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BENGUELA, 2022
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO, SOCIAIS E
HUMANAS LICENCIATURA EM ECONOMIA E GESTÃO
TEMA
O PAPEL DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA NO PROCESSO
DE TOMADA DE DECISÃO FINANCEIRA CASO DE ESTUDO NA
EMPRESA A.K.S. COMÉRCIO E SERVIÇO LDA
Benguela, 2022
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FICHA CATALOGRÁFICA
Título: O papel da informação contabilística no processo de tomada de decisão financeira caso de estudo na
Total de folhas: 62
III
3
DEDICATÓRIA
A Deus, por ter permitido que eu tivesse saúde e determinação para não desanimar durante a
realização deste trabalho.
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IV
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AGRADECIMENTOS
Um agradecimento especial a todos que me acompanharam ao longo destes quatro anos
de formação, nomeadamente as pessoas mais importantes da minha vida, os meus pais,
meus avós, meus irmãos, meus encarregados de educação, meus tios e primos, meu
paidrasto, uma vez que sem eles não seria possível chegar até aqui. Foram estes que
sempre me incentivaram e apoiaram nesta fase tão importante da minha vida.
Aos meus amigos, que sempre estiveram ao meu lado, pela amizade incondicional e pelo
apoio demonstrado ao longo desses anos...
um forte agradecimentos aos meus amigos Cláudio Quessongo, Belchior Manuel, Alberto
Cordeiro e Henrique Sombo, que sempre que necessitei apoiaram-me e aconselharam-me
nessa fase tão importante para mim.
Aos meus professores, por todos os conselhos, pela ajuda e pela paciência com a qual
guiaram o meu aprendizado.
Ao professor Stover Ezequias, por ter sido o meu orientador e ter desmpenhado tal
função com dedicação e amizade, você fez mais do que me preparar academicamente,
você me preparou para a vida. Obrigado por todas as lições que você me ensinou, vou me
lembrar delas para sempre.
“Sócrates”
VI6
ÍNDICE
INTRODUÇÃO................................................................................................................ 12
CONCLUSÃO.................................................................................................................. 56
RECOMENDAÇÃO ........................................................................................................ 58
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fundamental, antes de mais, distinguir a informação contabilística das demais. Assim, a
contabilidade pode ser uma fonte fidedigna de informação sobre o desempenho da
empresa, ajudando os gestores a desenvolverem conhecimento acerca da organização de
diversas formas (Simon, 1954 citado por Hall, 2010). Contudo existem ainda poucos
estudos acerca da utilização que os gestores dão à informação contabilística (Hall, 2010;
Mckinnon & Bruns, 1992).
Importância do tema
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Justificativa do tema
Problema De Pesquisa
Perguntas de pesquisas
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Objectivo
Geral
Específicos
Estrutura do trabalho
A.K.S. Comércio e Serviço Lda sob forma de apurar quais os benefícios que a informação
contabilística tem no processo de tomada de decisão financeira na empresa.
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CAPITULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
SOBRE O PAPEL DA INFORMAÇÃO CONTABILÍSTICA
NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
FINANCEIRA
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informações relevantes para a gestão da empresa está diretamente associada à sua
capacidade de elaborar registos e demonstrações, logo a informação contabilística é
produto da contabilidade (Lopes de Sá, 1997).
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A informação representa a consolidação de poder na empresa, pois é o produto da
análise dos dados, devidamente registados, classificados, organizados, relacionados e
interpretados dentro de uum contexto para transmitir conhecimento e permitir a tomada
de decisão de forma otimizada.
Portanto para satisfazr as necessidades de informação dos usuarios, tambem é
importante verificar a qualidade da informação e considerar algumas carateristicas que a
qualificam, conforme demonstrado no Quadro 1:
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1.1.2 A contabilidade como fonte de informação para a gestão
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A informação contabilística pode ainda ser distinguida quanto ao seu tipo. Assim,
existem essencialmente dois tipos de informação contabilística: (1) a informação
contabilística de publicação obrigatória e (2) a informação produzida adicionalmente,
sempre que solicitada (Alves, 2003).
