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Universidade de Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

Centro de Recursos de Nampula

Tema: A importancia dos processos cognitivos na construaçao do conhecimento.

Manuel João Alberto

Código: 708212599

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Psicologia Geral

Ano de frequência: 1º

Turma:M

Nampula,Maio de 2022
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

Centro de Recursos de Nampula

Tema: A importancia dos processos cognitivos na construaçao do conhecimento

Manuel João Alberto

Código: 708212599

Trabalho de campo da cadeira de Psicologia Geral a


ser submetido ao curso de Licenciatura em Ensino de
Geografia e a ser apresentado ao:
Tutora :Veronica Baptista Rafael

Nampula, Maio de 2022

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clara do
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Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao
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objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
Conteúdo académico
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(expressão
escrita cuidada,
coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na
área de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento
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Normas APA  Rigor e
Referências
6ª edição em coerência das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referênc
s
bibliografia ias bibliográficas

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Índice
Introdução..........................................................................................................................5

A importancia dos processos cognitivos na construaçao do conhecimento.....................6

Processos cognitivos..........................................................................................................6

1.1 Sensação......................................................................................................................7

1.1.2 Aspectos da sensação...............................................................................................8

1.2 Percepção.....................................................................................................................8

1.2.2 Tipos de Percepção...................................................................................................9

Percepção auditiva...........................................................................................................10

Percepção olfactiva..........................................................................................................10

Percepção Gustativa........................................................................................................10

Percepção táctil................................................................................................................10

Percepção temporal.........................................................................................................10

Percepção espacial...........................................................................................................11

1.3 Memória....................................................................................................................11

1.3.4 Importância da memória.........................................................................................12

1.4.2 Importância da imaginação.....................................................................................13

1.5 Pensamento................................................................................................................14

1.5.1 Características do pensamento...............................................................................15

Conclusão........................................................................................................................16

Referencia Bibliografia...................................................................................................17

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Introdução
A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás
do comportamento. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando
questões sobre a memória , atenção, percepção, representação de
conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas. A vida cognitiva é um
conjunto de fenómenos representativos ou do conhecimento. Embora não seja muito
fácil definir o conhecimento mas sabe-se que conhecer é representar alguma coisa;
conhecemos um objecto quando a sua representação existe no nosso espírito.

Do processo de aquisição dos elementos, faz parte a percepção e a sensação enquanto


que a maneira como se conservam e combinam os conhecimentos adquiridos constituem
a imagem, a memória, a associação e a imaginação e finalmente a elaboração pela
inteligência das ideias, juízos e raciocínios a partir dos dados sensoriais.

O presente trabalho de carácter de investigação para a cadeira de Introdução `a


Psicologia resultou de consultas bibliográfica sobre o conceito dos processos cognitivos
(sensação, percepção, memoria, pensamento e imaginação) e sua importância no
processo de ensino e aprendizagem.

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A importancia dos processos cognitivos na construaçao do conhecimento

Processos de cognição é a capacidade que os seres vivos têm de processar informações a


partir da percepção (estímulos que nos chegam do mundo exterior através dos sentidos),
o conhecimento adquirido com a experiência e as nossas características subjetivas que
possuímos. permitir integrar todas essas informações para valorizar e interpretar o
mundo. A palavra cognição vem do latim “cognoscere”, que significa conhecimento.
Portanto, quando falamos sobre o cognitivo, geralmente estamos a referir-nos a tudo que
pertence ou está relacionado ao conhecimento, isto é, o acúmulo de informações que
adquirimos graças à aprendizagem ou à experiência.
A cognição é a habilidade que temos para assimilar e processar os dados que nos
chegam de diferentes vias (percepção, experiência, crenças.) para convertê-los em
conhecimento. A cognição engloba diferentes processos cognitivos como a
aprendizagem, a atenção, a memória, a linguagem, o raciocínio, a tomada de decisões, e
que formam parte do desenvolvimento intelectual e da experiência.
1. Processos cognitivos

