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JOICE COELHO
CONTABILIDADE DOMÉSTICA:
Orçamento familiar.
São José
2010
JOICE COELHO
CONTABILIDADE DOMÉSTICA:
Orçamento familiar.
São José
2010
JOICE COELHO
________________________
Profº. MSc. Renato Brittes
Orientador
________________________
Profº. Alfredo Braun
Membro avaliador
________________________
Profº. Dr. Ednaldo Souza Vilela
Membro avaliador
Resumo
LISTA DE GRÁFICOS
1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 9
6. ANÁLISE ........................................................................................................................ 25
6.1 Dificuldades na implementação orçamental ................................................................ 25
6.2 O orçamento em prática................................................................................................. 26
6.3 Ponto positivos e negativos ............................................................................................ 36
8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 42
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1. INTRODUÇÃO
Geralmente, o tema contabilidade nos faz pensar no âmbito das empresas, em grandes
contas de patrimônio, etc. Entretanto, nos últimos tempos, alguns autores vêm levantando a
questão da contabilidade do meio doméstico, tentando demonstrar de que forma esta ciência
pode auxiliar as pessoas físicas.
De forma geral, a contabilidade é a ciência que tem como objeto de estudo o
patrimônio das entidades, registrando todos os fatos e atos e interpretando-os, com a
finalidade de promover informações sobre o patrimônio, as variações e o estado econômico.
Esta ciência abrange todos os indivíduos e, utilizada da forma adequada, pode ser um
instrumento de grande vantagem para o crescimento e desenvolvimento do orçamento
doméstico.
De acordo com o autor Iudícibus (1998, p.21):
Outros autores, como Souza e Torralvo (2003), dizem que a educação financeira é
muito pouco explorada no Brasil, a literatura de finanças pessoais é muito restrita, e a maioria
das pessoas possui a crença de que planejamento financeiro é algo que apenas as empresas
devem possuir. Apesar de grande parcela de a população brasileira estar em dificuldade
financeira, a educação orçamentária ainda não é um assunto abrangente, ficando a cabo dos
pais realizarem algum tipo de educação financeira dos filhos, sendo que estes também não
possuem conhecimento para tal.
O objetivo deste trabalho é a busca para uma melhor organização da renda mensal,
sendo interessante para todos os leitores, este projeto deseja demonstrar que através de um
controle das receitas e despesas é possível diminuir os gastos e a administrar melhor a renda.
Este trabalho pode ser útil para todas as pessoas que possuem interesse num desenvolvimento
e administração de seus gastos e receitas.
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2. JUSTIFICATIVA
Por isso, justifica-se a realização deste trabalho. Nele iremos adquirir conhecimento
sobre administrar e contabilizar a renda, tanto de uma família como também o conhecimento
poderá auxiliar em empresas ou para as pessoas em geral.
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3. PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS
3.2 Objetivos
3.2.1 Geral
O objetivo geral deste trabalho é demonstrar formas de realizar o planejamento
financeiro familiar juntamente com a contabilidade, fornecer meios para a elaboração e
acompanhamento deste processo.
3.2.2 Específicos
• Definir a importância do planejamento financeiro pessoal;
• estabelecer ferramentas para manter o controle do orçamentário financeiro;
• evidenciar os possíveis pontos positivos e negativos para gerar o fluxo de caixa familiar;
• demonstrar informações de segurança para a tomada de decisão futura.
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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A análise será voltada para a importância do tema estudado, após a coleta de todos os
dados obtidos através da pesquisa. Uma análise dos benefícios que podem ser adquiridos
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2009 2010
Ações
Ago Set Out Nov Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Delimitação do Tema X
Problemática e Objetivos X
Procedimentos
X
metodológicos
Correção Ortográfica e
Conclusão do projeto de X
Estágio I
Análise do Conteúdo
X
Produzido
Levantamento de
X X X
Literatura
Definição de Coleta de
X
Dados
Correção Metodológica e
X
Ortográfica
Apresentação dos
X X
Resultados
Conclusão do Relatório de
X
Estágio
Análise do Conteúdo
X X
Produzido
Proposta de Ação e
X X
Revisão
Correção Metodológica e
X
Ortográfica
Conclusão e Apresentação
X
do Projeto de Estágio
Quadro 1: Cronograma do projeto de estágio.
FONTE: Elaborado pela autora (2009).
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5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O que falta em sua educação não é saber como ganhar dinheiro, mas como gastá-lo –
o que fazer com ele depois de tê-lo ganho. E o que se chama aptidão financeira – o
que você faz com o dinheiro depois que o ganhou, como evitar que as pessoas lhe
tirem o dinheiro, quanto tempo você o conserva e o quanto esse dinheiro trabalha
para você. A maioria das pessoas não descobre o motivo das suas dificuldades
financeiras, porque não entende os fluxos de caixa. Uma pessoa pode ser muito
instruída, bem-sucedida profissionalmente e ser analfabeta do ponto de vista
financeiro.
A contabilidade doméstica nada mais é que saber administrar seu dinheiro e contas de
casa. Todas as famílias, mesmo sem ter noção de contabilidade, acabam inventando algum
tipo de orçamento para que ao final de cada mês não falte dinheiro e sobrem contas.
