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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Planificação do Ensino

Natália Manuel Tondondo - 708221583

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Práticas Pedagogicas II
Ano de frequência: 2° Ano
Turma: B

Tutora: Egina Bande

Beira, Junho, 2023


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0
 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:

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ÍNDICE

1.0.Introdução.............................................................................................................................3

1.2. Objectivos............................................................................................................................4

1.2.1. Objectivo geral..................................................................................................................4

1.2.2. Objectivos específicos......................................................................................................4

1.3. Metodologias........................................................................................................................4

2.0. Planificação..........................................................................................................................5

2.1. Plano de ensino....................................................................................................................5

2.2. Objectivos de ensino............................................................................................................6

2.2.1. Objectivos como a descrição da aprendizagem................................................................6

2.2.2. Distinção entre objectivos de ensino e “actividades do ensino.........................................7

2.3. Metodologia de ensino e meios de ensino...........................................................................7

2.3.1. Métodos de ensino............................................................................................................7

2.3.2. Critérios para a escolha de métodos..................................................................................8

2.4. Meios de ensino...................................................................................................................8

2.5. Perfil e postura do supervisor Pedagógico...........................................................................8

2.6. Programa de Supervisão/ ciclo de supervisão pedagógica................................................11

2.7. Pedagógica a nível dos DEJ´s e DPDH.............................................................................12

Conclusão..................................................................................................................................14

Referências bibliográficas.........................................................................................................15
1.0.Introdução

O acto de planificar é uma realidade que sempre acompanhou a trajectória histórica da


Humanidade desde os primórdios da sua existência. Neste contexto, Zabalza (1994), ressalta
que “a planificação é um fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos,
aspirações e metas num projecto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas
ideias a cerca das razões pelas quais desejaríamos conseguir, e como poderíamos levar a cabo,
um plano para concretizar” (p. 47).

Plano de Ensino é processo de decisão sobre a atuação concreta dos professores no cotidiano
de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações em constantes interações entre
professor e alunos e entre os próprios alunos.

A educação especialmente organizada realiza-se, nas escolas, sobretudo através das aulas que
em si, constituem um conjunto de meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula
o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo de aprendizagem
escolar. Por outras palavras, o processo de ensino, através das aulas, possibilita o encontro
entre os alunos e a matéria de ensino, preparada didacticamente no plano de ensino e nos
planos de aula.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


Conhecer a Planificação do Ensino.

1.2.2. Objectivos específicos


 Definir a Planificação do Ensino e a supervisão pedagógica;

 Compreender os objectivos do ensino;

 Descrever os meios de ensino e a supervisão pedagógica.

1.3. Metodologias
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza
como base de dados conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses,
assim como também materiais disponíveis na internet (Gil, 2010).

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2.0. Planificação
Para Haidt (2006) citado por Araújo (s/a), a Planificação é uma prática corrente em todas as
actividades humanas, especificamente as que são realizadas intencionalmente. A planificação
do Processo Ensino Aprendizagem é a previsão mais objectiva possível de todas as
actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e aprendizagem que conduz o
aluno a alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é uma
actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o
professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os objectivos
educacionais propostos.

A Planifiação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um
meio para se programar as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e
reflexão intimamente ligado a avaliação (idem).

2.1. Plano de ensino


O Plano de Ensino é a especificação do planejamento curricular. É desenvolvido,
basicamente, a partir da ação do professor e compete a ele definir os objetivos a serem
alcançados, desde seu programa de trabalho até eventuais e necessárias mudanças de rumo.
Cabe ao professor, também, definir os objetivos a serem alcançados, o conteúdo da matéria,
as estratégias de ensino e de avaliação e agir de forma a obter um retorno de seus alunos no
sentido de redirecionar sua matéria. O Planejamento de Ensino não pode ser visto como uma
atividade estanque.

São os tipos de plano de ensino:

 Plano nacional de ensino ou planificação nacional;


 Plano provincial
 Plano escolar

Para MINED (2013), o professor que deseja realizar uma boa atuação docente sabe que deve
participar, elaborar e organizar planos em diferentes níveis de complexidade para atender, em
classe, seus alunos. Pelo envolvimento no processo ensino-aprendizagem, ele deve estimular a
participação do aluno, a fim de que este possa, realmente, efetuar uma aprendizagem tão
significativa quanto o permitam suas possibilidades e necessidades. O planejamento, neste

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caso, envolve a previsão de resultados desejáveis, assim como também os meios necessários
para alcançá-los. A responsabilidade do mestre é imensa. Grande parte da eficácia de seu
ensino depende da organicidade, coerência e flexibilidade de seu plano.

