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FLORIANÓPOLIS
2012
THIAGO PATRICIO FURTADO
FLORIANÓPOLIS
2012
THIAGO PATRICIO FURTADO
Florianópolis, SC,
___________________________
Professor Irineu Afonso Frey, Dr.
Coordenador de TCC do Departamento de Ciências Contábeis
________________________________________
Prof. Dr. Nivaldo João dos Santos (Orientador)
______________________________
Prof. Vladimir Arthur Fey, Msc.
______________________________
Prof. Loreci João Borges, Dr.
Aos meus familiares, pai, mãe e irmão, que com carinho, amor e
compreensão neste período de faculdade me incentivaram a estudar e me
condicionando para tal, ensinando-me valores básicos para uma sociedade mais
justa.
Ao Sr. Antônio Paulino Furtado Filho, que com sua vasta sabedoria
mostrou os caminhos iniciais da Perícia Trabalhista e especialmente nos cálculos
das verbas trabalhistas.
Ao professor Nivaldo João dos Santos, pela dedicação e pelos
ensinamentos dispensados na realização deste trabalho.
A minha amada esposa, Thais Furtado, que com muito amor e paciência
me auxiliou nas muitas etapas deste trabalho.
RESUMO
CF – CONSTITUIÇÃO FEDERAL
CPC – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
CRC – CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE
CTPS – CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL
CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS
CRC – CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE
CRFB – CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
FGTS – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO
IR – IMPOSTO DE RENDA
INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL
NBC – NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
TRCT – TERMO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
TRT – TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
TST – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................11
1.1 TEMA E PROBLEMA................................................................................................11
1.2 OBJETIVOS.............................................................................................................12
1.2.1 Objetivo Geral.....................................................................................................12
1.2.2 Objetivo Específico............................................................................................12
1.3. JUSTIFICATIVA...................................................................................................13
1.4. METODOLOGIA..................................................................................................13
1.4.1. Delimitação da Pesquisa..................................................................................15
1.5 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ...........................................................................16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................17
2.1 PROVA PERICIAL...................................................................................................17
2.2 CONCEITO DE PERÍCIA........................................................................................20
2.2.1 Perícia Judicial....................................................................................................21
2.2.2 Semijudicial..........................................................................................................21
2.2.2 Perícia Extra Judicial..........................................................................................22
2.2.3 Perícia Arbitral.....................................................................................................22
2.3 PERÍCIA CONTÁBIL................................................................................................23
2.4 A PERÍCIA CONTÁBIL EM AÇÕES TRABALHISTAS.............................................24
2.4.1 O Contrato de Trabalho......................................................................................25
2.4.2 Reclamação Trabalhista.....................................................................................25
2.4.3 Fases do Processo Trabalhista..........................................................................26
2.4.3.1 Da Petição Inicial................................................................................................28
2.4.3.2 Da Defesa do Reclamado...................................................................................28
2.4.3.3 Perícia na Fase de Instrução..............................................................................29
2.4.3.4 Perícia na Fase de Liquidação...........................................................................30
2.4.4 Principais Verbas Trabalhistas..........................................................................31
2.4.4.1 Jornada de Trabalho..........................................................................................31
2.4.4.2 Horas Extraordinárias.........................................................................................33
2.4.4.3 Intervalo Intrajornada..........................................................................................34
2.4.4.4 Aviso Prévio.......................................................................................................35
2.4.4.5 Décimo Terceiro Salário.....................................................................................37
2.4.4.6 Férias e terço Constitucional..............................................................................38
2.4.4.7 Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço.........................................................38
3 ESTUDO DE CASO....................................................................................................40
3.1 PROCESSO TRABALHISTA....................................................................................40
3.1.1 Da Petição Inicial.................................................................................................40
3.1.2 Da Contestação...................................................................................................41
3.1.3 Da Sentença.........................................................................................................42
3.1.4 Da Nomeação do Perito......................................................................................42
3.2 FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA.................................................................43
4 CONCLUSÃO..............................................................................................................48
REFERÊNCIAS..............................................................................................................50
ANEXOS
ANEXO A – Petição Inicial.............................................................................................53
ANEXO B – Sentença....................................................................................................58
ANEXO C – Laudo Pericial.............................................................................................63
ANEXO D – Resumo da Liquidação...............................................................................67
ANEXO E – Contribuição Fiscal e Previdenciária..........................................................68
ANEXO F -– Apuração de Horas Extras........................................................................69
ANEXO G – Fator de Atualização Monetária.................................................................71
ANEXO H – Cálculo Juros Legais..................................................................................72
11
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
1.4 METODOLOGIA
É importante frisar que, de acordo com Severino (2009) “quaisquer que sejam
as perspectivas de abordagem, a atividade visa articular e consolidar o processo
formativo do aluno pela construção do conhecimento científico em sua área”.
