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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino a Distância


Licenciatura em Ensino de Desenho

Planeamento Pedagógico

Nome do Estudante: Carlota Avelino Calisto


Código: 70820838

Nampula, Junho de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino a Distância

Centro de Recursos de Nampula

Licenciatura em Ensino de Desenho

Planeamento Pedagógico

Nome do Estudante: Gamito Domingos Jorge


Código: 708238509

O presente trabalho é de carácter avaliativo da cadeira


de Didáctica Geral, do 1º Ano, Turma C, no curso de
Licenciatura em Ensino de Desenho, leccionado pelo
Tutor. Esmeraldo Tomé Inácio

Nampula, Maio de 2023

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Folha De Feedback
Classificações
Categorias Indicadores Padrões Nota de
Pontuaç tutor Subtotal
ão
Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1,0
Introdução Descrição dos objectivos 1,0
Metodologia adequada no 2,0
Conteúdo objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita cuidada, 2,0
Análise e coerência / coesão textual)
Discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
relevantes na área de estudo. 2,0
Exploração de dados 2,0
Contributos teóricos e
Conclusão práticos 2,0

Aspectos Paginação, tipo e tamanho de


gerais Formatação letra, parágrafo espaçamento 1,0
ente linhas
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerência das
Bibliográfica edição citações citações /referência 4,0
e bibliografias bibliográfica

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Recomendações de melhoria
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Índice
Introdução..........................................................................................................................6

O planeamento pedagógico...............................................................................................7

Conceito.............................................................................................................................7

Taxonomia de objectivos educacionais.............................................................................8

Objectivos educacionais....................................................................................................8

A Taxionomia de Bloom...................................................................................................8

A Área Cognitiva...............................................................................................................9

Organização (de valores).................................................................................................11

Operacionalização dos Objectivos Educacionais............................................................11

Importância dos objectivos educacionais operacionalizandos........................................12

Tipificação de partes integrantes de um planeamento de ensino....................................13

Planeamento do Ensino...................................................................................................13

Colaboração entre docentes, gestores, pais e alunos.......................................................15

Conclusão........................................................................................................................16

Referências Bibliográficas...............................................................................................17

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Introdução
Planeamento pedagógico é o conjunto de propostas educacionais, actividades a serem
desempenhadas, objectivos, ferramentas e orçamento disponível em um determinado período.

O planeamento pedagógico é extremamente importante para alinhar os objectivos da


instituição com as práticas aplicadas e, claro, com as possibilidades da escola. Durante a
construção do planeamento pedagógico, a escola também consegue levantar e analisar o
desempenho do período anterior. Identificando falhas, deficiências e estratégias que foram
bem empregadas, atingindo os melhores objectivos (Rodrigues, s/d).

Os objectivos educacionais de longo prazo são aqueles que se esperam alcançar num longo
espaço de tempo, ou seja no fim de um curso, de uma disciplina, enquanto, que objectivos
educacionais de médio prazo são alcançados a médio prazo, no fim de um capítulo. A curto
prazo são aqueles que se pretende atingir num curto espaço de tempo, numa aula.

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O planeamento pedagógico

Conceito
Sae Digital (2022), a palavra planeamento está presente em diversos sectores, actividades e
acções, sejam elas profissionais ou pessoais. Como, por exemplo, um planeamento de viagem,
de investimentos, ou financeiro de uma multinacional.

Planeamento pedagógico é o conjunto de propostas educacionais, actividades a serem


desempenhadas, objectivos, ferramentas e orçamento disponível em um determinado período.

“Portanto, podemos definir o planeamento escolar como um documento com a descrição do


processo de organização e coordenação da acção docente, elaborado com o objectivo de
garantir a execução das actividades escolares ao longo do ano lectivo” (Pilatos, 1999).

O Planeamento é uma das actividades principais que antecede o trabalho pedagógico,


administrativo ou até mesmo a gestão financeira de uma instituição educacional. Quanto mais
se planeja e de melhor qualidade for o planeamento, menor é o custo e maior será o êxito das
acções.