Processos cognitivos, são reflexos dos fenómenos e objectos da realidade objectiva na


qual se insere o sujeito, que permitem a pessoa adquirir conhecimentos Estes surgem
como propriedade do cérebro e como resposta que os diversos sectores específicos do
cérebro dão aos estímulos do meio ambiente.
Processo cognitivo é a realização das funções estruturais da representação (ideia ou
imagem que concebemos do mundo ou de alguma coisa) ligadas a um saber referente a
um dado objecto. Constitui na execução em conjunto das unidades do saber
da consciência, que foram baseados nos reflexos sensoriais, representações,
pensamentos e lembranças, com o processo mental que consiste em escolher ou isolar
um determinado aspecto de um estado de coisas relativamente complexas, a fim de
simplificar a sua avaliação, classificação ou para permitir a comunicação do mesmo
através da abstracção.

Wundt o pai da psicologia estudava a consciência, por muito tempo ela não foi aceita
como objecto de estudo na ciência, mas a psicologia cognitiva promove uma revolução
paradigmática ao colocar a consciência no centro das pesquisas em psicologia
novamente.

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A cognição, é o conjunto dos processos mentais usados no pensamento, na percepção na
classificação no reconhecimento e na compreensão para o julgamento. De uma maneira
geral e simples, pode-se dizer que a cognição é a forma como o cérebro, aprende,
percebe, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cincos sentidos. Ou
seja, o acto ou processo de conhecer, o Homem é exactamente aquilo que criou para si
mesmo, cada um de nós tem, vive e pensa conforme as atitudes mentais edificadas no
passado. É na cognição onde se encontra vários processos psicológicos, dos quais:
memória, aprendizagem, imaginação, pensamento, inteligência, atenção.
1.1 Sensação
Conforme Saraiva ( S/D:96) “ Sensação, é o estado da consciência provocado pela
excitação de um órgão sensorial”. É o fenómeno primário e mais simples de toda a vida
prática, falando com rigor não pode definir-se mas pode descrever-se como:

 Fenómeno psicofisiológico provocado pela excitação de um órgão sensorial;


 É uma reacção da consciência `a um estímulo externo ou interno;
 É um dado imediato da consciência pelo qual ela intui uma qualidade sensível dos
objectos (cor, som, sabor).

A aquisição de conhecimentos é feita pela sensação e percepção que são as bases do


conhecimento sensível, conhecimento este que nos representa os objectos do mundo
exterior por intermédio dos sentidos.

Os objectos externos excitam os órgãos dos sentidos por meio de estímulos e provocam
as sensações graças as quais o espírito os percebe.

1.1.1 Fenómenos do processo da sensação

Excitação ou acção do excitante sobre as terminais nervosas dos órgãos sensoriais –


Fenómeno físico.

Ex: raios luminosos, vibrações

Impressão provocada pela excitante nas células terminais, a condução pelos nervos
sensitivos aos centros nervosos cerebrais e a recepção da impressão do cérebro
Fenómeno fisiológico; a sensação que se produz no termo de todo este processo e
constitui o fenómeno psíquico.

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1.1.2 Aspectos da sensação
Na sensação podemos encontrar três aspectos

 Aspecto afectivo – a sensação é no dizer de Spencer agradável ou desagradável –


aspecto da vida activa
 Aspecto activo – a sensação corresponde um movimento e até frequentemente ela
exige uma adaptação motriz do órgão sensorial;
 Aspecto representativo – a sensação representa e intui uma qualidade sensível do
objecto; que pode caracterizar-se sob este ponto de vista, a representação sensível de
uma qualidade do objecto sem qualquer referencia ao objecto a que pertence, pois
neste caso, teríamos a percepção que envolve sempre juízo da exterioridade, embora
implícito a uma interpretação da sensação

1.1.3 Leis da sensação

As leis da sensação podem dividir-se em três grupos:

 Leis Psicofísicas – respeitam as condições de eficácia do estímulo e podem ser:


leis do limiar inicial ou diferencial.
 Leis Psicofisiológicas – respeitam ao papel dos aparelhos receptores e podem ser:
leis de especialização dos orgaosreceptores e a lei específica dos neuros;
 Leis Psicológicas – que se referem ao condicionamento recíproco das sensações e
podem ser: leis da relatividade e leis da fusão.