Esta monografia foi classificada como sendo uma pesquisa exploratória, que
segundo Gil (2002) tem como objetivo adequar maior familiaridade com o problema,
com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses, pois sendo o tema
escolhido pouco explorado, torna-se difícil formular conceitos precisos.
Com relação a forma de abordagem seguida, desenvolveu-se através de
pesquisa qualitativa, por necessitar de profundo conhecimento sobre o tema
exposto. O autor conceitua a abordagem qualitativa, segundo o trecho abaixo, da
seguinte forma:
Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a
complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas
variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos
sociais (RICHARDSON, 2008, P.80).
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
Relata Martins (1999) que se não houver acordo entre as partes, será
iniciada a instrução do processo (art. 848 da CLT). Todos os meios legais são
hábeis para provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa.
Martins (...) afirma que os meios de prova para a instrução do processo são as
espécies de provas, que serão relatadas em juízo. A seguir, é possível observar
os meios de provas segundo Martins (1999):
Depoimento pessoal: consiste na declaração prestada pelo autor ou pelo
réu perante o juiz, sobre os fatos objeto do litígio.
Confissão: é considerada, quando há admissão da verdade de um fato
que é contrário ao interesse da parte e favorável ao adversário (CPC, art. 348 ).
Documentos: é a forma de uma coisa poder ser conhecida por outra, de
modo a reproduzir certa manifestação de pensamento. O documento representa
um fato ocorrido.
Exibição (de documento ou coisa): o Juiz poderá determinar que a parte
exiba documento ou coisa em juízo, desde que se ache em seu poder (art. 355,
CPC). A reclamada não tem obrigação de fazer para a reclamante a respeito, por
exemplo, de seu horário de trabalho. A empresa não tem obrigação de juntar aos
cartões de ponto a pedido da reclamante, a não ser que o juiz assim o
determine.
Testemunhas: são terceiros em relação à lide que vem apresentar
depoimento em juízo, por ter conhecimento dos fatos narrados pelas partes. No
processo do trabalho, a prova testemunhal normalmente é a única forma de as
partes fazerem a prova de suas alegações, principalmente o reclamante que não
tem acesso aos documentos da empresa ou estes não retratam a realidade do
trabalho, como poderia ocorrer com os cartões de ponto.
Perícia: faltando conhecimento especializado ao juiz, este indica um
profissional que possa fazer o exame dos fatos objeto da causa, transmitindo
esses conhecimentos aos Magistrados, por meio de um parecer. Portanto
considera-se que a prova pericial é a prova judicial e consiste em exame, vistoria
ou avaliação.
Inspeção judicial: o juiz pode ir diretamente ao local de trabalho do
empregado, por exemplo, para fazer observações de pessoas ou coisas, que são
objeto dos fatos articulados pelas partes nos autos. Nisso consiste a inspeção
judicial.
19
Alberto (2010) descreve que perícia judicial é aquela realizada dentro dos
procedimentos do Poder Judiciário, por determinação, requerimento ou
necessidade de seus agentes ativos, e se processa segundo regras legais
específicas.
“A Perícia Judicial foi introduzida pelo Código de Processo Civil de 1939,
em seus arts. 208 e 254, que regulam a perícia, nomeação do perito pelo juiz e
indicações pelas partes” (MÜLLER, ANTONIK E JUNIOR, 2008, p.26).
O conceito de perito judicial é descrito através do seguinte trecho:
Perito Judicial é o auxiliar da Justiça, pessoa civil, nomeado pelo juiz ou
pelo tribunal, devidamente compromissado, assistindo-o para realizar prova
pericial consistente em exame, vistoria ou avaliação, valendo-se de
conhecimento especial, técnico ou científico (MÜLLER, ANTONIK E
JUNIOR, 2008).
Alberto (2010) relata que a perícia arbitral nada mais é do que aquela
perícia realizada no juízo arbitral, na qual é a instância decisória criada por
vontade de ambas as partes.
