Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Código: 708209024
Ano de frequência: 40
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_______________________________________________.
Índice
1 Introdução............................................................................................................................ 1
3 Conclusão .......................................................................................................................... 14
Quem desempenha uma actividade profissional não é uma máquina, é um ser humano. A ética
é parte integrante da vida humana, e a vida humana por sua vez não se dá em um contexto
solitário, individual. O agir humano implica a relação social, e no contexto social se encontra o
ambiente laboral, que é composto de relações humanas.
Deste modo, torna-se importante não só ser especialista, técnico no trabalho realizado, mas,
também realizá–lo com caráter profissional que inclui uma série de valores éticos pessoais e
outros assumidos e buscados pela organização a qual se presta serviço.
Percebe-se que as organizações cada vez mais implantam, aplicam e exigem a vivencia de um
código de conduta ética, pois, compreendem a necessidade dele no bem-estar interno e externo
das mesmas, proporcionando o crescimento pessoal, profissional e corporativo tendo em vista
que a ética deve permear todas as relações sociais, portanto incluindo as profissionais.
1.1 Objetivos
1.2 Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
1
2 Revisão de literatura
A ética é uma ciência que estuda a forma de comportamento nas sociedades, onde o bem-estar
deve estar em primeiro lugar; assim, podemos afirmar que a necessidade ética originou-se com
o homem em sociedade. O comportamento ético varia conforme o ambiente, a situação e a
cultura, mas está presente em nossas vidas o tempo todo, tanto nas relações pessoais, quanto
nas profissionais; daí a importância de estudar a ética dentro do contexto organizacional.
Para Rodrigues & Souza (2014, p.13), “A ética é um conjunto de princípios e valores que guiam
e orientam as relações humanas”. Esses princípios devem ter características universais e
precisam ser válidos para todas as pessoas e para sempre. Já segundo Vasquez (2017, p. 12).
“A ética é a ciência que estuda o comportamento moral dos homens na sociedade”.
2.2 Deontologia
A deontologia é uma palavra de raiz grega composta de dois vocábulos: “Deon”ou “Deontos”
que significa “o que fazer” e “Logos” que significa “tratado” traduzindo--se assim como a
“Ciência dos Tratados” (Dias, 2004). Poderá então, definir-se que:
2
2.3 Ética e deontologia Profissional
Em qualquer dicionário corrente, podemos ver entre outras respostas quando nos questionamos
acerca do que é a ética, e encontramos inúmeras definições, “moral”, “diferença entre bem e
mal”, “comportamento bom ou mau”, “a ética é a ciência da moral”, para citarmos apenas as
que nos parecem mais adequadas para a reflexão deste texto. Do nosso ponto de vista,
associamos o termo “ética” à ideia de educação, formação humana, carácter das pessoas,
desempenho e postura na organização em termos de relacionamento (Ferreira & Dias, 2005).
3
2.4 Ética ambiental
De acordo com Costa (2014), A ética ambiental é simplesmente aplicar os princípios éticos, o
meio ambiente é um ato errôneo, uma vez que os novos problemas ambientais nos obrigam a
repensar e modificar os princípios que já estão estabelecidos.
Para Costa (2014), A ética é parte primordial no manejo do meio ambiente. Por isso, podemos
afirmar que a ética se configura como pilar fundamental no processo de educação ambiental e,
sobretudo, no momento de conscientização dos atores sociais e políticos envolvidos no
processo.
A partir das discussões acerca da ética podemos fomentar novas formas de relação homem –
meio ambiente, seja no âmbito particular ou global. Tais relações podem ser entendidas como
um dos pontos mais importantes da educação para o ambiente (Costa, 2014).
Para Costa (2014), É certo afirmar que a maioria dos problemas ambientais do mundo atual é
essencialmente causada pelo homem, uma vez que suas ações, atitudes e condutas estão
diretamente relacionadas com o sistema de valores e consumo da sociedade contemporânea. A
tríade citada anteriormente ações-atitudes-valores, historicamente, não estão associadas aos
interesses de conservação e preservação do meio ambiente.
No entanto, conforme afirma Boff (1999, p. 134) citado por Costa (2014), “para cuidar do
planeta precisamos todos de passar por uma alfabetização ecológica rever nossos hábitos de
consumo. Importa desenvolver uma ética do cuidado”.
