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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho

Nome e Código do Estudante

Curso:
Disciplina:

1
Ano de Frequência:

Local, Mês, Ano

Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0

ii
tamanho de letra,
paragrafo,
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

iii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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iv
Índice

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I. Introdução

Introdução

O ensino é uma das actividades que tem como uma das suas principais características, o facto de
ter carácter planificado. Isso faz com que a prática do professor se oriente por uma adequada
planificação, englobando os aspectos fulcrais do plano, tais como, os conteúdos, os
objectivos/competências a desenvolver, os meios de ensino-aprendizagem, etc. A planificação é
um processo de racionalização, organização e coordenação da acção docente, articulando a
actividade escolar e a problemática do contexto social. Isto equivale dizer que, na escola, os
professores e os alunos pertencem todos a uma determinada sociedade e a um determinado
contexto de relações sociais, onde prevalecem certas regras e normas de conduta. Portanto, o
presente trabalho, ao abordar sobre a planificação do ensino, o seu estudo permitiu conceptualizar
a planificação e permitir que o formando tenha oportunidade de reconhecer a importância, os
níveis, os requisitos e os tipos de planificação; os objectivos de ensino. Planificar é uma tarefa
que inclui tanto a previsão das actividades didácticas, no que diz respeito à sua organização e
coordenação mediante os objectivos propostos, como a sua revisão e adequação ao longo do
processo de ensino; Planificar significa fazer a previsão das actividades que o professor irá
desenvolver na sala de aula.

Portanto, importa referir que sua discussão leva-nos à expectativa de poder compreender que os
professores precisam de planificar continuamente as suas acções, pois a planificação de aulas
deve considerar a experiência anterior, no sentido de alimentar a melhoria da nova planificação.

Objectivos geral

De acordo com a orientação do docente, o presente trabalho em curso tem os seguintes objetivos,
que levaram a sua elaboração:

 Mencionar os elementos condicionantes da planificação de ensino;


 Indicar as diferentes fases que ocorre a planificação do ensino;
 Descrever as tipologia ou modalidades de planificação no ensino.

Metodologia
1
No concerne ao trabalho em curso, importa referir que em termos metodológicos, a elaboração do
presente trabalho recorreu-se as consultas bibliográficas de alguns autores que consubstancia
sobre o tema e alguns sites na internet e módulo do estudante. Quanto a abordagem é uma
pesquisa qualitativa; quanto aos objectivos é exploratória; quanto aos procedimentos de recolha
de dados é não experimental e quanto as fontes de informação é uma pesquisa bibliográfica.

A Planificação do Ensino

A planificação do ensino é uma actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e
operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os
objectivos educacionais propostos.

Piletti (2004). “A planificação, Evita a rotina e a improviso; Contribui para a realização dos
objectivos visados; Promove a eficiência do ensino; Garante maior segurança na direção do
ensino; Garante economia de tempo e energia”, (p.75)

Sempre que se inicia um empreendimento complexo, tendo em vista alcançar determinadas


metas, torna-se importante fazer uma previsão básica da acção a ser realizada, previsão essa que
funcione como um fio condutor susceptível de orientar a acção. Portanto, com a planificação da
aula, o professor determina os objectivos a alcançar ao término do processo de ensino-
aprendizagem, os conteúdos a serem aprendidos, as actividades a serem realizadas pelo professor
e aluno, a distribuição do tempo, etc., ou seja, a planificação permite visualizar previamente a
sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em dia lectivo.

Portanto, O plano de aula é um instrumento flexível, aliás, o momento de aula é dinâmico por
envolver uma relação dialéctica entre alunos e destes para com o professor, o que suscita
reacções, inter-relações, a ajustar /equilibrar, isto mas que para que o PEA respeite o rítimo do
que se passa efectivamente na sala de aula: Dificuldade de aprendizagem dos alunos, perguntas e
contribuições dos alunos, recursos existentes na sala de aula antes não previstos mas que têm
grande potencialidade para a aprendizagem dos alunos, tempo (disponibilidade e escassez), etc.

Bento (2003). Defende que:


Na planificação, são determinados e concretizados os objectivos mais importantes da
formação e educação da personalidade, são apresentadas as estruturas coordenadoras de

1
objectivos e matéria, são prescritas as linhas estratégicas para a organização do processo
pedagógico, (pp.15-16).
Segundo Januário (1992). O planeamento é um processo através do qual os professores aplicam e
põem em prática os programas escolares, cumprindo sempre a importante função de os
desenvolver e adaptar às condições do cenário de ensino características da população escolar e do
meio envolvente, do estabelecimento de ensino, e dos alunos das diferentes turmas.

