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LUANDA, 2021
UNIVERSIDADE DE BELAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS
CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO
FOLHA DE ROSTO
LUANDA, 2021 i
FICHA CATALOGRÁFICA
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou electrónico para fins de estudo e pesquisa desde que citada a fonte.
DATA_________/_________/___________
Nº de páginas: 52
ii
GABRIEL CARLOS CHILONGO
FOLHA DE APROVAÇÃO
ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA COMO INSTRUMENTO DE
APOIO AO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES. ESTUDO DE
CASO EMIS 2016 A 2017
Aprovado,_____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
Presidente do Júri
____________________________
1º Vogal
_____________________________________
2º Vogal
_____________________________________
Secretário
___________________________
iii
DEDICATÓRIA
iv
EPÍGRAFE
v
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecer а Deus que permitiu que eu chegasse até a data presente, e por estar
presente em todos os momentos da minha vida, Ele é o Maior Mestre que alguém pode
conhecer.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo, apoio incondicional e apoio financeiro.
Agradeço а minha mãe: Ilda Quintas Chitumba minha heroína pelo apoio, incentivo nas horas
difíceis, de desânimo е cansaço.
Ao meu pai Willy Osório Chilongo que apesar de todas as dificuldades me fortaleceu е para
mim foi muito importante.
Agradeço a família Mussopo por tudo que fizeram por mim, é inexpressável a minha gratidão.
Obrigado aos meus irmãos е sobrinhos, que nos momentos da minha ausência dedicada ao
estudo superior, sempre fizeram entender que о futuro é feito а partir da constante dedicação
no presente!
A esta universidade, seu corpo docente, direcção е administração que oportunizaram а janela
que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito е ética
aqui presentes.
Ao meu orientador Msc. Miguel Avelino Narciso, pelo apoio, confiança, empenho dedicado à
elaboração deste trabalho.
Ao Professor Msc. Délcio Rodrigues, pelo apoio e sua dedicação
Agradeço а todos os professores por me proporcionar о conhecimento não apenas racional,
mas а manifestação do carácter е afectividade da educação no processo de formação
profissional, por tanto que se dedicaram а mim, não somente por terem ensinado, mas por
terem feito aprender.
Agradeço a Felismina Chilongo, Carla Moniz, Tiago Moniz, Etelvina Chitema, Gelson
Agostinho, Gabriela Mulembue, Lucrécia Rodrigues, Yona Gabriel, Verônica Agostinho pelo
apreço e carinho demonstrado nos momentos de dificuldades
A todos que directas ou indirectamente fizeram parte da minha formação, о meu muito
obrigado.
vi
RESUMO
vii
ABSTRACT
The central basis of this monograph is to show the full importance of Economic and Financial
Analysis as an instrument to support the decision-making process, an EMIS case study in the
period 2016 to 2017. Considering that the general objective of the research, it seeks
demonstrate the economic and financial analysis as an instrument to support the decision-
making process in the company EMIS SA., with regard to the methodology, two ways were
used in terms of the means, bibliographic and field research was used, regarding the purposes
of classification. itself as descriptive, in which I had a series of difficulties when
implementing the economic and financial analysis, since the company has not done the same,
taking into account the unsatisfactory results obtained from the economic indices applied to
this research, the company presented an inability to honor its short-term commitments and a
high degree of dependency and low profitability. At the end of this work we can conclude that
the economic and financial analysis is undoubtedly an instrument of total importance for
decision making when properly used, it shows us in a clear and objective way the situation of
how the company has been operating in the market, we found some deficiencies in the
management of the company, facts that allowed us to make some recommendations for the
company, however the company should use the analysis of its statements in order to assess its
evolution year after year, and apply the tools provided in the economic and in order to make a
good decision, so that the same decision will positively impact the results.
viii
LISTA DE TABELAS
ix
LISTA DE GRÁFICOS
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AF-Autonomia financeira
FM-Fundo de Maneio
CE-Composição de Endividamento
GD-Grau de Dependência
GA-Grau de Autonomia
LG-Liquidez Geral
LI-Liquidez Imediata
NC-Necessidades Cíclicas
RC-Recursos Cíclicos
xi
RCP-Rácio de rentabilidade dos capitais
RL-Rendibilidade do Activo
TL - Tesouraria Liquida
xii
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ................................................................................................................. i
FICHA CATALOGRÁFICA...................................................................................................ii
DEDICATÓRIA ...................................................................................................................... iv
EPÍGRAFE ............................................................................................................................... v
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ vi
RESUMO.................................................................................................................................vii
ABSTRACT ...........................................................................................................................viii
I. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
IV. METODOLOGIA........................................................................................................ 41
VI. CONCLUSÕES............................................................................................................ 49
xv
VII. RECOMENDAÇÕES.................................................................................................. 50
APÊNDICES ..............................................................................................................................I
ANEXOS .................................................................................................................................IV
xvi
Anexo III – Demonstração de Resultados
VII
xvii
xviii
I. INTRODUÇÃO
O objectivo desta pesquisa é a análise económica e financeira na empresa. Visto que análise
económica e financeira exerce uma grande influência para a tomada de decisões da empresa.
Segundo Katumbela (2014, p.8), “a Análise Económica e Financeira é uma ferramenta que
estuda, analisa, e emite pareceres sobre a situação económica e financeira partindo de um
olhar profundo sobre o departamento de administração e finanças”. Para tornar as informações
mais fidedignas, de acordo com a natureza do trabalho, o analista precisa analisar outras áreas
da empresa, como é óbvio, mas é a Função que constitui o seu objectivo. Nos dias de hoje a
Análise económica e Financeira é vista como uma ferramenta primordial para alavancar a
situação financeira das empresas.
No campo de pesquisa essa área é bastante deixada para de fora porque as empresas não se
preocupam em avaliar a sua situação económica e financeira.
1
1.1.1. Delimitação do tema
O presente trabalho com o tema Análise Económica e Financeira como instrumento de apoio
ao processe de tomada decisões, caso de estudo EMIS, dedicada a área de pagamentos
automáticos sob a marca Multicaixa, está delimitado na Província de Luanda, no bairro
Makulusso na Empresa Interbancária de Serviços - EMIS no departamento de Finanças no
período de 2016 a 2017.
Para academia, essa pesquisa se justifica por demonstrar a análise económica e financeira de
uma empresa, evidenciado as demonstrações contábeis que permitiu a elaboração de um
diagnóstico para o aperfeiçoamento do controlo financeiro e o crescimento empresarial.
