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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Tema: Estratégia de Ensino para Educação Ambiental.

Formas de abordagem e tratamento de conteúdos sobre educação ambiental no


ensino em Moçambique. (Biologia e química)

Estudante: Sandra Maria Alberto Manuel-Código 708176207

Nampula, Março, 2022


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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Tema: Estratégia de Ensino para Educação Ambiental.

Formas de abordagem e tratamento de conteúdos sobre educação ambiental no ensino


em Moçambique. (Biologia e química)

Estudante: Sandra Maria Alberto Manuel-Código 708176207

Curso: Licenciatura em ensino de Biologia.

Disciplina: Ecologia Humana

Docente da cadeira: MSC. Gisela Guibunda


Jossamo

Ano de frequência: 4ª ano

Nampula, Março, 2023


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Critérios de avaliação (cadeiras teóricas)


Classificações
Categorias Indicadores Padrões Nota de
Pontuação tutor Subtotal
Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1,0
Introdução Descrição dos objectivos 1,0
Metodologia adequada no 2,0
Conteúdo objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita cuidada, 2,0
Análise e coerência / coesão textual)
Discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
relevantes na área de estudo. 2,0
Exploração de dados 2,0
Contributos teóricos e
Conclusão práticos 2,0

Aspectos Paginação, tipo e tamanho de


gerais Formatação letra, parágrafo espaçamento 1,0
ente linhas
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerência das
Bibliográfi edição citações e citações /referência 4,0
ca bibliografias bibliográfica
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Recomendações de melhoria: A ser preenchido pela tutora


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Índice

Introdução................................................................................................................................1

Estratégia de Ensino para educação ambiental.......................................................................2

Educação e o ambiente...........................................................................................................2

Educação Ambiental...............................................................................................................3

1.2.2. Ensino-aprendizagem....................................................................................................3

2.2. Educação Ambiental no Contexto Escolar.......................................................................4

2.3. Formas de Inserção da Educação Ambiental no Contexto Escolar..................................5

2.4. Educação ambiental como eixo integrador ao processo de ensino..................................5

2.5. Estratégias de abordagem de conteúdos ambientais nas escolas......................................5

3.Educação Ambiental e Ensino de Química..........................................................................8

Conclusao..............................................................................................................................10

Referencias bibliograficas.....................................................................................................11
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1.1. Introdução
O presente trabalho tem como tema: Estratégia de Ensino para educação ambiental.
Onde dentro das estratégias vamos abordar o assunto relacionados com: Formas de
abordagem e tratamento de conteúdos sobre educação ambiental no ensino em Moçambique.
(Biologia e química).

O relacionamento da humanidade com a natureza, que teve início com um mínimo de


interferência nos ecossistemas, tem hoje culminado numa forte pressão exercida sobre os
recursos naturais. Segundo Reis (2006), destaca a crescente busca pela dimensão ambiental da
educação (educação ambiental), como mecanismo eficiente na resolução da problemática
ambiental.

Nessa perspectiva, há necessidade de apostar-se na educação ambiental (EA) como


forma de reorientar o comportamento do ser humano em relação ao meio ambiente, através de
um processo pedagógico participativo permanente que procura incutir no indivíduo uma
consciência crítica sobre a problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a
capacidade de captar a génese e a evolução de problemas ambientais (Queba, 2009).
A escola, neste âmbito, constitui um espaço privilegiado para a integração de conhecimento e
promoção da cidadania ambiental, que impulsionam a consciencialização sobre a
problemática
ambiental ao proporcionar actividades e acções concretas orientadas em processos de
participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas e ao comprometimento individual
com a protecção ambiental (Santos, 2010).

O objectivo deste trabalho é conhecer as estratégias de ensino para uma educação


ambiental, com vista a sua implementação no processo de ensino aprendizagem. Para a
materialização deste objectivo foi definido os seguintes objectivos específicos: Avaliar os
conteúdos e estratégias da educação ambiental; verificar se estratégias utilizadas viáveis para
o ensino de química e biologia.