Mas, atenção, para caracterizarem, de fato, um planeamento pedagógico, eles devem ser
normatizados (Momed e Abbad, 2018). Na senda Safetec (2022), o planeamento pedagógico é
um documento que reúne as metas da escola, os objectivos das actividades realizadas, as
propostas educacionais, os recursos necessários (financeiros e materiais) para as acções
escolares, entre outros. Ele serve como uma forma de organizar as actividades da instituição
de ensino e os conteúdos que serão trabalhados ao longo do ano lectivo, descrevendo os
objectivos de cada aula e a maneira como cada uma será ministrada.

Hamze (2022), o planeamento pedagógico é fundamental para a organização e o sucesso das


actividades e estratégias educacionais. Não apenas como suporte para os professores dentro da
sala de aula, mas também para a administração, gerenciamento e prestação de contas da
instituição.

Planeamento pedagógico, os itens envolvidos precisam constar em um documento próprio da


instituição, que, normalmente, são desenvolvidos pelos docentes, com colaboração entre áreas
e auxílio dos gestores e direcção (Sae Digital, 2023).

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O planeamento pedagógico é extremamente importante para alinhar os objectivos da
instituição com as práticas aplicadas e, claro, com as possibilidades da escola. Durante a
construção do planeamento pedagógico, a escola também consegue levantar e analisar o
desempenho do período anterior. Identificando falhas, deficiências e estratégias que foram
bem empregadas, atingindo os melhores objectivos (Rodrigues, s/d).

O planeamento pedagógico organiza todo o trabalho da escola, aulas, calendário, formação


continuada, reuniões e eventos, ou seja, a rotina escolar de modo geral. Planejar as acções
escolares com antecedência permite um maior controle sobre o trabalho a ser realizado e
contribui para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, evitando possíveis
problemas que poderiam surgir ao longo do ano ou até mesmo preparando a equipe para
enfrentá-los (Momede e Abbad, 2018).

Taxonomia de objectivos educacionais

Objectivos educacionais
Constitui a antecipação mental dos resultados dos processos de Educação, no sentindo mais
amplo, e dos resultados do processo de ensino e aprendizagem, em particular. Os objectivos
educacionais podem ser alancados em curto, médio ou longo prazo.

Os objectivos educacionais de longo prazo são aqueles que se esperam alcançar num longo
espaço de tempo, ou seja no fim de um curso, de uma disciplina, enquanto, que objectivos
educacionais de médio prazo são alcançados a médio prazo, no fim de um capítulo. A curto
prazo são aqueles que se pretende atingir num curto espaço de tempo, numa aula.

Os objectos de médio e longo prazo também se designam de gerais, enquanto os curtos prazos
de específicos.

A Taxionomia de Bloom
Segundo BLOOM (1993:336) citado por SPRINTHAL e SPRINTHAL, uma das principais
dificuldades com que alguém interessado em educação se confronta é a da definição de
objectivos, isto é, aquilo que quero trabalhar enquanto professores, conselheiro ou
administradores educativos. Bloom examinou este problema dos objectivos educacionais
tanto do ponto de vista impossivelmente cósmico, como do ponto de vista desesperadamente

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trivial, concebeu um esquema que classifica os objectivos educacionais e relaciona cada
objectivo com procedimentos específicos na sala de aulas.

A taxionomia dos objectivos educacionais, também popularizada como taxionomia de Bloom,


é uma estrutura de organização hierárquica de objectivos educacionais.

A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de aprendizagem em três


grandes domínios:

 O cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;


 O afectivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores;
 O psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que envolvem o
organismo muscular.

Cada um destes domínios tem diversos níveis de profundidade de aprendizado. Por isso a
classificação de Bloom é denominada hierarquia: cada nível é mais complexo e mais
específico que o anterior. O terceiro domínio não foi terminado, e apenas o primeiro foi
implementado em sua totalidade

A Área Cognitiva
Normalmente, quem fala na Taxionomia de Bloom refere-se ao trabalho intitulado
“Taxionomia e Objectivos no Domínio Cognitivo” que foi o primeiro a ser publicado (1956).