2
1.4. Objectivos
3
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Malaquias et al. (2016), a Análise Económica e financeira sintetiza o estudo dos
documentos financeiro para examinar a evolução da situação financeira (equilíbrio entre
origem e aplicações de fundos) e económica (rentabilidade dos capitais investidos) no sentido
de detectar tendências futuras no decorrer do funcionamento da empresa.
Segundo Jaime Katumbela (2014), define a Análise Económica e Financeira como uma
ferramenta que estuda, analisa, e emite pareceres sobre a situação económica e financeira da
empresa.
De acordo com Ilda (2005), A análise económica e financeira, busca verificar se é possível a
sobrevivência e desenvolvimento pretendido pela empresa. Essa conclusão virá da análise de
indicadores fundamentalistas (endividamento, liquidez, rentabilidade e actividade), que
possibilitarão encontrar características da empresa e também projectar situações que ela pode
vivenciar mais em frente. Além disso, o investidor terá uma ideia de solidez (ou não) da
empresa, se ela é bem administrada e se é atractivo ou não investir em acções emitidas por
ela.
4
2.1.1. Importância da análise económica e financeira
De acordo com Silva (2005), A Análise Económica e Financeira de uma empresa engloba as
seguintes actividades:
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2.2. Principais decisões empresariais
Decidir significa optar, escolher ou seleccionar de entre várias alternativas, aquela que pareça
mais adequada. As decisões exigem um processo e são tomadas em resposta a problemas,
alguma necessidade ou simplesmente para alcançar um objectivo. As condições de certeza,
incerteza e o risco associado são factores que, não estando sob o controlo do tomador de
decisão, influenciam as decisões. No dia-a-dia das empresas, o Gestor/Administrador
necessita de tomar decisões empresariais distintas e diferentes, que têm de ser coerentes com
os recursos disponíveis, condicionalismos internos e externos e objectivos da empresa.
Devem ser tomadas de forma organizada e equilibrada, no sentido de garantir um bom
funcionamento da globalidade da empresa. O processo decisório pode ser dividido em três
categorias, a saber:
Estes três tipos de decisão, apesar de distintos, são interdependentes e complementares e são
tomadas num ambiente de recursos limitados o que obriga, necessariamente, à escolha entre
alternativas, todas elas, com um custo de oportunidade associado.
Hoje, apesar de muitas pessoas estarem desinformadas e não usarem os métodos para fazer a
análise financeira, temos uma gama de estudos e técnicas que encontramos facilmente em
livros, revistas e internet. Mas você sabe como a análise financeira surgiu? E como ela foi
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importante no passado? Iremos falar um pouco sobre isso e sobre como ela evoluiu até os dias
atuais. Pois só assim podemos ter uma noção aprofundada deste método.
Segundo Aires Lousã (2005), a história da evolução da análise financeira iniciou-se, mais ou
menos, por volta de 4000 a.C. Em sua forma primitiva encontram-se os primeiros inventários
de rebanhos e a preocupação com sua eventual perda.
Nesta época as pessoas não tinham uma noção de cálculo tão avançada como a que temos
hoje, nem mesmo moeda para avaliar suas mercadorias. Existia a troca e os negócios eram
feitos através da avaliação dos próprios negociantes.
Sendo assim esta seria um tipo de análise horizontal, pouco semelhante a que hoje chamamos
de balanço, onde acompanhamos a variação de período a período de um item. Sendo assim,
eram apenas valores relativos, uma vez que as quantidades não representavam grandezas
equivalentes.
Mas no final do século XIX, surgiu o termo análise de balanço, onde os banqueiros
solicitavam as demonstrações às empresas que desejam pedir empréstimos.
Com o tempo, começaram a existir outras demonstrações para análise e concessão de crédito,
com a demonstração do resultado do exercício, desenvolvendo-se nos Estados Unidos em
1915, se tornando obrigatória dentro dos sistemas bancários.
Uma empresa pode apresentar uma excelente situação do ponto de vista económico, com
elevada participação de capitais próprios e, no entanto, em determinado momento, não dispor
de recursos suficientes para cumprir com as suas obrigações. A falta de liquidez e, portanto, a
falta de solvabilidade, caracteriza a situação financeira da empresa ou a sua capacidade de
pagamento quer no curto prazo, como no médio e longo prazo. Esta análise é feita com base
em informações extraídas dos mapas contabilísticos, aplicando por conseguintes diferentes
métodos de quantificação e interpretação do desempenho financeiro das organizações
Fernandes et al. (2012), em traços gerais, a análise financeira visa aferir a evolução da
situação financeira e de rendibilidade da empresa, detectar tendências futuras de evolução,
facultar informações fidedignas e importantes para a gestão e, ainda, propor medidas
correctivas.
Segundo Santos (1996), diz a análise financeira é sempre indispensável para apurar a
potencialidade da empresa, a sua força para competir e se tem capacidade para serem seguidas
a determinadas estratégias.
De acordo com Ilda (2014), Análise Financeira recolher e analisar informações de forma a
obter um julgamento seguro sobre a situação financeira da empresa, detectando eventuais
tendências futuras e, assim, propor medidas a adoptar.
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A análise financeira é muitas vezes feita de acordoo com os interesses e objectivos dos
intervenientes:
Para que o analista possa verificar a situação económica e financeira de uma empresa, torna-
se fundamental o recurso a alguns indicadores, sendo que os mais utilizados são aqueles que
assumem a forma de rácios, estes apresentam vantagens, não só de tornar mais precisa a
informação, como também de facilitar comparações, quer para a mesma empresa, ao longo de
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um certo período de tempo, quer entre empresas distintas num mesmo referencial de tempo.
Contudo, convém salientar que os rácios constituem um método de análise, que deve, ser
complementado por outros tantos com efeito, a análise de indicadores fornece apenas alguns
indícios que o analista procura confirmar através de recurso a outras técnicas.
Equilíbrio financeiro;
Rentabilidade de capitais;
Crescimento;
Riscos;
Valor criado pela gestão.
Balanço
Demonstração de Resultados Liquido
Para atingirem esses objectivos descritos acima o analista deverá recorrer à documentos contabilístico
e extra – contabilísticos.
Portanto a função financeira operava numa perspetiva de curto prazo garantindo o bom
desempenho da empresa no seu ciclo de exploração.
