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III
AGRADECIMENTO
Agradecemos a Deus por ter nos dado a saúde e força para superar as dificuldades
ao longo desta jornada.
Ao professor Sebastião Mosse pela sua orientação ao longo deste trabalho, pois
sempre demonstrou preocupação, disponibilidades, atenção e compreensão pelo
suporte no pouco tempo que lhe coube, incentivos e paciência.
Aos nossos pais e irmãos, agradecemos pelo amor, carinho, força, compreensão e
encorajamento, pelo apoio material quanto financeiro durante este percurso da
nossa formação.
Aos nossos amigos companheiros de luta diária em busca do conhecimento a todos
que fizeram parte deste acto e que vão continuar connosco com certeza.
Também agradecemos a todos aqueles participaram de forma directa ou indirecta
para concretização deste trabalho.
IV
LISTA DE TABELAS
2.3.1. Tabela nº 1- População da empresa 37
2.4.2. Tabela nº2- Amostra 38
2.4.1. Tabela nª3- A informação no seio da empresa é importante? 38
2.4.2. Tabela nª 4- A empresa tem uma contabilidade organizada? 39
empresa? 43
V
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Organigrama funcional da empresa 33
VI
RESUMO
As empresas operam em ambientes cada vez mais instáveis. Também o processo de
globalização obriga as empresas a adaptarem-se a realidades de diferentes países e
culturas. As micros e pequenas empresas, em particular, podem tornar-se bastante
vulneráveis a este tipo de alterações. Assim, a sua sobrevivência depende da criação de
vantagem competitiva. Um dos recursos indispensáveis para a criação dessa vantagem
competitiva é a correta utilização das fontes de informações disponíveis. A informação
contabilística, em particular, tem-se revelado uma das fontes de informação mais
importantes no apoio ao gestor e na tomada de decisão. Assim, este estudo tem como
objetivo Evidenciar a importância da informação contabilística no processo de tomada de
decisão nas micro e pequenas empresas. Para isso, foi preciso efectuar uma revisão
bibliográfica, que serviu de sustente para o presente trabalho a partir da qual se formularam
hipóteses de investigação; Identificou-se os principais instrumentos contabilísticos que
servem de fonte de informação utilizada pela empresa e demonstrou-se o contributo das
informações contabilísticas no processo de tomada de decisão na empresa. Para testar
estas hipóteses foi desenvolvido um estudo quanlitativo. Os dados foram recolhidos através
de um questionário aplicado a área administrativa da empresa Casa Lembe. A amostra
recolhida é composta por três (3) respostas válidas. Os resultados mostram que a
informação contabilística já é utilizada para efeitos de gestão em algumas MPEs,
principalmente nas que possuem maior dimensão, que possuem gestores com maior
escolaridade e conhecimentos financeiros. Este estudo é pertinente na medida em que a
informação contabilística tem-se revelado cada vez mais importante no apoio à gestão das
empresas, em particular das MPEs. Também a importância das PMEs na economia
angolana justifica o interesse por esta temática. Porém a reduzida dimensão da amostra
introduz algumas limitações na generalização dos resultados obtidos. Por isso, como pistas
futuras de investigação, dadas as reduzidas taxas de resposta deste tipo de estudos,
sugere-se o aprofundamento desta temática através da realização de estudos de caso que
permitam averiguar como a importância das informações contabilísticas e o seu contributo
na tomanda de dicisões.
VII
ABREVIATURAS
DRL_Demostração de Resultado Líquido.
DFC_ Demostração do Fluxo de Caixa.
ME_Micro Empresa.
MPE_ Micros e pequenas Empresa.
PE_Pequena Empresa.
VIII
IX
INTRODUÇÃO
Atualmente, as empresas encontram-se inseridas em ambientes instáveis e em
constante mutação, o que faz com que a criação de vantagem competitiva, face à
concorrência, seja fundamental para garantir a sua sobrevivência.
Com os problemas, incertezas e ambiguidades com que as empresas se deparam
nas mais diversas situações, ou de determinadas tarefas a realizar, nascem
geralmente necessidades de informação.
Esta necessidade tem levado à criação de sistemas de informação cada vez mais
sofisticados, que apoiam os gestores e administradores no processo de tomada de
decisão.