O orçamento doméstico é realizado, na maioria, num período de um mês, pois cada
mês que se passa, novas contas surgem e despesas fixas também, tais como aluguel, luz, água,
telefone, mensalidade escolar entre muitos outros. Mesmo que a renda familiar seja suficiente
para administrar o lar, é preciso pensar no futuro, em investir o dinheiro que sobrar no fim de
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cada mês, para render juros e a partir daí pensar em como chegar à aposentadoria de forma
mais tranquila, com todas as contas pagas e com uma boa poupança.
De acordo com Kiyosaki (2000, p.92) “a maioria das pessoas considera seu imóvel
residencial, as poupanças e o plano de aposentadoria como o total da sua coluna de ativos,
pois a maioria não tem dinheiro para investir, e simplesmente não investem. Isto lhe custa
experiência de investimento, essa falta de experiência impede que pessoas comuns se tornem
“investidores sofisticados”, e os melhores investimentos são oferecidos a esse tipo de
investidor, aqueles que buscam segurança”.
Kiyosaki (2000, p.92) ainda afirma que:
Como foi apresentado, não adianta apenas administrar a renda e fazer uma poupança,
isso adiantaria apenas para as pessoas que almejam uma segurança financeira e não tem
grandes expectativas para a vida econômica. O dinheiro deveria ser investido para aumentar
os ativos geradores de renda, para futuramente terem mais facilidades e cobrirem as despesas.
Para contabilizar a renda familiar, é preciso primeiramente estipular quais as despesas
e qual a renda fixa de cada período. Assim, cortar alguns gastos, apertar ali e diminuir aqui,
para que sobre pelo menos um pouco de dinheiro todo mês e que este seja aplicado na
poupança, e mais tarde, talvez, realizar alguns investimentos.
O orçamento familiar é uma tarefa considerada chata, pois exige grande esforço de
todos os membros da família.
Para o autor Luís Carlos Ewald em seu livro, Sobrou dinheiro! (2003, p.13):
Para se chegar ao Orçamento Doméstico será necessário passar por três fases
distintas:
1ª fase
Avaliação, na base do “chute”, do valor das despesas que a família acha que estão
sendo feitas durante um mês;
2ª fase
Acompanhamento e apuração no mês seguinte das despesas realmente efetuadas;
3ª fase
Avaliação, programação de possíveis cortes e previsão dos valores que poderão ser
gastos no mês seguinte; esse será o Orçamento Doméstico que deverá valer daí para
frente, todos os meses, com acompanhamento e ajustes.
1
Corridas dos Ratos baseia-se quando a principal renda é oriunda dos salários e quando seus salários aumentam,
os impostos também aumentam. As despesas crescem no mesmo montante que os salários.
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Primeiramente, alguém deve ser o responsável por examinar cada despesa e cada
receita gerada no mês, estipulando um valor no “chute” de quanto está sendo gasto.
Observam-se as receitas e despesas já realizadas, gastos eventuais e outros que julgam
ser necessário. Monta-se uma planilha com os dados obtidos. Essa planilha servirá
futuramente como um comparativo com o orçamento planejado que deve ser rigorosamente
seguido.
Em seguida, é preciso identificar e separar as despesas em grandes grupos. Estes
grupos devem fazer parte do orçamento doméstico padrão, tais como grupos de Despesas
Financeiras, Saúde, Morar, Comer, Ir e Vir, Estudar e Lazer. Dentro destes grupos e
utilizando a planilha já feita através do chute, podemos identificar quais são as despesas mais
comuns e que têm influência no orçamento doméstico. Depois disso, monta-se um esquema
para redução de alguns valores e de manter o seu controle.
Segundo o autor Ewald (2003, p.15), “as despesas podem ser classificadas como
despesas elásticas, que são as que podem ser comprimidas ou reduzidas, e as despesas
inelásticas, que são as despesas que não podem ser diminuídas”.
Ainda de acordo com o autor, após averiguar os grandes grupos é possível observar
que em cada um deles existem as despesas grandes e que normalmente são inelásticas, como
aluguel, prestação do carro, mensalidade da escola das crianças, entre outros. Porém existem
as despesas menores, aquelas às quais não damos tanta ênfase, mas que se somadas podem
ocupar grande parte da renda familiar. E, é nelas onde o perigo maior se encontra, porém são
na maioria elásticas, e isso ajuda no orçamento.
Por exemplo, se todos os dias, após o horário de almoço no trabalho, compramos um
chocolate custando R$ 1,00, estaríamos gastando R$ 22,00, o mesmo número de dia úteis no
mês. Neste caso, tanto podemos diminuir os gastos passando a comprar um bombom de
chocolate dia sim dia não, custando R$ 0,50, passando assim a gastar somente R$ 5,50 por
mês e não se privando do chocolate. Diminuindo R$ 16,50 da renda mensal e R$ 198,00 na
renda anual, tornando este valor significativo, ainda mais se somadas a outros cortes
realizados.
