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Finanças Corporativas

Luiz Ozorio

Metodologia

 Dinâmica das aulas:
 Exposição de conceitos
 Modelos e exemplos
 Exercícios
 Estudos de caso

 Avaliação:
 Resolução das listas de exercícios e casos  30%
 Trabalho final individual  70%

Finanças Corporativas
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Introdução

Introdução Decisões em Finanças

Qual o Papel do Moderno Gestor Financeiro e quais


as Principais Decisões em Finanças Corporativas?

Finanças Corporativas
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As Principais Decisões em Finanças
Introdução

• Decisões/Preocupações de Finanças Corporativas:


Gestão do
Capital de Giro

Ativo Passivo
Circulante Circulante

capital de giro líquido

Exigível
a Longo
Orçamento de Prazo
Capital Estrutura de
Ativo Capital
Não
Circulante
Patrimônio
Líquido

As Principais Decisões em Finanças
Introdução

• Decisões/Preocupações de Finanças Corporativas:

Ativo Passivo
Circulante Circulante

capital de giro líquido

Exigível
a Longo
Orçamento de Prazo
Capital
Ativo
Não
Circulante
Patrimônio
Líquido

Finanças Corporativas
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As Principais Decisões em Finanças
Introdução

 Decisões/Preocupações de Finanças Corporativas:


 Orçamento de Capital:
 Decisão sobre os investimentos de longo prazo da empresa.
 Escolha dos projetos que a empresa vai investir.
 Objetivo: escolher o melhor conjunto de projetos para empresa,
que é aquele que maximiza a riqueza dos sócios.
 Insumos para análise: fluxo de caixa projetado do
empreendimento e custo de capital.
 Indicadores mais utilizados na análise: payback, taxa interna de
retorno e valor presente líquido.

$?

As Principais Decisões em Finanças
Introdução

• Decisões/Preocupações de Finanças Corporativas:

Ativo Passivo
Circulante Circulante

capital de giro líquido

Exigível
a Longo
Prazo
Estrutura de
Ativo Capital
Não
Circulante
Patrimônio
Líquido

Finanças Corporativas
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As Principais Decisões em Finanças
Introdução

• Decisões/Preocupações de Finanças Corporativas:


 Estrutura de Capital:
 Decisão sobre as fontes de recursos para o financiamento de
projetos da empresa.
 Definição dos instrumentos de captação com sócios e terceiros
mais adequados as características da empresa.
 Objetivo: escolher a melhor composição de financiamento para
empresa (estrutura ótima de capital), que é aquela que minimiza
o custo de capital da companhia.
 Modelos utilizados: CAPM, Rating e Estrutura Ótima de Capital.

Equity x Debt

As Principais Decisões em Finanças
Introdução

• Decisões/Preocupações de Finanças Corporativas:


Gestão do
Capital de Giro

Ativo Passivo
Circulante Circulante

capital de giro líquido

Exigível
a Longo
Prazo

Ativo
Não
Circulante
Patrimônio
Líquido

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As Principais Decisões em Finanças
Introdução

 Decisões/Preocupações de Finanças Corporativas:


 Gestão do Capital de Giro:
 Gestão das contas (ativos e passivos) de curto prazo da
empresa.
 Garantir a liquidez da empresa, permitindo que as atividades
operacionais não sejam interrompidas por problemas de falta de
recursos.
 Objetivo: definir políticas operacionais e financeiras de curto
prazo que promovam o equilíbrio entre risco, rentabilidade e
liquidez para empresa.
 Ferramentas e indicadores: índices de liquidez, prazos médios e
ciclo financeiro, análise da necessidade de capital de giro,
projeções de fluxo de caixa de curto prazo.

Ciclo Operacional
0 30 60
PME PMR
40 20
$
Ciclo
PMC Financeiro

Visão Geral do Curso

Contabilidade Matemática
Financeira Financeira

Orçamento Estrutura Capital


de Capital de Capital de Giro

Planejamento Estratégia
Financeiro Empresarial

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Visão Geral do Curso

 Programa:
 Introdução
 Orçamento de Capital 
 Risco & Retorno
 Custo de Capital
 Estrutura de Capital
 Gestão do Capital de Giro

Orçamento de Capital

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Introdução

 Boa parte das decisões que o administrador irá tomar, está


relacionada a realização de projetos que envolvam
investimentos de longo, tais como: aquisições de máquinas,
compra de imóveis, abertura de uma nova fábrica, montagem de
novas linhas de produção, entre outras.
 A esse tipo de decisão de investimento de longo prazo
denominamos: Orçamento de Capital – processo de análise e
planejamento investimentos de longo prazo da empresa, que
busca as melhores possibilidades de aplicação de recursos.
 De forma simples e objetiva, vamos
estudar técnicas para análise de
projetos, verificação de sua viabilidade
e definição do portfólio que a empresa
deveria escolher (priorizar), mediante
sua restrição orçamentária.

Introdução

 Para entendermos como é o processo para análise de


viabilidade e priorização de projetos, temos que
compreender o que é valor em finanças!
 O Caso Restaurante:
 Três amigos resolveram empreender na montagem de
um novo restaurante.
 Além dos recursos investidos, cada sócio contribuirá
com suas habilidades pessoais e visões sobre o
negócio.
 Um dos sócios é chefe de cozinha, outro é um
arquiteto e o terceiro é um financista.
 Como cada sócio entende o restaurante?
 Onde está o valor na visão de cada um dos
empreendedores?

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Introdução

 Etapas da Análise:
 1ª etapa: Projeção do fluxo de caixa do projeto:
• Entendimento do projeto, análise do ambiente de negócios, levantamento
de informações financeiras, tempo de vida do projeto, projeções.

 2ª etapa: Determinação do custo de capital (K):


• Análise do risco do projeto, informações econômicas e do mercado
financeiro, determinação do custo de capital.

 3ª etapa: Análise de viabilidade do projeto:


• Cálculos dos indicadores de viabilidade.

 4ª etapa: Comparação dos resultados das análises dos


diversos projetos e priorização:
• Cálculo dos indicadores de priorização e comparação entre os projetos.

 5ª etapa: Análise de riscos adicionais:


• Estudos de ponto de equilíbrio, cenários, sensibilidade e simulação de
Monte Carlo.

Determinação do Fluxo de Caixa

 Fluxo de Caixa - O primeiro passo para realização


da análise é a determinação dos fluxos de caixa
do projeto/investimento que pretendemos
realizar.

 Fluxo de Caixa X Resultado Contábil:


 O Fluxo de Caixa normalmente é diferente do
resultado contábil, em função despesas/custos
que não são saídas de caixa (depreciação e
amortização) e do fluxo de investimentos
(CAPEX e capital de giro) que não são
computados na apuração do lucro.
 Despesa x Dispêndio

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
D
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
R
- Despesas com Juros
E
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
Ajuste
pelo
- Desembolsos de Capital
método - Variação de Capital de Giro
indireto - Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas Preço x Quantidade
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
CPV, CMV ou CSV
- Custos e Despesas Operacionais Desp. Adm.e Com.
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa: Ativo Permanente/Prazo definido


Receitas pela RF
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros Emprést.e Financ. X Custo da Dívida (Kd)
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos LAI x alíquota de IR&CS
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
Despesas que não
+ Depreciação e Amortização são dispêndios
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização Investimentos em
- Desembolsos de Capital Ativos Permanentes
(CAPEX)
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
Ajuste do regime de
- Desembolsos de Capital competência para
- Variação de Capital de Giro o regime de caixa
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido Dispêndio que não
+ Depreciação e Amortização é despesa
- Desembolsos de Capital (não passa pela DRE)

- Variação de Capital de Giro


- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
Entradas de caixa
+ Depreciação e Amortização que não são receitas
- Desembolsos de Capital (não passa pela DRE)
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

Determinação do Fluxo de Caixa

 Estrutura do Fluxo de Caixa:


Receitas
- Custos e Despesas Operacionais
- Depreciação e Amortização
= Lucros antes dos juros e impostos (LAJI ou EBIT)
- Despesas com Juros
= Lucro antes dos Impostos (LAI ou EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação e Amortização
- Desembolsos de Capital
- Variação de Capital de Giro
- Pagamentos de Principal (Dívidas)
+ Entradas de Caixa de Novas Dívidas
= Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa
 Métodos Direto e Indireto:
 A principal diferença dos métodos direto e indireto está justamente na
variação do capital de giro.
 No método direto são projetados recebimentos e pagamentos (regime de
caixa), no lugar de receitas e despesas (regime de competência), não
havendo necessidade de efetuar o ajuste pela variação do capital de giro.
 No método indireto as receitas e despesas são preservadas no cálculo do
fluxo e o ajuste de competência para caixa é efetuado pela variação de
capital de giro.
Método Indireto Método Direto
Receitas Recebimentos
- Custos e Despesas - Pagamentos
= Lucro = Fluxo de Caixa
- Var. do CDG da Operação
= Fluxo de Caixa
da Operação

Determinação do Fluxo de Caixa

 Variação do Capital de Giro:


 Para o cálculo da variação do capital de giro no método
direto é necessário, primeiramente, estimar a
necessidade de capital de giro (NCG) do projeto de
cada ano de fluxo do empreendimento, o que pode ser
efetuado pela fórmula:
• NCG =(AC–Dispon.)–(PC–Empr.,Fin.e Dividendos)

 A variação do capital de giro para cada ano é dada por:


• Var. do CDG ano i = NCGi – NCGi-1

 Em geral é possível estimar a NCG como uma


proporção das Receitas anuais da empresa:
• NCGi = Receita ano i x Taxa%

 A Taxa% (NCG/Receita) é geralmente proporcional ao


ciclo financeiro.