Quanto à metodologia empregada durante a realização da pesquisa utilizou-se pesquisa


bibliográfica e análise documental, pois as obras revisadas são corroboradas inteira ou
parcialmente. Foi utilizada uma abordagem qualitativa de maneira a buscar um
aprofundamento da compreensão do problema, elucidando os conceitos necessários ao
entendimento da questão educação ambiental.
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Na realização do trabalho foram obedecidas as normas de elaboração e publicação de


trabalho científicos em vigor nesta instituição (normas APA 6 ou 7ª edição).
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Estratégia de Ensino para educação ambiental.

1.1.1. Formas de abordagem e tratamento de conteúdos sobre educação ambiental no ensino


em Moçambique. (Biologia e química

Educação e o ambiente

Entende-se que é preservando a natureza que se pode conservar a boa saúde dos
indivíduos e a vidados recursos naturais existentes no globo terrestre.

Segundo Segura (2001, p.165): Quando a gente fala em educação ambiental pode
viajar em muitas coisas, mais a primeira coisa que se passa na cabeça ser humano é o meio
ambiente.

Ele não é só o meio ambiente físico, quer dizer, o ar, a terra,a água, o solo. É também
o ambiente que a gente vive – a escola, a casa, o bairro, a cidade. É o planeta de modo geral.
(...) não adianta nada a gente explicar o que é efeito estufa; problemas no buraco da camada
de ozônio sem antes os alunos, as pessoas perceberem a importância e a ligação que se tem
com o meio ambiente, no geral, no todo e que faz parte deles. A conscientização é muito
importante e isso tem a ver com a educação no sentido mais amplo da palavra. (...)
conhecimento em termos de consciência (...) A gente só pode primeiro conhecer para depois
aprender amar, principalmente, de respeitar o ambiente. Assim, cabe a todos os educadores
ensinar e conscientizar os alunos que é fácil e necessário preservar a natureza, pois faz parte
do mundo integral e se faz presente no cotidiano. Com a mesma, é possível se ter uma vida
melhor, por isso, deve – se cuidar do “verde” existente no planeta, através de uma
convivência diária e prática de um bom cidadão que busca a um mundo melhor.
Trabalhando este tema no cotidiano escolar, explorando em todas as disciplinas, é
possível “amenizar” a preocupação quanto à preservação do meio ambiente; pois as crianças
se preocupam com algo novo que elas aprendem escola e “colocam as suas mãozinhas na
obra”, vigiam a mamãe, os vizinhos com a ânsia de buscar um mundo melhor para si mesmo e
o próximo. Com objetivo de despertar o interesse do aluno é necessário trabalhar de forma
lúdica, ainda que difícil de ser desenvolvida, pois requer muita prática, mudanças de
comportamento pessoal e comunitário, tendo em vista que para alcançar o bem comum devese
somar atitudes individuais. É necessário enfrentar as dificuldades que são grandes quando se
quer trabalhar na integra a EA nas escolas. Como defende Dias (1992), “sabe - se que a
maioria dos problemas ambientais tem suas raízes em fatores sócio-econômicos, políticos e
culturais, e que não podem ser previstos ou resolvidos por meios puramente tecnológicos”.
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Daí a grande importância da inserção da Educação Ambiental nas escolas, a fim de


conscientizar os alunos e ajudá-los a se tornarem cidadãos ecologicamente corretos. O ser
humano antigamente usava a natureza como fonte de subsidio para sobreviver bem e sustentar
suas famílias; após um longo tempo, o homem passou a querer mais e mais, pelo menos para
se destacar no meio em que vive, mostrando que tem o poder nas mãos; e começou a explorar
a natureza com ânsia de ambição. Segundo Segura (2001, p.165), “Vive – se no capitalismo e
no materialismo e se esquece que a natureza é importante para a gente também e por isso
depende, antes de tudo, de educação.