Depois da primeira fase realizada, e as despesas estarem todas divididas em grupos, a
segunda fase pode ser iniciada. Nela, haverá uma apuração mais detalhada dos gastos, sem
nenhum tipo de chute orçamentário, todas as despesas que forem efetuadas devem ser
anotadas na planilha.
Esta fase pode ser difícil, pois exige muita força de vontade de todos os membros da
casa, para que se adaptem ao novo orçamento e contribuam para seu sucesso.
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Não se pode esquecer-se de anotar as receitas na planilha do orçamento, que por sua
vez são mais fáceis de serem controladas, pois em sua maioria são o salário líquido (já
considerados sem os descontos de INSS, vale transporte, vale alimentação, IR, etc), as rendas
extras e o faturamento.
Após escolher um mês para iniciar o orçamento, é preciso escolher um dia na semana
no qual todos os membros da família se reúnam e mostrem o valor de suas despesas, para que
assim o responsável pela planilha possa ter um controle exato.
Passado o mês, um comparativo é feito entre o orçamento chute e o orçamento de
verdade da fase dois. Normalmente, as famílias se assustam, afinal acabam descobrindo que
gastam muito mais com coisas desnecessárias do que imaginavam quando fizeram o
orçamento na base do chute. Assim, com o susto, fica mais fácil para tentar impor o
orçamento doméstico, já que foram notados muitos gastos inúteis.
A fase três é aquela na qual o orçamento de verdade é elaborado, em que os cortes
devem ser estipulados e como devem ser feito isso.
Caso de fato sejam notados gastos desnecessários através das fases anteriores, é a
partir daí que se devem enxugá-los. Afinal, ninguém enriquece esbanjando dinheiro. Cortar o
desnecessário é fundamental para poupar e manter sempre algum dinheiro em mãos para
imprevistas eventualidades.
Nesta fase, também devemos manter o controle daquelas despesas inelásticas e até
mesmo repensá-las. É preciso projetar valores aos grandes grupos que devem ser controlados
e seguidos à risca no próximo mês. Por exemplo, caso haja festas ou outros imprevistos e sua
esposa queira comprar um novo vestido e esta despesa não esteja no orçamento, nada feito,
pois o orçamento deve ser seguido à risca sem nenhuma falha Assim, o projeto inteiro falhará.
Claro que podem ocorrer despesas não planejadas, como emergências médicas que
ultrapassem o valor de despesa registrado no grupo saúde da planilha do orçamento. Esses
imprevistos devem constar na planilha, e sempre que ocorrerem. Deve-se, então, pensar em
uma nova base orçamentária, até que encontrar uma que se adapte aos imprevistos, mas que
continue com o controle da renda familiar.
Stempniewski, em sua cartilha Salve o orçamento doméstico e viva melhor (2009,
p.2), diz que:
Cada qual conhece suas realidades, limitações, necessidades e sabe como comportar-
se. Desenvolva uma base de reflexão bastante pragmática sobre o consumo neste
momento em que vivemos. Evite cair nas armadilhas do consumismo. Vivemos uma
crise e esta ainda estará conosco por um bom tempo. Entenda que ganhar
honestamente seu dinheiro exige muito trabalho e é demorado. Consumir traz auto-
realização, estabelece uma relação de prazer com o ato, melhora a auto-estima,
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Para Ewald (2003, p.16), o orçamento doméstico estará projetando um saldo positivo,
ou seja, as Receitas previstas menos as Despesas planejadas devem obter um saldo positivo a
fim de cada mês, para que este possa ser aplicado como investimento. Seria interessante se no
mínimo 10% (por cento) da renda familiar fosse guardado a fim de se ter um futuro mais
estável.
Caso isto não ocorra, e ainda continue faltando dinheiro e sobrando despesa, o
orçamento deve ficar mais drástico, tendo até que diminuir muito os gastos e cortar algumas
despesas totalmente.
Para Assaf Neto e Silva (1997, p.35) “(...) o fluxo de caixa é um instrumento que
relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma
empresa em determinado intervalo de tempo”.
O fluxo de caixa é indispensável para dar rumo e sinalização financeira aos negócios e
à renda pessoal. Com a sua elaboração correta, pode-se evidenciar uma possível escassez de
caixa, ajuda na manutenção do pagamento de contas, visualização das despesas e receitas,
entre outros benefícios.
Segundo Zdanowicz (1992), “o fluxo de caixa é o instrumento que permite ao
administrador financeiro: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos
financeiros de sua empresa para um determinado período”.
O fluxo de caixa pode ser resumido como um controle e não é só importante para o
administrador financeiro, mas para todos os indivíduos que possuem algum tipo de renda,
negócio, e que precisam ou querem manter o controle das suas finanças. Esse controle é útil
tanto para a pessoa física quanto para a empresa que está crescendo e aumentando suas
atividades quanto no momento em que apresenta prejuízo, tornando mais fácil a visualização
de problemas que estão levando a esse prejuízo.
Assim Zdanowicz (1992):
Todas as operações, sejam elas de uma empresa ou de uma pessoa física, devem
possuir um controle. Este controle refere-se a tudo o que for saída ou entrada de
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caixa, em função de que toda a administração do ativo é importante, pois deve ter
em mente os objetivos simultâneos da administração financeira: liquidez e
rentabilidade.
