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ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

TRABALHO FIM DE CURSO

IMPORTANCIA DA INFORMAÇÃO CONTABILISTICA NO


PROCESSO DA TOMADA DE DECISÕES NAS PME´s. ESTUDO
DE CASO: FERRAGEM CHOUPAL (2017 – 2019)

Candidato: Micilio Alage

Maputo, Agosto de 2021

Micilio Alage
IMPORTANCIA DA INFORMAÇÃO CONTABILISTICA NO
PROCESSODA TOMADA DE DECISÕES NAS PME´s. - ESTUDO DE
CASO: FERRAGEM CHOUPAL (2017 – 2019)

Trabalho apresentado na Escola Superior de Economia e Gestão


como requisito parcial para a obtenção do grau de licenciatura em
Contabilidade e Auditoria, sob supervisão do Mestre António
Dovelo.
DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Declaro por minha honra que este Trabalho Final de Curso (TFC), na sua essência, constitui o
resultado da minha pesquisa pessoal, todas as fontes consultadas estão citadas no texto e na
referência bibliográfica. Atesto que tenho ciência de que o uso indevido de informações
alheias sem referenciar a fonte constitui uma grave violação a ética académica e que pode
resultar na anulação do presente trabalho.

Maputo, ___ de A Setembrode 2021

Autor

Micilio Alage

_____________________________________

0
APROVAÇÃO DO JÚRI
Este trabalho foi aprovado com _________ valores no dia ________ de _____________de
2021 por nós membros do júri da Escola Superior de Economia e Gestão

____________________________________________

(O presidente do Júri)

______________________________________________

(O oponente)

_______________________________________________

(O Supervisor)

1
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais que são a minha maior fonte de inspiração e que tudo
fizeram para que me tornasse o homem que sou hoje.

2
Agradecimentos
Agradecer primeiro a Deus por me permitir chegar a essa fase da minha vida e aos meus a
pais que tudo fizeram para que este sonho se tornasse realidade.

Agradecer ao Mestre António Dovelo pela sua orientação e paciência ao longo da elaboração
do trabalho.

Agradecer ainda a todos os funcionários da Ferragens Choupal, que se disponibilizaram a


responder todas as questões colocadas ao longo da elaboração do estudo de caso. E a todos
que directa ou indirectamente contribuíram para o meu sucesso académico.

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LISTA DE ABREVIATURAS
ESEG – Escola Superior de Economia e Gestão

IASB - International Accounting Standards Boarding

IFRS- International Financial Reporting Standards

NCRF-PE - Norma Contabilística de Relato Financeiro para as Pequenas Empresas

PME' s – Pequenas e Médias Empresas

QC- Quadro Conceptual

SCE – Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial

SIC - sistemas de informação contabilística

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LISTA DE GRÁFICOS
4.2. Gráfico 1: Disposição do Género na Empresa

4.3. O Gráfico 2, ilustra a distribuição Estado civil dos Funcionários da Empresa

4.4. O Gráfico 3 Mostra a Proveniência dos Funcionários

4.5. O Gráfico 4 Ilustra o Nível ou Perfil Académico dos Funcionários

4.9. Gráfico 8 Responsável pela Reposição do Fundo de Maneio.

4.10. Gráfico Abaixo Debruça sobre as Normas e Responsável pela Reposição do Fundo de
Maneio e Deposito dos Recebimentos em Numerário e em Cheques.

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RESUMO
O presente trabalho com o tema importância da informação contabilística no processo da
tomada de decisões nas PME´s fez o estudo de caso, na empresa Ferragens Choupal uma
pequena empresa que se dedica venda de matéria de construção o trabalho teve como
objectivo analisar a importância da contabilidade para a tomada de decisão nas pequenas e
medias empresas o trabalho tem relevância pelo facto de sendo as pequenas e medias
empresas um dos motores fundamentais para o crescimento económico de Moçambique saber
como é feita a gestão das mesmas e como é usada e tratada da informação financeira de modo
que se possa tomar decisões racionais com base em informações credíveis o trabalho faz uma
abordagem qualitativa onde o tratamento de dados foi feita com base no programa estatístico
SPSS, pode apurar que apesar de a empresa ter uma contabilidade organizada, ela apenas é
usada para cumprir com as obrigações fiscais não sendo assim um instrumento usado pela
gestão para a tomada de decisão.

Palavras-chaves: Contabilidade, informação financeira e tomada de decisão.

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ABSTACT
The present work, with the theme of the importance of accounting information in the
decision-making process in SMEs, carried out the case study, in the company Ferragens
Choupal a small company dedicated to the sale of construction material. accounting for
decision-making in small and medium-sized companies the work is relevant because small
and medium-sized companies are one of the fundamental engines for economic growth in
Mozambique. financial so that rational decisions can be made based on credible information
the work takes a qualitative approach where the data processing was done based on the SPSS
statistical program, it can be verified that although the company has organized accounting, it
is only used for complying with tax obligations is therefore not an instrument used by
management for decision-making.
Keywords: Accounting, financial information and decision making.

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Índice

DECLARAÇÃO DE AUTORIA...............................................................................................0

APROVAÇÃO DO JÚRI...........................................................................................................1

Dedicatória.................................................................................................................................2

Agradecimentos..........................................................................................................................3

LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................................................4

LISTA DE GRÁFICOS.............................................................................................................5

RESUMO...................................................................................................................................6

ABSTACT..................................................................................................................................7

CAPITULO I. ENQUADRAMENTO DO TRABALHO.......................................................10

1.Introduҫão.............................................................................................................................10

1.2 Problema de pesquisa....................................................................................................12

1.3 Questões de investigação...........................................................................................12

1.4 Hipóteses.......................................................................................................................12

1.5 Objectivo de pesquisa.......................................................................................................12

1.5.1 Objectivo geral................................................................................................................12

1.5.2 Objectivos específicos.....................................................................................................12

1.6 Delimitação da pesquisa.................................................................................................13

1.6.1 Delimitação temporal...............................................................................................13

1.6.2 Delimitação espacial................................................................................................13

1.7 Justificativa........................................................................................................................13

CAPITULO II: ENQUADRAMENTO TEORICO E CONCEPTUA.................................15

2.1.1 Informação...................................................................................................................15

2.1.2 Pequenas e medias empresas.......................................................................................22

2.1.3 Sistema de informação contabilística..........................................................................23

2.1.4 Características qualitativas da informação financeira.................................................24

2.1.5 Tomada de decisão......................................................................................................26

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2.1.5.1 Processo de Tomada de Decisão.......................................................................27

3.1 Quanto a natureza.......................................................................................................29

3.2 Quanto abordagem......................................................................................................29

3.3 Quanto aos procedimentos técnicos............................................................................29

3.4 Instrumentos de recolha de dados...............................................................................30

3.5 População e amostra de pesquisa................................................................................30

3.5.1 Definição da amostra...............................................................................................30

3.5.2 Princípio de representatividade................................................................................30

CAPITULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS............................31

4.Apresentação do Local de Pesquisa, Análise e interpretação dos resultados.......................31

CAPITULO V: CONCLUSÃO................................................................................................39

5.1. Considerações Finais.........................................................................................................39

Referência Bibliográfica........................................................................................40

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CAPITULO I. ENQUADRAMENTO DO TRABALHO

1.Introduҫão
1.1 Contextualização

O presente trabalho de pesquisa vem abordar sobre a importância da informação financeira


nas pequenas e medias empresas em Moçambique especificamente na ferragem choupal.
Surgindo no âmbito do trabalho final de curso, que é um dos requisitos parciais para a
obtenção do grau de licenciatura em Contabilidade e Auditoria na Escola Superior de
Economia e Gestão (ESEG).