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante:
 Você foi contratado para efetuar a análise de
viabilidade do projeto Restaurante.
 Após entrevistar os sócios do empreendimento
para obter informações do modelo de negócio,
efetuar um levantamento de mercado e estudar
a concorrência – em particular restaurantes com
propostas similares – foram estabelecidas
premissas para a avaliação.
 Utilizando essas informações será possível
projetar o fluxo de caixa do empreendimento e
analisar sua viabilidade utilizando os indicadores
adequados.

Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante – Fluxo de Caixa do Acionista:


(em milhares de R$) Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3
Receitas
- Custos
- Despesas
- Depreciação
= LAJI (EBIT)
- Juros
= LAI (EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação
- CAPEX
- Var. do CDG
+/- Dívidas
= Fluxo do Acionista

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante:
 Investimento inicial:
• R$ 2.000.000,00 (data 0) depreciados em 10 anos
 Receitas:
• Duração do empreendimento 10 anos,
• Funcionamento do restaurante  12 meses por ano e 20 dias por
mês,
• Venda média diária de 250 refeições no 1º ano,
• Ticket médio de cada refeição R$25,00,
• Venda média diária no 2º ano  400 refeições,
• Venda média diária do 3º ao 10º ano  500 refeições.
• Estimativa das Receitas:
– Receita ano 1 = 12 x 20 x 250 x 25,00 = 1.500.000,00
– Receita ano 2 = 12 x 20 x 400 x 25,00 = 2.400.000,00
– Receita ano 3 = 12 x 20 x 500 x 25,00 = 3.000.000,00

Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante – Fluxo de Caixa do Acionista:


(em milhares de R$) Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3
Receitas 1.500 2.400 3.000
- Custos
- Despesas
- Depreciação
= LAJI (EBIT)
- Juros
= LAI (EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação
- CAPEX -2.000
- Var. do CDG
+/- Dívidas
= Fluxo do Acionista -2.000

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante:
 Custos:
• Os custos do restaurante serão basicamente variáveis,
correspondendo a 35% das receitas anuais.
• Estimativa dos custos:
– Custos do ano 1 = 35% x 1.500.000,00 = 525.000,00
– Custos do ano 2 = 35% x 2.400.000,00 = 840.000,00
– Custos do ano 3 = 35% x 3.000.000,00 = 1.050.000,00
 Despesas Operacionais:
• As despesas administrativas e comerciais do Restaurante serão
basicamente fixos e estimados em R$700.000,00 anuais.
 Depreciação e Amortização:
• O prazo de depreciação dos ativos permanentes do restaurante
será de 10 anos.
• Estimativa da depreciação = 2.000.000,00/10 = 200.000,00

Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante – Fluxo de Caixa do Acionista:


(em milhares de R$) Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3
Receitas 1.500 2.400 3.000
- Custos -525 -840 -1.050
- Despesas -700 -700 -700
- Depreciação -200 -200 -200
= LAJI (EBIT) 75 660 1.050
- Juros
= LAI (EBT)
- Impostos
= Lucro Líquido
+ Depreciação
- CAPEX -2.000
- Var. do CDG
+/- Dívidas
= Fluxo do Acionista -2.000

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante:
 Empréstimos, Financiamentos e Despesas com
Juros:
• A empresa será financiada integralmente por recursos dos sócios.

 Imposto de Renda e Contribuição Social:


• O Restaurante optou pelo regime do lucro real e pagará 34% de
alíquota sobre o Lucro Antes dos Impostos (LAI ou EBT).
• Estimativa dos impostos:
– Impostos do ano 1 = 34% x 75.000,00 = 25.500.00
– Impostos do ano 2 = 34% x 660.000,00 = 224.400,00
– Impostos do ano 3 = 34% x 1.050.000,00 = 357.000,00

Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante – Fluxo de Caixa do Acionista:


(em milhares de R$) Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3
Receitas 1.500 2.400 3.000
- Custos -525 -840 -1.050
- Despesas -700 -700 -700
- Depreciação -200 -200 -200
= LAJI (EBIT) 75 660 1.050
- Juros -0 -0 -0
= LAI (EBT) 75 660 1.050
- Impostos -25,5 -224,4 -357
= Lucro Líquido 49,5 435,6 693
+ Depreciação
- CAPEX -2.000
- Var. do CDG
+/- Dívidas
= Fluxo do Acionista -2.000

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Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante:
 Desembolso de Capital (CAPEX):
• Todos os equipamentos do Restaurante possuem garantia estendida de 10
anos. Despesas de manutenção foram alocadas em despesas operacionais.
Não são supostos reinvestimentos no decorrer da vida do empreendimento.
 Variação do Capital de Giro:
• Em função do curto ciclo financeiro do Restaurante (aproximadamente 18
dias) a NCG foi estimada em 5% das Receitas anuais.
• Estimativa da NCG:
– NCG do ano 1 = 5% x 1.500.000,00 = 75.000,00
– NCG do ano 2 = 5% x 2.400.000,00 = 120.000,00
– NCG do ano 3 = 5% x 3.000.000,00 = 150.000,00
• Estimativa da Var. do CDG:
– Var. do CDG do ano 1 = 75.000,00 – 0 = 75.000,00
– Var. do CDG do ano 2 = 120.000,00 – 75.000,00 = 45.000,00
– Var. do CDG do ano 3 = 150.000 – 120.000,00 = 30.000,00
– Var. do CDG do ano 4 = 150.000 – 150.000,00 = 0

Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante – Fluxo de Caixa do Acionista:


(em milhares de R$) Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano3 Ano4
Receitas 1.500 2.400 3.000 3.000
- Custos -525 -840 -1.050 -1.050
- Despesas -700 -700 -700 -700
- Depreciação -200 -200 -200 -200
= LAJI (EBIT) 75 660 1.050 1.050
- Juros -0 -0 -0 -0
= LAI (EBT) 75 660 1.050 1.050
- Impostos -25,5 -224,4 -357 -357
= Lucro Líquido 49,5 435,6 693 693
+ Depreciação +200 +200 +200 +200
- CAPEX -2.000 -0 -0 -0 -0
- Var. do CDG -75 -45 -30 -0
+/- Dívidas -0 -0 -0 -0
= Fluxo do Acionista -2.000 174,5 590,6 863 893

Finanças Corporativas
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Determinação do Fluxo de Caixa

 Caso Restaurante:
 Valor Terminal ou Residual:
• Ao término da vida do projeto – último ano do fluxo de caixa projetado
da avaliação – será necessário considerar o valor terminal ou residual,
que deve expressar quanto será obtido de caixa com a venda dos
ativos, abatendo eventuais custos associados.
• No caso de venda dos ativos, deve-se estimar o valor de mercado no
período final do projeto.
• Por simplificação, muitas vezes considera-se o valor contábil depreciado
dos ativos.
• Adicionalmente – no caso de paralização – é necessário estimar a volta
do capital de giro.
• No caso de venda negócios em funcionamento (ou continuidade por
prazo indefinido) é comum assumir o uso de uma perpetuidade.
• Estimativa do Valor Terminal:
– Volta do Capital de Giro = 150.000,00
1.000.000,00
– Venda dos Ativos Permanentes = 850.000,00

Determinação do Fluxo de Caixa
 Caso Restaurante - Fluxo de Caixa do Acionista:
1.893

893 893
863
590,6
174,5
ano 0

ano1 ano2 ano 3 ano 4 ano 9 ano 10

2.000

Finanças Corporativas
27

Indicadores de Viabilidade

 Indicadores de Viabilidade:
 Os indicadores de viabilidade auxiliam no processo
de tomada de decisão de investimento em
projetos, respondendo as perguntas que
geralmente são efetuadas pelos gestores e
empreendedores:
• Qual o tempo estimado do retorno dos recursos
investidos?

