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Código: 708209024
Ano de frequência: 40
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Índice
1 Introdução................................................................................................................................. 1
3 Conclusão ............................................................................................................................... 11
O planeamento, tem sido definido como a acção ou efeito de planear, identificação dos objectivos
e dos meios para os atingir, previsão de futuras necessidades, função ou serviço de preparação de
uma actividade a ser realizada a curto, médio e longo prazo, é um processo de análise do passado
e do presente, de antecipação ao futuro, de programação, de execução, de controlo, de correcção e
de avaliação dos resultados.
1.1 Objetivos
Conceituar zoneamento;
Analisar as características em comum entre os vários tipos de zoneamento;
Descrever importância do ZEE para planificação de uso de terra.
1.2 Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para
uma questão mais ampla, mais geral.
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2 Revisão de literatura
De acordo com Mafra & Silva (2018), o conceito de Ordenamento do Território, ainda considerado
um conceito em construção, emerge na França pós-revolução (amenagement du territoire), quando
surge a necessidade de subdividir o território para fins de administração. Esta subdivisão foi feita
compatibilizando as divisões Revista Ibero- Americana de Humanidades, naturais do território –
no caso as bacias hidrográficas – com as características de ordem administrativa e econômica –
como a produção agrícola, mineração – de maneira a facilitar o levantamento do território
Para Mafra & Silva (2018), a modernidade, fundada na indústria e no urbano, dissolvia os lugares,
fazendo necessárias a ordenação territorial e a regionalização como meios de afirmação da
identidade nacional. Procurou ressaltar alguns pontos convergentes, dentre os quais se destacaram:
Existem três equívocos comuns que precisariam ser esclarecidos. Primeiro, o ordenamento
se diferencia do “uso do solo”, já que se trata de proposições de escalas distintas,
relacionadas a diferentes competências legislativas e executivas. Segundo, o ordenamento
não equivale ao planejamento regional stricto sensu, política macroeconômica destinada à
indução de fluxos ou à correção de desigualdades espaciais. Terceiro, o ordenamento não
se reduz ao zoneamento em suas várias modalidades, mas este é o seu mais difundido
instrumento.
O ordenamento territorial diz respeito a uma visão macro do espaço, enfocando grandes
conjuntos espaciais e espaços de interesses estratégicos ou usos especiais. Trata-se de uma
escala de planejamento que aborda o território nacional em sua integridade, em uma visão
de contiguidade que se sobrepõe a qualquer manifestação pontual do território. Enfim, ele
visa estabelecer um diagnóstico geográfico do território, indicando tendências e aferindo
demandas e potencialidades de modo a alcançar sua meta, que é a compatibilização de
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políticas públicas em seus rebatimentos no espaço, evitando-se conflitos de objetivos e
contraposição de diretrizes no uso de lugares e dos recursos (Mafra & Silva, 2018).
De acordo com Conjo et al. (2022), A maioria das atividades humanas depende do uso da terra,
que tem se tornado um recurso cada vez mais escasso. O uso inadequado da terra leva a uma
operação ineficiente dos recursos naturais, à destruição dos recursos da terra, à pobreza e a outros
problemas sociais.
Conjo et al. (2022), O uso da terra sem um planejamento adequado tem levado a consequências
ambientais negativas ou a insuficiente sustentabilidade econômica das empresas agrícolas. Tanto
para a implementação de projetos agrícolas como para a melhoria das atuais práticas agrícolas, a
avaliação dos recursos disponíveis e das restrições deve ser utilizada como base para as decisões
sobre uso e manejo das terras.
Segundo Conjo et al. (2022), Nesse contexto, a avaliação de terras existe para fornecer informação
para o planejamento de uso das terras, contribuindo para a redução da degradação ambiental e a
adequação de uso das terras, sendo um importante instrumento para o planejamento de uso da terra
que utiliza dados de recursos biofísicos e econômicos para a geração de informações para a tomada
de decisão.