As micros e pequenas empresas (MPEs), em particular, podem tornar-se mais
vulneráveis a estas alterações. Apesar de estas serem consideradas empresas com
algumas vantagens em relação às grandes empresas (devido à sua capacidade de
rápido crescimento e grande flexibilidade), a verdade é que muitas MPEs têm
acesso limitado a recursos e têm menor capacidade de competição. Assim, para
que estas empresas possam garantir a sua sobrevivência, é indispensável a criação
de vantagem competitiva face à concorrência.
Nas empresas, a informação surge do tratamento e análise de dados. Se esses
dados forem trabalhados de acordo com as regras e procedimentos contabilísticos
darão origem a informação contabilística (Alves, 2003). Entende-se por informação
contabilística, toda a informação processada pela contabilidade.
Sendo a informação contabilística um conjunto de dados operacionais e financeiros
sobre todas actividades desenvolvidas pelas empresas, pode ser considerada útil e
muito relevante nas empresas na tomada de decisões já que suporta dados com
informações que justifica (informa) a posição das empresas em termos económicos
e financeiros.
Para que as empresas, independentememte da sua dimenção, sejam mais
competitivas e rentáveis, a administração (área de gestão) deve ser direccionada por
informações aceitadas, dados reais e palpáveis (credíveis) que possam nortear
quem está a frente das tomadas de decisões de uma empresa.
1
Sendo assim, saber o quão relevante é a informação e como realmente os membros
tomam decisões, tendo em conta acima exposto, achou-se por bem desenvolver
uma investigação sobre o tema: A importância da informação contabilística no
processo de tomada de decisão nas micro e pequenas empresas. Caso: CASA
LEMBE.
2
Situação problemática
É de facto que as organizações se deparam em constantes mudanças e, dessa
forma, são correntes de informações que evidenciam sua situação financeira no
sentido de ajudar as próprias operações ás novas situações de mercado. Assim,
todas as informações tornam-se ferramentas de valor para que os administradores
identifiquem ameaças que o cenário económico possa apresentar. Por outro lado
caso as organizações não estejam preparadas para avaliar possíveis causas e
efeitos que a falta de informação pode provocar em processo de tomada de
decisões, isso gera um problema de relevante prejuízo aos seus negócios. Assim
sendo levantou-se a seguinte questão:
Como a informação contabilística tem auxilia os gestores da CASA LEMBE no
processo de tomada de decisão?
Hipóteses:
Com as informações proporcionadas pela contabilidade os gestores
conseguem saber mais sobre a vida económica e financeira da empresa.
Através das demonstrações de resultados, os gestores têm condições para
avaliar ou medir o desempenho, os resultados e planos estratégicos da
empresa.
Objecto de estudo
A pesquisa tem como objecto de estudo a informação contabilística e o seu
contributo na empresa CASA LEMBE no processo de tomada de decisão.
Objectivos:
Geral
Evidenciar a importância da informação contabilística no processo de tomada de
decisão nas micro e pequenas empresas.
Específicos:
Efectuar uma revisão bibliográfica que serve de sustente para o presente
trabalho;
Identificar os principais instrumentos contabilísticos que servem de fonte de
informação utilizada pela empresa;
3
Demonstrar o contributo das informações contabilísticas no processo de
tomada de decisão na empresa.
Justificativa e delimitação do tema
Demonstrar o quanto é importante e benéfico que a empresa e outras organizações
de fins lucrativos como não, implementar método e técnicas contabilísticas de
recolha de dados das suas actividades operacionais e financeiras, para as decisões
das mesmas. E para as empresas que a usa que compreendam a relevância de
como produzir, ter, reservar e preservar dados, transformados em informações com
qualidade que posteriormente servem de apoio a tomada de decisão e que tais
condicionam que sejam uma decisão racional. Visto que, pela relevância das
informações contabilísticas no processo decisório das empresas, a deficiente
utilização da mesma, em algumas empresas, tem sido o principal motivo de falência,
sendo as mais vulneráveis as de pequena dimensão. Por isso, pretende-se com o
presente trabalho chamar atenção dos gestores principalmente e o público em geral
interessado sobre a importância da informação contabilística no processo de tomada
de decisão nas micro e pequenas empresas, mais precisamente na empresa CASA
LEMBE, tomando como referência os dados do ano 2021.
