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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO BÁSICO, EM HABILITAÇÕES DE SUPERVISÃO


INSPECÇÃO E GESTÃO DAS ESCOLAS BÁSICAS

AIRASS JOAQUINA CANGAVAI

GESTÃO DE COMPRA

Beira

2022
AIRASS JOAQUINA CANGAVAI

GESTÃO DE COMPRA

Trabalho de pesquisa apresentada ao curso


de Licenciatura em Ensino Básico,
Faculdade de edução, com requisito para a
classificação.

Docente:

Dra. Josefina da Silva

Beira

2022
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

2. A gestão de Compras................................................................................................................5

2.1. Ciclo da gestão de compras...............................................................................................5

2.2. Modelos de compras.........................................................................................................6

2.3. Estratégias de Gestão de Compras....................................................................................6

2.4. Planeamento de compras...................................................................................................7

2.5. Relação com os fornecedores............................................................................................8

2.6. Importância de processo de gestão de compra..................................................................8

3. Conclusão...............................................................................................................................10

4. Referencias Bibliograficas.....................................................................................................11
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1. Introdução
Nos dias actuais as compras estão a assumir uma importância cada vez maior nas
organizações. Para além disso o sector de compras tem contribuído para que a empresa
permaneça no mercado competitivo e que vem desempenhando um papel importante dentro
das organizações. Neste contexto é fundamental que as empresas tenham estratégias de
compra bem definidas. Dai que surge a necessidade de abordar sobre este tema.

Para evidenciar a problematização do estudo tem-se como objectivo geral de desenvolver as


estratégias aplicadas na gestão compra, aplicadas a um caso real, recorrendo à matriz de
algumas obras que abordam em torno do tema como principal ferramenta para a realização
desta pesquisa bibliográfica. E por outro lado, é de salientar que quanto a organização
estrutural da pesquisa será apresentada primeiramente a introdução, referencial teórico,
conclusão e por fim a bibliografia.
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2. A gestão de Compras
A gestão de compras é uma actividade estratégica amplificada dentro da empresa pelo que,
para cumprir a sua função de forma eficaz, o gestor de compras deve demonstrar bons
conhecimentos do produto que se propõe comprar, para poder comparar e negociar com o
fornecedor, de forma a fechar o melhor negócio para a empresa Silva (s/n). O objectivo
primordial da gestão de compras é então conciliar os objectivos de aquisições da empresa com
as expectativas dos fornecedores.

A gestão de compras ou administração de compras é responsável pela aquisição de matérias-


primas dentro da empresa de acordo com que as políticas específicas da empresa incluem os
cálculos relacionados à despesa com stocks e depreciação, análise de custeio e avaliação das
instalações. De acordo com Faria (2019) define como parte essencial no processo de
suprimentos, de forma que:

A administração de compras possibilita um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis da


empresa evitando gastos desnecessários com a aquisição de materiais, estocagem e
depreciação. Cabendo ao gestor de compras, planejar as aquisições de forma com que realize
os pedidos no tempo certo, com a quantidade certa e verificar se recebeu efectivamente o que
foi adquirido, além de trabalhar o desenvolvimento com os fornecedores.

Sendo assim, entende-se que o conceito de gestão de compras como optimização do


funcionamento das organizações através da tomada de decisões racionais e fundamentadas no
recolhimento e tratamento de dados e informações relevantes para a contribuição do
desenvolvimento e satisfação dos interesses de todos os seus colaboradores e proprietários
para a necessidade geral ou de um grupo particular.

2.1. Ciclo da gestão de compras


O ciclo da gestão compras inicia-se quando o departamento de compras recebe um pedido
interno para compra de produtos e matérias-primas Stevenson, (1999). Este pedido deve
conter a descrição detalhada dos artigos a comprar, quantidade, qualidade, data de entrega
desejada e, eventualmente, do fornecedor a quem deve ser efectuada a compra Stevenson,
(1999).

As fases intermédias consistem na identificação e escolha do fornecedor que virá a fornecer


os artigos desejados. Se não houver fornecedores capazes de satisfazer o pedido, devem ser
procuradas novas soluções. Após efectuada a selecção de fornecedor deve ser emitido o
pedido da compra. Todos os pedidos devem ser supervisionados pelo departamento de
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compras, em especial aqueles que apresentem grande impacto financeiro, de modo a prever
possíveis atrasos que possam afectar o departamento de operações Stevenson, (1999).

