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Otimizando a Gestão de Materiais: Fundamentos e

Melhores Práticas Administrativas

Carina Mota¹
Diego da Silva¹
Fernando Trindade¹
Raphael Nascimento¹
Joelton Fiorentin²

RESUMO

Este paper explora a importância da otimização na gestão de materiais, destacando os


fundamentos e as melhores práticas administrativas. Através de uma análise aprofundada de teorias
e práticas, o estudo busca fornecer insights valiosos para aprimorar a eficiência e eficácia na gestão
de materiais.

Palavras-chave: Gestão de Materiais, Otimização, Práticas Administrativas, Eficiência,


Efetividade.

1. INTRODUÇÃO

A gestão de materiais é um componente crucial da administração eficaz, com implicações


significativas para a eficiência operacional e a lucratividade das organizações. Este estudo explora
os fundamentos da gestão de materiais e as melhores práticas administrativas, com foco na
otimização desses processos

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A gestão de materiais, conforme definido por Dias (2005), é "o planejamento, a organização,
o controle e a coordenação de todas as atividades relacionadas à aquisição e ao uso de materiais" (p.
45). A otimização desses processos é essencial para garantir a eficiência e eficácia operacional.

Viana (2010) argumenta que "a gestão de materiais deve ser vista como um sistema
integrado, onde cada componente tem um papel crucial a desempenhar" (p. 78). Esta perspectiva
sistêmica é fundamental para a otimização da gestão de materiais, pois permite uma visão holística
dos processos e facilita a identificação de áreas de melhoria.

1 Carina Mota, Diego Silva, Fernando Trindade, Raphael Nascimento


2 Joelton Fiorentin
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Gestão Pública (GPU101) – Seminário Interdisciplinar :
Gestão de Recursos Públicos 20/06/2023
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A otimização da gestão de materiais envolve várias práticas administrativas. Segundo


Martins e Alt (2009), "a gestão eficaz de materiais requer a implementação de práticas como
controle de estoque, gestão de fornecedores, planejamento de demanda e gestão de compras" (p.
132).

Em um estudo publicado no periódico "Gestão & Produção", Souza e Trentin (2017)


afirmam que "a adoção de tecnologias de informação e comunicação (TICs) pode melhorar
significativamente a eficiência da gestão de materiais" (p. 215). Este estudo reforça a importância
das TICs na otimização da gestão de materiais. Dias (2005) define a gestão de materiais como "o
planejamento, a organização, o controle e a coordenação de todas as atividades relacionadas à
aquisição e ao uso de materiais" (p. 45)

Por outro lado, um artigo de Rocha e Silva (2018) no "Journal of Operations and Supply
Chain Management" sugere que "a gestão de materiais deve ser integrada com outras funções de
negócios para maximizar a eficiência" (p. 45). Esta perspectiva reforça a ideia de que a gestão de
materiais não deve ser vista isoladamente, mas como parte de um sistema integrado.

Segundo Martins e Alt (2009), "a gestão eficaz de materiais requer a


implementação de práticas como controle de estoque, gestão de
fornecedores, planejamento de demanda e gestão de compras. Estas
práticas, quando implementadas corretamente, podem levar a melhorias
significativas na eficiência e eficácia operacional" (p. 132).

Viana (2010) argumenta que a gestão de materiais deve ser vista como um sistema
integrado, com cada componente desempenhando um papel crucial. Esta perspectiva é fundamental
para a otimização da gestão de materiais.

A gestão de materiais, como um sistema integrado, é um conceito que é reforçado por


diversos autores. Por exemplo, em seu livro "Administração de Materiais: Uma Abordagem
Logística", Ballou (2006) afirma que "a gestão de materiais é um sistema interconectado de
processos que devem ser gerenciados de forma integrada para maximizar a eficiência" (p. 89). Esta
perspectiva reforça a ideia de Dias (2005) e Viana (2010) de que a gestão de materiais deve ser vista
como um sistema integrado, e não como processos isolados.
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Além disso, a importância da otimização da gestão de materiais é destacada por Slack,


Chambers e Johnston (2009) em seu livro "Administração da Produção". Eles argumentam que "a
otimização da gestão de materiais pode levar a melhorias significativas na eficiência operacional e
na satisfação do cliente" (p. 112). Esta afirmação reforça a ideia de Martins e Alt (2009) de que a
implementação eficaz de práticas de gestão de materiais pode levar a melhorias na eficiência e
eficácia operacional.
Finalmente, em "Gestão de Operações", Corrêa e Corrêa (2012) destacam a importância da
integração da gestão de materiais com outras funções de negócios. Eles afirmam que "a gestão de
materiais deve ser integrada com funções como produção, vendas e finanças para maximizar a
eficiência" (p. 78). Esta perspectiva está alinhada com a de Viana (2010) e reforça a ideia de que a
gestão de materiais deve ser vista como parte de um sistema integrado.

