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CONGREGAÇÃO DE SANTA DOROTÉIA DO BRASIL

FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE


CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE FINANCEIRA

CALCIONE BORGES DE LIMA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL COMO


INSTRUMENTO DE QUALIDADE DE VIDA

Recife

23
2016
CALCIONE BORGES DE LIMA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL COMO


INSTRUMENTO DE QUALIDADE DE VIDA

Monografia apresentada ao Curso de Pós-


Graduação em Gestão Financeira da
FAFIRE como parte dos requisitos para
obtenção do título de Especialista.

Orientador: Mestre Eduardo da Costa


Aguiar

Recife

23
2016

Dedico aos meus pais, esposo, irmãos


e amigos. Dedico também aos que
acompanharam o desenvolvimento do
trabalho.

23
AGRADECIMENTOS

A todos que direta e indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu


muito obrigada.

23
RESUMO

Está pesquisa tem por objetivo analisar a importância do planejamento


financeiro como ferramenta capaz de influenciar na qualidade de vida de um
individuo. Partindo do pressuposto de que as finanças pessoais é um instrumento
importantíssimo para a realização de objetivos e a satisfação pessoal e que o
descontrole gera problemas emocionais e psicológicos, analisamos a influência que
uma vida sem planejamento financeiro exerce sobre determinadas áreas de nossas
vidas. O método utilizado para a realização desta pesquisa foi o descritivo com
enfoque quantitativo, sendo realizado um levantamento bibliográfico e uma pesquisa
de campo, utilizando como instrumento para coleta de dados um questionário. O
questionário foi aplicado em 22 trabalhadores de uma empresa de Recife-PE,
procurando identificar entre eles, quais se encontravam em equilíbrio ou
desequilíbrio financeiro, e quais ferramentas usavam para gerir suas finanças
pessoais. Foi observado que a maior parte dos entrevistados estavam em situação
de desiquilíbrio financeiro e que não utilizavam nenhum tipo planejamento financeiro
para gerir suas finanças. Mesmo entre os que não tinham suas contas
desiquilibradas, o tipo de conhecimento teórico sobre planejamento, era o de que
nunca os gastos devem superar os ganhos, o que permite concluir que
conhecimentos sobre bons investimentos, entre outros, não se fazia presente. Ao
final deste estudo, é possível concluir que o planejamento financeiro é de suma
importância para as pessoas que pretendem atingir seus objetivos financeiros e
patrimoniais, bem como garantir uma renda que permita manter seu estilo de vida e
tranquilidade. Seria de grande importância a inclusão de matérias de educação
financeiras nos primeiros anos escolares, o que possibilitaria uma vida financeira
mais equilibrada numa vida adulta.

PALAVRAS-CHAVE: Finanças Pessoais. Planejamento Financeiro. Educação


Financeira.

23
ABSTRACT

It is research aims to analyze the importance of financial planning as an


indicator able to influence the quality of life of an individual. Assuming that personal
finance is an important tool for achieving goals and personal satisfaction and the lack
generates emotional and psychological problems, we analyze the influence that a life
without financial planning exercises over certain areas of our lives. The method used
for this research was descriptive with quantitative approach, being based on a
literature and field research using with instrument for data collection a questionnaire.
The questionnaire was applied to 22 workers of a company of Recife-PE, trying to
identify between them, which were in balance or financial imbalance, and what tools
used to manage your personal finances. It was observed that most of the
respondents were in a situation of financial imbalance and did not use any financial
planning to manage your finances. Even among those who did not have their
disequilibrium accounts, the type of theoretical knowledge of planning applied, was
never expenditures exceed the gains. What shows that knowledge of good
investment, among others, there was present. At the end of this study, we conclude
that financial planning is very important for people who want to achieve their financial
and patrimonial objectives and ensure an income that guarantees maintain their
lifestyle and tranquility. It would be of great importance to include financial education
materials in the early school years, which would allow a more balanced financial life
in adulthood.

key words: Personal Finance; Financial planning; Financial education.

23
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................8

1.1 Objetivos....................................................................................................................................... 10

2 REVISÃO TEORICA................................................................................................11

2.1 Finanças Pessoais....................................................................................................................... 11

2.2 finanças Comportamentais.......................................................................................................... 12

2.3 Planejamento Financeiro Pessoal............................................................................................... 12

2.4 Planejamento Financeiro e Condição Socioeconomica............................................................15

2.5 Qualidade de Vida........................................................................................................................ 16

3 METODOLOGIA......................................................................................................18

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................19

4.1 Planejamento e Endividamento................................................................................................... 19

4.2 Planejamento Financeiro e Qualidade de Vida..........................................................................22

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................25

REFERÊNCIAS...........................................................................................................26

APÊNDICE A..............................................................................................................29

