VANTAGENS DO BIM APLICADO NA TOPOGRÁFICA COM ÊNFASE

NA CONSTRUÇÃO CIVIL

ChristlordUlysse, Jessica Conceição da Silva, Halyson Alan

Santana Chaves, Matheus Pissoleto Santiago, Wanderson Souza Lopes
Orientador: Prof. Me. Claudio Barboza F. Júnior
CentroUniversitáriodasAméricas–FAM
E-mail:claudio.junior@portalamericas.com.br

RESUMO

O artigo visa apresentar a melhorias e inovações que o BIM trouxe para a topografia
voltado para a área de construção civil, trazendo toda evolução desde a pré-história até os
dias atuais. Será apresentado as melhorias realizadas nos equipamentos deixando-os com
dados captados mais precisos e fáceis de se manusear como também equipamentos que
fogem dos padrões convencionais e que são pouco acessíveis. Mas, isso é possível graças
as inovações trazidas pela metodologia BIM, com os softwares que lêem nuvens de ponto
levantado pelos equipamentos topográficos, fazendo que os dados coletados sejam 100%
precisos além de fazer com que o trabalho do topógrafo seja muito mais rápido o que é
crucial para toda e qualquer construção. Como resultado esperando, a metodologia BIM
aplicada na Topografia trouxe grandes benefícios para a construção civíl, não só com suas
inovações tecnológicas mas também, fazendo com que os engenheiros, arquitetos e
topógrafos possam trabalhar mais juntos, além de que seja necessário que cada um precise
evoluir e se aperfeiçoar aos novos métodos de trabalho fazendo-os se destacar em suas
respectivas áreas.

Palavras chave: Aerofotogrametria, Drone, LiDAR, Revit, Modelagem 3D

ABSTRACT

The article consists of presenting the new methods used in the Topographic survey
using the BIM tool (Aerophotogrammetry, LiDAR, Agisoft). The improvements made in
equipment that deviate from conventional standards (Drone) and that are not very accessible
will be presented. Thanks to the innovations brought by the BIM methodology, with software
that has advanced technology, bringing greater precision in addition to making the surveyor's
work much faster, something that was more complex to achieve with more rudmental
equipment such as theodolites, that required greater manual action, and depending on the
area where the survey will be carried out, it may make it difficult to level the equipment,
causing delay in the work and possibly loss of accuracy in the data survey. As a waiting
result, the BIM methodology applied in Topography brought great benefits to civil
1
construction, with Aerophotogrammetry, for example, it is possible to map an entire land in a
few hours, allocate the construction site and also the entire work schedule and export the
data for Agisoftthat allows analyzing the entire project that will be done, allowing engineers,
architects and surveyors to work more together and speed up the progress of the work.

Keywords: Aerophotogrammetry, Drone, LiDAR, Revit, 3D Modeling

INTRODUÇÃO

Com a evolução da construção civil surge a necessidade de um melhor

aproveitamento dos recursos disponíveis para que se possa aumentar à eficiência das
fases de projeto, a execução e acompanhamento que envolve um empreendimento,
assim a elaboração desta pesquisa pretende disseminar o emprego da ferramenta de
trabalho, bem como o conceito BIM, cujo uso ainda tem sido pouco explorado mas, vem
assumindo papel de destaque nos principais institutos acadêmicos e empreendedores da
área da construção civil do país, devido sua metodologia de trabalho que trás ganhos
importantes no planejamento e execução de Obras.
A base do conceito BIM é a interação entre os diferentes profissionais envolvidos,
gerando informações utilizadas para melhor projetar e executar o empreendimento. Esta
comunicação realizada por um tutor, denominado gerente BIM, que faz um intercâmbio
entre os diferentes agentes envolvidos, para que todos tenham ciência dos itens
elaborados pelos agentes que produzem os diferentes projetos diariamente, promovendo
assim a compatibilização dos mesmos.
Com o planejamento detalhado e as equipes trabalhando em colaboração nos
projetos, conseguem-se melhores resultados desde as fases iniciais de um
empreendimento gerando economia de tempo e dinheiro na hora da execução final alem
disso, com uma melhor compreensão dos projetos durante a fase de estudos, gera
melhor visualização de todas as informações necessárias.
Uma das principais dificuldades em promover maior agilidade e precisão na
execução de obras civis se deve ao isolamento entre as diversas áreas na produção dos
projetos.
No contexto da aplicação do BIM, topografia é um dos cenários que merece maior
destaque. A maioria dos arquitetos e engenheiros está bem familiarizada com o uso de
levantamentos topográficos na forma de desenhos CAD 2D como base para o trabalho
de design mas, existe a necessidade de obtenção das mesmas informações topográficas
em um formato para poderem trabalhar no ambiente 3D. Assim, há uma forte associação
2
do BIM aplicado na topografia sendo uma disciplina em que pode ser a melhor maneira
de capturar os pontos internos e externos de um edifício. Contudo, especialmente
quando se trabalha fora para coletar informações topográficas, ela tem suas limitações,
momento em que com o uso de BIM na topografia é um trabalho que a beneficia
bastante.

