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Check List de Auditoria de Balanço 

CHECK LIST - AUDITORIA DE BALANÇO

AUTOR: Paulo Henrique Teixeira

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a) AUDITORIA

Principais procedimentos de auditoria

a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis (auditar é ver os


documentos);
b) liquidação subseqüente;
c) recebimento subseqüente;
d) confronto com relatórios de outros setores ou relatório externo (extratos bancários,
listagem de fornecedor cliente);
e) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução;
f) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou entidades
conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade (cartas de circularização);
g) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e
demonstrações contábeis e outras circunstâncias (conferência das bases de cálculo dos
tributos); e
h) revisão analítica – verificação do comportamento de valores significativos, mediante
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação
de situação ou tendências atípicas.

Princípios e normas contábeis a serem observados pela auditoria

Postulado Contábil da Entidade: não se confunde com a pessoa física do sócio (pessoas
distintas).

Postulado Contábil da Continuidade: a entidade deve sobreviver aos seus próprios


sócios, com o fim de obter lucro.

Princípio do Custo como Base de Valor: utilizar como base de contabilização o valor que
a entidade sacrificou no momento de sua aquisição ( custo).

Princípio da Realização da Receita e Confrontação da Despesa: toda a receita deve ter


sua despesa, para não apropriar receitas e despesas em períodos distintos .

Princípio do Denominador Comum Monetário: estabelece que a Contabilidade seja


processada em uma única moeda (R$).

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Princípio da Competência: estabelece que as receitas e as despesas devem ser atribuídas


aos períodos de sua ocorrência, independentemente de recebimento e pagamento. A receita
ou a despesas deve ser contabilizada no momento em que ela foi incorrida (aconteceu) e
não quando foi recebida ou paga, respectivamente.

Convenção da Objetividade: o profissional deve procurar sempre exercer a Contabilidade


de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de
administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e os registros
devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência
do fato administrativo.

Convenção da Consistência: os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo


das informações consistentes, para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos
usuários.

Convenção do Conservadorismo (ou da prudência): é preferível ter expectativa de


prejuízo e a entidade apresentar resultados positivos, ou seja, se houver duas opções
igualmente válidas deve-se optar sempre por aquela que acusa um menor valor para os
ativos e para as receitas e o maior valor para os passivos e para as despesas.

Convenção da Materialidade: a informação contábil deve ser relevante, justa e adequada


e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada,
evitando perda de recursos e de tempo da entidade.

 LEIS e NORMAS

b.1) Lei 6.404/76


b.2) Código Civil Brasileiro:
b.3) Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade

PARECER DO AUDITOR

O objetivo da Auditoria de Balanço é emitir o PARECER sobre as demonstrações


contábeis.

O parecer classifica-se, segundo a natureza da opinião que contém, em:


a) parecer sem ressalva – quando as Demonstrações Contábeis estão adequadas,
conforme os Princípios de Contabilidade.
b) Parecer com ressalva – quando não se pode emitir opinião sobre um grupo das
Demonstrações Contábeis.
c) parecer adverso - quando não se pode emitir opinião sobre vários grupos das
Demonstrações Contábeis.
d) parecer com abstenção de opinião – quando as Demonstrações Contábeis no
conjunto estão totalmente inadequadas.

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b) AUDITORIA CAIXA e BANCOS

Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no
prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo,
estoques e despesas antecipadas.

O Ativo Circulante Disponível (A) é composto pelas exigibilidades imediatas,


representadas pelas contas de caixa, bancos conta movimento e aplicações financeiras.

2.1 CAIXA (A1) e BANCOS (A2)

1) conferir se os boletins de caixa “batem” com os saldos contábeis;

2) através da análise de um determinado mês, nos movimentos de boletins de caixa,


verificar a consistência dos documentos.

3) conferir se os saldos dos bancos constantes no balancete contábil estão em conformidade


com os extratos bancários e/ou conciliações apresentadas pela empresa;

4) com base na conciliação bancária, verificar se os cheques e depósitos constantes na


conciliação bancária realmente constam no extrato bancário do período subseqüente, bem
como se não há pendência de longa data nas conciliações bancárias;

5) analisar em um determinado mês ou alguns dias de certo mês, por amostragem, os


documentos de suporte dos registros constantes na conta bancos conta movimento*;

6) verificar se nos meses seguintes, ao do encerramento do balancete e balanço existem


despesas pagas de meses ou ano anteriores e que estão sendo contabilizadas pelo
pagamento, mas devem ser contabilizadas pelo período de Competência, tais como:

 Notas fiscais de despesas, acertos de viagens funcionários e sócios;


 Água, luz, telefone;
 Pagamento de despesas de dezembro com cheques compensados apenas no mês
seguinte;
 CPMF da última semana do mês e debitada no mês seguinte;
 Juros e Encargos financeiros da conta corrente e conta garantida, bem como despesas
bancárias;
 IOF cobrado sobre empréstimos e financiamentos;
 Outras despesas referentes aos meses de novembro e dezembro, pagas somente no ano
seguinte, as quais deve ser contabilizadas no mês de sua competência.

7) Cheques pré-datados não devem fazer parte do Caixa, devendo os mesmos serem
reclassificados para conta de créditos a receber.

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2.2 Controles internos - balanço

a)Caixa

Manter Boletim ou outros livros de caixa para suportar o registro das operações do caixa.

Tais boletins ou outros livros de caixa devem conter :

 -vistos do caixa responsável


 -vistos de aprovação superior
 -evidências de conferências de somas e apuração dos saldos
 -composição dos valores constantes no caixa: vales, cheques, dinheiro ,etc.
 -numeração dos boletins

Os pagamentos efetuados pelo caixa devem estar suportados por documentos hábeis.

Os documentos devem conter:

 visto do responsável que autorizou a realização do gasto


 visto do responsável que autorizou o pagamento
 carimbo de ¨PAGO¨, com o objetivo de evitar futuras reapresentações do mesmo
documento.

Local adequado de instalação do caixa, quanto a:

 funcionabilidade
 proteção (guarda, trânsito de numerário interna e externamente e inacessibilidade de
terceiros).

Utilizar o fundo fixo de caixa na empresa, observando o seguinte:

 os fundos devem ser mantidos em níveis aceitáveis ou razoáveis às necessidades da


empresa;
 os fundos estão sob a responsabilidade do caixa
 fixar limite para pagamentos em dinheiro
 os adiantamentos, inclusive para despesas, serão previamente autorizados por
funcionários responsáveis
 emitir e assinar adequadamente os recibos ou vales para posterior apresentação dos
documentos de despesa
 definir de prazos para liquidação ou prestação de contas e de adiantamento de
viagens.

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b) Bancos

Todas as contas bancárias estão devidamente:

 autorizados pela direção


 registradas no razão geral ou em razões auxiliares
 abertas em nome da empresa.

Os extratos bancários recebidos são entregues diretamente ao responsável pelas


conciliações bancárias. (solicitar extratos oficiais, pois os extratos via internet podem ser
facilmente adulterados pelos usuários).

Os serviços de conciliações bancárias são:

 efetuados mensalmente e mantidos de forma atualizada


 elaborados por funcionário que não intervém na preparação, aprovação ou assinatura de
cheques nem no manuseio do numerário
 preparados em formulários adequados, indicando natureza, idade e datas de
regularização das pendências.

Não deverão ser mantidas contas bancárias inativas, pois uma conta inativa pode propiciar
transferências com a finalidade de desviar recursos.

Deve haver registros independentes da contabilidade na Tesouraria, sobre títulos e valores


mantidos no departamento, e periodicamente deve haver um procedimento de contagem e
conciliação com a contabilidade.

Adiantamentos a funcionários ou a terceiros devem ser feitos mediante um formulário


apropriado em que as aprovações dos níveis gerenciais adequados fiques evidenciadas.

Antes do pagamento através de cheques ou via home-bank (internet), verificar se são


observados os seguintes procedimentos:

a) Requisição
b) Cotação de preço – 2 ou 3 cotações
c) Autorização para a referida compra, por pessoa responsável
d) Conferência ou recepção do produto, para averiguar realmente se a mercadoria foi
entregue.
e) Autorização para o pagamento
f) Conferência do contas a pagar

Os cheques são assinados por 02 diretores /procuradores ou as senhas bancárias para


pagamento via internet são liberadas através de 2 senhas.

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3. AUDITORIA APLICAÇÕES FINANCEIRAS (A3)

3.1 Procedimentos de Auditoria

1) conferir os saldos contábeis de aplicações financeiras:

 com extratos de aplicações financeiras;


 se não houver o extrato atualizado, com o documento da efetiva aplicação, apropriando
os rendimentos proporcionalmente até a data do encerramento do balanço, nos casos de
renda fixa . IMPORTANTE: verificar comentários, neste item, sobre renda fixa e
variável;

2) verificar se está sendo contabilizado o IRRF sobre rendimentos das aplicações


financeiras, na conta de Impostos a Recuperar, o qual será reduzido do IRPJ. Como se
trata de imposto de renda retido que será deduzido do IRPJ, o Auditor deverá conferir
valor por valor contabilizado com o extrato da aplicação financeira ou com o
Comprovante de Retenção de I.R que deve ser emitido anualmente pela Instituição até
28 de fevereiro do ano seguinte;

3.2 Renda Fixa

Os rendimentos das aplicações financeiras de Renda Fixa devem ser apropriados até 31/12,
“pro-rata tempore”, pois seus rendimentos são considerados líquidos e certos. Exemplo:
CDB, RDB.

3.3 Renda Variável

Os rendimentos de aplicações financeiras de renda variável (atreladas à Bolsa, ao Ouro, ao


Dólar, etc.) devem ser registrados na data do respectivo resgate.

3.4 Controles internos:

 Existem planilhas de controle dos valores aplicados;


 Foram efetuadas cotações para verificar quais as melhores taxas de aplicações
financeiras, preservando, no entanto, a segurança e a liquidez.

4. AUDITORIA CLIENTES – DUPLICATAS A RECEBER (B)

Realizável a Curto Prazo: registra-se os direitos a receber no prazo de até 12 (doze)


meses, representados pelas seguintes contas Duplicatas a receber, Impostos a recuperar e
outros Créditos.

4.1 Principais incorreções:

 não conciliado o saldo contábil das contas dos clientes com o relatório das duplicatas a
receber;

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 a empresa não possui relatório das duplicatas a receber ou mantém o controle e não
emite o relatório ao final de cada mês;
 título/duplicata a receber pendente de longa data, sem a devida provisão para devedores
duvidosos conforme regra legal;
 contabilização a maior ou a menor da receita;
 erro na contabilização de devoluções de vendas e vendas canceladas – não batem com
os livros de entrada de mercadorias;
 lançamentos invertidos entre contas de clientes.
 duplicatas a receber no prazo superior a 12 meses da data do encerramento do balanço,
as quais devem ser reclassificadas para o Realizável a Longo Prazo.

4.2 Documentos a serem solicitados:

a) O auditor poderá solicitar o razão contábil das contas selecionadas para exame, e a
própria cópia do razão contábil poderá servir como papel de trabalho;

b) A partir do razão contábil solicitar à contabilidade o recebimento subseqüente, ou seja,


o auditor deverá verificar se as duplicatas constantes na seleção foram recebidas, na
data do documento, mediante verificação nos relatórios de recebimento junto ás
instituições financeiras.