1.2 Percepção
Segundo Foquie & Ribeiro (2005 .p. 118) defendem que “ Percepção é o acto pelo
qual o espírito interpreta os dados sensoriais e os refere a um objecto exterior ou é o
conhecimento de um objecto externo, provocado por uma excitação sensorial e
acompanhado de um sentimento da realidade”.

Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de


histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e
interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste
na aquisição, interpretação, selecção e organização das informações obtidas
pelos sentidos. Ela pode ser estudada do ponto de vista Psicológico ou fisiológico,
envolvendo estímulos eléctricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos.

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1.2.1 Teorias da percepçào

Teoria associacionista

para Thomas Reide (1796), admite como base primeira do conhecimento, a existência
de “ unidades psíquicas elementares “ ( as sensações ) as quais combinando-se entre si e
associando-se a representações de experiências passadas, se estruturam em percepções.
Sendo esta ( percepção) “ a síntese de sensações actuais e de lembranças de experiências
anteriores”

Teoria gestalista

Uma totalidade, longe de ser soma, dos elementos que contém, é antes o seu
acondicionamento. Pelo que, um elemento integrado numa totalidade, é diferente desse
mesmo elemento quando isolado, ou integrado numa outra totalidade.

1.2.2 Tipos de Percepção


Percepção de forma
Para reconhecermos um objecto devemos primeiro percebê-lo (vê-lo como uma figura),
como distinto dos estímulos ao redor (o fundo). Devemos também organizar a figura de
uma forma significativa. Vários princípios da gestalt – proximidade, semelhança,
continuidade, fechamento e conexão -descrevem esse processo.
Percepção de profundidade
Pesquisas com o penhasco visual revelam que muitas espécies percebem o mundo em
três dimensões, ao nascimento, ou logo depois. Transformamos imagens bidimensionais
na retina em percepções tridimensionais usando sugestões binoculares, como a
disparidade na retina, e sugestões monoculares, como os tamanhos relativos dos
objectos.
Percepção do movimento
O cérebro calcula o movimento à medida que os objectos se deslocam através da retina
ou em sua direcção. Uma rápida sucessão de imagens, como num filme ou no cartaz
luminoso, podem também criar uma ilusão de movimento.
Nos seres humanos, as formas mais desenvolvidas são a percepção visual e auditiva,
pois durante muito tempo foram fundamentais à sobrevivência da espécie (A visão e
a audição eram os sentidos mais utilizados na caça e na protecção contra predadores).
Além da percepção ligada aos cinco sentidos, os humanos também possuem capacidade
de percepção temporal e espacial.
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Percepção visual

 A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual.

Percepção auditiva
A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia, a acústica e
a psicoacústica estudam a forma como percebemos os fenómenos sonoros.
Percepção olfactiva
O olfacto é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é relativamente tênue nos
humanos, mas é importante para a alimentação. A memória olfactiva também tem uma
grande importância afectiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos
conhecimentos de percepção olfactiva.
Ex: Em alguns animais, como os cães, a percepção olfactiva é muito mais desenvolvida
e tem uma capacidade de discriminação e alcance muito maior que nos humanos.

Percepção Gustativa.
O paladar é o sentido de sabores pela língua. Importante para a alimentação. Embora
seja um dos sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente
associado ao prazer e a sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre
os aspectos nutritivos dos alimentos.

Percepção táctil
O tacto é sentido pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer a presença, forma e
tamanho de objectos em contacto com o corpo e também sua temperatura. Além disso o
tacto é importante para o posicionamento do corpo e a protecção física.

O tacto não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma
discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais
sensíveis ao calor.

Percepção temporal
Não existem órgãos específicos para a percepção do tempo, no entanto é certo que as
pessoas são capazes de sentir a passagem do tempo. A percepção temporal esbarra no
próprio conceito da natureza do tempo, assunto controverso e tema de estudos
filosóficos, cognitivos e físicos, bem como o conhecimento do funcionamento
do cérebro (neurociência).