Desta forma, qualquer organização, incluindo uma casa, se não for bem administrada e
não obtiver os dados necessários sobre grau de rentabilidade e liquidez, se torna difícil obter o
controle de despesas e receitas, e sem saber quanto dinheiro está sobrando ou faltando, as
tomadas de decisão podem ser perigosas.
A planilha do orçamento serve como um auxílio para documentar os valores das
despesas e das receitas, porém é necessário que se faça o fluxo de caixa para se obter os dados
corretamente. Assim, o fluxo de caixa na Contabilidade, promove uma projeção de todos os
pagamentos (direitos) e recebimentos esperados em um determinado período de tempo. O
controlador de fluxo de caixa necessita de uma visão geral sobre todas as funções da empresa,
como: pagamentos, recebimentos, compras e outros, porque é necessário prever o que se
poderá gastar no futuro, dependendo do que se consome hoje.
A planilha abaixo é um exemplo de planilha de orçamento doméstico.
Planilha do Orçamento Doméstico
Mês/ano:
Receita Renda
Bruta Líquida Prevista Recebida
(R$) (R$)
Minha receita Bruta (R$):
Receita esposa/marido (bruta):
(R$):
Outra receita da família (R$):
Natureza da Despesa Planejado Realizado
Moradia
Aluguel
Condomínio
Água
Energia elétrica
Gás
Telefone/celular
IPTU
Prestações
Concerto/manutenção
Empregada/faxineira
Limpeza
Alimentação
Supermercado
Padaria
Feira
Restaurante
Transporte
Combustível
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Estacionamento
IPVA
Seguro do carro
Prestações
Ônibus/metrô/trem
Manutenção
Multas
Saúde
Plano de saúde
Dentista
Farmácia
Seguro de vida
Outros
Educação
Mensalidade escolar
Aulas particulares
Transporte escolar
Cursos extras
Outros
Beleza
Vestuário
Academia
Higiene pessoal
Salão de beleza
Outros
Investimentos
Previdência privada
Aplicação financeira
Outros
Lazer
Viagens
Clube
Cigarro
Festas
Reservas para Gastos Futuros
Impostos
Escola/faculdade
Outros
Despesa Total:
Receita líquida total (R$)
Despesa Total (R$)
Saldo*
Planilha 1:Planilha do Orçamento Doméstico
Fonte: Ewald (2003, p.124) com alterações da autora.
Além do fluxo de caixa ser um ótimo método de controle orçamental, também existe
outros métodos para tal, assim como o próprio balanço patrimonial. Sendo este um dos mais
importantes modelos de demonstrações financeiras usadas na contabilidade empresarial.
_______________________________
1
Saldo pode ser positivo ou negativo.
22
O Exemplo acima é apenas para representar como poderia ser montado o Balanço
Patrimonial com os dados de uma pessoa física.
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A educação financeira deveria ser tratada de forma mais importante na vida das
pessoas, iniciando-se na infância, para que desde cedo as crianças saibam o valor do dinheiro,
e que com o passar dos anos se tornem jovens conscientes e adultos responsáveis.
Kiyosaki, (2000), enfatiza a importância de se começar cedo a ensinar educação
financeira às crianças.
Infelizmente, a grande maioria dos pais não assume esse compromisso, nem tem
condições de fazê-lo, pois não tem tempo ou conhecimento para tal. Portanto, cabe a
todos nós ajudar a interromper este ciclo vicioso, educando-se financeiramente e
orientando os jovens e adultos a serem mais racionais e menos emotivos no campo
das finanças. Pois, é através da orientação adequada que se terá o resultado
esperado, implantando-se uma nova cultura financeira na sociedade.
A educação financeira, apesar de ser um trabalho difícil de manter, pode ser vista de
uma forma mais fácil, como uma receita de bolo, onde se devem utilizar todos os ingredientes
na medida certa.
Para Theodoro (2007), os ingredientes são consciência, organização, orçamento,
pesquisa, controle, meta, investimento e perseverança.
1. Consciência: Assim como em diversas áreas de recuperação, o primeiro passo é
sempre admissão do problema. Admitir problema financeiro, rever suas finanças, analisar a
dimensão do déficit em seu orçamento, e não adiar a recuperação.
De acordo com o site Infomoney:
3. Orçamento: Esse ingrediente é, com certeza, o mais importante, pois é nele onde são
monitoradas as despesas e as receitas, bem como a tentativa de prever eventuais dificuldades
financeiras, assim como já citado anteriormente.
4. Pesquisa: Nessa etapa, é feita pesquisa de valores mais baixos para aquelas despesas
fundamentais e inelásticas, tais como educação, alimentação, entre outras. A pesquisa de
mercado auxilia para obter informações sobre os preços de mercado e de muita importância
para as compras.
5. Controle: O controle baseia-se em anotar todos os gastos e rendas obtidas durante o mês,
para que, ao final dele, possa ser lançado na planilha do orçamento financeiro pessoal, ou
familiar. Também se deve manter o controle dos ‘ingredientes’ acima com determinação.