Estrutura do Trabalho
Este trabalho está estruturado por dois capítulos para além da introdução, conclusão
e sugestão. O primeiro capítulo faz menção da fundamentação teórica, onde
partimos de alguns conceitos sobre o tema em análise como a definição de micro e
pequenas empresas, sua importância, processo de tomada de decisão,
contabilidade de gestão e suas ferramentas, informação contabilística no processo
de tomada de decisão, tendo em conta antecedentes históricos, que serviram de
base. O segundo capítulo sobre procedimento metodológico trata inicialmente da
caracterização da empresa CASA LEMBE sua realidade local, análise e
interpretação de dados.
4
CAPITULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Alves (2015, p.29), a informação é “um conjunto de dados que melhora o
conhecimento do indivíduo que dela é apresentada, quando correctamente
apresentados e no momento oportuno”.
Na medida em que uma é relevante para uma decisão pode ser irrelevante para
outra, variando a relevância também de acordo com o decisor, dependendo do
benefício da sua utilidade.
1.1.2. A contabilidade
5
administrativa, que pode ser uma empresa, o governo ou uma pessoa fica; enfim
uma entidade.
De acordo com Borges e tal (apud Alves 2015, p 33) a “contabilidade como um
processo de recolha, análise, registo e interpretação de tudo que afeta a riqueza”.
Lopes (apud Alves, 2015, p 33), afirma que “a informação contabilística é produzida
pela contabilidade”. Portanto pode se entender a contabilidade como uma
ferramenta que recolhe, analisa, controla, e regista informações provenientes das
atividades da empresa que servirão de auxílio à tomada de decisão e a gestão da
empresa.
6
como: industrias (Contabilidade de custos), Bancos (Contabilidade Bancária) ou
governo (Contabilidade pública).
7
1.1.2.3. Objetivo da contabilidade
A contabilidade tem por objetivo o controle do património, que é feito por meio da
colecta, armazenando e processando as informações de todos os factos
contabilísticos que ocorrem na atividade empresarial.
Indicibis (apud Reis et al, 2013, p. 2) alega que o objetivo da contabilidade resume-
se no fornecimento de informações económicas para os vários usuários, de forma
que propiciam decisões racionais.
Conforme descrito por Hendriksen (apud Reis e tal (2013, p 2), o primeiro enfoque à
definição dos objetivos da contabilidade concentrou-se no cálculo e na apresentação
do lucro líquido resultante de regras específicas de realização e vinculação num
balanço que relacione o período corrente a períodos futuros. Um dos objetivos da
contabilidade é gerar informações para a tomada de decisões, que no entanto é
fundamental a existência de ferramentas que possibilitam conhecer a real situação e
atende a esta missão.
8
constantemente os problemas da empresa, ajudar na elaboração e definição da
estratégia empresarial, ou seja, nas decisões de investimento, financiamento e na
definição da política de dividendos, acompanhando a execução da mesma e as
alterações verificadas no ambiente externo da empresa, ou seja, no mercado onde a
entidade actua (VANZELA Apud ALVES, 2015).
9
1.1.2.6. Contabilidade gerencial ou de gestão
Conforme Lopes & Martins (2005), as empresas tem por objetivo criar riqueza, essa
tarefa demanda que as informações proporcionam aos gestores fazerem
julgamentos subsidiados, tanto acerca do diagnóstico da situação atual, quanto a
10
respeito de questionar a estratégia adotada. Com a utilização da contabilidade
gerencial a empresa tem a oportunidade de criar valores.
Os micros e pequenos empresários frequentemente se veem numa situação onde
precisam tomar decisões, assim os informes contábeis são as informações
necessárias para essa acção, pois além de demonstrarem a situação atual,
permitem fazer previsões do negócio. Portanto, como na grande e média empresa,
as micros e pequenas empresas, precisam buscar e interpretar informações, não
apenas as de caráter contábilístico, mas de todo o ambiente que a cerca.
Iudícibus & Marion (2000) esclarecem que, observamos com frequência que várias
empresas, principalmente as pequenas, têm falido ou enfrentam sérios problemas
de sobrevivência. Ouvimos empresários que criticam a carga tributária, os encargos
sociais, a falta de recursos, os juros altos etc., fatores estes que sem dúvida,
contribuem para debilitar a empresa. Entretanto, descendo ao fundo de nossas
investigações, constatamos que, muitas vezes, a “célula cancerosa” não repousa
naquelas críticas, mas na má gerência, nas decisões tomadas sem respaldo, sem
dados confiáveis. Por fim observamos, nesses casos, uma contabilidade irreal,
distorcida, em consequência de ter sido elaborada única e exclusivamente para
atender as exigências fiscais.