4.3 Procedimentos:

1) Conferir se o saldo da conta de Duplicatas a Receber (ou Clientes) constante no


balancete contábil está em conformidade com o Relatório de Duplicatas a Receber do
setor financeiro e efetuar os seguintes testes:

 por amostragem, selecionar clientes;


 efetuar testes de recebimento subseqüente (nos meses seguintes a data base do
balancete, verificar o crédito ou depósito em conta corrente referente o recebimento
das duplicatas analisadas);
 as duplicatas selecionadas para os testes, e ainda não recebidas até a data da realização
dos trabalhos de Auditoria, conferir o valor e data de vencimento com a efetiva nota
fiscal;
 investigar as diferenças existentes entre o balancete e o Relatório de Duplicatas a
receber;

2) alternativamente, inexistindo Relatório de Duplicatas a Receber do setor financeiro:

 por amostragem, selecionar os clientes mais representativos e efetuar o teste de


recebimentos subseqüentes ou verificar a emissão da nota fiscal;

3) a grande dificuldade que a Auditoria enfrenta na análise desta conta ocorre quando a
empresa não emite a cada final de mês o Relatório de Contas a Receber e ainda é feito o
registro apenas em uma conta contábil. A chance de ocorrer erros é enorme (receita
contabilizada a maior, recebimento ou fatura não contabilizada, etc.) e o Auditor fica
impossibilitado de efetuar qualquer análise.

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4.4) Créditos (duplicatas) não recebidas que podem ser baixadas como perda (despesa
dedutível)

Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSL, poderão ser registrados
como perda os créditos decorrentes de operações com pessoas ou empresas não ligadas,
conforme arts. 9º a 12 da Lei 9.430/96 (arts. 340 a 434 RIR/99). Esse procedimento é
facultativo, ou seja não obrigatório, devendo o Auditor recomendar o registro da referida
despesa, somente no caso em que a empresa possua lucro tributável. Abaixo estão descritos
os artigos 9º ao 12:

a) sem garantia, de valor

 até R$ 5.000,00, por operação, vencidos há mais de 06 (seis) meses, sem cobrança
judicial;
 acima de R$ 5.000,00 até 30.000,00, por operação, vencidos há mais de 01(um)ano,
sem cobrança judicial;
 superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos
procedimentos judiciais para o seu recebimento.

b) com garantia de valor, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos
procedimentos judiciais para o seu recebimento.

c) contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica concordatária, à parcela que


exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar.

4.5 Encargos financeiros de bancos

Apropriar os encargos financeiros das duplicatas descontadas em Bancos, pelo regime de


competência e não somente quando do pagamento dos mesmos

4.6 Comissões na venda de cartões de créditos

Apropriar as comissões sobre vendas por cartões de crédito e outras despesas. Tais taxas
devem ser contabilizadas, por ocasião da venda, e não somente por ocasião da liberação
(crédito) do valor na conta corrente da empresa.

4.7) Reclassificação para o Realizável a Longo Prazo

As duplicatas a receber ou créditos a receber vencíveis em prazo superior a 12 meses, da


data do encerramento do balanço devem ser reclassificados do Ativo Circulante para contas
específicas do Ativo Realizável a Longo Prazo.

Exemplo:

Balanço analisado pela auditoria- base 31.12.x1


Duplicata a vencer em 05.02.20x3, no valor de R$ 100.000,00

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Deve ser transferida do curto prazo (Ativo Circulante) para contas a receber de longo prazo
( Ativo Realizável a Longo Prazo)

4.9 Controles internos Contas a Receber

O setor de cobrança está organizado no sentido de efetuar a gestão das contas a receber
e possui sistemas adequados de registros e controles.

Manter no setor registros individuais das contas a receber, indicando número dos
títulos, valores, vencimentos e saldos.

São efetuados no setor análises e resumos mensais adequados das contas a receber,
indicando:

 composição dos saldos por títulos em aberto


 n° dos títulos, valores e vencimentos
 faixas de vencimentos (vencidos e a vencer)
 portadores dos títulos (em carteira, em cobrança própria ou de terceiros, caucionados,
descontados, etc.).

As análises e resumos são examinados por funcionário responsável, tomando-se as


providências necessárias à cobrança dos títulos vencidos.

Estas análises e resumos são conciliados mensalmente com a posição da contabilidade


por funcionário não responsável pela cobrança ou pelos fundos de caixa, sendo investigadas
e corrigidas eventuais diferenças encontradas, de forma evidenciada.

Os títulos entregues para cobrança são:

 devidamente relacionados e carregados aos cobradores mediante protocolo ou recibo


 inspecionados fisicamente junto aos portadores por pessoal alheio à cobrança
 remetidos por carta registrada, com declaração de conteúdo e aviso de recepção pelo
destinatário, quando for o caso.

O setor de cobrança controla os recebimentos de vendas à vista, condicionados a entrega dos


produtos ou mercadorias.

Quanto aos pedidos de confirmação mencionados:

 são efetuados de maneira satisfatória a garantir um bom índice de respostas


 são controlados no sentido de garantir a efetiva expedição
 as divergências ou discordâncias manifestadas nas respostas são investigadas no
sentido de conciliação com as posições da contabilidade e da cobrança.

Alguém independente dos setores de vendas, cobrança ou crédito investiga os


limites de crédito cedido aos clientes.

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Os limites de crédito aos clientes devem ser previamente aprovados e reavaliados


periodicamente pela Diretoria Financeira. Excessos aos limites estipulados devem ser
aprovados pelos níveis adequados.

O departamento deve constantemente atualizar as informações e dados relativos à situação


econômico financeira dos clientes (consultas Serasa, SPC, balancetes contábeis atualizados,
outros).

As relações empresa – distribuidor – representante devem ser suportadas por instrumento


contratual definindo responsabilidades, direitos e obrigações das partes.

Prorrogações de vencimentos de títulos devem estar devidamente suportadas e suas


aprovações evidenciadas pela gerência.

A aprovação dos Pedidos de Faturamento deve ser criteriosa e adequada.

As contas consideradas incobráveis são:

 baixadas somente com autorização de pessoal responsável


 mantidas sob permanente controle e sob gestão de cobrança visando sua
recuperação.

Os créditos concedidos aos clientes por devoluções, abatimentos, descontos, etc. são
aprovados por funcionário responsável, alheio aos setores envolvidos com a venda.

Os formulários utilizados como notas de crédito são:

 visados pelo responsável quanto à aprovação do crédito


 controlados quanto à seqüência numérica fora do setor emitente
 indicativos quanto aos motivos do crédito
 emitidos no setor de faturamento, com distribuição de vias aos setores de vendas,
crédito, cobrança e contabilidade

As notas de créditos por devoluções são:

 emitidas com base em relatórios de recepção dos produtos ou mercadorias devolvidas


 analisadas e aprovadas por setores técnicos quando o motivo alegado se refere à
qualidade.

O cancelamento de qualquer título deve ser extensivamente suportado, e aprovado pelos


níveis gerenciais adequados.

Deve haver uma conciliação mensal da posição do Contas a Receber com os registros
contábeis.

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5. AUDITORIA OUTROS CRÉDITOS E VALORES (C): ADIANTAMENTOS,


OUTROS CRÉDITOS E DESPESAS ANTECIPADAS

5.1 AUDITORIA OUTROS CRÉDITOS - TÍTULOS A RECEBER (C-1)

5.1.1 Principais incorreções:

a) contabilidade

 créditos: cheques e outros documentos de créditos pendentes de longa data, sem solução
de recebimento adiantamentos a fornecedor pendentes de longa data, sem a
apresentação da nota fiscal ou recibo de execução do serviço ou entrega da mercadoria;
 lançamentos não suportados por documentos hábeis;
 valores lançados incorretamente nas contas e pertencentes às outras contas contábeis;

b) controles internos

 setor de contas a receber não possui controle com a posição individualizada de cada
crédito;
 escritório de cobrança não emite posição dos títulos que estão sendo cobrados; (ocorre
quando a cobrança é terceirizada)
 quando da entrega dos documentos de créditos (cheques, NP, etc.) para a empresa
terceirizada, objetivando comprovar que o documento de crédito realmente foi entregue,
o qual deverá emitir relatório mensal dos créditos cobrados e aqueles que estão sob sua
custódia;

5.1.2 Documentos a serem solicitados pelo auditor:

 solicitar o Razão Contábil da conta de outros créditos;


 solicitar relatórios de outros setores. Exemplo: posição de cheques, NP a cobrar;
 solicitar os documentos que comprovem os lançamentos constantes no Razão Contábil;
 o papel de trabalho de auditoria pode ser o próprio Razão Contábil com as referidas
análises;

5.1.3 Procedimento de Auditoria

 os valores constantes no Razão Contábil devem ser suportados por documentos hábeis,
dessa forma o Auditor, por amostragem, conferir se os lançamentos contábeis estão em
conformidade com a documentação;
 confrontar os saldos contábeis com os relatórios dos demais setores, investigando as
diferenças;
 os valores não identificados devem constar no Relatório de Auditoria;
 recomendar o ajuste conforme os relatórios dos outros setores. Ex. a posição contábil
deve refletir os valores constantes nos relatórios de adiantamento a funcionários do
Setor de Pessoal, salvo se esse relatório conter incorreções.

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 a inexistência de relatórios de controles de adiantamentos, pelo setor de contas a pagar,


conforme visto neste item, devem ser mencionados no relatório de auditoria como
ponto de controle interno.

5.1.4 Outros Créditos

 verificar relação de cheques pré-datados, examiná-los e verificar os recebimentos


subseqüentes. Os cheques seguem a mesma regra de dedutibilidade das duplicatas,
quando não recebidos;

 analisar os documentos suportes dos saldos consignados na contabilidade;

5.1.5 Controle interno

A contabilidade mantém sobre as demais contas a receber:

 revisão mensal, investigando-se contas com saldos antigos, sem movimentação ou


credores
 conciliações mensais com registros mantidos em outros setores da empresa
 conciliações mensais com extratos de contas de empresas ligadas.

As referidas revisões e conciliações são evidenciadas as diferenças eventualmente


apuradas.

A contabilidade prepara análises demonstrativas mensais das posições das contas,


indicando, por devedor ou conta:

 datas, históricos da natureza da operação, n.º de documentos, saldos e valores que os


compõem
 prazos efetivos ou previstos para liquidação.

As análises contêm vistos de pessoa responsável quanto às providências no sentido de


cobrança das contas vencidas.

Os encargos de juros e correção monetária incidente sobre as contas, por força legal ou
contratual, são:

 calculados e conferidos devidamente e mantidas as memórias de cálculos com


evidência da conferência
 reconhecidos contabilmente por regime de competência.

Para suportar os lançamentos nestas contas, inclusive nas de adiantamentos e empréstimos,


a contabilidade exige:

 documentação conveniente, adequadamente preenchida e assinada devidamente;


 aprovação por pessoa responsável;
 documentação evidenciada quanto aos prazos de liquidação, mesmo que previstos;

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 prestação de contas em relatórios apropriados e que evidenciem conferências e


aprovações;
 evidência da liquidação dos adiamentos e empréstimos anteriormente concedidos.