Objetivos

Este trabalho visa analisar a viabilidade da plataforma BIM em projetos

topográficos, tendo como objetivo criar um modelo digital de terreno (MDT), na
plataforma BIM, por meio do software (Revit e Agisoft) e analisar as vantagens e as
desvantagens.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho de conclusão de curso é um estudo de caso aplicado no trecho norte

do Rodoanel Mário Covas - Jardim Pres. Dutra Guarulhos - SP. Este local se trata de
uma obra de expansão da rodovia e o local especifico da área de estudo é uma obra de
retorno das vias. A área de estudo não foi escolhida aleatoriamente, refere-se a um
projeto executado pela empresa Supernova3d Serviços De Topografia E
Georreferenciamento, que foi contratada para realizar um levantamento planialtimétrico.
A aplicação empregada pela a empresa teve objetivo de proporcionar, maior rapidez e
maior obtenção de dados, além de possibilitar análises visuais da área percorrida pelo o
drone. tendo como objetivo comprovar o potencial da Aerofotografia por drone na
obtenção de dados topográfico.
O estudo é baseado no levantamento de campo, com objetivo de coletar dados
topográfico e georreferenciados por drone, com intuito de qualificar a metodologia e
comparar custo e tempo da execução quando comparados aos levantamentos
topográficos tradicionais.
O drone utilizado neste estudo foi o Phantom 4 Pro V2.0 da fabricante chinesa DJI,
possuindo sistemas de posicionamento por satélite GPS/GLONASS e acoplado o kit PPK
(Post Processed Kinematic), câmera CMOS de 1” e 20 MP e obturador mecânico, bateria
com autonomia de 30 minutos e sinal de rádio OcuSync 2.0 HD com alcance máximo de

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10 km (segundo a empresa DJI fabricante do equipamento).

Figura 1 – Phantom 4 Pro V2.0 utilizado no estudo Fonte: Site empresa DJI. Recuperado em 18 Abril, 2023 de
https://www.dji.com.

A primeira parte do levantamento consiste em solicitar uma autoriz

autorização de voo,
SARPAS (Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilotadas), onde deve ser
solicita no site do governo. Tendo a autorização emitida, deve ser feito um plano de voo
em um aplicativo, o aplicativo utilizado neste estudo foi o DroneDeploy, onde é indicado
todo perímetro que o drone vai percorrer, altura do voo e sobreposição frontal e lateral.
Os pontos de controle do voo não é indicado no DroneDeploy, eles são inseridos em
campo pelo o topógrafo, com apoio de um GNSS RTK, no estudo foi util
utilizado o GNSS
i50 da empresa CHCNAV. O objetivo desses pontos de controle em campo é melhorar a
precisão, pois se trata de um produto pós processado.

Figura 2 – Vértice Base transportado e Pontos de Apoio/Check levantado Fonte:aborado pelo autor

Altura de voo: 130m;

- Área do voo: 75 hectares
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- GSD: 3 cm;

- Sobreposição:

frontal : 80%;
Lateral: 70%;

Figura 3 – Parâmetros e definições do Voo – Software DroneDeploy Fonte: Elaborado pelo autor a partir do software DroneDeploy

O Voo foi realizado logo após a instalação da base GNSS, Teve duração de 37:29
minutos, sendo necessário utilizar duas baterias, consequentemente dois voos
sequenciais para recobrir a área total da Rodovia. Ao finalizar o trajeto, foi obtido 548
imagens no formato JPEG. Após a realização do voo é gerado um dado bruto do drone e
da base RTK, esses dados brutos e as imagens são processadas no software TeoBox,
para correção das coordenadas geodésicas e cotas.