11
1.1.2.9. Importância da contabilidade
12
Empresa é um lugar onde se cria riqueza e que permite pôr em operação os
recursos humanos, técnicos ou materiais e financeiros a fim de extrair, produzir,
transformar ou distribuir bens e serviço de acordo com os objectivos pré-definidos
(fixados) por uma administração própria da empresa (REIS, 2006).
Para Lakatos (apud Reis, 2006, p.20), “empresa significa uma unidade produtora (de
bens e serviços), fundamentada na livre iniciativa individual, assim como na
obtenção e livre disposição de renda (lucro) “.
De acordo Lakatos (apud Reis, 2006), a questão que se põe é que uma empresa é
micro porque é recém-nascida (Bebé) e pequena porque é “criança”, podendo
desenvolverem-se, crescer, passando a outras categorias ou é pequena mas adulta
tendo superado a fase crítica de evolução (tal como a micro), são empresas de
sucesso.
Em 1992 após o governo optar por uma nova constituição de uma economia de
mercado o angolano vem implementando medidas destinadas a incentivar o
13
empresariado privado nacional, em particular formando o desenvolvimento de micro,
pequenas e medias empresas.
14De acordo com Morelli(apud Alves, 2015) as variáveis quantitativas dizem respeito
a forma de administração e ao mercado onde a empresa se insere, ou seja, o
acesso q a empresa tem ao mercado de capitais, o nível de especialização de mão
de obra, a ausência de um sistema de informação para o processo de tomada de
decisões ou seja tombem a participação do proprietário no processo de produção.
As variáveis qualitativas representam os problemas decorrentes da não existência
de um sistema de contabilidade organizada e da fraca qualidade de informação
utilizada.
14
No final da década de 1970 as grandes empresas eram consideradas a principal
mola propulsora da economia em todas as partes do mundo, e as micro e pequenas
eram consideradas unidades que produziam em escala ineficiente, com baixa
produtividade e que ofereciam salários reduzidos para os trabalhadores(LIMA NATO
Apud SILVEIRA ET AL, 2012).
15
parte da juventude desempregada e contribui para o desenvolvimento dos
municípios onde as mesmas se encontram se inseridas.
A acção de um gestor envolve decisões, o que se vai produzir, como vai ser feita
essa produção, quem será o mercado consumidor, etc. Tomar decisões é o
processo de escolher uma dentro de um conjunto de alternativas.
16
As decisões não programadas são decisões únicas, tomadas uma única vez. São
preparadas para atacar problemas que as soluções padronizadas não conseguem
resolver. Neste estado, as organizações adoptam atitudes novas com fim a enfrentar
os obstáculos que lhes surgem. Situações deste tipo precisam de um processo de
análise sucessivas desde o entendimento do problema até até a tomada de decisão
(MAXIMIANO, 2009).
Uma situação de riscos corre quando existe uma incerteza relativamente a uma
opção, mas dispõe-se de informações suficientes para prever o resultado.
17
escolha de meios apropriados para alcançar os objetivos(CHIAVENATO apud
ALVES, 2015).
Na ideia de Teixeira (apud Alves 2015), existem quatro fases ou etapas no processo
de tomada de decisões:
A identificação do problema;
O desenvolvimento de alternativas de solução;
A avaliação das alternativas;
A implementação da alternativa escolhida.
18
1.1.4.2. Fatores que condicionam o processo de tomada de decisão
Existem ainda vários outros fatores que condicionam o processo decisório das
empresas, como:
19
O ambiente e a sociedade em quem estão Inseridos, a quantidade e
qualidade de informação, a disposição mental e inclinação emocional,
o impacto e a dimensão do problema, a periodicidade do problema, a
capacidade de avaliar informações de forma inteligente (NUMA,
2015).
A medida que a empresa se desenvolve adquire uma estrutura cada vez mais
complexa, de maneira que fomenta aos gestores, principalmente no momento da
concretização do processo de tomada de decisões, a necessidade de saber filtrar as
informações necessárias.
Gouveia et al (2015), revelou que a principal razão apontada pelos gestores para a
não utilização da informação contabilística são os limitados conhecimentos em
contabilidade, gestão e finanças. Os respondentes admitiram ainda que, passariam
a utilizar a informação contabilística com mais frequência. Os empresários de
algumas PME admitiram que não compreendem as informações fornecidas pela
contabilidade, nomeadamente a informação contida em mapas como a
demonstração de resultados, o balanço, ou ainda os rácios.