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho trata de um estudo sobre o planejamento financeiro pessoal, que


se define como um instrumento pertencente ao conjunto de ferramentas da
administração financeira, que tem como objetivos o reconhecimento da situação de
desiquilíbrio econômica atual e a adoção de medidas para se reestabelecer o
controle, além do estudo dos passos a serem dados com o intuito de alcançar os
objetivos (ACCIOLY, 2011).
O planejamento financeiro visa auxiliar, tanto pessoas físicas, jurídicas,
quanto públicas e privadas. Estudos apontam que quanto mais planejados são os
gastos das organizações e/ou das pessoas, mais seguras elas se sentem no
presente, o que contribui para alcançar suas metas e portanto, mais felizes e
satisfeitas consigo serão, o que resultará, em ganho de potência e
consequentemente em mais qualidade de vida (CHEROBIM, 2011).
Especialistas como Halles (2007), indicam que o planejamento é a ferramenta
mais importante no processo de tomada de decisão e isso abrange todos os setores
da vida. Não sendo diferente no planejamento financeiro pessoal, se todos os gastos
forem antecipados e devidamente registrados, sendo observadas as receitas de tal
modo que a primeira não sobressaia à segunda, os objetivos de curto prazo
traçados no momento do planejamento, serão alcançados de forma eficiente e
eficaz. Resultando em subsídios para a elaboração de objetivos de médio e longo
prazo, tais como; investimento em poupança, bolsa de valores, viagens, gastos com
entretenimento, compra de bens duráveis, imóveis, entre outras coisas.
Pires (2007), afirma que um bom planejamento pode fazer mais pelo futuro
de uma pessoa do que muitos anos de trabalho, o referido autor afirma ainda que
pessoas com problemas financeiros são menos produtivas, mais estressadas,
adquirem mais facilmente patologias e consequentemente uma vida com uma
qualidade muito baixa. Uma pesquisa da PWC (2013) afirma que um terço dos
funcionários endividados passam cerca de duas horas durante o expediente,
pensando nos problemas financeiros pessoais. Outra pesquisa, realizada entre
trabalhadores americanos, realizada pela PFEEF (2012), mostra que 29% das

23
pessoas endividadas sofrem de ansiedade aguda e 23% passaram por momentos
de depressão profunda, contra 4% das pessoas com orçamento equilibrado.
Portanto, diante da relevância de tal tema e da pequena quantidade de
discussões no âmbito do nosso país sobre o assunto, justifica-se o trabalho devido a
necessidade de se avaliar a influência da falta de planejamento financeiro pessoal
na queda da qualidade de vida. Visto que em muitos estudos, sobretudo, realizados
em outros países, conclui-se que há sim essa relação. Desta forma, se faz
necessário investigar se tal realidade se aplica também ao ambiente que servirá de
base para nossa pesquisa.
Com base no exposto foi definido o seguinte problema de pesquisar: De que
forma a desordem financeira pessoal influência na qualidade devida. O trabalho tem
como objetivo apresenta uma pesquisa sobre a importância e influência do
planejamento financeiro como instrumento capaz de favorecer uma melhor
qualidade de vida.
A partir do objetivo geral foram definidos os seguintes objetivos específicos:
 Analisar planejamento financeiro conceitualmente;
 Identificar relação entre acesso a educação financeira e desiquilíbrio das
contas;
 Verificar as consequências da falta de planejamento financeiro;
 Estabelecer a partir dos resultados, relação entre falta de planejamento
financeiro e baixa qualidade de vida;

O trabalho está organizado em cinco capítulos, sendo o primeiro esta


introdução e o último as considerações finais. O segundo capítulo compõe a
fundamentação teórica necessária ao entendimento do assunto. O terceiro capítulo é
dedicado a metodologia utilizada na elaboração do trabalho. Cabe ao quarto capítulo
apresentar os resultados do trabalho obtidos através da aplicação do instrumento de
coletas de dados/questionário aplicado em 22 pessoas que trabalham numa
determinada empresa do Recife/PE e as discursões.

23
2 GESTÃO FINANCEIRA
2.1 FINANÇAS PESSOAIS
O conceito de finança foi criado nos anos de 1950 através de um artigo
escrito por Harry Markwitz, alguns autores a definem como o estudo de como as
pessoas aplicam seus recursos ao longo do tempo, outros explicam que finanças
além de uma ciência é uma profissão da gestão do dinheiro, sua área de estudo são
as instituições e mercados financeiros, o funcionamento dos sistemas financeiros,
além do mercado financeiro local ou domiciliar (BODIE E MERTON, 2002).
Pires (2007, p. 13) define desta forma finanças pessoais:

as finanças pessoais têm por objeto de estudo e análise as condições de


financiamento das aquisições de bens e serviços necessários à satisfação
das necessidades e desejos individuais. Numa economia baseada em
moeda e crédito, as finanças pessoais compreendem o manejo do dinheiro,
próprio e de terceiros, para obter acesso às mercadorias, bem como a
alocação de recursos físicos (força de trabalho e ativos pertencentes ao
indivíduo) com a finalidade de obter dinheiro e crédito. Como ganhar bem e
como gastar bem, em síntese, é o problema com que lidam as finanças
pessoais.

