Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Financeira
OS MOTIVOS PRINCIPAIS DO DISPÊNDIO DE CAPITAL E
AS ETAPAS DO PROCESSO DE ORÇAMENTO DE CAPITAL
A TERMINOLOGIA BÁSICA UTILIZADA PARA
DESCREVER PROJETOS, DISPONIBILIDADE DE FUNDOS,
TIPOS DE DECISÃO E PADRÕES DE FLUXOS DE CAIXA
O CÁLCULO DO INVESTIMENTO INICIAL ASSOCIADO
A UMA PROPOSTA DE DISPÊNDIO DE CAPITAL
E MUITO MAIS...
PRINCÍPIOS DE
FLUXOS DE CAIXA E
ORÇAMENTO DE CAPITAL
PRINCÍPIOS DE
FLUXOS DE CAIXA E
ORÇAMENTO DE CAPITAL
Prof. Célio Freitas Bouzada
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo você deverá ser capaz de:
ORÇAMENTO DE CAPITAL
Processo que consiste em avaliar e selecionar investimentos a longo prazo, que sejam
coerentes com o objetivo da empresa de maximizar a riqueza de seus proprietários.
As empresas costumam fazer uma série de investimentos a longo prazo, mas o investi-
mento mais comum em uma empresa industrial é em ativos imobilizados, os quais incluem
imóveis (terrenos), instalações e equipamentos. Esses ativos muitas vezes são denomi-
nados de ativos rentáveis, porque geralmente fornecem a base para a geração de lucro e
valor à empresa.
Desembolsos efetuados em ativos imobilizados são dispêndios de capital, mas nem todos
os dispêndios de capital são classificados como ativos imobilizados. Os dispêndios de
capital são feitos por muitas razões, o Quadro 1 a seguir fornece uma breve descrição dos
motivos principais para os dispêndios de capital.
Motivo Descrição
Expansão O motivo mais comum para fazer dispêndio de capital é expandir
o nível de operações, através de aquisição de ativos imobilizados.
Exemplo: infra-estrutura adicional como imóveis e instalações fabris
Substituição À medida que o crescimento da empresa diminui e ela atinge a
maturidade, a maior parte de seus dispêndios de capital será para
substituir ou renovar ativos obsoletos ou gastos. Exemplo: atualiza-
ção de softwares, manutenções preventivas com consumo de peças.
Modernização É frequentemente uma alternativa à substituição. A modernização
pode incluir a reconstrução, recondi-cionamento ou adaptação de
máquina ou das instalações existentes. Exemplo: instalações elétri-
cas, de ar condicionado, reconstrução de aeronaves.
Outras finalidades Alguns dispêndios de capital não resultam na aquisição ou trans-
formação de ativos imobilizados tangíveis constantes do balanço
patrimonial da empresa; antes, envolvem um comprometimento de
recursos a longo prazo, na expectativa de um retorno futuro.Tais
dispêndios incluem gastos com propaganda, pesquisa e desenvolvi-
mento, serviços de consultoria a administração e novos produtos
Tabela 1 - Motivos principais para fazer dispêndios de capital.
1. Geração de propostas;
2. Avaliação e análise;
3. Tomada de decisão;
4. Implementação;
5. Acompanhamento.
TERMINOLOGIA BÁSICA
PROJETOS INDEPENDENTES
São projetos cujos fluxos de caixa não estão relacionados ou são independentes entre si;
a aceitação de um deles não exclui a consideração posterior dos demais projetos.
São projetos que possuem a mesma função e consequentemente competem entre si. A
aceitação de um projeto desse tipo elimina a consideração posterior de todos os outros
projetos do grupo.
FUNDOS ILIMITADOS
RACIONAMENTO DE CAPITAL
É a situação financeira na qual a empresa tem somente um valor monetário fixo para
alocar entre alternativas de investimento que competem entre si.
Entradas de caixa 0
Saída de caixa 1 2 3 4 5 6 7 8
Final do ano
$10,000
Entradas de caixa 0 5
Saída de caixa 1 2 3 4 6 7 8 9 10
$20,000
$8,000
Final do ano
Série mista de fluxos de caixa é uma série que exibe qualquer padrão que não seja uma
anuidade. As entradas de caixa de $2.000 ao ano (durante oito anos) conforme mostra-
do na Figura 1 são anuidades, enquanto que o padrão desigual das entradas na Figura 2
representa uma série mista.