6. Meta: As metas são de acordo com cada pessoa.Elas são estipuladas depois de cumpridas
as metas acima e adquirida a estabilidade financeira para, então, assim, possa-se ir atrás da
independência financeira.
Através desta “receita de bolo”, fica mais evidente como se iniciar o orçamento financeiro
doméstico e o torna um pouco mais simples e de melhor compreensão. Obviamente não é
fácil manter o orçamento financeiro, pois é um trabalho árduo que exige tempo e disciplina.
Essa receita também não é uma fórmula mágica para o enriquecimento. Está mais para uma
forma de controle e de auxílio para a manutenção das contas e seu controle, ajudando na
conquista das metas de cada um e independência financeira.
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6. ANÁLISE
Após analisados alguns fatores para montar o orçamento financeiro pessoal e familiar,
evidenciado alguns benefícios e a trajetória de como deve ser iniciado, é preciso colocá-lo em
prática. Iniciar um orçamento financeiro familiar é uma decisão saudável para adquirir uma
estabilidade financeira, principalmente nos dias atuais, em que não é possível se prever todos
os gastos e eventualidades. Para quem possui uma família e deseja trazer uma segurança
financeira para seus entes, o orçamento torna-se ainda mais importante, uma vez que através
de um orçamento bem estruturado é possível alcançar objetivos derivados da programação
financeira, tais como viagens, carro novo, faculdade para os filhos, entre outros.
Entretanto, depois de estipular objetivos e traçar as metas para atingi-los com o
planejamento orçamental, é preciso pô-lo em prática, e essa pode ser uma tarefa difícil e
desestimulante. O autor e consultor financeiro Caio Fragata Torralvo (2006) explica em um
de seus artigos sobre orçamento financeiro o porquê de algumas pessoas não conseguirem
permanecer com as metas estipuladas antes da implementação do orçamento financeiro.
Existem vários motivos que podem ser elencados. O mais comum erro observado é
estabelecer metas muito agressivas, mirando apenas atingir determinada quantia de
recursos (geralmente múltiplos de milhões de reais) e, para isso, topam inicialmente
com grandes privações. Da mesma forma, alguns acabam se desanimando com o
prazo contemplado no planejamento para que algumas metas sejam atingidas:
manter privações por dezenas de anos não é tarefa fácil, tampouco recomendada.
Como pôde ser visto a maioria das pessoas que decidem realizar o planejamento
financeiro, estipulam metas exageradas que exigem uma árdua e longa privação de confortos
e desejos consumistas que podem surgir dia a dia. E, não apenas a privação de confortos, mas
também coisas simples como, por exemplo, se sua meta é guardar dinheiro para pagar a uma
escola particular e futuramente uma faculdade para seus filhos, e estes devem ser privados de
um doce ou um brinquedo fora da época estipulada para ganhá-los (que seriam aniversários e
natais), pois a meta de guardar uma grande quantidade de dinheiro exige que se evitem todos
os gastos supérfluos, assim como doces.
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Mas, a privação destes pode trazer o descontentamento tanto dos filhos, como dos
pais, por não aderirem a um pedido simples dos primeiros.
Além disto, a longa espera para perceber os benefícios do planejamento, de fato,
desestimula seus usuários. E, nos dias de hoje, tudo parece ir contra a continuidade de um
orçamento financeiro, a mídia e seus intensos anúncios de mercadorias cada vez mais
tecnológicas, modernas, e práticas, com cada vez maior acesso de compra, feitas em várias
vezes no cartão de crédito, e muitas vezes com juros altíssimos mascarados pela facilidade da
compra.
Torralvo (2006) ainda diz que:
“... às vezes, não será possível resistir àquela tentação de compra. Ao invés de se
penalizar, por que não procurar entender os motivos que podem ter precipitado esta
compra e aprender com isto?... Assim, para o sucesso da implantação do
planejamento financeiro pessoal, sugere-se ficar atento a estes fatores. Caso
contrário, será como aquela dieta que nos propomos a começar na próxima segunda-
feira: basta passar um pedaço daquele bolo de chocolate que não resistimos e
abortamos o plano, no máximo até terça-feira.”
Querendo ou não, o consumismo faz parte do ser humano, portanto para realização do
orçamento financeiro pessoal ou familiar é necessário avaliar qual planejamento é mais
adequado para os desejos de cada tipo de família ou pessoa, pois o orçamento financeiro exige
muita disciplina e determinação. Então, ao invés de criá-lo baseado em números que se deseja
alcançar, é melhor criá-lo baseado em pequenos desejos que se quer atingir. Claro, que para
cada pessoa é diferente, quanto maior a capacidade de controle pessoal, mais fácil será manter
o planejamento e assim atingir os objetivos.
após o comparativo entre as planilhas, o usuário pode identificar seus gastos com maior
precisão. A partir daí, é que se iniciam os cortes e diminuição das despesas.