Bloom classifica os objectivos no domínio cognitivo em 6 níveis que, usualmente, são


apresentados numa sequência que vai do mais simples (conhecimento) ao mais complexo
(avaliação); cada nível utiliza as capacidades adquiridas nos níveis anteriores. As capacidades
e conhecimentos adquiridos através de um processo de aprendizagem são descritos por
verbos.

Assim, os objectivos de aprendizagem de um curso, ou exemplo, podem ser definidos com o


auxílio do quadro abaixo:

Conhecimento

Lembrar informações sobre: fatos, datas, palavras, teorias, métodos, classificações, lugares,
regras, critérios, procedimentos etc. Definir, descrever, distinguir, identificar, rotular, listar,
memorizar, ordenar, reconhecer, reproduzir etc.
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Compreensão

Entender a informação ou o fato, captar seu significado, utilizá-la em contextos diferentes.


Classificar, converter, descrever, discutir, explicar, generalizar, identificar, inferir, interpretar,
prever, reconhecer, redefinir, seleccionar, situar, traduzir etc.

Aplicação

Aplicar o conhecimento em situações concretas aplicar, construir, demonstrar, empregar,


esboçar, escolher, escrever, ilustrar, interpretar, operar, praticar, preparar, programar, resolver,
usar etc.

Análise

Identificar as partes e suas inter-relações: analisar, calcular, comparar, discriminar, distinguir,


examinar, experimentar, testar, esquematizar, questionar.

Síntese

Combinar partes não organizadas para formar um todo: compor, construir, criar, desenvolver,
estruturar, formular, modificar, montar, organizar, planejar projectar.

Avaliação

Julgar o valor do conhecimento, avaliar, criticar, comparar, defender, detectar, escolher,


estimar, explicar, julgar, selecionar.

A Área Afectiva

Os objectivos de aprendizagem considerados na Área Afectiva estão ligados a ideias como


comportamento, atitude, responsabilidade, respeito, emoção, valores.

Recepção

Dar-se conta de fatos, predisposição para ouvir, atenção seletiva, dar nome, descrever,
destacar, escolher, identificar, localizar, manter, perguntar, responder, seguir, selecionar, usar
etc.

Resposta

Envolver-se (participar) na aprendizagem, responder a estímulos, apresentar ideias, questionar


ideias e conceitos, seguir regras. Adaptar-se, ajudar, apresentar, desempenhar, discutir,
escrever, estudar, falar, responder, selecionar, etc.
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Avaliação

Atribuir valores a fenómenos, objectos e comportamentos. Aproximar, completar, convidar,


demonstrar, diferenciar, dividir, explicar, iniciar, justificar propor etc.

Organização (de valores)


Atribuir prioridades a valores, resolver conflitos entre valores, criar um sistema de valores,
adaptar, alterar, combinar, comparar, completar, concordar, defender, explicar, formular,
generalizar, identificar, integrar, inter-relacionar, modificar, ordenar, organizar, preparar,
relacionar, sintetizar etc.

Internalização

Adoptar um sistema de valores, praticar esse sistema. Agir, cooperar, desempenhar,


generalizar, influenciar, integrar, etc.

. A Área Psicomotora

Bloom e sua equipe nunca desenvolveram uma taxionomia para a área psicomotora mas
outros especialistas o fizeram. Esse é o caso de A. Harrow, A. que, em 1972, propôs uma
taxionomia de 6 níveis: reflexos, movimentos básicos, habilidades de percepção, habilidades
físicas, movimentos aperfeiçoados e comunicação não verbal.

Operacionalização dos Objectivos Educacionais


Os objectivos educacionais apareceram expressos nos planos de estudo de um ciclo e classes
de cada ciclo, nos programas de cada disciplina, nos capítulos de cada disciplina e foram
elaborados pelo Ministério de Educação e cultura. Estes objectivos são gerais, conforme na
taxionomia de Bloom, cabe o professor elaborar os objectivos de cada aula, a elaboração dos
objectivos educacionais de uma aula a partir dos objectivos de cada capítulo é justamente o
que se designa de operacionalização dos objectivos educacionais.

