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BIM para Infraestruturas
Inteligentes
Guia prático para a Engenharia Civil
2
Índice
Métodos para otimizar alinhamentos
em projetos de Infraestrutura em BIM. P. 04
Introdução
Melhorar a infraestrutura é essencial para expandir
a produção e elevar a capacidade competitiva da
industria além de proporcionar mais qualidade de
vida a todos os brasileiros.
Washington Luke
Diretor do Master Internacional em BIM Management para
Infraestruturas, Engenharia Civil e GIS.
4
Figura 2 – Realinhamento de estrada sob solo mole – Caçapava/SP. (projetos infraestrutura BIM)
Sobre o software
Fluxo da informação
Caso de estudo
Figura 6 – Estudo 01
Figura 7 – Estudo 02
8
2 // Métodos de Captura e
Modelagem da Realidade para
projetos de Infraestrutura em BIM
A coleta de dados de campo é uma das qual irá reproduzir os objetos num ambiente
principais etapas para elaboração de um virtual, utilizando fotogrametria ou laser
projeto de infraestrutura. Esse aspecto scanner para elaborar a representação
também tem que ser levado em consideração tridimensional através dos pontos e
quando utilizado a metodologia BIM, onde fotografias coletadas.
saímos do ambiente bidimensional e partimos
para o ambiente tridimensional no qual exige Segundo Tom Wujec, no livro The Future of
modelos que representem os objetos do Making, o processo de captura é a utilização
projeto. de sensores que registram as propriedades e
formas dos objetos e as converte em dados
Os métodos da coleta dos dados de campo digitais. O resultado esperado é um modelo
estão cada vez mais avançado e com diversas digital 3D, gerado a partir de milhões de
ferramentas que nos permite retratar pontos coletados.
fielmente a situação existente daquela área
de estudo, sendo assim estamos captando a Desde a topografia convencional até
realidade daquele local. levantamento por drones e lasers scanners,
todos têm a finalidade de retratar a realidade
A captura da realidade pode ser descrita do local de estudo, cada um com suas
como: o processo de coleta de dados o particularidades.
Topografia Clássica
O método de levantamento topográfico clássico
ou tradicional, utiliza-se de levantamento
mediante a estações totais ou receptores
GNSS, no qual são coletados pontos, esse
método de levantamento é muito utilizado e os
equipamentos estão cadas vez mais modernos
e precisos, algumas estações totais trabalham
de forma autônoma e em alguns casos
possuem laser scanner acoplada a elas.
Essa modelagem tem a finalidade de retratar Figura 6 – Modelagem Recursos Verticais Infraworks
de forma fiel à situação atual da área de
interesse, dessa maneira fornece situação
favorável para a elaboração de um projeto
mais assertivo.
scanner
12
Modelagem da Realidade –
Topografia Convencional
O processamento e modelagem dos dados Seguindo esse fluxo o modelo e usando
da topografia convencional, podem ser feitos as ferramentas disponíveis no civil 3D o
utilizando o software Civil 3D, o mesmo possui resultado esperado é demonstrado na
recursos para processar o levantamento e imagem a seguir.
ajustar com base nas definições desejadas,
adotando regras que facilitam a modelagem
do levantamento, pode ser usada as opções
da ligação automática através das descrições
dos pontos coletados em campo, associar
elementos 3D conforme o estilo de cada
ponto coletado, gerar o modelo digital do
Terreno entre outros recursos.
Conclusão
Figura 8 – Fluxo de
Trabalho dados Topografia
Convencional
13
Referências
Ferraz, Rodrigo & Souza, Sérgio & Reiss, Anderson Santos de Oliveira
Mário. Consultor BIM para projetos de Infraestrutura
Laser Scanner Terrestre: teoria, aplicações e MBA em Gestão de Projetos.
prática. Revista Brasileira de Geomática, 4. Engenheiro Agrimensor.
99. 10.3895/rbgeo.v4n2.5502, 2016 Professor convidado em Pós Graduação
Wujec, Tom , The Future of Making, Melcher relacionada a metodologia BIM.