O Planejamento de Ensino deve prever:

1. objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais;

2. conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos;

3. procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem as atividades de


aprendizagem;

4. procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a qualificação e a apreciação


qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a função pedagógico-didática, de
diagnóstico e de controle no processo educacional.

O resultado desse planejamento é o plano de ensino, um roteiro organizado das unidades


didáticas para um ano, um semestre ou um bimestre. Esse plano deve conter: ementa da
disciplina, justificativa da disciplina em relação ao objectivos gerais da escola e do curso,
objetivos gerais, objetivos específicos, conteúdo (com a divisão temática de cada unidade),
tempo provável (número de aulas do período de abrangência do plano), desenvolvimento
metodológico (métodos e técnicas pedagógicas específicas da disciplina), recursos
tecnológicos, formas de avaliação e referencial teórico (livros, documentos, sites etc). Do
plano de ensino resultará, ainda, o plano de aula, onde o professor vai especificar as
realizações diárias para a concretização dos planos anteriores.

2.2. Objectivos de ensino


Os objectivos de ensino também designados por objectivos comportamentais ou objectivos
operacionais, são listagem de resultados específicos do ensino, indicadores do comportamento
e da capacidade de execução dos alunos (Hannah, 1985 apud Golias, 1999, p . 220).

2.2.1. Objectivos como a descrição da aprendizagem


Os objectivos são formulados no sentido do comportamento esperado, aliás a aprendizagem
em última instância culmina com a modificação do comportamento, mas nem todo o
comportamento em mudança é resultado da aprendizagem, dai a necessidade de clarificar o
comportamento esperado em forma de objectivos. De facto dissemos na unidade anterior que

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ao ensinar o professor visa suscitar aprendizagem nos seus alunos, essa aprendizagem que se
traduzem mudança de comportamento previsto.

Para Golias (1999), Ensino  Aprendizagem  Objectivos revela a descrição dos resultados
esperados da aprendizagem do aluno.

Os objectivos são especificações de resultados de aprendizagem expressos em forma de


conduta, vamos entender comportamento no sentido dos comportamentalistas que aprendeu
em Psicologia Geral, isto é, de condutas expressas.

Para ele os objectivos de ensino especificam resultados esperados como consequência do


ensino. Tais resultados constituem expressão de condutas resultantes da aprendizagem.

2.2.2. Distinção entre objectivos de ensino e “actividades do ensino


os professores confundem, de facto, os objectivos e as actividades a serem desenvolvidas
pelos alunos, a seguir passamos a síntese de Golias (1999) na especificação deste equívoco:

 Os objectivos de ensino descrevem e especificam os resultados de aprendizagem;


 Os objectivos de ensino descrevem condutas do aluno, não actividades do ensino a
realizar pelo professor ou pelo aluno para conseguir aqueles;
 Os objectivos de ensino constituem condutas que se esperam que os alunos consigam,
não enunciados de itens de avaliação.
 Os objectivos de ensino não são objectivos temáticos, simples especificações de
conteúdos, mais sim o conjunto de conteúdos e habilidades e actividades que
desejamos que se desenrolem nos alunos ao estudar o seu conteúdo.

2.3. Metodologia de ensino e meios de ensino

2.3.1. Métodos de ensino


Os métodos de ensino são acções, processos planificados pelo professor para colocar o aluno
na situação de aprendizagem em função dos objectivos (Haidyt, 2006), se sabermos para onde
queremos chegar certamente que estaremos em condições de decidir se vamos de carro, de
avião, a pé ou de barco. Agora já compreendeu a importância de escolher bem os métodos de
ensino.

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2.3.2. Critérios para a escolha de métodos
Aos seleccionar os métodos, tenha em conta 4 (quatro) aspectos básicos:

a) Adequação aos objectivos definidos;

b) Ter em conta a natureza do conteúdo seleccionado;

c) As características dos alunos;

d) As condições físicas e o tempo disponível (Haidyt, 2006).