Fluxo de
caixa final
$25,000
$4,000 $5,000 $6,000 $7,000 $7,000 $8,000 $8,000 $8,000 $9,000 $10,000
Entradas de caixa 0
Saída de caixa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
$50,000
Final do ano
Investimento
Inicial
Figura 3 - Componentes do Fluxo de Caixa
Investimentos no exterior
A análise internacional de orçamento de capital difere da análise puramente doméstica
por que:
Custos da instalação
Quaisquer custos adicionais necessários para se colocar um novo ativo em funcionamento.
Valor contábil
Valor do ativo, dado pelo seu custo total inicial, menos a depreciação acumulada.
+ Custos de instalação
-
+ Variação de capital de giro líquido
=
Custo instalado do novo ativo
=
Investimento Inicial
Preço de venda
$0
Quadro 1 -Regra básica de tributação
Caixa + $4.000
Estoques + $8.000
Despesas Despesas
(excluindo (excluindo
Ano Receita (1) depreciação) (2) Ano Receita depreciação) (2)
Tabela 4 - Receitas e despesas (excluindo depreciação) para a máquina proposta e a máquina atual
As depreciações resultantes sobre essa máquina para cada um dos seis anos, bem como
para os três anos remanescentes da máquina usada são calculadas conforme Tabela 5 a
seguir:
6 $400.000 5% $20.000
4 0
Como a Máquina atual está no final do terceiro ano da recuperação de seu
5 custo, no momento em que a análise é feita, ela só tem os três anos finais de 0
depreciação (como observado anteriormente).
6 0
a
Total $69.600
a
O total de $69.600 representa o valor contábil da máquina atual no final do terceiro ano, como calculado no
exemplo anterior.
As entradas de caixa operacionais em cada ano podem ser calculadas através da utiliza-
ção do seguinte formato de demonstração do resultado:
Cálculo das entradas de caixa operacionais usando o formato de uma demonstração de resultado
Receita
– Depreciação
– Imposto de Renda
+ Depreciação
Tabela 6 - Cálculo das entradas de caixa operacionais usando o formato de uma demonstração de resultado
Após os dados das Tabelas 4 e 5 serem substituídos nesse modelo e admitindo-se uma
alíquota de imposto de renda de 40 %, obtêm-se as entradas de caixa operacionais para
cada ano, tanto da máquina proposta como da máquina atual, como demonstra a tab. 7.
a
Receita $2.520.000 $2.520.000 $2.520.000 $2.520.000 $2.520.000 $0
b
Despesas (excluindo depreciação) $2.300.000 $2.300.000 $2.300.000 $2.300.000 $2.300.000 $0
c
Depreciação $80.000 $128.000 $76.000 $48.000 $48.000 $20.000
Lucro líquido antes do imposto de renda $140.000 $92.000 $144.000 $172.000 $172.000 $20.000
c
Depreciação $80.000 $128.000 $76.000 $48.000 $48.000 $20.000
b
Despesas (excluindo depreciação) $1.990.000 $2.110.000 $2.230.000 $2.250.000 $2.120.000 $0
Lucro líquido antes do imposto de renda $181.200 $161.200 $158.000 $150.000 $130.000 $0
b
Da coluna 2 da Tabela 8.5
c
Da coluna 3 da Tabela 8.6
Tabela 7 - Cálculo das entradas operacionais de caixa para a máquina proposta e a máquina atual
Subtraindo as entradas de caixa com a máquina atual, das entradas de caixa com a nova
máquina, em cada ano, tem-se entradas de caixa operacional incrementais para cada ano,
conforme será mostrado na coluna 3 da Tabela 8:
Incrementais (relevantes)
a a
Ano Máquina proposta (1) Máquina atual (2) [(1)-(2)](3)
6 $ 8.000 $0 $ 8.000
Referência
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira – essencial. 7.ed. São Paulo:
Harbra Ltda, 1997.