Tal como definido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO,
1985 e 1993), a avaliação de terras é um procedimento para avaliar o desempenho de terra quando
esta é usada para uma finalidade específica. A avaliação fornece uma base racional para a tomada
de decisões sobre o uso da terra com base na relação entre os requerimentos do uso da terra e as
qualidades da terra (Bouma et al., 1993). Os sistemas de avaliação de terras são ferramentas
organizacionais e classificatórias utilizadas para auxiliar no processo decisório. A utilização de tais
sistemas ajuda a organizar os dados disponíveis e aumentar a quantidade de informações que
podem ser extraídas dos dados. No entanto, atualmente os sistemas de avaliação de terras
disponíveis podem não ser adequados para uso em todas as escalas espaciais de ordenamento
territorial ou para resolver problemas específicos relativos à utilização da terra (Sicola, 2014).
Para Sicola (2014), O planejamento é o processo de alocação de recursos, incluindo tempo, capital
e trabalho, com limitações de recursos, a curto, médio ou longo prazo, para produzir o máximo
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benefício a um grupo definido. Embora existam planos individuais para o futuro, por planejamento
no âmbito da avaliação de terras entende-se alguma forma de atividade coletiva na qual se
consideram os benefícios para um grupo ou para a sociedade.
Para Sicola (2014), De uma forma geral, pode-se caracterizar o processo de planejamento através
das seguintes características:
Segundo Matule et al. (2015), O planejamento de uso das terras é feito para fornecer o máximo
benefício econômico para o proprietário das terras ou quem as explora e para evitar ou resolver
conflitos entre usuários da terra. O planejamento do território rural é o processo de atribuição de
usos a áreas de terra e os recursos para tais usos. A avaliação de terras é destinada a apoiar o
planejamento estratégico, que ocorre a médio e longo prazo, envolve a especificação de objetivos
e pode considerar grandes alterações.
Matule et al. (2015), entende por acesso à terra o conjunto de normas que regulam a permissão de
passagem à possibilidade de ter a terra como colateral para a reprodução social. Sendo por isso
que, nas áreas rurais, constitui um dos elementos mais elucidativos das relações de género no
contexto tradicional, pois, a forma como é adjudicada, controlada constitui uma das bases mais
importantes de socialização que influencia as escolhas dos diferentes grupos sociais.
De acordo com Matule et al. (2015), maior parte dos agricultores africanos usa as suas parcelas
segundo sistemas de posse indígenas que evoluem muito rapidamente. Esses sistemas de posse e
uso da terra enfatizam a gestão de riscos. Todavia na análise económica, esses sistemas recebem
pouca atenção. Os agricultores africanos estão frequentemente com pé na subsistência e o outro no
mercado.
Para Dantas (2011), Na realidade quem cumpre uma função social não é a propriedade mas a terra
e a ação humana ao intervir na terra, independentemente do título de propriedade que o Direito ou
o Estado lhe outorgue. Por isso a função social é relativa ao bem e ao seu uso, e não ao direito.
Neste sentido, a Constituição nos leva a certeza de que é protegia pela Constituição a propriedade
que faz a terra cumprir sua função social, porque a ocupação que não a cumpre, por mais rentável
que seja, incorre em ilegalidade.
Para Dantas (2011), Sendo assim, a terra, nos sistema jurídicos do bem estar social deve cumprir
uma função social que garanta os direitos dos trabalhadores, do meio ambiente e da fraternidade.
A obrigação de fazê-la cumprir é do titular do direito de propriedade, que perde os direitos de
proteção jurídica de seu título caso não cumpra, isto é, ao não cumprir não pode invocar os Poderes
do Estado para proteger seus direito. Ou seja, não há direito de propriedade para quem não faz a
terra cumprir sua função social. Dessa forma, a terra quando entra no mundo do patrimônio privado
deixa de ser uma utilidade para ser apenas um documento. Nestes casos, a terra deixa de ser terra
e vira propriedade.
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Segundo Dantas (2011), A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social
quando, simultaneamente: favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela
labutam, assim como de suas famílias; mantém níveis satisfatórios de produtividade, assegura a
conservação dos recursos naturais e observa as disposições legais que regulam as justas relações
de trabalho entre os que a possuem e a cultivam.
Para Dantas (2011), Na República de Moçambique a terra é propriedade do Estado e não pode ser
vendida, ou por qualquer outra forma, alienada, hipotecada ou penhorada. Como meio universal de
criação da riqueza e do bem-estar social, o uso e aproveitamento da terra é direito de todo povo
moçambicano.