• Qual a rentabilidade esperada para o projeto?

• Qual seria o valor criado pelo projeto para empresa e


para seus acionistas?

Indicadores de Viabilidade

 Indicadores de Viabilidade:
 Os indicadores de viabilidade auxiliam no processo
de tomada de decisão de investimento em
projetos, respondendo as perguntas que
geralmente são efetuadas pelos gestores e
empreendedores:
• Qual o tempo estimado do retorno dos recursos
investidos?  PAYBACK

• Qual a rentabilidade esperada para o projeto?


 TIR

• Qual seria o valor criado pelo projeto para empresa


e para seus acionistas?  VPL

Finanças Corporativas
28

O Período de Payback

 Payback Simples:
 Prazo necessário para que a empresa recupere o
investimento inicialmente feito no projeto.
Payback Simples do Restaurante:
Período Fluxo Saldo
0 ‐2000 ‐2000
1 174,5 ‐1825,5
2 590,6 ‐1234,9
3 863 ‐371,9
4 893 371,9/893 = 0,42

Payback Simples = 3,42 anos = 3 anos e 5 meses

O Período de Payback

 Payback Simples:
 Apesar de ser bastante popular o Payback Simples é
calculado desconsiderando o valor do dinheiro no
tempo (custo de capital – taxa K), o que implica que
ele não tem a capacidade de orientar quanto a
viabilidade do projeto.
 Payback Descontado:
 Prazo necessário para que a empresa recupere o
investimento inicialmente feito no projeto,
considerando o custo de oportunidade do $ (taxa k).
 Como a metodologia considera o custo de capital (taxa
k), ela tem a capacidade de orientar quanto a
viabilidade do projeto.
 Não considerando restrições adicionais, se o Payback
Descontado for menor ou igual a duração do projeto,
ele pode ser considerado como viável.

Finanças Corporativas
29

O Período de Payback

 Payback Descontado:

Payback Descontado do Restaurante


Considerando K = 18% ao ano
Período Fluxo Fluxo Desc. Saldo
0 ‐2000 ‐2000 ‐2000
1 174,5 147,9 ‐1852,1
2 590,6 424,2 ‐1428,0
3 863 525,2 ‐902,7
4 893 460,6 ‐442,1
5 893 390,3 ‐51,8
6 893 330,8 51,8/330,8 = 0,16

Payback Descontado = 5,16 anos = 5 anos e 2 meses

Taxa Interna de Retorno

 Taxa Interna de Retorno (TIR):


 Rentabilidade periódica esperada para o projeto.

 Calculada considerando o investimento inicial e os fluxos


de caixa futuros estimados para projetos.
 Encontrar a TIR, equivale a responder: qual a taxa que

devemos aplicar para que a soma do valor presente dos


fluxos de caixa futuros do projetado seja igual ao
investimento inicial?

• Invest. Inicial = Fcx1 + Fcx2 + ............ + FcxN


(1+TIR) (1+TIR)2 (1+TIR)N

 A TIR deve ser comparada a taxa mínima de atratividade


do projeto (taxa K) para que seja analisada a viabilidade.
 Se TIR for maior ou igual ao K o projeto deve ser
considerado viável e, inviável, caso contrário.

Finanças Corporativas
30

Taxa Interna de Retorno

 TIR do Restaurante:

 2.000 = 174,5 + 590,6 + 863 + 893 +.....+ 1893


(1+TIR) (1+TIR)2 (1+TIR)3 (1+TIR)4 (1+TIR)10
 Não existe uma fórmula para solucionar a TIR para
fluxos com mais de 2 períodos, sendo necessário o uso
de métodos numéricos para concretizar essa tarefa.
 Utilizando a HP 12 C:
• 2000 CHS G Cfo
• 174,5 G Cfj
• 590,6 G Cfj
• 863 G Cfj
• 893 G Cfj
• 6 G NJ
• 1893 G Cfj
• F IRR------TIR=31,23% > K=18,00%
Rentabilidade Esperada > Rentabilidade Exigida

Projeto Viável

Valor e VPL

 Valor e VPL:
 Valor (V)  um ativo (projeto, empresa, ação, título) vale (hoje)
o fluxo de caixa que este produzirá no futuro descontado pelo
seu custo de capital (Taxa K).
• V = Fcx1 + Fcx2 + ............ + FcxN
(1+K) (1+K)2 (1+K)N

 VPL  é a diferença entre o valor justo de um ativo e o seu


custo.
• VPL = Valor – Investimento Inicial
• O VPL determina a expectativa de quanto o projeto criará de
valor para empresa.
• Numa S.A. aberta, com ações negociadas em bolsa, o VPL
seria a expectativa de quanto as ações de empresa se
valorizariam (em conjunto) após a divulgação da aprovação
de projeto ao mercado.
• VPL maior ou igual a zero  projeto viável.
• VPL negativo  projeto inviável.

Finanças Corporativas
31

Valor e VPL

 Valor e VPL do Restaurante:


• V = 174,5 + 590,6 + ............ + 1.893
1,18 1,182 1,1810
• V = 3.360
• Utilizando a HP 12 C:
• 174,5 G Cfj
• 590,6 G Cfj
• 863 G Cfj
• 893 G Cfj
• 6 G NJ
• 1893 G Cfj
• 18 i
• F NPV --------------- V = 3.360
 VPL do Restaurante:
• VPL = 3.360 – 2.000
• VPL = 1.360 > Zero  Projeto Viável

Considerações sobre o uso dos Indicadores

 Considerações:
 No Caso Restaurante os 3 indicadores – Payback
Descontado, TIR e VPL – apontaram para
viabilidade do projeto.

 Seria possível ocorrer discordância entre os


indicadores na análise de viabilidade?

Finanças Corporativas
32

Considerações sobre o uso dos Indicadores

 Considerações:
 No Caso Restaurante os 3 indicadores – Payback
Descontado, TIR e VPL – apontaram para
viabilidade do projeto.

 Seria possível ocorrer discordância entre os


indicadores na análise de viabilidade?

Não!

Considerações sobre o uso dos Indicadores

 Considerações:
 No Caso Restaurante os 3 indicadores – Payback
Descontado, TIR e VPL – apontaram para
viabilidade do projeto.

 Seria possível ocorrer discordância entre os


indicadores na análise de viabilidade?

Os 3 indicadores sempre concordarão quanto a


viabilidade do projeto!

Finanças Corporativas
33

Priorização

 Priorização de Projetos:
 Se o acesso à recursos fosse ilimitado bastaria
analisarmos a viabilidade dos projetos...
 Investiríamos em todos os projetos viáveis, não
deixando “dinheiro na mesa”!
 Mas no mundo real os recursos são sempre escassos e
essa restrição orçamentária implica na priorização de
projetos.
 Mas como determinar quais projetos devem ser
priorizados?

Priorização

 Priorização de Projetos:
 Utilizando a TIR analise e compare os projetos A e B:
Projeto A Projeto B
Fluxo ano 0  -1000 -1000
Fluxo ano 1  200 800
Fluxo ano 2  400 800
Fluxo ano 3  800 400
Fluxo ano 4  1600 400

Finanças Corporativas
34

Priorização

 Priorização de Projetos:
 Utilizando a TIR analise e compare os projetos A e B:
Projeto A Projeto B
Fluxo ano 0  -1000 -1000
Fluxo ano 1  200 800
Fluxo ano 2  400 800
Fluxo ano 3  800 400
Fluxo ano 4  1600 400
TIRA = 43% TIRB = 57%

Priorização

 Priorização de Projetos:
 Utilizando a TIR analise e compare os projetos A e B:
Projeto A Projeto B
Fluxo ano 0  -1000 -1000
Fluxo ano 1  200 800
Fluxo ano 2  400 800
Fluxo ano 3  800 400
Fluxo ano 4  1600 400
TIRA = 43% TIRB = 57%
 Considerando um K de 15% os projetos seriam
viáveis? Caso você tivesse que optar por um
deles qual você escolheria?

