática das notas explicativas.

As notas explicativas que proporcionam informação acerca da base para a


elaboração das demonstrações contábeis e as políticas contábeis específicas
podem ser apresentadas como seção separada das demonstrações contábeis.

Divulgação de políticas contábeis

A entidade deve divulgar no resumo de políticas contábeis significativas:

 a base (ou bases) de mensuração utilizada(s) na elaboração das


demonstrações contábeis; e
 outras políticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a
compreensão das demonstrações contábeis.

Ao decidir se determinada política contábil deve ou não ser divulgada, a


administração deve considerar se sua divulgação proporcionará aos usuários
melhor compreensão da forma em que as transações, outros eventos e
condições estão refletidos no desempenho e na posição financeira relatadas.

Cada entidade deve considerar a natureza das suas operações e as políticas


que os usuários das suas demonstrações contábeis esperam que sejam
divulgadas para esse tipo de entidade.

Uma política contábil pode ser significativa devido à natureza das operações da
entidade, mesmo que os montantes associados a períodos anteriores e ao
atual não sejam materiais. É também apropriado divulgar cada política contábil
significativa que não seja especificamente exigida pelos CPCs.

A entidade deve divulgar, no resumo das políticas contábeis significativas ou


em outras notas explicativas, os julgamentos realizados, com a exceção dos
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que envolvem estimativas , que a administração fez no processo de aplicação


das políticas contábeis da entidade e que têm efeito mais significativo nos
montantes reconhecidos nas demonstrações contábeis.

No processo de aplicação das políticas contábeis da entidade, a administração


exerce diversos julgamentos, com a exceção dos que envolvem estimativas,
que podem afetar significativamente os montantes reconhecidos nas
demonstrações contábeis. Por exemplo, a administração exerce julgamento ao
definir:

 se os ativos financeiros são instrumentos mantidos até o vencimento;


 quando os riscos e benefícios significativos sobre a propriedade de ativos
financeiros e de ativos arrendados são substancialmente transferidos
para outras entidades;
 se, em essência, determinadas vendas de bens decorrem de acordos de
financiamento e, portanto, não dão origem a receitas de venda; e
 se a essência da relação entre a entidade e uma sociedade de propósito
específico indica que essa sociedade de propósito específico é controlada
pela entidade.

Fontes de incerteza na estimativa

A entidade deve divulgar, nas notas explicativas, informação acerca dos


pressupostos relativos ao futuro e outras fontes principais de incerteza nas
estimativas ao término do período de reporte que possuam risco significativo
de provocar ajuste material nos valores contábeis de ativos e passivos ao
longo do próximo exercício social. Para esses itens, as notas explicativas
devem incluir detalhes elucidativos acerca:

 da sua natureza; e
 do seu valor contábil ao término do período de reporte.
As divulgações descritas não são requeridas para ativos e passivos que tenham
risco significativo de que seus valores contábeis possam sofrer alteração
significativa ao longo do próximo exercício social se, ao término do período de
reporte, forem mensurados pelo valor justo.

A natureza e a extensão da informação a ser divulgada variam de acordo com


a natureza dos pressupostos e outras circunstâncias. Exemplos desses tipos de
divulgação são os que seguem:

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 a natureza dos pressupostos ou de outras incertezas nas estimativas;


 a sensibilidade dos valores contábeis aos métodos, pressupostos e
estimativas subjacentes ao respectivo cálculo;
 a solução esperada de incerteza e a variedade de desfechos
razoavelmente possíveis ao longo do próximo exercício social em relação
aos valores contábeis dos ativos e passivos impactados; e
 uma explicação de alterações feitas nos pressupostos adotados no
passado no tocante a esses ativos e passivos, caso a incerteza
permaneça sem solução.

Se for impraticável divulgar os possíveis efeitos de um pressuposto ou de outra


fonte principal de incerteza das estimativas ao término do período de reporte,
a entidade deve divulgar que é razoavelmente possível, com base no
conhecimento existente, que os valores dos respectivos ativos ou passivos ao
longo do próximo exercício social tenham que sofrer ajustes materiais em
função da observação de uma realidade distinta em relação àqueles
pressupostos assumidos. Em todos os casos, a entidade deve divulgar a
natureza e o valor contábil do ativo ou passivo específico (ou classe de ativos
ou passivos) afetado por esses pressupostos.

Capital

A entidade deve divulgar informações que permitam aos usuários das


demonstrações contábeis avaliar seus objetivos, políticas e processos de
gestão de capital:

 informações qualitativas sobre os seus objetivos, políticas e processos de


gestão do capital, incluindo, sem a elas se limitar, as seguintes:
 descrição dos elementos abrangidos pela gestão do capital;
 caso a entidade esteja sujeita a requisitos de capital impostos
externamente, a natureza desses requisitos e a forma como são
integrados na gestão de capital; e
 como está cumprindo os seus objetivos em matéria de gestão de
capital.
 dados quantitativos sintéticos sobre os elementos incluídos na gestão do
capital;
 quaisquer alterações dos elementos referidos nas alíneas anteriores em
relação ao período precedente;

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 indicação do cumprimento ou não, durante o período, dos eventuais


requisitos de capital impostos externamente a que a entidade estiver ou
esteve sujeita;
 caso a entidade não tenha atendido a esses requisitos externos de
capital, as consequências dessa não observância.

Instrumentos financeiros com opção de venda classificados no PL

No caso de instrumentos financeiros com opção de venda (puttable)


classificados como instrumentos patrimoniais, a entidade deve divulgar:

 dados quantitativos resumidos sobre os valores classificados no


patrimônio líquido;
 seus objetivos, políticas e os processos de gerenciamento de sua
obrigação de recompra ou resgate dos instrumentos quando requerido a
fazer pelos detentores desses instrumentos;
 o fluxo de caixa de saída esperado na recompra ou no resgate dessa
classe de instrumentos financeiros; e
 informação sobre como esse fluxo de caixa esperado na recompra ou no
resgate dessa classe de instrumentos financeiros foi determinado.

Outras divulgações

A entidade deve divulgar nas notas explicativas:

 o montante de dividendos propostos ou declarados e não reconhecido


como uma distribuição aos proprietários durante o período, bem como o
respectivo valor por ação ou equivalente;
 a quantia de qualquer dividendo preferencial cumulativo não
reconhecido.

A entidade deve divulgar, caso não for divulgado em outro local entre as
informações publicadas com as demonstrações contábeis, as seguintes
informações:

 o domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o


endereço da sede registrada (ou o local principal dos negócios, se
diferente da sede registrada);

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 a descrição da natureza das operações da entidade e das suas principais


atividades; e
 o nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em
última instância.
 se uma entidade constituída por tempo determinado, informação a
respeito do tempo de duração.

5.2 - NEs na 6404

A 6404, Art. 176, também traz regramento para NEs, que segue o definido
pelo CPC, mas vamos dar uma olhada:
...
As NEs devem:
 apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas
para negócios e eventos significativos;
 divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras;
 fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada; e
 indicar:

 os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais,


especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização
e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e
dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de
elementos do ativo;
 os investimentos em outras sociedades, quando relevantes
 o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas
avaliações
 os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou
contingentes
 a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das
obrigações a longo prazo
 o número, espécies e classes das ações do capital social
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 as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício


 os ajustes de exercícios anteriores
 os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação
financeira e os resultados futuros da companhia.

Muito bem, pessoal! Ficamos por aqui na teoria.

Turma, temos pouquíssimas questões da Esaf sobre a matéria de hoje. Na


verdade, de 2009 até agora, somente existem sete questões a esse respeito.
Seis delas iremos resolver hoje. A outra está relacionada a EPCLD, que será
assunto de aulas futuras, quando a incluirei. Fiz uma seleção de questões da
Cespe, FGV e FCC, equilibrando os assuntos, para vocês treinarem bastante a
DFC e a DVA.

Sobre Notas Explicativas, já resolvemos bastantes exercícios nas aulas de BP e


DRE, veremos mais alguns hoje.

Vamos exercitar!

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Exercícios Resolvidos

1 – Esaf 2012 AFC STN - A empresa Inovação S.A. produtora de cabos de


energia efetuou as seguintes operações em 2012:
I. Lançamento da depreciação do ano.
II. Pagamento de dividendos.
III. Juros sobre o Capital Próprio Recebidos.
Pode-se afirmar que estes eventos afetam a Demonstração dos Fluxos de
Caixa, respectivamente, como:
a) ajuste das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento;
entrada das fontes de investimento.
b) entrada das fontes de investimento; saída das fontes de financiamento;
entradas das fontes de financiamento.
c) entrada das fontes de financiamento; entrada das fontes de investimento;
saída das fontes de financiamento.
d) entrada das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento;
saídas das fontes de investimento.
e) saída das atividades operacionais; saídas das atividades operacionais;
entrada das atividades operacionais.