Segundo Nabais (2011), a gestão financeira permite gerir as tarefas que integram a função
financeira. Ela abrangerá, essencialmente, um conjunto de técnicas que visam a melhoria das
decisões financeiras a tomar, de forma a levar a cabo, eficazmente, os objetivos da função
financeira. Ainda de acordo com o mesmo autor a atual gestão financeira abrange um
conjunto de técnicas que atuam nos seguintes domínios:
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A boa utilização dos recursos financeiros – analisar e negociar a captação dos
recursos financeiros necessários, bem como a aplicação dos recursos financeiros
disponíveis.
Crédito e cobrança – analisar a concessão de crédito aos clientes e administrar o
recebimento dos créditos concedidos;
Caixa – efectuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa;
Contas a receber e a pagar – controlar as contas a receber relativas às vendas a
prazo e contas a pagar relativas às compras a prazo, impostos e despesas operacionais.
Na gestão financeira moderna, esta função participa nas decisões de investimentos, na análise
e controlo da rendibilidade das aplicações, dando atenção especial tanto a gestão financeira
corrente como a gestão estratégica.
Visto que qualquer decisão tomada ou acção realizada dentro de uma empresa tem
implicações directas ou indirectas a nível financeiro, há necessidade de uma função que vai
determinar quais as melhores decisões à tomar com vista ao alcance dos objectivos pré-
definidos.
Segundo Mário (2014), A função financeira é, então, responsável pela preparação, execução,
avaliação e controlo das decisões financeiras da empresa. Procura analisar e interpretar a
situação da empresa e decidir como aplicar os fundos que tem a sua disposição. Com o
aumento da competitividade e escassez dos recursos financeiros, em consequência da
dinamização da actividade económica, as empresas necessitam fazer uma gestão cada vez
mais eficaz de todas as questões de natureza financeira. Assim, a função financeira pode ser
considerada uma das funções básicas de uma empresa ou qualquer organização, a ser
desenvolvida pelo gestor financeiro. Tem um papel primordial, na medida em que ajuda o
gestor a gerir, da melhor forma, os recursos que são escassos, ao mesmo tempo que determina
possíveis necessidades de investimentos. É responsável pela gestão da tesouraria, análise
económica e financeira, elaboração de programas e orçamentos e do plano financeiro, de
moda geral.
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2.4.1. Objectivos e limites da função financeira
Apesar de integrar um vasto número de tarefas, a função financeira tem limitações, e essas
devem ser levadas em conta, principalmente quando se pretende visualizar a empresa numa
perspectiva financeira. Como referido anteriormente, a empresa é uma unidade económica
autónoma que mantém um contacto dinâmico com a envolvente. Logo, a natureza dos seus
problemas não se resume só a aspectos de natureza exclusivamente financeira. Estão
subjacentes as estratégias que criam valor através da exploração de vantagens competitivas.
Essa criação de valor vai depender não só da situação financeira, mas sobretudo, da sua
capacidade de transformar as vantagens competitivas em fluxos de caixa futuros.
Reconhece-se então que, apesar do equilíbrio financeiro ser um factor indispensável, não é
suficiente para a sobrevivência e crescimento de uma empresa. Deve-se, efectivamente, ter em
conta outros aspectos que não estando sobre o controlo da empresa, podem condicionar a
criação de valor para o accionista /sócio.
De acordo Jaime Katumbela (2014), A análise económica serve para analisar a capacidade de
uma empresa obter lucros necessários a remuneração dos capitais postos a sua disposição. Sob
o ponto de vista meramente económico, o objectivo principal da empresa é conseguir a
máxima rentabilidade dos capitais nela investidos de forma a assegurar seu crescimento e
permanência no mercado. Esta análise está intimamente relacionada com a análise financeira,
pois, a rendibilidade depende não só da capacidade da empresa obter lucros necessários para
remunerar o investimento, mas também, da sua estrutura financeira.
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acréscimo adicional resultante sobre cada unidade monetária investida que retorna em
determinado período.
Independentemente dos objectivos que levam que se faça analise económica e financeira de
uma empresa, todos os analistas utilizam um conjunto de técnicas que se basem em dois tipos
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Compreensibilidade
As DF's não devem conter informações complexas ou de difícil compreensão para os utentes.
Devem proporcionar informações objectivas e claras.
Relevância
Fiabilidade
A informação deve estar isenta de erros materiais e preconceitos e ser completa, tendo em
conta a ponderação entre benefício e custo. A informação deve mostrar, de forma apropriada
as operações e acontecimentos, de acordo com a substância e realidade económica e não
meramente de acordo com sua forma legal.
Comparabilidade
O Balanço
É um documento que retracta a situação patrimonial de uma empresa, numa determinada data,
sendo composto pelo Activo, Passivo e pelo Capital Próprio. É um mapa que retrata as
origens dos recursos financeiros disponíveis ou o financiamento e as respectivas aplicações de
fundos, ou os investimentos. No Balanço é evidenciado o princípio básico da contabilidade,
segundo o qual o Activo tem que ser financiada pelo Capital Próprio ou por Capitais Alheios.
(Activo = Passivo + Capital Próprio). O Balanço é visto numa Perspectiva Patrimonial,
quando evidencia a situação patrimonial (bens, direitos e obrigações) de uma empresa num
dado momento, incluindo o património líquido, ou numa Perspectiva Financeira, quando
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evidencia a situação financeira retratando o conjunto de aplicações de capital e o conjunto de
origens ou fontes de financiamento, numa perspectiva estática.
A Demonstração de Resultados
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deste mapa podemos ver como foi gerado e como foram utilizados os meios financeiros num
dado período. Pode ser elaborada segundo dois métodos:
É um factor fundamental para se apreciar a estrutura financeira da empresa, uma vez que essa
estrutura se relaciona com a actividade exercida e depende do sector que a empresa está
inserida.
Inserção no mercado
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depende da capacidade de gestão. Assim sendo, a capacidade técnica e mesmo a integridade
moral dos gestores deve assumir uma grande relevância na análise.
Natureza jurídica
Funcionamento interno
Conjuntura económica
Enquadramento sectorial
O objetivo da empresa não deve ser a maximização do lucro em termos absoluto, mas sim,
maximizar a relação entre os lucros obtidos e os capitais investidos. A rendibilidade pode ser
medida, de uma forma global, através do seguinte indicador:
A análise estática permite evidenciar a realidade de uma empresa num dado momento. Esta
análise apesar de possuir uma certa utilidade, não permite fazer um juízo completo acerca da
evolução da situação económica. O estudo da rendibilidade só adquire seu verdadeiro sentido,
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quando for feita uma análise dinâmica analisando não só os factores que num dado momento
condicionaram esta rendibilidade, mas também sua evolução ao longo dos anos. Feita uma
análise dinâmica, poderemos ver a tendência da evolução da rendibilidade e prever sua
evolução futura facilitando, assim, a adopção de medidas necessárias para evitar uma eventual
evolução desfavorável.