A informação é, nos dias de hoje, algo de indispensável e sempre presente em toda a


actividade humana. Tal como na vida particular, também nas organizações tornam-se
impensáveis quaisquer acções ou decisões sem ter presente informação. A mutabilidade na
envolvente é uma característica sempre presente o que faz com que a necessidade de
informação seja uma constante. Com o advento tecnológico, para as organizações, mais que a
informação, torna-se relevante a forma como estas conseguem instituir sistemas de
informação na medida em que são estes que permitiram a selecção e tratamento da
informação que realmente interessa para que estas possam integrar-se na envolvente que as
rodeia.

O interesse pelo tema relacionada com a analise do sistema de informação serem muito
relevantes nas organizações principalmente quando se trata de pequenas e medias empresas,
uma vez que estas estão em vias de desenvolvimento viu-se a necessidade de implementa-lo
para ajudar no controle de todas as operações contabilísticas que executadas na mesma.

O meu estudo surge no âmbito académico e enquadra-se no campo de educação.

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1.2 Problema de pesquisa
Sendo a tomada de decisão algo sempre presente no dia-a-dia das organizações, é comum
estabelecer que essa tomada de decisão deve assentar em informação. Por outro lado, há que
ter presente que de acordo com o nível hierárquico, em que se faz a tomada de decisão, assim
se deve dispor de sistemas de informação que permitam a disponibilização da informação
necessária para os mesmos pois, de outra forma, correr-se-ia o risco de proliferar informação
não relevante e que ocultaria a necessária para a tomada das decisões mais eficientes.

No âmbito de uma auditoria que foi feita na ferragem choupal com intuito de apurar a
veracidade das informações contabilísticas uma vez que não constituía a verdade:

1.3 Questões de investigação

O presente trabalho é movido pela seguinte pergunta de pesquisa:

Que importância tem a informação contabilística no processo da tomada de decisão nas


PME´s, ferragem choupal (2017/2019)?

1.4 Hipóteses

H1- A informação contabilística é importante no processo da tomada de decisão nas PME´S.

H2-Não existem uma relação significativa entre a informação contabilística e o processo da


tomada de decisões nas PME´S.

1.5 Objectivos
Neste tópico pretende-se abordar os objectivos, na qual aborda-se o objectivo geral e o
objectivo específico.

1.5.1Geral
- Analisar importância da informação contabilística no processo da tomada de decisão nas
PME´S, caso Ferragem Choupal (2017 – 2019)

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1.5.2Objectivos específicos
- Identificar os instrumentos usados para a tomada de decisão na ferragem choupal;

- Descrever o papel da informação contabilística na ferragem Choupal;

- Verificar se os instrumentos usados pela ferragem Choupal obedecem os princípios


geralmente aceites.

1.6 Delimitação da pesquisa

1.6.1 Delimitação temporal


O presente estudo analisou a informação contabilística num universo temporal de 2017 a
2019 pelo facto de ser a informação desse período contabilístico que foi objecto de análise
pela auditoria e por ser o período que apresentou maior discrepância em termos de resultados
obtidos e em termos de decisões tomadas por parte da gestão.

1.6.2 Delimitação espacial


O estudo foi feito nas ferragens Choupal pela proximidade do autor com a mesma instituição.

1.7Justificativa
O presente trabalho reveste-se de uma importância teórica e pratica. Em termos teóricos, este
estudo vai contribuir para o aprofundamento das reflexões sobre a racionalidade de
determinados procedimentos relativos a importância da informação contabilística no processo
da tomada de decisão nas PME´S, enquanto conceito da contabilidade financeira.

Em termos práticos o estudo tem relevância na medida e m que ira fazer a demonstração da
importância da informação contabilística no processo de tomada de decisão nas PME´S
concretamente na ferragem choupal num o período de análise. Vai permitir ainda visualizar
as etapas que norteiam todo processo desde percepção da situação, analise e definição do
problema, definição dos objectivos, alternativa de solução ou de cursos de acção, alternativa
mais adequada ao alcance dos objectivos avaliação e a comparação das alternativas
finalmente a implementação da alternativa escolhida.

1.7 Relevância do tema

As motivações da escolha deste tema prendem-se primeiramente com a vontade de conhecer


na prática o uso de instrumentos apreendidos no processo de ensino e aprendizagem.

No campo académico.

Espera-se que este tema venha despertar atenção para investigação relacionada

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Campo Empresarial.

Para o sector empresarial espera-se que utilize estas ferramentas para auxiliar no processo de
tomada de decisão.

Campo Social.

Com esta pesquisa espera-se que a comunidade use estas ferramentas aqui presentes para a
tomada de decisão que auxiliem o seu dia-a-dia em pequenas actividades económicas.

1.8 Estrutura do trabalho

O trabalho está dividido em 5 Capítulos a saber:

Capitulo I: referente ao enquadramento do trabalho que apresenta o contexto de surgimento


do trabalho, o problema que tenta ser resolvido com o mesmo, os objectivos e a razão de ser
do trabalho;

Capitulo II: referente ao enquadramento do trabalho que serão apresentados os diversos


conceitos abordados no trabalho na perspectiva de diversos autores, sem esquecer a ilação do
autor sobre essas diversas definições;

Capitulo III: referente a metodologia, onde é apresentada a metodologia usada para a a


colecta, selecção, processamento e exposição dos dados usados na elaboração do trabalho.

Capitulo IV: Apresentação e análise dos resultados da pesquisa, onde é feita a exposição e
análise dos resultados obtidos e processados previamente pelo programa estatístico SPSS.

Capitulo V: Conclusão, onde será apresentada a ilação obtida advento do estudo de caso feito
com a comparação dos resultados obtidos com a respectiva literatura.

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CAPITULO II: ENQUADRAMENTO TEORICO E CONCEPTUAL
2. 1 Revisão de Literatura

Nesta secção define-se os conceitos-chaves relacionados com o problema em causa.

E estes conceitos-chaves são: Informação, Sistema de informação, Informação contabilística,


Empresa, pequenas e médias empresas, sistema de informação contabilística.

2.1.1 Informação
É a resultante do processamento, manipulação e organização de dados, de tal forma que
represente uma modificação conhecimento do sistema que a recebe.

Segundo Lucen (2004) a informação é um conjunto de dados que, quando correctamente


apresentados e no momento oportuno, melhora o conhecimento do individuo que dela dispõe,
permitindo que este seja mais capaz de desenvolver a actividade ou decisão a que se propõe.
Poder-se-ão estabelecer níveis de conhecimento que permitem distinguir o recurso à
informação e o impacto que esta provoca na utilização que cada indivíduo faz do sistema de
informação da organização (Goveira e Ranito, 2004), nomeadamente: dados, informação e
conhecimento. Os dados, primeiro nível de conhecimento, dizem respeito a elementos
individuais e fraccionados que qualificam e descrevem todos os itens necessários para que o
sistema de informação funcione, ou seja, é todo um conjunto de informação indiferenciada
que flui dentro da organização. A informação, segundo nível de conhecimento, é uma
sistematização de dados que, enquadrados num contexto específico, significa algo de
relevante para a organização. Por último, o conhecimento, terceiro nível, é a avaliação e
hierarquização

2.1.1 Informação Financeira

O conceito de informação tem sido objecto de estudo em diversas investigações, embora,


com abordagens e posições diferentes (Alves, 2003).

Para alguns autores, o conceito ainda não está definido. Para outros, a definição não é
unânime, existindo, pelo menos, dois tipos de informação: a subjectiva e a objectiva. Na
abordagem subjectiva, defende-se que os símbolos e sinais só se transformam em informação
quando são absorvidos pela estrutura cognitiva do indivíduo, sendo que a informação não
existe por si, só existe no cérebro humano.