Figura 4 – imagens corrigidas – Software TeoBox Fonte: Elaborado pelo autor a partir do software TeoBox

Após feito isso, as imagens são importadas para o software Agisoft, e é feito um
alinhamento das imagens.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao finalizar o alinhamento das fotos é possível gerar produtos topográficos, desde

pontos 3D que são gerados no processamento e alinhamento das fotos que compõem a
área do voô. Com esses resultados possibilita gerar curva de nível, ortomosaico, inserir
pontos em todas as faces da superfície, cálculo volumétrico, medição de qualquer área
do terreno, inclusive sobre o topo de uma pilha, diferentemente da topografia que tem
limitações quanto acesso a alguns tipos de locais e situações que possa ocasionar riscos
à segurança e a saúde do profissional.
A partir da nuvem de pontos é possível gerar um modelo digital de superfície
(MDS), possibilitando, inserir pontos em qualquer lugar do terreno, esses pontos podem
ser inserido nomes e números iguais a topografia convencional, no estudo apresentado,
são inseridos pontos na extremidade da rodovia para definir a extensão da via, pois neste
trecho vai ser feito uma obra de manobra de retorno e também é calculado o volume de
aterro para uma cava, que esta localizado no entorno da rodovia. No estudo foi inserido
522 pontos entre rodovia e talude e tem dois polygon para calcular a volumetria da cava.

Figura4–Inserinopontotopografico –SoftwareAgisoftFonte:Elaboradopeloautor

Figura5–Calculovolumétrico –SoftwareAgisoftFonte:Elaboradopeloautor

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 Figura6–Visãogeraldospontosecava
Visãogeraldospontosecava–SoftwareAgisoftFonte:Elaboradopeloautor
SoftwareAgisoftFonte:Elaboradopeloautor

Além do MDS, o Agisoft gera outros produtos, tais como Ortomosaico, Nuvem de
pontos e Modelo
odelo digital de elevação.

Figura7–resultadosAgisoft
resultadosAgisoft– SoftwareAgisoft Fonte:Elaborado pelo autor

Todos esses dados gerado no software é possível levar para o autocad, revit e civil
3D, no estudo apresentado, foi importado os pontos com as informações para o autocad
e importado a nuvem de pontos para o revit, possibilitando criar uma modelagem 3D,
conforme o terreno existente.

Figura8–informaçõesnoautocad
informaçõesnoautocad–SoftwareAutoCadFonte:Elaboradopeloautor
SoftwareAutoCadFonte:Elaboradopeloautor
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Para realizar a exportação da nuvem de pontos para o Revit, é necessário exportar a
nuvem do Agisoft no modelo e em seguida importar o arquivo no software Recap e
renderizar a nuvem de ponto se possibilitará exportação para o Revit.
Com a nuvem de pontos no Revit, é possível visualizar o terreno 3D em suas
coordenadas e cotas corretas, a partir disso é possível gerar cortes e até mesmo
desenhar a partir do terreno existente. A grande desvantagem da nuvem de pontos
gerada por aerofotogrametria é a falta de informações em locais onde existe vegetação e
também nos pontos verticais de edificações, isso prejudica muito em um projeto onde
precisa dessas informações.

Figura9–ResultadosRevit–Software RevitFonte:Elaboradopeloautor

Uma das soluções para isso é um voo com laser scanner em drones, os pulsos de
laser emitidos, refletem o solo e os objetos acima dele: vegetação, edifícios, pontes, etc.
Os pulsos delas emitidos retornam ao sensor uma ou mais vezes.
Sendo assim, qualquer pulso de laser emitido que encontre várias superfícies
refletoras enquanto viaja em direção ao solo é dividido. Essa divisão ocorre em tantos
retornos quantas forem as superfícies refletoras e a capacidade do Laser Scanner de
detectar estes retornos.

Usar o Laser Scanner te dá mais informações que fotogrametria.

Para entender como isso ocorre e como o laser scanner funciona, é bem simples.
Imagine que cada pulso é uma busca por informações.
O primeiro pulso dela ser que retorna é o retorno mais significativo e é associado as
características mais altas da paisagem, como as copas das árvores. Da mesma forma, o
8
primeiro retorno também pode representar o solo, caso em que o sistema detectará
apenas um retorno. Já o último retorno nem sempre será de um retorno no terreno.