5.2 ADIANTAMENTOS A FUNCIONÁRIOS (C2) E TERCEIROS (C3)

5.2.1 Principais incorreções:

a) contabilidade

 adiantamentos a fornecedor pendentes de longa data, sem a apresentação da nota fiscal


ou recibo de execução do serviço ou entrega da mercadoria;
 prestação de contas relativo aos adiantamentos de viagem não apresentados;
 lançamentos não suportados por documentos hábeis;
 valores lançados incorretamente nas contas e pertencentes às outras contas contábeis;
 adiantamentos de funcionários pendentes de longa data, por não terem sido
descontados, no tempo certo, do empregado;

b)controles internos

 setor de pessoal não possui relatório de controle dos adiantamentos aos empregados;
 setor financeiro não possui controle dos valores adiantados aos fornecedores por conta
de serviços ou entrega de mercadorias. A falta deste controle pode ocasionar o
pagamento em duplicidade ao fornecedor, pelo fato de não deduzir o pagamento
efetuado de forma adiantada;
 setor financeiro não mantém controle dos adiantamentos de viagem, mediante isso,
pode ocorrer adiantamentos sem a respectiva prestação de contas ou até mesmo fraudes,
por ocasião de pagamentos não autorizados;
 adiantamentos efetuados sem AUTORIZAÇÃO da hierarquia superior responsável;

5.2.2 Documentos a serem solicitados pelo auditor:

 solicitar o Razão Contábil da conta de adiantamentos de fornecedores;


 solicitar relatórios de outros setores. Exemplo: posição de adiantamentos a funcionários
em aberto do setor pessoal; posição dos adiantamentos de viagem do setor financeiro;
relatórios dos adiantamentos a fornecedores controlados pelo setor financeiro;
 solicitar os documentos que comprovem os lançamentos constantes no Razão Contábil;
 o papel de trabalho de auditoria pode ser o próprio Razão Contábil com as referidas
análises.

5.2.3 Procedimento de Auditoria

 os valores constantes no Razão Contábil devem ser suportados por documentos hábeis,
dessa forma o Auditor, por amostragem, conferir se os lançamentos contábeis estão em
conformidade com a documentação;

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 confrontar os saldos contábeis com os relatórios dos demais setores, investigando as


diferenças;
 os valores não identificados devem constar no Relatório de Auditoria;
 recomendar o ajuste conforme os relatórios dos outros setores. Ex. a posição contábil
deve refletir os valores constantes nos relatórios de adiantamento a funcionários do
Setor de Pessoal, salvo se esse relatório conter incorreções.
 a inexistência de relatórios de controles de adiantamentos, pelo setor pessoal ou
financeiro, conforme visto neste item, devem ser mencionados no relatório de auditoria
como ponto de controle interno.

1) Adiantamentos de fornecedores pendentes de nota fiscal

Através da conciliação, pode verificar se há adiantamentos pendentes de fornecedores que


ainda não emitiram nota fiscal.

2) Acerto de Adiantamento de viagens

Verificar se há adiantamentos de viagens pendentes de acerto, recomendar que , além de


acertos periódicos, que a empresa adote o procedimento em que todos os adiantamentos
deverão ser prestados contas até a data de 30/12, para que não fique pendência alguma no
encerramento do exercício. A pendência significa despesa não apropriada no exercício e
pagamento a maior de tributos.

3) Adiantamento a Funcionários

 confirmar e confrontar os saldos constantes na Contabilidade com posição do Setor de


Pessoal;

4) empréstimos a funcionários

 confirmar os saldos constantes na Contabilidade com posição do Setor de Pessoal;

 verificar se a empresa possui contrato dos empréstimos efetuados a funcionários, bem


como se é cobrado juros sobre o valor emprestado; Alertar que empréstimos feitos a
funcionários e não firmados mediante contrato.

5.3 AUDITORIA IMPOSTOS A RECUPERAR (C4)

5.3.1 Principais erros:

 falta de contabilização dos impostos retidos (IRRF, CSLL, PIS, COFINS, INSS),
ocasionando o não aproveitamento do crédito;
 falta de compensação do tributo retido.

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5.3.2 Procedimentos de auditoria:

 através das notas fiscais conferir se todas as retenções estão sendo contabilizadas na
conta de impostos a recuperar, tributo por tributo;
 OU conferir, pelo comprovante de rendimento enviado pelas empresas que fizeram a
retenção;
 verificar se os valores são compensados, de forma que a empresa não tenha prejuízo
pelo desembolso de impostos que deveriam ser compensados;
 averiguar se a empresa mantém o comprovante de rendimentos pagos ou créditos, o
qual deve ser remetidos pelas empresas que retém os tributos até 28.02 do ano seguinte
ao da retenção.

1) Imposto de Renda Retido na Fonte e outros

 o auditor deverá conferir na nota fiscal ou no extrato de aplicação financeira, os valores


contabilizados como Imposto de Renda retido na fonte. Essa conferência deve ser
minuciosa, valor por valor, pois esses valores serão deduzidos do Imposto a Pagar, e
não existindo o referido crédito a empresa será autuada;

 verificar se o imposto de renda retido está devidamente contabilizado na conta de


Impostos a Recuperar. Ocorrem situações em que o IRRF não é contabilizado e nem
deduzido do Imposto a pagar, também, em outros casos o IRRF é indevidamente
contabilizado como despesa da empresa. O Auditor deverá ficar atento a esses fatos;

 as observações acima também são válidas para o PIS, a COFINS, INSS e a CSSL retida
na fonte quando do pagamento de órgãos públicos federais;

 conferir o cálculo da atualização pela SELIC dos tributos federais de anos anteriores ou
pagos a maior.

2) Compensação de tributos federais de espécies diferentes

Além de analisar se os tributos federais estão sendo atualizados pela SELIC, o Auditor
deverá verificar se os tributos federais pagos a maior ou crédito de anos anteriores estão
sendo compensados, independentemente de sua espécie, bem como conferir se as
compensação estão corretas, através do preenchimento adequado da PERDCOMP,
observando o seguinte:

O saldo negativo do IRPJ e CSSL (valores pagos a maior que o devido) bem como o PIS,
COFINS, IPI, ITR, SIMPLES, CPMF, a partir de 01/10/2002, conforme IN SRF 210/2002,
poderão ser compensados com tributos federais de diferentes espécies, mediante
Declaração de Compensação (PERDCOMP), via internet, como prevê a Instrução
Normativa SRF 320/2003. Essa compensação é automática, cabendo a Receita Federal
posterior verificação para constatar a existência do crédito compensado.
Em 18.10.2004, foi editada a IN SRF 460/2004, que revogou a IN SRF 210/2002, no
entanto permaneceram as regras anteriores de compensação, sendo implementados alguns
itens. As normas relativas à PERDCOMP constam na IN SRF 600/2005.

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O Programa PER/DCOMP, de livre reprodução, está disponível na página da Secretaria da


Receita Federal (SRF) na Internet, no endereço eletrônico
http://www.receita.fazenda.gov.br.

5.3.3 saldo credor do ICMs, IPI

 confrontar o saldo credor do ICMS constante na contabilidade, com a GIA de ICMS ou


Livro de apuração do ICMS;
 confrontar o saldo contábil do IPI com o Livro de Apuração do IPI;

5.4 AUDITORIA VARIAÇÕES CAMBIAIS E ATUALIZAÇÕES DE CRÉDITOS


(C5)

Verificar os seguintes detalhes que influenciarão no cálculo do IRPJ e da CSSL:

1) Variação Cambial

5.4.1 Principais erros:

 falta de ajuste com base na moeda estrangeira, na data de fechamento do balanço;


 saldo incorreto, não reflete a realidade;

5.4.2 Procedimentos de auditoria

 o Auditor deverá verificar se os créditos relativos aos títulos às exportações vêm sendo
atualizados pela variação do dólar ou da moeda em que foi contrato o câmbio;
 conferir os cálculos de apropriação da moeda estrangeira na data do balanço;
 conferir por amostragem através de exame de recebimento subseqüente a existência dos
saldos consignados na Contabilidade.

À opção do contribuinte, as variações cambiais ocorridas serão tributáveis, para fins de


apuração do IR e CSLL, a partir de sua realização (regime de caixa), retroativamente a
01.01.1999.

5.5 DESPESAS ANTECIPADAS (C6)

Despesas Antecipadas: ou despesas diferidas, compreendem as despesas pagas


antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício
seguinte (até 12 meses da data do encerramento do balanço – 31.12). Ex: seguros a vencer,
alugueis a vencer e encargos a apropriar.

5.5.1 Principais incorreções

a) Contabilidade

 saldo contábil diferente das planilhas de apropriação;

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 lançamentos contábeis não suportados por documentos hábeis.

b) Controles internos

 inexistência de planilhas para apropriar mensalmente as despesas pelo regime de


competência.

5.5.2 Procedimentos de auditoria

 conferir por amostragem o cálculo das planilhas de apropriação;


 conferir por amostragem a consistência dos documentos que suportam as planilhas e os
lançamentos contábeis;
 confrontar os saldos contábeis com as respectivas planilhas;

Despesas antecipadas
O Auditor deverá conferir os cálculos constantes nas planilhas de apropriação das despesas
antecipadas, no sentido de validar os saldos em função do valor da contratação e do prazo
de vigência da cobertura.
1) Despesas antecipadas
As despesas antecipadas caracterizam-se por serem pagas ou devidas com antecedência,
mas referem-se a períodos de competência subseqüentes. Como exemplos:

 Prêmios de seguro; - Aluguel pago antecipadamente;

 Assinaturas e anuidades;

 Antecipação de comissões e prêmios;

 Juros sobre descontos de duplicatas.

6. AUDITORIA ESTOQUES (D)

Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade
da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e
mercadorias.

6.1 Principais Erros

 mudança de critério de avaliação de estoque de um ano para outro*;


 avaliação incorreta do custo, em desconformidade com as normas legais;
 subavaliação ou superavaliação de estoque;
 não realização do inventário;
 inexistência de escrituração do livro de inventário;

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6.2 Procedimentos de Auditoria

1) o saldo contábil da conta Estoque deverá “bater” com o Inventário de Estoque


constante no Livro de Inventário de Estoque, conforme artigos 260 e 292 RIR/99;

 se a empresa apurar o Lucro Real Trimestral deverá manter o estoque escriturado no


Livro de Inventário de Estoque em 31/03, 30/06, 30/09, 31/12;
 se a empresa apurar o Lucro Real Anual deverá manter o estoque escriturado no Livro
de Inventário de Estoque em 31/12. No entanto, deverá manter relação de estoque
(contendo descrição da mercadoria, quantidade, valor unitário e valor total) nos meses
em que suspender ou reduzir o imposto através de balancete, não sendo necessário o
registro no Livro de Inventário de Estoque (§3º, art.12, Instrução Normativa 93, de
1997);

2) O Auditor deverá selecionar alguns itens constante no Inventário de Estoque (os mais
expressivos) e verificar o custo que a empresa está atribuindo.

6.3 Verificar se há ou não subavaliação ou superavaliação de estoque - Custos

Para o Auditor averiguar se os custos vem mantendo-se com um certo equilíbrio e


coerência com as Receitas deve proceder a seguinte análise:

 somar mês a mês o CPV e o CVM


 somar mensalmente as receitas com vendas de produtos e mercadorias;
 somar mês a mês os impostos incidentes sobre as vendas (IPI, ICMS, PIS, Cofins),
vendas canceladas e devoluções de vendas;

 Aplicar em cada mês a seguinte fórmula

Índice= (CPV + CMV )


(Receita – Deduções)

6.4 Testes de avaliação do estoque critérios aceitos

a) CUSTO MÉDIO - mercadorias para revenda e matérias-primas

b) PEPS - mercadorias para revenda e matérias-primas

c) Custo arbitrado de Mercadorias e Matérias Primas

d) AVALIAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS

d.1)Custo integrado e coordenado com o restante da escrituração contábil

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d.2) Custo Padrão

d.3) Custo arbitrado

d.3.1) Produto acabado

d.3.2) Produto em elaboração

6.5 Controles internos - Estoques

A empresa deve estar organizada no sentido de controle e vigilância permanente de seus


estoques, quanto à guarda e movimentação.

Os estoques mantidos pela empresa estão sob controle e responsabilidade de pessoal


adequado.

Os locais de armazenagem ou estocagem são adequados quanto a:

 roubo, fogo, perdas, extravios, etc.


 inacessibilidade de terceiros, não autorizados.

Os sistemas de controles mantidos evitam as entradas e as saídas de estoques sem


documentação suficiente e aprovada.