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Já na abordagem objectiva, a informação é vista como se existisse por si.

Numa outra abordagem, a definição de informação assenta na separação dos conceitos de


dados e informação. Partindo do princípio de que os dados, por si só, não têm significado, a
informação é vista como um resultado dos dados, da sua transformação, do seu sentido e
significado, e da sua utilidade e relevância. Todavia, a relevância da informação é
condicionada por vários factores e sofre alterações no decurso do tempo: depende da
avaliação individual, dos conhecimentos e percepções do utilizador e da situação e dos
problemas específicos a ela associados. A informação pode ser relevante em determinado
momento, e noutro não, pode ser relevante para uma decisão, e para outra não, pode ser
relevante para um decisor, e para outro não (Alves, 2003).

As diferentes abordagens na definição de informação justificam-se, designadamente porque:

A informação é percebida pelos diferentes utilizadores de forma diferente; A mesma


informação pode ser interiorizada e assumir valores diferentes para o mesmo utilizador, em
diferentes momentos ou circunstâncias; diferentes perspectivas da mesma informação
resultam, ou são condicionadas, nomeadamente pelos objectivos, pelas necessidades, pela
forma, pela importância e nível de utilização da informação.

No contexto empresarial, a necessidade de acesso a informação deriva da necessidade de


tomar decisões. Porém, nem toda a informação a que empresa tem acesso é útil. A sua
utilidade deriva da sua capacidade para responder às necessidades da empresa, devendo ainda
ser adequada e oportuna, e reduzir ao máximo o grau de incerteza relativamente às decisões a
tomar.

Decorrendo a qualidade da tomada de decisões, em grande medida, da qualidade da


informação disponível, a informação consubstancia-se num dos activos mais importantes da
empresa.

No processo de tomada de decisões, os gestores têm ao seu dispor informação financeira e


informação não financeira (Chenhall e Langfield-Smith, 2007).

A informação financeira, sendo um produto da contabilidade, não se pode dissociar do


conceito de contabilidade e informação contabilística (Lopes de Sá, 1997). A informação
contabilística resulta da transformação, mediante técnicas e procedimentos definidos, dos
dados operacionais e financeiros sobre as actividades e processos da empresa, em factos

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contabilísticos e é difundida através das demonstrações financeiras. Assim, as demonstrações
financeiras constituem uma ferramenta essencial na tomada de decisão e na comunicação
com os demais stakeholders da empresa (Alves, 2003).

Este entendimento está patente no próprio Quadro Conceptual (QC) do Sistema de


Contabilidade para o Sector Empresarial (SCE), onde é referido que as demonstrações
financeiras devem ser preparadas com o propósito de proporcionar informação útil para a
tomada de decisões económicas e responder às necessidades comuns da maior parte dos
utilizadores. O parágrafo 12 estabelece que: “O objectivo das demonstrações financeiras é o
de proporcionar informação acerca da posição financeira, do desempenho e das alterações na
posição financeira de uma entidade que seja útil a um vasto leque de utentes na tomada de
decisões económicas.”

Contudo, como referido no parágrafo 13 do QC, as demonstrações financeiras não


proporcionam a totalidade da informação necessária para os utentes tomarem decisões, pois
retratam efeitos financeiros resultantes de acontecimentos passados e não proporcionam
informação não financeira, sendo que, na tomada de decisões, a informação não financeira é
utilizada como complemento da informação financeira (Chenhall e Langfield-Smith, 2007).

Todavia, a contabilidade pode ser considerada um sistema de informação por excelência


(Horngren, Foster e Datar, 1962), na medida em que, através das demonstrações financeiras,
é difundida informação cuja importância e utilidade são inquestionáveis para um leque
abrangente de utilizadores.

Pretendendo-se neste ponto, relacionar a informação financeira com as características das


PME.

O primeiro aspecto a abordar é a relação existente entre a dimensão da empresa, a estrutura


da contabilidade e as políticas contabilísticas (Watts e Zimmerman, 1990). Esta relação
começa logo por ser evidente quando os próprios organismos que emitem as normas de
contabilidade criam normas específicas para empresas de menor dimensão, cuja
aplicabilidade se concretiza em função da dimensão da empresa.

Em Moçambique, com a adopção do Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial


(SCE), foi desenvolvido, pela Comissão de Normalização Contabilística, um modelo
contabilístico para as pequenas entidades e um modelo contabilístico para as pequenas e
medias empresas.

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A Norma Contabilística de Relato Financeiro para as Pequenas Entidades (NCRF-PE) pode
ser aplicada por todas as empresas que, à data do balanço, não ultrapassem dois dos três
limites seguintes: Total de Balanço – 500 Milhões; Total de Rendimentos – 500 Milhões de
Meticais e média de trabalhadores - 250 (Decreto-Lei n.º 70/2009, de 22 de Dezembro).

O próprio IASB, apesar de convencido de que as IFRS são adequadas para todos os tipos de
entidades e que servem comummente as necessidades dos usuários, considerando a relação
custo-benefício, reconheceu a existência de diferentes necessidades dos usuários e a
premência de criar uma norma específica para as pequenas e médias entidades (Eierle e
Haller, 2009).

Verificando-se que as entidades de menor dimensão podem incorrer em custos


proporcionalmente mais elevados para cumprirem as exigências de informação financeira do
que as grandes empresas (Hand et al., 1982), a relação custo-benefício de um melhor sistema
de informação pode não ser a mais adequada. Neste sentido, decorrente da dificuldade em
quantificar quer os benefícios da utilização da informação financeira quer os custos a ela
associados, as empresas podem ser conduzidas a evitar o recurso a melhores sistemas de
informação (Mitchell e Volking, 1993).

Considerando o universo das PME, caracterizado por uma forte dependência entre a esfera
pessoal/familiar e a esfera empresarial, com menos recursos afetos à elaboração da
contabilidade e ausência de auditorias externas, com assimetrias na informação financeira
proporcionalmente maiores (García-Teruel e Martínez-Solan, 2008), a informação financeira,
em regra, é menos adequada ou mesmo insuficiente (Bryan e Friedlob, 1984).

Porém, a revisão da bibliografia evidencia o quão importante é a informação financeira,


designadamente para as empresas com maior necessidade de financiamento.

2.1.2 Utilização da informação contabilística pelas PME

As PME requerem especial atenção em termos de gestão, pois estas empresas possuem
recursos distintos e enfrentam também dificuldades bem diferentes das grandes empresas
(Salles, 2006). Em ambientes competitivos é extremamente importante que os gestores
possuam informação relevante para fundamentar as suas decisões. Desta forma, os
prestadores de serviços de contabilidade podem ser uma importante fonte de informação e
aconselhamento para os gestores das pequenas empresas (Laurinkevičiute & Stasiškiene,
2011).

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Por outro lado, a contabilidade é muitas vezes vista pelos empresários como uma imposição
legal, cujo objectivo principal é o cumprimento das obrigações fiscais, ignorando assim o seu
potencial como ferramenta de gestão. Dyt & Halabi (2007) concluíram no seu estudo sobre a
utilização dos sistemas de informação contabilística (SIC) em micro e pequenas empresas
australianas, que, principalmente em microempresas, o papel do contabilista consiste
essencialmente no tratamento das obrigações ficais e legais. No estudo realizado por Gouveia
et al (2015) a maioria dos gestores inquiridos considera que o Estado é o principal interessado
na informação contabilística e que esta é essencialmente necessária para apurar impostos.
Ainda segundo Marcos et al. (2001) as pequenas e médias empresas possuem informação
contabilística e financeira, porque a isso são obrigadas por motivos fiscais, mas nem sempre
fazem bom uso da mesma para fins de gestão.