Finanças Corporativas
35

Priorização

 Priorização de Projetos:
 Utilizando o VPL analise e compare os projetos A e B,
considerando um K de 15% e indique qual deveria ser
priorizado:
Projeto A Projeto B
Fluxo ano 0  -1000 -1000
Fluxo ano 1  200 800
Fluxo ano 2  400 800
Fluxo ano 3  800 400
Fluxo ano 4  1600 400
VPLA = 917 VPLB = 792

Priorização

 Priorização de Projetos:
 Utilizando o VPL e a TIR analise e compare os projetos
A e B, considerando um K de 15% e indique qual
deveria ser priorizado:
Projeto A Projeto B
Fluxo ano 0  -1000 -1000
Fluxo ano 1  200 800
Fluxo ano 2  400 800
Fluxo ano 3  800 400
Fluxo ano 4  1600 400
VPLA = 917 VPLB = 792
TIRA = 43% TIRB = 57%

Finanças Corporativas
36

Priorização

 Priorização de Projetos:
 Utilizando o VPL e a TIR analise e compare os projetos
A e B, considerando um K de 15% e indique qual
deveria ser priorizado:
Projeto A Projeto B
Fluxo ano 0  -1000 -1000
Fluxo ano 1  200 800
Fluxo ano 2  400 800
Fluxo ano 3  800 400
Fluxo ano 4  1600 400
VPLA = 917 VPLB = 792
A teoria de finanças sugere que o projeto com
maior VPL (maior criação de valor) deveria ser o
escolhido!

Exercícios

1) Quais as 3 principais decisões em finanças


corporativas? De forma objetiva explique o que
cada decisão significa.

2) Quais as 5 etapas da análise de projetos?

3) Qual a diferença entre os métodos direto e


indireto para determinação do fluxo de caixa?

Finanças Corporativas
37

Exercícios

4) Quais os 3 principais indicadores para análise de


viabilidade de projetos, qual o significado e qual a regra
de decisão de cada um?

5) Se um projeto tem duração de 10 anos, payback


descontado de 10 anos e K de 15%, qual a TIR e o VPL
do projeto?

6) Comente: “Um analista – comparando 2 projetos


excludentes (Alpha e Beta) – recomendou o projeto
Alpha em função de sua TIR de 22% ser superior a do
projeto Beta de 19%. O VPL de Alpha e Beta foram
estimados, respectivamente, em $1.225 e $1.374 e o K
para ambos os projetos seria de 25%.”

Exercícios

7) Analise a viabilidade do projeto A a partir do


cálculo dos fluxos de caixa, do índice Payback, da
TIR, do Valor e do VPL do projeto, com base nos
dados abaixo:
• Investimento inicial $850.000,00 depreciação em 5 anos.
• Custos fixos - $350.000,00.
• Custos variáveis – 25% do valor da receita.
• 1o Ano – Previsão de receitas – $750.000,00.
• 2o Ano – Previsão de receitas – Crescimento de 50%.
• 3o Ano – Previsão de receitas – Crescimento de 40%.
• 4o Ano – Previsão de receitas – Crescimento de 30%.
• 5o Ano – Previsão de receitas – Crescimento de 20%.
• Valor de venda do negócio ao término do 5o Ano por $850.000,00.
• Alíquota de Impostos = 34%.
• Custo de Capital (Taxa K) = 20%
• Necessidade de Capital de Giro = 5% da Receita

Finanças Corporativas
38

Exercícios

8) Compare o projeto A (exercício 7) com o projeto B,


para o qual se espera fluxos de $700.000 para o ano 1,
$500.000 ano 2, $500.000 ano 3, $300.000 ano 4 e
$1.200.000 para ano 5, supondo que o projeto B
necessitaria de um mesmo investimento inicial
($850.000,00) e apresentasse o mesmo grau de risco
que o do projeto A. Qual projeto você optaria investir,
caso ambos fossem excludentes (aceitar um implicaria
em rejeitar o outro)? Por que?

Exercícios

9) Considerando os fluxos dos projetos A e B,


encontrados nos exercícios 7 e 8, você alteraria sua
decisão caso o custo de capital ajustado ao risco dos
projetos (taxa K) fosse de 25% ao invés de 20%?

Finanças Corporativas
39

Exercícios

10) Calcule a TIR do projeto Gama:


Fluxo ano 0  -1000
Fluxo ano 1  800
Fluxo ano 2  1.000
Fluxo ano 3  1.300
Fluxo ano 4  -2.200

Considerando um K de 5% o projeto seria viável?


Considerando um K de 15% o projeto seria viável?

Risco & Retorno

Finanças Corporativas
40

Risco & Retorno

 A Atitude do Investidor Frente ao Risco


 O que é Risco em Finanças?
 Mensurando o Risco
 O Efeito da Diversificação
 Os Limites da Diversificação

A Atitude do Investidor Frente ao Risco

 Risco & Retorno


 Premissa: “O investidor racional e avesso ao risco
exige maiores retornos em função de maiores riscos
assumidos.”

RISCO

Finanças Corporativas
41

A Atitude do Investidor Frente ao Risco

 Risco & Retorno


 Premissa: “O investidor racional e avesso ao risco
exige maiores retornos em função de maiores riscos
assumidos.”

Prêmio
pelo Risco

Prêmio
pela Espera

RISCO

 K = Prêmio pela Espera + Prêmio pelo Risco

O que é Risco em Finanças

 Definições sobre risco:
 Littre (1863) postula que a origem da palavra risco vem 
do francês medieval risqué, que significaria “perigo 
com probabilidade de ocorrência”.
 Bernestein (1997)afirma que risco vem da palavra em 
italiano riscare, que significaria ousar.
 Segundo o Oxford English Dictionary (1989), a palavra 
em inglês hazard, que é traduzida para o português 
como risco ou acaso, surgiu de um jogo de azar criado 
no castelo de Hasart na Palestina.

Finanças Corporativas
42

O que é Risco em Finanças

 Definições sobre risco:
 Popularmente as pessoas definir risco como algo 
relacionado a possibilidade de perder ou a 
obtenção de resultados ruins.
 Utiliza‐se muito também a palavra incerteza 
como sinônimo ao risco.
 Mas esses significados estariam corretos?

O que é Risco em Finanças

 O que é mais arriscado: saltar do 2o ou do 12o


andar de um edifício?

Finanças Corporativas
43

O que é Risco em Finanças

 De forma abrangente poderíamos definir risco como a 
possibilidade de obtermos resultados de um evento distintos 
ao esperado.
 Quanto maior a chance de obtermos resultados diferentes do 
que se esperava previamente – seja essa resultado melhor ou 
pior do que o esperado – maior o risco.
 Em finanças seria a probabilidade do retorno do 
investimento ser diferente do esperado!
 Investimentos no mercado de ações são considerados 
arriscados não somente porque oferecem chance de retornos 
negativos ou abaixo do esperado, mas também pela 
possibilidade de obtenção de retornos positivos 
extraordinários.
 Resumindo: risco equivaleria a variabilidade.

O que é Risco em Finanças

 O ideograma chinês referente a risco:

Finanças Corporativas
44

Mensurando o Risco

 Para mensurar o risco em finanças geralmente


utilizamos medidas estatísticas de dispersão.
 As mais comuns são a variância e o desvio padrão
dos retornos dos ativos.
 Outra medida bastante utilizada é o beta das
ações das empresas, que é uma medida de risco
relativo ao mercado.

Mensurando o Risco

 Medidas de Tendência Central:
 Nos auxiliam a determinar o resultado típico do fenômeno 
estudado.
 Essas medidas são usadas para determinação de valores 
esperados de retornos futuros de investimentos, em 
particular a Média é muito usada nessa tarefa
 Medidas mais utilizadas:
• Média ‐ “ponto de equilíbrio” de uma série de dados.
• Mediana ‐ ponto médio de uma sequência de dados 
ordenados.
• Moda ‐ valor que ocorre com maior frequência.

Finanças Corporativas
45

Mensurando o Risco

 Medidas de Dispersão:
 Em geral medidas de tendência central não são suficientes para um 
conhecimento adequado do fenômeno.
 Nesse sentido é interessante utilizar também as medidas de 
dispersão, que são muito utilizadas para análise de riscos em 
investimentos.
 Medidas mais utilizadas:
• Amplitude – distância entre os extremos da amostra/população.
• Desvio Médio ‐ média dos desvios (diferença entre observação 
e a média).
• Variância – média do quadrado dos desvios.
• Desvio Padrão – raiz quadrada da variância.