De acordo com os pensamento destes autores importa referir que, podemos afirmar que a
planificação é um procedimento importante, e necessário, do trabalho pré-interactivo dos
professores, para que o complexo processo de ensino-aprendizagem se desenvolva com
qualidade, harmonia, eficácia e consiga os resultados desejados. Através de uma planificação
adequada da aula, o professor proporciona mais situações educativas aos alunos, não há perdas de
tempo, confusão no espaço, errada utilização dos recursos, melhorando assim todo o processo de
ensino-aprendizagem, e o seu próprio desempenho.

Os elementos condicionantes da planificação de ensino

No que concerne aos elementos condicionantes da planificação de ensino, importa referir que,
qualquer plano de ensino para ser funcional deve, ajustar-se seguintes itens:

Objetivos

Segundo Grigull (2008), objetivo é o que se espera que a turma aprenda em determinadas
condições de ensino. O autor denota que é a partir do objetivo que são definidos e orientados os
conteúdos que devem ser trabalhados e os processos didáticos que são necessários para que o
objetivo seja atingido (p.79).

“É preciso definir primeiro os objetivos de ensino e aprendizagem para depois selecionar e


organizar os conteúdos”. (Grigull, 2008, p. 1)

Para Roldão (2003), os objetivos, quando atingidos, refletem o que o aluno sabe, em termos de
conhecimentos, atitudes e procedimentos resultantes da aprendizagem dos conteúdos. A mesma
autora defende que se devem definir os objetivos da aprendizagem de forma a ajustá-los às
competências visadas e não como um simples desdobramento dos conteúdos programáticos, sem
a devida finalização. Ainda de acordo com Roldão (2003), orientam-se os objetivos de

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aprendizagem de modo a conferir-lhes utilidade, ou seja a evidenciar que competências (gerais
e/ou específicas, transversais e/ou disciplinares) se pretende construir a partir desses objetivos.

O meio ambiente

Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de aula são
unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e hábitos culturais
da zona em que ela está inserida. Se estes factores, aparentemente estranhos não são considerados
nas propostas de aprendizagem, corre-se risco de não interessarem ou de serem inacessíveis aos
alunos.

E evidentimente, esta adequação tem muito a ver com as limitações e com os recursos quer
materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. Com efeito, as condições em que se
trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será utópico não se tomar em consideração. E
assim, frequentimente o professor é forçado, por exemplo, a mudar de estratégia porque não é
mesmo possível concretiza-la com o material e que dispõe.

Conteúdo

Para Grigull (2008). “Conteúdo é um conjunto de valores, conhecimentos, habilidades e atitudes


que o professor deve ensinar para garantir o desenvolvimento e a socialização do aluno”, (p.109).

Os conteúdo abrangem todas as experiências educativas do conhecimento, devidamente


seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da matéria deve-se ter em conta o valor
funcional que mais se liga aos problemas da atualidades e tenha valor social. A selecção deve ter
em conta os interesses regionais bem como as necessidades e fases do desenvolvimento do aluno.

Segundo este autor, o conteúdo pode ser classificado como conceitual (que envolve a abordagem
de conceitos, fatos e princípios), procedimental (saber fazer) e atitudinal (saber ser). De acordo
com Roldão (2003), orientam-se os conteúdos para se expressarem as competências. À luz desta
afirmação, elaborámos o seguinte exemplo: se os conteúdos incluírem regras de postura, o aluno
é competente, conhecendo e sabendo utilizar as respetivas regras de postura.

Importa referir que os conteúdos a se ter em conta na planificação do ensino pelo professor já
vêm indicados, em linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseiam nos esquemas
conseptuais que os presidem e os temas organizadores.
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Recursos/meios de ensino existentes.

Os meios de ensino-aprendizagem (também denominados recursos didácticos) são elementos que


auxiliam na execução do processo de ensino-aprendizagem. São muitíssimo importantes porque
aproximam o aluno à realidade, facilitam a percepção e compreensão dos conteúdos e tornam o
ensino mais activo e concreto. O ensino sem os meios de ensino-aprendizagem pode ser “cego” e
insignificante, principalmente para os alunos das classes iniciais. Assim, encoraja-se aos
professores a apostarem no seu uso. Os recursos didácticos são todo e qualquer material físico, do
o professor, o aluno, as tecnologias de informação e comunicação, utilizados no contexto de
ensino-aprendizagem, a fim de auxiliar o professor na transmissão da sua mensagem para o
educando eficientemente realizar a sua aprendizagem. Assim, o recurso didáctico, seja qual for a
sua modalidade, é aquele que incentiva, facilita ou possibilita o processo de ensino-
aprendizagem. Ele é, no ensino, a ligação entre a palavra e a realidade. O ideal seria que toda a
aprendizagem se efetuasse em situação real da vida. É importante conseguir o aproveitamento
óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto a árvore do pátio da escola, a mão do
professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, as experiências vividas podem contribuir
para que a aprendizagem se torne mais rica e gratificante.