O estudo realizado por Marriott & Marriott (2000), revelou que a maioria dos proprietários
das pequenas e médias empresas britânicas vêm a contabilidade como um custo adicional
para a empresa, com pouca utilidade, e destinado sobretudo a entidade terceiras, como o
Estado.

A utilização de informação pelos gestores tem um impacto significativo no desempenho das


pequenas empresas (López & Hiebl, 2015; Lybaert, 1998a). Assim, a utilização deficitária da
informação contabilística por parte das PME poderá estar na origem do fracasso de muitas
empresas (López & Hiebl, 2015), uma vez que estas são especialmente vulneráveis aos
problemas derivados da utilização inadequada da contabilidade e do controlo interno (Bryan
& Friedlob, 1984). Para Mcmahon & Holmes (1991), a má gestão financeira pode mesmo ser
apontada como principal razão para o declínio de muitas pequenas empresas. Também Libby
(1975), concluiu no seu estudo que a informação contabilística pode ser fundamental na
previsão do fracasso das empresas. Assim, ter acesso à informação certa durante todas as
fases do processo de tomada de decisão pode fazer a diferença entre sucesso e fracasso (Lin
et al., 2014).

Contudo, e apesar das evidências empíricas que demonstram a importância da informação


contabilística na gestão de empresas de todas as dimensões, as pequenas e médias empresas
parecem resistir à sua utilização. Alguns estudos demonstram que em pequenas e
microempresas, e em especial nas empresas familiares, o papel do contabilista e da
informação contabilista são bastante limitados (Ghazzawi, Nemar, & Choughari, 2014).

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Dada a relevância da informação contabilística para as PME e as consequências da sua má
utilização, torna-se importante perceber qual a utilização atribuída a esta fonte de informação
pelos gestores das PME.

Um dos factores que a literatura tem apontado como factor condicionante à utilização da
informação contabilística, é o tipo de serviço de contabilidade contratado pela organização.
Empresas que elaboram a contabilidade internamente tendem a atribuir maior importância à
informação contabilística do que as empresas que recorrem à subcontratação destes serviços.
A importância dada à informação contabilística é ainda mais relevante quando se tratam de
empresas que elaboram contabilidade analítica. (GOUVEIA ET AL., 2015).

Contrariamente, as PME que recorrem a subcontratação de serviços de contabilidade


atribuem, normalmente, relevância à informação contabilística apenas para o cumprimento
das obrigações fiscais (Dyt & Halabi, 2007; Gouveia et al., 2015).

O estudo desenvolvido por Simon et al. (1954) é identificado como o primeiro estudo sobre a
importância da informação contabilística no contexto empresarial. Este estudo analisa a
organização dos sistemas contabilísticos como garante da melhor utilização da informação
contabilística na tomada de decisão (Alves, 2003).

O principal aspecto a considerar na informação financeira é a sua utilidade, estando a


importância da informação financeira directamente relacionada com a utilidade que lhe é
atribuída (Alves, 2003).

O reconhecimento da utilidade como factor preponderante da importância da informação


financeira começa por ser defendido pela própria Estrutura conceptual do SCE, logo no
primeiro parágrafo, quando é referido que as demonstrações financeiras devem ser preparadas
com o propósito de proporcionar informação que seja útil à tomada de decisões económicas,
respondendo às necessidades comuns à maior parte dos utentes. Também no parágrafo 10 é
reforçado que o objectivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação útil
a um vasto leque de utentes na tomada de decisões económicas, sendo ainda reforçada a
utilidade da informação financeira nos parágrafos 13 a 19, designadamente por proporcionar
informação aos utentes sobre a posição financeira, o desempenho e alterações na posição
financeira da empresa.

Ainda assim, a informação só é útil se for relevante (Alves, 2003). Neste sentido, a relevância
é considerada pelo SCE como uma das principais características qualitativas das

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demonstrações financeiras, ou seja, como um dos atributos que tornam a informação,
proporcionada aos utentes, útil. Todavia, a informação só é útil se satisfizer as necessidades
dos seus utentes. Neste sentido, a relevância é a capacidade que a informação tem para
influenciar uma decisão, ou ajudar os utilizadores a avaliar acontecimentos passados,
presentes ou futuros, ou confirmar, ou corrigir as avaliações passadas.

Apesar de a relevância ter sido sempre um aspecto considerado nas normas contabilísticas em
Moçambique, e reforçada com a introdução do actual normativo contabilístico, mais próximo
do International Accounting Standards Boarding (IASB) e das International Financial
Reporting Standards (IFRS), Ali e Hwang (2000) concluíram que a relevância das
demonstrações financeiras é menor em países com tradição code law, onde o sistema
bancário é um dos principais financiadores da atividade económica, onde o setor privado não
é tido em conta na definição de normas, onde os normativos assentam numa base continental,
e onde a fiscalidade acaba por influenciar significativamente as demonstrações financeiras.

A informação financeira é utilizada mais como análise retrospetiva do que como fonte de
informação para a gestão diária (Bruns e Mckinnon, 1993). Porém, o desempenho financeiro
passado e a posição financeira presente são um fator importante para os stakeholders,
designadamente para os financiadores (bancos, outros credores, seguros de crédito, etc.)
estimarem a capacidade que as empresas têm para cumprirem as condições contratualizadas
(Gibson, 1993).

Nesta corrente de pensamento, Biddle e Hilary (2006) defendem que uma contabilidade de
elevada qualidade não só contribui para a eficiência do investimento, como ainda reduz a
assimetria da informação entre a empresa e o exterior.

Todavia, as diferenças existentes entre a informação tornada pública e a informação retida na


empresa influenciam o custo de capital que, por sua vez, influencia as operações da empresa
e a sua rendibilidade. No equilíbrio, a quantidade e a qualidade da informação afeta o preço
dos bens.

Por seu lado, considerando que os investidores com menor informação exigem um maior
retorno por acção, pois a insuficiência de informação aumenta o risco, mais informação é
melhor do que total ausência de informação (Easley e O’Hara, 2004).

Numa perspectiva um pouco diferente, Sinha e Watts (2001) consideram que a proliferação
de fontes de informação alternativas, nomeadamente fontes externas, reduziu a relevância das

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demonstrações financeiras anuais, reduzindo os relatórios financeiros a uma contribuição
marginal. Este estudo mostra ainda que o aumento das fontes de informação, e o declínio da
relevância de relatórios financeiros, conduzem a uma perda na eficiência económica. O
resultado principal é que a eficiência económica declina com o facto de os relatórios
financeiros se tornarem menos relevantes.

A utilidade, e a consequentemente importância, não podem também ser dissociadas da


complexidade da informação. Plumlee (2003) sustenta a tese de que os analistas usam, em
maior medida, informação menos complexa do que informação mais complexa, sugerindo
que a complexidade da informação reduz a sua utilidade.

A informação só é útil se for compreendida. Neste sentido, a transparência do relato


financeiro reveste-se de especial importância como garante da compreensibilidade da
informação financeira (Barth e Katherine, 2008). Esta importância e preocupação com o
relato financeiro está patente no SNC, ao ponto de as normas se chamarem “Normas
Contabilísticas de Relato Financeiro” (NCRF) e todas elas terem um capítulo sobre a
divulgação de informação.

A revisão da literatura permite constatar que a informação financeira é uma ferramenta


essencial no apoio à tomada de decisão, constituindo-se como um dos mais importantes
instrumentos de transmissão de informação sobre a empresa, é uma ferramenta fundamental
na comunicação entre as empresas e os demais stakeholders. Objetivando-se a importância da
informação financeira na necessidade de fornecer informação útil aos utilizadores.