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Percepção espacial
Assim como as durações, não possuímos um órgão específico para a percepção espacial,
mas as distâncias entre os objectos podem ser efectivamente estimadas. Isso envolve a
percepção da distância e do tamanho relativo dos objectos. A razão para separar a
percepção espacial das outras modalidades repousa no fato de que aparentemente a
percepção espacial é supra-modal, ou seja, é compartilhada pelas demais modalidades e
utiliza elementos da percepção auditiva, visual e temporal. Assim, é possível distinguir
se um som procede especificamente de um objecto visto e se esse objecto (ou o som)
está aproximando-se ou afastando-se.

A atenção como processo cognitivo


A atenção é um processo cognitivo que nos permite concentrar-nos num estímulo
ou numa actividade, para depois poder processá-lo mais profundamente na
consciência. A atenção é uma função cognitiva fundamental para o
desenvolvimento da vida diária e utiliza-se na maioria das tarefas que realizamos.
Conforme Davidoff,(1980) Também se considera como o mecanismo que
controla e regula o resto de processos cognitivos: desde a percepção
(necessitamos a atenção para estar atentos aos estímulos que nos chegam através
dos sentidos) até à aprendizagem ou ao raciocínio complexo.
1.3 Memória
A memória é a função cognitiva que permite codificar, armazenar e recuperar a
informação do passado. A memória é um processo básico para a aprendizagem e é a que
nos permite criar um sentido de identidade. Há muitos tipos e classificações da
memória, podemos falar da memória a curto prazo, que é a capacidade de manter
temporariamente a informação na mente (recordar um número de telefone na mente até
que conseguimos anotá-lo num papel), e de memória a longo prazo que são todas
aquelas recordações ou conhecimentos que guardamos durante muito mais tempo

Para Saraiva (S/D:138) justifica que “ A memória é o conjunto das funções psíquicas de
fixação, evocação e reconhecimento”

Memória, “ é o poder que o espírito tem de conservar, reproduzir, reconhecer e


localizar os estados da consciência anteriormente experimentados” segundo
Ribeiro (2005.p.136).

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O objecto da memória é todos os estados da consciência do passado como: emoções,
pensamento, resoluções entre outros. Ela está intimamente relacionada com os
fenómenos de associação. Porém, para que estes sejam associados é necessário que se
tenham conservado no espírito e possam reaparecer pois a associação é a lei
fundamental da memória.

1.3.1 Tipos de Memória

Memória declarativa.

É a capacidade de verbalizar um fato. Classifica-se por sua vez em:

 Memória imediata. É a memória que dura de fracções a poucos segundos, como por
exemplo: a capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito.
 Memória de curto prazo. É a memória com duração de algumas horas. Neste caso
existe a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços se
chama de Período de consolidação. Um exemplo desta memória é a capacidade de
lembrar do que se vestiu no dia anterior, ou com quem se encontrou.
 Memória de longo prazo. É a memória com duração de meses ou anos. Um
exemplo é a capacidade de aprendizado de uma nova língua.

Memória de procedimentos.

É a capacidade de reter e processar informações que não podem ser verbalizadas, como
tocar um instrumento ou andar de bicicleta. Ela é mais estável, mais difícil de ser
perdida.

1.3.3 Factores relacionados com a perda de memória

a) Amnésia - é a perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações.


Qualquer processo que prejudique a formação de uma memória a curto prazo ou a sua
fixação em memória a longo prazo pode resultar em amnésia.

b) Paramnésia a confusão de percepção com a lembrança do passado e o presente

c) Hipermnésia – é a perda da faculdade de esquecer

1.3.4 Importância da memória


A memória intervêm em todos os actos ao espírito, a ponto de dizer sem ela a vida
psíquica seria impossível: não poderiam existir percepções, ideias, comparações, juízos

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e raciocínios. Ela é condição do progresso intelectual pós sem ela não haveria progresso
nos nossos conhecimentos.

