1) O documento discute as características de uma pessoa madura, incluindo a capacidade de assumir responsabilidades e compromissos.
2) Uma característica importante de maturidade é o desejo de fazer da vida uma doação para os outros, vencendo o egoísmo.
3) Pessoas maduras reconhecem seu papel na sociedade e se comprometem com o bem comum, não importa o tamanho de sua contribuição.
1) O documento discute as características de uma pessoa madura, incluindo a capacidade de assumir responsabilidades e compromissos.
2) Uma característica importante de maturidade é o desejo de fazer da vida uma doação para os outros, vencendo o egoísmo.
3) Pessoas maduras reconhecem seu papel na sociedade e se comprometem com o bem comum, não importa o tamanho de sua contribuição.
1) O documento discute as características de uma pessoa madura, incluindo a capacidade de assumir responsabilidades e compromissos.
2) Uma característica importante de maturidade é o desejo de fazer da vida uma doação para os outros, vencendo o egoísmo.
3) Pessoas maduras reconhecem seu papel na sociedade e se comprometem com o bem comum, não importa o tamanho de sua contribuição.
Ao longo destas formaçõ es que estamos recebendo sobre maturidade humana
temos visto que o homem maduro é aquele que chegou à medida da estatura da plenitude de Cristo, ou seja, que chegou a amar, pensar, agir como Jesus. Em outras palavras, o homem maduro é o homem santo, é aquele que correspondeu à graça de Deus de tal forma que se assemelhou em tudo muito mais a Jesus Cristo do que a Adã o e Eva. Isso nã o significa que é um ser impecá vel e isento de contrariedades e sofrimentos, mas o seu diferencial está em como é capaz de lidar com as situaçõ es, inclusive com as suas quedas. Vimos algumas características da personalidade madura. Vamos nos recordar delas: 1. É pessoa capaz de construir relacionamentos sadios, sem dependências, vivendo o saudá vel processo de transiçã o da situaçã o de ser “filho” para ser “pai”, “mã e”, tomando suas pró prias decisõ es e lidando com as consequências destas; 2. Vive de convicçõ es firmes e duradouras, e nã o pelo ritmo das emoçõ es e das flutuaçõ es de humor; 3. Assimila suas experiências passadas, refletindo sobre elas e tornando-as uma memó ria viva, uma histó ria saudá vel da qual aprende liçõ es valiosas que lhe possibilitam nã o reproduzir comportamentos que foram equivocados; 4. Possui autodomínio, tomando suas decisõ es a partir da vontade, e nã o da imaginaçã o desordenada, de condicionamentos do seu passado ou da espontaneidade de seu temperamento. Hoje veremos uma quinta característica: o desejo de FAZER DA VIDA UMA DOAÇÃO PARA OS OUTROS, vencendo a autorreferencialidade e o narcisismo.
Todos podemos perceber a diferença que existe entre um jovem inexperiente e
um adulto já provado pela vida: preso a si mesmo, naquilo que realiza o jovem está em busca do modo como brilhar, como garantir a si mesmo aplausos e atençã o das pessoas que estã o ao seu redor, mesmo que seja através do serviço que lhes oferece. É um inseguro, que busca afirmaçã o na opiniã o dos demais, e que vê o mundo ao seu redor através das lentes defeituosas do “para mim”: “O que representa isto para mim?”, “Que valor tem esta pessoa, este acontecimento para mim?”, “Este emprego, esta relaçã o de amizade, pode ser ú til para mim?” Atitude de criança (ou do adulto ameninado). Já o adulto (o verdadeiramente adulto, nã o apenas aquele que tem idade para ser chamado assim), desprendido das opiniõ es alheias, procura principalmente o bem dos outros. Nã o é pró prio das pessoas adultas quererem ser amadas e cuidadas como as crianças precisam ser por seus pais. O adulto deve e precisa cuidar dos outros. E fazer isto sem reclamar, com alegria, pois é aqui que está a sua salvaçã o. Na fase adulta é onde podemos viver o processo de autodoaçã o de forma mais genuína, onde mais podemos nos entregar ao Outro e aos outros. O imaturo, talvez sem se perceber, serve-se e explora os outros: eles têm a obrigaçã o de lhe ceder o primeiro lugar e o melhor; eles devem lhe prestar serviços; eles têm que respeitar os seus direitos. Tudo o que fazem pelos outros lhes parece muito, mas tudo o que lhe fazem sempre parece muito pouco. Tem uma balança corrompida, com duas medidas destoantes: uma grande para receber e uma pequena para dar.