Mensurando o Risco

 Histórico de Retornos da Bolsa Americana 1928 – 2012:

S&P 500 ‐ annual returns 1928 ‐ 2012


60,00%

40,00%

20,00%

0,00%
1928
1932
1936
1940
1944
1948
1952
1956
1960
1964
1968
1972
1976
1980
1984
1988
1992
1996
2000
2004
2008
2012

‐20,00%

‐40,00%

‐60,00%

Finanças Corporativas
46

Mensurando o Risco
• Análise de Retornos do S&P 500 – 1928 a 2012:
 Média = (5 x (‐34,5%) + .... + 10 x 41,5%)/85 = 9,76%
 Amplitude = (51% ‐ (‐44%)) = 95%
 Variância = (5 x (‐34,5% ‐ média)2 + .... + 10 x (41,5% ‐ média)2)/85
Variância =411%2
 Desvio Padrão = (Var. Retornos)1/2 =20,27% 

Retornos Agrupados S&P 500 1928-2012


Limite Limite Ponto Numero
Inferior Superior Medio Observacoes
-44% -25% -34,5% 5
-25% -6% -15,5% 14
-6% 13% 3,5% 24
13% 32% 22,5% 32
32% 51% 41,5% 10
Total 85

Mensurando o Risco

• Distribuição Normal ‐ Intervalos de Confiança:

68%
95%

99%

-∞ +∞
µ-3σ µ-2σ µ-σ µ µ+σ µ+2σ µ+3σ

Finanças Corporativas
47

Mensurando o Risco

• Suposição de normalidade da distribuição 
de retornos:
• Considerando que o S&P 500 apresentou no período de 
1928‐2012 um retorno médio de 9,76% e um desvio 
padrão dos retornos de 20,27%, assumindo a normalidade 
dos retornos, teríamos entre ‐30,78% e 50,30% 
aproximadamente 95% de probabilidade de ocorrência dos 
retornos.

Mensurando o Risco

• Distribuição de retornos do S&P 500 no período de 
1928‐2012:

Intervalo de 95% de probabilidade


20
18
16
14
Freqüência

12
10
8
6
4

-∞ 2
0 +∞
‐44% ‐33% ‐22% ‐12% ‐1% 10% 20% 31% 42% Mais

Finanças Corporativas
48

Mensurando o Risco

 Medidas de Tendência Central:
 O que é mais arriscado: uma padaria ou uma loja de 
eletrodomésticos?

Mensurando o Risco

Retorno
Loja de Eletrodomésticos
130
120
110
100
90
80
70
0 10 20 30 40 50 60

Retorno Médio = 100,00


Desvio Padrão = 14,48

Finanças Corporativas
49

Mensurando o Risco

Retorno
Padaria
130
120
110
100
90
80
70
0 10 20 30 40 50 60

Retorno Médio = 100,00


Desvio Padrão = 8,74

Mensurando o Risco

Retorno Retorno
Loja de Eletrodomésticos Padaria
130 130
120 120
110 110
100 100
90 90
80 80
70 70
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60

25 25

20 20

15 15

10 10

5 5

0 0
70-80 80-90 90-100 100-110 110-120 120-130 70-80 80-90 90-100 100-110 110-120 120-130

Finanças Corporativas
50

Mensurando o Risco

• Índice Beta:
• O Beta é uma medida de risco relativo, que nos evidencia a 
sensibilidade dos retornos de uma ação em relação aos 
retornos do mercado (Ibovespa no caso brasileiro).
• Quando uma ação possui um Beta de 1,5 por exemplo, isso 
significa que para uma variação de 5% do Ibovespa seria 
esperado uma variação de 7,5% da ação.
• Para a mesma ação, caso o Ibovespa caísse 4%, seria 
esperada uma queda de 6% da ação.
• O Beta médio das ações em bolsa seria 1 e a maioria dos 
Betas estão num intervalo que vai de 0,4 a 1,7.

Mensurando o Risco

• Exemplos de Beta (03/04/2020):
• Transmissora Paulista (TRPL4)  0,40

• Lojas Renner (LREN3)  0,64

• Vale (VALE3)  1,13

• Petrobrás (PETR3)  1,90

• Usiminas (USIM5)  2,81

Fonte: Yahoo Finance

Finanças Corporativas
51

O Efeito da Diversificação

“Não ponha todos ovos numa mesma cesta!”

O Efeito da Diversificação

• A idéia de diversificação do risco é bastante


antiga e antecede a teoria econômica.

• Em 1952 Harry Markowitz apresentou um


modelo formal mostrando como obter de forma
científica o “máximo poder” da diversificação.
Seu trabalho foi merecedor do Prêmio Nobel de
Economia.

• Premissa: Podemos reduzir o risco


diversificando, investindo em ativos que
possuam baixa correlação entre seus retornos.

Finanças Corporativas
52

O Efeito da Diversificação

• Voltando ao Caso da Padaria e da


Loja de Eletrodomésticos:
Retorno
Loja de Eletrodom és ticos
130
120
110
100
90
80
70
0 10 20 30 40 50 60

Retorno
Padaria
130
120
110
100
90
80
70
0 10 20 30 40 50 60

O Efeito da Diversificação

• Voltando ao Caso da Padaria e da


Loja de Eletrodomésticos:

Retorno
Padaria+Loja de Eletrodomésticos
130
120
110
100
90
80
70
0 10 20 30 40 50 60

Finanças Corporativas
53

O Efeito da Diversificação

• Voltando ao Caso da Padaria e da Loja de


Eletrodomésticos:
• Padaria:
• Retorno Médio = 100,00
• Desvio Padrão = 8,74

• Loja de Eletrodomésticos:
• Retorno Médio = 100,00
• Desvio Padrão = 14,48

• Investindo 50% na Padaria e 50% na Loja de


Eletrodomésticos:
• Retorno Médio = 100,00
• Desvio Padrão = 5,07

O Efeito da Diversificação

• Voltando ao Caso da Padaria e da Loja de


Eletrodomésticos:

Retorno
Padaria+Loja de
Eletrodomésticos
130
120
110
100
90
80
70
0 10 20 30 40 50 60

Finanças Corporativas
54

O Efeito da Diversificação
Diluição do Risco
via Diversificação
• Voltando ao Caso da Padaria e da Loja de
Eletrodomésticos:

30
25
20

15
10
5

0
70-80 80-90 90-100 100-110 110-120 120-130

30 30

25 25

20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
70-80 80-90 90-100 100-110 110-120 120-130 70-80 80-90 90-100 100-110 110-120 120-130

O Efeito da Diversificação
Diluição do Risco
via Diversificação
• Correlação entre algumas ações do Bovespa:
• PETR4, VALE5, TNLP4, CSNA3, ITAU4, BBAS3 e GGBR4
• Período: 02/06/2004 até 30/09/2004 (3 meses)
• Dados: Bovespa

CORRELACAO PETR4 VALE5 TNLP4 CSNA3 ITAU4 BBAS3 GGBR4


PETR4 1
VALE5 0,38325921 1
TNLP4 0,53342196 0,41706773 1
CSNA3 0,34997289 0,51082367 0,52418863 1
ITAU4 0,4848984 0,30390823 0,58781705 0,46364178 1
BBAS3 0,42673204 0,30929531 0,65462521 0,42601706 0,62109213 1
GGBR4 0,25523265 0,31366429 0,52956893 0,62368634 0,40607465 0,39928483 1

Finanças Corporativas
55

Os Limites da Diversificação
Os Limites da Diversificação

• Risco Diversificável – Parcela do risco de um


ativo associada a eventos aleatórios, que pode
ser eliminada por intermédio da diversificação.

• Risco de Mercado – Parcela do risco de um


ativo que não pode ser eliminada pela
diversificação.

Exercícios

1)Como você definiria risco em finanças?

2) Como risco influência nossas decisões de


investimento?

3) Como podemos mensurar o risco em finanças?

Finanças Corporativas
56

Exercícios

4) O que nos informa o beta de uma ação?

5) Como podemos reduzir o risco com a


diversificação de ativos? Qual a característica que
os ativos devem possuir para uma boa
diversificação?