Ainda segundo o Instituto Japonês de Contabilistas (1996) citado por Alves (2003)
a informação contabilística pode ser subdividida em três tipos: (1) Factual, consistindo
nos registos dos movimentos contabilísticos efectuados diariamente nos livros da
contabilidade, (2) Referencial onde se incluem os dados adicionais, como por exemplo
moradas, nomes, condições de contratos etc., ou (3) Sumária, considerando-se neste
último tipo a informação dos resumos mensais e dos quadros comparativos de factos
contabilísticos.
Harrison (1993) afirma mesmo que não existe limite para o número de modelos de
tomada de decisão que podem ser desenvolvidos. Considera a existência de quatro
modelos decisórios presentes nas organizações: (1) O modelo racional, (2) O modelo
processual, (3) o modelo político e o (4) modelo anárquico. Este trabalho toma como
referência estes quatro modelos de decisão, seguindo-se uma breve síntese de cada um
deles:
O Modelo de decisão racional foi inicialmente desenvolvido por March & Simon
(1975), March (1994) e Cyert & March (1992) e pode ser descrito como defendendo a
regra do “pensar primeiro”, ou seja, é um modelo que atribui maior importância à
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componente racional do processo. Aplica-se normalmente a decisões não programadas,
focando a busca de informação como parte fundamental do processo (Cunha et al., 2007).
Os defensores deste modelo argumentam que o decisor que siga estes passos
conseguirá obter uma decisão mais acertada. No entanto, este modelo tem sido apontado
como sendo irrealista, uma vez que dificilmente o decisor dispõe de toda a informação
necessária, e mesmo que tivesse, as limitações cognitivas do ser humanas impediriam o
uso da mesma (Simon et al., 1986; Simon, 1955).
March & Simon (1958), defendem ainda que a racionalidade na tomada de decisão
é limitada por diversos factores, como a complexidade e ambiguidade dos problemas, a
falta de informação adequada e o tempo disponível. Outro factor influenciador da
racionalidade são as limitações ao nível da capacidade de processamento de informação.
Por outro lado, os autores defendem que os interesses dos decisores, podem ter um
impacto significativo na escolha de alternativas.
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A este conjunto de limitações chama-se “racionalidade limitada”. Com este
conceito March & Simon (1958) pretenderam sublinhar que apesar dos indivíduos serem
racionais, estes não o conseguem ser por completo. Assim, os decisores tendem a procurar
soluções satisfatórias ao invés de soluções óptimas (Cyert et al., 1956).
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Modelo destruturado
Modelo político
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Este modelo foi desenvolvido por Allison (1972), que afirma que a decisão está
intimamente relacionada com o poder que cada indivíduo possui e com a forma como a
rede de relacionamento se desenha no âmbito organizacional.
Choo (1996) argumenta que o modelo político foca os efeitos dos objectivos
conflituantes sobre as decisões. No entanto, a incerteza é mais baixa, pois cada
participante do processo tem clareza quanto às alternativas preferidas e os objectivos que
pretende atingir.
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obtém informação fundamental para gerir a empresa e tomar as decisões de forma correta
e racional (Lopes, 2013).
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a comparação com os restantes sistemas de mensuração de uma entidade. A utilidade da
informação contabilística está relacionada com os custos e os proveitos que dela se podem
retirar, sendo a informação contabilística revestida de qualidade quando se adapta às
necessidades do decisor. A informação contabilística deve ser vista como um bem
económico, pois é um bem escasso e dotado de utilidade (Oliveira, 1996).