Segundo BRUNER e ZELTNER (1994-182) define operacionalização de objectivos


educacionais do seguinte modo:

Tipo de formulação do objectivo de aprendizagem pelo qual se indica, com exactidão, que
comportamento um individuo deve mostrar, em que período tempo e com que qualidade, para
que com isso se possa averiguar se foi alcançado o objectivo de aprendizagem.

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Esta definição de objectivos destaca que a operacionalizar um objectivo consiste em indicar,
com exactidão, um comportamento observável que se pretende que o aluno manifeste numa
aula e o respectivo do seu alcance

Critério de operacionalização de objectivos educacionais

Os critérios de operacionalização de objectivos educacionais são três:

 A definição do comportamento observável que um aluno deve demonstrar numa aula;


 A indicação do meio utilizando pelo aluno para exprimir o comportamento que se
pretende alcançar;
 O padrão de alcance do comportamento desejado.

A definição dos comportamentos observáveis que o aluno deve alcançar numa aula realiza-se
através da determinação dos aspectos da personalidade que se pretende que o aluno
desenvolva de acordo com os domínios da taxinomia de Bloom, nomeadamente o domínio
cognitivo (vives de conhecimentos essenciais, compressão analise e síntese, aplicação e
avaliação), o domínio afectivo e o domínio psicomotor, de acordo com o tema de cada aula.

A definição do comportamento observável que o aluno deve alcançar numa ao exprime-se


através de verbos de significação definida que indicam comportamentos observáveis e
mensuráveis consoante os domínios cognitivos (níveis de do conhecimento essências,
compresso, analise e síntese, aplicação e avaliação), afectivo e psicomotor.

Alguns verbos que exprimem o domínio cognitivo de acordo com os diferentes níveis são:

 Nível de conhecimento essenciais: dizer, indicar, apontado nome, números, datas,


definir;
 Nível de compreensão: explicar com próprias palavras, apresenta o significando;
 Análise e síntese: caracterizar, comparar, relacionar, diferenciar, sintetizar;
 Nível de aplicação: resolver, utilizar, aplicar;
 Nível de avaliação: dar opinião sobre, tomar posição sobre.

Importância dos objectivos educacionais operacionalizandos


A formulação de objectivos educacionais é muito importantes pós eles suprimem o
comportamento a atingir numa aula. Delimitando claramente o conteúdo a tratar, estes
objectivos apresentam as actividades a serem realizados pelo professor e o aluno para
conduzir o aluno a alcançar o comportamento desejado, isto é, os métodos de ensino e
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aprendizagem, os meios didácticos a serem utilizados pelos professores e alunos no
tratamento da matéria, bem como os procedimentos de avaliação e medida de alcance de
objectivo por parte do professor e do aluno.

Tipificação de partes integrantes de um planeamento de ensino


O plano de ensino é a previsão dos objectivos e tarefas do trabalho docente para um (1) ano,
um (1) semestre, trimestre ou quinzena. É um documento mais elaborado, dividido em
unidades sequenciais, no qual aparecem os objectivos específicos, os conteúdos e o
desenvolvimento metodológico. É também denominado por Plano Analítico ou Plano de
Unidades Didácticas e contém: seguintes componentes (Momede e Abbad, 2018).:

 Objectivos de ensino;
 Os conteúdos (com a divisão temática de cada unidade);
 O tempo (ou período/semanas) provável para a leccionação de cada uma das aulas;
 O desenvolvimento metodológico (actividades do professor e dos alunos); etc.

Este plano é elaborado pelo corpo docente (grupo de professores de uma disciplina) ou de
classe no EP1 e, a partir dele, podem ser produzidos outros planos de ensino, tais como, o
plano quinzenal (que é uma parte do plano analítico válido apenas por duas semanas) e o
plano de aulas. Note-se que, antes do plano analítico, há a considerar outros tipos de planos de
ensino, nomeadamente, o plano temático (programa de ensino) e o plano curricular
(currículo).