No que concerne aos meios é importante referir que, o professor pense também que ele constitui
um excelente recurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento, das atitudes, da
natureza e da qualidade de relação pedagógica investida no processo educativo”. O professor ao
planificar a sua acção tem, pois de estar bem consciente dos seus aspectos positivos e das suas
limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido
possível.

Estratégias e Metodologias

Segundo Anastácio e Alves (2004), as estratégias de ensino são os meios utilizados pelos
docentes na articulação do processo de ensino, de acordo com cada atividade e os resultados
esperados. Acrescentam que as estratégias visam à consecução de objetivos e, consequentemente,
estes deverão ser explícitos.

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Sugerem que ensinar requer que o docente fomente o interesse e a autonomia do aluno para que
este se dedique e procure atingir o principal objetivo educacional de uma forma espontânea.
Desta forma, o professor deverá promover a curiosidade, a segurança e a criatividade dos alunos.

Anónimo (2013) considera que a atividade docente é caracterizada pelo desafio permanente em
estabelecer relações interpessoais com os educandos, procurando que as metodologias e as
estratégias utilizadas cumpram os objetivos propostos. Neste sentido, este autor sugere que o
modo como o docente planeia as suas atividades na sala de aula é determinante para que haja um
maior ou menor interesse por parte dos participantes, facilitando, ou não, o decorrer da aula. Eles
se relacionam com os recursos didácticos, teóricos e materiais que o professor tem de utilizar
para alcançar os objectivos da aprendizagem dos seus alunos: compreende método e técnicas de
ensino e de todos os recursos auxiliares usados para estimular a aprendizagem do aluno.

O aluno

Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber, cujo
aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado assunto é
muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor).

Para além da compreensão das características próprias do nível etário do aluno e das
características da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é
fundamental que o professor conheça as características pessoais do aluno. permitir ao aluno trazer
o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistas desse
processo e fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante em si mesmo e nos outros. À uma turma
irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas que canalizam aquela energia excessiva
para actividade produtiva. Para alunos excessivamente competitiva terá de insistir em propostas
assentes no trabalho de grupo.

Avaliação

Libânio (1994) cit. Frias , (2002). A avaliação é:


Tida como Um componente do processo de ensino que visa, através da verificação e
qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos
propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas
seguintes, ( p. 157)

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A avaliação se justifica como componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na
determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos.

Nesta ordem de ideias, quando terminam os trabalhos previstos para o ano lectivo, para aquela
unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as actividades que, por se se ter de atender a
qualquer acontecimento inesperado substituíram ou complementaram o que estava planificado, a
próxima etapa são avaliar o plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia,
o seu rendimento e optimização, a sua maximização ambiente escolar.

Segundo afirma Stefanello (2010), é através da avaliação que se torna possível analisar os
resultados obtidos pelos alunos.

Fazes ou etapas da planificação de ensino.

De acordo com Libâneo (1997), fazes ou etapas de planificação são seis: a pre-planificação, o
diagnóstico, a programação, a execução, a avaliação e a decisão.

Conhecimento da realidade:

O Professor deve fazer uma sondagem, conhecer o aluno e o seu ambiente, saber quais as
necessidades, aspirações, frustrações e possibilidades. Após a sondagem, é preciso estudar
cuidadosamente os dados recolhidos, para formar a Conclusão, que seria então o diagnóstico.
Sem o diagnóstico e a sondagem, corre-se o risco de propor o que é impossível alcançar, o que
não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado.

Elaboração do Plano:

Na perspectiva do Libâneo, a partir do diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é


possível alcançar, como fazer para alcançar e como avaliar os resultados. E para tal, existem
alguns passos seguir na elaboração do plano: a identificação do tema, a determinação dos
objectivos, a selecção e organização dos conteúdos de ensino, a selecção de métodos de ensino, a
selecção de recursos materiais, os procedimentos ou actividade e a estruturação do plano de
ensino.