As plantas e as frutas que nã o estã o maduras mantem certa rigidez, dureza. Um
girassol, por exemplo, quando está verde, viçoso, apresenta-se ereto, bonito, “altivo”; mas, à medida que amadurece, inclina-se sempre mais, e isto porque suas sementes estã o cheias de ó leo – que é o que realmente tem valor neles – e pesam. Pois bem, a maturidade é o que dá peso, dá valor a uma personalidade. E esse peso, essa plenitude, mede-se em grande parte pela capacidade de dar-se aos outros. As pessoas mais felizes sã o as mais generosas, e isto porque descobriram que a felicidade nã o é um fim em si mesmo, mas o efeito colateral de uma vida que busca um sentido fora de si mesma. O centro de seus interesses passou do “eu” para os “outros”. Santa Teresa de Calcutá é conhecida em todo o mundo por suas virtudes heroicas. Conta-se que certa vez cuidava gentilmente das feridas de um leproso, sendo observada por um turista americano. Este fez entã o um comentá rio: “eu não faria isso ainda que me pagassem um milhão de dólares”. Santa Teresa ouviu esse comentá rio e respondeu: “O senhor não daria banho num leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho num leproso”. Eis a diferença da vida de quem vive com generosidade, para cumprir uma missã o, e quem vive voltado para si mesmo. Nã o fazia porque o outro lhe podia pagar, ou mesmo com o desejo de receber uma recompensa da parte de Deus, mas fazia por amor, sem perguntar o que lhe podiam oferecer em troca. A pessoa imatura pergunta-se sempre: “O que os outros podem me dar para me fazer feliz?” O homem maduro (e aquele que quer atingir a maturidade), por sua vez, pergunta: “O que tenho que fazer para que o outro seja feliz? Que resposta a minha vida pode ser para os apelos, para as necessidades da vida do outro?” O homem maduro não vive a interrogar a vida, ele se deixa interrogar por ela. A família lhe chama, e ele responde. As exigências da boa convivência na sociedade lhe chamam, e ele responde. Deus o chama, e ele responde. É isso que significa ser responsá vel, ter capacidade de responder aos apelos de Deus e dos outros. Ter a capacidade de ocupar o seu lugar na Criaçã o e responder ao que a vida lhe chama. O homem imaturo é um parasita, mas a pessoa madura sente os apelos da responsabilidade.
Quando desejamos medir o grau de maturidade de alguém podemos usar um
critério muito certeiro: se ela sabe ou nã o assumir os próprios erros. “As pessoas responsáveis assumem as consequências das suas decisões livres e dos seus erros. Este é o significado básico do responder pelo que se faz. Essas pessoas não mentem a si mesmas, não transferem as eventuais culpas para os outros e não se consideram vítimas. Compreendem a relação que há entre a negligência e os prejuízos que dela resultam: um cirurgião desleixado pode deixar o paciente paralítico, um motorista descuidado pode matar os seus passageiros, um pai negligente pode destruir moralmente os seus filhos” (James Stentson). O imaturo, por sua vez, dissimula, finge, tenta enganar os outros quando, na verdade, está enganando a si mesmo. Nã o admite a possibilidade de estar equivocado. Nã o busca desculpar-se, mas justificar-se, e isto lhe impede de crescer. É muita ingenuidade acreditar que as pró prias açõ es – só por serem suas açõ es – estã o sempre corretas.