Vamos analisar cada caso:


I – Depreciação - Ajuste
DFC pelo Método Indireto
O primeiro passo é ajustar o resultado, tirando dele as atividades que não
afetaram o caixa e as que não pertencem ao fluxo das operações.
O resultado ajustado nada mais é do que o resultado do exercício sem
considerar as parcelas que, embora tenham sido classificadas como despesa ou
receita, e tenham afetado o resultado, não implicaram saída ou entrada de
caixa. Faço ajustes também para retirar valores que estão no resultado e não
fazem parte do fluxo das operações, como, por exemplo, o ganho ou
perda na venda de imobilizado, ou investimento, ou intangível. Isso faz
parte do fluxo de investimento.
Exemplos de ajustes:
 depreciação
 variação cambial
 resultado do MEP
 resultado da alienação de imobilizado, intangível ou investimentos
 despesas e receitas que não afetaram o caixa

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II – Pagamento de dividendos – Saída, atividades de financiamento


Apesar da controvérsia e da possibilidade de classificação em qualquer dos
fluxos, o CPC encoraja fortemente as entidades a classificarem assim:
 Juros recebidos ou pagos  fluxo operacional
 Dividendos e JCP recebidos  fluxo operacional
 Dividendos e JCP pagos fluxo de financiamento.
A CVM também adota essa classificação, e a opção por alternativa diferente
deve ser seguida de nota evidenciando esse fato.

III – JCP Recebidos – Obviamente a Esaf, polêmica como gosta de ser, não
seguiu a orientação do CPC e da CVM, e classificou como entrada das
atividades de investimento.
Isso não fez diferença, pois a questão, nesse caso, já se resolvia apenas com a
classificação do Item I. Contudo, anotem o entendimento da banca, para
futuras questões e recursos, caso o gabarito venha diferente. Afinal, não se
pode, em uma prova objetiva, fazer uma questão cuja resposta seja qualquer
coisa, não é mesmo?

Gaba: A

2 – Esaf 2012 AFC STN - Os gastos com serviços de terceiros e materiais


utilizados para construção de ativos para a própria empresa devem ser
apropriados na Demonstração do Valor Adicionado como:
a) outras receitas.
b) perda de valores internos.
c) riqueza transferida.
d) insumos adquiridos de terceiros.
e) remuneração do capital de terceiros.
Ativos construídos pela empresa para uso próprio
Para elaboração da DVA, essa construção equivale a produção vendida para a
própria empresa, e por isso seu valor contábil integral precisa ser considerado
como receita.
A mão-de-obra própria alocada é considerada como distribuição dessa
riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse
mesmo tratamento.
Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como
insumos.
Gaba: D
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3 – Esaf 2012 AFRFB - Nas empresas industriais são classificados como valor
adicionado recebido em transferência os
a) resultados de equivalência patrimonial e os dividendos relativos a
investimentos avaliados ao custo.
b) dividendos de participações societárias avaliadas pelo método de
equivalência e os aluguéis.
c) dividendos distribuídos e os resultados da avaliação de ativos ao seu valor
justo.
d) juros sobre o capital próprio creditados e as receitas financeiras de qualquer
natureza.
e) gastos com ativos construídos pela empresa para uso próprio e os
resultados obtidos com aquisições societárias vantajosas.

Vamos classificar cada item:


Letra A, correta. Valor adicionado recebido em transferência.

Letra B, errada. No MEP, não há receita de dividendos, lembram-se? Somente


os dividendos de investimentos avaliados pelo método do custo é que devem
ser classificados como valor adicionado recebido em transferência.

Letra C, errada. Dividendos distribuídos entram na parte de distribuição da


DVA, como remuneração de capitais de terceiros. Eventuais ajustes de ativos,
entram na geração, no item de insumos adquiridos de terceiros.

Letra D, errada. JCP aparecem no item de remuneração de capitais próprios.

Letra E, errada. Construção de ativos para uso próprio é um caso especial,


tratado da seguinte forma:
A mão-de-obra própria alocada é considerada como distribuição dessa
riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse
mesmo tratamento.
Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como
insumos.

Gaba: A

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Dos registros da Cia. Boreal, foram extraídos os dados relativos aos exercícios
contábeis de 2009/2010, a seguir:
Contas de Ativo 2009 2010
Disponibilidades 2.000 1.000
Estoques 3.000 5.900
Clientes 6.300 8.000
Provisão Créd Liq Duvidosa (PCLD) (300) (400)
Participações Societárias 13.500 23.500
Imobilizado Custo 36.000 40.000
Depreciação Acumulada (8.000) (5.000)
Marcas e Patentes 2.500 2.000
Total do Ativo 55.000 75.000
Contas de Passivo e Patrimônio Líquido 2009 2010
Contas a Pagar 4.000 5.000
Fornecedores 14.000 6.900
Dividendos 4.000 6.400
Provisão p/ Imposto de Renda e Contribuições 2.500 3.200
Títulos a Pagar (I) - 0 5.000
Capital Social 28.400 40.000
Reserva Legal 100 740
Reservas de Lucros 2.000 7.760
Total do Passivo + Patrimônio Líquido 55.000 75.000

Demonstração de Resultado de Exercício 2010


1. Vendas 190.000
2. (-) CMV (100.000)
3. Resultado Bruto Operacional 90.000
4. (-) Despesas:
Administrativas (40.000)
Financeiras (10.000)
de Vendas (45.500)
de Depreciações (3.000)
de Amortização (500) Total despesas(99.000)
5. Resultado de Equivalência Patrimonial 10.000
6. Resultado c/ Venda de Imobilizado 15.000
7. Resultado Antes do Imposto de Renda 16.000
8. Provisão p/ Imposto de Renda e Contribuições (3.200)
9. Resultado Líquido do Exercício 12.800
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Distribuição do Resultado de Exercício 2010


Reserva Legal 640
Dividendos 6.400
Reservas de Lucros 5.760
Total do Resultado Apurado 12.800

Informação adicional
I. Títulos com vencimento previsto para 30 dias.
II. Com relação a PCLD, a provisão em 2010 correspondeu a R$400,00. Não
houve registro de reversão dos saldos anteriores.
III. O Resultado c/Venda do Imobilizado corresponde a 75% do valor líquido do
bem vendido.
Com base nos dados fornecidos, responder:

4 – Esaf 2012 AFRFB - O resultado apurado no período:


a) gerou um ingresso total de caixa de R$ 16.300,00.
b) quando ajustado, é negativo em R$ 8.700,00.
c) contribuiu para ingresso financeiro de R$ 12.800,00.
d) representa um uso total de disponibilidades de R$ 12.300,00.
e) indica que a atividade operacional foi positiva em R$ 1.300,00.

Vamos fazer o início da DFC pelo Método Indireto, uma vez que está sendo
pedido o resultado ajustado.

Antes, vamos ver para que servem as informações adicionais:


I. Títulos com vencimento previsto para 30 dias.
Significa que a conta, no valor de 5000, é de curto prazo, e deverá ser
considerada no fluxo das operações.
II. Com relação a PCLD, a provisão em 2010 correspondeu a R$400,00. Não
houve registro de reversão dos saldos anteriores.
Se não houve reversão, trabalho apenas com os valores do BP (300 e 400)
III. O Resultado c/Venda do Imobilizado corresponde a 75% do valor líquido do
bem vendido.
Foi vendido um bem de 60000. Na hora de calcular o valor da alteração no
imobilizado, não posso deixar de considerar a depreciação acumulada.
Se eu tinha 28 (36 -8), vendi 60, e passei a ter 35 (40 -5) quer dizer que eu
comprei 67.

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Letras A, C e D, erradas. Houve saída total de 17 700.


Letra B, correta.
Letra E, errada. O fluxo operacional foi negativo em 13 600.

Turma, nessa questão a chave era ir direto ao valor ajustado. Digo isso, pois
tínhamos três alternativas falando sobre a mesma coisa (A, C e D), com nomes
diferentes e valores diferentes.

Gaba: B

5 – Esaf 2012 AFRFB - Para a elaboração da Demonstração dos Fluxos de


Caixa da Cia. Boreal, deve-se considerar que
a) ocorreu uma aquisição de participações societárias em outras empresas.
b) as atividades operacionais foram alteradas pelo ganho com a venda do
Imobilizado.
c) os dividendos distribuídos devem ser demonstrados como atividade de
investimento.
d) as atividades de financiamento geram um ingresso positivo no fluxo do
caixa.
e) a movimentação dos Fornecedores provoca aumento nas atividades de
financiamentos.

Letra A. Errada. Mas professor, as participações não aumentaram de


13500 para 23500? Sim, caro aluno, aumentaram, mas o aumento deu-se
em virtude do resultado positivo no MEP, de 10000, e não em virtude de
aquisição de novas participações.

Letra B, errada. A venda de imobilizado afeta o fluxo de investimentos, e não o


operacional.

Letra C, errada. Dividendos pagos afetam as atividades de financiamento.

Letra D, correta. Positivo em 2400.

Letra E, errada. Movimentação em contas de fornecedores gera alteração no


fluxo das atividades operacionais.

Gaba: D
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6 – Esaf 2010 Susep - Na elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa


podemos dizer que:
a) acréscimos em contas do ativo aumentam caixa.
b) decréscimos em contas do Patrimônio Líquido diminuem caixa.
c) acréscimos em contas do passivo diminuem caixa.
d) decréscimos em contas do Ativo diminuem caixa.
e) decréscimos em contas do Patrimônio Líquido aumentam caixa.

Na DFC elaborada pelo método indireto, partindo do resultado ajustado


fazemos a contabilização do que aumentou ou diminuiu nas contas relativas
ao fluxo das operações, implicando entrada ou saída de caixa.