Segundo Lima (2012), A crise ambiental vivenciada na atualidade tem obrigado o homem a
rever e reavaliar as suas práticas ambientais, a partir da análise dos seus valores e condutas, a
fim de assegurar a sobrevivência humana. Desta forma, muitos autores trabalham com a ideia
de formulação de um sistema de valores ecológicos mundial baseados em alguns princípios
básicos, entre eles podemos destacar: a) todo ser humano tem o direito a viver e satisfazer as
suas necessidades básicas; b) todo ser humano deverá viver em harmonia com a natureza e atuar
como um responsável pelo meio ambiente; c) Garantir um futuro ecologicamente saudável para
as gerações futuras.
Para Lima (2012), Neste contexto, é importante recordar que a busca por padrões éticos globais
é uma das atividades assumidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), ao instituir, em
1972, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Este Programa tem como objetivo
4
central alcançar uma cooperação internacional e nacional no contexto do desenvolvimento
sustentável. Assim sendo, a ONU assume um papel importante na busca de soluções para os
problemas ambientais globais, a partir da promoção de ações integradas e coordenadas entre os
países (Lima, 2012).
Segundo Cavalcante (2018), destaca a importância de se estabelecer acções éticas para toda
humanidade ao afirmar que, o que para mim se coloca como resultado é a necessidade de uma
ética para toda a humanidade. Nos últimos anos, ficou-me cada vez mais claro que este mundo
em que vivemos somente terá chance de sobreviver se nele não mais existirem espaços para
éticas diferentes, contraditórias ou até conflitantes. Este mundo uno necessita de uma ética
básica. Certamente a sociedade mundial não necessita de uma religião unitária, nem de uma
ideologia única. Necessita, porém, de normas, valores, ideais e objetivos que interliguem todas
as pessoas e que todas sejam válidas.
Assim, conforme afirma a Cavalcante (2018), uma ética ambiental pode ser entendida como
uma ética baseada na justiça social para todos, sem discriminação de religião, raça, sexo,
ideologia, região ou nação, assim como, de relevância para todo sistema econômico, político e
social.
Para Cavalcante (2018), Desta forma, é importante ressaltar mais uma vez a importância da (re)
avaliação ou, até mesmo, a (re) definição dos valores e da conduta da sociedade em relação ao
meio ambiente. Uma postura eticamente comprometida não pode ensejar e entender a natureza
como um recurso que está a disposição gratuitamente e que pode se consumida de forma
irracional. Cavalcante (2018), chama a atenção da necessidade de reversão no rumo da
sociedade, ou seja, deve-se pensar na substituição do consumo exagerado pelo consumo
moderado. Este autor ainda afirma que “o momento é de frear o consumo e de simplificar a
existência” .
Porém, para Cavalcante (2018), cabe salientar que pensar e/ou agir eticamente não significa
retroceder ou tomar posição contra o progresso. De fato, necessitamos assumir o papel de agente
transformador consciente frente ao mundo global, mas levando-se em consideração os
princípios da ética ambiental. Vale lembrar que como vimos em aulas anteriores, no Brasil, o
meio ambiente foi juridicamente contemplado na Constituição da República Federativa do
Brasil, de 05 de outubro de 1988, que dispõe no artigo 225 que: “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
5
a presente e 70 Fundamentos de Educação Ambiental futuras gerações”. Desta forma, se o
direito de todos ao meio ambiente foi assegurado pela Constituição, assim como, o dever de
preservar esse meio ambiente por parte do Poder Público e da coletividade, torna-se necessário
que ações/estratégias éticas sejam adotadas conjuntamente, a fim de tentar minimizar os efeitos
negativos gerados pela ação antrópica e assim poder assegurar o direito as gerações futuras de
usufruto deste meio (Alexandre, 2020).
Assim sendo, podemos afirmar que as ações e estratégias que podem ser adotadas pela
sociedade podem ser vistas como alternativas de solução para os diversos problemas ambientais
que visualizamos no planeta. De fato, essas ações devem ser entendidas como um produto das
decisões responsáveis e ética da sociedade (Alexandre, 2020).