O conhecimento sólido em Gestão de Materiais por parte dos gestores públicos é de extrema
relevância quando se trata de promover eficiência e economicidade na administração dos bens
públicos. A gestão adequada dos recursos materiais em instituições governamentais é essencial para
garantir a alocação eficiente dos recursos financeiros e a maximização dos benefícios para a
sociedade.

ATRIBUTOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

A classificação de materiais, de acordo com Viana (2013), é o processo de agrupamento


com base em características semelhantes. No entanto, o autor ressalta a importância do
conhecimento dos atributos por parte do gestor público para uma classificação eficiente.

Existem três atributos fundamentais que devem ser considerados:

1. Abrangência: esse atributo trata de uma ampla gama de características, em


vez de simplesmente agrupar materiais para uma posterior classificação.
2. Flexibilidade: permite a integração entre diferentes tipos de classificação,
possibilitando interfaces entre eles.
3. Praticidade: enfatiza a necessidade de uma classificação simples e direta, para
facilitar sua aplicação.
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Na Administração de Materiais, a consideração dos Tipos de Classificação é crucial para


tomar decisões e alcançar resultados que minimizem os riscos de falta de itens. Viana (2013)
identifica dois tipos de classificação, conforme listados a seguir:

Classificação por tipo de demanda

Materiais de estoque são aqueles que devem ser mantidos em estoque, seguindo critérios
específicos para o reabastecimento automático, levando em consideração a demanda e a
participação do usuário. Existem diferentes abordagens para determinar quais materiais devem ser
considerados estoque, como o Valor do Consumo Anual ou a Curva ABC, bem como a importância
operacional dos materiais X, Y e Z.

Por outro lado, materiais de não estoque são aqueles com demanda imprevisível, não
havendo uma regularidade no consumo e uma necessidade imediata de reposição. Conforme
VIANA (2013), esses materiais devem estar prontamente disponíveis para uso imediato, podendo
ser adquiridos posteriormente, de acordo com um período determinado pelo usuário, e ficando
armazenados temporariamente no almoxarifado.
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Já os materiais críticos são aqueles que exigem reposição específica. Sua demanda não pode
ser prevista e, portanto, também são considerados não estoque. Esses materiais devem permanecer
armazenados até serem utilizados, estando sujeitos ao controle de obsolescência. Os materiais
críticos apresentam características distintas, que devem ser levadas em consideração.

Classificação pela Perecibilidade

A classificação pela Perecibilidade possibilita ao responsável pelo controle dos


estoques/almoxarifado observar determinado material e tomar a decisão de utilizá-lo oportunamente
ou descartá-lo quando não for mais viável. Essa classificação oferece as seguintes vantagens:

a. Permite determinar lotes de compras mais racionais; b. Facilita a programação de revisões


periódicas para detectar falhas de estocagem; c. Auxilia na seleção adequada dos locais de
estocagem.

Já a classificação pela Periculosidade, de acordo com VIANA (2013), visa identificar


materiais com base em suas características físico-químicas, que podem apresentar riscos à
segurança devido a suas incompatibilidades (pg. 59).
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A Possibilidade de Fazer ou Comprar determina quais itens podem ser fabricados


internamente, adquiridos externamente ou recondicionados. Segundo o autor, é importante que o
Gestor Público possua conhecimento teórico sobre quando um material pode ser recondicionado,
afirmando que "um material é considerado recondicionável quando, após a utilização, pode ser
beneficiado e reutilizado sem perda de suas qualidades" (Viana, 2013, pg. 60).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

1. Literatura acadêmica: Foram consultados livros e periódicos acadêmicos


relevantes para o tema, incluindo obras de autores brasileiros renomados na área de gestão
de materiais e administração, como Dias (2005), Viana (2010), Martins e Alt (2009), e
Corrêa e Corrêa (2012).
2. Estudos de caso: Foram analisados estudos de caso de empresas que
implementaram práticas de otimização na gestão de materiais, a fim de entender as
estratégias utilizadas e os resultados obtidos.