Educação Ambiental

Segundo Dias (2011), a EA é um processo permanente, no qual os indivíduos e a


comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores,
habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir individual e ou
colectivamente na resolução dos problemas ambientais presentes e futuros.

Por seu turno, Effting (2007), considera a EA como uma dimensão dada ao conteúdo e
a prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente,
através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação activa e responsável de cada
indivíduo e da colectividade. São vários os autores que procuram definir o conceito de EA e
estes não tem tido um consenso por vezes quanto ao texto, prática e objecto da mesma, a título
de exemplo, as definições expostas divergem quanto a prática, Dias (2011), considera a EA
como um “processo”, que orienta à transformação de comportamentos perante a problemática
ambiental, por seu turno, Effting (2007), olha para a EA como uma “dimensão da educação” e
não uma área específica do saber devendo ser abordado em diferentes disciplinas para tratar
um problema comum (problemática ambiental); por outro lado, ambos são unânimes ao
considerar que EA deve gerar transformações práticas nos indivíduos trazendo uma
abordagem integradora e holística das questões ambientais, Assim, diante dos conceitos
expostos, a EA pode ser definida como uma dimensão da educação, que se caracteriza por
apresentar uma abordagem integradora e holística das questões ambientais, que busca gerar
conhecimentos, habilidades e acções práticas, que permita com que os indivíduos se
identifiquem com a causa ambiental.
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1.2.2. Ensino-aprendizagem

Ensino-aprendizagem segundo Kubo e Botomé (2001) é o nome utilizado para um


complexo de sistema de interacções comportamentais entre o professor e aluno num espaço de
aquisição de conhecimentos.
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2.2. Educação Ambiental no Contexto Escolar

A EA nas escolas contribui para a formação de cidadãos conscientes, aptos para


decidirem e actuarem na realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida,
com o bem-estar de cada um e da sociedade. Para isso, é importante que, mais do que
informações e conceitos, a escola se disponha a trabalhar com atitudes, com formação de
valores e com mais acções práticas do que teóricas para que o aluno possa aprender a amar,
respeitar e praticar acções voltadas à conservação ambiental (Resende & Lício, 2016).

A escola tem a função de formar um cidadão crítico e actuante, no entanto, educar


para a cidadania não é um processo fácil que acontece de um tempo para outro, pois envolve
muitos factores ambientais, sociais e educacionais. A EA é importante na sociedade devido
aos riscos que se tem actualmente, a crise ambiental, o aquecimento global, o aumento da
população mundial e outros factores intrínsecos a sociedade contemporânea (Conceição et al.,
2016). Assim, educar para a sustentabilidade e a cidadania planetária é o novo desafio da
educação, pois a sociedade actual se vê forçada a pensar sobre a sua existência e os impactos
que causa ao ambiente e, sobretudo, suas consequências, o que torna indispensável a
discussão sobre a educação sustentável a partir da educação para o consumo consciente, sendo
que esse é o primeiro passo para a sustentabilidade da sociedade como um todo (Medeiros et
al., 2011).

Diante de tantas agressões ao ambiente, alguns chegam a pensar se sua atitude correcta
terá algum resultado, por isso, deve-se ter a certeza de que as acções locais podem levar a
resultados globais, além de conquistar mais adeptos, através de exemplos (Collere, 2005). Por
causa da nossa cultura, muitos vêem a preocupação com o meio ambiente como um assunto
secundário, sem importância, coisa de quem não tem o que fazer, como diziam no passado, ao
se referirem aos ambientalistas (Dias, 2011).