Podemos então distinguir duas grandes áreas do campo das finanças;


finanças é a ciência que analisa de um modo geral, os ativos financeiros de qualquer
natureza. Já finanças pessoais é o campo ou área de estudo dos ativos financeiros
individuais, familiares ou de uma comunidade. O ato de um indivíduo ou uma família
obter seus ganhos financeiros e/ou decidir o que fazer com eles, fazem parte do
campo das finanças pessoais (GITMAN, 2001).
Kiyosaki e Lechter (2001) ressaltam que, no momento histórico em que
vivemos, marcado pelo grande desenvolvimento tecnológico, sobretudo, no campo
informacional, a educação continua sendo um instrumento valiosíssimo como base
no processo de tomada de decisão, seja no campo privado ou profissional. Porém,
os mesmos autores destacam que outra ferramenta imprescindível, são as
habilidades financeiras, pois, preparam para uma vida equilibrada economicamente
e servem pontapé para a realização de muitos sonhos.
Para o autor Bussinger (2005) uns mais cedo, outros mais tarde,
independente de gênero, raça, renda e/ou idade, terão que lidar com a
administração do dinheiro, ele salienta ainda que o desconhecimento dos
mecanismos dos mercados financeiros exclui, constantemente, milhões de pessoas
da capitalização e das diversas oportunidades oferecidas no mercado.

23
2.2 FINANÇAS COMPORTAMENTAIS

Existe um campo das finanças que analisa como ilusões cognitivas


influenciam erros na avaliação de valores, probabilidades e riscos, esse campo se
denomina finanças comportamentais. Essa área das finanças acredita que nem
sempre agimos racionalmente no momento de tomada de decisões, sendo
influenciados por fatores psicológicos e comportamentais (FORATTINI, 1991).
Segundo Rocha (2007), poderíamos eliminar erros em situações de risco se no
momento da tomada de decisões aprendêssemos com as experiências passadas.
As finanças comportamentais esclarece que existem semelhanças, entre o
comportamento humano e o processo de aprendizagem, tais como: dissonância
cognitiva, as contradições nas atitudes e comportamento, excesso de confiança,
conservadorismo, arrependimento e a ilusão de que sabe de tudo (CHEROBIM,
2011).
Esse campo das finanças explica como funciona a mente humana na hora de
decidir, por exemplo, qual o tipo de investimento adotar, quando é hora de investir,
ou o melhor momento para contrair novos gastos, entre outros. Alguns estudiosos
explicam, que os fatores psicológicos e comportamentais nem sempre influenciam
para a tomada de decisões corretas, e que é muito importante para um
planejamento financeiro eficaz, que seja feito isento de fatores emocionais, o que
muitas vezes só é alcançado com a ajuda de um profissional responsável por
realizar planejamentos financeiros pessoais (FRANKENBERG, 1999).

2.3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL

O Brasil durante muitos anos de sua curta história, impossibilitou que seus
moradores pudessem realizar qualquer tipo de planejamento financeiro, devido aos
sucessivos planos econômicos e descontrolada inflação. A década de 1980 à 1990 é
a mais emblemática, entre os anos marcados por essas características, anos
inclusive apelidados de década perdida (GREMAUD, 1696).
Por causa da inflação galopante, em que o preço dos produtos eram
remarcados duas, três ou mais vezes por dia, além do perigo dos investimentos
serem aprisionados por decretos governamentais, as pessoas não se sentiam

23
estimuladas a terem seus parcos recursos em qualquer outro lugar que não seja
embaixo do colchão (ACCIOLY, 2011).
Esse cenário sofre uma alteração profunda, a partir do plano real em meados
da década de 1990, onde o cenário macroeconômico passa a ser bem mais
previsível, os agentes econômicos (as empresas, a indústria, o comércio e os
indivíduos) passam a realizar planejamento financeiro, indicando o quanto vão
investir, os gastos com maior precisão. O governo por sua vez, cria metas de
inflação, controle de gastos públicos e planos de investimento, essas condições
criaram o ambiente necessário para o crescimento econômico, o aumento do poder
aquisitivo da população e consequentemente, a diminuição das incertezas das
pessoas, quanto ao quadro macroeconômico. O que por sua vez influencia
diretamente o quadro microeconômico, ou seja, as finanças pessoais e o
planejamento financeiro pessoal (BRESSER – PEREIRA, 2002).
As famílias dependem do ambiente macroeconômico o mais previsível
possível, pois dele dependem para saberem o quanto terão de ganhos e quanto
poderão gastar, investir ou poupar. Como bem afirma Meurer e Samohyl (2001) o
cenário macroeconômico é de vital importância e influencia diretamente as decisões
tomadas pelos indivíduos.
Meurer e Samohyl (2001, p. 07) afirmam o seguinte:
A tomada de decisões econômicas por empresas e indivíduos é parte
inerente à vida, embora isto nem sempre seja percebido porque pode ser
um processo intuitivo. Estas decisões microeconômicas são fortemente
influenciadas por aquilo que está acontecendo ou virá a acontecer no
ambiente macroeconômico. Em decorrência disso, o conhecimento sobre o
que está acontecendo no ambiente mais amplo da economia do país e do
mundo pode ter efeitos benéficos sobre as tomadas de decisão, tanto por
reduzir as chances de erro como pela avaliação das consequências
possíveis em diferentes situações.