Para Alexandre (2020), Para iniciarmos essa discussão torna-se importante frisar que a edu-
cação, assim como, a ética é concebida como um processo permanente de construção e (re)
construção da relação existente entre a tríade homem - natureza – sociedade. Este processo deve
está pautado no caráter social e pessoal que envolve a ética, uma vez que permite vislumbrar a
prática adotada pelo ser humano junto ao seu entorno.
Alexandre (2020), Assim sendo, podemos afirmar que através da Educação Ambiental,
enquanto um instrumento, o professor de Geografia e suas práticas interdisciplinares poderão
6
superar diversos impasses preeminentes de nossa sociedade, como por exemplo, a crise
ambiental mundial. Isso pode ser possível a partir da construção de um diálogo com o alunado
que aponte para uma nova visão de mundo guiada pelo pensar e pelo agir eticamente.
Segundo Rita & Andrade (2018), Quando se trata de temas relacionados à ética ambiental os
textos acabam por delimitar o conceito de natureza, pois é necessário que se compreenda para
depois elaborar teorias éticas ou aplicar normas. O termo natureza tem origem da palavra latina
natura que se liga a raiz nasci (nascer) e significa em primeiro lugar: a ação de fazer nascer.
O debate sobre o conceito de natureza é bastante extenso, e inclui também aspectos filosóficos,
religiosos e éticos. Rita & Andrade (2018), afirma que, “esse conceito corresponde a tudo aquilo
não realizado pelo homem”, entretanto, não se pode dizer que essa afirmação é verdadeira, pois
atualmente não existe uma natureza intocada, a não ser nas profundezas do oceano. 8
Assim, Rita & Andrade (2018), apresenta sua tese se opondo ao pensamento de Krebs. Para
Birnbacher há possibilidade de uma área se parecer com o natural, dessa forma, o ser humano
pode modificar uma área e, mesmo assim, esse espaço ainda ser considerado natureza. Para
explicar o conceito de natureza o autor categoriza em duas dimensões: a naturalidade e a
artificialidade; a genética e a qualitativa. O sentido genético como algo natural, ou seja, a área
permanece como foi criada sem alteração, e o qualitativo como artificial, assim um ambiente
pode ter sua forma exatamente igual como foi criada, mas não ter a genética semelhante.
Sendo assim, o sentido genético só pode ser conquistado pela não interferência do homem; a
omissão; o não agir. Por outro lado, esses deveres não serão primordiais na questão qualitativa,
levando também a visão de que um ambiente modificado pode ser recuperado de forma a
parecer fisicamente com o natural (Rita & Andrade, 2018).
Portanto, essas considerações levam Birnbacher a definir natureza como um ser vivo que sofre
ou não a influência do homem, logo, a moral na ética ambiental, tende a ser ampliada ao ser
vivo não humano, e por não existir um meio termo entre o que é um homem e um “não” homem
ao se deparar com “espécies” há como classificar e distinguir sem dificuldades o homem e um
ser não humano (Rita & Andrade, 2018).
De acordo com Rita & Andrade (2018), A partir do estudo da natureza o ser humano acumulou
conhecimentos da sua espécie e de outras, a inter-relações dessas em particular e em conjunto
possibilitou a construção do meio ambiente humano, assim, não se pode dissociar o natural do
7
social. Entretanto, enquanto o homem foi aprimorando sua capacidade de aprender, foi também
aperfeiçoando sua capacidade de destruir. Hoje, observam-se erosões e salinizações de terras;
desmatamentos e eliminação de gases que causam a elevação da temperatura no planeta; falta
d’ água consumível, problemas com o descarte do lixo, entre outras questões.
Isso ocorre devido à visão antropocêntrica que rege o ser humano, que se baseia na visão do
homem com o conhecimento científico dominando a natureza, sendo importante fruir e usufruir
sem se preocupar com as futuras gerações, a natureza não tem voz ativa e os que lutam a seu
favor são desestimulados pela maioria. Segundo Rita & Andrade (2018), as idéias
antropocêntricas podem ser vistas por duas óticas distintas: a primeira surge como resposta aos
preceitos que vigoravam na Idade Média e na segunda ótica o homem se sente superior ao meio
ambiente.