Planeamento Curricular

Os componentes curriculares a serem integrados à escola anualmente são definidos pelo


Ministério da Educação, mas cada escola deve adaptá-los à sua realidade, não se limitando a
eles. O currículo obrigatório serve como referencial, mas precisa considerar a necessidade de
cada público, seja na escola pública ou particular, de modo a garantir um ensino de qualidade
a todos os estudantes do país (Hamze, 2021).

Planeamento do Ensino
O planeamento do ensino é baseado no planeamento curricular, em que o professor irá definir,
orientado pela coordenação pedagógica, como conduzirá as aulas para transmitir os
conhecimentos estabelecidos, as estratégias a serem utilizadas nas aulas, os recursos, os
métodos, as actividades a serem propostas, os métodos avaliativos, entre outros. Além disso,
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estabelecerá os objectivos específicos do seu trabalho para se adequar aos objectivos gerais da
escola, os conhecimentos que deverá passar aos alunos e os planos de acção (Rodrigues, s/d).

Este plano tem a duração de um ano e participam na sua elaboração o Director da Escola, o (s)
Director (es) Adjunto (s) Pedagógico (s), o Director Adjunto Administrativo ou Chefe da
Secretaria, o Director Adjunto do Internato (se houver internato na escola), representantes da
comunidade, representantes dos alunos e dos professores, garantindo o equilíbrio de género
entre os participantes. O Plano anual da escola deve incluir actividades para promover a
igualdade de género, conforme previsto na Estratégia de Género do MINEDH. O plano da
escola é apresentado anualmente à Assembleia-Geral (Momede e Abbad, 2018).

O plano de aula ou lição

Na óptica de Rodrigues (s/d), o plano de lição é a previsão do desenvolvimento do conteúdo


para uma aula ou para um conjunto de aulas; e tem um carácter bastante específico. Na
preparação das aulas, o professor deve reler os objectivos gerias da matéria e a sequência dos
conteúdos de ensino. Não se pode esquecer que cada tópico novo é continuidade do tópico
anterior, sendo, desta forma, necessário considerar o nível de preparação inicial dos alunos
para a matéria nova.

Deve-se, também, tomar o tópico da unidade a ser desenvolvido e desdobrá-lo numa


sequência lógica na forma de conceitos, problemas, ideias. Trata-se de organizar um conjunto
de noções básicas em torno de uma ideia central, formando um todo significativo que
possibilite ao aluno uma percepção clara e coordenada do assunto em questão. O responsável
pela elaboração do plano de aula é o professor (individualmente).

Os planos de aula podem ser descritivos ou esquemáticos. Os objectivos deste plano são:
conduzir a aula de forma adequada, evitar improvisos, evitar nervosismo, evitar trabalhos mal
feitos, garantir segurança no professor, facilitar a preparação de aulas.

A preparação da aula, o professor deve reflectir e programar, em particular, que estratégias a


usar para garantir que as raparigas e os alunos com necessidades educativas especiais
participem activamente na aula e assimilem a matéria nova.

Os elementos do planeamento pedagógico são seguintes:

 Normas da instituição;
 Directrizes educacionais;

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 Objectivos de cada série, área ou ciclo;
 Conteúdo/currículo;
 Cronograma/calendário;
 Estratégias;
 Métodos de avaliação;
 Recursos disponíveis e necessários;
 Plano de acção.

O planejamento pedagógico é, geralmente, uma etapa automática para as instituições. E isso,


com o tempo, e se os gestores não ficarem atentos, pode se tornar um processo engessado,
desactualizado e ineficiente.

Afinal, as demandas se alteram com o tempo, assim como a maturidade e as capacidades de


cada turma. É preciso olhar para o desempenho recente dos alunos (ano anterior) para
compreender como auxiliá-los na jornada de aprendizado do ano seguinte. E, caso necessário,
realizar alterações e adequações durante o próprio ano lectivo. Tornando, assim, oaprendizado
mais personalizado, evolutivo e adaptável a inovações tecnológicas, sociais e
comportamentais.