Como uma obrigação jurídica dos credores para certificar que a empresa está apta para
solver os seus compromissos nas datas dos seus vencimentos.
Como uma necessidade de manter o equilíbrio funcional entre os recursos, tendo em
conta as suas estabilidade e aplicações, observando o seu destino.
De acordo com Carilho et al. (2008), a necessidade de fundo de maneio (NFM) resulta da
diferença entre as necessidades cíclicas (NC) e os recursos cíclicos (RC) (NFM = NC-RC).
Ainda o mesmo Autor ressalta que a NFM pode ser positivo ou negativo (face a prevalência
da NC ou dos RC) sendo o seu valor influenciado pelo sector de atividade em que a empresa
opera, pela prática de gestão operacionais, pela gestão dos capitais circulantes etc.
NFM > 0 indica que a empresa tem de conseguir recursos cíclicos para fazer face às
necessidades cíclicas
NFM < 0 indica que há excedentes financeiros do ciclo de exploração.
ou
A tesouraria activa diz respeito aos activos correntes que não sejam considerados
cíclicos ou com carácter de permanência, resultantes das decisões de carácter
financeiro e estratégicos que sejam alheios à exploração.
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FM> 0; NFM> 0; TL> 0: Trata-se de uma situação financeira normal, com alguma
segurança.
FM <0; NFM> 0 e TL <0: Trata-se de uma situação delicada, pois os capitais estáveis
são insuficientes para financiar as aplicações de investimentos e parte das
necessidades resultantes do ciclo de exploração com carácter de permanência.
FM> 0; NFM> 0 e TL <0: Evidencia desequilíbrio financeiro, muito embora o fundo
de maneio seja positivo. A empresa está a financiar parte das necessidades cíclicas
com carácter de permanência, com operações de tesouraria.
FM> 0; NFM <0 e TL> 0: Evidencia uma situação financeira estável. É comum nas
empresas com um ciclo de exploração curto. Convém analisar se o valor do fundo de
maneio é muito elevado e dai optar por aplicações de capital.
FM <0; NFM <0 e TL> 0: Nesses casos, há um certo risco devido a inexistência de
Fundo de Maneio e, portanto, inexistência de uma margem de segurança.
FM <0; NFM <0 e TL <0: É uma situação típica de empresas com um ciclo de
exploração longo. Evidencia inexistência de liquidez e segurança.
Além da avaliação do equilíbrio financeiro, existe uma outra forma de analisar a situação
financeira da empresa e que usa técnicas próprias para o efeito. Existem várias técnicas para
este fim. Neste ponto vamos focalizar a atenção nas técnicas mais comuns.
É uma técnica da avaliação que prima pela comparação de valores entre períodos distintos, a
técnica socorre-se dos dados percentuais para aferir conclusões sobre o dinamismo financeiro
da empresa no período em estudo. Apesar de ser uma técnica eficiente, tem sido pouco
preferida pelos gestores financeiros por não poder cobrir a totalidade de informações e ser
uma técnica ajuda analisar a relação entre massas patrimoniais.
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e da Demonstração de Resultados e entre as grandezas económicas e financeiras, obtendo os
indicadores.
O Método dos Rácios é um instrumento de apoio à análise financeira e gestão financeira que
permite quantificar e explicar os factos da vida de uma empresa, contribuindo para uma
análise objectiva da sua situação económico-financeira num determinado período de tempo.
Rácio vem do latim que significa indicador, dividendo, quociente.
Segundo Nabais (2011), os rácios são um dos métodos que permitem estudar a evolução da
situação económica e financeira da empresa que consiste em estabelecer relações entre os
dados fornecidos pelo balanço e a demostração dos resultados após a sua preparação para
análise.
A técnica mais utilizada pelos gestores e instituições financeiras para a análise financeira
consiste em estabelecer relações entre contas agrupamentos de contas do balanço, das
demonstrações de resultado, ou ainda outras grandezas económicas-financeiras. Esta relação
tem várias designações tais como: Rácio, coeficiente, quociente, indicador, etc.
A nossa preferência vai para o termo Rácio, pois é o único que não se utiliza na linguagem
corrente com diversas acendo, por isso, o mais expressivo para designar esta técnica tão
básica e tão importante da análise financeira.
A técnica dos rácios ou indicadores constitui a técnica mais utilizada ema análise financeira e
é uma das formas de observar aritmeticamente as relações entre os diversos valores extraídos
dos documentos financeiros e são de extrema importância da situação financeira das empresas
no entanto, esta técnica deve ser utilizada com máximo cuidado, pois podem levar conclusões
erradas.
Apesar de ser um método simples, o uso dos rácios tem algumas vantagens. Permite fazer
comparações de situações em momentos distintos da empresa; permite, também comparar os
dados de uma empresa num determinado momento, com a situação de outras empresas
Concorrentes, independentemente da sua dimensão. Isso porque os rácios é um quociente e,
portanto, fica indiferente a valores que afectam da mesma forma o numerador e o
denominador. O uso do Método dos Rácios é fácil, prático e rico em conclusões, na medida
em que os rácios dão informações sintéticas e de fácil interpretação e representam uma
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parcela significativa do trabalho de análise. Mostra relações importantes entre as várias
rubricas e possibilita, também, o exame das oscilações dos índices, ano a ano.
Contudo, convém referenciar que o uso dos rácios na análise financeira tem algumas
limitações. Os rácios ajudam os gestores a conhecer a realidade económica e financeira, mas
não fornecem respostas, ou seja, não são vistos como instrumentos de decisão. Não permitem
fazer comparações entre empresas inseridas em conjunturas económicas diferentes e com
práticas contabilísticas diferentes e não levam em consideração os aspectos qualitativos. Os
rácios não podem ser utilizados de forma isolada, mas sim conjugadas com outras
informações recolhidas. Por se tratar de um número obtido por um quociente pode levar a
conclusões distorcidas se, eventualmente, uma das grandezas ou ambas estiverem erradas.
Desta forma, além de se fazer uma análise relativa baseada nos rácios e indicadores, também,
é necessário analisar os números em termos absolutos, evitando assim chegar a conclusões
completamente erradas.