Diante deste cenário o planejamento financeiro pessoal torna-se uma


importante ferramenta de controle. De acordo com Frankenberg (1999),
planejamento financeiro pessoal significa estabelecer e seguir uma estratégia
precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que irão formar o
patrimônio de uma pessoa e de sua família, sem apontar cortes e privações como
meio para o acúmulo de bens. Ainda segundo o autor, por meio do planejamento é
possível adequar o rendimento, identificar e suprimir gastos supérfluos, planejar
compras evitando o pagamento excessivo de juros.

23
Segundo Halles (2007), o orçamento doméstico pode ser definido como uma
planilha, na qual são anotados todos os gastos e despesas familiares, com o
objetivo de proporcionar um panorama geral da vida econômica e dos hábitos
familiares.
Conforme Macedo (2007), o planejamento financeiro deve funcionar como um
mapa de navegação para a vida financeira. Mostra onde está, onde quer chegar, e
quais caminhos percorrer para ser bem-sucedido.
Orçamento familiar é o planejamento que se faz com o dinheiro para evitar o
endividamento e os gastos desnecessários. Ele é relativo ao cálculo de previsões
das receitas e despesas durante determinado período. É uma ferramenta
valiosíssima que ajuda a administrar os recursos, quanto se ganha, quanto se gasta
o que se têm condições de comprar e quanto se pode pagar pelos artigos que se
deseja comprar (CHEROBIM, 2011).
Macedo (2007) também coloca que é por meio do planejamento que se
conhece em detalhes o ganho, aprende-se a poupar, a gastar adequadamente e a
controlar as finanças para atingir os objetivos desejados. O autor afirma que, “assim
como ocorre em vários aspectos da vida, ter certa medida de autoconhecimento
também pode ser ferramenta útil na administração das finanças pessoais”.
Seguindo esse contexto, para Rassier (2010) o planejamento financeiro visa o
sucesso pessoal e profissional e não somente o sucesso material, porque uma
pessoa organizada com as suas finanças poderá trabalhar por prazer e não por
obrigação. Nesse sentido Rassier (2010, p. 15) afirma: “planejamento financeiro é o
processo de gerenciar os recursos com o objetivo de atingir satisfação pessoal,
obter independência financeira e conquistar sonhos”.
A chave para o sucesso e a possibilidade de atingir uma vida financeira mais
equilibrada depende da educação (HALFELD, 2001). Frankenberg (2002) aponta
que o endividamento do brasileiro relaciona-se diretamente à ausência de uma
educação financeira. Cada vez mais estimulados ao consumo pelos incisivos
programas de publicidade e cada vez menos preparados para refletir sobre os seus
rendimentos, investimentos, necessidades e gastos, os indivíduos acabam por
assumir dívidas que, muitas vezes, estão aquém do seu poder de pagamento.

23
De acordo com Accioly (2007), ainda não existe de fato no Brasil a prática da
educação financeira; não se aprende a lidar com o dinheiro na escola, muito menos
em casa.

2.4 PLANEJAMENTO FINANCEIRO E CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA

As famílias ao longo da história, sempre se agruparam em torno daquele que


se classificava como o provedor e mantenedor do grupo familiar, e essas figuras
históricas, em geral, era o pai e mãe. Modernamente, as famílias passaram por uma
mudança, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil, que os grupos
familiares agrupados em torno dos avós ou apenas da figura materna. E essa
realidade é muito marcante no Brasil. A alta na expectativa de vida, a natalidade alta
entre adolescentes, a baixa escolaridade e o desemprego, são algumas razões que
explicam tal fenômeno. E esse cenário tem impacto direto no planejamento
financeiro familiar (BRESSER – PEREIRA, 2002).
A maior parte dessas famílias se encontram em situação de vulnerabilidade
socioeconômica, se encontram com um orçamento bem apertado, tendo que atender
a varias demandas básicas para sua sobrevivência, a prática de planejamento
financeiro fica bem distante de duas realidades, não só por se encontrarem quase
sempre com déficit em seu orçamento, mais por também não terem acesso a esse
tipo de educação (EID JUNIOR, 2001).
O DIEESE (2010), em estudo socioeconômico, relacionou a estrutura de
consumo com base no rendimento familiar, ilustrando as diferenças que envolvem o
hábito e a motivação de planejar, concluindo que quanto mais elevada for a renda
familiar, tanto maior será o gasto das famílias em termos absolutos e haverá
também maior diversidade no leque de produtos e serviços consumidos entre os
membros da família. Justamente por isso, as famílias com renda mais baixa acabam
por concentrar seus gastos, em termos relativos, nas necessidades básicas de
sobrevivência com um leque menos diversificado e mais homogêneo de consumo. A
mesma fonte coloca que tais associações são importantes não somente por verificar
o impacto das políticas sociais e econômicas sobre as famílias, mas também para
analisá-las ao longo do tempo, observando a estrutura do orçamento doméstico
entre regiões ou países, por exemplo.