Exercícios

6) Com base na teoria de carteiras, quando 
combinamos ativos de renda variável visando reduzir o 
risco, devemos buscar ativos com:
I – correlação positiva entre seus retornos
II – correlação nula entre seus retornos
III – correlação negativa entre seus retornos
IV – correlação de menos 1 entre seus retornos
V – a mais baixa correlação entre seus retornos

Finanças Corporativas
57

Exercícios

7) Um dos pontos fundamentais da Teoria de Portfólio 
criada por Markowitz na década de 1950 é a divisão do 
risco e 2 partes: sistemático e não sistemático. 
Identifique os tipos de risco apresentados nas opções a 
seguir:
I – Má gestão da empresa.
II – Investimentos bem sucedidos em projetos.
III – Desaceleração econômica.
IV – Redução da taxa de juros.
V – Petrobras aumenta em 30% todos os seus 
produtos.

Exercícios

8) Análise o desempenho (retornos) do S&P500 em


diversos períodos:
1928‐1937 1991‐2000 2001‐2010         1928‐2012
 Média  5,10% 18,2% 3,5%        9,76%
 Mediana  ‐4,5% 22% 8% 13%
 Amplitude  94% 46% 65%             95%
 Desvio Padrão     33,68% 14,38% 19,97% 20,27% 

Tomando o período de 1928-2012 como benchmark,


quais períodos apresentaram a melhor e a pior
relação risco-retorno.

Finanças Corporativas
58

Custo de Capital

Ativo Livre de Risco

• Ativos livres de risco são aqueles que oferecem risco 
zero (ou quase isso) para os investidores. 
• Comumente, os títulos públicos de renda fixa (emitidos 
na moeda do país) assumem esse papel. 
• A rentabilidade paga por esses títulos é chamada de 
taxa do ativo livre de risco ou, simplesmente, taxa livre 
de risco. 
• Essa taxa pode ser usada como base para o prêmio pela 
espera nos modelos para determinação do custo de 
capital.

Finanças Corporativas
59

Ativo Livre de Risco

• Títulos Públicos no Brasil:
• Os títulos se diferenciam em função de seus prazos de maturação, pelo 
pagamento (ou não) de coupons e pelo fato de serem prefixados ou pós 
fixados, com remuneração atrelada a inflação ou a taxa Selic.
• Títulos Prefixados:
• Tesouro Prefixado (LTN) – sem coupons
• Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN‐F) – com coupons
semestrais
• Pós Fixados Indexados ao IPCA:
• Tesouro IPCA* (NTN‐B Principal) – sem coupons
• Tesouro IPCA* com Juros Semestrais (NTN‐B)  – com coupons
semestrais
• Pós Fixados Indexados a Selic
• Tesouro Selic (LFT) – sem coupon

CAPM e o Custo do Capital Próprio

• CAPM ‐ Capital Asset Pricing Model: Desenvolvido por Sharpe 
(1964), Lintner (1965) e Mossin (1966) relaciona o custo de capital 
de um ativo ao nível corrente das taxas de juros e o prêmio de risco 
que o mercado atribui por investimentos em renda variável, 
ponderando esse último pelo índice beta.

Kei =    rf +       i [E(rm) – rf ]


Prêmio                           Prêmio
pela Espera                    pelo Risco
EQUITY = CAPITAL ACIONÀRIO

Componentes do CAPM:
Kei – Retorno exigido pelo acionista para o ativo i
i – Índice beta do ativo i
rf ‐ Taxa Livre de Risco (Risk Free)
E(rm) ‐ rf – Prêmio pelo Risco de Mercado

Finanças Corporativas
60

CAPM e o Custo do Capital Próprio

 Exemplo de uso do CAPM:
 Supondo uma taxa SELIC de 3,75% ao ano, um prêmio pelo risco de 
mercado de 5% , estime o custo de capital próprio (Ke) da Vale, 
considerando um Beta das ações de 1,13.

KeVALE =   rf +   VALE [E(rm) – rf ]

KeVALE =   3,75%  +  1,13  x   5%

KeVALE =   9,4%

CAPM e o Custo do Capital Próprio

 CAPM – Estimativa Prêmio pelo Risco de Mercado no Brasil:

Estimando o prêmio de mercado brasileiro
Walter Gonçalves Junior; Ricardo Ratner Rochman; William Eid Junior ;Luciana Ribeiro Chalela

 Nesse “trabalho são analisadas estimativas segundo três abordagens distintas, 
compreendendo o período de janeiro de 1996 a dezembro de 2008: na 
histórica, os valores encontrados variaram de 5% a 7% para os índices IBrX e 
FGV‐100; na prospectiva (que reflete prêmios esperados) obteve‐se 3,35%; 
por fim, na indireta (ou por modelos de mercado), encontraram‐se prêmios 
negativos, algo inesperado porém significativo.”

 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415‐
65552011000500009

Finanças Corporativas
61

Rating e o Custo das Dívidas

• Custo das Dívidas:
– O Custo das Dívidas é o custo das fontes de recursos de 
terceiros e tem como determinantes o  atual nível das taxa 
de juros de ativos livres de risco e o risco de inadimplência 
da empresa.
– De forma mais objetiva, o custo da dívida de uma empresa 
seria o custo da empresa captar um real adicional baseado 
unicamente na qualidade creditícia da empresa (sem o 
efeito de garantias ou colaterais).
– Custo de Debêntures emitidas no Mercado Doméstico: 
Kdi = rf + Company Default Spreadi

Rating e o Custo das Dívidas

Moody’s S&P Quality of Issue


Highest quality. Very small risk of default.
Aaa AAA
High quality. Small risk of default.
Aa AA
High-Medium quality. Strong attributes, but potentially
A A
vulnerable.
Baa BBB Medium quality. Currently adequate, but potentially unreliable.
Ba BB Some speculative element. Long-run prospects questionable.
B B Able to pay currently, but at risk of default in the future.
Poor quality. Clear danger of default .
Caa CCC
Highly speculative. May be in default.
Ca CC
Lowest rated. Poor prospects of repayment.
C C
In default.
D -

Finanças Corporativas
62

Rating e o Custo das Dívidas

Moody’s S&P Quality of Issue


RISCO: Highest quality. Very small risk of default.
Aaa AAA
BAIXO High quality. Small risk of default.
Aa AA
High-Medium quality. Strong attributes, but potentially
A A
vulnerable.
MÈDIO
Baa BBB Medium quality. Currently adequate, but potentially unreliable.
Ba BB Some speculative element. Long-run prospects questionable.
B B Able to pay currently, but at risk of default in the future.
Poor quality. Clear danger of default .
Caa CCC
Highly speculative. May be in default.
ALTO Ca CC
Lowest rated. Poor prospects of repayment.
C C
In default.
D -

Rating e o Custo das Dívidas

Estimated Bond Rating Default Spread


AAA 0,75%
AA 1,00%
A+ 1,50%
A 1,80%
A- 2,00%
BBB 2,25%
BB 3,50%
B+ 4,75%
B 6,50%
B- 8,00%
CCC 10,00%
CC 11,50%
C 12,70%
D 14,00%

Fonte: www.damodaran.com - Janeiro 2018

Finanças Corporativas
63

Rating e o Custo das Dívidas

 O Risco de Inadimplência está relacionado a capacidade de 
geração de fluxo caixa operacional da empresa e o nível de 
suas obrigações financeiras.
 Índices para Análise do Risco de Crédito:

 EBIT/Juros

 Dívida Liquida/EBITDA

Rating e o Custo das Dívidas

 O Risco de Inadimplência está relacionado a capacidade de 
geração de fluxo caixa operacional da empresa e o nível de 
suas obrigações financeiras.
 Índices para Análise do Risco de Crédito:
> 6  Risco Baixo
 EBIT/Juros aprox. 3   Risco Médio
< 1  Risco Alto

< 1   Risco Baixo
 Dívida Liquida/EBITDA aprox.2,5  Risco Médio
> 4    Risco Alto

Finanças Corporativas
64

Rating e o Custo das Dívidas

 Exemplo de cálculo do Custo das Dívidas:
 Supondo uma taxa SELIC de 3,75% ao ano, estime o custo das 
dívidas (Kd) da Vale (emissão de debêntures), considerando um 
company default spread (CDS) de 0,75% (rating AAA).