Para optimizar esse processo, separamos três dicas que podem auxiliar na criação, aplicação e
optimização do planeamento pedagógico:

Colaboração entre docentes, gestores, pais e alunos


Uma dica que poucas escolas costumam colocar em prática, é a construção colaborativa do
plano pedagógico. Colher feedbacks e opiniões de gestores, docentes, pais e alunos pode
tornar o plano mais rico, eficiente e dinâmico. O que, naturalmente, possibilita que o ano
lectivo seja mais interactivo, com maior participação de todos os envolvidos (Sae Digital,
2023)

Mapeamento da realidade da escola

Como mencionamos, conhecer o potencial da instituição é um factor determinante para criar


um planeamento pedagógico que funcione, de fato, no cotidiano. Isso inclui o levantamento
de estratégias, avaliações e falhas dos panejamentos anteriores. Assim como mudanças
legislativas e de directrizes educacionais, estrutura disponível.

Ferramentas tecnológicas
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Por fim, não poderíamos deixar de citar a tecnologia na educação. Hoje, muitas etapas e
actividades gerenciais e administrativas podem ser automatizadas. Facilitando, assim, a
captura, o armazenamento e a análise de dados e históricos da instituição. Isso, como
mencionamos, é um factor fundamental para a criação do plano pedagógico.

Conclusão
Conclui-se que Como o campo cognitivo é o mais comumente usado, de acordo com a
taxonomia dos objetivos educacionais de Bloom, há seis níveis de domínio cognitivo, a saber:
conhecimento, que são os processos que solicitam que o aluno reproduza com precisão uma
noção que lhe tenha sido transmitida, podendo ser uma fórmula ou teoria, ou mesmo, um
procedimento; compreensão, que demanda preparação de uma informação original,
explicando-a de outra forma ou antecipando resultados proporcionados pela informação de
partida; aplicação, onde o aluno mobiliza um conhecimento geral para uma circunstância
nova, específica, real e problemática; análise, que se abaliza por separar uma informação em
dados elaborados e constitui relações entre eles, onde se estabelece a taxonomia dos objetivos
educacionais; síntese, que representa os procedimentos nos quais o estudante agrupa noções
de informação para compor dados novos que terá, basicamente, descrições individuais e
características.

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Referências Bibliográficas
BENJAMIN S. BLOOM et al. (s/d). Taxonomia dos objetivos educacionais, vols 1 e 2,
Editora Globo.

CABRAL, A. e NICK, E. Dicionário técnico de psicologia. São Paulo. Editora cultrix, 1997.

HAMZE, A. (2021). A taxonomia e os objectivos educacionais.

MAMEDE, W., & ABBAD, G. (2018). Objectivos educacionais de um mestrado profissional


em saúde coletiva: avaliação conforme a taxonomia de Bloom. Educação E Pesquisa, 44,
e169805. https://doi.org/10.1590/s1678-4634201710169805.

MWAMWENDA, T. S. (2005). Psicologia educacional: uma perspectiva Africana. Maputo,


Texto editora.

RODRIGUES, A. & BILA, L. V. (S/d). Módulo de Psicologia de Desenvolvimento e de


Aprendizagem. Maputo. Universidade Pedagógica.

RODRIGUES, J. (s/d). A taxonomia de objetivos educacionais.

SAE DIGITAL (2023). Planejamento Pedagógico — Tudo sobre como fazer!

SAFETEC (2022). O que é planejamento pedagógico: dicas para construir um plano eficiente,
dinâmico e personalizado. Educador do Futuro.
17
SPRINTHAL, Norman. A e SPRINTHAL, Richard. C. (1993). Psicologia educacional: uma
abordagem desenvolvimentista. Lisboa. Mcgraw.

TAVARES, José e ALARCAO Isabel. (2002). Psicologia de desenvolvimento e de


aprendizagem. Coimbra. Livraria Almeida. Porto.

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