É a perícia realizada por um perito devidamente registrado no seu
respectivo órgão de classe, e, embora não seja judicialmente determinada, tem
valor de perícia judicial, mas natureza extrajudicial, pois as partes litigantes
escolhem as regras que serão aplicadas na arbitragem. No que diz respeito à
arbitragem do processo, os autores afirmam que:
A arbitragem é, portanto, um método extrajudicial para solução de conflitos,
cujo árbitro desempenha função semelhante à do juiz estatal. Embora a
arbitragem fosse prevista no Código Civil Brasileiro de 1916, apenas no ano
de 1996 a Lei 9.307/96, definitivamente institui a mediação e arbitragem no
Brasil. A Lei, também chamada de Lei Marco Maciel, confere as decisões
arbitrais a mesma força das sentenças estatais, fazendo crescer o peso e a
responsabilidade do perito arbitral (MÜLLER, ANTONIK E JUNIOR, 2008,
p.28).
23
a informação fidedigna;
a certificação, o exame e a análise do estado circunstancial do objeto;
o esclarecimento e a eliminação de dúvidas suscitadas sobre o objeto;
o fundamento científico da decisão;
a formulação de uma opinião ou juízo técnicos;
a mensuração, a análise, a avaliação ou o arbitramento sobre o quantum
monetário do objeto; e
trazer à luz o que está oculto por inexatidão, erro, inverdade, má-fé, astúcia
ou fraude.
Zanna (2005) diz que o objetivo da perícia contábil é apresentar a verdade dos
fatos econômicos, comerciais, e trabalhistas, dentre outros, segundo os casos de
cada um, e também de acordo com o que está sendo discutido na Inicial
apresentada pelo reclamante.
24
PETIÇÃO INICIAL é onde o reclamante indicará contra quem reclama (réu) apresentará as
razões da reclamação e formulará o seu pedido, quando possível com valores líquidos.
Com base nos elementos juntados aos autos, ou seja, pedido inicial, contestação, provas
testemunhal e/ou pericial, e não tendo conciliação, o juiz prolatará sentença.
- em não sendo acatada a sentença de 1º grau, por uma ou ambas as partes, deverá ser
interposto recurso ordinário perante o TRT.
- em havendo acatamento do acórdão, retornam os autos a justiça para que o processo siga seu
curso normal, ou seja, inicia-se a fase de liquidação de sentença ou arquiva-se o processo,
conforme o caso;
- em não sendo acatado a sentença de 2º grau, restará às partes ingressarem com recurso de
revista junto ao TST.
Tendo sido realizado a liquidação de sentença visando à execução, e essa concluída, arquiva-se
o processo. Sendo aquela frustrada, será feita uma tentativa de apontar bens do réu para se
levar a leilão, com o objetivo de ressarcir o reclamante e os demais credores do processo.
28
Tendo sido exitosa a execução, seja pelo pagamento dos créditos trabalhistas por parte do
reclamado, seja pelo resultado do leilão, remetem-se os autos ao Arquivo Geral, onde deverão
ser guardados pelo prazo de 5 anos.
(...)
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
convencionarem duração inferior a esse limite. A lei, com isso, visa preservar o
descanso dos trabalhadores, assim, estabeleceu a duração máxima de oito
horas (por dia) e no máximo de seis dias por semana com um mês de férias por
ano trabalhado. Porém nada impede que se adote jornadas inferiores, como
acontece com algumas categorias, como bancário, que utilizam jornadas de 30
horas (semanais), telefonistas e operadores cinematográficos que fazem
jornadas de 36 horas (semanais). Existem ainda, aqueles empregados excluídos
da jornada de trabalho, que são os domésticos, os gerentes e os vendedores
externos, pois seria praticamente impossível a comprovação de horários, seja
por fixação de cartão ponto no caso do vendedor externo ou pelas horas de
trabalho confundidas com as de lazer, no caso dos domésticos.
Em suma a carga horária de trabalho diária corresponde ao somatório das
horas laboradas durante o dia, em que não poderá exceder a 8 horas de trabalho,
com intervalo para refeição e descanso, chamado de intervalo intrajornada. Do
Quadro 1, a seguir, a jornada de trabalho que poderá ser adotada diária ou
semanalmente é exemplificada:
Seg. 7 20 8 - 8 48
Ter 7 20 8 - 8 48
Qua 7 20 8 - 8 48
Qui 7 20 8 - 8 48
Sex 7 20 8 - 8 48
Sab 7 20 8 - 0 0
Total em 7hX6=42h 20x6=120 8x5=40h 48X5=240
m
minutos 42hX60m=2520m 40hX60m
=2400m
Total em 2520m+120m= 2400m+240m
horas =
2640m:60=44h 44H
2640:60=44h
Fonte: COAD (2005-2006)
33
Para ser cumprido àquilo que relata a Constituição Federal de 1988 com
relação a jornada de um trabalhador normal, no caso o cumprimento de no máximo
44 horas semanais ou 8 horas diárias, o quadro 1 mostra duas formas em que
poderá ser cumprido essa jornada. A primeira jornada é laborada de segunda-feira
ao sábado, sendo cumprindo 7 horas e 20 minutos por dia totalizando 44 horas na
semana. Já na outra jornada, deverá ter um acordo entre as partes para que se
cumpra uma jornada a cima de 8 horas diárias, o que é proibido pela CF/88, salvo se
houver acordo coletivo para tal procedimento.