Isso é feito da seguinte forma:

Contas do Ativo (envolvidas no fluxo das operações)

Se o saldo:
 aumentou – subtraímos do resultado ajustado
 diminuiu – somamos ao resultado ajustado

Contas do Passivo e do PL (envolvidas no fluxo das operações)

Se o saldo:
 aumentou – somamos ao resultado ajustado
 diminuiu – subtraímos do resultado ajustado

Letra A, errada. Diminui caixa.

Letra C, errada. Aumenta caixa.

Letra D, errada. Aumenta caixa.

Letra E, errada. Diminui caixa.

Letra B, correta. O comportamento no PL é igual ao do Passivo.

Gaba: B

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7 – FGV 2013 Inea RJ - Com relação às demonstrações contábeis, assinale a


afirmativa correta.
A) A conta “veículos” sempre será classificada no Balanço Patrimonial no ativo
não circulante, tanto sendo destinada à formação da frota para uso como para
revenda fazendo parte de sua operação principal.
B) O lucro líquido apurado na demonstração do resultado do exercício é
transferido integralmente para a conta lucros acumulados do patrimônio líquido
do balanço patrimonial.
C) O recebimento da conta “Clientes” e o pagamento da conta “Fornecedores”
afetam o saldo do “Caixa líquido consumido nas atividades operacionais”
constante da demonstração do fluxo de caixa.
D) O método direto de elaboração da demonstração do fluxo de caixa, parte do
lucro líquido do exercício, é ajustado pelas receitas e despesas que não afetam
o Caixa nem o Equivalente‐Caixa.
E) As despesas com depreciação afetam o saldo do balanço patrimonial, o lucro
apurado na demonstração do resultado do exercício e o saldo final do fluxo de
caixa pelo método direto.

Letra A, errada. Veículos para revenda são contabilizados na conta estoque, e


os estoques, como sabemos, são sempre reconhecidos no ativo circulante.

Letra B, errada. O lucro líquido apurado na DRE deve ser destinado de acordo
com as regras que estudamos. A conta de lucro acumulado não existe no BP
final, apenas pode aparecer durante o exercício.

Letra D, errada. Essa é a descrição do método direto.

Letra E, errada. A depreciação afeta, sim, o BP e a DRE, mas não entra na


DFC, pois não implica saída de caixa, Atenção: embora a depreciação faça
parte do cálculo do fluxo das atividades de operação no método indireto, ela
não influi no resultado em nenhum dos métodos. Tanto pelo direto quanto pelo
indireto, o resultado final será o mesmo.

Letra C, perfeita.

Gaba: C

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8 - FGV 2010 Detran RN - Os demonstrativos adotados internacionalmente


pelas empresas e que, a partir da Lei nº. 11638/07 representam também os
demonstrativos contábeis obrigatórios para as empresas brasileiras, além do
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, são:
A) Demonstração dos Lucros Acumulados e Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos.
B) Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.
C) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração do
Valor Adicionado.
D) Demonstração das Reservas de Lucros e Demonstração do Fluxo de Caixa.
E) Notas Explicativas e Demonstração de Lucros e Prejuízos.

DCs requeridas na visão do CPC

 BP - balanço patrimonial;
 DRE - demonstração do resultado;
 DRA - demonstração do resultado abrangente;
 DMPL - demonstração das mutações do patrimônio líquido;
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa;
 NE - notas explicativas (não são demonstrações);
 DVA - demonstração do valor adicionado
 balanço patrimonial do período mais antigo quando:
 for aplicada política contábil retrospectivamente
 for apresentada retrospectiva de itens das DCSs
 forem reclassificados itens das DCs;

DCs exigidas pela 6404:

 BP - balanço patrimonial;
 DLPA - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
 DRE - demonstração do resultado do exercício;
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa;
 DVA - demonstração do valor adicionado, se companhia aberta.

Vamos lá:
DOAR não existe mais, logo, A e C estão erradas.
Letra D, errada. Não existe essa tal demonstração de reservas de lucros que
foi citada.
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Letra E, errada. Notas explicativas não são demonstrações contábeis.

Gaba: B

9 - FGV 2010 Sefaz RJ - A Cia. Topázio apresentou o seguinte Balanço em


31/12/2008:

As seguintes operações ocorreram durante o ano de 2009:


I. a empresa auferiu receitas de vendas no valor de $ 600.000, integralmente
recebidas.
II. a empresa incorreu em despesas operacionais no valor de $ 250.000, que
serão pagas no período seguinte.
III. os equipamentos são depreciados à taxa de 10% ao ano, sem considerar
valor residual.
IV. a Cia. Alfa, em que a Cia. Topázio tem 100% de participação, gerou um
lucro de $10.000.
V. metade do saldo inicial de caixa foi aplicada gerando um rendimento de
12% durante o ano.
VI. do saldo de clientes, 90% foram integralmente recebidos.
VII. compra de um terreno por $ 40.000 à vista.

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E) será obrigatória para as companhias cujo Patrimônio Líquido seja superior a


R$240.000,00.

A exigência da apresentação da DVA é estabelecida na 6404.

Art. 176 .... Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, eue deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício: ...

V – se Companhia aberta, a demonstração do valor adicionado;

Gaba: A

As questões 12 e 13 devem ser respondidas a partir dos dados apresentados


na tabela a seguir.

12 – FGV 2010 Badesc - O Valor Adicionado Total a Distribuir é de:


A) 2.106.900,00.
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15 – FGV 2009 Sefaz RJ - A Cia. Rubi efetuou as seguintes operações


durante o ano de 2009:

Em 31.12.2009, o valor adicionado a distribuir da Cia. Rubi será de:


A) $ 65.000.
B) $ 68.000.
C) $ 63.000.
D) $ 69.000.
E) $ 72.000.

Mais uma DVA:

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18 - Cespe 2013 CNJ - A respeito de demonstrações contábeis, seus


componentes, seus respectivos registros e sua evidenciação, julgue os itens
subsequentes. Os recursos recebidos pela emissão de debêntures são
classificados como oriundos da atividade operacional ao se elaborar o fluxo de
caixa da empresa.

Errado, fazem parte das atividades de financiamento


 caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos
patrimoniais;
 pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
 caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de
curto e longo prazos;
 amortização de empréstimos e financiamentos;
 pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo
a arrendamento mercantil financeiro.

Gaba: E

19 - Cespe 2013 CNJ - Assim como na demonstração do resultado do


exercício, o valor dos impostos recuperáveis é retirado dos custos dos produtos
vendidos para a elaboração da demonstração do valor agregado (DVA).

Errado, os impostos são incluídos.


Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos tributos
incidentes sobre essas receitas, ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou
faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos
estejam fora do cômputo dessas receitas.
Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais,
serviços, energia e outros, consumidos, devem ser considerados os
tributos incluídos no momento das compras recuperáveis ou não. Esse
procedimento é diferente das práticas utilizadas na demonstração do resultado.

Gaba: E

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22 - Cespe 2012 TJ - Em relação à demonstração do fluxo de caixa (dfc),


julgue os itens subsequentes. O aumento do valor de contas a receber de
clientes no final do período em relação ao valor do início do período implica
redução no fluxo de caixa operacional.

Contas a receber pertence ao ativo e seu saldo aumentou. Vamos ver


como fica:
Contas do Ativo (envolvidas no fluxo das operações) 
Se o saldo:
 aumentou – subtraímos do resultado ajustado 
 diminuiu – somamos ao resultado ajustado
Contas do Passivo (envolvidas no fluxo das operações)
Se o saldo:
 aumentou – somamos ao resultado ajustado
 diminuiu – subtraímos do resultado ajustado

Fique atento ao seguinte: se as contas a receber forem de longo prazo, não


há implicação alguma no fluxo das operações. Quando o comando da questão
não fala nada sobre o prazo, você assume que é curto prazo, e, portanto,
operacional.

Gaba: C

23 - Cespe 2012 TJ - As operações de pagamento de empréstimos e compra


de imobilizados geram, respectivamente, reduções nos fluxos de caixa de
investimento e de financiamento.
Errado, vamos ver.
Pagamento de empréstimos, caso geral:
operacional no que se refere aos juros
financiamento no que se refere à amortização
Compra de imobilizados:
investimento

Fique atento para o caso de o examinador falar em imobilizado para aluguel,


pois aí teremos fluxo das operações.

Gaba: E

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Letra A, errada. A DVA está estruturada para ser elaborada a partir da DRE.
Mas ela tem também uma interface com a DLPA, na parte que diz respeito à
distribuição do resultado do exercício, principalmente dos dividendos.
Segue, sim o CPC 00, como todas as DCs, mas segue principalmente o CPC 09.
Letra B, errada. A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada,
minimamente, da seguinte forma:
 pessoal e encargos;
 impostos, taxas e contribuições;
 juros e aluguéis;
 juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
 lucros retidos/prejuízos do exercício.
Letra C, errada. A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos.
Letra E, errada. A DVA mostra o valor adicionado, ou seja, a riqueza criada
pela empresa medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos
adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em
transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.
Não é só o esforço da entidade que é demonstrado.

Gaba: D

26 - Cespe 2012 TJ - Acerca da elaboração da demonstração do fluxo de


caixa, de acordo com a legislação societária e os pronunciamentos do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens que se seguem.
O resgate do principal de aplicações financeiras não classificadas como
equivalentes de caixa e os desembolsos de empréstimos concedidos pela
empresa constituem saídas de caixa classificadas nas atividades de
investimento e evidenciadas na demonstração do fluxo de caixa.