Nos tempos que ocorrem, o recurso á técnica de análise através de rácios tem vindo a utilizar-
se com frequência para quase todos os fins. Por isso, convém alertar que este instrumento de
análise financeira possui algumas limitações:
A utilidade dos rácios na análise da situação das empresas faz-se sentir através da comparação
com os rácios calculados nos anos anteriores e rácios de empresas similares.
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Para os analistas é importante saberem escolher bem os rácios que satisfazem os objectivos da
análise que se pretende.
Investidores;
Accionista;
Gestores;
Instituições financeiras;
Fisco.
Podem construir.se inúmeros rácios, mais a sua utilização vai depender, sobretudo dos
objectivos da análise: qual é a natureza dos fenómenos que pretende revelar ou medir, que
fontes de instrução se vão utilizar.
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Os tipos de rácios mais utilizados são:
Rácio de estrutura;
Rácio de liquidez;
Rácio de Rentabilidade;
Rácio de Actividades.
Rácios
De Estrutura Rácio de Solvabilidade
Rácio de autonomia
financeira
Rácio de
Endividamento ou de
Dependência
De Liquidez Liquidez Geral
Liquidez Reduzida
Liquidez Imediata
De Rentabilidade dos
Rentabilidade Capitais Próprios
Rentabilidade do
Activo
Rentabilidade Líquida
das Vendas
De Rotação do Activo
Actividades Total Grau de Rotação das Mercadorias
Rotação dos stocks Grau de Rotação dos Produtos
Tempo médio de Acabados
recebimento Grau de Rotação das Matérias-Primas
Tempo médio de Tempo Médio de Permanecia
pagamento
Fonte: Elaborado pelo autor
Este rácio ou indicador dá-nos a conhecer a capacidade da empresa para solver os seus
compromissos na data do seu vencimento. O valor deste indicador depende essencialmente:
Capitais Próprio
𝐑á𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐒𝐨𝐥𝐯𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 = x100
Passivo Total
Desta entende-se que se maior for o capital próprio e menor o passivo total, o rácio será maior
e esta é a condição essencial para se verificar um aumento deste indicador.
Quando acontece diz-se a empresa tem a capacidade para honrar os seus compromissos.
Este indicador mostra-nos quantos kwanzas são próprios e quantos são alheios em cada 100
kz aplicado no investimento de uma empresa. Ou seja, mede a capacidade de participação do
capital próprio no financiamento dos investimentos da empresa.
Capital próprio
𝐑. 𝐀. 𝐅 = x100
Activo Líquido
Um valor superior à 0,3 é considerado um bom valor. Um valor inferior a 0,3 evidência
dependência da empresa em relação à terceiros. Um valor igual a1 significa uma autonomia
total que se atinge quando os capitais alheios forem nulos, o que significa que o Activo é
totalmente financiado pelo capital próprio.
Este rácio dá-nos informações inversas ao rácio anterior. Este indicado mostra até que se
ponto a empresa está endividada.
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Capitais Alheios
𝐑á𝐜𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐃𝐞𝐩𝐞𝐧𝐝ê𝐧𝐜𝐢𝐚 = x100
Activo Líquido
Ga + Gd = 1
A ideia é que o somatório do grau de autonomia (Ga) e o grau de dependência (Gd) deve dar
1, ou seja 100%.
Este rácio dá-nos a conhecer em que medida a empresa financia os seus activos com capitais
alheios. A máxima dependência é atingida quando o grau de dependência for igual á 1, trata-
se de uma situação anormal e só chega a esta situação quando a empresa tiver perdas
continuadas que levam à absorção da totalidade do capital próprio.
Capital pemanente
𝐑. 𝐂. 𝐀. 𝐅 = x100
Activo Fixo
Como se sabe os capitais permanentes, resultam dados capitais próprios com as dividas a
terceiros a médio e longo prazo. Dá-nos a conhecer quantos kwanzas de capitais permanentes
contribuíram para o financiamento de cada 100 kz incorporados no activo fixo.
29
2.8.4.2.6. Rácios de liquidez
Mede a capacidade da empresa para fazer face às suas obrigações a curto prazo. Permitem,
pois verificar se a empresa tem ou não a capacidade para pagar as suas dividas na data do seu
vencimento.
Activo Corrente
𝐋𝐢𝐪𝐮𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐆𝐞𝐫𝐚𝐥 =
Passivo de Curto Prazo
Se o valor apurado for maior que 1, a empresa pode utilizar os activos líquidos para liquidar a
divida a menos de 1 ano. Isto é quanto maior for o indicador, melhor. Na prática, no entanto,
não tem sido exatamente assim. Porque um valor elevado pode significar:
Liquidez Reduzida
A. C − Existencia
𝐋. 𝐑 =
Passivo de curto prazo
Este indicador dá-nos a conhecer o peso dos stocks na estrutura da empresa, se haver
diferença exagerada entre o valor da liquidez geral e o valor da liquidez reduzida deve-se
acautelar, pois tal facto poderá significar que a empresa esta a produzir para o armazém e não
30
para o mercado. Isto é, a empresa esta a criar stocks (Mortos), que pesam bastante em termos
de custo para a empresa. Considera-se valores ideias para este indicador os que variam entre
0,9 e 1,1.
O cálculo e analise deste rácio é importante, pois as empresas precisam evitar a ilusão causada
pelos stocks (alguns, até, inúteis) sobre a estrutura financeira da empresa.
Assim, a comparação entre o GLC e o GLR permite destacar o peso das existências numa
empresa. Não obstante o ajustamento que é aqui efetuado relativamente ao indicador anterior,
é de referir que os problemas fundamentais que atrás detetamos não são, no essencial,
resolvidos com os rácios de Liquidez Reduzida, até obtermos um outro indicador.
Disponibilidade
𝐋. 𝐑 =
Passivo de curto prazo
Um terceiro indicador de liquidez é o que restringe ainda mais o conceito de ativo líquido,
cingindo-os as disponibilidades e aplicações financeiras de curto prazo de uma empresa (GLI-
grau de liquidez imediata).
Este indicador é utilizado para pretendermos conhecer a aptidão imediata da empresa para
satisfazer os seus compromissos. Para tal, bastará relacionar a disponibilidade com o exigível
a curto prazo. Este indicador isoladamente é de pouca utilidade pois uma situação
desfavorável por ele evidenciada pode resultar de circunstâncias ocasionais.