A última fase consiste na recepção da encomenda. Nesta fase são aferidas as quantidades
recebidas, assim como é feita uma análise qualitativa aos artigos recepcionados. Se os artigos
comprados não forem aprovados, devem ser devolvidos ao fornecedor para troca ou para
emissão de uma nota de crédito Stevenson, (1999). O fluxograma apresentado na Figura 3.2
representa o processo de compras descrito.

2.2. Modelos de compras


As organizações, de um modo geral, tentam assegurar a quantidade e variedade necessária de
matérias-primas para garantir o cumprimento do seu plano de produção. No entanto, o
processo de compras para além de implicar tempo e recursos financeiros para a organização,
também apresenta um grau de risco para a mesma. Desta forma, as estratégias implementadas
pela organização nas compras podem influenciar fortemente o desempenho das mesmas Padhi
et al., (2012).

Segundo Gonçalves (2010) as compras podem ser feitas também por meio de concorrências
repetitivas (procedimento adoptado para os pedidos de compra, independentemente da análise
do comportamento periódico em que acontecem) e por meio de contratos de longo prazo
(Procedimento adoptado para fornecimento de materiais de consumo regular, com vigência
por determinado período de tempo, para entregas parceladas, por meio de autorização
(objectivo é tentar ganhar alguma vantagem)

2.3. Estratégias de Gestão de Compras


Segundo Carvalho et al, (2012) existem inúmeras estratégias de compras mediante as quais as
empresas procuram concretizar os seus objectivos. As mais comuns e importantes são
apresentadas no quadro a seguir.
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Estratégia Descrição
Neste processo procura-se quantificar e qualificar os fornecedores a
manter.
Optimização da Pode envolver eliminação e redução mas também substituição dos
Base de fornecedores, caso estes não cumpram os requisitos necessários. Com esta
acção espera-se a selecção dos melhores fornecedores e a redução de
Fornecedores custos, que deverá traduzir-se na melhoria do desempenho.
Esta estratégia pressupõe a globalização do fornecimento, ou seja, os
Global Sourcing fornecedores poderão estar em qualquer local do mundo. Com uma gestão
bem organizada, é possível reduzir custos, melhorar as fontes de
abastecimento e estabelecer alianças noutros mercados.
O desenvolvimento de parcerias envolve um investimento por parte do
Desenvolvimento comprador e do fornecedor, com vista à satisfação de ambas as partes.
de Parcerias Esta estratégia caracteriza-se pelo número reduzido de fornecedores,
normalmente eleitos os melhores e mais antigos da base, que estão mais
dispostos a colaborar com a estratégia das empresas.

Porem, de forma a minimizar as vulnerabilidades de abastecimento e maximizar o poder de


compra das organizações, Carvalho et al, (2012) salientam que Kraljic assimilou quatro fases
na aplicação de estratégias de compras, para artigos individuais ou em grupos, isso é, fase de
classificação, fase de análise de mercado fase de posicionamento estratégico e fase de plano
de acção.

Conforme o autor acima, na primeira fase a organização deve classificar os artigos adquiridos
em termos de impacto no lucro da organização e risco no abastecimento. Na segunda fase, a
organização deve analisar o mercado que pode fornecer os artigos identificados na fase 1. A
terceira fase consiste na determinação da posição estratégica global de compras e a quarta e
última fase consiste no desenvolvimento dos planos de acção.

2.4. Planeamento de compras


Planejar e controlar são dois factores primordiais para uma boa administração, pois se atribui
ao sector de stocks o controle onde seu objectivo é não deixar faltar material, evitando a
imobilização dos recursos financeiros. Pozo (2009) apresenta uma lista dos objectivos para
um bom planeamento e controle de stocks. São eles:
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 Manter o stocks o mais baixo possível para atendimento compatível as necessidades


vendidas;
 Identificar os itens obsoletos e defeituosos em stocks para eliminá-los;
 Não permitir condições de falta ou excesso á demanda de vendas;
 Prevenir-se contra perdas, danos, extravios ou mau uso;
 Manter as quantidades em relação às necessidades e os registos;
 Fornecer bases concretas para a elaboração de dados ao panejamento de curto, médio e
longo prazo, das necessidades de stocks;
 Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em conta os volumes de
vendas, prazos, recursos e se efeito sobre o custo de venda do produto.

