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A Prática do Bem

Normalmente aprendemos desde criança que devemos praticar o bem com o


outro. Temos o costume de fazer isso automático, mas nem sempre temos a bondade em nossas
mãos nem no coração, fazemos por impulso do costume sem refletir o real significado, e nessa
falta de base que saímos do caminho certo.
Sabemos que a paz mundial seria uma grande teoria para o mundo melhor, mas é
quando estamos mais perdidos conscientemente que usamos nossas reflexões do modo errado.
Uma pessoa pode ter sido justa a vida inteira, e sempre se deparou com problemas que a
envolviam com pessoas de má fé ou situações que seria melhor não estar naquela hora nem local.
A partir desde ponto começamos a pensar: por que deveríamos continuar praticando o bem? Não
pensar no próprio bem-estar primeiramente e se sujeitar a algo ruim para manter a bondade com
outro, não seria praticar o mau comigo mesmo? Se a prática do bem causa o mau, deveria
continuar com ela?
Com certeza muitos já se perguntaram esse tipo de coisa quando estava em uma
situação que não conseguia explicar para si mesmo. Para procurar uma resposta positiva,
primeiramente devemos partir com a tolerância dentro de si mesmo, sendo o primeiro passo poder
ouvir a nós mesmos antes de procurar a resposta com outros que não sabem como estamos
interiormente, podendo causar atritos e uma piora na situação. Neste plano terrestre, ninguém
saberá melhor como nós mesmos qual é a nossa situação interna, e esta conversa interna pode ser a
ponte com o único ser que sabe melhor da nossa própria situação, o G.’. A.’., pois só essa
conversa com a maior Sabedoria dos mundos que conseguimos dialogar para resolver tudo isso,
fazendo dentro de si o templo onde só os dois conseguem entender.
Nem gêmeos podem contar com as mesmas opiniões sempre, mesmo sendo
iguais. Então deveríamos sempre lembrar que é extremamente normal as pessoas não pensarem da
mesma maneira. Seguindo este ponto, analisamos as atitudes pessoais de cada um. Muitas vezes o
que pode não ser bom para mim, pode ser bom para ele, e ele fazer isso na mais pura inocência, ou
não. E por que faria isso? Simplesmente porque ele acha que aquela atitude leva uma certa
satisfação para ele mesmo, achando que pode se tornar um bem para ele. Se ele não parar para
pensar nas conseqüências, pode ficar cometendo esse erro se enganando eternamente. Mas qual é
o objetivo de todas essas atitudes? Se achar com um bem.
Chegando neste ponto concluímos que fazer o bem é um objetivo positivo que nos
alimenta por dentro, mas é importante lembrar da virtude que o faz. Se nos enganarmos achando
que a satisfação do mal de outro, é nosso bem, vamos cair em um vício que nunca se acabaria, nos
levando para um lado cruel pois como essa satisfação nunca é saciada sempre iríamos repetir os
maus atos para achar que isso é um bem para nós.
Até aqui entendemos que existem diversidades e que nem sempre isso quer dizer
rivalidade, e que não podemos entrar no jogo vicioso de quem faz mau a alguém querendo revidar
com a mesma moeda, principalmente porque esta pessoa estará se destruindo sozinha, e se
agirmos igual, nos destruiríamos juntos.
Pois bem, sabemos que as pessoas não atendem as mesmas necessidades sempre,
que o próprio mau irá destruí-las, e que nosso bem pode servir de escudo para isso e de salvação
para elas. Mas porque agir com esse bem? Porque sempre temos que pensar em usar a virtude do
bem para combater o mau já que ele sempre está presente nesse mundo? Chegamos ao ponto de
entender o mau. Quando o G.’. A.’. criou tudo com a maior perfeição, Ele não criou algo para ser
ruim. Ele criou e nos dotou de uma inteligência para ser aperfeiçoada, e nela estamos dispostos a
riscos pela liberdade de alcançarmos a nossa verdade. O mau surgiu quando o bem não estava
presente, e não por uma decisão de existir algo ruim.
Podemos concluir que o mau não é contrário do bem, mas sim a ausência dele.
Uma célula adoece quando ela não recebe os nutrientes precisos e fica a disposição de qualquer
situação, nisso qualquer ruindade pode adoecê-la. A prática do bem não se deve parar nunca,
porque aí não teria espaço para o mau aparecer nem para nós, e nem para os demais.

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