Segundo Dantas (2011), As condições de uso e aproveitamento da terra são determinadas pelo
Estado. O direito de uso e aproveitamento da terra é conferido às pessoas singulares ou colectivas
tendo em conta o seu fim social. Na titularização do direito de uso e aproveitamento da terra o
Estado reconhece e protege os direitos adquiridos por herança ou ocupação, salvo havendo reserva
legal ou se a terra tiver sido legalmente atribuída a outra pessoa ou entidade. O direito de uso e
aproveitamento da terra, não pode ser concedido nas zonas de protecção total e parcial, visto tratar-
se de zonas de domínio público (zonas destinadas à satisfação do interesse público). Nestas zonas
só é permitido o exercício de determinadas actividades mediante emissão de licenças especiais.
De acordo com Dantas (2011), a aprovação do pedido do DUAT não dispensa a obtenção de
licenças ou outras autorizações exigidas por legislação aplicável ao exercício de actividades
económicas pretendidas (agro-pecuária ou agro-industriais, industriais, turísticas, comerciais,
pesqueiras e mineiras e à protecção do meio ambiente). As referidas licenças terão o seu prazo
definido de acordo com a legislação aplicável, independentemente do prazo autorizado para o
exercício do direito de uso e aproveitamento da terra.
Segundo Dantas (2011), O direito de uso e aproveitamento da terra para fins de actividades
económicas está sujeito ao prazo máximo de 50 anos, renovável por igual período a pedido do
interessado. Após o período de renovação, um novo pedido deve ser apresentado.
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As pessoas nacionais, colectivas e singulares, homens e mulheres, bem como as
comunidades locais;
As pessoas singulares e colectivas estrangeiras, desde tenham projecto de investimento
devidamente aprovado e observem as seguintes condições:
Sendo pessoas singulares, desde que residam há pelo menos 5 anos na República de
Moçambique;
Sendo pessoas colectivas, desde que estejam constituídas ou registadas na República de
Moçambique. O direito de uso e aproveitamento da terra é adquirido por:
Ocupação por pessoas singulares e comunidades locais, segundo as normas e práticas
costumeiras no que não contrariem a Constituição;
Ocupação por pessoas singulares nacionais que, de boa fé, estejam a utilizar a terra há pelo
menos dez anos;
Autorização do pedido apresentado por pessoas singulares ou colectivas na forma
estabelecida por Lei (Dantas, 2011).
2.4 Zoneamento
Segundo Veleta (2018), Normalmente, as leis de zoneamento restringem o tipo de estrutura a ser
construída em um dado local com base em:
Para Veleta (2018), Função: as diferentes zonas limitam uma dada área da cidade para certo tipo
de estrutura. Zonas podem ser, normalmente, residenciais, comerciais, industriais ou mistas. Zonas
residenciais permitem a ocupação do solo urbano somente para uso residencial, zonas comerciais
apenas para uso comercial e zonas industriais apenas para uso industrial. Zonas mistas permitem o
uso de residencial e comercial (e eventualmente o industrial de baixa incomodidade) do terreno.
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surge da divisão entre o coeficiente de aproveitamento máximo estipulado para uma região e a taxa
de ocupação do lote urbano definido para ela. Gabarito: corresponde à limitação efetiva do tamanho
das construções (expressa, normalmente, em números absolutos). Número de ocupantes: as várias
zonas limitam a construção de estruturas baseado no número de habitantes ou trabalhadores a
ocupar a área. Por exemplo, ruas próximas a grandes shopping-centers e arranha-céus podem ficar
congestionadas por causa do grande número de pessoas que entram e saem da dada estrutura.
Também chamado zoneamento por densidade.
Para Mafra & Silva (2018), Zoneamento urbano e ambiental é um método de proteção a territórios
particulares. Há basicamente o zoneamento ambiental, zoneamento industrial e zona de reserva
ambiental. O zoneamento ambiental objetiva controlar a utilização do solo e definir as atividades
permitidas nele. Ocorre sob intervenção do Estado, que legalmente busca o desenvolvimento
integrado com a proteção ambiental, o dito desenvolvimento ecológicamente sustentável.
