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Pablo de Assis

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Uma breve história das doenças mentais*


Posted by : Pablo de Assis On : 10 de fevereiro de 2010 6

Category: Psicopatologia, Textos e Apostilas


Tags: demônio do meio dia, doença mental, história, Psicopatologia, transtornos mentais

Desde que as pessoas se reconhecem enquanto pessoas,


existe a percepção de comportamento normal, padrão e
comportamento desviante. Em diferentes momentos da
história, esses comportamentos desviantes receberam
vários nomes e classificações.

Para os antigos, alguns desses comportamentos eram


vistos como sinais de deuses, tanto positivos quanto
negativos. Alguns casos de esquizofrenia, por exemplo
eram vistos como sinais de profetas.

Com a influência do cristianismo na cultura ocidental,


esses mesmos comportamentos passaram a ser vistos
como sendo negativos e influenciados por demônios. A
depressão, por exemplo, dizia-se que era influenciada
pelo demônio do meio-dia. Como a Igreja tinha bastante
influência na sociedade, essas pessoas eram ou
abandonadas por estarem possuídas ou eram levadas a
igrejas para serem exorcizadas.

No final da idade média e início do Renascimento, pessoas que apresentavam esses


comportamentos eram deixados de lado pela sociedade. Eles eram chamados de loucos
e muitas vezes eram trancados com criminosos para afastar suas influências das
pessoas ditas normais.

Com o tempo e o avanço da medicina, começou-se a perceber que esses “loucos” não
possuíam só comportamento desviante, mas apresentavam sintomas claros que se
repetiam em várias pessoas. Agora, ao invés de trancados em cadeias com criminosos
comuns, eles eram trancados em asilos e manicômios para serem estudados e tratados.
Neste ponto, passou-se a reconhecer a loucura como doença mental.
*Originalmente escrito para a apostila “Um breve manual de transtornos mentais – uma
breve introdução à psicopatologia e aos sistemas diagnósticos de classificação“.

Um breve manual de transtornos mentais. Download (24668)

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Pablo de Assis
Pablo de Assis é Psicólogo e bacharel em psicologia, tem MBA em Gestão
de Recursos Humanos e é Mestre em Comunicação e Linguagem.
Trabalha como professor de psicologia para o ensino médio e superior e
também é consultor em tecnologia educacional.

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Comments (6)

Quem Observa Os Observadores: Mídia E Psicopatologia | Pablo De


Assis
6 de julho de 2010 at 17:41

[…] Já o Transtorno Delirante é caracterizado pela presença de delírios, ou seja, de


crenças irracionais sem fundamento. Acreditar que existem bactérias em tudo o que
tocamos e que elas podem provocar doenças não é um delírio, já que isso é um fato. O
delírio começa a acontecer quando acreditamos que essas bactérias podem estar atrás de
nós e se nós não utilizarmos o tal sabonete para nos prevenir de doenças, vamos morrer.
Isso já é delírio e beira a paranóia, que é o delírio de perseguição. Para mais detalhes
sobre esses quadros, leiam este post: Uma breve história das doenças mentais. […]

Responder
Os Riscos Da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) | Pablo De
Assis
16 de setembro de 2011 at 11:08
[…] A terapia cognitiva de Beck constrói então um modelo inspirado nisso e diz que os
problemas psicológicos se constróem sobre  crenças nucleares disfuncionais. Essas
crenças acabam construindo sentimentos disfuncionais que, por sua vez, influenciam
nossos pensamentos que controlam os comportamentos. Alterando-se as crenças, altera-
se os sentimentos e pensamentos e comportamentos que se apresentam como
patológicos. […]

Responder

Uma Breve História Dos Psicofármacos | Pablo De Assis


19 de setembro de 2012 at 14:45
[…] uma tuberculose ou um osso partido! Um grande psiquiatra do século XIX, Emil
Kraepelin, criador do primeiro modelo de classificação psiquiátrica das doenças mentais,
chegou a adimitir que, por mais que consigamos observar diferentes transtornos, não
conseguimos […]

Responder

A Psicofobia E O Diagnóstico Em Saúde Mental | Pablo De Assis


28 de fevereiro de 2013 at 18:14

[…] não é porque quero ser politicamente correto, mas sim porque considero essas
pessoas não como doentes mentais, mas sim como pessoas normais que foram
diagnosticadas, não com uma doença, mas com um transtorno […]

Responder

Julio Cesar
11 de maio de 2013 at 20:44

Oi Pablo, estou realizando um tcc sobre saúde mental e estou, citando


alguns pontos do seu artigo. Gostaria de saber se você poderia me dizer
quando foi feito o trabalho para que eu possa realizar algumas sitações
obrigado

Responder
Adriano
22 de fevereiro de 2014 at 17:50

boa tarde dr psicologo pablo de assis , venho agradecer pelos podcast e


pelos artigos relacionados a psicologia.. estou terminando a minha
graduaçÂo em gestÂo comercial , pois sendo especifico ao a adm de
comercio , existem disciplina na area da psicologia, comportamento organizacional,
tecnicas de negociaçôes e gestÂo de marketing, todas voltadas para psicologia,analitica (
freud e jiung). detalhe o seus podcast contribuiram para eu ser aprovado nessas dicilinas ,
obrigado .
estou a disposiçÂo , caso o sr precisar de algo relacionado a minha formaçÂo academica.

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Paul Bloom: Pode o preconceito ser algum dia uma coisa boa?

Nós frequentemente pensamos em viés e preconceito como enraizados na


ignorância. Como psicólogo, Paul Bloom tenta mostrar, que o preconceito
é, muitas vezes natural, racional e até mesmo moral. A chave, diz Bloom,
é entender como nossos próprios preconceitos funcionam — para que
possamos controlá-los quando eles tomarem o rumo errado.

Fonte: TED Talks

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