Segundo Conceição et al. (2016), a escola é o espaço social e o local onde o aluno dará
sequência ao seu processo de socialização, iniciado em casa, com seus familiares. Para estes
autores, essa cultura deve ser mudada na escola, através da EA, mostrando às crianças e
jovens que conservar o meio ambiente não é um luxo, mas uma necessidade urgente se
quisermos continuar a viver neste planeta. A fim de tentar fazer dos temas ambientais
presenças constantes nas salas de aula, a EA foi inserida no currículo escolar, como tema
transversal (Guedes, 2006).
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No entanto, apesar de ser uma exigência, a EA enfrenta desafios para sua efectivação,
pois requer atitudes concretas, como mudanças de comportamento individual e colectivo,
tendo em vista que para se atingir o bem comum devem-se somar atitudes individuais
(Collere, 2005).

2.3. Formas de Inserção da Educação Ambiental no Contexto Escolar

A análise das formas de inserção de EA foi feita segundo Boer (2007), para quem a
inserção da EA no processo de ensino e aprendizagem nas escolas compreende três
modalidades ou concepções de EA, nas quais poderá estar intrínseco a componente
interdisciplinar em diferentes graus, a saber:

 Educação ambiental como um apêndice do processo de ensino


 A educação ambiental é um tópico do programa da disciplina que envolve o estudo de
conceitos, de componentes e de problemas relativos ao meio ambiente. Assim a EA
constitui um complemento asdiversas temáticas do programa educativo.
 Educação ambiental como um eixo paralelo ao processo de ensino

Nesta concepção, os conteúdos tradicionais da disciplina são abordados de maneira


teórica e não associados à realidade, por sua vez os conteúdos de educação ambiental são
vinculada e trabalhada na relação com a realidade. Nessa concepção, os projectos são a
abordagem metodológica predominante.

2.4. Educação ambiental como eixo integrador ao processo de ensino

Nesta concepção a EA funciona como eixo integrador transcorrendo o ensino dos


conteúdos tradicionais, portanto todos os conteúdos da disciplina recebem uma abordagem
ambiental e, por isso, não há separação entre conteúdos do programa e conteúdos da educação
ambiental. Nesse caso, o ambiente passa a ser “tema gerador, articulador e unificador” do
currículo.

2.5. Estratégias de abordagem de conteúdos ambientais nas escolas

De acordo com Quêba (2009), a EA ao ser praticada nas escolas contribui para
mudança do comportamento perante ao meio ambiente. Para este autor, no processo de ensino
e aprendizagem de conteúdos de EA é essencial a escolha de procedimentos pedagógicos que
podem ser utilizados para a formação de atitudes coerentes à preservação do meio ambiente.
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Conceição et al. (2016) destaca que existem diferentes estratégias de incluir a temática
ambiental nos currículos escolares tais como, actividades artísticas, experiências práticas de
sala de aula, produção de materiais locais, projectos ou qualquer outra actividade que conduza
os alunos a serem reconhecidos como agentes activos no processo de conservação do
ambiente.
No processo de ensino e aprendizagem de conteúdos de EA, é importantes que se faça uma
escolha das estratégias a serem desencadeadas, assim a tabela 2.2 apresenta algumas
estratégias usuais em sessões de educação ambiental nas escolas.

Tabela 2.2: Estratégias usuais em sessões de educação ambiental

Estratégia Vantagens Desvantagens

Permites que os estudantes


exponham suas opiniões a
Discussão em Desenvolve autoconfiança e
respeito de determinado
classe expressão oral nos alunos.
problema; Ajuda o estudante a
compreender as questões;

Discussão em grupo Estimula o desenvolvimento de


Quando assuntos polémicos são
(pequenos grupos com alunos relações positivas entre alunos e
tratados
– professor) professores.

Chuva de ideias
Deve ser usado como recurso
(actividades que envolvem
para encorajar e estimular ideias
pequenos grupos, 5 – 10 Dificuldades em evitar avaliações
voltadas à solução de um certo
alunos para apresentarem ou julgamentos
problema. O tempo deve ser
soluções possíveis para um prematuros e em obter ideias
utilizado para produzir as ideias
determinado problema, todas originais.
e não para avalia-las. Estimula
as sugestões são
criatividade ,liberdade;
anotadas.)