23
Frankenberg (1999) afirma que é preciso haver uma conscientização por
parte das pessoas para que as mesmas saibam o que é necessário para a vida, em
comparação com os objetivos, e planos de curto, médio e longo prazo. Na maioria
das vezes, aquele dinheiro gasto com coisas supérfluas poderia ser poupado para
investir numa capacitação profissional, o que poderia significar uma melhoria na
condição financeira, contribuindo para o bem-estar pessoal.
A variável educação tem fator importantíssimo na formação de indivíduos
mais conscientes de suas finanças, como afirma Nakata (2010) ao pontuar que:
“com a educação financeira, as pessoas passaram a conhecer melhor os produtos
financeiros disponíveis no mercado, a fazer escolhas inteligentes com aquilo que
ganham”. O autor defende que a busca pelo conhecimento sobre planejamento
financeiro pode proporcionar ao indivíduo o alívio de “anos e anos de sacrifício e
trabalho duro”.

3 QUALIDADE DE VIDA

O conceito de qualidade de vida durante muitos anos, foi relegado a ideia de


uma expectativa de vida cada vez mais alta. Os fatores que proporcionavam esse
aumento, nunca era analisado, até que em 1995, foi criado o WHOQOL Group –
World Health Organization Quality of Life Group (KATSCNIG, 1998). Foi a partir dai
que deixamos de considerar conceitualmente, qualidade de vida apenas como
sobrevida e passamos a analisar todos os aspectos que determinam uma vida
melhor (BUARQUE, 1993).
Não existe uma definição que abarque todo o significado do conceito de
qualidade de vida (QV), pois se trata muitas áreas de interferências (física,
psicológica, social, de atuação, material e estrutural), os quais analisam a QV
segundo seus aspectos e a ótica da experiência pessoal (FORATTINI, 1991).

23
Segundo Forattini (1991, p. 76), a definição de QV pode ser entendida de
acordo com as seguintes áreas da vida cotidiana:

[...] partindo-se da premissa de que a opinião do indivíduo é que identifica a


ação de fatores determinantes da qualidade de vida, estes têm sido
agrupados como segue:
a) orgânicos: saúde e estado funcional;
b) psicológicos: identidade, autoestima, aprendizado;
c) sociais: relacionamento, privacidade, sexualidade;
d) comportamentais: hábitos, vida profissional, lazer;
e) materiais: economia privada, renda, habitação;
f) estruturais: posição social, significado da própria vida.

De acordo com Herculano (1998), a QV de uma população pode ser feita


mensurada, examinando-se os recursos disponíveis e a capacidade de satisfazer
suas necessidades, ou, avaliar as necessidades pelo grau de satisfação e desejos
atingidos.
A OMS (2007) define que, “qualidade de vida é a percepção do indivíduo de
sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e
em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações". Nesse
contexto há a necessidade de alinhar a saúde financeira ao sucesso na obtenção
dos objetivos, dentro do estilo de vida de cada indivíduo.
Ainda de acordo com a OMS os aspectos fundamentais referentes à
qualidade de vida são: subjetividade; multidimensionalidade e presença de
dimensões positivas e negativas. O desenvolvimento destes elementos conduziu a
definição de QV como "a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto
da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações" (WHOQOL GROUP, 1994). As finanças
pessoais e o seu respectivo planejamento, entram portanto, como ferramentas que
darão suporte a realização de determinados objetivos e expectativas pessoais, os
quais são fatores importantíssimos para determinar o nível de qualidade de vida em
que se encontra determinado indivíduo (CHEROBIM, 2011).

23
4 METODOLOGIA

A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo - quantitativa, pois se


propõe a descrever e a quantificar os fatos e fenômenos da realidade, tendo como
instrumento para o levantamento de dados, para fim de comparação estatística, a
aplicação de um questionário. Hair e Junior (2005, p. 85), salientam que a pesquisa
descritiva “[...] tem seus planos estruturados e especificamente criados para medir
as características descritas em uma questão de pesquisa. As hipóteses derivadas da
teoria, normalmente servem para guiar o processo e fornecer uma lista do que
precisa ser mensurado.”
De acordo com Freitas (2010) pode-se classificar esta pesquisa com corte-
transversal, na qual a coleta dos dados ocorre em um só momento, pretendendo
descrever e analisar o estado de uma ou várias variáveis em um dado momento.
Os procedimentos adotados para a realização deste estudo foram uma
pesquisa bibliográfica, com o objetivo de juntar material sobre o tema planejamento
financeiro e qualidade de vida, além de uma pesquisa de campo entre os
funcionários da Empresa Comercial de Variedades, a qual atua há mais de 20 anos
no ramo de produtos de cama, mesa e banho. A sede onde foi realizada a pesquisa
de campo encontra-se no bairro de Santo Antônio, no centro do Recife-PE.
O instrumento de coletas de dados/questionário formulado para a coleta de
dados contém itens que abrangem a identificação das pessoas entrevistadas e a
intenção de sua aplicação além de garantir aos entrevistados o anonimato. As
perguntas estão divididas em 2 (duas) categorias: em relação à qualidade de vida e
ao planejamento financeiro, participaram 22 pessoas da coleta de dados, as quais
aceitaram espontaneamente. No apêndice A encontra-se o questionário formulado
durante a elaboração deste trabalho.

