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OS 12 MANDAMENTOS

1 – Ninguém nem nada é insubstituível, mas algumas pessoas e coisas são mais difíceis de
substituir. 2 – A humanidade não é racional, portanto o mais racional para alguém é saber
viver em um mundo irracional e tolo. A ovelha negra sempre morre primeiro, saiba como não
nadar contra a corrente para evitar problemas. 3 – Viver por algo exterior é inútil, seja por
pessoa querida, uma causa, uma ideia ou qualquer outra coisa, tudo isso certamente não
passa de uma forma de compensar a insatisfação com a própria vida, o que não é
necessariamente ruim. Alguém que tem na própria vida com todas as suas forças não precisa
colocar suas forças em uma suposta causa externa, “viver em nome de Deus”, por exemplo. 4
– As aparências não enganam, a má interpretação delas sim. No geral, a aparência não mostra
o caráter ou capacidade de ninguém, mas mostra os seus gostos, decisões e talvez a posição
social, e tudo isso é importante. 5 – Siga o pressuposto de que tudo de ruim na sua vida é sua
culpa, incluindo problemas de nascença como nascer favelado, feio e estúpido. Não busque
fora de si a justificativa do que só interessa a você mesmo, não me importa sua desgraça e seu
fracasso. Culpe a si mesmo e então aja para melhorar sua situação, os créditos do sucesso
também serão seus, tudo o que conseguimos ou perdemos deve ser creditado ou cobrado
apenas de nós mesmos. O nosso destino só depende de nós, o feliz não deve nada ao infeliz,
não importa quão grande seja a diferença entre eles. Esse pensamento é a prova de
coitadinhos e acomodados. 6 – Saiba a hora de cada coisa, o contexto é tudo, quem sabe se
adaptar bem a cada contexto é bem aventurado. Há a noite do álcool, mas também há a
reunião do trabalho, e ser você mesmo pode ser um problema no momento errado. Seja você,
mas moldado de acordo com o ambiente para melhor adaptação. 7 – Não há bem e não há
mal, certo ou errado, tudo é permitido, pois não existe nada eterno ou absoluto, nós
construímos a moral, nós podemos destruí-la quando e como bem entendermos. 8 – Não há
sentido para o universo, não há sentido para a vida, não existem respostas para nossas
perguntas fundamentais, criemos nosso sentido pessoal então. Qualquer um tem completa
liberdade para decidir o que faz sentido e o que não faz, a falta de sentido ou objetivo nos dá
completa liberdade para decidir o que fazer ou não, sem medo de nada. 9 – O mundo não é
justo, a vida não é justa, as pessoas podem ou não ser justas, quanto mais cedo você se
acostumar com esse fato, melhor. A crueldade é uma consequência inevitável da natureza de
nosso universo. O que vai pode voltar ou não, se queremos justiça, devemos fazê-la com
nossas próprias mãos, nenhuma justiça divina irá se manifestar milagrosamente. Não
pensemos que o “bem semeado” irá voltar em uma linda árvore, é uma possibilidade, mas só
se aqueles que nós ajudamos forem agradecidos, é bem possível que que o só prejudica os
outros seja cada vez mais feliz e mais bem-sucedido, e quem sempre se preocupa com os
outros apenas sofra e afunde na misérias. Eis os infortúnios da virtude, não há justiça, só o
acaso, as chances de um traficante e um voluntário morrerem com um raio são as mesmas. 10
– Impotência é o único pecado verdadeiro, nada é mais detestável que uma pessoa que não é
capaz de agir pelo que deseja. Uma pessoa digna de pena também é digna de morrer. Mas
quem sou eu pra falar de dignidade? Todos somos dignos da morte, só que alguns são mais
dignos que outros. 11 – O intelecto não vale de nada quando não é usado para absolutamente
nada, queridos intelectuais, me enoja ver a forma como vocês se acham superiores apesar de
estarem no fundo do poço da cadeia alimentar da sociedade. Inteligência não é ter lido todos
os livros do Immanuel Kant, inteligência é aprender com o que se vê, lê, ouve e se faz, e usar
tais conhecimentos para proveito próprio. Claro, o conhecimento em si e sem prática possui
valor, mas não deve ser usado apenas assim, pois é um desperdício, é como possuir um carro e
não usá-lo para andar. 12 – A verdade imutável, a mais dura, a mais pura, a principal verdade e
base de todo o universo é que nada importa, que o universo é completamente indiferente a
nós. Nenhum ideal vale realmente a pena, as ideias morrem assim como as pessoas, nenhuma
obra durará para sempre e eternizará seu perpetrador. O fim é inevitável. Por que não apreciar
o presente e esquecer essas tolices de mundo perfeito, reino de Deus, comunismo, paz
mundial e igualdade? Viver com indiferença a tudo exceto o seu próprio prazer é a forma mais
racional de existência, mas todas são válidas, tudo é válido, absolutamente tudo, não existem
regras, não existem limites. Só existe um fim, e esse fim é igual para todos nós, apenas o
caminho para esse fim é igual, no final não faz diferença qual caminho nós escolhemos, mas
enquanto estamos nele, é ele que importa. O meio independe do fim.

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