Empréstimo concedido: Atividade de Investimento


Resgate de aplicações não classificadas como mantidas para negociação ou
disponíveis para venda futura: Atividade de Investimento.

O erro, meus caros, está no fato de que o resgate de aplicações implica


entrada de caixa, e não saída.
Fiquem atentos às entradas e saídas.

Gaba: E

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27 - Cespe 2012 TJ - As vendas de ações emitidas e os empréstimos obtidos


no mercado mediante emissão de debêntures ou outros instrumentos de dívida
de curto ou longo prazo são exemplos de entradas de caixa classificados nas
atividades de financiamento e evidenciados na demonstração do fluxo de
caixa.
Certo, fazem parte das atividades de financiamento
 caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos
patrimoniais;
 pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
 caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas
promissórias, outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de
curto e longo prazos;
 amortização de empréstimos e financiamentos;
 pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo
a arrendamento mercantil financeiro.

Gaba: C

28 - Cespe 2012 MPE - A demonstração do valor adicionado evidencia a


criação de valor pela empresa e sua distribuição equânime entre os agentes
econômicos que contribuíram nesse processo.

Errado. Não tem nada de equânime na distribuição dos valores. Além do que, a
geração é feita pela empresa e por terceiros.

Gaba: E

29 - Cespe 2012 MPE - Acerca da demonstração dos fluxos de caixa (DFC),


conforme Pronunciamento CPC n.º 3, julgue os próximos itens.
Para as entidades obrigadas à apresentação da DFC que optarem pelo uso do
método direto, é recomendável a apresentação da conciliação entre o lucro
líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.
Errado.
A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades
operacionais deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o
método direto.
Gaba: E
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30 - Cespe 2012 MPE - A forma de divulgação da DFC das atividades


operacionais depende do método empregado — ѕe dіreto ou іndіreto.
Correto. Podem ser utilizados os dois métodos.

Gaba: C

31 - Cespe 2012 MPE - A aquisição de um veículo deve ser representada na


seção relativa às atividades de financiamento.
Errado. Aquisição de imobilizado faz parte do fluxo de investimentos, exceto se
forem destinados a aluguel, caso em que serão classificados como fluxo das
operações.

Gaba: E

32 - Cespe 2012 MPE - Recebimentos e pagamentos de prêmios e sinistros,


anuidades e outros benefícios da apólice feitos por seguradora são exemplos
de atividades operacionais.

Atividades operacionais
 recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de
serviços;
 recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e
outras receitas;
 pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
 pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
 recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e
sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice;
 pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos
que possam ser especificamente identificados com as atividades de
financiamento ou de investimento;
 recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para
negociação imediata ou disponíveis para venda futura.

Essas, mais os casos especiais de juros, dividendos, ativos para aluguel,


estoques de títulos, empréstimos amortizados no caso de bancos e outros que
não se encaixem nem em investimento nem em financiamento. Fiquem
atentos.
Gaba: C
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DFC

Os fluxos de caixa do período classificados por


atividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

Gaba: E

35 - Cespe 2011 CBM - Julgue os itens seguintes, relativos ao custo para


tomada de decisões e às demonstrações contábeis. A demonstração do fluxo
de caixa, quando analisada em conjunto com a demonstração do resultado,
pode informar a taxa de conversão do caixa em lucros futuros.
Certo.
Uma análise do histórico dos valores mantidos em caixa (DFC) e dos valores do
lucro líquido (DRE) pode levar ao estabelecimento de uma taxa de conversão
de caixa em lucros.

Gaba: C

36 - Cespe 2011 CBM - Julgue os itens seguintes, relativos ao custo para


tomada de decisões e às demonstrações contábeis.
A demonstração do valor adicionado tem relação conexa com a demonstração
do resultado do exercício, uma vez que ambas estão dirigidas para a geração
de riqueza e sua respectiva distribuição exclusivamente aos sócios e acionistas.
A DVA está estruturada para ser elaborada a partir da DRE. Assim, há uma
estreita vinculação entre essas duas demonstrações. O erro está no fato de
que a distribuição de riquezas não é mostrada apenas em relação aos
sócios e acionistas.

Gaba: E

37 - Cespe 2011 Correios - Considerando que determinada empresa tenha


vendido, à vista, um bem de seu ativo imobilizado por R$ 34.500,00, e
sabendo que esse bem, quando adquirido, há três anos e sete meses, possuía
vida útil remanescente de dez anos e foi registrado pelo custo de R$
54.000,00, julgue os itens que se seguem.

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Na demonstração de fluxo de caixa pelo método indireto, a transação produzirá


impacto em atividades de investimento, por se tratar de alienação de um
imobilizado, mas não provocará impacto em atividades operacionais, visto que
a alienação de imobilizado é atividade não operacional.

Muito bem! Esta questão é controversa e, a meu ver, o examinador equivocou-


se, pois, na verdade, o ganho ou perda na venda de imobilizado causa impacto
no resultado ajustado que serve de base para o fluxo operacional, e não no
próprio fluxo operacional. Mas esse foi o entendimento da banca, e embora
incorretíssimo, foi mantido.

Para resolver essa questão temos que depreciar o bem e verificar se houve
ganho ou perda na alienação.
Vl contábil inicial: 54000
depreciação: 450 ao mês
43 meses = 19350 de depreciação
54000 – 19350 = 34650 valor contábil final
Preço de venda 34500
Perda na venda 150
Isto feito, vimos que haverá impacto no cálculo do resultado ajustado, que
serve de base para o cálculo do operacional, e a banca considerou que isso
causa impacto no próprio fluxo das operações.

Gaba: E

38 - Cespe 2011 Correios - As variações ocorridas na conta de reserva de


lucros, em dado exercício, serão evidenciadas na demonstração de fluxo de
caixa.
Errado, as reservas não possuem relação com a DFC.
Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa
ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da demonstração dos fluxos de
caixa. Exemplos:
 Depreciação
 Constituição de EPCLD
 Ajuste de Avaliação Patrimonial
 Constituição de Reservas

Gaba: E
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39 - Cespe 2011 FUB - As demonstrações contábeis obrigatórias para as


sociedades anônimas de capital aberto incluem o balanço patrimonial, a
demonstração do resultado do exercício e, para algumas empresas, a
demonstração de fluxo de caixa.

Correto, a lista não está completa, mas BP, DRE e DFC são demonstrações
exigidas para as SAs de capital aberto.

Gaba: C

40 - Cespe 2011 FUB - A partir da NBC T1, que define a estrutura conceitual
para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, todas as
entidades contábeis devem seguir exclusivamente o regime de competência.

Errado, o regime de caixa é excepcionalmente utilizado na elaboração da DFC


pelas entidades comerciais, e também é utilizado pelas entidades públicas nos
aspectos orçamentários da arrecadação de receitas e na elaboração da DFC.

Gaba: E

41 - Cespe 2010 DETRAN - A respeito de elaboração e análise dos


demonstrativos contábeis de entidades públicas ou privadas, julgue os itens
seguintes.
As movimentações no caixa e seus equivalentes são evidenciadas e
controladas por meio da demonstração dos fluxos de caixa que, elaborada pelo
método direto ou indireto, devem incidir sobre os fluxos das operações, dos
investimentos ou dos financiamentos.

Perfeito! Resume o conceito da DFC.

Gaba: C

42 - Cespe 2010 ABIN - Acerca da demonstração do valor adicionado (DVA),


julgue os itens a seguir de acordo com os atuais pronunciamentos contábeis
brasileiros.
Apesar de ser elaborada a partir da demonstração do resultado do exercício,
DVA tem uma interface com a demonstração dos lucros ou prejuízos

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Errado!
Vejam que situação ingrata: A banca apegou-se à literalidade para dar como
errado um fragmento de texto que, de forma genérica, atende sim à descrição
de uma característica da DVA.
A DVA segue os princípios contábeis? De forma geral, é óbvio que sim.
A DVA dá informações sobre a contribuição da entidade para o PIB? De forma
geral, sim!
Só que o examinador queria que você soubesse a definição abaixo, do
CPC 09:
DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando
apresentar, eliminados os valores que representam dupla contagem, a
parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno
Bruto (PIB). Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de
valor aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos
durante determinado período.

Gaba: E

Dados para as questões 45 a 49.

DRE 2009 $ mil


Depreciação (20400)
Lucro Líquido 26800
EPCLD (4343)
Resultado na Alienação de Imobilizado 3232
Resultado MEP 1010
Variação Cambial de Investimentos 2121

BP $ mil 2009 2008


ativos e passivos circulantes
contas a pagar 216300 189890
contas a receber de clientes 535400 497780
despesas antecipadas 62500 71670
estoques 246600 205560
fornecedores 136700 116450
obrigações trabalhistas e previdenciárias 65800 73340
provisão créditos de liquidação duvidosa (20900) (20230)
ativos e passivos não circulantes

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empréstimos e financiamentos 435980 412230


financiamentos incentivados 5870 6120
imobilizado 310010 286760
intangível 254000 271650

Muito bem, vamos fazer a DFC pelo método indireto, que é o que cabe com os
dados oferecidos (DRE e variações dos saldos), depois responderemos a todas
as questões desse bloco:

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52 - Cespe 2010 ABIN - Caso um investimento em coligada ou controlada


seja avaliado pelo método de equivalência patrimonial, a investidora deve
evidenciar, em seu demonstrativo de fluxo de caixa, os fluxos de caixa entre a
investidora e a sociedade investida, na forma de dividendos ou adiantamentos.
CPC 03
Quando o critério contábil for o MEP ou no método de custo, a entidade
investidora fica limitada a apresentar na DFC os fluxos de caixa entre
investidora e investida, representados, por exemplo, por dividendos e por
adiantamentos.