Os decisores, que nas empresas são os gerentes limitam a utilização deste tipo de
informações, pois cabe aos mesmos a correta e efetiva utilização da informação
contabilística, de modo a alcançarem uma decisão racional e que vá de encontro às
espectativas da empresa. Assim, verifica-se que um dos principais fatores que limita a
utilização da informação contabilística numa empresa se prende com a própria habilidade
do gerente compreender e interpretar a informação contabilística como demonstram os
estudos de Holmes e Nicholls (1988), Sheldon (1994) e Albuquerque (2004). A falta de
capacidade para utilizar as demonstrações financeiras acaba por provocar junto do gerente
uma mudança de mentalidade, que o leva a excluir as informações contabilísticas do
processo de tomada de decisão da empresa. Stroeher e Freitas (2006) acrescentam que o
facto dos gerentes de algumas empresas não possuírem conhecimentos contabilísticos
contribui para que os mesmos não consigam avaliar a importância que a informação
contabilística tem no processo de decisão da entidade. A capacidade de analisar e utilizar
eficientemente a informação contabilística por parte do gerente é importante para a
empresa, uma vez que o futuro da entidade depende da qualidade das decisões tomadas
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pelo mesmo, qualidade que sem a correta utilização da informação contabilística pode
estar comprometida (Filippo & Musinger, 1970).
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consultor incumbido de auxiliar o gerente no processo de tomada de decisão,
deixandoassim de funcionar como um mero escriturador, ou seja, o contabilista deve
expandir a sua função e começar a exercer o papel de contabilista de gestão (Silva,
Miranda, Freire &Anjos, 2010).
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Para que a contabilidade alcance o objetivo de fornecer informação útil aos seus
usuários em todo o tipo de decisões é necessário eliminar o desfasamento temporal entre
a data de elaboração dos factos patrimoniais e a contabilização dos mesmos, contribuindo
assim para o fornecimento de informações úteis para o processo tomada de decisão da
empresa no momento oportuno (Theuri, 2002). A elaboração anual das demonstrações
financeiras é insuficiente, pois os gerentes quando pretendem tomar decisões têm acesso
a informação desatualizada, portanto deve-se considerar prioritária a elaboração mais
frequente das demonstrações financeiras com o objetivo de auxiliar constantemente o
gerente quando este tem que tomar decisões (Trigo, Abadía, PérezGrueso & Jarne, 1996).
O desfasamento temporal também está na origem da utilização da informação
contabilística como meio de confirmação de resultados passados, impedindo a sua
utilização no dia-a-dia da empresa e na gestão corrente da mesma, ou seja, o desfasamento
temporal leva a que informação contabilística seja considerada como um meio de
confirmação de médio e longo prazo (Bruns & Mckinnon, 1993).
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informação relevante, e assim incapaz de ajudar o gestor no processo de tomada de
decisão (Nunes & Serrasqueiro, 2004).
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fundamentalmente esta, tem procurado ir de encontro com a satisfação das necessidades
de todos os seus utilizadores (stakeholders).
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de identificação, mensuração, análise e interpretação de dados e comunicação desses
dados aos diferentes utilizadores (Passos, 2010).
Com base no que se acabou de aduzir parece ficar claro que a contabilidade se
justifica no quadro das necessidades informativas de uma empresa e, nesse sentido, que a
informação que prepara e divulga surge especialmente orientada para satisfazer
necessidades de um conjunto vasto de utilizadores, designados na literatura, em particular
na anglo-saxónica, como stakeholders. Porém, este grupo de utilizadores, que vai dos
detentores do capital e potenciais investidores aos credores financeiros (banca), passando
pelos credores comercias, trabalhadores, clientes, Estado, sindicatos e outras entidades ou
associações, são tantos e tão variados quantos os interesses que procuram ver satisfeitos
através da informação financeira. Neste sentido questiona-se, com oportunidade, até que
ponto esta informação será capaz de cumprir um objetivo tão amplo quanto genérico. Ou
seja, como poderá a mesma informação satisfazer tantos interesses sem, ela mesma, ter
necessidade de fazer opções.