Para Salem (2004) hora extra pode ser considerada como a hora laborada
que extrapola o horário normal de trabalho. Em se tratando da maioria dos
casos, 8 horas diárias ou 44 semanais consistem na jornada normal, de acordo
com a Carta Magma citado anteriormente. Ou, no caso de horários reduzidos
como o de bancário, telefonista, onde é considerada extra, a hora prorrogada
além das 6 horas diárias e não além das 8 horas.
Com relação às horas extraordinárias, a Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT, art. 59, informa que: “A duração normal do trabalho poderá
ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas),
mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato
coletivo de trabalho”.
Contudo Pont (1998, p.205) relata que é licito ao empregador estabelecer
jornada maior do que oito horas diárias para compensar o dia de sábado.
Todavia é indispensável que seja feito um acordo expresso entre o funcionário e
o empregador, garantindo o aceite do empregado. Inexistindo este contrato, as
horas que extrapolarem a oitava diária, mesmo que não supere a jornada
semanal de 44 horas, são devidas como hora extra.
A Constituição Federal de 1988, diz que “a remuneração do serviço
extraordinário, deverá ser paga no mínimo, em cinquenta por cento à do normal”.
Dessa forma Pont (1998) relata que partindo da remuneração do
empregado, verifica-se o divisor que deverá ser adotado, que varia de acordo
34
Essa hora de intervalo há que ser paga como extra, mesmo que não
importe em extrapolação diária ou semanal da jornada normal. Caso
contrário, o § 4º do art. 71 da CLT seria inócuo, não teria razão de ser, já
que as horas extras além da 8ª diária ou além da 44ª semanal já vêm
assinaladas como extras nos arts. 58 e 59 da CLT e 7º, XIII, da CF/88.
Assim, se o empregado trabalhar 8 horas por dia ou até mesmo 7 horas por
dia e não obteve o intervalo, essa hora de intervalo trabalhada deverá ter o
acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) no mínimo (SALEM, 2004, p.64).
A CF/88 garante no art. 7º, inciso VIII, que se trata de décimo terceiro
salário, sendo devido ao empregado urbano e rural, doméstico, avulso, servidor
público, pago proporcional na admissão ou demissão e integral se o trabalhador
cumpriu doze meses de trabalho. O valor proporcional é pago na fração 1/12 por
mês trabalhado sendo igual ou superior a quinze dias trabalhados.
De acordo com a Lei 4.749/65, que trata sobre o pagamento do 13º
salário, a 1º parcela pode ser paga ao trabalhador entre os meses de fevereiro a
novembro. Já a 2º parcela deve ser quitada até o dia 20 de dezembro do mesmo
ano. Terá direito ainda de receber o adiantamento da 1º parcela junto com suas
férias, desde que requeira essa parcela no mês de janeiro do mesmo ano.
Para Delgado (2006) essa gratificação tem natureza salarial, portanto é
devida em todas as situações de quebra de contrato, contudo, rompendo o
contrato antes do mês de dezembro, a parcela é devida proporcionalmente aos
meses laborados no respectivo ano, chamado de 13º salário proporcional.
De acordo com o exposto acima, o funcionário que não laborou o ano
todo, seja porque foi admitido com o ano em andamento, ou porque foi demitido
38
3 ESTUDO DE CASO
Devido ao fato das partes da ação trabalhista não permitirem que seus
dados constassem neste estudo, seus nomes não serão mencionados de forma
verídica. Esta ação se dá na 4ª vara do Trabalho de Florianópolis e o litígio diz
respeito a determinadas verbas que, segundo o autor, não foram devidamente
remuneradas em sua rescisão contratual. O reclamante, Sr. José da Silva,
trabalhou durante dois meses como garçom para o réu, Alfa Ltda. (restaurante
localizado em Jurerê Internacional) na temporada de verão, por um período de
dois meses apenas, sendo contratado em 01/12/2009 e demitido em 17/01/2010.