A banca apegou-se à literalidade (faltou o “método de custo”), e considerou


errada essa questão. Porém, o texto não deixa de estar correto. Se eu digo
que se o método for A ou B deve-se proceder da maneira X, está claro que se
o método for A, deve-se proceder da maneira X. Mas a questão não foi
anulada.

Gaba: E

53 - Cespe 2010 ABIN - No caso de empresas não financeiras, os fluxos de


caixa referentes ao imposto de renda e à contribuição social sobre o lucro
líquido devem ser divulgados separadamente e sempre ser classificados como
fluxos de caixa das atividades operacionais.

Errado. IR e CSLL são apresentados na mesma linha, como fluxo das


atividades de operacionais.

Gaba: E

54 - Cespe 2010 ABIN - Caso uma imobiliária cobre aluguéis em nome de


terceiros e os repasse inteiramente aos proprietários dos imóveis, estes não
podem ser apresentados em bases líquidas nos fluxos de caixa provenientes
das atividades operacionais da imobiliária.

Errado, podem sim.


Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de investimento e de
financiamento podem ser apresentados em base líquida nas situações em
que houver:

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 recebimentos e pagamentos em caixa em favor ou em nome de clientes,


e os fluxos refletirem mais as atividades dos clientes do que as da
própria entidade;
 recebimentos e pagamentos em caixa referentes a itens cujo giro seja
rápido, os montantes sejam expressivos e os vencimentos sejam de
curto prazo.
Podem ser apresentados em base líquida:

 recebimentos de caixa e pagamentos em caixa pelo aceite e resgate de


depósitos a prazo fixo;
 depósitos efetuados em outras instituições financeiras ou recebidos de
outras instituições financeiras;
 adiantamentos e empréstimos de caixa feitos a clientes, e a amortização
desses adiantamentos e empréstimos.

Gaba: E

55 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - A análise do fluxo de caixa é


importante instrumento da gestão financeira. Com relação a esse assunto,
julgue o item que se segue. O fluxo de caixa no sentido restrito, ou método
direto é bastante utilizado na atividade de planejamento das empresas e sua
realização, em termos retrospectivos, baseia-se em dados contáveis de
operações efetuadas no período.

Isso mesmo. O método direto baseia-se na análise direta dos saldos e dos
eventos registrados em algumas contas, utilizando cálculos do tipo:

Saldo final = Saldo inicial + Entrada – Saída

Gaba: C

56 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O fluxo de caixa no sentido amplo,


ou método indireto, apresenta, de forma sistematizada, as entradas e os
desembolsos que contribuíram para a variação da conta disponibilidade no
período.

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Errado. O método que apresenta, de forma sistematizada, as entradas e os


desembolsos que contribuíram para a variação da conta disponibilidade no
período, é o direto.

Gaba: E

57 - Cespe 2010 Banco da Amazônia – Depreciação, amortização, aumento


em outras obrigações e aumento do caixa e equivalentes de caixa são itens
evidenciados na demonstração do fluxo de caixa.

Correto, mas apenas no método indireto. Vejam como o comportamento da


banca é contraditório na formulação de questões. se seguissem o padrão da
36, essa poderia ter sido considerada errada.

Gaba: C

Dados para as questões 52 e 53.


Informações consolidadas de empresa nacional de capital aberto, indústria,
comércio, e importação e exportação.

Valores em mil reais


adições ao imobilizado 1710
adições ao intangível 100
adições de investimentos permanentes 248
aumento nos ativos operacionais 7591
aumento nos passivos operacionais 3772
caixa e equivalentes ao final do período 3811
despesas que não afetam o caixa 2480
dividendos e JCP pagos 749
dividendos e JCP recebidos de controlada 719
ingressos de financiamento 3886
lucro líquido 3487
pagamento de financiamentos 4730
recebimento pela emissão de ações 2929
recebimento por empréstimos longo prazo 537
receitas que não afetam o caixa 1930

Vamos fazer a DFC pelo indireto:

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Errado! No quadro podemos ver que o valor é 1873.


Também aqui a classificação errada da conta de dividendos e JCP recebidos
faria você perder a questão.

Gaba: E

60 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - Em relação à administração


financeira, julgue os próximos itens. Deve-se ter cuidado ao adotar a
demonstração do fluxo de caixa pelo método direto, pois esse método dificulta
para o usuário a avaliação da solvência da empresa.

Errado. Tanto o direto quanto o indireto fornecem a mesma informação ao


usuário.

Gaba: E

61 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O método indireto para a


demonstração do fluxo de caixa é usado para demonstrar os recursos
provenientes das atividades operacionais a partir do lucro líquido, ajustado
pelos itens considerados nas contas de resultado que não afetam o caixa da
empresa.

Perfeito! É isso mesmo, como vimos ao longo de toda a aula.

Gaba: C

62 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - A partir do fluxo de caixa realizado


pode-se averiguar o excesso ou a escassez de recursos e identificar como se
comportará, em determinado período, o fluxo de entrada e saída de recursos
financeiros.

Certo!
A DFC proporciona aos usuários das DCs uma base para avaliar a capacidade
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades
da entidade de utilização desses fluxos de caixa.
Permite ainda que os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da
entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua
capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos de
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caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades.

Gaba: C

63 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - Em relação à administração


financeira, julgue os próximos itens. O fluxo de caixa evidencia tanto o
passado quanto o futuro, de forma que se possam tomar, com a devida
antecedência, as medidas apropriadas para enfrentar a escassez ou o excesso
de recursos.
Certo!

A DFC proporciona aos usuários das DCs uma base para avaliar a capacidade
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades
da entidade de utilização desses fluxos de caixa.

Permite ainda que os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da


entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua
capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos de
caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades.

Gaba: C

64 - FGV 2013 ALE MA - A informação acerca da elaboração das


demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas pela
contabilidade, bem como a divulgação da informação requerida pelas normas,
interpretações e comunicados técnicos, que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, consta
A) dos pareceres de auditoria.
B) das notas explicativas.
C) dos relatórios da diretoria.
D) dos relatórios da auditoria interna.
E) das notas de rodapé às demonstrações.

As notas explicativas devem:


 apresentar informação acerca da base para a elaboração das
demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas;

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 divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos,


Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada
nas demonstrações contábeis; e
 prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua
compreensão.

Sem mistério!

Gaba: B

65 – FGV 2010 Sefaz RJ - A Cia Nova Friburgo recebeu em dezembro de


2009 uma intimação de um cliente por um produto comprado ter apresentado
defeito. Os departamentos contábil e jurídico da empresa analisaram a
intimação, apresentaram a defesa e julgaram que a perda da causa é possível.
Ao mesmo tempo, foi verificado que se a Cia Friburgo tiver que pagar a
indenização ao cliente, ela poderá exigir o ressarcimento de cerca de 80% do
valor da indenização cobrada para a empresa fornecedora de matéria prima.
No momento da elaboração das Demonstrações Contábeis de 31.12.2009 a
empresa, de acordo com as normas contábeis brasileiras apresentadas no
Pronunciamento CPC 25, aprovado pelo CFC, analisou a situação e adotou o
seguinte procedimento:
a) a empresa efetuou a Provisão para Contingências pelo valor de 100% da
indenização cobrada.
b) a empresa apresentou sua posição em notas explicativas.
c) a empresa não teve obrigação de evidenciar o fato.
d) a empresa efetuou a Provisão para Contingências pelo valor de 20% da
indenização cobrada.
e) a empresa constituiu uma Reserva para Contingência pelo valor de 100% da
indenização cobrada.

Vamos ver.
Letras A, D e E, erradas. O texto diz que a perda da causa é possível, e só
são reconhecidas provisões e reservas nos casos em que os fatos são
prováveis.
Letra B, correta. Se não pode reconhecer, e existe alguma importância para o
usuário, deve ser inserido em NEs.

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Letra C, errada. Deve expor o fato nas NEs, pois se tem alguma relevância, e
não entrou nas DCs, deve aparecer nas NEs. Não há dados sobre a relevância
ou não, e nesse caso, para a prova, inferimos que é relevante.

Gaba: B

Chegamos ao fim da aula.


Destruam carinhosamente a matéria!!!

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Lista das Questões Apresentadas

1 – Esaf 2012 AFC STN - A empresa Inovação S.A. produtora de cabos de


energia efetuou as seguintes operações em 2012:
I. Lançamento da depreciação do ano.
II. Pagamento de dividendos.
III. Juros sobre o Capital Próprio Recebidos.
Pode-se afirmar que estes eventos afetam a Demonstração dos Fluxos de
Caixa, respectivamente, como:
a) ajuste das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento;
entrada das fontes de investimento.
b) entrada das fontes de investimento; saída das fontes de financiamento;
entradas das fontes de financiamento.
c) entrada das fontes de financiamento; entrada das fontes de investimento;
saída das fontes de financiamento.
d) entrada das atividades operacionais; saída das atividades de financiamento;
saídas das fontes de investimento.
e) saída das atividades operacionais; saídas das atividades operacionais;
entrada das atividades operacionais.