23
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 PLANEJAMENTO E ENDIVIDAMENTO

Este estudo foi realizado com 22 trabalhadores de uma Empresa Comercial


de variedades. A sede onde foi realizada a pesquisa de campo encontra-se no bairro
de Santo Antônio, no centro de Recife/PE, e os dados se dividem em duas partes.
De acordo com os resultados, a amostra apresentou as seguintes características:
com relação ao sexo dos entrevistados, a grande maioria foi feita por mulheres,
64%, com relação a idade, 36% tinham mais de 36 anos e 27% entre 20 e 25 anos,
como pode ser observado nos gráficos 1 e 2.
Gráfico - 1

SEXO

36% M
F

64%

Fonte: Autor

Gráfico - 2

IDADE

27% Entre 20 - 25
36% Entre 26 - 30
Entre 31 - 35
< 36

23%
14%

23
As pessoas entrevistadas, 68% se declararam solteiras ou divorciadas, já
41% responderam que possuíam uma renda mensal entre R$ 880,00 e 1.600,00,
enquanto que 27% recebiam até R$ 880,00, vide gráfico 3 e 4. Muito embora a
renda seja um fator fundamental para com amaneira que o indivíduo lida com
investimento, gastos e poupança, pois como afirma Accioly (2011), quanto maior o
nível de renda, maior é a relação com investimentos e gastos.
Contudo, o endividamento não necessariamente acontece mais com as
famílias que estão num patamar mais baixo de renda, como afirma Bodie e Merton
(2002), o descontrole dos gastos acontece mais por falta de uma educação
financeira e uma consequente falta de planejamento, atingindo quase igualmente
famílias com rendas distintas, o que muda é o tamanho e o tipo das dívidas.
Cerbasi (2003) afirma, que o conhecimento teórico sobre planejamento
financeiro, mais presente nas familias idependentemente de nivel escolar ou de
renda, e até daqueles que nunca tiveram contato com conhecimento sobre finanças
pessoais é a relação entre gastos x despesas. Os entrevistados respoderam ser
prejudicial ter um orçamento marcado por gastos maiores que os ganhos, porém foi
observado que 46% das pessoas entrevistadas estão com suas contas no vermelho.

Gráfico – 3

ESTADO CIVIL

32%
CASADO(A)
SOLTEIRO (A)

68%

Fonte: autor

23
Gráfico – 4

RENDA MENSAL

9%
ATÉ 880,00
27% ENTRE 880,00 E
1.600,00
23% ENTRE 1601,00 E
4.000,00
MAIS DE 4.001,00

41%

Fonte: autor

Segundo Cherobim (2011), o passo mais importante no incio de implantação


de um planejamento financeiro é procurar diminuir o deficit das contas, buscando
uma relação de equilibrio entre gastos e ganhos, para depois procurar uma relação
de superavit e assim começar a poupar. O que não foi observado nas amostras
pesquisadas neste estudo como pode ser observado no gráfico 5, apenas 27% dos
entrevistados estão com superavit. Das pessoas entrevistadas que estão com deficit
nas contas, 80% responderam que não popupam devido ao baixo salário e apenas
20% respondeu que não popupa por gastar todo o redimento.
Os dados obtidos confirmam o que Eid Junior e Garcia (2001) afirma, que o
endivadamento das familias, em grande medida, se deve a falta de planejamento, o
que pode ser observado no gráfico 6, onde 40% dos entrevistados responderam que
essa era a razão para suas dividas. Na opinião deles, essa falta de planejamento
seria a inobservância dos seguintes aspectos: cumprir com os gastos em dia,
poupar, gastar menos com surpérfluos e diminuir a quantidade de lazer.

23
Gráfico - 5

RELAÇÃO COM GASTOS

27%
DEFICIT
SUPERAVIT
45% SALDO ZERO

27%

Fonte: autor

Gráfico - 6

RAZÃO PARA DIVIDAS

25% FALTA DE PLANE-


JAMENTO
40% DESEMPREGO
MÁ GESTÃO
OUTROS

20%

15%

Fonte: autor

Outro fator que impacta bastante no surgimento ou aumento de dividas é o


desemprego, porém, foi apontada apenas por 15% dos entrevistados, apesar de
vivermos em uma época de aumento de desemprego, explicado pelos institutos de
pesquisa como razão para o aumento da inadiplência. A explicação para esse dado
é o fato da entrevista ser feita com pessoas empregadas atualmente. As pessoas
que respoderam que suas dividas correspondiam a fatores como desemprego, eram
por estarem a pouco tempo na empresa e que ainda não conseguiram equilibrar
suas contas.