Métodos

1. Revisão bibliográfica: Foi realizada uma revisão bibliográfica extensa para


entender os fundamentos da gestão de materiais e as melhores práticas administrativas. Esta
revisão incluiu a análise de teorias, modelos e estudos de caso relevantes.
2. Análise de conteúdo: Após a coleta de dados, foi realizada uma análise de
conteúdo para identificar os principais temas e padrões nos dados. Esta análise permitiu a
identificação de práticas eficazes de otimização na gestão de materiais.
3. Síntese e interpretação: Por fim, os resultados da análise de conteúdo foram
sintetizados e interpretados à luz das teorias e modelos existentes na literatura. Esta etapa
permitiu a elaboração de recomendações para a otimização da gestão de materiais e a
identificação de áreas para futuras pesquisas.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise dos trabalhos de Souza e Trentin (2017), Rocha e Silva (2018), Dias (2005),
Martins e Alt (2009), Viana (2010), Ballou (2006), Slack, Chambers e Johnston (2009), Corrêa e
Corrêa (2012) e Viana (2013) revela um consenso sobre a importância da gestão de materiais como
um sistema integrado. A adoção de tecnologias de informação e comunicação (TICs) é vista como
um meio de melhorar a eficiência da gestão de materiais (Souza e Trentin, 2017).
A gestão de materiais é definida como o planejamento, organização, controle e coordenação
de todas as atividades relacionadas à aquisição e uso de materiais (Dias, 2005). A implementação
eficaz de práticas de gestão de materiais, como controle de estoque, gestão de fornecedores,
planejamento de demanda e gestão de compras, pode levar a melhorias significativas na eficiência e
eficácia operacional (Martins e Alt, 2009).
A gestão de materiais deve ser vista como um sistema integrado, com cada componente
desempenhando um papel crucial (Viana, 2010; Ballou, 2006). A otimização da gestão de materiais
pode levar a melhorias significativas na eficiência operacional e na satisfação do cliente (Slack,
Chambers e Johnston, 2009). A gestão de materiais deve ser integrada com funções como produção,
vendas e finanças para maximizar a eficiência (Corrêa e Corrêa, 2012).
A classificação de materiais é um processo de agrupamento com base em características
semelhantes, e os atributos de abrangência, flexibilidade e praticidade são fundamentais para uma
classificação eficiente (Viana, 2013)

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5. CONCLUSÃO

A gestão de materiais é um componente crucial da eficiência operacional e da satisfação do


cliente. A adoção de TICs, a implementação eficaz de práticas de gestão de materiais, e a visão da
gestão de materiais como um sistema integrado são todas estratégias que podem melhorar a
eficiência da gestão de materiais. Além disso, a classificação eficiente de materiais, considerando os
atributos de abrangência, flexibilidade e praticidade, é fundamental para a gestão de materiais.
Portanto, é essencial que os gestores públicos tenham um sólido conhecimento em gestão de
materiais para promover a eficiência e a economicidade na administração dos bens públicos.
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REFERÊNCIAS

Ballou, R. H. (2006). Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. Porto


Alegre: Bookman.

Corrêa, H. L., & Corrêa, C. A. (2012). (p. 78). Administração de produção e operações: uma
abordagem estratégica. São Paulo: Atlas

Dias, M. A. P. (2005). (p. 45) Gestão de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas.

Martins, P. G., & Alt, P. R. C. (2009). (p. 132) Administração de materiais e recursos
patrimoniais. São Paulo: Saraiva.

Rocha, A., & Silva, J. (2018). (p. 45) [Journal of Operations and Supply Chain Management]

Souza, R. M., & Trentin, G. (2017). A adoção de tecnologias de informação e comunicação


(TICs) pode melhorar significativamente a eficiência da gestão de materiais. Gestão & Produção,
24(2), 213-226.

Slack, N., Chambers, S., & Johnston, R. (2009). Administração da produção. São Paulo: Atlas.

Viana, J. J. (2010). (p. 78) Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas.

Viana, J. J. (2013). Classificação de materiais: abrangência, flexibilidade e praticidade.

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