Media, 2017
What Is Reality Capture? Disponivel em:
https://www.autodesk.com/redshift/what-
is-reality-capture/ Accessed 29 Jan. 2020
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Figura 1. Digital Twin de uma rodovia pista simples com uma ponte de concreto armado, desenvolvido com o
auxílio dos softwares da Autodesk (Infraworks, Civil 3D, Revit e Navisworks Manage) e da Trimble (TILOS).
Digital Twim
A necessidade de
Gêmeos Digitais para
infraestruturas
Aplicações de Digital
Twins em infraestruturas
– estudos acadêmicos
Geminação Digital de pontes de concreto média de modelagem de 7,05 cm, enquanto o
armado existentes com o uso de nuvens de método manual atinge 7,69 cm, e um tempo
pontos rotulados médio de modelagem de 37,8 s. Os autores
consideram os resultados como um grande
Lu e Brilakis [8] abordam desafios da auto- salto em relação à prática atual de geminação
mação de geminação de pontes, fornecendo digital, realizada manualmente (Tabela 1), em
um método de ajuste de objeto baseado que o ajuste de formas 3D precisas a partir
em fatiamento para gerar o gêmeo digital de nuvem de pontos permanece em grande
geométrico de uma ponte de concreto ar- parte dependente do homem, sendo que,
mado existente a partir de quatro tipos de além disso, nenhum dos métodos existentes
nuvem de pontos rotulados. A qualidade dos demonstrou explicitamente como avaliar os
modelos gerados é medida usando métricas modelos de dados de ponte resultantes do In-
baseadas em distância nuvem a nuvem. dustry Foundation Classes (IFC) em precisão
espacial usando medições quantitativas. Com
Os experimentos realizados em dez conjun- o método proposto, o trabalho gerou mode-
tos de dados de nuvem de pontos de ponte los DT com níveis de detalhamento entre LOD
indicam que o método atinge uma distância 250 e 300 (Tabela 2).
Partindo do pressuposto que os gêmeos di- O trabalho de Kaewunruen e Lian [9] de-
gitais de uma infraestrutura em 3D abrangem monstra que o BIM pode entregar plena-
cronograma, custos e sustentabilidade em mente seus benefícios essenciais por meio
todo o ciclo de vida, Kaewunruen e Lian [9] do compartilhamento de informações, fa-
entendem que o uso do BIM para sistemas de cilitando a comunicação técnica, melhora a
afluência ferroviária tem o potencial de mel- qualidade do projeto, reduz erros de projeto,
horar o fluxo geral de informações do planeja- acelera a implementação e o trabalho, dimi-
mento e projeto de afluência, pré-montagem nui a duração e os custos da construção e
e logística de fabricação, construção e ins- aumenta a eficiência de carbono, apoiando
talação, operação e gerenciamento e demo- a gestão de projetos e proporcionando aos
lição, obtendo assim um melhor desempenho seus proprietários maior eficiência operacio-
e qualidade do projeto. Ou seja, com base em nal ao longo do ciclo de vida do sistema de
informações integradas do sistema de afluên- desvio ferroviário. Os resultados da pesqui-
cia ferroviária, o BIM 6D pode avaliar aspec- sa revelam ainda que a emissão de material
tos econômicos, gerenciais e de sustentabili- incorporado é o principal contribuinte para a
dade, e alcançar um equilíbrio entre eles. pegada de carbono, especialmente produzida
durante a fase de fabricação, sendo que a
reconstrução contribui para a fase mais cara
do ciclo de vida.
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Autor: José Vinícius Silva Martins, Engenheiro Civil, Embaixador da Zigurat no Brasil, Alumni do Master Internacional
em BIM Management para Infraestruturas, Engenharia Civil e GIS, especialista em estruturas, fundações e pontes e
em infraestrutura de transportes. Atualmente, exerce o cargo de Engenheiro Civil projetista BIM/BIM Manager na STE
– Serviços Técnicos de Engenharia S/A (Brasil).
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Referências
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for linear infrastructures lifecycle management. Proce- Labelled Point Clusters. Automation in Construction.
dia CIRP. 84. 545-549. 10.1016/j.procir.2019.04.176. 10.1016/j.autcon.2019.102837.