2 – Esaf 2012 AFC STN - Os gastos com serviços de terceiros e materiais


utilizados para construção de ativos para a própria empresa devem ser
apropriados na Demonstração do Valor Adicionado como:
a) outras receitas.
b) perda de valores internos.
c) riqueza transferida.
d) insumos adquiridos de terceiros.
e) remuneração do capital de terceiros.

3 – Esaf 2012 AFRFB - Nas empresas industriais são classificados como valor
adicionado recebido em transferência os
a) resultados de equivalência patrimonial e os dividendos relativos a
investimentos avaliados ao custo.
b) dividendos de participações societárias avaliadas pelo método de
equivalência e os aluguéis.
c) dividendos distribuídos e os resultados da avaliação de ativos ao seu valor
justo.

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d) juros sobre o capital próprio creditados e as receitas financeiras de qualquer


natureza.
e) gastos com ativos construídos pela empresa para uso próprio e os
resultados obtidos com aquisições societárias vantajosas.

Dos registros da Cia. Boreal, foram extraídos os dados relativos aos exercícios
contábeis de 2009/2010, a seguir:
Contas de Ativo 2009 2010
Disponibilidades 2.000 1.000
Estoques 3.000 5.900
Clientes 6.300 8.000
Provisão Créd Liq Duvidosa (PCLD) (300) (400)
Participações Societárias 13.500 23.500
Imobilizado Custo 36.000 40.000
Depreciação Acumulada (8.000) (5.000)
Marcas e Patentes 2.500 2.000
Total do Ativo 55.000 75.000

Contas de Passivo e Patrimônio Líquido 2009 2010


Contas a Pagar 4.000 5.000
Fornecedores 14.000 6.900
Dividendos 4.000 6.400
Provisão p/ Imposto de Renda e Contribuições 2.500 3.200
Títulos a Pagar (I) - 0 5.000
Capital Social 28.400 40.000
Reserva Legal 100 740
Reservas de Lucros 2.000 7.760
Total do Passivo + Patrimônio Líquido 55.000 75.000

Demonstração de Resultado de Exercício 2010


1. Vendas 190.000
2. (-) CMV (100.000)
3. Resultado Bruto Operacional 90.000
4. (-) Despesas:
Administrativas (40.000)
Financeiras (10.000)
de Vendas (45.500)
de Depreciações (3.000)
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de Amortização (500)
Total despesas (99.000)
5. Resultado de Equivalência Patrimonial 10.000
6. Resultado c/ Venda de Imobilizado 15.000
7. Resultado Antes do Imposto de Renda 16.000
8. Provisão p/ Imposto de Renda e Contribuições (3.200)
9. Resultado Líquido do Exercício 12.800

Distribuição do Resultado de Exercício 2010


Reserva Legal 640
Dividendos 6.400
Reservas de Lucros 5.760
Total do Resultado Apurado 12.800

Informação adicional
I. Títulos com vencimento previsto para 30 dias.
II. Com relação a PCLD, a provisão em 2010 correspondeu a R$400,00. Não
houve registro de reversão dos saldos anteriores.
III. O Resultado c/Venda do Imobilizado corresponde a 75% do valor líquido do
bem vendido.
Com base nos dados fornecidos, responder:

4 – Esaf 2012 AFRFB - O resultado apurado no período:


a) gerou um ingresso total de caixa de R$ 16.300,00.
b) quando ajustado, é negativo em R$ 8.700,00.
c) contribuiu para ingresso financeiro de R$ 12.800,00.
d) representa um uso total de disponibilidades de R$ 12.300,00.
e) indica que a atividade operacional foi positiva em R$ 1.300,00.

5 – Esaf 2012 AFRFB - Para a elaboração da Demonstração dos Fluxos de


Caixa da Cia. Boreal, deve-se considerar que
a) ocorreu uma aquisição de participações societárias em outras empresas.
b) as atividades operacionais foram alteradas pelo ganho com a venda do
Imobilizado.
c) os dividendos distribuídos devem ser demonstrados como atividade de
investimento.
d) as atividades de financiamento geram um ingresso positivo no fluxo do
caixa.
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e) a movimentação dos Fornecedores provoca aumento nas atividades de


financiamentos.

6 – Esaf 2010 Susep - Na elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa


podemos dizer que:
a) acréscimos em contas do ativo aumentam caixa.
b) decréscimos em contas do Patrimônio Líquido diminuem caixa.
c) acréscimos em contas do passivo diminuem caixa.
d) decréscimos em contas do Ativo diminuem caixa.
e) decréscimos em contas do Patrimônio Líquido aumentam caixa.

7 – FGV 2013 Inea RJ - Com relação às demonstrações contábeis, assinale a


afirmativa correta.
A) A conta “veículos” sempre será classificada no Balanço Patrimonial no ativo
não circulante, tanto sendo destinada à formação da frota para uso como para
revenda fazendo parte de sua operação principal.
B) O lucro líquido apurado na demonstração do resultado do exercício é
transferido integralmente para a conta lucros acumulados do patrimônio líquido
do balanço patrimonial.
C) O recebimento da conta “Clientes” e o pagamento da conta “Fornecedores”
afetam o saldo do “Caixa líquido consumido nas atividades operacionais”
constante da demonstração do fluxo de caixa.
D) O método direto de elaboração da demonstração do fluxo de caixa, parte do
lucro líquido do exercício, é ajustado pelas receitas e despesas que não afetam
o Caixa nem o Equivalente‐Caixa.
E) As despesas com depreciação afetam o saldo do balanço patrimonial, o lucro
apurado na demonstração do resultado do exercício e o saldo final do fluxo de
caixa pelo método direto.

8 - FGV 2010 Detran RN - Os demonstrativos adotados internacionalmente


pelas empresas e que, a partir da Lei nº. 11638/07 representam também os
demonstrativos contábeis obrigatórios para as empresas brasileiras, além do
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, são:
A) Demonstração dos Lucros Acumulados e Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos.
B) Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado.

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C) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração do


Valor Adicionado.
D) Demonstração das Reservas de Lucros e Demonstração do Fluxo de Caixa.
E) Notas Explicativas e Demonstração de Lucros e Prejuízos.

9 - FGV 2010 Sefaz RJ - A Cia. Topázio apresentou o seguinte Balanço em


31/12/2008:

As seguintes operações ocorreram durante o ano de 2009:


I. a empresa auferiu receitas de vendas no valor de $ 600.000, integralmente
recebidas.
II. a empresa incorreu em despesas operacionais no valor de $ 250.000, que
serão pagas no período seguinte.
III. os equipamentos são depreciados à taxa de 10% ao ano, sem considerar
valor residual.
IV. a Cia. Alfa, em que a Cia. Topázio tem 100% de participação, gerou um
lucro de $10.000.
V. metade do saldo inicial de caixa foi aplicada gerando um rendimento de
12% durante o ano.
VI. do saldo de clientes, 90% foram integralmente recebidos.
VII. compra de um terreno por $ 40.000 à vista.

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VIII. os financiamentos consumiram encargos de 10% sobre o saldo inicial,


que foram pagos no período.
IX. os seguros antecipados foram 100% apropriados ao resultado do período.

Dado que a empresa reconhece como operacionais as opções existentes no


CPC 03, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que indique o valor do caixa
gerado pela atividade operacional da empresa durante o ano de 2009.
A) $ 649.800.
B) $ 669.800.
C) $ 690.000.
D) $ 849.800.
E) $ 870.000.

10 - FGV 2010 Sead AP - Uma companhia fechada não será obrigada a


elaborar e publicar a demonstração dos fluxos de caixa, desde que o seu
patrimônio líquido seja:
A) inferior a R$ 2.500.000,00, nos últimos trimestres.
B) inferior a R$ 2.000.000,00, na data do balanço.
C) superior a R$ 2.500.000,00, nos últimos trimestres.
D) superior a R$ 2.000.000,00, no data do balanço.
E) superior a R$ 2.500.000,00, na data do balanço.

11 - FGV 2010 Sead AP - Uma das mudanças introduzidas pela legislação


societária no Brasil foi a DVA (Demonstração do Valor Adicionada). Com
relação à DVA é correto afirmar que:
A) será obrigatória para as companhias abertas.
B) será facultativa para as companhias abertas.
C) será obrigatória para as companhias fechadas.
D) será obrigatória para as companhias cujo Patrimônio Líquido seja superior a
R$300.000,00.
E) será obrigatória para as companhias cujo Patrimônio Líquido seja superior a
R$240.000,00.

As questões 12 e 13 devem ser respondidas a partir dos dados apresentados


na tabela a seguir.

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12 – FGV 2010 Badesc - O Valor Adicionado Total a Distribuir é de:


A) 2.106.900,00.
B) 2.018.100,00.
C) 1.446.600,00.
D) 1.725.830,00
E) 1.929.300,00.

13 – FGV 2010 Badesc - O Valor Adicionado Recebido em Transferência é


de:
A) 435.000,00.
B) 450.850,00.
C) 571.500,00.
D) 482.700,00.
E) 498.800,00.