Segundo Rita & Andrade (2018), No período da Idade Média a doutrina dominante era
Teocêntrica, caracterizada por uma cultura centrada em Deus. Dessa forma, o antropocentrismo
resultou na transição da cultura medieval para a renascentista, o homem passou construir um
mundo centrado em si. O antropocentrismo relacionando-se à degradação ambiental tem como
ótica a desvalorização das outras espécies do planeta, neste caso, o homem distancia dos demais
seres, de modo a postar-se diante deles a atitude de superioridade. Todavia, há ambientalistas
céticos que são estudiosos interessados na continuidade da extinção dos bens naturais, esses
utilizam de estatísticas para sustentar a idéia de que as coisas estão melhorando e defendem que
os países pobres têm sua cota de destruição, assim como os países de primeiro mundo tiveram
a sua fase. No entanto, qual a vantagem na destruição de uma floresta tropical?
Para Brito (2017), Assim, com pensamentos contrários a visão antropocêntrica surge vários
linhas de pensamentos e ações voltados para as questões éticas. O Programa de
Desenvolvimento Profissional Brito (2017), define valores éticos sendo: respeito,
solidariedade, responsabilidade, justiça, não-violência, diálogo e a interação na vida coletiva da
comunidade e do País, e para o homem assumir esses princípios é necessário que tenha situações
reais que possibilitem a prática e que possua capacidade de analisar e eleger valores para si,
conscientemente e livremente.
8
Para Brito (2017), é necessário formar uma consciência ambiental ética, ou seja, uma ética
ambiental que inverta a concepção de que a natureza é apenas meio e os objetos do homem é o
único fim, mostra-se urgente reanimar valores éticos tais como a bondade e a solidariedade com
incidência sobre a natureza, o autor completa afirmando que, o ambientalista ético há de ser
alguém profundamente humilde ao reconhecer os limites próprios, diante da indefinição de
fronteiras do conhecimento até agora disponibilizado à humanidade.
Brito (2017), Em seu livro Ética Ambiental o autor recomenda três passos para o homem que
se preocupa com o meio ambiente, sendo que o primeiro dever ético é o estudo permanente,
aprender é um processo contínuo e não está necessariamente subordinado ao que se
convencionou chamar escolarização, para cuidar do planeta é preciso passar por uma
alfabetização ecológica e rever hábitos de consumo, isso se aprende de muitas formas,
vivenciando experiências preservacionistas, lendo inúmeras obras direcionadas à
conscientização das pessoas ou fazendo um curso de educação ambiental. O segundo passo é a
participação em movimentos ecológicos, o novo ambientalista precisa estar convicto de que são
fortes e sedutores os interesses contra os quais irá se defrontar, por isso, é preciso ter consciência
da escalada do impacto humano sobre a natureza, para se revestir de coragem e não aceitar. O
último passo é vivenciar e disseminar a ética ambiental, o homem que possui o conhecimento,
a participação e compartilha esse pensamento ético é o que convém chamar de ambientalista
ético, pois ele vivencia um ciclo que respeita os valores éticos ambientais, sendo que, o
conhecer significa tender para a verdade e compreendê-la, essa tendência para a verdade
desperta no espírito a ação de atitudes práticas e esta participação só satisfará se vier a ser
partilhada.
Para Brito (2017), A Terra mostra sinais de saturação e de pouco vale as conquistas
tecnológicas, a descoberta do genoma humano, o aprofundamento das comunicações, se não
houver ambiente saudável para o homem respirar, caminhar, viver. Lembrando que os
problemas do planeta são globais e suas propostas de soluções não podem deixar de ser também
globais. É nessa preocupação que tem espaço a reflexão ética.
Entretanto, não há mais tempo para uma ética de equilíbrio de prestações entre pessoas, Nalini
(2010) cita que, a ética dos problemas ambientais precisa ser uma ética assimétrica, assumida
em favor de partes mais fracas, apesar de não existentes. Hoje a ética se transformou em uma
necessidade radical, pois sem ela o gênero humano sucumbirá à destruição. É preciso um novo
pacto: o pacto que nos impulsione à contemplação da humanidade como um todo e nos permita
9
salvar-nos juntos. Não um pacto a favor do Estado, como os modernos, senão um pacto a favor
da humanidade.