São adotados registros ou fichas para controle dos estoques, tais registros ou fichas:

 são utilizados para indicação de máximos e mínimos de estoques


 registram movimentação e saldos em quantidades e valores (controle físico e
financeiro)
 registram custo unitário e em conformidade com a legislação
 têm sua movimentação integrada à contabilidade.

Os registros ou fichas mencionados são escriturados por pessoal:

 que não tem acesso às existências


 que não autoriza movimentação dos estoques
 que não tem acesso aos controles e registros contábeis e de custos.

O responsável por revisões e aprovações de ajuste ou correções de erros nos registros ou


fichas de estoques é independente das funções de:

 custódia das existências


 registros da movimentação das mesmas

As existências indicadas pelos registros ou fichas de estoques são balanceadas mensalmente


com as contas da contabilidade:

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 as diferenças são investigadas por pessoal da contabilidade, antes de serem ajustadas, e


contêm aprovação do contador os lançamentos dos ajustes
 os ajustes na contabilidade, decorrentes de ajustes nos registros ou fichas de estoque,
são efetuados à vista de documentação aprovada como acima descrito.

Quanto aos estoques imprestáveis, deteriorados, obsoletos, etc:

 são baixados dos registros ou fichas de estoque e da contabilidade mediante autorização


de pessoal responsável, não ligado à custódia e registros dos mesmos
 são sucateados para venda e, recuperáveis ou não, são controlados fisicamente.

As posições dos estoques são revisadas, periodicamente, no sentido de:

 determinar existências excessivas ou insuficientes, obsoletas ou de baixa rotação (em


função de máximos e mínimos, níveis de produção ou outras medidas)
 conferência contra posições de levantamentos físicos, fora das épocas do inventário
anual.

Existem registros adequados para controle dos estoques próprios ou de terceiros:

 transferidos para industrialização, consignação, etc.


 recebidos para industrialização, consignação, etc.
 em trânsito.

Os referidos estoques em poder de terceiros são verificados periodicamente, bem como são
devidamente investigadas e corrigidas eventuais divergências, fora das épocas do inventário
anual, por meio de :

 contagens nos estabelecimentos de terceiros


 pedidos de confirmação emitidos aos estabelecimentos de terceiros
 outros procedimentos alternativos

Quanto às entradas de materiais, produtos ou mercadorias:

 são registrados nos controles de estoques e na contabilidade com base em relatórios ou


boletins de recepção, numerados tipograficamente
 os relatórios ou boletins de recepção são controlados quanto à seqüência numérica e
indicam quantidades e aprovação do controle de qualidade
 os relatórios ou boletins de recepção que acusem devoluções de vendas são conferidos e
aprovados por pessoal qualificado da área de vendas
 os produtos prontos são lançados nos registros ou fichas de estoque com base em
relatórios de produção numerados tipograficamente, controlados quanto à seqüência
numérica e aprovados por pessoal qualificado da área de produção.

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Quanto às saídas de materiais, produtos ou mercadorias:

 as entregas são feitas somente com base em requisições ou ordens de expedição


autorizadas e numeradas tipograficamente
 é controlada a seqüência numérica dos referidos documentos
 os procedimentos existentes garantem que toda a saída é registrada.

A empresa utiliza-se do processo de inventários permanentes rotativos, visando diminuir


custos e paralisação das atividades durante o balanço geral. Caso contrário:

 são efetuadas contagens pelo menos uma vez ao ano, por ocasião dos balanços
 seria recomendável à empresa o sistema de inventários permanentes rotativos.

O Auditor deverá acompanhar o inventário realizado pela sociedade, até mesmo para emitir
sua opinião sobre o mesmo, senão deverá constar no parecer.

7.AUDITORIA REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (E)

Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o
término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Exemplo: duplicatas a receber
(+ 12 meses), empréstimos a sócios.

Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº
6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos a acionistas,
empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc...

7.1 Principais incorreções:

a) contabilidade

 lançamentos não suportados por contratos e recibos;


 valores lançados incorretamente nas contas e pertencentes às outras contas contábeis;
 falta de contabilização de juros e atualização monetária mediante índices constantes no
contrato;
 falta de recolhimento do IRRF sobre os rendimentos;
 falta de recolhimento do IOF sobre os rendimentos;

b) controles internos

 inexistência de planilhas, pelo setor financeiro, de controles de encargos, recolhimento


de IRRF e IOF;
 empréstimos efetuados sem AUTORIZAÇÃO da hierarquia superior responsável;

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7.2 Documentos a serem solicitados pelo auditor:

 solicitar o Razão Contábil da conta do Realizável a longo prazo;


 solicitar relatórios de outros setores. Exemplo: posição de adiantamentos a funcionários
em aberto do setor pessoal; posição dos adiantamentos de viagem do setor financeiro;
relatórios dos adiantamentos a fornecedores controlados pelo setor financeiro;
 solicitar os documentos que comprovem os lançamentos constantes no Razão Contábil;
 o papel de trabalho de auditoria pode ser o próprio Razão Contábil com as referidas
análises;

7.3 Procedimento de Auditoria

 os valores constantes no Razão Contábil devem ser suportados por documentos hábeis,
dessa forma o Auditor, por amostragem, conferir se os lançamentos contábeis estão em
conformidade com a documentação;
 confrontar os saldos contábeis com os relatórios dos demais setores, investigando as
diferenças;
 os valores não identificados devem constar no Relatório de Auditoria;
 recomendar o ajuste conforme os relatórios dos outros setores. Ex. a posição contábil
deve refletir os valores constantes nos relatórios de adiantamento a funcionários do
Setor de Pessoal, salvo se esse relatório conter incorreções.

Verificar se os lançamentos contábeis estão suportados por documentação hábil, (tais como
contratos, recibos) e se são feitas atualizações em conformidade com os índices estipulados
em contratos;

7.4) EMPRÉSTIMOS DE MÚTUOS

1.1) Verificar se há contrato relativo aos empréstimos de mútuo entre a empresa e seus
sócios. Alertar que a empresa poderá ser questionada pelo fisco, devido ao fato de que a
operação não está acobertada por documento hábil e que, se a empresa não efetua a cobrança
de encargos sobre os empréstimos, os referidos valores deverão ser considerados na base de
cálculo do imposto de renda, mensalmente, adicionados ao pró-labore pago no mês, conforme
item 14.2.2, da Instrução Normativa 49, de 10/mai./89, do Secretário da Receita Federal.

1.2) Observar que os rendimentos auferidos nas operações de mútuo de recursos financeiros
entre pessoa física e pessoa jurídica e entre pessoas jurídicas, inclusive controladoras,
controladas, coligadas e interligadas sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte
à alíquota de 20%, e aplicam-se as normas referentes aos rendimentos de aplicações
financeiras de renda fixa, inclusive quanto ao informe a ser fornecido pela pessoa jurídica.
(Art. 730, 731 RIR/99)

2) Incidência de IOF sobre contrato de mútuos

2.1) Mútuos de pessoa jurídica à pessoa física

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Sobre essa modalidade de operação há a incidência do IOF, conforme determina a Lei


9.779/99.

2.2) Mútuos de pessoa jurídica para pessoa jurídica

Sobre os empréstimos para pessoas jurídicas, ficou estipulada a alíquota de 0,0041% ao dia,
(aproximadamente 1,5% ao ano de tributação de IOF) conforme Decreto 4.494/2002;

2.3) Mútuos de pessoa física para pessoa jurídica

Quando os empréstimos são efetuados por pessoas físicas para pessoas jurídicas não há a
incidência de IOF, por falta de previsão legal. Por exemplo, quando o sócio empresta
dinheiro para a empresa não incide IOF sobre a operação.

7.5 Depósitos judiciais e outros créditos realizáveis

Pela convenção do conservadorismo (ou da prudência) as contingências ativas ou os ganhos


contingentes não devem ser registrados. Somente quando estiver efetivamente assegurada a
sua obtenção ou recuperação é que devem ser reconhecidos. Contingência é uma condição
ou situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável, somente será confirmado caso
ocorram, ou não ocorram, um ou mais eventos futuros incertos (Resolução CFC 750-93).

7.6) Contabilização de incentivos fiscais

A correta contabilização de incentivos fiscais permite que se obtenha economia fiscal (além
do benefício já utilizado).

7.7) Baixa de Ativos Fictícios

Uma das mais conhecidas são os "empréstimos compulsórios" de combustíveis, que


mensalmente geram receita financeira (variação monetária e juros) de sua atualização.

O Auditor poderá sugerir a baixa desses ativos, mediante laudo de perito contábil,
indicando o motivo.

8. AUDITORIA ATIVO PERMANENTE

Ativo Permanente: compreende os investimentos e bens fixos necessários para que a


entidade alcance seus objetivos. Divide-se nos subgrupos: Investimentos (participação em
empresas), Imobilizado (construções e benfeitorias, máquinas, equipamentos, veículos,
computadores, etc.) e Diferido (gastos de implantação e pré-operacionais) .

Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo
principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras
empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e
obras de arte.

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Os Investimentos relevantes em coligadas ou controladas estão avaliados pelo método da


equivalência patrimonial; quando houver a obrigação solicitar o Balanço Patrimonial às
empresas investidas para efetuar os lançamentos contábeis, lembrando que sobre o
resultado positivo da equivalência patrimonial não incide tributação (IRPJ, CSSL, PIS,
Cofins) e no caso de resultado negativo são indedutíveis para fins de IRPJ e CSSL.

Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens instrumentais que servem de


meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciação, os
bens imateriais (programas de computador) sofrem amortização e jazidas e minas sofrem
exaustão. Ex: Imóveis, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios,
computadores, software, etc.

Diferido: representa as aplicações de recursos em despesas que irão influenciar o resultado


de mais de um exercício. Ex: gastos de implantação, gastos pré-operacionais, gastos com
modernização e reorganização.

8.1 INVESTIMENTOS - EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (F)

Obrigatoriedade da avaliação de investimentos pelo valor de Patrimônio Líquido

Estão obrigadas a proceder a avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido as


sociedades anônimas ou não que tenham participações societárias relevantes em (art. 384
do RIR/99):

a) sociedades controladas – 20%;


b) sociedades coligadas sobre cuja administração a sociedade investidora tenha influência
– 10%; ou
c) sociedades coligadas de que a sociedade investidora participe com 20% (vinte por
cento) ou mais do capital social.

Conceito de investimento relevante

O investimento em sociedades coligadas e controladas é considerado relevante quando (§ 3º


do art. 384 do RIR/99):

a) o valor contábil do investimento em cada sociedade coligada ou controlada for


igual ou superior a 10% (dez por cento), do patrimônio líquido da sociedade
investidora;
b) o valor contábil no conjunto do investimento em sociedades coligadas ou
controladas for igual ou superior a 15% (quinze por cento) do patrimônio
líquido da sociedade investidora ou controladora.

Exemplo:

Considerando-se que, em 31 de dezembro de 2006, a empresa "A" (investidora) e a


empresa "B" (investida) apresentaram a seguinte situação:

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Empresa "A":

Valor contábil do investimento na Empresa "B" R$ 600.000,00.

Empresa "B":

Capital social R$ 500.000,00


Reservas de capital R$ 600.000,00
Reservas de lucros R$ 900.000,00
Lucro do exercício R$ 700.000,00
Soma R$ 2.700.000,00

O valor contábil do investimento da empresa "A", por sua vez, em 31 de dezembro, passará
a ser R$ 2.700.000,00 x 30% = R$ 810.000,00, assim desdobrados:

Participação societária na empresa "B" R$ 600.000,00


Ajuste ao valor de patrimônio líquido R$ 210.000,00
Soma R$ 810.000,00

O acréscimo ao patrimônio líquido da empresa "B" refere-se ao lucro apurado em 31 de


dezembro de 2006 no valor de R$ 700.000,00. Como a empresa "A" detém 30% (trinta por
cento) do capital social da empresa "B", o ajuste da conta de investimento foi de R$
210.000,00, ou seja, 30% (trinta por cento) de R$ 700.000,00.