3.1.2 Da Contestação
3.1.3 Da Sentença
DISPOSITIVO SENTENCIAL:
É nessa fase, que a sentença irá se quantificar, pois é através desta peça
que os pedidos, do reclamante, contidos na decisão sentencial se transformarão
em numerários correspondentes que o autor tem de direito. No referido
processo, para se chegar a essa quantificação, os cálculos foram efetuados da
seguinte forma:
Este cálculo foi realizado, pois o autor não teve seus depósitos efetuados de
forma correta como prevê a Lei n. 5107/96, durante todo seu contrato de trabalho, e
é calculado de acordo com o quadro 2.
Diante disso, temos o período em que irá ser calculado o FGTS mais a
multa de 40%, sendo o mês de dezembro de 2009, sendo representado pelo dia
em que o autor foi admitido pela empresa, o mês de janeiro, representado pela
data em que foi demitido, temos os 13º proporcionais, o aviso prévio sentenciado
pela magistrada e as férias proporcionais que teria direito o empregado. Temos
ainda a coluna do salário diário, sentenciado pela juíza no valor de R$ 140,00
por dia, temos os dias laborados pelo autor resultado então, na base de cálculo
do FGTS (salário/dia x dias trabalhados). Na qual foi aplicado o percentual de
8% ao mês, sendo corrigido pela correção monetária (planilha esta, fornecida
44
2. VERBAS RESCISÓRIAS
3. HORAS EXTRAS
Tais horas extras foram relativas àquelas horas em que o autor trabalhou a
cima de sua jornada de normal, porém, durante seu contrato de trabalho, a empresa
não remunerou o empregado por tais horas extras devidas, fazendo com que a juíza
sentenciasse para que o perito calcule a quantia exata que o autor tem de direito.
BASE
PERÍODO SALÁRIO BASE DE NºHE VLR REFLEXO REFLEXO TOTAL ÍNDICE PRINCIPAL DO FGTS FGTS
MENSAL CÁLCULO C/50% DEVIDO RSR 1/3 FÉR DEVIDO CM CORRIG FGTS .11,2% CORRIG
01/dez/09 4.200,00 4.200,00 1,14 32,73 5,45 38,18 1,0217293 39,01 38,18 4,28 4,37
13º/09 4.200,00 4.200,00 0,10 2,73 2,73 1,0219273 2,79 0,00 0,00
17/jan/10 4.200,00 4.200,00 132,43 3.792,27 632,05 4.424,32 1,0217293 4.520,46 4.424,32 495,52 506,29
AV PRÉVIO 4.200,00 4.200,00 11,13 318,75 318,75 1,0217293 325,68 0,00 0,00
13º/09(1/12) 4.200,00 4.200,00 11,04 316,02 316,02 1,0217293 322,89 0,00 0,00
13º/Ind(1/12) 4.200,00 4.200,00 0,93 26,56 26,56 1,0217293 27,14 0,00 0,00
FP(3/12)+1/3 4.200,00 4.200,00 12,06 345,31 115,10 460,42 1,0217293 470,42 0,00 0,00
TOTAL EM 01/09/2010 5.708,38 510,66
(*) - Conforme comando de letra "a", do dispositivo sentencial.
Fonte: Autor.
O cálculo das horas extras foi efetuado tomando-se por base o salário
mensal do autor dividindo a mesma por 220 (44 horas semanais : 6 dias úteis =
7,33 horas/dia x 30 dias = 220 horas/mês) multiplicando pela quantidade de
horas extras (apuradas em planilha auxiliar – ANEXO F) e ainda incidindo
adicional Constitucional de 50% de acordo com a CF/88. Incide ainda sobre tais
verbas, reflexo do repouso semanal remunerado (RSR) na base de 1/6 (trabalha
6 dias e folga 1) e reflexo de 1/3 sobre as férias, que somando com a coluna do
valor devido tem-se o total devido, sendo corrigido pela CM, tem-se o principal
de R$ 5.708,38 a título de HE. Aplica-se ainda o FGTS que totaliza R$ 510,66.
46
4. INTERVALO INTRAJORNADA
Esta hora, tem a mesma base prática das horas expostas anteriormente,
ou seja, é calculada com base no salário mensal do autor dividindo a mesma por
220 (44 horas semanais / 6 dias úteis = 7,33 horas/dia x 30 dias = 220
horas/mês) multiplicando pela quantidade de horas de intervalo intrajornada
(apurada em planilha auxiliar – ANEXO F) e ainda incidindo adicional legal de
50%. Aplicando a correção (tabela fornecida pelo TRT, Anexo G), tem-se um
total de R$ 1.316,64.