Outro critério da maturidade é o sentido de compromisso. Nã o se pode viver de
sensaçõ es e sentimentos passageiros. Imagine uma mã e que se recusa a levantar de madrugada para alimentar o seu bebê porque “não sente vontade”. Nã o é esta uma atitude de um adulto responsá vel e compromissado com o bem, inclusive o bem custoso, mas necessá rio. É necessá rio que nos comprometamos com os outros. Nenhuma vida cresce e amadurece se inclinada sobre si mesma, como se a pessoa pudesse se resolver só consigo mesma. “Os jovens pensam que permanecerão livres se não assumirem nenhum compromisso, mas na verdade apenas conseguem negar assim a sua liberdade. Pois é apenas quando assumimos um compromisso que descobrimos que somos livres e pomos em ação a liberdade” (Tony Anatrella). Precisamos assumir o compromisso com a verdade objetiva, que deve ser buscada e vivida acima de tudo, sem nos refugiarmos nesta “tolerâ ncia” desonerada de que todas as religiõ es, crenças e opiniõ es sã o vá lidas, mesmo quando sabem que nã o correspondem a verdade. Assumir o compromisso com o bem objetivo, de fazer oque a nossa consciência, a nossa razã o, nos indicam como o bom, extirpando da vida o que é mau, mesmo que a sociedade, embriagada pelo erro, diga que tal e tal açã o nã o é mais pecado. É inadmissível que descumpramos as nossas obrigaçõ es para com as nossas famílias, os nossos trabalhos, a nossa Comunidade, para com Deus, porque nã o sentimos vontade, ou porque nos sacrifica, porque é exigente. Se queremos amadurecer, precisamos cumprir o dever de cada momento, ainda que custe, ainda que seja desagradá vel. Mas, nó s realmente sabemos onde devemos estar em cada momento? Nossa vida é rota ordenada, de quem sabe onde quer chegar, ou é uma série de improvisos que revelam descompromisso e irresponsabilidade e conduzem ao erro (que poderia ser evitado com um pouco mais de empenho e atençã o).
Quanto mais a personalidade do homem se desenvolve, mas ele é alguém que
reconhece o seu lugar no mundo e na sociedade. Reconhece que o bem comum nã o é construído por uma outra personalidade pú blica em particular, mas por cada pessoa que faz parte da comunidade humana. Que cada parte é responsá vel pelo todo. E o que lhe interessa é colaborar em benefício de todos, sem se importa de esta colaboraçã o parece grande ou pequena. A isso chama-se solidariedade, esta capacidade do homem maduro de saber colocar o bem comum acima de seu bem particular. Sã o Josemaria Escrivá , santo dos nossos tempos, homem que atingiu a plenitude da maturidade de Cristo, dizia sempre: “Somo elos da mesma corrente”. Imagem muito interessante. Nó s pensamos desta forma? Que se o nosso “elo” partir, quebrar, a corrente inteira partirá , sofrerá ? Tomamos esta atitude responsá vel, compromissada com relaçã o ao todo? Santa Teresa de Calcutá dizia: “não podemos fazer grandes coisas, só podemos fazer pequenas coisas com grande amor”. Isto é bem verdade. Nã o poderemos com as nossas boas intençõ es resolver os problemas do mundo inteiro. Mas podemos, na doaçã o e até mesmo no sacrifício das nossas vidas, solucionar as necessidades de pessoas concretas: nã o podemos exterminar a fome do mundo, mas certamente podemos diminuir a daquele que bate na nossa porta pedindo ajuda, oferecendo, além do alimento, um pouco da nossa atençã o. “O sacrifício pelos outros é uma clara manifestação de solidariedade, e os momentos sacrificados da nossa vida – as situações difíceis – são como um teste para a nossa maturidade. A maturidade prova-se nas tribulações, que nos servem sem dúvida, para amadurecer, mas também para revelar a maturidade. A dor, as carências e as dificuldades são grandes catalisadores: a maturidade dilata-se na carência como as pupilas se dilatam na noite. O mais alto nível de maturidade humana encontra o seu ápice naquele momento supremo da Cruz em que Cristo tornou realidade essas suas palavras: Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos (Jo 15,13)” (Rafael Llano Cifuentes). “Quem quiser salvar a vida perdê-la-á, mas quem perder a vida por amor de mim, salvá-la-á” (Mc 8,35). A procura de si mesmo tem como fim encontrar a solidã o e a tristeza, enquanto a perda de si pró prio, a doaçã o da vida aos outros, conduz à realizaçã o pessoal.