Com base nos dados do exemplo, a empresa "A" (investidora) poderá fazer o seguinte
lançamento contábil, pela variação do ajuste na conta "Participação Societária na Empresa
"B":"

D - PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA NA EMPRESA "B" (Investimento)


C - RECEITA DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (Resultado) R$ 210.000,00
CONTRAPARTIDA DO AJUSTE NA CONTA DE INVESTIMENTOS

9. AUDITORIA IMOBILIZADO (G)

Principais erros:

 não existe relatório do ativo imobilizado


 relatório não bate com a contabilidade
 bens do ativo imobilizado contabilizado como despesas para diminuir IRPJ e CSLL
 despesas contabilizadas no ativo imobilizado para melhorar o resultado
 contabilização no imobilizado sem documentação hábil
 contabilização sem a dedução do crédito do ICMS
 bem constante no balanço, porém está obsoleto, não está de posse da empresa

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 taxas de depreciação incorretas ( a menor ou a maior)


 bens totalmente depreciados continuam sendo indevidamente depreciados
 bens vendidos não são baixados a depreciação e o valor original

Documentos a serem solicitados

 razão contábil de todas as contas do imobilizado, e a partir do razão selecionar as


principais aquisições e solicitar a referida documentação para análise
 relatório do ativo imobilizado para verificar se os saldos batem com a contabilidade;
 documentos para conferência
 se for o caso, fazer inspeção do imobilizado adquirido

9.1) verificações

1.1) fazer testes de movimentação do imobilizado, ou seja, verificar se as aquisições e as


baixas estão em conformidade com os documentos; neste procedimento o Auditor deverá
solicitar o razão contábil de 01.01 a 31.12, com a movimentação das aquisições e baixas do
imobilizado e por amostragem averiguar os valores mais representativos. Caso o razão
contábil esteja contabilizado por totais mensais oriundos do sistema de controle do ativo
imobilizado, solicitar razão analítico desse sistema para efetuar a conferência com os
documentos;

1.2) verificar por amostragem se a empresa está baixando corretamente o custo e a


depreciação dos bens vendidos. Exemplo, na venda de um veículo deverá haver
necessariamente a baixa na conta veículos, do valor que o veículo adquirido, e na conta de
depreciação de veículos, do valor já depreciado relativamente ao bem vendido;

1.3) como papel de trabalho do Ativo Imobilizado o Auditor poderá fazer um resumo
contendo: saldo inicial em 01/01 + aquisições – baixas = saldo em 31/12 e fazer a
referência com o razão contábil ou razão analítico do sistema de controle do ativo
imobilizado, no qual estão feitas as análises;

1.4) através do sistema de controle do Ativo Imobilizado, por amostragem, verificar se a


empresa está depreciando os bens em conformidade com a Instrução Normativa 162/98 e
130/99. O RIR/99 trata das depreciações nos seus artigos 305 a 323;

1.5) verificar se os totais das depreciações constantes no sistema de controle do Ativo


Imobilizado “batem” com o valor registrado na contabilidade;

1.6) lembrar que a depreciação calculada a menor em um ano, não poderá ser compensada
no ano seguinte, isto porque, a empresa deve observar as taxas anuais máximas de
depreciação, conforme a legislação. Exemplificando: No ano de 2002, um automóvel é
depreciado a taxa de 10% ao ano, em 2003 poderá ser depreciado no máximo à taxa de
20% ao ano, a qual é permitida pela legislação, não podendo ser depreciado a 30% ao ano.
Caso utilize a taxa 30% ao ano, em uma fiscalização o fisco considerará indedutível a
depreciação superior a taxa de 20%.

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1.7) se a empresa não possuir Controle do Ativo fixo, no mínimo deverá manter planilhas
alternativas para comprovar as despesas com depreciação, senão as depreciações poderão
ser glosadas pelo fisco;

1.8) demonstrar em papéis de trabalho as análises efetuadas sobre as contas do Ativo


Imobilizado;

1.9) Verificar se a empresa está aproveitando o crédito de ICMS sobre as aquisições do


Imobilizado, na proporção mensal de 1/48, e lançando o valor líquido no Ativo
Imobilizado ( valor do produto menos o ICMS);

9.2 DEPRECIAÇÃO

Testes de depreciação: o auditor deverá selecionar alguns bens do controle do ativo


imobilizado e conferir se estão corretas as taxas de deprecação.

As taxas de depreciação utilizadas que constam no sistema de controle do Ativo


Imobilizado ou planilhas alternativas do cálculo da depreciação acumulada, devem estar em
conformidade com a Instrução Normativa - IN SRF 162/1998 e IN SRF 130/99. O RIR/99
trata das depreciações nos seus artigos 305 a 323. Em muitos casos, utiliza-se uma taxa
menor que a legislação permite, pagando-se mais tributos.

Exemplo: normalmente utiliza-se a taxa de 20% ao ano para caminhões, no entanto a taxa
de depreciação da maioria dos caminhões é de 25% (neste caso reflete também no
recolhimento do Pis e da Cofins, que, a partir de 01.02.04, há o crédito sobre depreciação
dos bens do ativo imobilizado).

Desta forma, as principais taxas praticadas são as seguintes:

Edificações – 4% ao ano
Instalações – 10% ao ano
Móveis e Utensílios – 10% ao ano
Máquinas e Equipamentos – 10% ao ano
Ferramentas – 15% ao ano
Veículos – 20% ao ano
Caminhões – de 20% a 25%
Equipamentos de Informática – 20% ao ano
Equipamentos de Comunicação – 20% ao ano

9.5 ) Custo unitário de aquisição do imobilizado – bens de pequeno valor

O Regulamento do Imposto de Renda (artigo 301) permite que se deduza como despesa
operacional, o custo unitário de bem imobilizado no valor de até R$ 326,61 – desde que
para sua utilização não se exija um conjunto desses bens.

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9.6 Controles internos

A empresa deve ter um sistema de controle e registro individual dos bens do imobilizado.

O sistema de controle deve prever:

 estabelecimento de responsabilidade funcional sobre os bens locados às várias áreas da


empresa
 assinatura de termos de responsabilidade pelos bens locados
 autorização prévia para a movimentação dos bens, interna e externamente
 identificação dos bens mediante sistema de numeração ou codificação (chapas
metálicas, impressão, etc.)

O sistema de registro indica:

 identificação e individualização das características dos bens


 localização e movimentação dos bens
 valores de custo ou aquisição, de depreciação e amortização, de correção monetária, de
capitalização, residuais e de alienações e baixas
 dados identificativos da documentação suporte
 as taxas de depreciação ou amortização.

Todos os bens da empresa devem trazer plaqueta de identificação. A qual deve obedecer a
uma ordem numérica seqüencial, em que a duplicidade de registros não deve existir.

As contas do razão são conciliadas periodicamente contra o sistema de registro referido, por
pessoal da contabilidade.

Inventariar periodicamente os bens e o resultado confrontado com os registros individuais e


com o razão contábil.

As aquisições ou acréscimos são efetuados:

 mediante ordens de compra devidamente aprovadas;


 mediante cotações de preços ou solicitação de orçamento;
 mediante autorização prévia de pessoal competente para tal, devidamente evidenciada.
 efetivo recebimento dos materiais/imobilizado e sua aplicação;

Os custos das imobilizações em andamento por conta própria são:

 registrados de forma suficientemente detalhada a permitir determinação adequada,


acompanhamento e controle;
 apurados e registrados adequadamente, computando-se na sua formação todos os gastos
incorridos (materiais, mão-de-obra e gastos gerais);
 controlados de forma tal que permita a imediata transferência às contas definitivas,
quando de sua conclusão.

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Nas imobilizações em andamento por conta de terceiros, além dos pontos anteriores, a
empresa acompanha a sua execução, no sentido de verificar:

 cotações de preços, orçamentos, ordens de compra, etc.


 efetivo recebimento dos materiais e sua aplicação;
 sobras de materiais, ao final dos trabalhos;
 cronogramas físico-financeiro;
 prestações de contas;
 fundos disponíveis, em caixa ou bancos, mantidos à disposição dos executores dos
trabalhos (contagens, conciliações, etc.).

Essa diferenciação e definição ficam evidenciadas na documentação suporte das despesas


ou aquisições, por pessoal competente para tal.

 são efetivadas mediante memorandos ou requisições aprovados pela direção


 esses documentos indicam os motivos das baixas e identificam perfeitamente os bens
 são documentadas por notas fiscais, nos casos aplicáveis
 são informadas imediatamente para fins de exclusão em cobertura de seguros.

Registros adequados devem ser mantidos sobre ativos da empresa em poder de terceiros.
Na realização do balanço estes ativos também devem ser objetos de contagem física e
confirmação de sua existência.

A venda ou baixa de qualquer ativo da empresa deve ser expressa e formalmente aprovada
pela Diretoria ou Controladoria.

10. ATIVO DIFERIDO

10.1 Controles internos

Sobre as aplicações de recursos em pesquisas e desenvolvimento, reestruturação,


modernização e ampliação, etc. existem:

 sistema de autorização e prática de registros e acompanhamento por pessoal técnico


 formação de processos documentais à parte, perfeitamente características das aplicações
 laudos técnicos indicando :
 taxas e prazos de início e término das amortizações respectivas;
 desativação dos projetos, motivos e comunicação para baixas;
 registros subsidiários das aplicações e seu acompanhamento, efetuados por pessoal
técnico;
 sistema de informações adequadas e em tempo hábil à contabilidade, para fins de
registros.

Os registros subsidiários identificam a natureza e a espécie das aplicações por tipos de


projetos.

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O processo documental e o sistema de informações referidos anteriormente identificam,


para fins de registros contábeis, os dados referidos acima.

As contas do razão identificam adequadamente, no mínimo, as despesas diferidas por sua


natureza e espécie.

A contabilidade mantém controle sobre as despesas diferidas, no sentido de:

 conciliações mensais contra registros subsidiários;


 identificação daquelas que serão indedutíveis na formação do lucro real, quando
computadas no resultado do exercício, via amortização.

10.2) verificações

1.1) fazer testes de movimentação do diferido, ou seja, verificar se as aquisições e as baixas


estão em conformidade com os documentos; neste procedimento o Auditor deverá solicitar
o razão contábil de 01.01 a 31.12, com a movimentação das aquisições e baixas do diferido
e por amostragem averiguar os valores mais representativos. Caso o razão contábil esteja
contabilizado por totais mensais oriundos do sistema de controle do ativo
imobilizado/diferido, solicitar razão analítico desse sistema para efetuar a conferência com
os documentos;

1.2) verificar por amostragem se a empresa está baixando corretamente o custo e a


amortização. Exemplo, na perda de gasto de implementação deverá haver necessariamente
a baixa na conta de gastos de implementação, do valor do gasto, e na conta de amortização
do gasto, do valor já amortizado relativamente à perda;

1.3) como papel de trabalho do Ativo Diferido o Auditor poderá fazer um resumo
contendo: saldo inicial em 01/01 + aquisições – baixas = saldo em 31/12 e fazer a
referência com o razão contábil ou razão analítico do sistema de controle do ativo
imobilizado, no qual estão feitas as análises;
2) Amortização
De acordo com a Lei 6.404/76 e o art. 327 do RIR/99, a amortização dos valores
registrados no Ativo Diferido deverá ser feita em prazo não inferior a cinco anos e não
superior a dez anos, (taxa de amortização mínima de 20% a .a e máxima de 10% a.a).