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Excellence through Virtual Factory Replication. 2-7. Twin aided Sustainability-based Lifecycle Management
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[4] Modoni, Gianfranco & Sacco, Marco & Terkaj, Walter. Antonio. (2022). Integrating Non-Destructive Surveys
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[7] Minnd. “Deliverables L1 – Global Model”, COMMU-
NIC, France, 2010. p. 8-18.
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A integração de BIM e GIS pode ser realizada tuamente [13,14]. Caso contrário, pode levar
em vários níveis. Kang et al. [10] agruparam a dificuldades de compatibilidade para apli-
estudos relevantes em cinco grupos, ou seja, cações dedicadas a funções de construção
abordagens baseadas em esquemas, aborda- especializadas [15]. O problema de troca de
gens baseadas em serviços, abordagens ba- dados entre BIM e GIS é causado, principal-
seadas em ontologias, abordagens baseadas mente, pela incompatibilidade semântica en-
em processos e abordagens baseadas em tre o domínio AEC e a indústria geoespacial,
sistemas. Já Amirebrahimi et al. [11] propuse- o que pode ser refletido pelos esquemas de
ram uma estrutura de três níveis, que sugere dados usados nesses
dois campos, por exem-
que a integração BIM/GIS pode ser operada plo, Industry Foundation Classes (IFC) para
ao nível de dados, nível de processo e nível construir a troca de informações no domínio
de sistema. Entre todos esses tipos ou níveis AEC e City Geo graphy Markup Language (Ci-
de integração, a integração ao nível de dados tyGML) para representar modelos de cidades
é a forma mais fundamental de integração virtuais na indústria geoespacial. Na estru-
que lida com a troca básica de dados entre os tura GIS, existem dois formatos principais de
dois sistemas diversos. dados disponíveis, CityGML [16] e shapefile.
O CityGML está envolvido principalmente em
O principal desafio na integração BIM/GIS em estudos teóricos e o shapefile é usado princi-
nível de dados é a troca de dados eficiente e palmente em estudos orientados a aplicativos
eficaz [12]. Se BIM e GIS trocarem dados de [17–19].
forma eficaz, ambos podem se beneficiar mu-
Shapefile
Um formato de dados espaciais desenvolvido dos os recursos no arquivo principal e suporta
pelo Environmental Systems Research Institu- acesso mais rápido aos dados; um shapefile
te, Inc. (ESRI) para armazenar geometria não sem um arquivo de índice pode ser acessado,
topológica e atribuir informações para recur- mas em uma velocidade mais lenta. A tabela
sos espaciais como pontos, linhas, superfícies dBASE é usada para armazenar detalhes de
e multipatches [20]. Um arquivo shapefile atributos para os recursos espaciais. Além
consiste em pelo menos três partes, ou seja, dessas três partes, um shapefile pode ter
um arquivo principal (.shp), um arquivo de outros componentes como um arquivo de
índice (.shx) e uma tabela dBASE (.dbf) [20]. projeção (.prj) ou um arquivo XML (.shp.xml)
O arquivo principal armazena as informações para registro de metadados geoespaciais. Os
geométricas de todas as feições, em que tipos de geometria suportados pelo shapefile
cada registro é uma forma com uma lista de geralmente incluem pontos, polilinhas, polígo-
seus vértices. O arquivo de índice indexa to- nos e multipatches.
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Transformação do IFC em
shapefile efile
Atualmente, poucas opções estão disponí- gem perfeita para realizar a transformação do
veis para os usuários transformarem IFC em IFC em shapefile.