Tomando por base os cálculos acima expostos, o valor a que o autor tem
de direito relativo ao FGTS + multa de 40% - do contrato foi R$ 1.829,71; com
relação às verbas rescisórias o total calculado foi de R$ 6.271,44; as horas
extras lhe renderam R$ 5.708.38; e o intervalo intrajornada foi de R$ 1.316,64.
Sobre esse subtotal de R$ 15.126,17, incide juros legais de 3,47% que equivale
a R$ 524,88, valor esse que somado ao subtotal, será de R$ 15.651,05. Deduz
desse valor o INSS de R$ 878,75, que incide sobre o valor total calculado pelo
perito, finalizando com um montante de R$ 14.772,29 a receber da reclamação
trabalhista.
47
A - CRÉDITOS DO AUTOR R$
1. PRINCIPAL 13.296,45
2. FGTS+40% 1.829,71
3. SUBTOTAL 15.126,16
Fonte: Autor.
48
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALBERTO, Valder Luiz Palombo, Perícia contábil. 4. ed. – 3. reimpr. – São Paulo:
Atlas, 2010.
ALMEIDA, Ísis de. Manual de direito do trabalho. 4. ed. atual. e ampl. de acordo
com a Constituição de 1988. – São Paulo: LTr, 1991.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 5ª. ed. - São Paulo:
LTr, 2006.
GIGLIO, Wagner D. Direito Processual do Trabalho. 16. ed. rer., ampl., atual. e
adaptada. – São Paulo: Saraiva, 2007.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3ª ed. São Paulo:
Editora Atlas, 1991.
HOOG, Wilson Alberto Zappa. Prova Pericial Contábil – Aspectos Práticos &
Fundamentais. 5ª ed. Curitiba: Juruá Editora, 2007.
SÁ, Antônio Lopes de. Perícia contábil – 9. ed. - 2. reimpr. – São Paulo : Atlas,
2010.
SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; GOMES, José Mário M. Fundamentos
da Perícia Contábil – São Paulo: Atlas, 2006.
SARAIVA, Renato. Direito do Trabalho. 7ª. ed. - São Paulo: Método, 2008.
ZANNA, Remo Dalla. Prática de Perícia Contábil – São Paulo: IOB Thomson,
2005.
52
ANEXOS
53
I – DO CONTRATO DE TRABALHO
II – DA REMUNERAÇÃO
IV – AVISO PREVIO
Ocorre que o Reclamante laborava das 11:00 hrs às 3:00 hrs, de domingo
à domingo, sem folga intrajornada, tornando-se credor ao recebimento das horas
extraordinárias durante toda a vigência do contrato de trabalho em questão, que
perfaz um valor total de R$5.603,70 (cinco mil seiscentos e três reais e setenta
centavos), bem como seus reflexos.
VI – FOLGA INTRAJORNADA
Uma vez que o Reclamante não tinha folga intrajornada, durante toda a
vigência do presente contrato, torna-se credor ao pagamento em dobro da hora
laborada, perfazendo um valor total de R$457,90 (quatrocentos e cinqüenta e
sete reais e noventa centavos), bem como seus reflexos.
55
ANEXO B – Sentença
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos trinta dias do mês de julho do ano dois mil e dez, às 16h41min, na
sala de audiências da 4ª Vara do Trabalho de Florianópolis, sob a Presidência da
Excelentíssima Juíza MARIA DA SILVA PEREIRA, foram apregoadas as partes:
José da Silva, autora, Alfa Ltda, réu, para verem publicada a sentença que
segue em seu inteiro teor.
Partes ausentes.
Procedidas às formalidades legais foi proferida a seguinte
SENTENÇA
1. RELATÓRIO: Dispensado, nos termos do art. 852-I, da CLT, com a
redação dada pela Lei nº 9957/2000.
2. FUNDAMENTAÇÃO:
2.1.Gratuidade Judiciária
Alega o autor que firmou contrato de experiência com o réu com prazo de
45 dias, que deveria vigorar no período de 01/12/2009 a 14/01/2010, porém
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trabalhou até 17/01/2010. Que trabalhava como garçom, laborando das 11h às
03h, de segunda-feira a domingo, sem intervalo intrajornada nem folga semanal.
Que recebia R$140,00 por dia, totalizando R$4.200,00 por mês, mas em sua
CTPS o réu registrou o salário de R$530,00 mensais. Entende que o contrato se
transformou em contrato por prazo indeterminado, requerendo o pagamento de
aviso prévio (com anotação de sua projeção em CTPS), horas extras e
intervalares, adicional noturno, FGTS acrescido da indenização compensatória
de 40%, férias acrescidas de 1/3, gratificação natalina e multa do artigo 477, da
CLT.