3.3) Benfeitorias e construções em propriedades de terceiros

Quando a empresa locadora de um imóvel executa benfeitorias ou construções no


respectivo bem, tais desembolsos devem ser contabilizados de forma específica, como
veremos a seguir.

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11. COMENTÁRIOS SOBRE O PASSIVO

PASSIVO

AA CIRCULANTE
AA1 Fornecedores
AA2 Empréstimos e Financiamentos
AA3 Obrigações Fiscais
AA4 Obrigações Sociais
AA5 Obrigações Trabalhistas
AA6 Provisões
AA7 Contas a Pagar
AA8 Outras Contas a pagar

12. AUDITORIA DE FORNECEDORES

12.1 Principais incorreções

 saldos inadequados
 saldo da conta fornecedor não está de acordo com o relatório de contas a pagar
 saldo dos fornecedores não conciliados com o relatório de contas a pagar
 inexistência ou falta de emissão mensal do relatório de contas a pagar

12.2 Procedimentos de auditoria

1) Procedimentos de auditoria

Se o relatório do Setor de Contas a Pagar, contendo os fornecedores da empresa está


conciliado com o balancete contábil, investigar diferenças não explicadas, se não há o
relatório de fornecedores a pagar, sugerir a implementação do mesmo;

 Por amostragem, selecionar os fornecedores mais representativos:

 verificar a liquidação subseqüente, isto é, se as duplicatas constantes no Balanço estão


sendo pagas nos meses subseqüentes ao Balanço;
 Alternativamente, verificar as notas fiscais que deram o saldo constante no Balanço;
 Atentar aos fornecedores pendentes de pagamento de longa data, questionar o motivo
da pendência e se realmente existe a dívida;

2) Notas fiscais de fornecedores – documentos subseqüentes

A análise nesta conta deve ser efetuada no sentido de verificar se nos meses de janeiro e
fevereiro do ano seguinte ao encerramento do balanço não estão contabilizadas em contas
de resultado notas fiscais de fornecedores pagas nesses meses, mas emitidas em novembro
ou dezembro do ano anterior. Essa verificação pode ser feita nos documentos de
pagamentos bancários, o movimento de caixa e livros fiscais.

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3) Notas fiscais de fornecedores emitidas no mês seguinte da realização do serviço

Na maioria das vezes as prestadoras de serviços, emitem notas fiscais no início do mês
seguinte referente serviços realizados no mês anterior. Exemplo: empreiteiras, serviços
profissionais outros serviços mensais contratados.

12.4 Controles internos

A contabilidade e o setor de contas a pagar estão adequadamente organizados, no sentido


de manter as obrigações sob permanente controle e vigilância, quanto a (controles,
formulários em uso, n.º de vias e destinação):

 Posições e vencimentos dos títulos;


 Registros adequados, suficientes e em tempo hábil;
 Que evitem pagamentos indevidos, em atraso ou em duplicidade.

Existe um sistema adequado para registro e controle das contas a pagar em geral,
especialmente quanto a (descrever como se processa):

 Compras e despesas de menor valor, efetuados fora do alcance dos controles


estabelecidos para as principais ou de maior vulto;
 Conferências de preços, quantidades, entradas e consumo, autorizações, etc.;
 Conferências das retenções de tributos.

Os registros e controles da contas a pagar são mantidos de forma inacessível ao pessoal


ligado a:

 Preparação e emissão de ordens de compra


 Recepção, controle e registro de estoques
 Pagamentos (caixa).

A documentação da compra é conferida e aprovada para pagamento, quanto às (existem


evidências e quem confere e aprova):

 quantidade, preços, prazos de entrega e de vencimento, descontos, bonificações ou


outras condições, contra a ordem de compra.
 somas e cálculos, inclusive de impostos e despesas acessórias incidentes
 relações ou boletins de recepção e destes com as relações da portaria.

Quanto aos adiantamentos a fornecedores:

 a documentação é conferida e aprovada para pagamento (existem evidências de quem


confere e aprova)
 são controlados quanto a prazos de liquidação, mesmo que previstos.

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13. AUDITORIA EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

13.1 Principais incorreções

 juros e atualizações não contabilizadas mensalmente como despesas financeiras pelo


regime de competência
 inexistência de planilhas de atualização dos empréstimos e financiamentos
 não contabilização de imediato da taxa de IOF e de cadastro como despesa financeira

13.2 Documentos a serem solicitados

 cópia dos contratos de empréstimos e financiamentos


 extrato fornecido pela Instituição Financeira contendo cálculos, pagamentos, etc.
 planilhas de atualização mensal dos contratos
 razão contábil dos principais contratos

13.3 Procedimentos de auditoria

1) Verificações

1.1) verificar se os empréstimos e financiamentos estão atualizados pelos índices de juros e


atualizações constante dos contratos, normalmente empresas pagam tributos por não
corrigirem adequadamente seus saldos (os juros e atualizações). Para isso, o Auditor deverá
solicitar todos os contratos firmados com Instituições financeiras;

1.2) verificar comentários sobre a retenção do IRRF e a incidência de IOF sobre


empréstimos obtidos de pessoas jurídicas não financeiras e de pessoas físicas; (i1) (i2)

2) Juros e atualização monetária

Mediante uma análise nas contas de empréstimos e financiamentos na contabilidade e


comparando com as planilhas de financeiras de acompanhamento dos empréstimos a
empresa deverá verificar se as suas obrigações financeiras estão atualizadas até a data do
Balanço. Exemplo: juros + TJLP.

Normalmente ocorre que as empresas não calculam a variação da TJLP (ou outro índice) e
os juros sobre suas obrigações, contabilizando os mesmos somente por ocasião do
pagamento, pelo fato de acharem o cálculo complicado, no entanto basta manter uma
planilha em excel e alimentar a taxa de juros e a variação mensal do índice de atualização.

3) IOF

Na contratação de qualquer empréstimo bancário, por lei é cobrado o IOF – Imposto s/


Operações Financeiras. Na maioria das vezes o IOF é financiado pela Instituição Financeira
no mesmo prazo de duração do contrato.

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4) Contabilização de variações monetárias passivas

O Auditor deve ficar atento ao índice de atualização constante nos contratos.

Na determinação do lucro operacional poderão ser deduzidas as contrapartidas de variações


monetárias de obrigações e perdas cambiais e monetárias na realização de créditos, segundo
o regime de competência.

A contabilização da Variação Monetária somente "ano a ano" ou ao final do contrato,


deixando de aplicar o cálculo "pró-rata" (mês a mês).

14. AUDITORIA CONTAS DE TRIBUTOS

14.1 Documentos a serem solicitados

 Solicitar a DCTF relativa ao ano;


 Livros de Apuração ICMS, IPI, ISS
 Planilhas de apuração do PIS e COFINS
 Planilhas de apuração do IRPJ e CSSL do ano
 Conciliações das contas em dos impostos em atraso
 DARF, GRPS. GIA e outras guias de comprovando recolhimentos subseqüentes
 Razão contábil das principais contas de tributos a recolher
 folha de pagamento para conferir contabilizações do INSS e FGTS
 Certidão negativa atualizada de débitos da Receita Federal, da PGFN, do Estado, do
município, do INSS e do FGTS, bem como extrato de cada repartição contendo a
relação de pendências existentes.

14.2 Principais incorreções:

 tributos não contabilizados pelo regime de competência. Ex.: o PIS dos meses de
setembro outubro, novembro e dezembro não foram ainda pagos e não estão
contabilizados nos respectivos meses. A contabilização é independente do pagamento;
 tributos contabilizados a menor;
 não contabilização de multa de mora e juros selic sobre os tributos não pagos;
 contas de tributos a recolher com saldos incorretos por falta de conciliação;
 tributos contabilizados em contas erradas. Ex.: ICMS contabilizado na conta do IPI.

14.3 Procedimentos de auditoria

1) verificações:

 Verificar se o PIS, a COFINS estão sendo contabilizados mensalmente em função das


receitas, mesmo que não pagos;

 Verificar se o ISS, o ICMS e IPI estão sendo contabilizados mensalmente em


conformidade com os respectivos livros de apuração, mesmo que não pagos;

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 Verificar se o INSS patronal, bem como o FGTS está sendo contabilizado mensalmente
em conformidade com a folha de pagamento, mesmo que não pagos;

 A análise da contabilização dos tributos deve ter como base os lançamentos nas
respectivas contas do passivo, bem como uma correlação com as contas de resultado, ou
seja, o Auditor verifica as contas de tributos a recolher e ao mesmo tempo confere os
lançamentos nas contas de resultado;

 Verificar se os saldos estão conciliados e se há composição de saldos 1;

 Verificar o pagamento subseqüente* dos tributos consignados no Balanço 2;

 Verificar através da DCTF, DACON, GFIP, para certificar-se que os tributos


contabilizados estão de acordo com as respectivas declarações.

2) Tributos não contabilizados

O ISS, ICMS, PIS, COFINS, IPI, INSS, FGTS, IPTU, IPVA dentre outros devem ser
contabilizados segundo o regime de competência, mesmo que não pagos, sendo dedutíveis
para fins de apuração do IRPJ e da CSSL. Dessa forma o auditor deverá solicitar a
contabilização dos tributos não recolhidos.

3) Juros e multas de mora sobre tributos contabilizados e não pagos

Além de contabilizar o tributo não recolhido, conforme descrito no item anterior, a empresa
deverá ainda contabilizar os respectivos juros e multas de mora, pois a demonstração
contábil deverá expressar a realidade da empresa na data de 31.12., conforme o regime de
competência.

4) Multas e juros de mora por atraso, pagos ou não, do IRPJ e CSSL

Devem ser contabilizados as multas e os juros sobre o IRPJ e CSSL não pagas pelo regime
de competência.

5) Parcelamentos de tributos

A empresa deve manter o controle e a contabilização dos juros incidentes sobre o


parcelamento de tributos

1
No formulário de composição de saldo, elaborada pelo setor contábil, consta detalhadamente o tributo e seu
respectivo mês de competência.
2
Através das guias de recolhimentos (DARF,GIA, GPS,etc.), certificar-se se os valores contabilizados foram
recolhidos no mês seguinte. Exemplo: COFINS de dez/x1, verificar se o valor foi recolhido em 20/jan.x2 e
assim sucessivamente para os tributos do ano anterior já recolhidos até a data da realização da auditoria ( a
auditoria é feita com base no balanço encerrado em 31.12.20x1, porém a visita do auditor é feita em data
posterior – exemplo: 28.02.20x2 até 13.03.20x2, assim o pagamento da COFINS de dez/x1 já foi feito).

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6) Tributos impugnados e não recolhidos

Em prol ao princípio do conservadorismo e competência, os autos de infração aplicados


pela Receita Federal devem ser contabilizados na data da sua emissão mesmo que suspensa
a sua exigibilidade pela impugnação e não dedutíveis do IRPJ e da CSLL. O registro
contábil deverá ser feito contemplando o valor principal + multas de ofício + juros.

15.AUDITORIA OUTRAS CONTAS A PAGAR

15.1 Documentos a serem solicitados

 Razão contábil das principais contas a pagar


 Razão contábil do início do ano seguinte (para verificar a liquidação subseqüente )
 Documentos de liquidação subseqüente

15.2 Principais incorreções:

 obrigações não contabilizadas pelo regime de competência. Ex.: Água,luz e telefone


referente o mês de dezembro/x1 contabilizado apenas em jan.x2;
 obrigações contabilizados a menor;
 obrigações com saldos incorretos por falta de conciliação;
 obrigações contabilizadas em contas erradas. Ex.: Luz, água e telefone contabilizada em
contas de seguros a pagar.

