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Nampula, Abril
2023
Universidade Católica de Moçambique
Nampula, Abril
2023
Folha de Feedback
Classification
Pontuação Nota /
Categorias Indicadores Padrões Máxima Tutor Subtotal
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos
Introdução 0.5
organizacionais
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
Conteúdo
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Análise discurso académico 2.0
discussão (expressão escrita cuidada,
coerência/coesão textual).
Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
revelantes na área de estudo.
A biomecânica é uma disciplina que tem sua fundamentação nos primórdios das
ciências naturais, porém em Nampula a mesma só começou a ser desenvolvida em 1965
dentro das grades curriculares dos cursos de Educação Física (para maior revisão ler,
Amadio & Serrão, 2004).
No caso da Biomecânica, por exemplo, pode-se afirmar que essa possui uma
efetiva utilização como instrumento pedagógico. A partir de seus diversos conceitos,
nota-se as diferentes abordagens e/ou preocupações que ela traz. O ato educativo,
admitido como principal ação da Educação física no contexto escolar, determina amplas
possibilidades. Em primeiro lugar a Biomecânica não serve apenas como discussão do
movimento e em segundo é que, mesmo quando ela está voltada para modalidades
esportivas ou de alto rendimento não se faz da única possibilidade de aplicações e sim
de mais uma área para sua atuação.
Em resumo, a biomecânica tem tido uma influência muito maior nas práticas de
educação física do que geralmente se reconhece ou anuncia. Professores, técnicos e
atletas freqüentemente encontram-se na situação de fazer uma escolha entre duas
técnicas destinadas a obter uma mesma finalidade. Sem dúvidas a Biomecânica pode
contribuir para a efetivação de processos educativos, que envolvam comportamentos
corporais, mais conscientes e, conseqüentemente, marcados por concretas
responsabilidades intencionalmente pedagógicas.
De acordo com Feijó (1998), o preparo psicológico tem sido usado por atletas,
treinadores, dirigentes e jornalistas para explicar derrotas e vitórias. No entanto, apesar
de sempre utilizado, raramente é bem definido. Devido a essa falta de definição e
conhecimento é que para alguns a Psicologia do desporto se limita a apenas aplicação de
algumas técnicas psicológicas para aqueles momentos de crise vividos pelos clubes. Em
uma equipe o posto central é ocupado pelo técnico e este tem a responsabilidade maior
de organizar e colocar em prática os planos elaborados para a equipe, é ele que toma as
principais decisões.
O atleta de alta performance busca sempre entregar o seu melhor em uma competição.
Porém, dar o melhor de si não quer dizer que lesões ou esgotamentos devem vir
acompanhados desse resultado.
Avelar et al. (1999) afirmam que existe uma relação entre o estado de
amadurecimento do sistema nervoso e o processo de desenvolvimento da criança e a
utilização de estratégias mecânicas durante os movimentos cotidianos. Seus estudos
apontaram que mesmo sem ter o conhecimento dos princípios mecânicos, a criança os
utiliza através de experiências vivenciadas pelo ato de brincar.
Estas informações nos levam a refletir que o PCN poderia sugerir a estrutura
cronológica de aplicação dos conteúdos e fornecer os instrumentos necessários para a
avaliação da evolução de tais conteúdos e não meramente abordá-lo como conteúdo que
compõe a área da biomecânica.
A atual formação dos professores pode não oferecer subsídios suficientes para
que este possa observar, analisar e concluir para posteriormente modificar aspecto do
movimento em todos os âmbitos escolares. Nesta perspectiva, por que não trazer o foco
dado recentemente por Lobo da Costa (2008), onde a analise do movimento não deveria
ser compreendido como uma ação isolada, através da observação dos resultados de uma
técnica de investigação da biomecânica, mas sim como o produto multicasual e
heterárquico, sem distinção entre o centro e periférico, aproveitando a relação com o
que se traz da herança genética e das relações com o ambiente.
Apesar de ser uma área que vem sendo estudada há algum tempo, principalmente
nos EUA, o estudo da Biomecânica aplicada aos Desportos, e em particular no futebol, no
Brasil é recente. Atualmente, alguns clubes brasileiros e na Europa utilizam os recursos da
análise biomecânica, com destaque para o Sport Club Corinthians/SP e, no exterior, para o
Porto, Real Madrid e Milan. Os resultados são evidentes e as análises dos atletas são
realizadas por profissionais de diversas áreas integradas.
Com isso, perpetua uma grande dúvida, por que a biomecânica não possui uma
interação com a educação física escolar? A resposta desse problema pode estar na
formação superior, pois o professor de educação física não consegue relacionar o
conteúdo da biomecânica nas aulas. Por fim, precisa-se entender melhor a complexa
interação dos sistemas no comportamento motor durante a realização do movimento,
desenvolver estratégias de aplicação do conteúdo da biomecânica no ensino superior e
melhor focar como o professor irá aplicar este conhecimento na aula de educação física.
Mas um caminho é claro, os grupos de pesquisa em biomecânica no Brasil que possuem
vínculos com a educação física precisam evoluir para aproximar o conteúdo
desenvolvido nas pesquisas, daquele desenvolvido nas disciplinas de fundamentação da
área nas grades do curso de nível superior em educação física, com a aplicação deste
junto ao plano de aula desenvolvido na escola, fazendo assim que o aluno tenha um
melhor entendimento, até mesmo na perspectiva interdisciplinar.
Referências bibliografica
Feitosa, E. A. et al. Controle postural dinâmico em crianças de dois a seis anos de idade.
Revista Brasileira de Educação Física e Desporto. v. 22, n. 4, p. 285-291, 2008.