KdVALE = rf + CDSVALE

KdVALE = 3,75% + 0,75%

KdVALE = 4,5%

WACC

 Custo Médio Ponderado de Capital:
 Definição ‐ Média ponderada dos custos dos 
diversos componentes de financiamento da 
empresa.
WACC = [E/(D+E) x Ke] + [D/(D+E) x Kd x (1 ‐ T)] 
onde: WACC = Custo Médio Ponderado de Capital
Ke = Custo do Patrimônio Líquido
Kd = Custo das Dívidas
E = Valor da Participação Acionária
D = Valor das Dívidas
T = Alíquota de Impostos (IR & CS)

Finanças Corporativas
65

WACC

 Exemplo cálculo do WACC:
 Utilizando as estimativas de Ke e Kd para Vale, vamos 
calcular o WACC da empresa, supondo que a participação 
acionária (E) da empresa tenha um valor de mercado de US$ 
45 bilhões e que as dívidas da empresa sejam de US$ 15 
bilhões, considerando uma alíquota de IR & CS de 34%.

WACC = [E/(D+E) x Ke] + [D/(D+E) x Kd x (1 ‐ T)] 

WACC = [45/(15+45) x 9,4%] + [15/(15+45) x 4,5% x (1 – 0,34)]

WACC = [0,75 x 9,4%] + [0,25 x 4,5% x 0,66]

WACC = 7,79%

Exercícios

1) Considerando uma taxa SELIC de 3,75% (taxa rf), um 
prêmio pelo risco de mercado (E(rm) – rf) de 5% e um Beta 
de 1,4, calcule o custo de capital próprio (Ke) da ABC 
utilizando o CAPM.

2) Considerando uma taxa SELIC de 3,75% (taxa rf), um 
company default spread (CDS) de 1,5%, calcule o custo das 
dívidas (Kd) da ABC.

3) Com base nos resultados das questões 1 e 2, calcule o 
WACC da ABC, considerando que 60% do capital próprio 
(E/(D+E)) e 40% proveniente de empréstimos e 
financiamento (D/(D+E)). A alíquota de impostos da ABC (T) 
é de 34%.

Finanças Corporativas
66

Exercícios

4) Considerando uma taxa SELIC de 3,75% (taxa rf), um 
prêmio pelo risco de mercado (E(rm) – rf) de 5%, 
calcule o Ke, o Kd e o WACC da Petrobras, com base nas 
informações a seguir:
 Beta da Petrobras = 1,9

 CDS da Petrobras = 1,0%

 Valor de mercado do capital acionário = US$ 75 bilhões
 Valor de mercado das dívidas = US$ 75 bilhões
 Alíquota de impostos (T) = 34%

Exercícios

5) Considerando uma taxa SELIC de 3,75% (taxa rf), um 
prêmio pelo risco de mercado (E(rm) – rf) de 5%, 
calcule o Ke, o Kd e o WACC das  Lojas Renner, com 
base nas informações a seguir:
 Beta da Renner = 0,64
 CDS da Renner = 0,75%
 Participação do capital acionário = 75%
 Participação das dívidas = 25%
 Alíquota de impostos (T) = 34%

Finanças Corporativas
67

Exercícios
6) O gráfico abaixo apresenta a relação Dívida Liquida/EBITDA 
da Petrobras no período de 2010 a 2019. 

Dívida Liquida/EBITDA Petrobras ‐ 2010 a 2019
9,0
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Usando esse indicador, como você analisaria o risco de 
inadimplência da empresa no decorrer desses 10 anos?

Exercícios

7) Comente: “Se o custo da dívida é, geralmente, 
inferior ao do capital próprio, quanto maior o 
endividamento da empresa (alavancagem financeira) 
menor será o seu WACC.”

8) Qual o efeito do aumento do endividamento no 
custo das dívidas (Kd)? E no custo do capital próprio 
(Ke)?

Finanças Corporativas
68

Estrutura de Capital

Instrumentos de Financiamento

• O Mercado de Capitais oferece uma gama de 
instrumentos para que essas captem recursos 
para financiamento de suas atividades 
operacionais.
• De uma forma geral podemos classifica‐los em 
instrumentos de capital próprio (equity) ou 
capital de terceiros (debt):
• Capital Próprio: Angels, Fundos de Venture Capital & 
Private Equity, IPOs, Ações de S.A.s Abertas e ADRs.
• Capital de Terceiros: Debêntures & Corporate Bonds, 
Project Finance.

Finanças Corporativas
69

Instrumentos de Financiamento

Ciclo de Vida Maturidade


Debêntures & Corporate Bonds
Project Finance

Declínio
Crescimento
Fundos de PE
IPOs
Debêntures & Corporate Bonds
Reinvestimento de Lucros

Introdução
Business Angels
Fundos VC
Reinvestimento dos Lucros

Benefícios e Custos da Dívida

• Quais os benefícios que temos ao endividar a


empresa?
• Vantagens tributarias:
• Além do fato do Kd ser (geralmente menor do que o Ke,
os juros são dedutíveis para pagamento de impostos,
gerando um beneficio tributário para empresa (e,
consequentemente, favorecendo os acionistas).

• Empresas expostas a alíquotas mais altas deveriam mais


endividadas

• Empresas que apresentam elisões tributarias substancias


não relativas a dívida deveriam ser menos interessadas
em se financiarem com recursos de terceiros.

Finanças Corporativas
70

Benefícios e Custos da Dívida

• Quais os benefícios que temos ao endividar a


empresa?
• Disciplinamento dos Administradores:
• A dívida dá condições para que as empresas imponham
uma disciplina aos administradores (Jensen, 1976).
• Empresas com excessivo caixa livre disponível poderiam
ter eficiência administrativa reduzida, pela possibilidade
de encobrir eventuais erros cometidos
• Juros e pagamentos de principal gerariam compromisso
dos administradores e auxiliariam a manutenção da
eficiência da gestão.
• A grande questão é saber qual a “dosagem do remédio
que o faz passar a ser um veneno” para empresa.

Benefícios e Custos da Dívida

• Quais os custos que temos ao endividar a


empresa?
• Aumento da Probabilidade de Falência:
• A probabilidade de falência – incapacidade de cumprir
compromissos contratuais – está relacionado a
capacidade de geração de fluxo caixa operacional da
empresa e o nível de suas obrigações financeiras.

• Aumentando a alavancagem aumentamos o nível de


obrigações financeiras e consequentemente a
probabilidade da empresa falir.

Finanças Corporativas
71

Benefícios e Custos da Dívida

• Quais os custos que temos ao endividar a


empresa?
• Atrito entre Acionistas e Financiadores:
• Acionistas possuem direitos residuais sobre os fluxos
gerados pela empresa e tendem a apoiar medidas que
os beneficiem em detrimento do aumento do risco de
credores.
• Esse tipo de problema também é conhecido como
custo de agencia de tomar empréstimos.
• Situações típicas de conflito entre credores e
acionistas:
• 1. Decisões de investimento em novos projetos;
• 2. Financiamento de novos projetos;
• 3. Pagamento de dividendos aos acionistas.

Estrutura Ótima e Capital

• Uma das questões mais relevantes nas finanças corporativas é


se existe ou não uma estrutura ótima de capital para as
empresas.
• Embora tenhamos verificado que a dívida tenha a habilidade
de reduzir o volume de impostos e possa estimular a eficiência
gerencial das empresas, discutimos que a alavancagem
financeira aumenta o risco de falência e pode impor as
empresas redução de flexibilidade e gerar conflitos entre
acionistas e credores.
• Esse tradeoff entre custos e benefícios da dívida permitiria a
obtenção de um mix ótimo de divida e capital próprio para
empresa?

Finanças Corporativas
72

Estrutura Ótima e Capital

• Efeito da Alavancagem Financeira nos Diversos Custos


de Capital e no Valor da Empresa

K Ke V
VL
WACC
VU
Kd x (1-T)

D/E D/E
Ótima D/E Ótima D/E

Aspectos que Influenciam  a Estrutura 
de Capital das Empresas

• Evidências Empíricas sobre a Estrutura de


Capital das Empresas:
• Bradley, Jarrel e Kim(1984) observaram que
empresas com resultados operacionais voláteis
e predominância de ativos intangíveis teriam
menor alavancagem financeira.
• Barkley, Smith e Watts (1995), após avaliarem
6780 empresas no período de 1963 e 1993,
concluíram que o determinante mais relevante
do índice de endividamento das empresas
seriam suas oportunidades de investimento.
Empresas com melhores oportunidades de
investimento teriam menores alavancagens.