23
Forattini (1991) explica que se o ato de poupar fosse comum entre as familias
a qualidade de vida dos individuos seria bem melhor avaliada, pois em países onde
tal prática é observada, as preocupações e ansiedades com o sustento e
manunteção são pequenas ou inexistente. A realidade entre os entrevistados com
relação ao hábito de guardar algum dinheiro para momento de emergência foi de
59% não faziam, apesar de reconhecerem a importância. Com relação a anotação
das despesas, 57% responderam que fazem uso, porém, 70% reconhecem que não
seguem estritamente os débitos e suas datas de vencimento.
Gremaud (1996) explica que entre os brasileiros, uma das grandes causas do
endividamento é não realizar o pagamento dos débitos antes do seu vencimento, o
que acarreta em juros e descontrole, pois os juros no Brasil são muito altos.
A maior parte desses débitos são oriundos do cartão de crédito,
financiamentos diversos e cheque especial. O descontrole desses débitos é
característico das pessoas que não planejam o impacto que um financiamento ou
compras de superfúlos têm no orçamento, o que acaba criando uma bola de neve e
cada dia fica maior. Gitmam (2001) aponta que educação financeira não é apenas
um mero conhecimento, mais algo que pode determinar entre a apenas sonhar ou
sonhar e realizar.

5.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO E QUALIDADE DE VIDA

A qualidade de vida é composta por diversos fatores, uma vida planejada


financeiramente não garante a vida será totalmente satisfeita. Porém, como afirma
Halles (2007), aspectos emocionais e psicológicos são afetados quando se está com
as contas no vermelho.
Foi observado neste estudo, que existe uma relação entre endividamento e
dificuldade para dormi, falta de otimismo para com a vida, sentimentos negativos e
uma avaliação negativa sobre a vida que vive.
O gráfico 7 mostra que 73% dos entrevistados possuem ou possuiram alguma
dificuldade para dormi, por estarem pensando demais nas contas.

23
Gráfico - 7

DIFICULDADE PARA DORMI

32%
CONSTANTE
NENHUMA
MAIS OU MENOS

68%

Fonte: autor

Nesse mesmo sentido, 68% responderam que possuem uma preocupação


excessiva com dinheiro, como pode ser observado no gráfico 8. Forattini (1991)
aponta que a preocupação excessiva com dinheiro, investimentos, gastos, entre
outras coisas, é o principal motivo que tem levado as pessoas a patologias como
estresse, ansiedade, sindrome do pânico, etc.

Gráfico - 8

NÍVEL DE PEOCUPAÇÃO COM


DINHEIRO

18%
BASTANTE
POUCO
NENHUM
EXTREMAMENTE
14%

68%

Fonte: autor

23
Em contraste com as respostas que deram origem aos dois gráficos acima,
está a avaliação pessoal quanto a qualidade de vida, 73% responderam ser boa,
enquanto que 14% responderam ser ruim, vide gráfico 9. Uma explicação para esse
fato, pode ser a observação de Gremaud (1996), que segundo ele se aplica apenas
aos brasileiros, seria a avaliação positiva da vida mesmo apontado todos os
aspectos desagradáveis que a cercam. Segundo o autor, essa característica é boa
como forma de encarar a vida com otismo, porém ruim quando não se reconhece a
situação por completo o que provoca um acomodamento.

Gráfico - 9

AVALIAÇÃO PESSOAL DA QUAL-


IDADE DE VIDA

14% 14% MUITO BOA


BOA
RUIM
MUITO RUIM

73%
Fonte: autor

23
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A qualidade de vida e a questão das finanças pessoais relacionados àquela


são assuntos de difícil mensuração. A literatura pesquisada traz o seguinte contexto:
a busca pela a educação financeira é um processo complexo e dinâmico,
influenciado por fatores psicológicos, comportamentais, culturais e econômicos; o
planejamento financeiro é necessário na obtenção de qualidade de vida, atingindo
assim um dos objetivos específicos dessa monografia que é associar os efeitos do
planejamento financeiro à qualidade de vida.
Contudo, pode-se observar através da pesquisa realizada, que as pessoas
que possuíam as finanças desequilibradas, tinham maiores dificuldades para dormi,
falta de otimismo com relação ao futuro, sentimento negativos mais comuns e uma
preocupação maior com dinheiro. Esse quadro demonstra que há sim, uma relação
entre a falta de planejamento e qualidade de vida, mesmo não necessariamente,
uma pessoa precise apenas de um bom planejamento das finanças pessoais, para
ter uma vida satisfatória.
Conclui-se deste estudo, o que muitos autores analisados e ressaltados nesta
pesquisa explicam, há uma relação entre falta de acesso a educação financeira e de
como realizar um planejamento das finanças pessoais e o desiquilíbrio das contas. A
maioria das pessoas responderam que tinham pouco ou nenhum conhecimento
sobre planejamento financeiro. E esse é um dado preocupante em nossa economia,
deveriam existir ensino de tal conhecimento nos primeiros anos escolares, para que
as crianças quando viessem a se tornar adultas, pudessem ter mais consciência de
como usar o dinheiro para benefício próprio.
Como afirma Günther (2008), saber planejar a vida financeira torna-se
extremamente necessário na contribuição à organização para com isso garantir
qualidade de vida.

23
REFERÊNCIAS

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ROCHA, Fernando Jose Meira. Educação e economia: uma abordagem sobre as


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position paper from the World Health Organization, 1995. Organização Mundial da
Saúde. Disponível em < http://www.who.int/en/>. Acesso em: 17 mar. 2016.