Não foram ouvidas testemunhas.
Além do reconhecimento da representante do réu, a cópia da CTPS,
juntada pelo autor na p.1 do marcador 5, comprova que em 01/12/2009 as partes
firmaram contrato de experiência, com vigência de 45 dias. O prazo foi
extrapolado, razão pela qual o contrato passou a vigorar sem determinação de
prazo.
Quanto ao valor do salário, o réu não apresentou nenhum comprovante de
pagamento efetuado ao autor e, na audiência, sua representante disse que não
os possui.
Sendo assim, considerando que cabe a quem paga manter o
correspondente recibo de pagamento e não tendo o réu os apresentado,
considero verdadeiro o valor do salário apontado na inicial, qual seja, R$140,0 0
por dia.
No tocante ao horário trabalhado, não há nenhuma afirmação, na inicial,
de que o estabelecimento do réu possuísse mais de dez empregados, o que o
obrigaria a manter cartões ponto, nos termos do artigo 74, § 2º, da CLT.
Sendo assim, cabia ao autor fazer prova de que laborava nos horários que
afirmou, por se tratar de fato constitutivo de seu direito, mas desse ônus não se
desvencilhou.
Por tal razão, do cotejo da inicial e contestação, fixo que o autor até
25/12/2009 trabalhou das 11h às 19h, com 30 minutos de intervalo, com uma
folga semanal; de 26/12/2009 até o final do contrato o autor trabalhou das 11h às
19h, com 30 minutos de intervalo, retornando às 20h e laborando até às 03h,com
outro intervalo de 30 minutos, sem folga semanal (pois sabe-se que em tal
período o movimento nos bares e restaurantes é intenso, principalmente no
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3. DISPOSITIVO:
Nestes Termos
Pede Deferimento.
JOÃO CARVALHO
PERITO DO JUÍZO
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Com relação às horas extras, foi acatado pela juíza, o horário dito pelo
autor na inicial, que consequentemente resultou em horas extraordinárias, na
qual teria direito o autor, sendo que esta não foi paga. Se essa verba tivesse
sido paga normalmente no prazo certo, iria incidir sobre outras verbas
remuneratórias, como não foi isso que aconteceu, neste momento foi feito o
chamado reflexo das horas extras em outras verbas que teria direito à época o
reclamante.
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O Aviso Prévio foi sentenciado pela juíza, pois era de direito do autor no
final do contrato de trabalho, como remete o art. 7º, XXI da Constituição de 1988,
no qual consta que o prazo mínimo de aviso prévio é de 30 dias. Neste caso, o
réu não forneceu aviso prévio (trabalhado ou indenizado) ao reclamante, tendo
neste momento que pagar ao autor o valor de 30 dias trabalhados.
O autor laborou por um período de dois meses para a empresa Alfa Ltda.,
contudo na sua rescisão contratual, o réu não pagou o que de fato deveria, no
caso, as férias proporcionais mais o terço constitucional de direito. A Magistrada
sentenciou o pagamento pela reclamada de 3/12 de férias mais 1/3 de férias,
pois o reclamante trabalhou dois meses e mais um mês de aviso prévio
sentenciado pela juíza, totalizando a proporcionalidade de 3/12 de férias.
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Neste caso prático, a cota patronal do INSS foi calculada sobre o total das
parcelas deferidas (tributáveis), de acordo com a tabela do INSS sob o código
507, nos seguintes percentuais: Empresa 20%, SAT 1% e Terceiros 5,8%, no
total de 26,8%. No entanto, esses cálculos são ramificações da perícia
trabalhista, e é uma consequência das verbas apuradas em que há incidência no
INSS e no IR.
Isto posto, submeto o laudo em referência à vossa apreciação e
consideração, colocando-me a disposição de Vossa Excelência para quaisquer
esclarecimentos complementares, caso se faça necessário.
JOÃO CARVALHO
Perito Contador
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A - CRÉDITOS DO AUTOR R$
1. PRINCIPAL 13.296,45
2. FGTS+40% 1.829,71
3. SUBTOTAL 15.126,16
B - CRÉDITOS DE TERCEIROS
1. HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS BASE = R$ 15.651,04
2. HONORÁRIOS PERICIAIS (contábeis)
3. HONORÁRIOS PERICIAIS (médico/engenheiro)
4. IOESC
5. TOTAL
1) Obrigação de fazer: a ré deverá retificar a CTPS do autor conforme determinado no fundamento, item 2.2.