De acordo com Pires e Rodrigues (2011), a contabilidade surge, não raras vezes,
apresentada como uma ciência aplicada à realidade e uma consequência dessa mesma
realidade. “A contabilidade, enquanto sistema de informação, existe para satisfazer
necessidades informativas. (…) Porém, os fins para os quais ela pode resultar útil são
tantos e tão variados que cada vez mais se tem questionado a teoria e defendido que a
contabilidade, enquanto ciência aplicada à envolvente e por esta condicionada, está muito
mais vocacionada para responder as necessidades específicas dessa mesma realidade do
que a um objetivo genérico – ser útil para os “stakeholders”” (Pires & Rodrigues, 2011,
p. 1).
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julgamentos e opções (Rodrigues, Pires, & Pereira, 2014), como que uma consequência
imediata da influência dos fatores da envolvente que condicionam e determinam, em
grande medida, as caraterísticas do sistema contabilístico (Pires & Rodrigues, 2011; Pires,
Rodrigues, & Lopes, 2015).
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existência de especialistas nas mais diversas áreas, que dedicam a sua vida ao estudo
(Fernandes, 2019).
A era em que vivemos atualmente é a era da informação, onde esta se pode tornar
numa arma ou poder. Mediante as necessidades, o contexto em que é produzida e
partilhada é determinado o valor desta, isto é, um tipo de informação pode ser altamente
relevante para uma entidade ou individuo, mas ser totalmente irrelevante para o outro
(Fernandes, 2019). Este conceito é um conceito que tem sido alvo de bastantes estudos e
investigações, nas mais diversas áreas. De maneira que se defende que há pelo menos dois
polos de informação, a objetiva e a subjetiva, a objetiva que subentende que a informação
existe fisicamente, enquanto que a subjetiva existe como conhecimento cognitivo de um
indivíduo (Rosa, 2013).
Fernandes, (2019) afirma que na base do sucesso de qualquer entidade, está uma
informação útil e organizada, existindo uma multiplicidade de ações que devem ser
comunicadas aos stakeholders.
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1.2.2 Informação financeira
Em cada dia que vivemos, temos de fazer face a novos desafios, resultando em
novas escolhas e opções. Expressões como “informação é poder” e que “a informação é
o ativo mais valioso numa organização” fazem parte da sabedoria popular.
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financeira, de modo que possa fiscalizar de forma independente toda a informação
financeira (IPCG, 2018).
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A utilidade da informação financeira terá como base a utilização dada pelos seus
utentes. De modo a avaliar a rentabilidade, segurança e liquidez num financiamento a
efetuar, a Banca utiliza essa informação. Os proprietários, na sua medida, utilizam
relatórios financeiras para variadas funções, p.e, determinar prémios de remuneração a
distribuir e pagamentos de dividendos, para monitorar o desempenho, para
financiamentos futuros e ainda como forma de minimizar as suas obrigações fiscais. As
autoridades fiscais também são beneficiárias principais das contas das PME e utilizam as
suas demonstrações financeiras para determinar o lucro bruto, avaliar honorários de
administradores e observar as disposições fiscais (IFAC, 2006).
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1.2.4 Demonstração financeira
De acordo com Brigman e Houston (1999), a coleta e registo de dados, assim como
elaboração das demonstrações financeiras é atribuição da contabilidade.
Para garantir a autenticidade dos dados apresentados auditorais são realizadas nas
contas da empresa por escritorio especializado.
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1.2.4.2-Demonstrações contábeis
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Segundo Matarazzo(1998), a DRR destina-se a evidenciar a formação de resultado
líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo
o regime de competência, a DRE oferece uma síntese econômica dos resultados
operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente
para finsde divulgação, em geral são feitas mensqalmente para administração e
trimestralmente para fins fiscais. A DRE pode ser utilizada como indicadores de auxilio
a decisões financeiras.
Demostra quais recursos entram na empresa e que fonta tem maior participação.
Também identifica como estão sendo aplicados esses recursos. Dessa forma vai auxiliar
o gestor a entender a posição financeira da empresa em um exercício, podendo tomar
decisões que mudem esse quadro no próximo exercício.