2.1.2Pequenas e médias empresas


São firmas com características distintivas, tendo uma dimensão com determinados limites de
empregados e financeiros fixados pelas regiões administrativas.

Não existe critério único universalmente aceito para definir as microempresas e PME. Vários
indicativos podem ser utilizados para a classificação das empresas nas categorias micro,
pequena, média e grande, mas eles não podem ser considerados completamente apropriados e
definitivos para todos os tipos de contexto.

Para classificar as empresas em suas respectivas classes, existem muitos critérios que
auxiliam nessa classificação, no qual cada elemento pode conduzir a faixas diferentes
(Terence, 2008). Nos dias atuais, não há consenso de critérios utilizados nos vários
segmentos ou setores mais específicos, ou seja, alguns critérios são mais importantes para

21
certas empresas, outras não. Entretanto, existe um critério universal que é aceito para
caracterizar as PMEs (Martins, 2014 apud Martins.; et al, 2017). O critério quantitativo é
ainda o mais usado em todos os setores por ser o mais fácil de definir o porte das empresas,
como o facturamento bruto anual e o número de empregados ocupados na organização
(Martins, 2017).

A caracterização e classificação de uma microempresa é de difícil execução, pois para que


uma empresa assim possa ser enquadrada torna-se necessário a adoção de um conjunto de
critérios qualitativos ou quantitativos, assim como a determinação dos parâmetros para as
variáveis utilizadas. De acordo com Morelli (1994), enquanto as variáveis quantitativas
dizem respeito à forma de administração e ao mercado onde a empresa se insere,
nomeadamente o acesso que a empresa tem ao mercado de capitais, o nível de especialização
da mão-de-obra, a ausência de um sistema de informação para o processo de tomada de
decisões ou a participação do proprietário no processo de produção, as variáveis quantitativas
representam os problemas decorrentes da não existência de um sistema de contabilidade
organizado e da fraca qualidade da informação utilizada. Além da definição dos critérios é
também necessário ter em conta as desigualdades ao nível de desenvolvimento económico
entre países e mesmos entre regiões do mesmo país, pois estas desigualdades contribuem para
a relativização do conceito de microempresa (MORELLI, 1994).

Logo, constata-se que as definições afetas às empresas de menor dimensão têm sido variadas,
diferindo no tempo e no local onde nos encontramos devido aos diferentes critérios utilizados
na sua caracterização, efetuando-se geralmente esta caracterização através da utilização de
variáveis como o número de trabalhadores, o volume de negócios, ativos e o sector onde a
empresa desenvolve a sua atividade (Steenkam & Kashyap, 2010).

2.1.3Sistema de informação contabilística


É o conjunto de recursos humanos e de capital dentro da organização o qual é responsável
pela preparação de informações financeiras e também de informações obtidas da colecta e
processamento dos dados das transações.

Arne (1997) define o sistema contabilístico como “os conceitos subjacentes, princípios gerais
e práticas específicas de um dado pais”, enquanto Benau e Miralles (1995) o definem como o
“conjunto de princípios, normas e práticas que orientam o fornecimento de informação
financeira, num âmbito especial e temporal dado”.

22
Da tentativa de definição do sistema contabilístico julgam-se evidentes alguns aspectos que
Jarne (1997) sistematiza da seguinte forma:

 Elementos próprios do sistema contabilísticos – Definidos como factores intrínsecos


ao sistema e que podem ser entendidos como todo o corpo conceptual que estrutura o
sistema;
 Influência do exterior – Entendidos como a envolvente do sistema que, de acordo com
as suas características próprias, acaba por influenciar a edificação do sistema;
 Estruturação do todo – O próprio sistema enquanto resultado da interacção dos
aspectos anteriores;
 Objectivo do sistema contabilístico – Que, pela sua edificação, visa, essencialmente, a
satisfação das necessidades de informação dos diferentes utentes do próprio sistema,
quer internos quer externos.

Do exposto, pode-se concluir que o sistema contabilístico resulta de um conjunto de factores


que fazem com que este seja fruto da envolvente onde se enquadra. No que diz respeito aos
factores intrínsecos, o sistema contabilístico sofre grande influência da normalização e
harmonização, fenómeno associado à globalização, a influência que este sofre do exterior e
de todos os que dele pretendem obter informação, faz com que esse sistema possa adaptar-se
ao tipo de organização que o utiliza, influenciando-a e sendo influenciado por ela.

Para os autores um sistema contabilístico eficiente (Horngren et al., 1999, pg. 246) deverá
cumprir quatro requisitos básicos, nomeadamente: controlo, compatibilidade, flexibilidade e
relação custo/benefício favorável.

Cada um destes aspectos torna-se bastante relevante para a envolvente onde se inserem as
organizações porque:

 A nível do controlo, a existência de procedimentos de controlo interno, que permitam


a correcta utilização e afectação dos recursos, são imprescindíveis para uma gestão
mais eficaz e eficiente;
 A compatibilidade relaciona-se com a forma como o sistema se adapta à estrutura que
a organização adopta; · A flexibilidade, dada uma envolvente em constante mutação,
torna-se indispensável para que o sistema possa proporcionar informação fiável e
tempestiva; e

23
 Uma relação custo/benefício favorável permite que o sistema instituído permita
responder às necessidades internas e externas de informação sem com isso
sobrecarregar a estrutura de custos da organização.

2.1.4 Características qualitativas da informação financeira


As características qualitativas são os atributos que fazem com que a informação
proporcionada pelas Df’s, seja útil para os utilizadores.

Existem 4 principais características qualitativas segundo a NCRF 1 do SCE.

a) Compreensibilidade – Deve ser de fácil compreensão. Os utilizadores devem ter um


conhecimento razoável de negócios e actividade económica, bem como de
contabilidade, e uma vontade para analisar a informação com razoável diligência.
b) Relevância – para ser útil, a informação deve ser materialmente relevante para as
necessidades da tomada de decisões dos utilizadores. A informação tem a qualidade
de relevância quando influencia as decisões económicas dos utilizadores ajudando-os
a avaliar os acontecimentos passados, presentes ou futuros, ou confirmados ou
corrigindo avaliações suas feitas no passado.
c) Fiabilidade – toda informação deve ser fiável. A informação tem a qualidade da
fiabilidade quando esta isenta de erro material ou de influências e os utilizadores dela
possam depender ao representar fidedignamente o que ela pretende representar ou que
possa razoavelmente esperar-se que represente. A informação por vezes pode não ser
fiável em natureza ou representação que o seu reconhecimento pode ser
potencialmente enganador.
Para que a informação seja viável deve obedecer os requisitos tais como:

 Representação fidedigna – a informação deve representar fidedignamente as


transações e outros acontecimentos que pretende representar ou que possa
razoavelmente esperar-se que represente.
 Substancia sob a forma – as transações e outros acontecimentos devem ser
representados fidedignamente, é necessário que essas transações e outros
acontecimentos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua
substancia e realidade económica e não meramente a sua forma legal.
 Neutralidade - Para ser fiável, a informação contida nas demonstrações
financeiras deve ser neutral, isenta de quais influencias.