Para Mafra & Silva (2018), O zoneamento procura promover mudanças nos padrões de produção
e consumo da cidade, com a finalidade de diminuir os custos e os desperdícios e também implantar
formas sustentáveis de extrair recursos naturais para as cidades.
De acordo com Mafra & Silva (2018), Podemos definir o zoneamento ambiental como o conjunto
de áreas legalmente estabelecidas pelo poder público as quais são protegidas obtendo-se a
preservação do meio e de suas condições naturais em certos espaços territoriais do país. A Política
Nacional do Meio Ambiente – PNMA através da Lei 6.938/81em seu 9º artigo, inciso II, define o
zoneamento ambiental como um instrumento da política nacional do meio ambiente.
Para Mafra & Silva (2018), De fato existe zoneamento quando são estabelecidos critérios legais e
regulamentos para que determinadas parcelas do solo, ou mesmo de cursos d’água doce ou do mar,
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sejam utilizadas ou não utilizadas, segundo critérios preestabelecidos. Tais critérios, uma vez
firmados tornam-se obrigatórios, seja para o particular, seja para a Administração Pública, e assim
constituindo-se em limitação administrativa incidente sobre o direito de propriedade (ANTUNES,
1999, p. 125)
Mafra & Silva (2018), dividem o zoneamento em vários tipos, a saber: Zoneamento ambiental
urbano; Zona de uso industrial; Zona de uso estritamente industrial; Zona de uso
predominantemente industrial; Zona de uso diversificado; Zoneamento agrícola; Zoneamento
costeiro. O autor considera que no âmbito jurídico essas delimitações dos tipos de zoneamento a
serem feitos são importantes, pois são regiões distintas em suas características físico-químicas-
biológicas e também no funcionamento e utilização de recursos.
Para Mafra & Silva (2018), Já o zoneamento ecológico-econômico (ZEE), faz parte da Política
Nacional do Meio Ambiente regulamentado pelo decreto nº 4.297/2002, tem sido utilizado pelo
poder público com projetos realizados em diversas escalas de trabalho e em frações do território
nacional. Municípios, estados da federação e órgãos federais têm executado ZEEs e avançado na
conexão entre os produtos gerados e os instrumentos de políticas públicas, com o objetivo de
efetivar ações de planejamento ambiental territorial.
Para Conjo et al. (2022), Educação Ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e
a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores,
habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente
– e resolver problemas ambientais presentes e futuros.” (Ministério do Meio Ambiente – MMA)
citado por FREITAS Marília, repensando a Educação Ambiental. A finalidade da educação
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ambiental é formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e problemas
com ele relacionados, e que possua os conhecimentos, as capacidades, as atitudes, a motivação e o
compromisso para colaborar individual e coletivamente na resolução de problemas atuais e na
prevenção de problemas futuros. A educação ambiental é um ramo da educação cujo objectivo é a
disseminação do conhecimento sobre o meio ambiente, a fim de ajudar a sua preservação e
utilização sustentável dos seus recursos.
É entendida como aquela que se desenvolve de forma estruturada e dentro do sistema formal de
ensino, através da inclusão de termos, conceitos e noções sobre ambiente nos planos curriculares
(Sicola, 2014).
Para Sicola (2014), É desenvolvida de forma semi-estruturada dentro e fora do sistema ensino
através de actividades como: seminários, palestras, acções de capacitação e demonstrativas, criação
de programas comunitários (criações de associações núcleos e comités).
Segundo a Sicola (2014), educação ambiental informal é aquela que constitui processos destinados
a ampliar a consciência publica sobre as questões ambientais através dos meios de comunicação de
massas (revistas, rádio, televisão, jornais, e internet), incluem ainda cartazes, folhetos…
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3 Conclusão
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4 Referências bibliográficas
Conjo, M. P. F., Souza, P. de P., & Chichango, D. B. (2022). Ordenamento territorial para gestão
do uso e ocupação da terra em moçambique- aspetos legais. Revista Ibero- Americana de
Humanidades, Ciências e Educação- REASE, v.8.
Matule, L. S., Délio, M. E., & Matumbuane, N. L. (2015). Integração da dimensão espacial na
planificação de uso de terra ao nível distrital – estudo de caso de Boane. 706–713.
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