Fonte: Autor.
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Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
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Fonte: Autor.
DIA DIURNO DIURNO NOTURNO NOTURNO TOTAL H NOT TOTAL TOTAL EXCED TOTAL EXCED TOTAL INTERV TOTAL
DIA/MÊS/ANO 8ª 44ª 44ª
SEM HE ME HS MS HE ME HS MS HE ME HS MS HE ME HS MS H.N. ACUMULADA H.DIA HORAS 8ª DIA DIARIA SEM SEM INTRAJOR INT INTRAJOR
01/dez/09 T 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00
02/dez/09 Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 2,00
03/dez/09 Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 3,00
04/dez/09 S 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 4,00
05/dez/09 SAB 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 5,00
06/dez/09 D 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 6,00
07/dez/09 S 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,00
08/dez/09 T 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 7,00
09/dez/09 Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 8,00
10/dez/09 Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 9,00
11/dez/09 S 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 10,00
12/dez/09 SAB 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 11,00
13/dez/09 D 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 12,00
14/dez/09 S 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,00
15/dez/09 T 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 13,00
16/dez/09 Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 14,00
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17/dez/09 Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 15,00
18/dez/09 S 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 16,00
19/dez/09 SAB 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 17,00
20/dez/09 D 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 18,00
21/dez/09 S 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18,00
22/dez/09 T 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 19,00
23/dez/09 Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 20,00
FERIADO Q 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 8,00 0,00 0,00 0,00 1,00 21,00
25/dez/09 S 11 0 16 0 16 30 19 0 0,00 0,00 7,50 7,50 0,00 0,00 0,00 1,00 22,00
26/dez/09 SAB 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 5,14 9,50 14,64 6,64 0,00 1,14 1,14 1,00 23,00
27/dez/09 D 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 10,29 9,50 0,00 0,00 0,00 1,14 1,00 24,00
28/dez/09 S 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 15,43 9,50 14,64 6,64 0,00 1,14 1,00 25,00
29/dez/09 T 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 20,57 9,50 14,64 6,64 0,00 1,14 1,00 26,00
30/dez/09 Q 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 25,71 9,50 14,64 6,64 0,00 1,14 1,00 27,00
31/dez/09 Q 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 30,86 9,50 14,64 6,64 0,00 1,14 1,00 28,00
FERIADO S 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 5,14 9,50 8,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00
02/jan/10 SAB 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 10,86 10,00 15,71 7,71 0,00 38,29 38,29 1,00 2,00
03/jan/10 D 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 16,57 10,00 0,00 0,00 0,00 38,29 1,00 3,00
04/jan/10 S 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 22,29 10,00 15,71 7,71 0,00 38,29 1,00 4,00
05/jan/10 T 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 28,00 10,00 15,71 7,71 0,00 38,29 1,00 5,00
06/jan/10 Q 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 33,71 10,00 15,71 7,71 0,00 38,29 1,00 6,00
07/jan/10 Q 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 39,43 10,00 15,71 7,71 0,00 38,29 1,00 7,00
08/jan/10 S 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 45,14 10,00 15,71 7,71 0,00 38,29 1,00 8,00
09/jan/10 SAB 11 0 19 0 20 0 22 0 22 0 24 0 0 0 3 0 5,71 50,86 10,00 15,71 7,71 0,00 50,29 88,57 1,00 9,00
10/jan/10 D 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 56,00 9,50 0,00 0,00 0,00 88,57 1,00 10,00
11/jan/10 S 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 61,14 9,50 14,64 6,64 0,00 88,57 1,00 11,00
12/jan/10 T 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 66,29 9,50 14,64 6,64 0,00 88,57 1,00 12,00
13/jan/10 Q 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 71,43 9,50 14,64 6,64 0,00 88,57 1,00 13,00
14/jan/10 Q 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 76,57 9,50 14,64 6,64 0,00 88,57 1,00 14,00
15/jan/10 S 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 81,71 9,50 14,64 6,64 0,00 88,57 1,00 15,00
16/jan/10 SAB 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 86,86 9,50 14,64 6,64 0,00 43,86 132,43 1,00 16,00
17/jan/10 D 11 0 18 30 20 0 22 0 22 0 24 0 0 30 3 0 5,14 92,00 9,50 0,00 0,00 0,00 132,43 1,00 17,00
30/jan/10 SAB 0,00 92,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 132,43 0,00 17,00
31/jan/10 D 0,00 92,00 0,00 0,00 0,00 0,00 132,43 0,00 17,00
Fonte: Autor.
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