24
 Prudência - A prudência é a inclusão de um grau de cautela no exercício
julgados necessários para a elaboração das estimativas em condições de
incerteza de tal forma que os activos e os rendimentos são sejam
sobrevalorizados (…..) e os passivos e os gastos não sejam
subvalorizados(…..) .
 Plenitude – A informação deve ser completa dentro dos limites de
materialidade e de custo. Uma omissão pode originar que a informação seja
falsa e não ser fiável em termos de sua relevância.
d) Comparabilidade - Os utilizadores devem ser capazes de comparar as demonstrações
financeiras de uma entidade no decurso do tempo a fim de identificarem tendências na
posição financeira e no desempenho dessa entidade. O cumprimento das normas de
contabilidade e relato financeiro, incluindo a divulgação das políticas contabilísticas
adoptadas, pela entidade, ajuda a atingir a característica qualitativa da
comparabilidade. As Df’S devem mostrar a informação correspondente ao período
anterior.
Encontram-se ainda os constrangimentos a informação relevante e fiável:

A oportunidade, Equilíbrio entre benefício e custo e o equilíbrio entre as características


qualitativas

2.1.5 Tomada de decisão


Peleias (2002, p. 63- 64) defende que para efectuar escolhas está presente em vários aspectos
da vida humana. Decisões são acções orientadas, julgamentos que afectam diariamente um
curso de acção. Mas o processo de decisão envolve pensamento e acção, culminando no ato
de escolha.

 O tomador de decisões: é o elemento ou grupo que selecciona as estratégias


disponíveis; na empresa, são os gestores, em vários níveis hierárquicos;

 Os objectivos da decisão: são as metas a serem atingidas pelas acções dos gestores,
conquistas de mercados, lançamento de produtos, novas metodologias de produção,
dentre outros; esses objectivos podem incluir horizontes de curto, médio e longo
prazo, que na empresa devem estar suportados por um sistema de informação que
permita aos gestores avaliar os efeitos de suas escolhas;

25
 O processo decisório: é um conjunto de etapas ou fases pela qual passa o tomador de
decisões na efectivação de sua escolha; seu produto final é a decisão, e poderão ser
mais ou menos estruturados, de acordo com o problema apresentado, o ambiente no
qual ocorre o estilo do gestor.
De acordo com Schmidt (2007 p. 8) “O processo decisório tem seu início no entendimento
das crenças e valores dos contabilistas da entidade, ou seja, os actuais donos do negócio.”

2.1.5.1 Processo de Tomada de Decisão


Etapas do processo decisório

O processo de planeamento é essencial em qualquer tipo de organização, nele se constroem


estudos, análises, cenários de desenvolvimento, orçamentos, planos e programas de ação, no
entanto, o processo de planeamento só fica completo se forem tomadas as decisões
necessárias à sua implementação (Teixeira, 2005).

De acordo com Teixeira (2005, p.72) “o processo de decisões consiste precisamente em gerar
e avaliar alternativas, cuja escolha conduza a um curso de ação.” Chiavenato (2003)
acrescenta que o processo de decisão é o processo de análise e escolha das várias alternativas
disponíveis, existindo seis elementos comuns na decisão:

1. O gestor (pessoa que faz a escolha)

2. O objetivo que o decisor pretende alcançar com a decisão

3. A preferência (critérios que o decisor usa para fazer a escolha)

4. A estratégia (representa o custo da ação)

5. A situação (envolve os aspetos do ambiente fora do seu controlo)

6. O resultado (é a consequência da sua estratégia).

O decisor com uma decisão pretende alcançar objetivos, tendo preferências e estratégias
pessoais para os alcançar, esta decisão envolve um processo de seleção que é condicionado
pelo raciocínio, planeamento ou projeção do futuro, obtendo o decisor uma decisão racional
se escolher os meios apropriados para alcançar os objetivos (Chiavenato, 2003).

26
Teixeira (2005) defende que existem quatro etapas no processo de tomada de decisões: a
identificação do problema, o desenvolvimento de alternativas de solução, a avaliação das
alternativas, e a implementação da alternativa escolhida.

A identificação do problema é a razão de ser do processo de tomada de decisões, devendo-se


ter sempre presente que o problema tem várias causas, ou depende de várias circunstâncias,
exigindo-se, portanto, uma análise objetiva e cuidada do problema. Com o desenvolvimento
das alternativas pretende-se a listagem das variadas formas de resolver o problema, pois o
problema tem várias soluções e todas devem ser analisadas de modo a selecionar apenas a
melhor alternativa que deverá ser implementada pela empresa, correspondendo a
implementação da solução à fase da ação (Teixeira, 2005). Segundo Teixeira (2005) “o
processo de decisão só se considera completo quando se estabelecem os mecanismos de
controlo e evolução das ações correspondentes, isto é, quando é possível obter o feedback
sobre a resolução do problema que esteve na sua origem.”

“A Tomada de decisões é uma constante no dia-a-dia dos gestores, os quais são avaliados
fundamentalmente pelos resultados dessas mesmas decisões” (Teixeira, 200). As decisões
tomadas pelos gestores nas organizações não são todas iguais, podendo ser classificadas
como decisões de rotina e decisões de não rotina. Enquanto as decisões de rotina são decisões
repetitivas, programadas e estruturadas, assentes no hábito, já que os problemas são
semelhantes e solucionados quase sempre da mesma maneira, as decisões de não rotina são
decisões não programadas, novas e mal estruturadas, que surgem através identificação do
Problema; desenvolvimento das Alternativas; escolha da melhor Alternativa.

Implementação da melhor. Para Schrickel (1997) uma empresa é avaliada pela tomada de
decisões de investimento e financiamento. As decisões de investimento envolvem a aplicação
dos recursos em oportunidades, e as decisões de financiamento envolvem a seleção das
melhores fontes de obtenção de recursos financeiros.

A decisão envolve sempre um grau de incerteza, pois abrange acontecimentos futuros,


incertos e muitas vezes imprevisíveis, sendo assim as decisões racionais de um gestor situam-
se num ponto de um intervalo entre a certeza e a incerteza (Teixeira, 2005). Enquanto em
situação de certeza o gestor teria todas as informações precisas, mensuráveis e confiáveis
sobre os resultados das alternativas consideradas, em situação de incerteza as informações
são mais reduzidas ou pouco confiáveis. Uma situação de risco ocorre quando existe uma

27
incerteza relativamente a uma opção, mas dispõe-se de informações suficientes para prever o
resultado.

CAPITULO III: METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA


Este capítulo pretende trazer todos os procedimentos usados no meu trabalho de pesquisa.

3.1 Metodologia

Para Marconi & Lakatos.(2015), a metodologia é o meio pelo qual o pesquisador utiliza para
a real situação, e assim, fundamentar suas decisões durante a realização do trabalho
cientifico. A pesquisa pode ser definida como um procedimento formal, com métodos de
pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e s e constitui num caminho para
se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parcias.

3.2 Quanto a natureza


Quanto a natureza a pesquisa é básica, procura respondem questões especificas tendo como
objectivo buscar resultados e soluções concretas para aplicação da prática.

Segundo Santos e Filho (2011, p.86-87) “pesquisa básica é aquela que o pesquisador tem
como objectivo desenvolver novas teorias, criar novos modelos teóricos, estabelecer novas
hipóteses de trabalho nos vários campos do conhecimento humano, quer por inovação ou
analogia» e o mesmo autor defende que «pesquisa aplicada é aquela que o objectivo é mais
imediatista tem pressa no retorno do recurso aplicado

3.2 Quanta abordagem


Para elaboração deste trabalho, usaremos como método de abordagem o método dedutivo. De
acordo com Marcone e Lakato (2003) a dedução fundamenta-se em premissas verdadeiras
que levam inevitavelmente a conclusão verdadeira.

3.3 Quanto aos procedimentos técnicos


No que tange aos procedimentos foi utilizada pesquisa bibliográfica e estudo de caso.