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caixa( DFC) é prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em
dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um determinado período.
Qualquer que seja a natureza operacional, uma empresa é avaliada como tomadora
de duas decisões: decisão de investimento-aplicação de recursos, e decisão de
financiamento-captação de recursos( ASSAF NETO, 1997).
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CAPÍTULO II
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
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CAPÍTULO II- METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
2.1-Metodologia de Investigação
A escolha e definição de uma metodologia investigação, são essencial para se desenvolver
o objectivo de estudo designadamente estabelecendo que método usar na analise de um
dado fenómeno.
De acordo com o Demo (1987), a metodologia é uma preocupação instrumental que trata
do caminho para a ciência, trata a realidade teórica e pratica e centra-se geralmente no
esforço de transmitir uma iniciação aos procedimentos lógicos voltados para questões de
causa de dados dos princípios formais da identidade, da dedução e da indução e das
objectividades etc.
Método Estudo de campo: Em relação aos estudos de campo, Gil (2010 p. 57).
Diz que “Procuram muito mais o aprofundamento das questões propostas do que a
distribuição das características da população segundo determinadas variava.” Como
consequência, o planeamento do estudo de campo apresenta muito mais flexibilidade,
podendo ocorrer mesmo que seus objectivos sejam reformulados ao longo do processo de
pesquisa. Na nossa pesquisa serviu para fazer um estudo mas profundo e com clareza para
a sustentação do nosso tema.
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verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou
contradições que as obras possam apresentar. Para a nossa pesquisa analisamos fontes
bibliográficas para a sustentação do conteúdo relativa ao papel da informação
contabilística na escolha das políticas de investimento.
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CAPITULO III ANÁLISE E TRATAMENTO DE
DADOS
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CAPITULO III - ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS
Missão: Criar vínculos fortes, duradouro com os consumidores e clientes fornecendo lhe
os melhores produtos e serviços aos melhores preços com qualidade.
Gerente
Secção
Secção comercial Secção Técnica Administrativae
contabilistica
Funcionário
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1- Como é feito o trabalho de contabilidade na empresa?
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7- Como as demostrações contabilísticas influenciam nas políticas de investimento
e financiamento?
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11- De que maneira deve ser caracterizado o papel da informação contabilística no
processo de tomada de decisão da nossa empresa?
Existem informações sobre as entidades que são úteis para determinados utentes da
informação prestada pela contabilidade por permitirem avaliações e tomada de decisões
importantes das quais se destacam:
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• Nível interno utente utilidade da informação: gestão auxiliar o cumprimento das
suas responsabilidades de planeamento, tomada de decisão e controlo.
Depois de ter obtido as informações necessárias parafundamentação do segundo capítulo
e respectivas discussões, por meio de uma entrevista conduzida ao Sr. Albino Kanganjo
responsável pela gestão financeira da empresa em estudo, observa-se que a empresa tem
uma contabilidade organizada e o responsável da mesma área tem fornecido as
informações contabilísticas com freqüência, para nortear as decisões a serem tomadas
pelos gestores e outros interessados na informação contabilística da referida empresa.
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1. Balanço Patrimonial
Designação Notas
2021 2020
A C T I V O
Ativos não correntes:
Activos correntes:
Passivo corrente:
Impostos a pagar 19 1 213 651, 49 2 795 539,83
Empréstimos de curto prazo 20 0,00 0,00
Parte cor. Dos emp. A médio prazo 15 1 000 000,00 0,00
Outros passivos correntes 21 0,00 0,00
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O Balanço é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar,
quantitativamente e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e
financeira de uma empresa (Decreto nº 82/01 de 16 de Novembro).
➢ Ativos Fixos
Entre 2020 e 2021, nota-se uma redução do valor dos activos fixos na ordem de -
9%, e uma desvalorização dos imobilizados corpóreos que podem ser resultado do
crescimento das amortizações, porém a empresa investiu em outros activos à longo prazo.