23
APÊNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Planejamento financeiro e qualidade de vida:

GRADUANDA: CALCIONE BORGES DE LIMA


Você está convidado(a) a responder este questionário anônimo que faz parte da
coleta de dados da pesquisa sobre planejamento e qualidade de vida. Caso você
concorde em participar da pesquisa, leia com atenção os seguintes pontos: a) você
é livre para, a qualquer momento, recusar-se a responder às perguntas que lhe
ocasionem constrangimento de qualquer natureza; b) você pode deixar de participar
da pesquisa e não precisa apresentar justificativas para isso; c) sua identidade será
mantida em sigilo; d) caso você queira, poderá ser informado(a) de todos os
resultados obtidos com a pesquisa, independentemente do fato de mudar seu
consentimento em participar da pesquisa.

SEXO : Masculino ( ) Feminino ( )


IDADE (em anos completos) _____________
ESTADO CIVIL: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Divorciado ( ) União Estável

HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ TRABALHA?:______________ anos.

A - Em relação a QUALIDADE DE VIDA:

A.1 - Como você avalia a sua saúde atualmente?


( )muito ruim ( )fraca ( )boa ( )muito boa

A.2 - Você tem alguma dificuldade para dormir (com o sono)?


( )nada ( )muito pouco ( )mais ou menos ( )bastante

A.3 – O quanto você tem de sentimentos negativos, tais como mau


humor, desespero, ansiedade, depressão?
( )nada ( )muito pouco ( )bastante ( )extremamente

A.4 - O quanto você experimenta de sentimentos positivos em sua


vida?
( )muito pouco ( )mais ou menos ( )bastante ( )extremamente

A.5 - Quão otimista você se sente em relação ao futuro?


( )nada ( )muito pouco ( )bastante ( )extremamente
A.6 – O quanto você aproveita o seu tempo livre?
( )nada ( )muito pouco ( )bastante ( )extremamente

A.7 - O quanto você se preocupa com dinheiro?

23
( )extremamente ( )bastante ( )muito pouco ( )nada

A.8 - Como você avaliaria sua qualidade de vida?


( )muito boa ( ) boa ( )ruim ( )muito ruim

A.9 – Quão satisfeito você está com a qualidade de sua vida?


( ) muito insatisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito satisfeito

A.10 - Em geral, quão satisfeito você está com a sua vida?


( ) muito insatisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito satisfeito

A.11 - Quão satisfeito você está com a sua saúde?


( ) muito insatisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito satisfeito

A.12 - Quão satisfeito(a) você está com sua situação financeira?


( ) muito insatisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito satisfeito

B – PLANEJAMENTO FINANCEIRO
B.1 - Renda mensal:
( ) Até R$ 880,00. ( ) De R$ 880,00 a R$ 1.600,00 ( ) De R$1601,00 a R$ 4.000,00
( ) Mais de R$ 4.001,00

B.2 – Caso possua, seus financiamentos estão em atraso?


( ) Não ( ) Sim.

B.3 – A principal razão para a sua dívida você diria que foi:
( ) Falta de Planejamento ( ) Desemprego ou queda na renda
( ) Má gestão orçamentária ( ) Acesso ao crédito
( ) Outro. Qual?

B.4 – Com relação aos seus gastos. Você diria que:


( ) Gasto mais do que ganho ( ) Gasto igual ao que ganho ( ) Gasto menos do que
ganho

B.5 – Você possui reserva para situações imprevistas?


( ) Tem poupança
( ) Gasta tudo e não poupa.
( ) Não poupa mas gostaria de poupar se o dinheiro fosse suficiente.
( ) Outra forma de reserva

B.6 – Com que frequência você consegue poupar?


( ) Sempre ( ) Frequentemente ( ) Raramente ( ) Nunca

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B.7 Sobre registro de compras, anotação de gastos e despesas:
( ) Sim, anoto todas as despesas e sei dizer para onde está indo meu dinheiro.
( ) Gostaria de ter, mas não sei exatamente como fazer.
( ) Já tentei, mas acabo esquecendo de anotar as despesas.
( ) Nunca tentei fazer qualquer tipo de anotação dessa natureza.
B.8 Formas de utilização do registro de compras, gastos e despesas.
( ) Analisa o orçamento para saber onde está sendo gasto o dinheiro e para controlar
e planejar melhor despesas futuras.
( ) Analisa o orçamento para saber onde está sendo gasto o dinheiro e para controlar
as despesas, mas não faz planejamento de despesas futuras.
( ) Anota no início do mês quais serão as despesas, mas não realiza nenhum
controle ao longo do mês
( ) Não costuma fazer nenhum tipo de controle dos gastos.

B.9 Em relação ao acesso ao crédito, de qual você faz uso?


( ) Limite do cartão de crédito, cartão de lojas e supermercados ou limite do cheque
especial
( ) Empréstimo em financeiras, empréstimo pessoal ou em bancos
( ) Nenhum
( ) Outros

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