Segundo Hering citado por Saraiva (1974.p.128) “ memória, é um património ávido que
constituiu origem e o traço de união de toda a vida consciente”

1.4 Imaginação

Imaginação é etimologicamente ” Pensar e exprimir-se por imagens “ porém o modo de


utilizar as imagens com o que pensamos ou nos exprimimos é extremamente variável.

Nosso espírito não se limita a ser imóvel, encerrado no mundo das imagens, mas
procura obter delas certos resultados. É a partir delas que elabora as ideias, combina-as
em juízos, e estes m raciocínios. Porém é necessário que as imagens estejam
armazenadas no espírito para as podermos reproduzir e combinar.

Imaginação, é o poder do espírito pelo qual reproduzimos e combinamos as imagens.

Ela divide-se em imaginação reprodutora (poder do espírito de fazer reviver as imagens


dos objectos sensíveis, tais como aparecem pela primeira vez) e criadora (o poder do
espírito de combinar imagens antigas para formar novos agregados que os sentidos
nunca presenciaram).

1.4.1 Formas de imaginação

 Imaginação reprodutora , faculdade de evocar imagens tal com foram fixados pela
memória.
 Imaginação criadora , construção de estruturas representativas novas, pela
decomposição e novo arranjo de estruturas perceptivas anteriores

1.4.2 Importância da imaginação


Muitos psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas, sustentam a tese de que, ao
transitar pelo mundo, as pessoas criam ummodelo mental de como o mundo funciona
(paradigma. Ou seja, elas sentem o mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca
na mente é provisório, da mesma forma que uma hipótese científica é provisória até ser
comprovada ou refutada ou novas informações serem acrescentadas ao modelo.

Pela memória o homem fixa o passado; pela percepção apreende o presente. A


imaginação não só ajuda a alargar os horizontes da memória, como permite ainda
antecipar e construir o futuro. A imaginação é assim uma das nossas funções mais

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importantes e o homem um ser cujo nível de existência depende, antes de mais, do
nível de desenvolvimento da sua capacidade inventiva.

A linguagem como processo cognitivo

Buscnado a ideia de Piletti Nelson (1995), justifca que :

A linguagem é a capacidade que temos para expressar pensamentos e


sentimentos através da palavra. É a ferramenta que usamos para comunicar-nos
e para organizar e transmitir a informação que temos sobre nós e sobre o
mundo. A linguagem e o pensamento desenvolvem-se de forma paralela e estão
intimamente relacionados, influindo-se reciprocamente.

A aprendizagem como processo cognitivo

É o processo cognitivo através do qual incorporamos nova informação ao nosso


conhecimento prévio. Na aprendizagem incluimos coisas tão diferentes como a
aprendizagem de conductas ou hábitos como lavar os dentes ou aprender a andar, como
todos os conhecimentos que vamos adquirindo com a socialização e a escola. Piaget e
outros autores falaram da aprendizagem cognitiva como o processo em que a
informação entra no sistema cognitivo e altera-o.

1.5 Pensamento
O pensamento é fundamental em todo o processo cognitivo. Permite integrar toda
a informação recebida e estabelecer relações entre os dados que a compõem. Para
isso usa o raciocínio, a sintese e a resolução de problemas, quer dizer, das funções
executivas.
De acordo com Bock Ana M.(1999) , considera que:

o Pensamento é um processo mental que permite aos seres


modelarem o mundo e com isso lidar com ele de uma forma efectiva
e de acordo com suas metas, letras planos e desejos, este se
caracteriza por operar mediante conceitos e raciocínios, deste modo
pensar sempre responde a uma motivação, que pode estar originada
num ambiente natural, social, cultural ou nosso jeito pensante.
Pensar significa resolver problemas a uma necessidade exigida ou
para satisfaze-la.

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Etimologicamente, pensar significa avaliar o peso de alguma coisa. Em sentido amplo,
podemos dizer que o pensamento tem como missão tornar-se avaliador da realidade.