2.4. Meios de ensino


Para Piletti (2), explica que tradicionalmente os meios de ensino são classificados em visuais
(projecções, cartazes, gravuras) auditivos (radio, gravação) e audiovisuais (cinema, televisão),
apesar de se reconhecer que, na prática, as expressões verbais, sonoras e visuais se
complementam, fazendo com que os recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas
vezes sejam funcionais quando se utilizam de forma complementar o processo de ensino-
aprendizagem.

2.5. Perfil e postura do supervisor Pedagógico


Segundo Medina (1997), ser professor exige uma série de qualidades que se resumem em
humanas e intelectuais. As qualidades humanas estão relacionadas com o professor como
pessoa e dentre elas destacamos as seguintes: domínio das suas acções e emoções, capacidade
e hábito de aceitar e apoiar o outro sem nenhuma distinção, respeito pelas diferenças
individuais e culturais, respeito pela dignidade do outro, respeito e promoção dos símbolos
nacionais e culturais.

As qualidades intelectuais estão relacionadas com a postura profissional do professor e dentre


várias destacamos as seguintes: o domínio dos conteúdos que lecciona, a capacidade de
interligar os conteúdos de ensino com a realidade dos alunos, a capacidade de diagnosticar e
solucionar problemas que emergem no processo de ensino – aprendizagem e a capacidade de
legitimar as ideias dos alunos por mais que estejam erradas.

Se ser professor exige qualidades humanas e intelectuais então ser supervisor pedagógico
exige qualidades humanas e intelectuais acrescidas pelo facto de este ser o mestre que através

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das suas actividades acompanha as actividades da escola no geral e do professor em
particular.

As competências do supervisor pedagógico não têm nenhum fundamento se este não


apresentar um perfil adequado à sua actividade profissional. Por isso Alarcao e Tavares
sugerem que as actividades do supervisor pedagógico devem estar acompanhadas pelo
seguinte perfil profissional:

 Espírito de auto – formação e desenvolvimento;


 Capacidade de identificar, aprofundar, mobilizar e integrar os conhecimentos
subjacentes ao exercício da docência;
 Capacidade de resolver problemas e tomar decisões esclarecidas e acertadas;
 Capacidade de experimentar e inovar numa dialéctica entre a prática e a teoria;
 Consciência da responsabilidade que coube ao professor no sucesso, ou no insucesso,
dos alunos;
 Entusiasmo pela profissão que exerce e empenhamento nas tarefas inerentes;
 Capacidade de trabalhar com os outros elementos envolvidos no processo educativo.

Segundo Medina (1997, p. 89), o perfil do supervisor pedagógico encontramos com


frequência a palavra capacidade e segundo o nosso ponto de vista, a repetição desta palavra
vem justificar que a escolha de um supervisor pedagógico deve ter três alicerces
fundamentais: formação psicopedagógica, cinco anos de leccionação no mínimo e carácter
carismático do professor.

Formação Psicopedagógica – é necessário que o supervisor pedagógico tenha


conhecimentos relativos ao processo de ensino – aprendizagem e que sejam suportados por
uma formação direccionada à actividade de leccionação. A formação psicopedagógica vai
permitir que consiga responder às diversas situações que emergem no processo de leccionação
e que o professor supervisionado não consegue dar uma resposta pronta e adequada.

Experiência de cinco anos – só quem tem mais anos de experiência numa certa actividade é
capaz de guiar os novatos profissionalmente. Embora existam outros pressupostos adjacentes
à experiência, pensa-se que em cinco anos o professor é capaz de colher várias experiências
dado que para além da própria actividade de leccionação este participa em seminários de
capacitação que enriquecem a sua profissão. A experiência colhida durante cinco anos ou
mais é suficiente para orientar um professor principiante.

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Carácter carismático do supervisor – na nossa perspectiva de análise, o carácter carismático
está relacionado com a inclinação natural da pessoa. No seio dos professores existem alguns
que por natureza têm a capacidade de liderar os outros indicando-os procedimentos
profissionais que lhes ajude a melhorar diariamente o seu desempenho fora e dentro da sala de
aulas. É importante que estes profissionais sejam conduzidos às actividades de supervisão
porque têm a capacidade natural que pode ser enriquecida pela formação e pela experiência.