Contudo, um bom acompanhamento dos stocks tem uma grande importância para o fluxo de
materiais (produtos), que forneça um bom atendimento ao cliente sem que haja desperdícios
de stocks excedentes. É necessário um sistema informatizado que colete os dados dentro da
empresa, para que utilizando os mesmos, possa auxiliar nas decisões, abrangendo o nível
estratégico até o operacional Dias (1993).

2.5. Relação com os fornecedores


Silva (s/n) o comprador é o maior responsável pela evolução da função compras dentro de
uma empresa, pois o mesmo assume grandes responsabilidades. Devido a isso, ser comprador
passou a ter características de gestão e a exigência para os profissionais do cargo aumentaram.
Segundo Dias e Costa (2003, p.60), “Os compradores cada vez mais receberão
responsabilidades adicionais. Seus limites de autonomia para decisão tendem a se ampliar”.

Portanto, o comprador precisa ser capacitado e possuir conhecimento do material a ser


comprado, para que a compra seja no preço certo, essa função tem que ser analisada com
cautela para que ocorra o sucesso e aumente a lucratividade e competitividade da empresa
Silva (s/n).

Em fim, deve haver uma preparação para cada negociação, onde o comprador buscará
critérios e objectivos pré-estabelecidos para as diferentes alternativas que podem surgir no ato
da negociação e na negociação ambos os lados devem estar satisfeitos, antigamente só se
pensava em atender as próprias necessidades, sem se preocupar com o outro envolvido na
negociação.
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2.6. Importância de processo de gestão de compra


Gurgel e Francischini (2013) referem que, o processo de compras é de suma relevância para a
cadeia de valor, uma vez que, a gestão de compras é responsável por manter uma organização
em pleno funcionamento, ressaltando também que a gestão ou, até mesmo, o processo de
compras tem papel fundamental em manter um bom relacionamento com fornecedores e,
consequentemente, aumentando o poder de barganha e garantindo bons preços na negociação.
O autor acima ainda acrescenta que, com base nas informações, a cadeia de valor é um
modelo teórico que descreve como se desenvolvem as actividades de uma empresa.
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3. Conclusão
Esta pesquisa fundamentou-se no objectivo de analisar as estratégias aplicadas na gestão
compra. Em primeiro lugar, foi levantado os conceitos relacionados a temática desse trabalho,
onde englobaram as o ciclo da gestão de compras, modelos de compras, funções compras,
seus objectivos, a relação com os fornecedores onde cuja abordagem está focalizada no sector
de compras.

Perante do que foi analisado, ressalta-se que as empresas pesquisadas utilizam o planeamento
estratégico no sector de compras. Não só, as estratégias de compras sendo feitas com
eficiência traz consequência positiva, porque as compras e os stocks são produtores de custos,
como já foi mencionado antes, em compensação as compras exerce uma função essencial no
favorecimento de receitas, também afecta directa e efectivamente a competitividade e o
resultado financeiro das organizações.
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4. Referencias Bibliograficas
Carvalho, J., Crespo, D., e Alendre., A. (2012). Logística e Gestão da Cadeia de
Abastecimento. Edições Sílabo.

Dias, Marco Aurélio P. (2019). Administração de materiais: uma abordagem logística. (7ª
ed). São Paulo: Atlas.

Faria, Caroline. (2019). Administração de Compras. Disponível em:


http://www.infoescola.com/administracao_/administracao-de-compras/ Acesso em:
05/04/2022.

Gonçalves (2010). Gestão de Aprovsionamentos. Publindústria, Edições Técnicas.

Gurgel, Floriano do Amaral &Francischini, Paulino G. (2013). Administração de Materiais e


do Patrimônio. (2ª ed). São Paulo: CengageLearning.

Padhi, K., Júnior, J., e Vaccaro, G. (2012). Matriz de posicionamento estratégico de materais:
conceito, método e estudo de caso. Vol. 14, n.º 1.

Pozo, Hamilton. (2010). Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. (6.ª Ed). São
Paulo: Atlas.

Silva, Michele. (s/n). Estratégias de compras: Um factor primordial para o crescimento


empresarial. Rio de Janeiro: Qualitymark.

Stevenson, Jonas. (1999). Importância da gestão de compras para as organizações. Revista


Científica Electrónica de Ciências Contábeis.

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