A rentabilidade tem a ver com a aptidão da empresa gerar fluxos financeiro (Lucro).de um
modo geral, os rácios de rentabilidade relacionam o resultado (lucro ou prejuízo) com os
capitais que os segregaram. Estes rácios procuram medir os seguintes fenómenos:
Resultado Líquido
𝐑. 𝐂. 𝐏 = x100
Capitais Propios
É o rácio preferido pelos accionistas e investidores. Permite que o accionista calcule a taxa de
retorno dos capitais que investiu. Comparando esta taxa com as remunerações oferecidas no
mercado de capitais ou custo de financiamento, os detentores das acções nas empresas podem
concluir se o seu capital está a ser bem aplicado ou não.
Se nos colocarmos do lado da empresa, deveremos considerar o lucro antes do imposto, pois
assim determina-se a rendibilidade obtida como consequência da actividade própria da
empresa. Já se nos colocarmos do lado do investidor, deveremos considerar o lucro depois de
deduzido os impostos e os juros com que se remunerou o capital alheio utilizado de forma a
determina-se a rendibilidade líquida.
Rendibilidade do activo
Resultado Líquido
𝐋. 𝐑 = x100
Activo Líquido
Mostra o nível de lucro que a empresa obteve por cada 100 kz, investido na aquisição do
activo da empresa. De notar que o activo a considera é o activo líquido, ou seja o activo bruto
depois de deduzir as amortizações e provisões.
Este indicador é importante porque permite analisar a qualidade com que a gestão de fundo é
efectuada. É igualmente importante, pois é a partir dele que se deduz a equação fundamental
da rendibilidade.
32
Assim as rendibilidades de todos os capitais investidos numa empresa dependem, por um
lado, do lucro obtido por cada Kwanza vendido e, por outro, do número de Kwanza vendidos
por cada Kwanza investido. O que quer dizer que a variação da rendibilidade total de uma
empresa se pode dever; ou a alterações nas margens de lucro obtidos nas vendas, ou a
alteração do número de rotação do activo da empresa, ou de ambas.
Este indicador mede o lucro (prejuízo) da empresa por cada Kwanza vendido. Trata-se de um
indicador fundamental já que o seu valor depende dos dois factores: o factor comercial e o
factor industrial. Na verdade, a rendibilidade das vendas melhora-se se a empresa mantiver o
preço de custo e aumentar o preço de venda (factores comerciais), mais a rendibilidade
também melhora se mantiver os preços de venda e se deduz o custo unitário (factor
industrial).
Para se melhorar o índice deste indicador, basta que umas das três hipóteses tenham lugar:
Um aumento nas vendas em relação ao activo pode causar melhorias deste índice;
Aumentar as vendas mantendo o Activo;
Um aumento ou manutenção das vendas reduzindo o activo da empresa.
A rotação do activo pode ser analisada em duas perspectivas tal que o activo das empresas se
divide em activo fixo e activo circulante, A razão da análise separada das rotações do activo,
deriva do facto de haver velocidades diferentes nos activos. Como é sabido, o Activo Fixo
tem uma rotação muito mais lenta se comparado com a velocidade dos activos circulantes. Por
isso convenciona-se calcular e analisar estas rotações de modo separado. Há, ainda, que
33
referir dentro do activo circulante analisa-se a rotação das existências ou stocks e, dentro
deles, a rotação das mercadorias, das matérias-primas etc.
Este indicador dá a conhecer a eficiência com que os activos da empresa são utilizados. O
rácio resultante do cálculo mostra o número de vezes que a empresa conseguiu rodar o Activo
Líquido. Ou seja, o número resultante do cálculo responderá a indagação sobre quantas vezes
o activo total passou pela empresa.
Existe uma relação estreita entre a Rotação do Activo Total e a rotação do activo fixo. Pois o
primeiro depende do segundo, por ser o grupo de activos que maioríssimo investimento
incorpora e, por isso, representa um grande peso na estrutura patrimonial da empresa. Através
da análise deste indicador se pode aferir a gestão dos bens da empresa se melhorou ou piorou
na passagem de um exercício para outro. Ao calcular este rácio considera-se, no denominador,
o valor do activo líquido e não do activo bruto.
O número resultante é interpretado da seguinte forma: A empresa melhorou a gestão dos bens
em sua posse, pois este activo passou n vezes pela empresa. Este indicador só e bom se
apresentar índices superiores a 1.
Do ponto de vista prático, este indicador é mais importante que o anterior, uma vez que,
embora tanto o Activo Fixo como o Activo Circulante tenham grandes influências sobre a
rotação do Activo Total, o activo fixo, como já referimos, é de difícil modificação por ter uma
rotação muito lenta cuja alteração, em termos de valores incorporados, implicaria uma
modificação total da estrutura da empresarial. Já os valores investidos em activos circulantes
são de fácil alteração no curto prazo, daí que exijam maior e permanente atenção.
34
No caso anterior, este rácio, também, interpreta-se pelo número de vezes que o bem passa
pela empresa e sempre que o índice for maior, melhor para a empresa.
Este indicador é calculado nas empresas comerciais e mostra a velocidade com que as
mercadorias passam pela empresa, ou seja, a velocidade com que a empresa renova os seus
armazéns de mercadorias. Quanto maior for o índice significará que a empresa renova muitas
vezes as suas mercadorias.
Este indicador mede a eficiência com que a empresa gere os armazéns de produtos acabados.
O indicador pode apresentar valores distintos, conforme o ramo de actividade em que a
empresa está inserida e é calculado nas empresas industriais, aquelas que fabricam produtos
acabados.
Este indicador mede a eficiência com que a empresa gere os armazéns de Matérias-Primas em
seu armazém. O indicador pode apresentar valores distintos, conforme o ramo de actividade
em que a empresa está inserida e é calculado nas empresas industriais, aquelas que
transformam as matérias-primas em produtos acabados.
35
Tempo médio de permanência
1
𝐓𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐌é𝐝𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐦𝐚𝐧ê𝐧𝐜𝐢𝐚 = x360 dias
Grau de Rotação dos Stocks
Este é um indicador que está intimamente ligado a grau de rotação de stocks e indica de
quantos em quantos dias a empresa renova os seus stocks. O resultado obtido do cálculo deste
rácio indica o número de dias que os bens (Mercadorias ou Produtos) permanecem nos
armazéns.