A interligação dos alicerces da supervisão anteriormente apresentados dará um grande


contributo na realização de uma supervisão pedagógica sempre apta a responder às diversas
situações educativas e aos diversos desafios que o professor enfrenta na sua carreira
profissional.

Em paralelo ao perfil anteriormente apresentado, Medina (1997, p. 89), a apresenta seis


qualidades que devem ser possuídas pelo supervisor:

Dedicação ao ensino – significa dirigir suas energias para viver os problemas dos alunos, dos
professores e da escola, interessar-se pelo progresso e confiar no progresso diário dos
principais actores do processo de ensino – aprendizagem.

Responsabilidade – possuir o censo de dignidade da tarefa, ter um espírito aberto à resposta


de diversas situações educativas, responder pelos resultados do seu trabalho sejam positivos
ou negativos e prestar atenção aos compromissos assumidos.

Justiça - excluir das suas relações o proteccionismo e a satisfação de interesses pessoais, ser
firme e enérgico de maneira segura e suave e dar aos seus actos o sentido da compreensão
humana e espírito de prevenção.

Liderança – orientar os professores impulsionando-os a dar o seu máximo contributo. Ter


uma liderança democrática e aberta no sentido de contribuir para que os professores tomem as
suas próprias decisões.

Cultura geral – significa conhecer e actualizar as técnicas ligadas à didáctica e pedagogia, ter
o conhecimento em psicologia, sociologia e outras ciências sociais e acompanhar as
ocorrências nacionais e mundiais.

Outras qualidades que fundamentam a personalidade do professor – espírito de iniciativa,


honestidade, sociabilidade, controle emocional, saúde mental e boa formação moral.
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Em suma o exercício profissional do Supervisor de Ensino requer a capacidade de assessorar,
orientar, monitorar, acompanhar, avaliar e subsidiar a equipe escolar no desenvolvimento de
capacidades e atitudes necessárias para a promoção da qualidade da educação e no
comprometimento com as aprendizagens dos estudantes.

2.6. Programa de Supervisão/ ciclo de supervisão pedagógica


Para Alarcao e Tavares (2003, p. 67), a apresentação do ciclo da supervisão remete-nos
primeiramente à percepção de um ciclo e sua posterior interligação com a realidade da
supervisão do campo de estudo.

O ciclo é o movimento contínuo que interliga várias realidades. No ciclo constatamos que
todos os elementos que fazem parte do processo são constantemente retomados formando
deste modo um movimento contínuo. Podemos também perceber o ciclo como um movimento
em que tendo chegado no ponto de chegada retomamos o ponto de partida e vice e versa.

O ciclo de supervisão pedagógica é uma actividade de ensino constituída por quatro fases
principais que são: encontro de pré – observação, observação propriamente dita, análise de
dados e encontro de pós – observação.

Encontro de pré – observação

Este encontro entre o supervisor e o formando, que tem lugar antes da observação de uma
actividade educativa, tem fundamentalmente dois objectivos ajudar o professor na análise e
tentativa de resolução dos problemas ou inquietações... b)decidir que aspecto vai (ou vão) ser
observados (Alarcao e Tavares, 2003, p. 81).

É necessário que o supervisor crie um ambiente de confiança com o professor


supervisionando para que dele colha diferentes informações atinentes a sua actuação na sala
de aulas e o ambiente interactivo que estabelece com os alunos.

O encontro de pré – observação pode ser considerado como o momento de "estabelecimento


de amizade" entre o supervisor e o professor porque é nesta ocasião que o supervisor procura
conhecer o professor a partir do diálogo (Alarcao e Tavares, 2003).

Observação

Por observação, neste contexto, entende-se o conjunto de actividades destinadas a obter dados
e informações sobre o que se passa no processo de ensino – aprendizagem com a finalidade

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de, mais tarde, proceder a uma análise do processo numa ou noutra das variáveis em foco.
Quer dizer que o objectivo da observação pode recair num ou noutro aspecto: o aluno, no
professor, na interacção professor – aluno, no ambiente físico da sala de aula, no ambiente
sócio – racional, na utilização de materiais de ensino, na utilização do espaço ou do tempo,
nos conteúdos, nos métodos, nas características dos sujeitos (Idem, p. 86).