15. 3 Procedimentos de Auditoria

1) Análises

 Verificar se as contas foram conciliadas e se há composição de saldos;


 Verificar a liquidação subseqüente dos saldos constantes no Balanço;
 Investigar as contas a pagar pendentes de longa data.

2) Contas a Pagar contabilizadas pelo regime de caixa

Neste grupo de contas são analisadas as despesas incorridas no mês, que devem ser
contabilizadas pelo Regime e Competência, e que são registradas no mês ou ano seguintes
pelo Regime de Caixa (pagamento), tais como:

I - Água, Luz e Telefone;

II - Seguros de vida, acidentes pagos mensalmente;

III - Seguros de cargas e transportes de mercadorias (normalmente são valores altos,


principalmente em transportadoras);

IV - Despesas de Leasing;

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V – Aluguel a pagar;

VI - notas fiscais emitidas no início do mês seguinte, mas referentes a serviços do ano do
encerramento do balanço;

VII - notas fiscais referentes ao encerramento do balanço, mas pagas e contabilizadas no


mês seguinte ao encerramento do balanço;

VIII - Outras despesas referentes ao exercício que devem ser apropriadas pelo regime de
competência e pagas no exercício seguinte;

IX – Comissão a pagar a representantes comerciais, desde que líquida e certa;

X – Comissões a pagar sobre vendas com cartão de crédito( taxa cartão de crédito, juros
antecipação cartão de créditos).

3) Consórcios contemplados a pagar

Registros por ocasião da aquisição do bem:

Por ocasião da aquisição do bem adquirido por Consórcio, há necessidade de registrar o


custo total na conta própria desse bem, no subgrupo ativo imobilizado, bem como os
ajustes decorrentes do (a):

a) total dos pagamentos realizados (inclusive lance, se for o caso), dando-se baixa na conta
transitória em que foram registrados inicialmente;
b) dívida assumida, calculada pela multiplicação do valor atual da parcela mensal pelo
número de parcelas restantes, a qual será registrada em conta (s) do passivo circulante e
exigível a longo prazo, se for o caso.

Portanto, para fins de apuração do resultado contábil, é interessante que estes registros
sejam feitos imediatamente por ocasião do recebimento do bem, para permitir a dedução
como despesa financeira do ajuste de valor das parcelas vincendas.

4) Juros s/capital próprio a pagar, com base na TJLP

As empresas deverão contabilizar os juros pagos ou creditados individualizadamente a


titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as
contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de
Longo Prazo – TJLP (Lei 9.249/95, art. 9º) e condicionado à existência de lucros,
computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em
montante igual ou superior ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados

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16 AUDITORIA PROVISÕES TRABALHISTAS/ENCARGOS E OUTRAS

16.1 Documentos a serem solicitados

 Relatório de provisão de férias


 Acordo de PLR
 Reclamatórias trabalhistas parceladas na data do balanço

16.2 Principais incorreções:

 falta de contabilização provisão de férias


 falta de contabilização das reclamatórias trabalhistas em andamento e as parceladas
 falta da contabilização PLR relativa ao ano
 provisão IRPJ e CSLL do ano não contabilizada
 outras provisões para contingência não contabilizada

16. 3 Procedimentos de Auditoria

Pelo regime de competência as provisões trabalhistas, como férias e 13º salários devem ser
contabilizadas mensalmente.

1) Análises:

 verificar se a empresa possui relatório de provisão de férias e 13º salários;


 selecionar alguns funcionários e efetuar testes nos cálculos contidos nas provisões;
 caso a empresa não possua o relatório da provisão de férias, e a provisão diminuirá o
IRPJ e a CSSL a pagar, o Auditor deverá solicitar que o Setor de Pessoal elabore uma
planilha contendo os dados e requisitos da provisão de férias a ser contabilizada.

2) Provisão de férias

A provisão de férias é dedutível como custo ou despesa operacional, na apuração do Lucro


Real (tanto para o IRPJ como para a CSL), conforme artigo 337 do RIR/99. Também são
dedutíveis os encargos calculados sobre a provisão do 13 º Salário, tais como: FGTS
(8,5%), INSS ( empresa (20% + SAT (3%) + terceiros ( 5,8%) + percentual de
aposentadoria especial caso houver).

3) Provisão de 13º salário e encargos sociais

A provisão de 13º Salário é dedutível como custo ou despesa operacional, na apuração do


Lucro Real (tanto para o IRPJ como para a CSL), conforme artigo 338 do RIR/99. Também
são dedutíveis os encargos calculados sobre a provisão do 13 º Salário, tais como: FGTS
(8,5%), INSS ( empresa (20% + SAT (3%) + terceiros ( 5,8%) + percentual de
aposentadoria especial caso houver).

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4) PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES NOS LUCROS

A empresa que adota a participação dos trabalhadores nos lucros, quando distribuída de
acordo com a Lei 10.101/2000, não se sujeita á incidência de INSS e FGTS ou qualquer
outra verba trabalhista.Outro detalhe é que a pessoa jurídica poderá deduzir como despesa
operacional as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, dentro do
próprio exercício de sua constituição.

5) RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS
As reclamatórias trabalhistas julgadas e os acordos trabalhistas podem ser contabilizados
integralmente como despesas dedutíveis na data da homologação da sentença ou do acordo,
independentemente do pagamento.

6) PASSIVOS NÃO REGISTRADOS

Há inúmeras situações envolvendo passivos não registrados ou contabilizados por valores


insuficientes. Alguns exemplos poderiam ser:

a) falta de registro das despesas de propaganda já veiculada a pagar;


b) não-provisionamento de comissões sobre vendas;
c) não-atualização ou atualização parcial de empréstimos e financiamentos, relativamente
a variações monetárias (variações cambiais ou correção monetária) incorridas até a data
do balanço ou falta de provisionamento dos juros correspondentes;
d) falta de provisão para imposto de renda sobre o lucro tributável ou inflacionário etc.;
e) falta de provisão para passivos de natureza fiscal ou trabalhista;
f) falta de provisões para garantia de produtos e outras etc.

17. AUDITORIA EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

17.1 Regras gerais e procedimentos

Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de vencimento após
12 (doze) meses, vencíveis a partir de 01.01.2007 Ex: empréstimos bancários e
financiamentos. Neste grupo também são classificadas as seguintes contas: adiantamentos
de sócios, adiantamentos de acionistas, empréstimos de coligadas e empréstimos de
controladas.

As contas do Exigível a Longo Prazo devem ser verificadas com relação aos documentos
suportes de movimentação no ano, a classificação superior a 12 meses após encerramento
do balanço e planilhas subsidiárias.

Nos contratos com vencimento a longo prazo, devem ser reclassificadas para o Passivo
Circulante as parcelas a vencer no período de 12 meses após o encerramento do balanço de

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31.12.2006. Dessa forma, um contrato com saldo de R$ 360.000,00, em 31.12.2006,


restando 36 parcelas a vencer, nos próximos 36 meses, será classificado da seguinte forma:

 12 parcelas 3 x 10.000,00 = 120.000,00 -> serão reclassificadas para o Passivo


Circulante.
 24 parcelas 4 x 10.000,00 = 240.000,00 -> estarão registradas no Passivo Exigível a
Longo Prazo.

Tratamento idêntico deve ser adotado para as demais contas, como exemplo os
parcelamentos de tributos a longo prazo, os empréstimos a terceiros a longo prazo. De
forma a cumprir o disposto no art. 180 da Lei 6.404/76. Bem assim, para manter
consistentes os índices financeiros, gerenciais e econômicos que serão extraídos das
Demonstrações Financeiras.

Porém os adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas, empréstimos de coligadas


e controladas, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia,
serão classificados integralmente no Passivo Exigível a Longo prazo, por analogia ao inciso
II, artigo 179 da Lei 6.404/76.

Por opção da empresa, a reclassificação pode ser feita no último dia do balanço e revertida
no primeiro dia do ano seguinte, desde que no Balanço encerrado em 31.12.2006, constem
as reclassificações para o Passivo Circulante.

17.2 Contratos e parcelamentos a longo prazo – contabilização das variações


monetárias, juros, multas e encargos.

Os contratos, consórcios e parcelamentos de tributos registrados no Passivo Exigível a


Longo Prazo têm as mesmas regras de dedutibilidade explanadas no Passivo Circulante. A
classificação no Exigível a Longo Prazo ou Circulante é realizada em função da norma
Contábil. Para fins da norma tributária independe se a classificação for a curto ou longo
prazo.

Dessa forma, os juros e variações monetárias dos contratos a longo prazo são dedutíveis
conforme forem incorrendo. Da mesma forma os juros e variações sobre parcelamentos
tributários.

3
Com vencimento nos meses de janeiro de 2007 a dezembro de 2006.
4
Parcelas com vencimentos a partir de 01.01.2008 (12 meses após o encerramento do balanço – 31.12.2005).

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18. AUDITORIA RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

18.1 Considerações

Resultado de Exercícios Futuros: compreende as receitas faturadas antecipadamente que de


acordo com o regime de competência pertence a exercícios futuros. Ex: receita antecipada e
custos atribuídos à receita antecipada.

O artigo 181 da Lei 6406/76, dispõe que serão classificadas como resultados de exercício
futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas
correspondentes.

A contabilização das receitas será efetuada de acordo com o regime a que competirem,
gerando menor desencaixe de tributos por ocasião do faturamento, de acordo com a correta
apropriação contábil.

19. AUDITORIA PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Documentos a serem solicitados
 Razão contábil de 01.janeiro a 31 de dezembro
 documentos de suporte aos lançamentos, os quais devem ser analisados um a um

19.1 Análises

 Examinar as movimentações ocorridas nas contas do Patrimônio Líquido, para isso o


Auditor poderá solicitar o razão contábil do início até o final do ano;
 Verificar se os ajustes de exercícios anteriores terão conseqüência tributária no
exercício em curso ou em outro exercício, os quais deverão ser adicionados ao Lucro
Real e à CSSL, pelo período de competência;
 Verificar a realização da reserva de reavaliação, quanto são contabilizadas em contas de
resultados as depreciações calculadas sobre a reavaliação de bens, devem ser
transferidas da conta de lucros/prejuízos acumulados (PL) para a conta de Reserva de
Reavaliação (PL) e adicionado ao Lucro Real e a CSSL;
 Verificar se o Capital Social da empresa está em conformidade com a última alteração
contratual do exercício;
 Subvenções para Investimento e Doações (art.443 RIR/99)

Não serão computadas na determinação do lucro real as subvenções para investimento,


inclusive mediante isenção ou redução de impostos concedidos como estímulo à
implantação ou expansão de empreendimentos econômicos, e as doações, feitas pelo Poder
Público, desde que (Decreto-Lei 1.598, de 1977, art. 38, § 2º, e Decreto-Lei nº 1.730, de
1979, art. 1º, inciso VIII):

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I – registradas como reserva de capital que somente poderá ser utilizada para absorver
prejuízos ou ser incorporada ao capital social, observado o disposto no art. 545 e seus
parágrafos; ou
II – feitas em cumprimento de obrigação de garantir a exatidão do balanço do contribuinte e
utilizadas para absorver superveniências passivas ou insuficiências ativas.

20. AUDITORIA RECEITAS

20.1 Procedimentos de Auditoria

1) Conferência das Receitas

Para confirmar se os saldos das contas de Receitas estão corretas, o Auditor deverá
confrontar a Receita constante no balancete com os Livros de saída de Mercadorias ou
Produtos (ICMS/IPI) e de Serviços (ISS),atendo-se aos grupos:

 5.101 a 5.125; 5.35; 5.401 a 5.405; (no estado)


 6.101 a 6.125; 6.35; 6.401 a 6.405; (interestadual)
 7.101 a 7.125; 7.35; 7.401 a 7.405; (exportação)
 observar que muitos códigos de saídas não são receitas, ex: simples remessa, devolução
de compras, transferências, simples remessa, venda do imobilizado, retorno, doação,
amostra, etc.