A Financenter (2005) diz o seguinte:
Definir e avaliar seus objetivos e sonhos, ou seja, indicar quanto você precisa para
realizá-los e determinar se são factíveis e o prazo para alcançá-los são duas peças
essenciais desse seu quebra-cabeça financeiro. Projetar a evolução de seu orçamento
doméstico e seu patrimônio com vistas a estabelecer metas periódicas.
2. Você já parou para pensar em seus sonhos e objetivos de curto, médio e longo prazo?
a) ( ) Sim, sempre faço essa reflexão e registro em um lugar que vejo frequentemente
(agenda, caderno ou arquivo no computador).
b) (x) Sim, sempre faço esta reflexão, mas não registro.
c) ( ) Somente faço planos de curto prazo.
d) ( ) Não tenho claramente meus sonhos de curto, médio e longo prazo.
8. Você utiliza um orçamento financeiro que prioriza uma reserva de dinheiro mensal para a
realização de seus sonhos?
a) ( ) Sim, reservo dinheiro mensalmente para meus sonhos de curto, médio e longo prazo.
b) ( ) Faço orçamento mensal financeiro, mas não priorizo meus sonhos.
c) ( ) Utilizo orçamento, mas não preencho todos os meses.
d) (x) Não faço orçamento financeiro.
10. Se você hoje ficar desempregada, por quanto tempo você consegue manter seu mesmo
padrão de vida?
a) ( ) Por 20 ou 30 anos.
b) ( ) Por até 10 anos.
c) ( ) Por menos de 01 ano.
d) (x) Por apenas 01 a 03 meses.
Como pode ser analisado através das questões, a maior dificuldade desta entidade é
fazer sobrar o dinheiro para poupar e investir. Dentre a maioria dos problemas existentes com
o orçamento doméstico, este ainda não é o pior, mas como imprevistos acontecem é muito
provável que qualquer eventualidade que ocorra, desde um acidente de carro ou a necessidade
do uso de aparelho dental de um dos filhos, abale todo o plano orçamental, até então, nada
eficiente. De nada adianta conseguir quitar todas as contas e não deixar despesas se a qualquer
emergência seria necessário fazer um empréstimo por não haver nada em caixa, e assim ter de
pagar juros sobre empréstimos. Ou talvez até não conseguir encaixar essa nova conta no
orçamento.
Abaixo segue a planilha realizada na base do chute orçamentário, onde se pode notar
que as despesas previstas estão realmente altas, principalmente despesas arbitrárias, sendo
estas as mais desnecessárias, por serem quase sempre despesas com gastos supérfluos.
Água R$ 45,00
Energia Elétrica R$ 230,00
Gás R$ 25,00
Telefone R$ 160,00
Celular R$ 15,00
Supermercado R$ 700,00
DESPESAS VARIÁVEIS
Padaria R$ 60,00
Feira R$ 60,00
Combustível R$ 80,00
Média mensal IPVA R$ 50,00
Farmácia R$ 20,00
Outros
Restaurante R$ 100,00
Estacionamento R$ 20,00
Clube R$ 200,00
DESPESAS ARBITRÁRIAS Festas R$ 50,00
Cigarro R$ 80,00
Outros R$ 100,00
Outros
Sobras 2%
Como puderam ser notados os reais gastos foram superiores aos gastos que
supostamente eram realizados, e isso é normal quando não se mantêm um controle preciso das
finanças. Muito embora não tenham sido exageradamente superiores, este orçamento está
claramente fora de um orçamento considerado de qualidade Nele não há praticamente sobras,
o que coloca esta família em risco de endividamento para qualquer eventualidade futura.
Novamente, com o gráfico de pizza será possível visualizar todas as despesas com
clareza. Se antes, as despesas arbitrárias formaram um total de 13% das rendas, agora ele
33
forma um total de 19%, o que é um aumento considerável, pois são estas despesas as mais
tranquilas de serem economizadas.
Sobras 0%
Cada decisão financeira que você toma, traz consequências para o seu bolso. Se você
economiza mais para comprar uma casa própria isto gera impacto sobre o poder de
consumo de sua família. Esta correlação entre as diversas decisões financeiras
implica que você sempre tem que avaliar as consequências geradas sobre outros
itens de seu planejamento financeiro.
Entretanto, pequenos reajustes podem ser feitos, sem causar estresse financeiro. A
terceira etapa consiste em cortar os gastos mais desnecessários e diminuir aqueles já
existentes. Essa parte do processo é mais difícil, mas o primeiro mês de cortes e reajustes de
despesas não é definitivo, pois é apenas no qual iremos averiguar em que é possível cortar
mais para daí em diante estipular um valor para cada despesa e um valor para ser guardado e
futuramente investido.
Observe a planilha abaixo com os cortes realizados no terceiro mês de implementação
do orçamento financeiro doméstico.
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Fica realmente claro que os resultados dos cortes financeiros provocaram uma grande
mudança positiva no orçamento desta família. Na planilha anterior o saldo final foi de um
total R$ 0,47 da renda, na atual ocorreu uma sobra de R$ 900,66, considerando que foram
efetuados apenas reajustes em algumas despesas, e eliminada somente uma despesa arbitrária.