Finanças Corporativas
73

Aspectos que Influenciam  a Estrutura 
de Capital das Empresas

• Evidências Empíricas sobre a Estrutura de


Capital das Empresas:
• Pinegar e Wilbricht (1989) constataram a
existência de uma hierarquia de captação de
novos recursos para financiamento nas
empresas:
• (1) Lucros Acumulados, (2) Dívida, (3) Dívida
Conversível, (4) Ações Ordinárias, (5) Ações
Preferenciais, (6) Ações Preferenciais
Conversíveis.
Essa hierarquia estaria alinhada com o
interesse dos administradores de manterem
flexibilidade e autonomia na gestão.

Aspectos que Influenciam  a Estrutura 
de Capital das Empresas

Ciclo de Vida da Indústria


Pico da Alavancagem Financeira:
Maior estabilidade dos resultados operacionais;
Maior disponibilidade de recursos operacionais
Maturidade para cobertura das obrigações com terceiros;
Redução do risco de inadimplência;
Aumento dos benefícios tributários;
Declínio Maior interesse em disciplinar administradores;
Redução das oportunidades para realização de novos
Crescimento projeto.

Baixa Alavancagem Financeira:


Alta volatilidade dos resultados operacionais;
Pouca disponibilidade de recursos operacionais
para cobertura das obrigações com terceiros;
Introdução Alto risco de inadimplência;
Baixos benefícios tributários (ou inexistentes);
 Alto custo de agência;
Flexibilidade para realizar novos investimentos.

Finanças Corporativas
74

Exercícios

1)Quais os benefícios da alavancagem financeira para 
as empresas?

2) Qual o maleficio da alavancagem financeira para as 
empresas?

3) Qual efeito da alavancagem financeira nos custos de 
de capital próprio (Ke), terceiros (Kd) e no WACC?

Exercícios

4) Baseado em evidências empíricas, seria correto dizer 
que quanto mais voláteis forem os resultados 
operacionais e maior a proporção de ativos intangíveis 
no portifólio de negócios de uma empresa, maior 
deveria ser sua alavancagem financeira?

5) Qual foi a constatação da pesquisa apresentada em 
Pinegar e Wilbricht (1989) em relação a hierarquia de 
captação de novos recursos para financiamento nas 
empresas?

6) Qual o impacto do ciclo de vida na estrutura de 
capital das empresas?

Finanças Corporativas
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Gestão do Capital de Giro

Introdução

 Gestão do Capital de Giro é um sinônimo para a 
Gestão Financeira de Curto Prazo das empresas.
 Ela envolve muito mais do que a gestão do caixa 
(tesouraria) das empresas.
 Além das decisões de tomar ou aplicar recursos no 
curto prazo, o gestor financeiro necessitar medir e 
gerir os componentes do ciclo financeiro (PME, PMR e 
PMC), e estar atento ao efeito combinado do ciclo e 
da evolução de vendas das empresas
 Empresas com longos ciclos financeiros são 
suscetíveis a problemas de liquidez no caso de forte 
elevação de suas receitas.

Finanças Corporativas
76

Visão Integrada das Finanças de Curto Prazo

• Gestão de Capital de Giro
Políticas Crédito
Governo
Clientes Autorizações
Vendas Recebimento

Impostos
Políticas Estoques Ciclo
Caixa Políticas
Estoque Financeiro
Tesouraria

Saldo Caixa
Pagamento Captação/Aplicação
Compra Fornecedores
Mercado
Políticas Compra Financeiro

O Tradeoff nas Finanças de Curto Prazo

• Gestão de Capital de Giro
Liquidez

Crédito Volume de Vendas X Risco de Inadimplência

Compras Desconto X Liquidez

Estoque Risco de Falta X Custo de Carregamento

Tesouraria Nível de Caixa X Rentabilidade


Rentabilidade
Risco

Finanças Corporativas
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Análise da Situação Financeira 

 Índices de Liquidez:
 Liquidez Corrente = Ativo Circulante
Passivo Circulante

 Liquidez Seca = Ativo Circulante ‐ Estoques


Passivo Circulante

 Liquidez Imediata = Disponibilidades


Passivo Circulante

Análise da Situação Financeira 

 Prazos Médios das Contas do AC e PC:
 Prazo Médio de Permanência dos Estoques – Número de dias, em 
média, que os estoques são renovados. 
PME = Estoques x 360
CPV anual
 Prazo Médio de Recebimentos – Exprime o prazo médio de 
recebimentos das vendas totais da empresa.
PMR =  Clientes x  360
Receita Bruta
 Prazo Médio de Compras – Exprime o prazo que a empresa vem 
obtendo de seus fornecedores para pagamento de suas compras 
de matéria prima e/ou mercadorias. 
PMC = Fornecedores x 360
CPV anual

Finanças Corporativas
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Análise da Situação Financeira 

 Ciclo Operacional e Financeiro:
 Ciclo Operacional (CO):
• Indica o tempo decorrido entre o momento em que a empresa 
adquire as matérias‐primas/mercadorias e o momento em que 
recebe o dinheiro relativo as vendas. 

CO = PME + PMR

 Ciclo Financeiro (CF):
• É o tempo decorrido entre o instante do pagamento aos
fornecedores pelas mercadorias adquiridas e o recebimento pelas
vendas efetuadas. E o período que a empresa precisa de
financiamento complementar do seu ciclo operacional.

CF = PME + PMR – PMC
CF = CO – PMC

Exercícios

1) Calcule e analise os Índices de Liquidez Corrente 
(LC), Seca (LS) e Imediata (LI), da Latasa nos anos de 
1996 e 1997. 

2) Calcule os Prazos Médios de Estoque (PME), de 
Recebimentos (PMR) e de Compras (PMC) da Latasa 
em 1996 e 1997.

Finanças Corporativas
79

Exercícios

3) Com base nos prazos médios calculados na questão 
2, calcule os Ciclos Operacional (CO) e Financeiro (CF). 
Utilizando esses indicadores analise se a situação 
financeira melhorou ou piorou no decorrer dos anos de 
1996 e 1997. 

4) Considerando a relação entre CF, vendas  e NCG, 
qual sua conclusão em relação a possível evolução da 
NCG da Latasa nos anos de 1996 e 1997?

Dados Financeiros Latasa – 1996 e 1997

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro


(em milhares de reais)

Ativo 1997 1996


Circulante
Disponível 233.386 136.790
Clientes 130.142 55.159
Estoques 167.537 98.130
Outros 28.895 24.480
559.960 314.559

Realizável a Longo Prazo 29.934 16.717

Permanente 535.178 455.170


1.125.072 786.446

Finanças Corporativas
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Dados Financeiros Latasa – 1996 e 1997

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro


(em milhares de reais)

Passivo 1997 1996


Circulante
Fornecedores 113.619 57.766
Empréstimos e Financiamentos 372.877 236.071
Impostos, Salários e Outros 23.853 24.177
510.349 318.014

Exigível a Longo Prazo 258.550 207.474

Patrimônio Líquido 356.173 260.958


1.125.072 786.446

Dados Financeiros Latasa – 1996 e 1997

Latas de Alumínio S.A. - LATASA


Demonstração de Resultado do Exercício Findos em 31/12
(em milhares de reais) 1997 1996

Receita Bruta das Vendas 738.135 673.764


Impostos Sobre Vendas e Devoluções (165.846) (150.943)
Receita Líquida de Vendas 572.289 522.821
Custo dos Produtos Vendidos (513.491) (443.818)
Lucro Bruto 58.798 79.003
Despesas com Vendas e Administrativas (29.665) (23.386)
Despesas Financeiras Líquidas (26.058) (20.559)
Lucro Operacional 3.075 35.058
Receitas não Operacionais Líquidas 11.190 589
Lucro Antes do IR 14.265 35.647
IR (4.279) (12.240)
Lucro Líquido do Exercício 9.986 23.407

Finanças Corporativas
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Considerações Finais

• Análise da Situação Financeira de Curto Prazo:
• Relação entre CF, Vendas e NCG
• Sistematizar a medição e acompanhar regularmente os 
componentes do CF.
• Fundamental gerenciar o volume (e prazo) dos estoques, lutar 
por maior prazos com fornecedores e avaliar os benefícios (e 
custos) da concessão de crédito (maior prazo) para os clientes.
• A forma mais segura de financiar a NCG é captar recursos de 
longo prazo, para não depender de crédito bancário de curto 
prazo.
• Se a dependência de recursos de curto prazo (linhas de capital 
de giro e desconto de duplicatas, por exemplo) for grande a 
empresa pode enfrentar problemas (severos) de liquidez. 
• No longo prazo “o econômico” é quem determina a solvência 
da empresa, mas no curto prazo “o financeiro” é quem assume 
esse papel... 

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