Pensamento é um processo mental que permite aos seres modelarem o mundo e com
isso lidar com ele de uma forma efectiva e de acordo com suas metas, planos e desejos.
O pensamento é considerado a expressão mais “palpável” do espírito humano, pois
através de imagens e ideias revela justamente a vontade deste (Sprintall Norman 2000).

O principal veículo do processo de consciencialização é o pensamento. A actividade de


pensar confere ao homem "asas" para mover-se no mundo e "raízes" para aprofundar-se
na realidade.

Para Descartes (1596-1650),afirma que, “ filósofo de grande importância na história do


pensamento, a essência do homem é pensar”. Por isso dizia: "Sou uma coisa que pensa,
isto é, que duvida, que afirma, que ignora muitas, que ama, que odeia, que quer e não
quer, que também imagina e que sente".

O pensamento faz a grandeza ou a pequenez do homem. A grandeza decorre do


pensamento bem pensado, que avalia a multiplicação do real e se esforça para desvendá-
lo atentamente, saboreando sua riqueza e diversidade. Tal pensamento aprendeu a
filosofar: a desejar amorosamente a verdade, a amar a sabedoria. Enquanto a pequenez
decorre no pensamento obscuro, mesquinho que desconhece o sabor da busca do saber.
Este pensamento transforma-se em meio de ocultação da realidade por meio dele a
actividade pensante, em vez de servir à liberdade pode transforma-se em instrumento de
dominação social.

1.5.1 Características do pensamento

 Pensamento a priori quando conclui sem fazer apelo `a experiência


 Pensamento prático ordenado `a acção, conhecer para aplicar
 Pensamento a posterior se procede de observação dos factos, e conclui pela via
da experiência
 Pensamento introspectivo se compreende também se o universo existente for do
homem

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Conclusão
Depois de uma longa abordagem sobre os processos mentais ou simplesmente aqueles
que estão por detrás do comportamento. A vida cognitiva como um conjunto de
fenómenos representativos ou do conhecimento sabe-se que conhecer é representar
alguma coisa; conhecemos um objecto quando a sua representação existe no nosso
espírito. A descrição feita sobre os vários processos cognitivos, permite dar-nos uma
ideia geral sobre o funcionamento destes processos e as leis que regem.

Pela memória, o homem fixa o passado, pela percepção, apreende o presente e a


imaginação ajuda a alargar os horizontes da memória e da percepção, isto é, a
reconstruir o passado distante, ou desvassar o presente oculto.

Desde já, espera-se que este trabalho que foi carinhosamente produzido pelo estudante e
caso não se sintam saciados com as informações constantes neste trabalho sobre o tema
poderão buscar informação recorrendo a outras fontes bibliográficas a abaixo
mencionados.

16
Referencia Bibliografia
Ribeiro , J. Bonifácio & Silva, José da (2005); Compêndio de Filosofia 6º e 7º ano
Liceal; 9. ed.; Livraria Popular de Francisco Franco, Lisboa;

Saraiva, Augusto(1974), Psicologia; 6º ano Liceal; 12ª Edição; Porto.

Percepção disponível em http://www.percepcao.org. Acesso em 23 de Maio de 2009

Memória; disponível em http://www.percepcao.org Aces

Bock, Ana M. B. T.(1999), Psicologias, uma introdução ao estudo de Psicologia. 6.ed.


São Paulo.
Davidoff, L.(1980) Introdução à Psicologia. 3.ed. São Paulo.
Bock, Ana M. B. T.(1999), Psicologias, uma introdução ao estudo de Psicologia. 6.ed.
São Paulo.
Sprintall, Norman A, Sprintall, Richard C. (2000). Psicologia Educacional, Lisboa
Myers, David. (1999). Introdução Psicologia Geral. São Paulo: Editora Santuário.
Piletti, Nelson. (1995), Psicologia Educacional. São Paulo: Editora Ática.
.
Pestana, Emanuel, Pascoa, Ana (1995). Dicionário Breve de Psicologia.Lisboa: Editora
Presença.

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