28
a) Pesquisa bibliográfica

Segundo Alves (2012, p.40-44) “pesquisa bibliográfica é aquela que o investigador


desenvolve a sua investigação a partir de estudos já efectuados por outros investigadores» e
«pesquisa documental é o tipo de pesquisa que utiliza fontes de informação que ainda não
receberam nenhum tipo de tratamento e nunca foram publicados» em quanto que «estudo de
caso é aquela que faz a explicação sistemática das coisas (factos) que ocorrem no contexto
social através de formulação de hipóteses e com o apoio da estatística

b) Estudo de caso

Segundo Lakatos (2015), o estudo de caso consiste em” um tipo de pesquisa empírica que
investiga um fenómeno contemporâneo dentro de seu contexto de vida real,
especialmente quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão claramente
definidos”.Ressalta ainda alguns componentes importantes de um projecto de pesquisa
para elaboração de um estudo de caso:

-Deve-se definir as principais questões envolvidas no projecto de estudo;

-Elaborar estrutura de colecta de dados e suas proposições;

-Definir a unidade de colecta de dados e suas proposições;

-Relacionar as actividades realizadas e os processos de colecta de dados, analisar dados e


concluir.

3.4 Técnicas e Instrumentos de recolha de dados


Tendo em conta que a pesquisa é mista o primeiro momento que o pesquisador fez é
organizar o material colectado. Logo, analise iniciou no momento da colecta de dados, pois
desde os procedimentos inicias da pesquisa, o pesquisador já estava analisando os dados.

No questionário formula se uma serie de perguntas que permitem medir uma ou mais
variáveis. O questionário possibilita observar os factos que o inquérito faz dos mesmos,
tendo-se formulado questionário aos colaboradores da ferragem choupal objecto de estudo a
fim de aferir o grau da importância da informação contabilística no processo de tomada de
decisão.

3.4.1Consideracoes éticas

29
De acordo com os princípios básicos da ética perante investigações que envolva seres
humanos, estas pesquisas assentam em três pilares básicos; o respeito pelas pessoas, à
beneficência e a justiça. Com vista a garantir o respeito pelas pessoas, neste trabalho os
participantes foram tratados como agentes autónomos, ou seja, os indivíduos capazes de
deliberar acerca de objectivos pessoais e actuar sobre tal deliberação e garantir-se ainda que
pessoas com qualquer tipo de debilidade ou diminuição de autonomia foram automaticamente
protegidas e responderam em anonimato.

Relativamente à beneficência, as pessoas envolvidas na investigação, os inqueridos foram

Tratados de forma ética não só respeitando as suas decisões e protegendo-as do perigo, bem
como garantindo o seu bem-estar. o pilar de justiça assentou-se essencialmente no tratamento
igualitário, o que significa que o conhecimento e os benefícios alcançados foram partilhados
de forma justa e tendo sempre em conta o mérito.

Relativamente a este trabalho, todos os participantes na amostra foram voluntários e


previamente considerados para a realização da mesma, aquando do convite, foi entregue um
documento, com explicação detalhada do objectivo do estudo e a respectiva ficha de
inquérito.

Desta forma serão garantidas todas as considerações éticas referidas, e nenhuma pessoa,
correrá o risco de reputação ou de perca do seu emprego, pois a sua participação foi no
anonimato.

3.5 Universo e amostra de pesquisa


3.5.1 Universo

Entende-se por população ou universo na óptica de Lakatos (2015), um conjunto de


elementos (ex empresas, pessoas), que possuem as mesmas características que são objecto de
pesquisa.

O universo total desta pesquisa foram 20 colaboradores, correspondentes a 100٪ que exercem
as suas actividades na ferragem choupal definido como público-alvo.

3.5.2 Amostra

30
Entende-se por amostra segundo Marconi e Lakatos (2015), “ uma parcela conveniente
seleccionada do universo (população).

Ja Marion (2015) define amostra como sendo a parte do universo ou da população


seleccionada pelo critério de representatividade.

Para a realização desta pesquisa, optou-se por uma amostragem não probabilística constituída
por 20 colaboradores igual a população cuja distribuição esta retratada na tabela de amostra
numero 1.

Nº Competencia Mulher Homem Relacao


1 Director geral 2
2 Director 1 2
Financeiro
3 Recursos 2 4
humanos
4 Logistica 5 4
Total 8 12
População:

A amostra será igual a população pelo facto de a empresa ter poucos trabalhadores N=n=20

3.5.2 Princípio de representatividade


Nesta fase do meu projecto abordarei a representatividade do meu trabalho que é o ponto
onde se esclarece a base de dados da matéria que foi colher.

A amostra será representativa pois vai abarcar toda a população.

CAPITULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

4.Apresentação do Local de Pesquisa, Análise e interpretação dos resultados

4.1. Apresentação do Local da Pesquisa


A empresa Ferragens Choupal localiza-se tem a sua sede no bairro com o mesmo nome e
tendo suas representações no Zimpeto entre outros bairros da cidade de Maputo, sendo sua

31
actividade principal a venda de material de construção. Foi fundada em 2013 conta com 20
funcionários sendo uma das ferragens de renome e que pratica os melhores preços na cidade
de Maputo na opinião dos consumidores.

4.2. Gráfico 1: Disposição do Género na Empresa

Fonte: Elaborado pelo autor (dados da pesquisa)

Conforme o gráfico acima descrito, a distribuição do género dos trabalhadores da empresa


ferragens choupal verifica-se um equilíbrio, isto é 50% são do sexo feminino e 50% são do
sexo masculino como ilustra o gráfico número 1.

4.3. O Gráfico 2, ilustra a distribuição Estado civil dos Funcionários da Empresa

32
Fonte: Autoria do pesquisador
No que se refere ao estado civil pode se constatar que 62.5% dos trabalhadores são solteiros,
25% são casados e 12.5% são divorciados.

4.4. O Gráfico 3 Mostra a Proveniência dos Funcionários

Fonte: Autoria do Pesquisador

Quanto a residência dos colaboradores da empresa ferragens Choupal pode-se constatar que
50% residem na cidade de Maputo, 25% na cidade da Matola, 12.5% em Marracuene e
12.5% em Boane.

33
4.5. O Gráfico 4 Ilustra o Nível ou Perfil Académico dos Funcionários

Fonte: Autoria do Pesquisador

37.5% dos colaboradores das ferragens Choupal tem o nível básico em termos de
escolaridade enquanto que 37.5% tem o nível médio e 25% tem o nível superior.
E, de acordo com os nossos entrevistados, 75% dos colaboradores entrevistados responderam
que a empresa não tem nenhum organograma enquanto 25% não souberam responder a
mesma questão, o que leva a concluir que a empresa não apresenta nenhum organograma
com os cargos/ funções desempenhadas por cada colaborador, o que a uma primeira vista
dificulta a perceção das tarefas a executar por cada membro da organização.

4.6. O Gráfico 6 Debruça Sobre a informação da contabilidade como instrumento para


a tomada de decisão.

34
A informacao contabilistica é um in-
strumento para tomada de decisao?
13%

Não
Não sei dizer

88%

Fonte: Autoria do Pesquisador


O gráfico ilustra 87.5 ٪ que dizem sim no que 12.5٪ dizem não.
Deste modo confirma-se que a informação contabilística utilizado no processo de tomada de
decisão.

4.7. Gráfico 7 O papel da informação contabilística na ferragem choupal

35
Qual e o papel da informacao contabilistica
na ferragem choupal?
Não Não seidizer
20%

80%

Fonte: Da Autoria do Pesquisador


O gráfico acima ilustra que 80٪ dos inqueridos afirmam positivamente face ao papel da
informação contabilística ao passe que 20٪ dizem desconhecer o papel da informação
contabilística.
A partir dos resultados obtidos confirma-se que o papel da informação contabilística
influencia no processo de tomada de decisão.