Para Brito (2017), As quatro normas citadas referem-se às ações que devem ser tomadas pelo
homem em relação à natureza. A regra da não-maleficência proíbe qualquer ação do homem
que possa produzir mal às espécies, entre os males está a morte de organismos e destruição de
comunidades bióticas. A segunda regra restringe os atos humanos, pois algumas práticas são
consideradas impeditivas da vida dos animais e plantas, assim, a regra da não-interferência se
baseia em dois deveres: o primeiro é de o homem abster-se de ações que possa interferir ou
impedir a vida de animal ou vegetal; o segundo é deixar as criaturas selvagens viverem em
liberdade, não capturando ou removendo de seu habitat, mesmo quão bem possa ser tratado.
Segundo Brito (2017), Com seus sistemas de normas, a ética biocêntrica visa ajudar os seres
humanos a não cometer erros, o que quer dizer, a não fazer o mal, pois na visão desta ética estão
condenadas moralmente qualquer forma de manipulação, modificação ou manejo de
ecossistemas naturais, bem como quaisquer formas de intervenção em seus processos. As regras
de não-maleficência, não-interferência e de fidelidade entram na constituição do dever ético
ambiental, pois é um modo de vida em que homens reconhecem o valor inerente a todos os
seres vivos.
Para Oliveira (2012), Porém, a necessidade de uma mudança de comportamento ainda é uma
visão recente para a sociedade, assim um pensamento ético ambiental de preservação e
conservação deve ser uma ferramenta trabalhada na educação ambiental, mas é uma tarefa que
requer tempo e meios propícios para tanto, é importante primeiro mostrar ao homem sua
dependência em relação à natureza para depois efetuar normas ou obter visões éticas
ambientais. A conduta ética não é meramente uma ética pura e simples, é mais específica,
refere-se à ética ambiental tratada ao longo deste trabalho, no qual o homem convive em
harmonia com a natureza.
Oliveira (2012), Mas, para que isso ocorra a sociedade necessita de reformulação no processo
educacional, o ensino precisa dar ao jovem respaldo seguro para resistir aos apelos de uma
sociedade consumista e o transformar em um ser humano pensante, uma felicidade fundada na
posse de bens materiais e na exaltação do próprio eu é uma felicidade narcisista. Essa nova
visão de educação ambiental mostra homens parceiros que lutam por um único objetivo, a
preservação ambiental, logo, promover a educação ambiental é tarefa de todos e deve ser vista
de uma forma global.
10
2.8 Conceito e fundamento de ética
Segundo Oliveira (2012), Antes de se atentar aos fatores que priorizam a ética dentro das
relações de trabalho, é preciso esclarecer quais os princípios que devem ser expostos nessa
relação, uma vez que ponto de equilíbrio deve ser buscado num dos principais valores
garantidos pelo Estado Democrático de Direito, isto é, a dignidade da pessoa humana.
Para Oliveira (2012), A palavra ética vem do vocábulo grego éthos, sendo entendida de maneira
diversa no transcorrer dos séculos. Assim, seu significado dependia da formação daquele que a
estudava e do contexto em que seria inserida. Para alguns significava morada, isto é, morada
do ser. Contudo, para outros significava caráter, que seria uma espécie de segunda natureza.
Desta forma, para evitar conflitos intermináveis, tendo em vista a grande evolução mundial,
adotou-se e difundiu-se o significado da ética grega, que tem como base o conjunto de hábitos
e ações que visam o bem comum de uma determinada comunidade.
Segundo Cavalcante (2018), conceitua-se ética como “ciência do comportamento moral dos
homens, em sociedade”, sendo que, a perda dos valores morais afeta de forma direta a dignidade
humana, que tem sua integridade abalada.
Cavalcante (2018), O homem não pode abandonar a ética, haja vista que este princípio faz parte
da conduta e convivência humana e social. A moral é um dos aspectos comportamentais que
faz parte do ser humano, que tem a opção de adotar esta ou aquela moral, mas jamais viver sem
ela. O fundamento moral não está ligado somente à experiência, mais se apoia em princípios
racionais apriorísticos.
Para Cavalcante (2018), A ética, enquanto ramo base do conhecimento, tem por finalidade
agregar o comportamento humano no interior de cada sociedade. Qualquer sociedade enfrentará
os dilemas atribuídos à moral e à ética. Os dilemas morais fazem parte do reflexo das ações das
pessoas, surgindo a partir das consequências da ação e reação de um determinado indivíduo
frente a um acontecimento.