No gráfico de pizza fica ainda mais nítido o resultado das mudanças efetuadas, com
uma sobra de 20% das rendas, e diminuição para 6% das despesas arbitrárias, que antes
totalizavam 19%.
Despesas Arbitrárias 6%
Sobras 20%
Terminada esta etapa, fica mais fácil perceber quais despesas podem ser dispensadas e
quais são mais necessárias, para, assim, estipular um valor aproximado de quanto será gasto
em cada uma delas nos meses seguintes. Muito embora seja cedo ainda para definir valores
para cada despesa, pois o orçamento necessita de adaptação e envolvimento de seus usuários
para poder funcionar como o devido. Porém, agora de inicio, é possível notar que as despesas
arbitrárias é que sofreram os maiores cortes.Assim, como citado anteriormente, são estas
despesas normalmente as mais fáceis de serem diminuídas.
50
40
30 Reais
20 Ajustado
10
0
Despesas Despesas Despesas Sobras
Fixas Variáveis Arbitrárias
Gráfico 4:Comparativo das despesas ajustadas com as reais da Planilha do Orçamento Doméstico.
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esquecem o quão difícil pode ser se privar de determinados prazeres diários. A demora para
realização dos objetivos é outro fator determinante para a desistência da continuidade do
orçamento.
Algumas dicas para manter o orçamento seriam se manter sempre motivado, pensar no
que irá conseguir alcançar, nas metas, na recompensa adquirida ao fim do orçamento, seja ela
um carro, uma viajem ou até mesmo a quitação de uma dívida.
Arlindo Roberto Perez (2008) cita o seguinte:
Comece a planejar com pensamento positivo. Se ele for elaborado achando que
orçamento familiar é sacrifício, haverá problemas na hora da execução. Não fique a
imaginar nos pontos negativos, mas pense nas consequências futuras que um bom
orçamento familiar irá lhe trazer. Ou seja, nas recompensas que você vai obter como
resultado.
O que você vai conseguir ao por em prática este novo planejamento financeiro?
Você vai liquidar mais cedo uma dívida pendente, vai poder guardar dinheiro para
viajar com a família nas próximas férias, fazer reforma da casa ou ainda para a
educação dos seus filhos. Seja qual for a meta na sua vida, você precisa se
concentrar em cima do planejamento financeiro feito para que seja o melhor
caminho para você conquistar os seus objetivos
Outra dica para manter o usuário envolvido no orçamento é desde o início criar um
orçamento realista, não acreditar que irá viver com o básico e guardar toda a renda como se
ela não existisse, pois isso raramente vai acontecer. As tentações do consumismo estão por
todos os lados e dificilmente alguém resiste a elas por muito tempo.
Peres (2008) ainda diz que:
Um dos maiores erros cometidos por pessoas que fazem o planejamento financeiro é
criar metas muito difíceis logo de início. O que acontece é que por serem metas bem
elevadas, ficam desmotivados quando as metas não são atingidas. Criar metas
elevadas é muito importante, mas no início é melhor criar metas mais modestas e
possíveis de concretização. Uma maneira fácil de começar é fazer pequenos planos
para curtos espaços de tempo. A partir destas pequenas conquistas passamos para a
meta seguinte. E estas pequenas metas vão contribuir para a grande meta que
almejamos atingir. E, assim, por diante até o objetivo final.
O planejamento financeiro de pequenas metas e a sua realização nos dá segurança e
convicção em nossa capacidade e logo estaremos realizando o nosso objetivo.
• Planejamento futuro:
Com o planejamento futuro, os usuários da contabilidade doméstica poderão alcançar
metas, desejos e objetivos. Elaborando um plano financeiro no qual você possa poupar uma
quantia mensalmente por um determinado tempo a fim de comprar ou investir no seu futuro.
• Melhor visão da situação financeira familiar:
Uma visão da situação financeira auxilia no controle dos gastos e permite a redução e
ajustes dos mesmos.
• Equilíbrio entre receitas e despesas:
Manter o equilíbrio entre as receitas e as despesas não só é necessário como é
realmente preciso para manter uma vida financeira saudável. E, melhor que manter o
equilíbrio é fazer um desequilíbrio positivo, ou seja, conseguir deixar as receitas em alta se
comparadas com as despesas. Assim, sobra mais para poupar ou investir.
• Controle mais apurado sobre o consumo:
Quando se inicia o orçamento financeiro doméstico e colocam-se no papel todos os
gastos e despesas, é que percebemos o quanto gastamos desnecessariamente. Com pequenas
coisinhas durante o mês, mas que ao seu final, somadas, tornam-se grandes gastos. A
contabilidade auxilia não somente a poupar e investir, mas a manter uma maneira saudável de
como gastar bem, saber onde gastar e como gastar para que o dinheiro renda mais e você
consiga perceber em que está investindo.
• Menor risco de inadimplência e dívidas:
A inadimplência financeira é algo acaba com qualquer orçamento, pois estar em atraso
com as dívidas faz mal para o bolso e para a cabeça também. Aquelas pessoas que matêm
suas contas em dia, economizam muito dinheiro, pois se livram de encargos adicionais como
multas e juros. E, juros todos nós pagamos, mesmo sem perceber, pois estão eles embutidos
nas parcelas das nossas compras, só não os vemos. Atrasar as parcelas só os aumentaria, o que
seria o mesmo que jogar dinheiro fora.