14 – FGV 2010 Badesc - A Cia Petrópolis apresentava os seguintes dados


para a montagem da Demonstração do Valor Adicionado em 31/12/X0:

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Assinale a alternativa que indique corretamente o valor adicionado a distribuir


da Cia Petrópolis em 31.12.X0.
A) R$ 310,00.
B) R$ 510,00.
C) R$ 620,00.
D) R$ 650,00.
E) R$ 760,00.

15 – FGV 2009 Sefaz RJ - A Cia. Rubi efetuou as seguintes operações


durante o ano de 2009:

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Em 31.12.2009, o valor adicionado a distribuir da Cia. Rubi será de:


A) $ 65.000.
B) $ 68.000.
C) $ 63.000.
D) $ 69.000.
E) $ 72.000.

Informações para a resolução das questões 16 e 17:

16 - FGV 2010 Sead AP – Considerando a estrutura da DVA - Demonstração


do Valor Adicionado, o Valor Adicionado Bruto será de:
A) R$ 2.000.000,00.
B) R$ 2.475.000,00.
C) R$ 2.513.000,00.
D) R$ 2.120.000,00.
E) R$ 2.393.000,00.

17 - FGV 2010 Sead AP – Considerando a estrutura da DVA - Demonstração


do Valor Adicionado, o Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade será
de:
A) R$ 2.000.000,00.
B) R$ 2.475.000,00.
C) R$ 2.513.000,00.
D) R$ 2.120.000,00.
E) R$ 2.173.000,00.

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18 - Cespe 2013 CNJ - A respeito de demonstrações contábeis, seus


componentes, seus respectivos registros e sua evidenciação, julgue os itens
subsequentes. Os recursos recebidos pela emissão de debêntures são
classificados como oriundos da atividade operacional ao se elaborar o fluxo de
caixa da empresa.

19 - Cespe 2013 CNJ - Assim como na demonstração do resultado do


exercício, o valor dos impostos recuperáveis é retirado dos custos dos produtos
vendidos para a elaboração da demonstração do valor agregado (DVA).

20 - Cespe 2012 TJ - Julgue os itens que se seguem, acerca da elaboração


da demonstração do valor adicionado (dva). O valor adicionado líquido é
distribuído em até quatro grandes categorias: pessoal, governo (impostos,
taxas e contribuições), remuneração de capitais de terceiros e dividendos
distribuídos.

21 - Cespe 2012 TJ - Considere que determinada empresa, no final do


exercício, tenha levantado os seguintes dados para elaborar a dva.
depreciação, amortização e exaustão ...........................R$ 14.000,00
insumos adquiridos de terceiros .................................R$ 110.000,00
receita ....................................................................R$ 300.000,00
valor adicionado recebido em transferência .................... R$ 4.000,00

Nesse caso, com base apenas nos dados disponibilizados, é correto afirmar que
o valor adicionado bruto e o valor adicionado a distribuir são, respectivamente,
iguais a R$ 304.000,00 e R$ 200.000,00.

22 - Cespe 2012 TJ - Em relação à demonstração do fluxo de caixa (dfc),


julgue os itens subsequentes. O aumento do valor de contas a receber de
clientes no final do período em relação ao valor do início do período implica
redução no fluxo de caixa operacional.

23 - Cespe 2012 TJ - As operações de pagamento de empréstimos e compra


de imobilizados geram, respectivamente, reduções nos fluxos de caixa de
investimento e de financiamento.

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24 - Cespe 2012 TJ - Na elaboração do fluxo de caixa operacional pelo


método indireto, o valor das depreciações e amortizações do período é
acrescentado ao saldo do lucro líquido.

25 - Cespe 2012 TJ - A respeito da demonstração do valor adicionado (DVA),


de acordo com a legislação societária e os pronunciamentos do CPC, assinale a
opção correta.
a) Na elaboração da DVA, que deve levar em conta o pronunciamento
conceitual básico do CPC, a grande maioria dos dados é obtida principalmente
a partir do balanço patrimonial.
b) A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, no mínimo, em pessoa
e encargos; impostos, taxas e contribuições; e distribuição dos resultados.
c) A DVA, embora não esteja fundamentada em conceitos macroeconômicos,
busca apresentar a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do
produto interno bruto (PIB).
d) A DVA — um doѕ elementoѕ componenteѕ do balanço ѕocіal — tem por
fіnalіdade evidenciar a riqueza criada pela entidade, e a distribuição dessa
riqueza, durante determinado período.
e) A DVA tem por objetivo apresentar o valor da riqueza econômica gerada
pela empresa como resultante do esforço individual e a distribuição dessa
riqueza entre os demais elementos que compõem a demonstração.

26 - Cespe 2012 TJ - Acerca da elaboração da demonstração do fluxo de


caixa, de acordo com a legislação societária e os pronunciamentos do Comitê
de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens que se seguem.
O resgate do principal de aplicações financeiras não classificadas como
equivalentes de caixa e os desembolsos de empréstimos concedidos pela
empresa constituem saídas de caixa classificadas nas atividades de
investimento e evidenciadas na demonstração do fluxo de caixa.

27 - Cespe 2012 TJ - As vendas de ações emitidas e os empréstimos obtidos


no mercado mediante emissão de debêntures ou outros instrumentos de dívida
de curto ou longo prazo são exemplos de entradas de caixa classificados nas
atividades de financiamento e evidenciados na demonstração do fluxo de
caixa.

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28 - Cespe 2012 MPE - A demonstração do valor adicionado evidencia a


criação de valor pela empresa e sua distribuição equânime entre os agentes
econômicos que contribuíram nesse processo.

29 - Cespe 2012 MPE - Acerca da demonstração dos fluxos de caixa (DFC),


conforme Pronunciamento CPC n.º 3, julgue os próximos itens.
Para as entidades obrigadas à apresentação da DFC que optarem pelo uso do
método direto, é recomendável a apresentação da conciliação entre o lucro
líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.

30 - Cespe 2012 MPE - A forma de divulgação da DFC das atividades


operacionais depende do método empregado — ѕe dіreto ou іndіreto.

31 - Cespe 2012 MPE - A aquisição de um veículo deve ser representada na


seção relativa às atividades de financiamento.

32 - Cespe 2012 MPE - Recebimentos e pagamentos de prêmios e sinistros,


anuidades e outros benefícios da apólice feitos por seguradora são exemplos
de atividades operacionais.

33- Cespe 2011 TCU - Com respeito à análise das demonstrações contábeis
das empresas, julgue os itens.
A demonstração financeira do fluxo de caixa elaborada pelo método indireto
deve especificar os fluxos das operações nas seguintes classes: juros e
impostos pagos, recebimentos de clientes e pagamentos a empregados e
fornecedores.

34 - Cespe 2011 TCU - Acerca de fluxo de caixa, julgue os itens


subsequentes.
A demonstração dos fluxos de caixa, prevista na Lei n. o 6.404/1976,
compreende as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e
equivalentes de caixa, restringindo-se a segregação dessas alterações aos
fluxos de investimentos e de financiamentos.

35 - Cespe 2011 CBM - Julgue os itens seguintes, relativos ao custo para


tomada de decisões e às demonstrações contábeis. A demonstração do fluxo
de caixa, quando analisada em conjunto com a demonstração do resultado,
pode informar a taxa de conversão do caixa em lucros futuros.
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36 - Cespe 2011 CBM - Julgue os itens seguintes, relativos ao custo para


tomada de decisões e às demonstrações contábeis.
A demonstração do valor adicionado tem relação conexa com a demonstração
do resultado do exercício, uma vez que ambas estão dirigidas para a geração
de riqueza e sua respectiva distribuição exclusivamente aos sócios e acionistas.

37 - Cespe 2011 Correios - Considerando que determinada empresa tenha


vendido, à vista, um bem de seu ativo imobilizado por R$ 34.500,00, e
sabendo que esse bem, quando adquirido, há três anos e sete meses, possuía
vida útil remanescente de dez anos e foi registrado pelo custo de R$
54.000,00, julgue os itens que se seguem.
Na demonstração de fluxo de caixa pelo método indireto, a transação produzirá
impacto em atividades de investimento, por se tratar de alienação de um
imobilizado, mas não provocará impacto em atividades operacionais, visto que
a alienação de imobilizado é atividade não operacional.

38 - Cespe 2011 Correios - As variações ocorridas na conta de reserva de


lucros, em dado exercício, serão evidenciadas na demonstração de fluxo de
caixa.

39 - Cespe 2011 FUB - As demonstrações contábeis obrigatórias para as


sociedades anônimas de capital aberto incluem o balanço patrimonial, a
demonstração do resultado do exercício e, para algumas empresas, a
demonstração de fluxo de caixa.

40 - Cespe 2011 FUB - A partir da NBC T1, que define a estrutura conceitual
para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, todas as
entidades contábeis devem seguir exclusivamente o regime de competência.

41 - Cespe 2010 DETRAN - A respeito de elaboração e análise dos


demonstrativos contábeis de entidades públicas ou privadas, julgue os itens
seguintes.
As movimentações no caixa e seus equivalentes são evidenciadas e
controladas por meio da demonstração dos fluxos de caixa que, elaborada pelo
método direto ou indireto, devem incidir sobre os fluxos das operações, dos
investimentos ou dos financiamentos.