Execução do plano:

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Consiste no desenvolvimento das actividades previstas. Na execução poderá haver elementos não
plenamente previstos. As vezes, a reacção dos alunos ou circunstâncias do ambiente exigirão
adaptações e alterações do plano, isto é normal e não dispensa o plano, pois, uma das
características de um bom plano, é que deve ser flexível.

Avali4ção e Aperfeiçoamento do Plano:

Feita a execução do que foi planificado, passamos a etapa de avaliação do nosso trabalho, com
vista a melhoria. Nesta etapa, para além de avaliar os resultados de Ensino e Aprendizagem,
avalia-se também a qualidade do plano, a nossa eficiência como professor.

Componentes básicos na Planificação do ensino: os objectivos, o conteúdo, os procedimentos de


ensino, os recursos de ensino e a avaliação.

Objectivo:

Saviani (1997), sustenta que é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da
nossa actividade. Os objectivos nascem da própria situação: da comunidade, da família, da
disciplina, do professor e principalmente do aluno. Os objectivos educacionais são metas e os
valores mais amplos que uma escola procura atingir, e os objectivos intencionais são proposições
mais específicas referentes as mudanças comportamentais especificadas para um determinado
grupo-classe.

Conteúdo:

Refere-se a organização do conhecimento em si, com base nas suas próprias regras. Abrange
também as experiencias educativas no campo do conhecimento, devidamente seleccionadas e
organizadas pela escola. O conteúdo é o instrumento básico para poder atingir os objectivos.

As tipologia ou modalidades de planificação no ensino

São os professores que organizam o processo de ensino-aprendizagem. Ou seja, é aos professores


que cabe a responsabilidade de organizar a sua própria actividade, que se inicia com a
planificação, seguindo-se a implementação do processo e a respectiva avaliação do currículo.

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Haidt (2006). Afirma que na área educativa existem vários níveis de planos e apresenta os
seguintes:

Planificação anual ou longo prazo

De acordo com Cortesão (1994), a planificação ao longo prazo:

É fundamentalmente de dois tipos: um diz respeito à acção interdisciplinar dos vários


professores da turma, como obreiros da mesma construção, outro diz respeito a acção dos
professores por disciplina. Neste último caso, são delimitados os grandes blocos de
aprendizagem unidades de ensino/aprendizagem que irão ser considerados (p.70).

Em conformidade com Arends (1999), a eficácia dos planos anuais gira geralmente à volta da
capacidade de incluir três facetas:

Temas e atitudes gerais: isso significa que muitos dos professores no início do ano lectivo
preferem passar aos seus alunos uma serie de atitudes, metas e temas gerais sobre disciplina,
elementos esses que não se podem tratar numa só aula, mas só através de determinadas vivências
ao longo do ano, que devem ser previstas pelos professores. Matéria a dar: como se sabe, são
inúmeros os temas a tratar e várias actividades a realizar, por outro lado

O tempo: o tempo não chega para tudo, cabe ao professor ter a capacidade de saber seleccionar o
mais essencial do acessório.

Cortesão (1994), afirma que para a realização de uma planificação a longo prazo deve- se reunir
documentos, tais como: programa planificações de anos anteriores, livros, e outras matérias
didácticos, (p.71)

Planificação a médio prazo

De acordo com Arends (1999), “designa-se por planificação a médio prazo “os planos de uma
unidade de ensino, ou de um período de aulas. Basicamente, uma unidade corresponde a um
grupo de conteúdos e de competências associadas que são percebidas como um conjunto lógico.”
(pp.59-60).

Na perspectiva de Cortesão (1994), a elaboração de um plano a médio prazo, corresponde às:


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Identificação das ideias base e conteúdos tendo em conta os esquemas conceptuais e os
temas organizador/es; Clarificação dos objectivos gerais que constam do plano a longo
prazo e que são relativos àquela unidade de ensino; Identificação dos“pré- requisitos”
necessários para conseguir realizar as aprendizagens a que o plano é relativa; Ordenação e
distribuição de conteúdos por lições; Estabelecimento de estratégias mais pormenorizadas
e mais adequadas ao contexto; Identificação e listagem de materiais a utilizar; Elaboração
de materiais de avaliação formativa e sumativa; Estabelecimento de actividades de
remediação e enriquecimento; Indicação da bibliografia; Levantamento das medidas
prévias necessárias para levar a cabo as actividades previstas na unidade (contacto com
pais, autorizações para visitas de estudo, marcação de transportes, aluguer de filmes,
cassetes, ect.). Desta forma, vai-se traçar o percurso para uma série de aula, (p. 120).