shapefile. É conduzido principalmente usando
a extensão Data Interoperability for ArcGIS Considerando o amplo uso de shapefile em
(DIA) [21], um pacote de extensão comercial pesquisas orientadas a aplicações, existe
para ArcGIS para expandir a gama de forma- a necessidade de melhorar a qualidade da
tos de dados suportados. O DIA é compos- transformação em termos de geometria e
to por um mecanismo de dados, o Feature semântica. Zhu et al. [24] transformam o IFC
Manipulation Engine (FME), que atua para a em shapefile usando uma abordagem de
troca dos mesmos [22] e suporta uma varie- código aberto (OSA) para melhorar a robustez
dade de formatos, incluindo CityGML [18,23]. e a eficiência da transformação, concentran-
O DIA é mais usado do que o complicado do na extração de informações geométricas,
FME devido à sua simplicidade. No entanto, uma vez que estas são as informações mais
o DIA é conhecido por seu baixo desempen- fundamentais e necessárias para a maioria
ho na transformação IFC, arquivo de forma. dos estudos para fins de visualização ou
Outro problema com o DIA é que o número análise, e recuperando vários atributos neces-
de atributos que ele recupera é muito menor sários, como a identificação exclusiva. Assim,
do que o oferecido pelo IFC, o que significa a informação geométrica extraída é transfor-
que resultaria em séria perda de informação mada em multipatch, um dos tipos de shape-
semântica. Portanto, não existe uma aborda- file que armazena geometria 3D (Figura 2).
Entretanto, o OSA suporta apenas a trans- como um problema por Deng et al. [25]. O
formação de sólidos varridos, uma das cinco algoritmo recém-desenvolvido para transfor-
maneiras que o IFC usa para representar mação de geometria foi referido como En-
modelos 3D, e não foi testado usando ou- hanced-AMG (E-AMG). A Tabela 1 mostra os
tros tipos de modelo de construção além da modelos originais e transformados de pontes
ponte. Neste sentido, Zhu et al. [24] apri- e edifícios com o uso do E-AMG, visualizados
moraram o OSA, permitindo mais tipos de no FZK e no ArcScense, mostrando que o
transformação de geometria, como recorte e algoritmo pode transformar esses modelos
representação mapeada, que foi identificada com sucesso.
Dificuldades na transformação
de IFC em Shapefile
Na área de modelagem sólida, a Embora a conversão de representações
transformação entre Brep (Boundary dentro da indústria tenha sido bem
representation), CSG (Constructive Solid resolvida no domínio da modelagem sólida,
Geometry) e varredura tem sido estudada a conversão interindústria entre BIM e GIS
para troca de dados entre diferentes ainda é um problema, encontrado por muitos
sistemas CAD/BIM, por exemplo, a conversão pesquisadores que tentam integrar BIM e
bidirecional entre CSG e Brep [26, 27], apesar GIS, como Borrmann et al. [32], Isikdag et
de que, uma conversão de Brep para CSG al. [33,34] e Deng et al. [31]. O problema
é geralmente impossível, pois os modelos de conversão BIM para GIS pode ser
Brep carregam menos informações [28]. interpretado de duas maneiras:
No entanto, para a conversão interindústria
BIM/GIS, mais aspectos precisam ser 1. A maneira instável usando ferramentas
considerados: comerciais. A transformação da geometria
de BIM para GIS pode ser concluída
1. Não apenas CSG e sólido varrido, os usando ferramentas comerciais como
modelos Brep também precisam ser Feature Manipulation Engine (FME) [35]
transformados, como Brep (IFC) para Brep e Data Inter operability Extension for
(shapefile); ArcGIS (DIA) [36]. Essas ferramentas
transformam informações entre diferentes
2. O posicionamento espacial dos elementos esquemas de dados mapeando classes
de construção deve ser ajustado para se definidas neles. Contudo, quando existem
adequar ao GIS, uma vez que o BIM usa incompatibilidades semânticas, essa
um sistema de posicionamento relativo, abordagem tende a falhar ou resultar em
enquanto o GIS usa um sistema de perda de informações. Ademais, essas
coordenadas globais; ferramentas comerciais podem travar ao
processar modelos IFC [37], onde erros
3. Diferentes desafios surgem quando de geometria criados durante a conversão
diferentes formatos de recebimento podem fazer com que o FME não consiga
no lado do GIS são usados, como ler o IFC e travar, como aconteceu com
a transformação da geometria e a Boyes et al. [38];
transferência semântica, principais
preocupações quando o shapefile é 2. Em vez de usar ferramentas comerciais,
usado [29]. No entanto, cabe destacar os pesquisadores também desenvolvem
que quando CityGML é utilizado, algoritmos personalizados para
o mapeamento de semântica e o transformação de geometria. Entretanto,
mapeamento de nível de detalhes entre os cinco tipos de representação
também devem ser levados em 3D usados pelo
IFC, ou seja, Brep, CSG,
consideração [30, 31]. Essas questões sólido varrido, recorte e representação
não precisam ser consideradas durante mapeada, apenas a transformação do
a conversão dentro da indústria, mas sólido varrido foi completamente coberta
são elas que distinguem a conversão [25, 24], enquanto a transformação
interindústria da conversão dentro da de CSG, recorte [25] e representação
indústria. mapeada permanece um problema.