Retornos múltiplos mais informações.

Por exemplo, considere um caso em que um pulso atinge um galho de árvore a

caminho do solo e o pulso não chega a atingir o solo. Neste caso, o último retorno não
representa o terreno, mas do galho que o refletiu.
Retornos múltiplos permitem a detecção da altura de vários objetos. Sendo assim,
os retornos intermediários são ideais para estruturas e vegetação, e os últimos retornos
utilizados para modelos de terrenos.

Veja o exemplo na imagem abaixo:

Figura 10 - TECNOLOGIA, C. P. E. Fotogrametria ou Laser Scanner: Disponível em: <https://blog.cpetecnologia.com.br/. Acesso em: 28
maio. 2023

Portanto, a grande vantagem do uso do laser scanner em drones é que, mesmo

que haja cobertura vegetal nas áreas a serem mapeadas, conseguiremos representar o
terreno abaixo desta cobertura, uma vez que sempre teremos parte dos últimos retornos,
representando o terreno.
Por fim, a utilização de Laser Scanner proporciona uma maior coleta de dados e
uma riqueza de detalhes. Algo que, dependendo do projeto, é um acelerador. Trazendo
agilidade e confiança para os dados coletados.

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 CONCLUSÃO

Com bae no estudo realizado podemos identificar grandes melhorias que a ferramenta
BIM trouxe para a topografia, umas das principais melhorias foi a agilidade e a precisão na
captura dos pontos. Os arquitetos e engenheiros tinham mais familiaridade com os pontos
captados e importados no CAD em 2D, com o BIM foi possível se aperfeiçoar nas mesmas
leituras porém em 3D. Já para os topógrafos, vieram as melhorias nos equipamentos
facilitando o levantamento dos pontos. Além disso, fez com que os profissionais se
aperfeiçoem nos novos equipamentos que começou a ser utilizado que fugiu dos padrões
convencionais (drone), como também nos softwares que trazidos para a metodologia BIM.
Nas informações obtidas nessa pesquisa, podemos identificar que a principal melhoria que
o BIM trouxe para a topografia, foi a agilidade e precisão. Os softwares fizeram com que os
projetos tivessem 100% de precisão além de uma redução de até 6 meses para conclusão,
prazo médio que levava para um levantamento estar completo dependendo dá área em
que seria realizado a obra. Com o levantamento aerofotogramétrico, pode-se realizar todo
o projeto em um dia, pois o Agisoft realiza a marcação de todos os pontos necessários e
utilizando um equipamento mais simples como a Estação Total e aplicando os dados
coletados nos softwares compatível (Revit) o prazo pode chegar em até 3 dias. Mas,
também foi possível identificar que há desvantagens em se realizar esse tipo de trabalho, o
custo dos equipamentos principalmente o Drone é muito elevado, assim como a diária do
profissional que realiza o levantamento. Isso faz com que as construtoras reavaliam a
necessidade e optem por serviços mais simples, mesmo que isso signifique um atraso na
obra.

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REFERÊNCIAS

Gil, a. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São paulo: altas, 2010. P. 30.

Júnior J. M. C; Neto F. C. R; Andrade J. da S. C. O. Topografia Geral EDUFRPE – Recife 2014.

Althman M. P. F; Moretti U. de S; Pereira J. C. dos S; Felipe A. Tecnologia em Levantamento Topográfico - Garça 2018.

Corrêa I. C. S; Ribeiro R. R; Weschenfelder J. Museu de Topografia Prof. Laureano Ibrahim Chaffe – Rio Grande do
Sul 2021.

Aparecido, d.; Uninove, r. Vantagens da aerofotogrametria por drone na obtenção de dados topográficos
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<http://www.singep.org.br/7singep/resultado/209.pdf>.

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Acesso em: 6 nov. 2022.

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Acesso em: 9 nov. 2022.

Borges, r. et al. utilização de drones de pequeno porte como alternativa de baixo custo para
caracterização topográfica da infraestrutura de transportes no brasil. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<http://www.cartografia.org.br/cbc/trabalhos/4/635/CT04-138_1506813983.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2022.

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