Esse é o principal exame, nesse grupo de contas, que o Auditor deverá efetuar, o qual não
deixará dúvida sobre os saldos.

2) Deduções de venda

 As contas de devoluções de vendas devem ser conferidas com o Livro de Entrada de


Mercadorias, no qual consta código específico;
 Lembrar que o IPI destacado nas notas fiscais não é computado na base de cálculo para
recolhimento de tributos;
 Averiguar as vendas canceladas;
 O ICMS substituição tributária também não é computado na base de cálculo para
recolhimento de tributos;

21. AUDITORIA CUSTOS e DESPESAS

21.1 Procedimentos de Auditoria

1) Custos

Para o Auditor averiguar se os custos vem mantendo-se com um certo equilíbrio e


coerência com as Receitas deve proceder a seguinte análise:

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 somar mês a mês o CPV e o CVM


 somar mensalmente as receitas com vendas de produtos e mercadorias;
 somar mês a mês os impostos incidentes sobre as vendas (IPI, ICMS, PIS, Cofins)
vendas canceladas e devoluções de vendas;

 Aplicar em cada mês a seguinte fórmula

Índice= (CPV + CMV )


(Receita – Deduções)

Exemplo:

Receitas
Receita de Produtos 3.500.000,00
Receita de Mercadorias 500.000,00
Receita de Exportações Produtos 1.000.000,00
Total das Receitas 5.000.000,00

Deduções da Receita
(-)IPI 400.000,00
(-)ICMS 500.000,00
(-)PIS 26.000,00
(-)COFINS 110.000,00
(-)Devoluções 100.000,00
(-)Vendas canceladas 15.000,00
Total das Deduções 1.151.000,00

Custos
CPV 1.735.000,00
CMV 245.000,00
Total 1.980.000,00

Fórmula:

Índice= (CPV + CMV )


(Receita – Deduções)

Calculando:

Índice = 1.735.000,00 + 245.000,00


5.000.000,00 - 1.151.000,00

Índice = 1.980.000,00
3.849.000,00

Índice = 51,44%

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2) Deduções de venda

 As contas de devoluções de vendas devem ser conferidas com o Livro de Entrada de


Mercadorias, no qual consta código específico;

 Lembrar que o IPI destacado nas notas fiscais não é computado na base de cálculo para
recolhimento de tributos;
 !- Averiguar se as vendas canceladas estão em conformidade com os livros fiscais;

 O ICMS substituição tributária também não é computado na base de cálculo para


recolhimento de tributos;

 A despesa do ICMS e o IPI podem ser confrontados com os livros de apuração desses
impostos, o Auditor poderá pedir um resumo anual e confrontar com o balancete;

 - O ISS pode ser confrontado com o livro desse imposto;

3) Despesas

3.1) Verificações

O Auditor poderá selecionar as contas mais relevantes de despesas e solicitar o razão


contábil das mesmas, através do razão contábil poderá selecionar alguns documentos que
julgar necessário;

O Auditor poderá, solicitar os documentos de um determinado mês e examiná-los quanto a


consistência dos mesmos, neste tipo e análise, o Auditor poderá constatar dente outras
coisas, se:

 retém o INSS das empresas tomadoras de serviço;


 retém o IRRF dos serviços temporários, vigilância, engenharia, contabilidade, auditoria,
etc.;
 retém o IRRF das pessoas físicas;
 retém 11%, referente INSS das pessoas físicas;
 recolhe o INSS patronal sobre pagamentos às pessoas físicas (autônomos);
 consta nas notas fiscais de despesas o nome da empresa, endereço, CNPJ e a descrição
das despesas

Através do balancete de verificação, visualizar contas como despesas diversas, multas de


trânsitos, doações, brindes outras contas que deverão ser adicionadas ao IRPJ e à CSSL,
solicitando o razão contábil e documentação para análise.

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3.2) Despesas com veículos

Em várias decisões administrativas o ônus da prova inverte-se se os veículos não são de


propriedade da empresa, assim a empresa devendo comprovar a real utilização. Caso o
veículo não esteja em nome da empresa é necessária a realização de um contrato de
comodato, em que o proprietário sede o veículo para uso da empresa e esta se compromete
com os cuidados necessários para a conservação do automóvel

3.3) Despesas Indedutíveis

O artigo 13 da Lei 9.249/95, que são indedutíveis despesas:

Outras Despesas indedutíveis

 multas de trânsito;
 pagamentos por mera liberalidade;

Através do balancete de verificação, visualizar contas como despesas diversas, multas de


trânsitos, doações, brindes outras contas que deverão ser adicionadas ao IRPJ e à CSSL,
solicitando o razão contábil e documentação para análise

Verificar se as despesas com pessoal estão de acordo com a folha de pagamento fornecida
pelo RH

3.4 Análise Global

O auditor poderá selecionar as principais contas de despesas, dentro dos respectivos grupos
e realizar a comparação mês a mês, e solicitar o razão contábil da conta relativa ao mês que
houve maior variação para a respectiva análise.

Exemplo:

 Do grupo despesas financeiras


 Juros sobre duplicatas

Mês Valor
Janeiro 15.311,35
Fevereiro 16.201,02
Março 35.221.15
Abril 14.535,10
Maio 15.040,11
Junho 16.388,69
Julho 14.711,12
Agosto 15.311,10
Setembro 49.949,60
Outubro 17.032,11

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Novembro 15.722,30
Dezembro 14.950,20

22. AUDITORIA NOTAS EXPLICATIVAS

22.1 Definição e conteúdo das notas explicativas

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

As informações contidas nas notas explicativas devem ser relevantes, complementares e/ou
suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não constantes nas
demonstrações contábeis propriamente ditas.

As notas explicativas incluem informações de natureza patrimonial, econômica, financeira,


legal, física e social, bem como os critérios utilizados na elaboração das demonstrações
contábeis e eventos subseqüentes ao balanço.

22.2 Aspectos a observar na elaboração das notas explicativas

a) Os seguintes aspectos devem ser observados na elaboração das notas explicativas:


b) as informações devem contemplar os fatores de integridade, autenticidade, precisão,
sinceridade e relevância;
c) os textos devem ser simples, objetivos, claros e concisos;
d) os assuntos devem ser ordenados obedecendo a ordem observada nas demonstrações
contábeis, tanto para os agrupamentos como para as contas que os compõem;
e) os assuntos relacionados devem ser agrupados segundo seus atributos comuns;
f) os dados devem permitir comparações com os de datas de períodos anteriores;
g) as referências a leis, decretos, regulamentos, Normas Brasileiras de Contabilidade e
outros atos normativos devem ser fundamentadas e restritas aos casos em que tais
citações contribuam para o entendimento do assunto tratado na nota explicativa.

RESOLUÇÃO CFC Nº 737 de 27 de novembro de 1992 - Publicada no DOU, de 11-12-92


que aprova a NBC T 6 – 6.2 – DO CONTEÚDO DAS NOTAS EXPLICATIVAS

22.3 Omissão de informação relevante – Nota explicativa omissa ou falha

Se uma entidade omitir uma nota explicativa, necessária à adequada análise e interpretação
das demonstrações contábeis, o auditor deve mencionar o fato em parágrafo intermediário
de seu parecer.

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23.4 Modelo – principais Notas Explicativas

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


DE 31 DE DEZEMBRO DE 2006 (Valores em R$ 1)

NOTA 1. CONTEXTO OPERACIONAL

NOTA 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

NOTA 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS


Dentre os principais procedimentos adotados para a preparação das
demonstrações contábeis ressaltamos:

a) Apuração do Resultado
b) Aplicações de liquidez não imediata
c) Adiantamento a fornecedores
d) Despesas antecipadas
e) Imobilizado
f) Diferido
g) Passivo Circulante
h) Provisão para Imposto de Renda
i) Provisão de férias

NOTA 4. IMOBILIZADO
A seguir, demonstramos as contas que compõem esta rubrica:

NOTA 6. OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO


Referem-se às obrigações vincendas após o término do exercício seguinte ao
balanço e estão demonstradas pelos seus valores originais contratados,
incluindo, quando aplicável, correção, variação monetária e juros. Os detalhes
identificativos destas aplicações, incluindo as garantias prestadas, discriminam-
se como segue:

I – OBRIGAÇÕES:

Instituições financeiras
Tributos e Contribuições Sub-judice

II – GARANTIAS

 Avais dos diretores


 Hipoteca de Imóvel – R$ 1.500.000,00

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NOTA 7. TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS


Síntese das principais operações

NOTA 8. CAPITAL SOCIAL

NOTA 9. AJUSTE DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

NOTA 10. GARANTIAS E SEGUROS

24. AUDITORIA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS

24.1 Demonstrações Contábeis Obrigatórias

Conforme artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações financeiras obrigatórias pelas Leis
das S.A. são:
1. Balanço Patrimonial - BP
2. Demonstração de Resultado do Exercício - DRE
3. Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA
4. Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos - DOAR
5. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL - é facultativa (art. 186,
§2º) e poderá ser incluída na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
6. Notas Explicativas deverão fazer parte das Demonstrações Contábeis, conforme § 4º e
§5º, do artigo acima citado.

Além dos aprimoramentos no método de avaliação dos investimentos, a lei exige que,

26. AUDITORIA CIRCULARIZAÇÃO DE SALDOS COM TERCEIROS

O Auditor deve pedir à administração do cliente para preparar carta de solicitação de


confirmação de dados (circularização), pedido de informação junto a:
Bancos
Clientes e outras contas a receber
Fornecedores e outras contas a pagar
Participações
Estoque em poder de terceiros
Advogados
Cobradores externos
Companhias Seguradoras

26.1 Procedimentos de auditoria

O Auditor, antes da data de encerramento do balanço, por exemplo em 30 de novembro, e


de posse do balancete encerrado em 31 de outubro, seleciona algumas contas

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representativas de bancos, clientes, outras contas a receber, fornecedores, outras contas a


pagar, participações, estoque em poder de terceiros, companhias de seguros, para pedir
informações através de cartas de são enviadas às respectivas empresas, com o intuito de
obter uma resposta.

Também, deve ser solicitada informação para advogados e cobradores externos

26.2 Posições para selecionar os itens a serem circularizados 5:

a) uma listagem dos saldos a pagar, por credor, na data base de 30/nov.;
b) uma listagem dos saldos devedores e credores, na data-base de 30/nov., com
Instituições Financeiras;
c) uma listagem das seguradoras com quem a entidade mantém suas apólices de seguro;
d) uma listagem dos escritórios de assessoria jurídica, externos e;
e) último balancete de verificação encerrado (não precisa estar totalmente conciliado, é
apenas para nossa orientação e visualização).

26.3 Instruções para circularização

Preenchimento das cartas:

 Após conhecimento das posições a serem circularizadas, far-se-á necessário o


preenchimento das respectivas cartas a serem encaminhadas. Visando facilitar o
procedimento estamos deixando na entidade um disquete com os modelos de cartas
propostos.
 As cartas devem ser impressas em três vias oficiais (papel timbrado) devidamente
assinadas.
 Para cada carta impressa será necessário endereçar e selar 2 envelopes timbrados. Não
lacrar os envelopes, pois dentro destes seguirá o nosso envelope resposta.
 Reunir as cartas e envelopes e encaminhá-los para o nosso escritório. A postagem e o
controle das respostas recebidas cabe a nós da auditoria.

5
Normalmente com base em 30/nov.

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