Promove o envolvimento de
todos elevando a consciência em
Não pode ser avaliado
Jornadas de Limpeza relação a necessidade de
directamente Acarretam custos
preservar e conservar o meio
ambiente

Atinge um grupo grande de


pessoas num curto espaço de
Jornais de parede É susceptível à destruição
tempo e envolve custos
reduzidos na sua produção.
Actividades culturais (teatro, Atrai um número grande de Pela sua capacidade de
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pessoas e não acarreta muitos distracção corre-se o risco de a


poesia, canto, desenho)
custos mensagem não ser percebida

Prevê a utilização/exploração
Exploração do Requer planeamento minucioso
dos

recursos locais próximos para


estudos,
ambiente local observações, caminhadas
Grande participação das pessoas
envolvidas

Demonstração de práticas
Feiras sustentáveis de
ambientais/exposiç gestão ambiental e cria Acarreta muitos custos
ão oportunidades de
negócio

Confere responsabilidade as
Criação de grupos Dificuldades de garantir a sua
comunidades
de interesse sustentabilidade
e cria espírito de pertença

Fonte: Quêba (2009,p. 97)

Por outro lado, Leão, Oliveira e Pino (2016) referem que as estratégias são um elemento
essencial rumo a aprendizagem duradoura, mas não devem ser pensadas como modo de
resolver todos os desafios da sala de aula ou em detrimento do domínio da unidade de
aprendizagem. A tabela 2.3 mostra estratégias de educação ambiental e suas características.
Tabela 2.3. Estratégias de educação ambiental

Estratégia Características

Miniconferências Consiste em um evento na qual são discutidas determinadas temáticas ou


da problemáticas ambientais visando o levantamento de soluções, prioridades e
biodiversidade propostas para o bem comum.

Trata-se de uma estratégia orientada para o desenvolvimento do pensamento


Aprendizagem
analítico dos alunos, por meio de situações de aprendizagem vivenciadas em
em equipas
pequenos grupos.

Alfabetização É processo no qual os indivíduos adquirem princípios ecológicos básicos para


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extrair e seguir determinadas lições morais e transferir essa moralidade presente


ecológica na natureza para as formações sociais humanas, a fim de se retomar o rumo
civilizacional em padrões sustentáveis

Trata-se de uma estratégia de estudo para consolidação dos conhecimentos e a


Cartões em
busca da solução de problemas, por meio de questões que os estudantes
grupos
possam resolver criativamente e de forma independente.

Trata-se de uma estratégia que realiza os debates em torno de temáticas

específicas, a partir de filme e a produção de pequenos textos, sínteses, etc.


Cine debate Para tanto, as evidências de competências deverão estar muito claras para
professor e estudantes, de modo que a actividade não se esvazie no acto de
assistir ao filme.

Fonte: Leão, Oliveira e Pino (2016, p.157).

Olhando para as duas tabelas apresentadas pode-se perceber que existe diferenças e
semelhanças nas estratégias. Relativamente as diferenças, o autor Quêba (2009) apresenta as
estratégias para o ensino de educação ambiental em diversas situações do processo de ensino-
aprendizagem, sendo assim mostra as vantagens e desvantagens da aplicação de cada
estratégia, ao passo que, os Leão, Oliveira e Pino (2016) caracterizam as estratégias de
educação ambiental, para que elas sejam aplicadas em diversos contexto e não simplesmente
para crianças e nas escolas. No que diz respeito, as semelhanças ambos autores comungam na
ideia de que as estratégias constituem um caminho para facilitar a aprendizagem dos
educandos tomando em consideração o público-alvo. Portanto, pode-se afirmar que existem
diversas estratégias que pode ser aplicadas para a transmissão de conhecimento sobre
conteúdos de educação ambiental e a escolha de tais estratégias deve ser considerado o
contexto, conteúdo e público-alvo visado, de modo que o resultado possa ser o desejado.