29
Aprimoramento das
informações dos modelos
BIM com o uso de dados GIS
Embora as informações GIS sejam
necessárias para planejar e operar estradas,
pontes, aeroportos, redes ferroviárias
e outras infraestruturas com base em
seus arredores, as informações BIM são Vídeo 1: Integração BIM e GIS para infraestrutura.
críticas para o projeto e construção dessas Fonte: O autor.
estruturas. Dessa forma, associando as
informações, pode-se obter uma camada
de contexto geoespacial combinada com o Desafios e soluções para a
modelo BIM, projetando estruturas físicas ao
nível de objeto, geridas no contexto de uma
integração de dados GIS ao BIM
paisagem maior e mais inteligente.
Os profissionais da indústria AEC
Potencializar o valor a longo prazo de novas normalmente confiam em informações GIS
infraestruturas significa fornecer projetos para determinar o impacto de seus projetos
melhores que abordam muitos dos problemas com base nas condições existentes no local e
atuais de sustentabilidade e resiliência. no contexto geográfico, incluindo topografia,
Diante disso, adicionar um projeto digital áreas de inundações, estradas, infraestrutura
em uma geografia real pode eliminar grande subterrânea, áreas a desapropriar e
parte do risco de projetar e construir, uma vez componentes ambientais. Entretanto, o
que os maiores atrasos acontecem nas fases acesso a esses dados muitas vezes tem sido
de planejamento e obtenção de permissões, a fonte de muitos atrasos e ineficiências,
que envolvem diversas avaliações de considerando que:
impactos sociais, econômicos e ambientais.
Em geral, os planejadores fazem grande parte 1. GIS e CAD/BIM sempre existiram em
dessas análises usando dados geoespaciais, caminhos paralelos, com diferentes
verificando áreas a serem desapropriadas, formatos de arquivos, fluxos de trabalhos
mapas de planícies de inundação ou até e conhecimentos, sendo complicado o
mesmo estrutura subterrâneas de serviços compartilhamento de dados entre eles;
públicos (Vídeo 1).
2. Fluxos de dados ineficientes dificultam
A integração de BIM e GIS também pode a capacidade de usar informações de
ser útil após a construção de uma estrutura. projeto de forma eficaz para abordar
Assim, ao em vez de simplificar muito os questões como mudança climática,
dados finais fornecidos para a gestão de aumento da urbanização e mudanças
instalações, o modelo flexível, associado ao demográficas;
GIS, pode fornecer o que é necessário para
as operações, sendo possível reutilizar esses 3. A entrada e conversão manual de dados
dados ao longo de todo o ciclo de vida da aumenta o potencial de erros e perda de
estrutura. A título de exemplo, operar uma dados;
estrada denota gerir serviços de utilidade
pública, instalação de defensas metálicas, 4. O meticuloso processo de coleta e
manter a pintura das faixas e supervisionar atualização de dados do campo cria
as equipes de manutenção, com muitas potenciais discrepâncias entre o que está
manutenções e conservações. Assim, pode- no sistema e o que está no solo.
se melhorar a operabilidade e eliminar erros
ao conectar o GIS, CAD e BIM.
30
Conclusão
Diante do exposto, pode-se observar que
unir GIS e BIM pode ajudar os planejadores
das cidades a tomar decisões que afetam
as comunidades e fornecer aos engenheiros
civis os dados de que precisam para projetos
de construção e infraestrutura. Assim,
permitir esses fluxos de trabalho mais
eficientes entre o GIS e as equipes de projeto
deve enriquecer os projetos e aprimorar
o novo papel que os profissionais da AEC
podem desempenhar como defensores
sociais e ambientais, além de beneficiar as
comunidades em geral.