Em vista disso, diríamos que este plano pode ser partilhado com os alunos, pois proporcionam
um mapa de estradas alargado onde se explica a meta do professor ou de determinada aula.

Planificação a curto prazo/ Planos de aula

durante o ano lectivo é focalizado a acção que se desenrola num contexto muito particular, é
necessário elaborar planos correspondentes às acções que no dia-a-dia vão concretizar as
diferentes parcelas do anterior.” Ainda, podemos acrescentar que consiste na planificação de cada
aula onde se definem todos os ingredientes essências do plano.

Estes planos são aqueles a que o professor disponibiliza mais atenção. É também aqui que melhor
se percebe a forma como o professor encara a dinâmica do ensino/aprendizagem. Geralmente, os
planos diários contêm os conteúdos a serem ensinados, as técnicas/estratégias motivacionais a
serem exploradas, os passos e actividades específicas preconizadas para os alunos, os materiais
necessários e os processos de avaliação.

Altet (2000), sustenta que “ as planificações das aulas são o principal suporte para o
estabelecimento das rotinas, e define-as como, conjuntos de procedimentos estabelecidos que têm
como função controlar e coordenar sequências específicas de comportamentos”, (p.113).

Importa referir que a preparação de um plano de aula de acordo com Altet (200), deve ter um
carácter flexível, aberto e susceptível de sofrer alterações ou reajustes de acordo com o feedback
recebido no decorrer da aula. Mas também, o professor tem de passar por uma minuciosa escolha
de técnicas, metodologias e actividades que garantam uma forte interacção entre os elementos da

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turma, com o objectivo de tentar abarcar a diversidade dos estudantes de modo a motiva-los a
uma participação activa no conteúdo que se vai tratar na turma.

Portanto, importa referir que é aqui no plano de aula que, o professor escreve o sumário, indica os
conteúdos, objectivos da aula, aponta matérias necessários para a aula, utilizar uma linguagem
clara e concisa, observar e acompanhar o ritmo dos alunos na sala de aula, faz distribuição de
tempo para a realização das diferentes tarefas, delinear as estratégias, actividades, dinâmica,
passar trabalhos de casa e entre outras. Este serve como uma ferramenta importantíssima para
organizar e subsidiar o trabalho do professor

Conclusão

No que concerne ao tema do trabalho em curso, importa referir que pôde aprender que toda
actividades relacionadas ao processo de ensino devem ser devidamente planificados e delineados,
assumindo-se assim a planificação como o ponto de partida para a otimização, maximização e
melhoria da qualidade do processo educativo. Para a elaboração de uma boa planificação é
necessário prever, organizar, criar e reconstruir. A planificação acaba por ser um documento pró-
ativo que permite ao docente pensar e organizar a sua acção. Funciona como um guia de
orientação, no qual estão alinhados os objetivos, os conteúdos e conceitos, as competências, as
estratégias e metodologias, e por fim a avaliação que o professor organiza para determinada
prática. Centrando-se na mesma ótica de Barroso (2013), a planificação é um importante auxiliar
da prática pedagógica, contribuindo para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Posto
isto, o docente faz uma previsão de cada aula definindo um conjunto de objetivos, conteúdos,
experiências de aprendizagem, bem como a avaliação.

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Referência bibliográfica

Anónimo, (2013). Estratégias e Métodos de Ensino. Portal Educação. Web site. Acedido

http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/34940/estrategias-e-metodos-de-
ensino.

Frias M.A., Takahashi R. T. (2002). Avaliação do processo ensino-aprendizagem: seu

significado para o aluno de ensino médio de enfermagem. Rev Esc Enferm USP.

Grigull, M. (2008). O que são Objetivo, Conteúdo e Conceito? (ed.218), Nova Escola.

Acedido em 05 de maio, 2023, em http://acervo.novaescola.org.br/planejamento-e-


avaliacao/planejamento/saoobjetivo-conteudo-conceito-428234.shtml

Haidt, R.C.C (2006). Curso de didática geral. São Paulo: Atica.

Libaneo, J.C. (1994). Didáctica. São Paulo: cortez, editora (2009), impressão.

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Pilette, C. (2004). Didáctica Geral. (ed.23ª), editora ática. São Paulo.

Roldão, M. C. (2003). Gestão do currículo e avaliação de competências. Lisboa:

Editorial Presença.

Silva, D. B. (2013). A importância da planificação do processo ensino aprendizagem.

Porto: Porto Editora.

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