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• Pessoa que, sem estar habilitada ou, ainda, sem conhecer os detalhes do
veículo, sai dirigindo em vias públicas.
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Ao sistema de escrituração são necessários o bom funcionamento da contabi-
lidade, os métodos de trabalho, os conhecimentos técnicos de contabilidade,
a dedicação prossional às rotinas de identicação de cada tipo de fatos,
a classicação correta no plano de contas, o registro correto e a dedicação
para gerar informações de qualidade. As fontes de referência das provas que
devem ser obtidas pelo perito são:
1. Os lançamentos contábeis nos livros, diário e razão, para servirem de prova,
devem estar balizados por documentos dedignos, originais, legais, idôneos
e apresentarem-se legítimos em todos seus aspectos formais e intencionais.
2. Os livros da escrituração contábil e da scal, desde que corretas, são me-
recedores de fé pública e servem como meios de prova. As operações
comerciais são fatos registrados no livro Diário. Conforme o Código Civil,
os atos jurídicos ou contratos para os quais a lei não impõe forma especial
e compulsória podem ser provados pelos livros de escrituração mercan-
til, porém os documentos suporte que deram origem aos lançamentos,
devem ser preservados como prova de registros. Para que os livros con-
tábeis e scais possam ser admitidos como meio de prova e possam ser
bem utilizados pelo perito contador, é necessário que estejam revestidos
das formalidades legais extrínsecas e intrínsecas que lhe são próprias e que
se apresentem escriturados com observância às regras discriminadas no
Código Civil, nas Normas Brasileiras de Contabilidade e na Legislação Fiscal
a qual se vincula a empresa.
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3. Os documentos suporte: a autenticidade dos registros e a força proban-
te dos livros contábeis e scais somente terão valor se os registros neles
assentados tiverem sido feitos com base em documentos válidos, idôneos
e legítimos. Caso não se possa provar que os registros lançados tenham
suporte documental adequado, a própria escrituração contábil, como um
todo, será considerada não válida para ns de prova no Judiciário, e sim
apenas uma mera cção.
Caso os três elementos de prova citados não forem encontrados pelo perito
contador, após usar seu bom-senso, ele poderá desconsiderar (desclassi-
car) a escrita contábil como meio de prova em juízo.
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• Usar meios ilícitos para registros, como as notas frias, meias-notas, documen-
tos com valores menores ou maiores que os verdadeiros, cálculos confusos
e propositadamente equivocados.
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• Emitir duplicatas sem que as operações comerciais que lhe dariam suporte
fático tivessem ocorrido. São as chamadas “duplicatas frias” negociadas com
bancos em operações de desconto ou vendidas às empresas de fomento
mercantil.
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Uma das irregularidades mais comuns praticadas pelas empresas e entidades é
a manutenção de contabilidade “paralela” ou popularmente conhecido como
“Caixa 2”. Entretanto essa prática condenável é prevista pelo Regulamento do
Imposto de Renda (RIR) (BRASIL, 1999): “Omissão de Receita - Saldo Credor
de Caixa, Falta de Escrituração de Pagamento, Manutenção no Passivo de
Obrigações Pagas e Falta de Comprovação do Passivo”.
Vejamos alguns dispositivos do Regulamento:
Art. 281. Caracteriza-se como omissão no registro de receita, ressalvada ao
contribuinte a prova da improcedência da presunção, a ocorrência das se-
guintes hipóteses (Decreto-Lei n 1.598, de 1977, art. 12, § 2 ; e Lei n 9.430,
de 1996, art. 40):
I. a indicação na escrituração de saldo credor de caixa;
II. a falta de escrituração de pagamentos efetuados;
III. a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade
não seja comprovada.
Suprimentos de Caixa:
Art. 282. Provada a omissão de receita, por indícios na escrituração do contri-
buinte ou qualquer outro elemento de prova, a autoridade tributária poderá
arbitrá-la com base no valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa
por administradores, por sócios da sociedade não anônima, por titular da
empresa individual ou pelo acionista controlador da companhia, se a efeti-
vidade da entrega e a origem dos recursos não forem comprovadamente
demonstradas (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12, §3; Decreto-Lei nº
1.648, de 18 de dezembro de 1978, art. 1, inciso II).
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Falta de emissão de Nota Fiscal:
Art. 283. Caracteriza omissão de receita ou de rendimentos, inclusive ganhos
de capital, a falta de emissão de nota scal, recibo ou documento equiva-
lente, no momento da efetivação das operações de venda de mercadorias,
prestação de serviços, operações de alienação de bens móveis, locação de
bens móveis e imóveis ou quaisquer outras transações realizadas com bens
ou serviços, bem como a sua emissão com valor inferior ao da operação (Lei
n 8.846, de 1994, art. 2).
Art. 286. A omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir de
levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e produtos
intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa jurídica (Lei nº
9.430, de 1996, art. 41).
Art. 287. Caracterizam-se também como omissão de receita os valores credi-
tados em conta de depósito ou de investimento mantida junto à instituição
nanceira, em relação aos quais o titular, pessoa jurídica, regularmente in-
timado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem
dos recursos utilizados nessas operações (Lei nº 9.430, de 1996, art. 42).
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Por outro lado, quanto pior a qualidade das bases conceituais adotadas pelas
entidades ou empresas, mais confuso e obscuro o processo de gestão e qualidade
das informações, levando ao aumento do risco e vulnerabilidades que ocasionam
problemas que levam a conitos e litígios, seja nos aspectos tributários, societários,
trabalhistas, previdenciários, sociais, ambientais etc.
Os riscos e vulnerabilidades associados ao processo de gestão negligente ou
imprudente levam a discórdias e litígios entre atores (sócios, diretores, empregados,
clientes, fornecedores, investidores etc.) que elevam a intensidade dos problemas
que chegam facilmente à extensão de fraudes.
A caracterização de atos de negligências e imprudências em um ambiente de
conito ou de litígio leva ao aumento do volume de trabalho em um problema que
enseja atividade pericial nas diligências para apuração das provas periciais contábeis.
A credibilidade do laudo pericial contábil e sua inuência como prova de uma
situação ou fato ocorrido em uma empresa pesam na mesma proporção da credibi-
lidade e força probante atribuída à qualidade da contabilidade.
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