4.8. Reconciliações bancárias periódicas


Analisando as entrevistas que tivemos no terreno pode-se concluir que a empresa tem um
fundo de maneio, pois 87.5% reponderam que sim a existência do fundo de maneio. O que é
muito bom para a empresa porque a existência de um fundo fixo de caixa facilita no controlo
das despesas evitando que se leve valores referentes a outras operações para a realização das
despesas do dia-a-dia.
Em relação a existência de fundo, ou seja, de procedimentos para a criação de fundo de
maneio, a empresa Ferragens Choupal para a constituição do fundo de maneio faz através de
um cheque de reposição do caixa, no qual 87.5% dos colaboradores afirmam que a reposição
do fundo de maneio é feita através de um cheque de reposição do caixa e 12.5% refere-se a
reposição do valor do caixa é feita através da alocação dos valores das vendas em numerário
para satisfazer as despesas do dia-a-dia.
Tendo isso conclui-se que a empresa usa um procedimento adequado para a constituição do

36
fundo de maneio, pois a constituição do mesmo através de um cheque de reposição do caixa
permite um maior controlo das saídas de valores em numerário.

4.9. Gráfico 8 Responsável pela Reposição do Fundo de Maneio.

Fonte: Autoria do Pesquisador

Analisando o gráfico número 8 pode se constatar que o responsável pela reposição do fundo
de maneio é o gestor da empresa, isto porque 87.5% afirmaram que o responsável pela
reposição do fundo de maneio é o gestor e 12.5% responderam que o responsável é o
tesoureiro.
Quanto a existência de um limite para pagamento em numerário 50% dos colaboradores
afirmaram que sim, existe um limite para pagamentos em numerário, 37.5% afirmaram que
não, enquanto que 12.5% não souberam responder à questão. Com os dados obtidos pode se
afirmar que a empresa tem um montante limite para pagamentos em numerário, o que permite
maior controlo das saídas em caixa, pós há necessidades que os pagamentos em numerário
não sejam superiores que o fundo fixo de caixa.
Ainda neste prisma de análise, os colaboradores da empresa ferragens Choupal afirma que a
empresa procede a contagem física do caixa, isto pelos 50% que afirma que sim quando
questionado da existência da contagem, por outro turno 37.5% afirmam que não e 12.5% não
tem conhecimento da existência ou não da contagem física do caixa. A existência da
contagem física permite com que a empresa faça a confrontação do valor existente nos

37
registos contabilísticos com a existência física em caixa, reduzindo assim a possibilidade de
desvio de fundos nesta área tendo mais controlo das despesas a realizar facilitando o processo
de tomada de decisão. Os trabalhadores da empresa ferragens Choupal são unanimes em
afirmar que o responsável pela recepção dos valores em numerário e em cheques é a pessoa
responsável pelas vendas.

4.10. Gráfico Abaixo Debruça sobre as Normas e Responsável pela Reposição do Fundo
de Maneio e Deposito dos Recebimentos em Numerário e em Cheques.

Fonte: Autoria do Pesquisador

Conforme pode-se verificar no gráfico acima ilustrado, 50% dos colaboradores da empresa
ferragens Choupal afirmam que os valores recebidos em numerário e em cheques são
depositados na totalidade, por outra parte 37.5% afirmam que não e 12.5% não souberam
responder a esta questão. Dado isso pode se afirmar que todos os valores recebidos em
numerário e em cheques são depositados na conta bancária da empresa, isso faz com que
reduza o risco de que se use os valores para actividades alheias a empresa.
Pode se afirmar que os comprovativos das transferências feitas pelos clientes da empresa
ferragens Choupal são arquivados na pasta de contabilidade junto com os recibos, isto pelos
87.5% dos colaboradores que afirmam isso e os restantes dizem que os comprovativos são
usados como rascunho. Os trabalhadores das ferragens Choupal são unânimes em responder
que sim quando questionados se a empresa faz ou não reconciliação bancária.

38
Posto isto, o facto de a empresa efectuar a reconciliação é muito importante no que se refere a
gestão de tesouraria.

39
CAPITULO V: CONCLUSÃO

5.1. Considerações Recomendações

O trabalho teve como objectivo analisar a importância da informação contabilística no


processo de tomada de decisão caso concreto ferragem choupal (2017-2019),

Deste modo ao analisarmos a importância da informação contabilística no processo de


tomada de decisão na ferragem choupal período 2017-2019 foi possível explorar as opiniões
de diverso colaboradores através das respostas dos inquéritos formulados com vista aferir o
nível de conhecimentos da importância da informação contabilística no processo de tomada
de decisão. Para alcançar os objectivos, dados que permitiram efetuará analise.

Quanto aos objectivos foram confirmados porque 83.5٪ corresponderam positivamente com
relação a importância da informação contabilística no processo de tomada de decisão. Quanto
aos resultados de pesquisam foram alcançados de acordo com as questões de pesquisa.

Com base nos objectivos específicos, foi possível satisfazer o objectivo geral este que foi
sustentado pela análise de dados recolhidos no local em estudo. Neste contexto com o
exposto acima valida-se a hipótese numero 1 segundo a qual a importância da informação
contabilística no processo importante no processo da tomada de decisão nas PME´S pois eles
tem a capacidade de transformar dados contabilísticos em informações úteis para o apoio da
tomada de decisão por parte dos gestores da ferragem choupal.

Com tudo o estudo leva-nos a concluir que a informação segundo nível de conhecimento é
uma sistematização de dados que, enquadrados num conceito específico, algo de relevante
para organização. Para finalizar os resultados apresentados e analisados apontem para
necessidade de estabelecer mais diálogo para os diferentes sectores de forma a munir de
conhecimento todos colaboradores

5.2 Recomendações

Como sugestão para empresa em estudo visto que estão todos procedimentos a ser seguidos
propõem-se a divulgação das normas e procedimentos contabilísticos; divulgação dos
balanços e demonstrações financeiras, para futuros estudos e análise dos interessados,
colaboradores, accionistas, comunidade dentre outros.

40
6.Referência Bibliográfica
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43
Anexos

Questionário

O presente questionario surge no ambito do trabalho final de curso para a obtençao do grau
de licenciatura em Contabilidade e Auditoria na Escola Superior de Economia e Gestão.
Todas as questões aqui colocadas são são feitas no ambito academico e serão tratadas com
o maior sigilo possivel.

Marque com X na alternativa que considerar mais adequada para cada situação e em caso de
perguntas abertas responda consoante sua opinião.

Secção I: Identificação do inquerido

1. Qual é o teu sexo


Masculino……
Feminino…….
2. Qual é o seu estado civil
Solteiro (a) ….
Casado(a)…...
Divorciado (a) …..
Viúvo (a) …...
3. Qual é a sua residência
Cidade de Maputo….
Boane ……
Cidade da Matola …..
Marracuene………
4. Qual é o teu nível académico
Básico …….
Medio ………
Superior ……..

44
Secção II: Análise da importância da informação contabilística para a tomada de
decisão.
1. Existe um manual de procedimentos
Sim ………..
Não …………
Não sei dizer ………
2. A empresa elabora um orçamento
Sim………
Não ………...
Não sei dizer …….
3. A empresa tem feito reconciliações bancárias periódicas?
Sim……….
Não ………..
Não sei dizer ……….
4. A empresa tem fundo de maneio?
Sim……
Não ……
Não sei dizer……
5. Se a resposta da pergunta anterior for sim, quem é o responsável pela reposição do
fundo de maneio?
Tesoureiro…….
Gestor……..
Contabilista ……
Outro……..
6. Todos os cheques recebidos são depositados na totalidade?
Sim ….
Não ……
Não sei dizer …….
7. Quem é o responsável pelo depósito de cheques?
Auxiliar administrativo …..
Tesoureiro……..
Gestor ………
8. Qual é o período que passa do recebimento dos cheques para o posterior depósito?

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