Análise dos dados

Uma vez colhidos os dados no decurso da observação é necessário que os mesmos sejam
analisados para se atribuir o significado. O supervisor analisa o registo que fez aquando da
observação para posteriormente manter um encontro com o professor supervisionado.

A análise de dados pode ser feita por meio de uma tabela ou por meio de uma descrição
textual mas o que interessa é o significado da informação e sua correcta transmissão ao
beneficiário.

Pós – observação

É o momento final do ciclo de supervisão pedagógica. Nesta fase o supervisor reúne-se com o
professor supervisionado com o objectivo de analisarem e interpretarem conjuntamente a
informação colhida no decurso da supervisão. O supervisor e o supervisionando partilham
constatações e experiências na tentativa de potenciar os aspectos positivos e minimizar os
problemas que tenham sido constatados durante a observação.

Na pós – observação definem-se novas estratégias de intervenção do professor no processo de


ensino – aprendizagem e se possível marca-se a seguinte actividade de supervisão que fica ao
critério do professor e do supervisionado.

2.7. Pedagógica a nível dos DEJ´s e DPDH.


Para Carlos (2012, p. 124), o professor e sua interação pedagógica em sala de aula, ela deve
ter em consideração um conjunto de elementos e factores que estão em volta do professor e
que influenciam o seu desempenho: a sua formação, a escola, as interações entre professores,
os efeitos da sua atuação na formação dos alunos e no desenvolvimento da organização. É
nesta perspetiva que a supervisão numa escola reflexiva deve estar aberta para atuar nos
domínios de formação e desenvolvimento profissional de todos os que fazem parte da
organização escolar e sua influência no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos, do

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mesmo modo que deve interferir no desenvolvimento e aprendizagem organizacionais e a
consequente influência na qualidade da vida da escola.

A escola é uma organização em contínuo desenvolvimento e em aprendizagem, na óptica de ,


é legítimo que o supervisor assuma novo papel neste âmbito da escola reflexiva e, por
conseguinte, o objeto da supervisão é redefinido como dinamização e o acompanhamento do
desenvolvimento qualitativo da organização escola e dos que nela realizam o seu trabalho de
estudar, ensinar ou apoiar a função educativa através de aprendizagens individuais e coletivas,
incluindo a dos novos agentes (Alves, 2013).

Ao nível provincial a inspecção esta instituída na DPDH, nos distritos até às escolas, enquanto
a supervisão pedagógica ao nível distrital é coordenada pela repartição de educação geral, que
é uma estrutura do Serviço Distrital da Educação, Juventude e Tecnologia ao abrigo do
Decreto 6/2006 de 12 de Abril.

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Conclusão
O processo de ensino e aprendizagem é definido como um sistema de trocas de informações
entre docentes e alunos, que deve ser pautado na objetividade daquilo que há necessidade que
o aluno aprenda. Entretanto este processo precisa ser supervisionado de modo a garantir a
qualidade do ensino no pais. Por isso a supervisão pedagógica é muito importante para puder
fazer a avaliação do ensino.

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Referências bibliográficas

Gil, A. C. (2010). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.


Alarcão, I. & Tavares (2010). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma pesquisa de
desenvolvimento e aprendizagem, 2 ed. Coimbra: Almedina.

Alves, A. (2013). Dissertação para obtenção do grau de Mestre em supervisão pedagógica (2º
ciclo de estudos) A supervisão pedagógica e a reflexividade docente. Universidade da Beira
Interior. Ciências Sociais e Humanas.

Carlos, J. & Lodi, I (2012).A prática pedagógica em supervisão escolar: a importância da


inter-relação entre o supervisor pedagógico e o corpo docente

Medina, A. S.(1997). Novos olhares sobre a supervisão. Supervisor escolar: Parcelo politico
pedagógico, Capinas, SP: Papirus

Ministério da Educação (2012). Plano Estratégico da Educação 2012-2016. Versão 6 –


DRAFT. Maio, 2012

MINED, (2013), Manual de Apoio à Supervisão Escolar, Maputo

Piletti, C. (2002). Didáctica Geral. São Paulo: Atlântica.

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