Segundo Mario Alencastro (1997, p.89), citado por Cavalcante (2018), a ética profissional
consiste em um conjunto de normas de conduta que devem ser sugeridas e executadas durante
o exercício profissional. As ações reguladoras da ética atingem o desempenho profissional,
fazendo com que o profissional respeite à semelhança do próximo.
11
Cavalcante (2018), A ética individual consiste na construção continuamente inacabada, pois
persiste até o fim da vida. O ser humano, desde seu nascimento, está sujeito à influência social,
primeiramente por intermédio da família, depois pela influência social na escola, entre amigos,
com os meios de comunicação, dentre outros. Essas influências são adquiridas aos poucos,
fazendo com que se manifeste o aspecto moral social. Assim, o indivíduo tem o livre arbítrio
para acatar determinada norma devido sua reflexão social, podendo ser chamada de
interiorização.
Aristóteles considera que a ausência de interiorização das normas gera comportamentos que só
podem ser regulados por medo das punições:
Com efeito, as pessoas em sua maioria não obedecem naturalmente ao sentimento de honra,
mas somente ao de temor, e não se abstêm da prática das más ações por causa da baixeza destas,
mas por temer a punição; vivendo segundo os ditames das emoções elas buscam seus próprios
prazeres e meios de chegar a eles, e evitam os sofrimentos contrários, e não têm sequer uma
noção do que é nobilitante e verdadeiramente agradável, já que elas nunca experimentaram tais
coisas (Alexandre, 2020).
O filósofo Aristóteles também defende a ideia de que o domínio da ação humana corresponde
de forma direta à deliberação do livre raciocínio, refletindo em suas práticas e moralidade.
Assim, a relação entre as duas faculdades humanas não pode ser classificada como uma
natureza teórica, já que todas as ações humanas geram outros fatores, causam uma ação e
reação.
Para Cavalcante (2018), Os autores declaram que esses fatores levaram os executivos e os
estudiosos e teóricos da administração a se atentarem sobre as questões éticas, enxergando que
a ausência de ética e a simples defesa do interesse próprio põem em perigo a sobrevivência das
empresas e, portanto, dos seus próprios empregos. Os valores individuais ligados à formação,
à família do indivíduo, são importantes. No entanto, pesquisas indicam que “provavelmente a
qualidade ética do grupo do trabalho, e não do desenvolvimento moral, é o mais importante
para a determinação do comportamento das pessoas na empresa”.
13
3 Conclusão
A ética ambiental consiste em teoria e pratica sobre preocupação apropriada com valores e
deveres em relação ao mundo natural. Segundo explicações clássicas, a ética diz respeito a
pessoas relacionando-se com pessoas em justiça e amor. A ética ambiental parte de
preocupações humanas com uma qualidade ambiental, e alguns pensam que isto molda a ética
como um todo.
Outros sustentam que, além das preocupações inter-humanas, os valores estão em jogo quando
os humanos se relacionam com animais, plantas, espécies e ecossistemas. Segundo essa visão,
os humanos devem julgar a natureza as vezes considerável moralmente nela mesma, e isto
orienta a ética para novas direções.
A ética ambiental, nessa visão, baseia-se no que podemos chamar de urn direito humano a
natureza. A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento afirma: "Todos os
seres humanos tern o direito fundamental a urn meio ambiente adequado para sua saúde e seu
bem-estar". Isto inclui os bens naturais básicos: ar, solo, agua, ecossistemas operantes, ciclos
hidrol6gicos e assim por diante.
14
4 Referências bibliográficas
Costa, M. A. D. (2014). Conduta ética no ambiente profissional: um fator que agrega valor e de
sucesso na organização. FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS.
Lima, L. B. (2012). Ética ambiental e a visão dos acadêmicos de gestão ambiental do ifmt –
cuiabá/bela vista. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DE MATO GROSSO.
Lopes, H. (2004). Ética nos serviços públicos português. Saúde Soc. São Paulo, v.27, 883–897.
https://doi.org/10.1590/S0104-12902018171009
Pereira, P.U. Algranti, E., Trivelato, G. C., Filho, J. M. J., & Silva, R. G. (2009). Ensino
Fundamental 7°Ano A, B 4° Bimestre - Língua Portuguesa.
Rodrigues, B. F., Souza, A. U. (2014). A Ética na Gestão Pública: Estudo do caso dos
Tribunais Administrativos. Edição II.
15