20
do processo de decisão, pois consideram-se incapazes de a compreender e
interpretar.
Segundo Reis (2009 p. 57), a finalidade das Demonstrações Contábeis “é fornecer
informações para a correta gestão dos negócios e para a correta avaliação dos
resultados operacionais”. Além disto, as informações contidas nas demonstrações
permitem os administradores planejarem e controlarem o patrimônio de sua
empresa.
Balanço Patrimonial;
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração dos Fluxos de Caixa;
Demonstração do Valor Adicionado (se companhia aberta).
21
empresa e oferecer informações sobre o fluxo de caixa para a tomada de decisões
por parte dos usuários.
Segundo Montoto (2014), através da DFC o usuário precisa identificar onde ocorreu
a alteração de Caixa. Se foi na atividade Operacional, a qual envolve a actividade
principal da empresa, nas actividades de Investimentos, que pode ser caracterizada
pela compra e venda de um imóvel, ou ainda, se houve alteração na atividade de
Financiamento, que pode ser caracterizado por uma contratação ou pagamento de
empréstimos.
22
1.1.7. Informação Contabilística
Atkinson tal (apud Alves, 2015, p.33) conceitua a informação contabilística como “um
conjunto de dados operacionais e financeiros sobre toda a atividade desenvolvida
pela empresa, sendo possível o desenvolvimento de um conjunto de métodos e
técnicas que visem o relacionamento dos factos contabilísticos”.
Ricarte(apud Filipino, 2018, p.6) afirma que “A contabilidade surgiu pela necessidade
do homem ter informações económicas e financeiras a respeito do seu negócio”.
23
Nas empresas, a informação surge do tratamento e análise de dados. Se esses
dados forem trabalhados de acordo com as regras e procedimentos contabilísticos
darão origem a informação contabilística (Alves, 2003). Assim, o Instituto Japonês
de Contabilistas (apud Alves, 2003) entende por informação contabilística, toda a
informação processada pela contabilidade.
24
A informação contabilística de ser factual, referencial ou sumária, de acordo com o
ponto de vista de seu processamento. É factual porque regista diariamente todos
os movimentos contabilísticos da empresa, referencial porque entende-se os dados
adicionados como moradas, nomes e condições, e sumária porque elabora resumos
mensais e quadros comparativos da informação obtida com a contabilidade.
Completude
Quando a informação inclui tudo que os usuários precisam saber, sem omissão de
aspectos importantes sobre a situação em questão.
Relevância
Para serem úteis, as informações devem também ser relevantes à necessidade dos
usuários na tomada de decisões, reduzindo a incerteza, melhorando a habilidade
dos administradores em fazer previsões e permitindo corrigir ou confirmar suas
expectativas. Desta forma, a informação pode ser considerada relevante quando em
algum instante influencie nas decisões económicas dos usuários, ajudando-os a
avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando e
corrigindo as suas avaliações anteriores.
25
confirmar as previsões passadas sobre, por exemplo, a forma na qual a entidade
seria estruturada ou o resultado de operações planejadas.
Compreensibilidade
Credibilidade
Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros,
desvios substanciais e representar adequadamente aquilo que se propõe a
representar. Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não confiável em
sua natureza ou divulgação que o seu reconhecimento pode potencialmente
26
distorcer as demonstrações contabilísticas. Por exemplo, se a validade legal e o
valor de uma reclamação por danos em uma acção judicial movida contra a entidade
são questionados, pode ser inadequado reconhecer o valor total da reclamação no
balanço patrimonial, embora possa ser apropriado divulgar o valor e as
circunstâncias da reclamação.
A essência das transacções ou outros eventos nem sempre é consistente com o que
aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo,
uma entidade pode vender um activo a um terceiro de tal maneira que a
documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro;
entretanto, poderão existir acordos que assegurem que a entidade continuará a
usufruir os benefícios económicos gerados pelo activo e o recomprará depois de um
certo tempo por um montante que se aproxima do valor original de venda acrescido
de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias, reportar a venda
não representaria adequadamente a transacção formalizada.
27
Outro exemplo bastante recorrente nas entidades é a realização de contratos de
leasing, onde a verdadeira operação é um contrato de compra e venda (leasing
operacional). Neste caso o bem deve ser activado e os valores mensais devem ser
reconhecidos como um financiamento.