Para manter o orçamento de forma estável e melhorando é preciso manter sempre as
contas em dia. Um meio interessante de fazê-lo é reservar um local específico para colocar
todas as faturas de contas que chegam e separá-las na ordem de vencimento. Certifique-se,
todos os dias, se possível, seus vencimentos para não atrasar nenhuma conta.
Caso ocorra alguma emergência, e não seja possível pagar todas as faturas no prazo
correto, dê prioridade àquelas com menor multa e juros. Quase sempre, os cartões de crédito
possuem as taxas mais elevadas de multas.
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7. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Este trabalho teve como objetivo principal mostrar que a contabilidade tem papel
fundamental na gestão de finanças pessoais, auxiliando no controle do planejamento do
orçamento financeiro elaborado. Pois assim como nas empresas e governos, onde é preciso se
manter um controle de receita e despesa para se informar do saldo final, no dia a dia isso
também é muito importante.
O objetivo principal deste trabalho gerou em volta da pergunta de pesquisa: De que
forma a contabilidade poderá colaborar na administração da renda de uma família?
É notória a dificuldade das pessoas em administrar suas rendas pessoais, a
contabilidade está presente para auxiliar a vida das pessoas físicas também. Como foi citada
na inicial a contabilidade capta, registra, acumula, resumi e interpreta os fenômenos que
afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja este pessoa
física, empresa, União, entre outros.
Um estudo de caso realizado com a implementação do orçamento financeiro familiar
numa família de classe média baixa nos revelou a grande diferença entre manter um controle
das despesas e receitas através do fluxo de caixa e a não realização deste controle. Com um
resultado positivo desta implementação, é possível notar que o uso contínuo da contabilidade,
em longo prazo, nas finanças pessoais auxilia os usuários a manterem o controle das finanças,
a viverem com seus recursos, administrarem as despesas, proporciona uma maior segurança
em caso de eventos inesperados cujo fator principal seja a falta de dinheiro, ensina a
importância de se guardar uma parte do dinheiro para o futuro, investir, entre demais
benefícios.
Evidenciamos que o melhor método para elaborar o orçamento doméstico é o fluxo de
caixa, através do “confronto” que ele nos permite visualizar entre as despesas e receitas
distribuídas por um determinado período, deixando nítido onde estão as sobras ou as faltas
geradas. Com o fluxo de caixa próprio para efetuar a contabilidade doméstica foi possível
diferenciar os tipos de despesas existentes para deixar o orçamento financeiro mais fácil e
assim manter um controle mais adequado de tais despesas, sendo estas despesas divididas em
três: Despesas fixas, despesas variáveis e despesas arbitrárias.
Depois de aplicado o instrumento de coleta de dados, processados os mesmos,
colocado em prática o orçamento financeiro e obtido as informações que geraram as
respectivas análises, obtivemos os resultados e as seguintes conclusões: Planejar é essencial,
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para tudo na vida, e com as finanças não é diferente. Manter um controle e planejamento
através da contabilidade pode auxiliar seus usuários a viverem com seus recursos, administrar
as contas, tornar-se independente, desmistificando a contabilidade com as pessoas em geral.
Um controle orçamentário através do fluxo de caixa ajuda a manter o orçamento em dia,
auxiliando na prevenção de despesas desnecessárias, e principalmente ajuda a manter a
estabilidade no orçamento familiar. Apesar de alguns pontos negativos, os pontos positivos
continuam em vantagem, pois os resultados finais são realmente motivadores para aqueles que
levam a contabilidade na vida pessoal a sério. A contabilidade está presente na vida de todos
basta ter um pouco de conhecimento e saber usá-la.
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8. REFERÊNCIAS
BEI COMUNICAÇÃO. Como Cuidar do seu Dinheiro. 2. ed. Coleção entenda e aprenda.
São Paulo: BEI comunicação, 2004.
COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração: Um guia prático para alunos
de graduação ou pós-graduação. (Trad. Lúcia Simonini). 2. ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.
EDWALD, Luis Carlos. Sobrou Dinheiro! Lições de economia doméstica. 7. ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
EWALD, Luis Carlos. Como Fazer um Orçamento Doméstico. Finanças pessoais. 2008.
Disponível em < http://poupardinheiro.info/2008/10/01/como-fazer-um-orcamento-
domestico/ > Acesso: 12/08/09 às 16h32min.
GALLAGHER, Lílian. Planeje seu Futuro Financeiro. O guia sobre investimentos para
multiplicar seu patrimônio. Campus Elsevier. 2008.
KIYOSAKI, Robertt. LECHTER, Sharon L. Pai Rico, Pai Pobre. O que os ricos ensinam aos
seus filhos sobre dinheiro - que os pobres e a classe média não ensinam. 2000.
Publisher - Warner Business Books.
OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Metodologia Cientifica Aplicada ao direito. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.
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