3.Educação Ambiental e Ensino de Química

A Química é um campo de conhecimento transversal, propício para ser trabalhado de


maneira interdisciplinar e apropriado para a Educação Ambiental, capaz de articular
diferentes níveis de percepção da realidade, expandindo nossas visões de mundo e natureza. A
partir das vivências e do cotidiano, cada um passa por experiências únicas e cabe ao professor
ensinar aos alunos como aplicar seus conteúdos neste dia a dia, trazendo todo um novo
significado ao aprendizado que ocorre dentro de sala de aula.

A convivência com o meio ambiente faz parte da realidade diária de todos e deve ser
incluída como um tema interdisciplinar, sendo trabalhado por diversos ângulos e abordagens,
fazendo com que sua compreensão seja completa e possa ser aproveitada em outros campos
de atuação. Sabe-se que a Química é considerada uma disciplina difícil e é temida pelos
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alunos,
mas podem ser encontrados exemplos da presença desta em inúmeros aspectos da vida
cotidiana. Alimentos, gases, poluição, remédios, produtos de limpeza, lixo, todos são
exemplos que contam com participação da Química na vida da sociedade atual. Quando se
analisa com mais cautela, muitos destes exemplos também estão relacionados ao meio
ambiente e podem ser trabalhados em conjunto com a disciplina dentro de sala de aula.
A abordagem em sala de aula pode ser feita de diversas maneiras, como discussão de
textos, vídeos, experimentação, pesquisa, desenvolvimentos de projetos, etc. e há muitos
temas que podem ser ligados aos conteúdos do currículo escolar, integrando as aulas com a
realidade dos alunos. É importante lembrar que a EA é interdisciplinar
O meio ambiente é um tema atual e que está em constante alteração, principalmente as
leis que abordam o tema e possui grande correlação com a área da Química. De acordo com
Santos et al. (2010).

Os estudos CTS no campo educacional surgiram associados ao ensino de Ciências,


com a proposição, a partir da década de 70, de novos currículos que buscaram incorporar
conteúdos de CTS. Diversos materiais didáticos para o ensino de Ciências foram produzidos
com enfoque CTS para todos os níveis educacionais, desde o Ensino Fundamental à
Graduação em diversos países, sobretudo nos Estados Unidos, Canadá e na Europa. Inúmeros
estudos curriculares foram desenvolvidos nos anos 80 e 90 e, apesar de aparecer com menor
intensidade, ainda hoje o movimento continua activo. Perseguir as diretrizes do ensino de
Química associado à Educação Ambiental é propiciar condições para o despertar do cidadão
ecológico.
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Conclusão

Chegando ao culminar do trabalho conclui-se que: Introduzir a Educação Ambiental


nas aulas de Química é uma atitude que já é proposta pelo governo há anos, mas não foi
observada na prática. E, como tudo que é novo, gera controvérsias e enfrenta dificuldades.
Entretanto, os docentes verdadeiramente motivados e convencidos de seu propósito, podem
enfrentar as barreiras que surgem e obter êxito.

Sendo a Química parte indispensável da vida e também parte integrante da natureza,


esta é uma área que pode e deve ser muito explorada ao se tratar de Educação Ambiental. A
área da Química é vasta e possui diversas vertentes onde a Educação Ambiental pode estar
inserida, integrando os campos de conhecimento e promovendo a interdisciplinaridade
também com outras matérias que possuem este teor ambiental.
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Referencias bibliograficas

Dias, G. F. (1994). Actividades interdisciplinares de educação ambiental. São Paulo: Editora


Atlas S A.

Dutra, G. S., & Afonso, M. L. M. (2015). Metodologias participativas na formação


continuada de conselhos escolares. Revista Ibero-americano,1, 71-84.

Effting,T. R. (2007). Educação Ambiental Nas Escolas Públicas: Realidade e Desafios. .


Monografia de (Especialização em Planeamento para o Desenvolvimento Sustentável).
Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Disponível em:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/taniaregina.pdf

Flick, M. E. P. (2009). Educação Ambiental e formação de Professores


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