Prudência
Integralidade
28
O equilíbrio entre o custo e o benefício é uma limitação de ordem prática, ao invés
de uma característica qualitativa. Os benefícios decorrentes da informação devem
exceder o custo de produzi-la. A avaliação dos custos e benefícios é, entretanto, em
essência, um exercício de julgamento. Além disso, os custos não recaem,
necessariamente, sobre aqueles usuários que usufruem os benefícios. Os benefícios
podem também ser aproveitados por outros usuários, além daqueles para os quais
as informações foram preparadas; por exemplo, o fornecimento de maiores
informações aos credores por empréstimos pode reduzir os custos financeiros da
entidade.
29
das empresas. E dessa forma, possibilita recursos economizados gerem
novos investimentos.
Gestão de stock: observa grande parte do orçamento operacional da
organização.
Controlo de contas a pagar: possibilita o controlo sobre os pagamentos a
vencer, o montante dos valores a pagar e a capacidade da empresa em
cumprir com os compromissos ao dia.
Controlo de contas a receber: possibilita o monitoramento dos valores a
receber, conhecer os clientes pra uma melhor programação da cobrança.
Controlo de bens do ativo imobilizado: permite a identificação de bens, a
determinação da data e o custo de aquisição, isto é, facilita o controlo da vida
útil do bem e o cálculo da depreciação.
Nunes, Serrasqueiro (apud Alves, 2015) afirmam que os gerentes das micro e
pequenas empresas necessitam de informações para sustentarem o processo de
tomada de decisão, verificando-se que estes reconhecem o impacto positivo que a
utilização da informação contabilística tem em dois tipos de decisão (estratégicas e
operacionais).
30
De acordo com os estudos de Alves (2015) admitiu-se que a utilização das
informações contabilísticas na gestão de micro e pequenas empresas possuem um
papel intrínseco no processo de tomada de decisão pelo que permite um maior e
melhor acompanhamento das operações e dos resultados produzindo um grande
impacto na sobrevivência.
Por outro lado, alega que existe ainda muitas empresas de pequena dimensão que
não usam informação contabilística no processo decisório da mesma, o que deve à
vários factores que limitam as mesmas.
31
Manipulação de dados.
32
CAPITULO II – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A Casa Lembe, é uma empresa que se encontra a nível da sua estrutura física
inacabada com 90% da contrução acabada e com uma estrutura interna distribuida
por repartições de acordo com a hierarquia organizacional.
Proprietário
Gerente Contabilísta
Segurança Limpeza
33
De acordo com o organigrama acima representada mostra que a empresa, mesmo
sendo de pequena dimensão, possui uma estrutura organizada quen facilita uma
boa interligação entre todas as áreas de acordo com a hierarquia da empresa.
34
Armazém: é o local onde são guardados todos os produtos e/ou mercadorias
aprovisionadas, de maneira a serem bem conservados até ao momento da venda.
Visão: nos próximos tempos se pretende oferecer produtos ou serviços com melhor
qualidade que satisfaçam as necessidades e desejos dos clientes, lhes
proporcionando beneficios e retorno, e também aumento de funcionários a fim de
aumentar agilidade de atendimento, e sair de pequena empresa para média ou
grande empresa.
2.2. Métodos
35
pesquisado.Estes metódos tendem a nos proporcionar os meios técnicos, para
garantir a objectividade e a precisão no estudo dos factos sociais, isto é fornecem
orientações necessárias para a realização de uma pesquisa, devendo a obtenção de
procedimentos válidos para a concretização da temárica em estudo.
Hipotético-dedutivo
Pesquisa de Levantamento
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caracterizar a empresa alvo e fechado para recolher dados propriamente dita com
finalidade de serem analisadas e interpretada.
Género
Empresa Masculino Feminino Total
Fr % Fr % Fr %
Casa
Lembe
Total 9 60 6 40 15 100
A tabela acima mostra que a empresa tem quinze (15) trabalhadores dos quais nove
(9) são do género masculino que correspondem a 60% da população e seis (6 ) do
género Feminino que corresponde a 40% da população, fazendo o total dos 100%
da população alvo.