➢ Ativos Circulante
Em comparação à 2020, em 2021 a empresa assistiu uma queda dos seus activos
circulantes em -3%. Os clientes retêm em posse quase 50% do valor equivalente do total
das existências finais, o que pode prejudicar a tesouraria líquida da empresa bem como
reduzir a liquidez imediata, ou seja, a capacidade da empresa honrar com seus
compromissos imediatamente. Por outro lado, isso também reflete uma política de crédito
ineficiente.
➢ Capitais Próprios
Apesar da baixa dos capitais próprios e especificamente no desempenho do
exercício económico em 2021, a empresa ainda teve resultados sucessivamente positivos.
Observa-se um acréscimo nas reservas legais e nos resultados transitados.
➢ Capitais Alheios
Esses capitais são os menos numerosos, a sua variação é insignificante, por serem
extremamente baixos, podem por outro lado, representar risco a empresa, pelo facto de
estarem a financiar os seus activos com mais de 90% dos seus capitais próprios.
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2. Demonstração de Resultados
Designação Notas 2021 2020
Custos de mercadorias vendidas e das matérias-primas e subsidiárias 27 47 447 970, 79 37 564 012, 34
consumidas
custos com o pessoal……………………………………………………………………………………. 28 15 506 860,00 17 726 783, 89
Resultados líquidos das atividades correntes ………………………………………………. 3 640 954, 46 7 827 509, 96
34 0,00 0,00
Resultados extraordinários ………………………………………………………………………..
35 0,00 0,00
Imposto sobre o rendimento………………………………………………………………………………
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Entre 2020 e 2021, houve um crescimento das vendas brutas, o que podia significar
um resultado líquido melhor se a empresa gerenciasse melhor os seus custos bem como
prevenir as suas perdas.
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CONCLUSÃO
Nos capítulos anteriores, efectuou-se uma revisão de literatura que tinha como objectivo
contextualizar e abordar o tema, depois incluiu-se todo o esclarecimento das opções
metodólogicas que o trabalho seguiu, bem como os procedimentos utilizados durante a
pesquisa, e finalmente no último capítulo, fizemos análise e interpretação dos dados
obtidos pela entrevista aplicada ao gestor financeiro da empresa.
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Pode-se então concluir que os objectivos foram alcançados, que se confirmou a relação
existente entre a informação contabilística e o processo de tomada de decisão financeira
da empresa A.K.S comércio e serviço lda.
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RECOMENDAÇÃO
58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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contabilidade das sociedadespor acções: Aplicavel às demais sociedades. Fipecafi. 6 ed.
ver. actual.-8.reimpr. –São Paulo: Atlas.
Souza, Antonio Artu de, et al. (2008). Analise de satisfacção de usuários de sistemas de
informações contáveis. VI Simposio de gestão e estratégia em negócios seropedias, RJ,
Brasil, Setembro.
Agarwal, N. K., Xu, Y., & Poo, D. C. C. (2011). A Context-Based Investigation Into
Source Use By Information Seekers. Journal of the Ametican Society for Information
Science and Technology, 62 (6), 1087–1104. http://doi.org/10.1002/asi
Allison, G. T. (1972). Essence of Decision: Explaining the Cuban Missile Crisis. (Little
Brown, Ed.). Boston.
Altman, E. (1968). Financial ratios, discriminant analysis and the prediction of corporate
bankruptcy. The Journal of Finance, XXIII (4), 589–609.
59
Alves, M. C. G. (2002). Decisores e informação contabilistica; Sua influência nas
decisões empresariais, Tese de Doutoramento, Universidade da Beira Interior, Covilhã.
Theuri, P. M. (2002). Are Your Clients Listening to Their Financial Statements?, National
Public Accountant, 35, 29-30.
60
APÊNDICE
GUIÃO DE ENTREVISTA
1. Como é feito o trabalho de contabilidade na empresa A.K.S comércio e serviços
Lda?
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ANÉXOS
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