Para este indicador, quanto menor o número, melhor será para a empresa, pois isto significara
que os bens ficaram poucos dias em armazém. Na verdade, este indicador varia de sector de
actividades. Deste modo, só conhecendo bem o sector de actividade em que a empresa em
analise se encontra se poderá fazer uma correta interpretação. Porém, se pode. Seguramente
afirmar que se houver uma boa gestão dos stocks e uma melhor rentabilidade das vendas, o
número de dias dos bens em armazém tenderá a diminuir.
A relação entre a empresa e seus clientes passa, basicamente, pelo facto de o cliente poder
obter bens e serviços de seu fornecedor com pagamento a prazo. A empresa fornecedora deve
financiar ao mínimo possível os seus clientes desde que tenham em conta as políticas de
pagamento utilizadas no mercado e as políticas comerciais da própria empresa Assim, este
indicador apresenta uma particular importância, pelo facto de medir o tempo que os clientes
demoram para reembolsarem os valões devidos a empresa.
O resultado obtido deste cálculo dá a conhecer quanto tempo a empresa demora para receber
os valores devidos pelos seus clientes. De notar que para este indicador, quanto menor for o
número de dias, melhor será para a empresa.
36
Tempo Médio de Pagamento
Para este indicador, contrariamente ao anterior, quanto maior o número de dias melhor será
para a empresa, uma vez que menor tempo significa que os credores reduziram o tempo de
cobrança, o que coloca a empresa numa situação de aperto e desconforto.
37
III. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A base legal para a existência e actividade do EMIS é a lei nacional sobre os sistemas de
pagamento angolanos, a Directiva do BNA n.º 9/2011 de 13 de Outubro sobre a
regulamentação dos cartões de pagamento bancário, e várias outras leis e directivas que
regulam sistema financeiro angolano, localiza-se no prestigiado edifício Kimpa Vita, na Rua
Joaquim Kapango, uma das principais artérias da cidade de Luanda.
O projecto nasceu da necessidade da empresa consolidar os seus serviços numa única sede,
potenciando a sua visibilidade nacional. A nova sede é constituída por quatro fracções no piso
3 (700 m2), destinadas aos serviços gerais e duas fracções no piso 4 (400 m2) para a Comissão
Executiva e respectivos serviços de apoio.
38
3.2. Infra-estrutura
A nova sede é constituída por quatro fracções no piso 3 (700 m2), destinadas aos serviços
gerais e duas fracções no piso 4 (400 m2) para a Comissão Executiva e respectivos serviços de
apoio.
Refeitório;
Sala de Reuniões;
Sector de Recursos Humanos;
Secretária-geral.
3.3. Missão
3.4. Visão
3.5. Valores
Orientação para o cliente: Procuramos sempre as versões mais valorizadas pelo cliente final.
Rigor: Cumprimos com rigor os nossos compromissos e prestamos contas de forma regular e
transparente.
39
Segurança: Privilegiamos a segurança acima de tudo.
Administradores não-Executivos
Comissão de Vencimentos
Coordenador
40
IV. METODOLOGIA
Os dados necessários para a realização deste estudo e que nos permitiu fazer os cálculos e a
aplicação da análise das demonstrações financeiras foram obtidos na Plataforma do EMIS.
Sendo assim, para esta pesquisa foi utilizado dados secundários, relacionadas as
demonstrações financeiras divulgada pela empresa. Dessa forma, esta pesquisa pode ser
classificada como documental.
41
As demonstrações financeiras utilizadas foram: Balanço Patrimonial e a demonstração de
resultado da Empresa Interbancária de Serviços SA (EMIS). Estas demonstrações são
referentes ao ano de 2016 e 2017. Para uma maior compreensão do tema e dos conceitos
relacionados ao tema fez-se uma pesquisa bibliográfica, nomeadamente em livros.
Para o presente trabalho, os dados foram processados por meio de mapas, fazendo recurso a
softwares como o excel e o word.
42
V. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise de dados
Tendo em conta o objectivo deste trabalho, que é demonstrar análise económica e financeira
como um instrumento de apoio ao processo de tomada de decisões na empresa EMIS SA.
Para verificação da situação económico e financeira procedeu-se no estudo calculados de
indicadores económicos e financeiros por formas a demonstrar em termos práticos como são
realizados os cálculos e interpretação dos resultados obtidos. Para esse estudo foram utilizadas
as demonstrações financeiras da empresa EMIS, evidenciando passo a passo os cálculos e
interpretação dos valores obtidos nos anos de 2016 e 2017.
43
A empresa Interbancária de Serviços SA (EMIS), apresenta um fraco desempenho quando se
trata de liquidez, situação que pode ser observado na evolução de um ano para o outro, sua
liquidez corrente e geral apesar de ter melhorado em 2017, ainda assim a empresa apresentava
dificuldade para honrar com os seus compromissos a curto prazo.
979,15
93,72 96,14
61,13 64,47
35,67 37,79 39,81
44
A empresa Interbancária de Serviços SA (EMIS), pelos resultados obtidos demonstra que a
sua estratégia de crescimento esta concentrada na captação de capitais de terceiros, com maior
destaque para dívidas de curto prazo, a empresa é totalmente dependente de capital de
terceiros, é necessário que se faça um acompanhamento da participação da dívida de terceiros
pois apresenta valores muito alto.
-250,3169796
2016 2017
Exercícios
Nº Descrição 2016 2017
1 Capital Próprio 364 475 507,00 4 133 633 430,00
2 Capital alheio estavel 3 384 488 659,00 971 542 225,00
3 Capitais Permanetes (1+2) 3 748 964 166,00 5 105 175 655,00
4 Activo Fixo 3 568 771 906,00 3 974 128 661,00
5 Fundo de Maneio (3-4) 180 192 260,00 1 131 046 994,00
6 Cliêntes 1 005 436 636,00 1 765 753 428,00
7 Existência - -
8 Adiantamento a Fornecedores - -
9 Estado e outos entes Públicos
10 Outros Devedores de Exploração 108 553 146,00 64 798 041,00
11 Necessidades Cíclicas (6+7+8+9+10) 1 113 989 782,00 1 830 551 469,00
12 Fornecedores
13 Adiantamento de Clientes - -
14 Estado e outros entes públicos(a pagar)
15 Outros Credores de Exploração 754 189 324,00 637 675 000,00
16 Recursos Cíclicos (12+13+14+15) 754 189 324,00 637 675 000,00
17 Necessidade de Fundo de Maneio(11-16) 359 800 458,00 1 192 876 469,00
18 Tesouraria Líquida (5-17) - 179 608 198,00 - 61 829 475,00
Fonte: Elaborado pelo autor com base a empresa EMIS
A análise vertical tem como objetivo verificar a estrutura de cada item dentro das
demonstrações financeiras, e o acompanhamento da sua evolução ao longo do tempo.