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42 - Cespe 2010 ABIN - Acerca da demonstração do valor adicionado (DVA),


julgue os itens a seguir de acordo com os atuais pronunciamentos contábeis
brasileiros.
Apesar de ser elaborada a partir da demonstração do resultado do exercício,
DVA tem uma interface com a demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados (DLPA), na medida em que ambos os demonstrativos dizem
respeito à distribuição do resultado do período.

43 - Cespe 2010 ABIN - O detalhamento da remuneração de capitais de


terceiros, um dos componentes da distribuição da riqueza apresentada na DVA,
evidencia os juros, inclusive os valores que tenham sido capitalizados no
período; os aluguéis, inclusive as despesas com arrendamento operacional
pagos ou creditados a terceiros; e outras remunerações, tais como royalties,
franquia e direitos autorais, ainda que originadas de capital intelectual.

44 - Cespe 2010 ABIN - A elaboração da DVA está fundamentada nos


princípios fundamentais de contabilidade, proporcionando aos usuários das
demonstrações contábeis informações relativas à parcela de contribuição que a
entidade tem na formação do produto interno bruto.

Dados para as questões 45 a 49.

DRE 2009 $ mil


Depreciação (20400)
Lucro Líquido 26800
EPCLD (4343)
Resultado na Alienação de Imobilizado 3232
Resultado MEP 1010
Variação Cambial de Investimentos 2121

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BP $ mil 2009 2008


ativos e passivos circulantes
contas a pagar 216300 189890
contas a receber de clientes 535400 497780
despesas antecipadas 62500 71670
estoques 246600 205560
fornecedores 136700 116450
obrigações trabalhistas e previdenciárias 65800 73340
provisão créditos de liquidação duvidosa (20900) (20230)
ativos e passivos não circulantes
empréstimos e financiamentos 435980 412230
financiamentos incentivados 5870 6120
imobilizado 310010 286760
intangível 254000 271650

45 - Cespe 2010 ABIN - O montante do fluxo de caixa gerado ou consumido


pelas atividades de investimento foi maior que R$ 5.000 mil.

46 - Cespe 2010 ABIN - A atividade que mais causou impacto no fluxo de


caixa no período é a operacional.

47 - Cespe 2010 ABIN - Duas das atividades geram caixa e equivalentes de


caixa, enquanto a terceira os consome.

48 - Cespe 2010 ABIN - O montante da variação (acréscimo ou decréscimo)


do caixa e equivalente a caixa foi igual a R$ 7.510 mil.

49 - Cespe 2010 ABIN - O montante do fluxo de caixa gerado ou consumido


pelas atividades de financiamento foi maior que R$ 23.700 mil.

50 - Cespe 2010 ABIN - Acerca da demonstração do fluxo de caixa e de


acordo com os atuais pronunciamentos contábeis brasileiros, julgue os itens
aseguir.
Ao se adotar o método indireto na determinação do fluxo de caixa líquido
advindo das atividades operacionais, é necessário ajustar o lucro (ou prejuízo)
líquido quanto aos efeitos de variações ocorridas no período, tanto nos
estoques quanto nas contas operacionais a receber e a pagar. Isso também
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ocorre com os itens que não afetam o caixa e com todos os outros itens
tratados como fluxo de caixa, advindos das atividades de investimento e
financiamento.

51 - Cespe 2010 ABIN - Ganhos e perdas não realizados resultantes de


mudanças nas taxas de câmbio de moedas estrangeiras têm de ser
apresentados separadamente nos fluxos de caixa das atividades operacionais,
de investimento e de financiamento, de acordo com a transação a que se
referem.

52 - Cespe 2010 ABIN - Caso um investimento em coligada ou controlada


seja avaliado pelo método de equivalência patrimonial, a investidora deve
evidenciar, em seu demonstrativo de fluxo de caixa, os fluxos de caixa entre a
investidora e a sociedade investida, na forma de dividendos ou adiantamentos.

53 - Cespe 2010 ABIN - No caso de empresas não financeiras, os fluxos de


caixa referentes ao imposto de renda e à contribuição social sobre o lucro
líquido devem ser divulgados separadamente e sempre ser classificados como
fluxos de caixa das atividades operacionais.

54 - Cespe 2010 ABIN - Caso uma imobiliária cobre aluguéis em nome de


terceiros e os repasse inteiramente aos proprietários dos imóveis, estes não
podem ser apresentados em bases líquidas nos fluxos de caixa provenientes
das atividades operacionais da imobiliária.

55 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - A análise do fluxo de caixa é


importante instrumento da gestão financeira. Com relação a esse assunto,
julgue o item que se segue. O fluxo de caixa no sentido restrito, ou método
direto é bastante utilizado na atividade de planejamento das empresas e sua
realização, em termos retrospectivos, baseia-se em dados contáveis de
operações efetuadas no período.

56 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O fluxo de caixa no sentido amplo,


ou método indireto, apresenta, de forma sistematizada, as entradas e os
desembolsos que contribuíram para a variação da conta disponibilidade no
período.

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57 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - Depreciação e amortização,


aumento em outras obrigações e aumento do caixa e equivalentes de caixa são
itens evidenciados na demonstração do fluxo de caixa.

Dados para as questões 58 e 59.


Informações consolidadas de empresa nacional de capital aberto, indústria,
comércio, e importação e exportação.

Valores em mil reais


adições ao imobilizado 1710
adições ao intangível 100
adições de investimentos permanentes 248
aumento nos ativos operacionais 7591
aumento nos passivos operacionais 3772
caixa e equivalentes ao final do período 3811
despesas que não afetam o caixa 2480
dividendos e JCP pagos 749
dividendos e JCP recebidos de controlada 719
ingressos de financiamento 3886
lucro líquido 3487
pagamento de financiamentos 4730
recebimento pela emissão de ações 2929
recebimento por empréstimos longo prazo 537
receitas que não afetam o caixa 1930

58 - Cespe 2010 MS Contador - O fluxo de caixa líquido proveniente das


atividades operacionais é igual a R$ 218.000,00 positivos.

59 - Cespe 2010 MS Contador - O fluxo de caixa líquido proveniente das


atividades de financiamento é igual a R$ 1.339.000,00 negativos.

60 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - Em relação à administração


financeira, julgue os próximos itens. Deve-se ter cuidado ao adotar a
demonstração do fluxo de caixa pelo método direto, pois esse método dificulta
para o usuário a avaliação da solvência da empresa.

61 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O método indireto para a


demonstração do fluxo de caixa é usado para demonstrar os recursos

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provenientes das atividades operacionais a partir do lucro líquido, ajustado


pelos itens considerados nas contas de resultado que não afetam o caixa da
empresa.

62 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - A partir do fluxo de caixa realizado


pode-se averiguar o excesso ou a escassez de recursos e identificar como se
comportará, em determinado período, o fluxo de entrada e saída de recursos
financeiros.

63 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - Em relação à administração


financeira, julgue os próximos itens. O fluxo de caixa evidencia tanto o
passado quanto o futuro, de forma que se possam tomar, com a devida
antecedência, as medidas apropriadas para enfrentar a escassez ou o excesso
de recursos.

64 - FGV 2013 ALE MA - A informação acerca da elaboração das


demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas pela
contabilidade, bem como a divulgação da informação requerida pelas normas,
interpretações e comunicados técnicos, que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, consta
A) dos pareceres de auditoria.
B) das notas explicativas.
C) dos relatórios da diretoria.
D) dos relatórios da auditoria interna.
E) das notas de rodapé às demonstrações.

65 – FGV 2010 Sefaz RJ - A Cia Nova Friburgo recebeu em dezembro de


2009 uma intimação de um cliente por um produto comprado ter apresentado
defeito. Os departamentos contábil e jurídico da empresa analisaram a
intimação, apresentaram a defesa e julgaram que a perda da causa é possível.
Ao mesmo tempo, foi verificado que se a Cia Friburgo tiver que pagar a
indenização ao cliente, ela poderá exigir o ressarcimento de cerca de 80% do
valor da indenização cobrada para a empresa fornecedora de matéria prima.
No momento da elaboração das Demonstrações Contábeis de 31.12.2009 a
empresa, de acordo com as normas contábeis brasileiras apresentadas no
Pronunciamento CPC 25, aprovado pelo CFC, analisou a situação e adotou o
seguinte procedimento:

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a) a empresa efetuou a Provisão para Contingências pelo valor de 100% da


indenização cobrada.
b) a empresa apresentou sua posição em notas explicativas.
c) a empresa não teve obrigação de evidenciar o fato.
d) a empresa efetuou a Provisão para Contingências pelo valor de 20% da
indenização cobrada.
e) a empresa constituiu uma Reserva para Contingência pelo valor de 100% da
indenização cobrada.

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Gabarito

1 A 6B 11 A 16 D 21 E 26 E 31 E 36 E 41 C 46 E 51 E 56 E 61 C
2 D 7C 12 E 17 A 22 C 27 C 32 C 37 E 42 C 47 C 52 E 57 C 62 C
3 A 8B 13 D 18 E 23 E 28 E 33 E 38 E 43 C 48 E 53 E 58 E 63 C
4 B 9B 14 E 19 E 24 C 29 E 34 E 39 C 44 E 49 E 54 E 59 E 64 B
5 D 10 B 15 A 20 C 25 D 30 C 35 C 40 E 45 C 50 C 55 C 60 E 65 B

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61
2 7 12 17 22 27 32 37 42 47 52 57 62
3 8 13 18 23 28 33 38 43 48 53 58 63
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49 54 59 64
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65

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