37
2.3.2. Tabela nº2 Amostra
Género
Empresa Masculino Feminino Total
Fr % Fr % Fr %
Casa
Lembe
Total 2 13 1 7 3 20
Posição Resposta
Sim Mais ou Não
menos
Proprietário X
Gerente X
Contabilista X
Total 2 1 0
Fonte: Casa Lembe
38
Com base o questionário recolhido, o proprieario e o contabilísta concordam que a
informação é muito importante no seio da empresa enquanto que o gerente diz que
não é tão importante como mostra a tabela. Com estes resultados, nota-se que o
gerente tem grandes problemas no que conserne as informações, já que contraria os
outros bem como os estudos feitos no primeiro capítulo deste trabalho.
Posição Resposta
Sim Mais ou Não
menos
Proprietário X
Gerente X
Contabilist X
a
Total 3 0 0
Fonte: Casa Lembe
Muitos autores analisam a gravidade das empresas que não têm uma contabilidade
organizada, alegando que tais correm um grande risco de falência e de
incumprimento dos seus comprimissos com o Estado, já que os dados observados,
serão de pouca credibilidade na prestaçãos de contas.
39
2.4.3. Tabela nº5 Quais são os instrumentos contabilisticos que a empresa usa
como fonte de informação?
Posição Resposta
Balanço Gestão de Fluxo
stock de caixa
Proprietário X
Gerente X
Contabilista X
Total 3 0 0
Fonte: Casa Lembe
Posição Resposta
Mensal Semestral Anual
Proprietário X X
Gerente X X
Contabilista X X
Total 3 0 3
Fonte: Casa Lembe
Para que seja mais claro, Alves (2015), diferencia as decisões de rotina da das
decisões de não rotina como sendo decisões repetitivas,programadas e estuturadas,
vista como ábito da empresa, solusionando quase da mesma maneira os problemas,
e as de não rotina aquelas não programadas, novas e mal estruturadas, que surgem
através da identificação do problema.
40
2.4.5. Tabela nº7 Quem toma as decisões da empresa?
Posição Resposta
Proprietário Gerente Ambas
Proprietário X
Gerente X
Contabilista X
Total 0 0 3
Fonte: Casa Lembe
Observando a tabela acima, pode-se notar que existe uma concordância quanto a
esta questão, pelo que todos afirmam, que as decisões são tomadas pelo
proprietário e gestor.
Posição Resposta
Sim Mais ou Não
menos
Proprietário X
Gerente X
Contabilista X
Total 3 0 0
Fonte: Casa Lembe
41
2.4.7. Tabela nº 9 As informações fornecidas pela contabilidade têm sido
suficientes para uma boa tomada de decisão da empresa?
Posição Resposta
Sim Não
Proprietário X
Gerente X
Contabilista X
Total 0 3
Fonte: Casa Lembe
De acordo com os dados fornecidos pela tabela acima, todos afirmaram que as
informações fornecidas pela empresa não têm sido suficiente para uma boa tomada
de decisão da empresa, o que significa que a empresa depende também de outras
informações provenientes de diferentes áreas ou departamentos. Como também
verifica-se a necessidade de vários instrumentos contabilísticos de modo a fornecer
um número de informações significativos para uma tomada de decisão sólida.
Posição Resposta
Sim Um Não
pouco
Proprietário X
Gerente X
Contabilista X
Total 3 0 0
Fonte: Casa Lembe
42
2.4.9. Tabela nº11 Caso não haver o uso das informações contabilísticas nas
tomadas de decisões, o decisor (gestor/proprietário) não terá condições
de avaliar ou medir o desempenho, os resultados e planos estratégicos
da empresa?
Posição Resposta
Sim Talvez Não
Proprietário X
Gerente X
Contabilist X
a
Total 2 1 0
Fonte: Casa Lembe
43
CONCLUSÃO
Conclui-se que:
As hipóteses anteriomente levantadas foram confirmadas, pelo que:
A tabela nº10 confima que todos concordam que com as informações
proporcionadas pela contabilidade os gestores conseguem saber mais sobre a vida
económica e financeira da empresa.
A tabela nº11 confirma que através das demonstrações de resultados, os gestores
têm condições para avaliar ou medir o desempenho, os resultados e planos
estratégicos da empresa, já que o proprietario e o gerente descordam a questão
dirrigida, embora que o contabilista concordou.
44
SUGESTÕES
45
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
46
REIS, Arnaldo. Demonstrasões contábeis. 3ªed. São Paulo: Saraiva, 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. 9ªed. São Paulo: Saraiva,
2009.
47