Análise horizontal também tem como principal enfoque o acompanhamento dos itens que
constam nas demonstrações financeiras e sua evolução ao longo do tempo. Verificando se
houve crescimento ou decrescimento de um mesmo item a cada período.
46
Tabela 6. Análise vertical e horizontal do balanço Patrimonial da EMIS, SA
Nota Exercicios
Designação 2016 2017
ACTIVO AV % AV % AH %
Activo não Corrente 4
Imobilizações Corpóreas 3 226 463 441,00 55,57 3 682 934 927,00 53,62 14,14
Imobilizações incorpóreas 342 308 465,00 291 193 734,00 4,24 -15
Investimento em subsidiarias e associadas - - 0 0
Outros Activos Financeiros
TOTAL DO ACTIVO NÃO CORRENTE 3 568 771 906,00 3 974 128 661,00
Activo Corrente
Existencia
Contas a Receber 1 005 436 636,00 17,32 1 765 753 428,00 25,71 75,62
Disponibilidade 1 122 983 596,00 19,34 1 063 580 797,00 15,49 -5,28
Outros activos correntes 108 553 146,00 1,87 64 798 041,00 0,94 -40,3
TOTAL DO ACTIVO CORRENTE 2 236 973 378,00 2 894 132 266,00
TOTAL DO ACTIVO 5 805 745 284,00 100,00 6 868 260 927,00 100
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital Próprio
Capital 1 148 384 077,00 21,11 4 332 597 322,00 158,43 277,27
Reservas 75 136 098,00 1,38 75 136 098,00 2,75 0
Resultados Transitados 53 299 409,00 0,98 - 859 044 669,00 -31,41 -1711,73
Resultados do Exercícios - 912 344 078,00 -16,77 584 944 678,00 21,39
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 364 475 506,00 4 133 633 429,00
PASSIVO NÃO CORRENTE
Empréstimos de Médio e longo prazo 3 343 854 713,00 61,45 687 005 880,00 25,12 -79,45
Impostos Diferidos
Provisões para Pensões
Provisões para outros riscos e encargos 40 633 946,00 0,75 284 536 345,00 10,40 600,24
Outros passivos não correntes
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE 3 384 488 659,00 971 542 225,00
PASSIVO CORRENTE
Contas a Pagar 1 302 591 794,00 23,94 1 125 410 272,00 41,15 -13,6
Empréstimos de curo prazo
Parte corrente do empéstimo de M/LP 506 353 848,00 9,31 443 502 940,00 16,22 -12,41
Outros passivos correntes 247 835 476,00 4,55 194 172 060,00 7,10 -21,65
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE 2 056 781 118,00 1 763 085 272,00
TOTAL DO PASSIVO 5 441 269 777,00 2 734 627 497,00
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 5 805 745 283,00 6 868 260 926,00
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa com base a empresa EMIS
A empresa Interbancária de Serviços SA (EMIS), apresenta uma vária nos seus valores, isto é
de 2016 e 2017, na perspectiva da análise vertical e horizontal.
47
Tabela 7. Análise vertical e horizontal da demonstração de resultados da EMIS, SA
Exercícios
Resultados financeiro 31 - 1 296 176 026,00 -24,91 - 153 690 110,00 -2,41 -88,14
Resultados de filiais e associados
Resultados não Operacional 33 - 6 867 749,00 -0,13 - 328 414 755,00 -5,16 4691,98
- 1 303 043 775,00 - 482 104 865,00 -7,57 -63
Resultado antes do Imposto - 817 482 005,00 942 035 293,00
Resultado sobre o Rendimento 35 - 94 862 073,00 -1,82 - 357 090 615,00 -5,61 276,43
Resultados Líquido das Actividades Correntes - 912 344 078,00 -17,53 584 944 678,00 9,18 -164,11
Resultados extraordinários 34
Imposto sobre o Rendimenro
Resultado Líquido do Exercícios - 912 344 078,00 584 944 678,00
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa com base a empresa EMIS
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VI. CONCLUSÕES
Partindo do objectivo primordial deste trabalho, pude constatar que a análise económica e
financeira é sem dúvida um instrumento de extrema importância para o processe de tomada de
decisão, tanto para os gestores como para os utentes externos. É importante frisar que em
termos conceituais, a visão obtida da análise económica e financeira, contribui para o
aprimoramento do processo de gestão da empresa, baseando-se em informações financeiras,
uteis e credíveis é possível conhecer a situação económica e financeira da empresa e detectar
tendências futuras. Feita esta análise minuciosa.
Quanto a rentabilidade a empresa apresentava uma situação preocupante, visto que a empresa
foi baixando de rendibilidade de um ano para o outro, apresentando retornos muito baixo, o
volume de vendas diminuiu para 22,39% em relação ao período de 2016.
Concluindo esta pesquisa, posso afirmar que os objectivos foram globalmente atingidos, de
salientar que a análise económica e financeira pode contribuir para a melhoria da gestão da
EMIS devido a apresentação dos índices económicos e financeiros que reflecte a realidade da
empresa e devido a implantação desta ferramenta para a tomada de decisão.
49
VII. RECOMENDAÇÕES
Com base o estudo feito recomendamos que a EMIS deve compreender o seguinte:
50
VIII. BIBLIOGRAFIA
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.
FRANCO, Hilário. Estrutura, Análise e Interpretação de Balanços. 15ª ed. São Paulo:
Atlas, 1992.
ILDA, S. A. Managerial Economics and Financial Analysis. New Delhi: New Age
International (P) Ltd, 2005.
51
NABAIS, C. & Nabais, Práticas Financeira-Análise Económica e Financeira.7ª ed. Brasil:
Fidel Edições Técnicas, 2011.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
SANTI FILHO, Armando & OLINQUEVITCH, José Leónidas. Análise de Balanços para
Controle Gerencial. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 1993.
SILVA, J. P. Analise Financeira das Empresas. Brasil: São Paulo: Atlas, 2003.
52
APÊNDICES
I
Apêndice A: Carta de Pesquisa
II
Apêndice B: Carta de autorização da EMIS, SA.
III
ANEXOS
IV
Anexo I – Balanço e Demonstração de Resultados
V
Anexo II – Capital Próprio e Passivo
VI
Anexo III – Demonstração de Resultados
VII