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AULA 3

BIM PLATAFORMA 6D E 7D –
SUSTENTABILIDADE E CICLO
DE VIDA

Prof. Alexandre André de Oliveira Pires


INTRODUÇÃO

Muitas vezes, os profissionais que trabalham especificamente no contexto


de modelagem BIM, em dimensões básicas como 3, 4 e 5D, imaginam que é
possível um tratamento isolado das dimensões. Fato é que essa é uma visão
distorcida do conceito de ciclo, e a visão do todo virá com a elevação da
maturidade, tanto tecnológica quanto do próprio legado profissional.
Em outras palavras, a transição das técnicas convencionais de engenharia,
arquitetura e construção para as atuais formas digitais, industrializadas e
automatizadas requer uma trilha de transformação digital (Pires; BIM&TEC, 2019).
É necessária a abordagem de cuidados e entendimentos específicos, pois
um objeto paramétrico BIM precisa de um conjunto de eventos que surgem de
modelos que criam relações espaciais, temporais, físicas, ambientais e até
fisiológicas, principalmente depois da pandemia causada pela Covid-19.
Esta aula tratará dos seguintes aspectos:

1. Cadeia de processos analíticos multidimensionais 6D e 7D;


2. Transformação digital para aplicações de BIM 6D e 7D;
3. Dados espaço-temporais orientados aos projetos BIM de sexta dimensão
(6D);
4. Elementos de fluxos em projetos BIM multidimensionais;
5. Melhoria contínua com aplicação integrada lean BIM;

TEMA 1 – CADEIA DE PROCESSOS ANALÍTICOS MULTIDIMENSIONAIS 6D E


7D

A introdução das dimensões 6D e 7D no BIM (Building Information


Modeling) possibilitou transformações significativas para a gestão eficiente de
projetos.
Neste contexto, os princípios de fluxo multidimensional são aplicados:

• Na cadeia produtiva BIM para o segmento de AEC. Em todas as fases do


setor, as organizações precisam gerenciar de modo eficiente os seus
recursos, contrastando com a abordagem baseada em soluções
tradicionais.
• Com base em um conjunto diversificado de modelos, incluindo digital e
físico, que possam absorver as experiências, ofertas e organizações,

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identificando princípios básicos baseados em fluxo que possam integrar
ecossistemas com abordagens analíticas contínuas e adjacentes.

O BIM precisa estar integrado a um Sistema de Informações Geográficas


(GIS) para compor os modelos multidimensionais (Figura 1).

Figura 1 – Integração BIM e GIS

Crédito: Alexandre André de Oliveira Pires.

A Figura 2 apresenta o pragmatismo dos princípios de fluxo


multidimensional.

1. Inteligência do negócio;
2. Modelagem conceitual dos ativos, considerando a espacialização e registro
temporal dos dados;
3. Software: sem conhecer os domínios (1) e (2), não há o que investir, assim,
“quem começa pensando em software, não pensa em Interoperabilidade”.

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Figura 2 – Pragmatismo dos Princípios do Fluxo Multidimensional

Fonte: Darós, 2019.

A construção da maturidade tecnológica esbarra atualmente na velocidade


em que as tecnologias são desenvolvidas, e muitas vezes as organizações não
conseguem efetivar ou implementar um fluxo completo antes mesmo da
tecnologia mudar de geração. Por exemplo, na figura 2, mesmo sem um ciclo BIM,
a engenharia ou a arquitetura conseguem resolver há décadas questões relativas
aos escopos de dimensões 3D, 4D ou 5D. Podemos dizer que é o dia a dia desse
setor.
No entanto, quando o volume ou o tamanho dos dados começam a interferir
nas análises e tomadas de decisões, o passo importante é pensar em um sistema
que possa integrar e conectar os elementos do mundo real.
Constantes mudanças no mercado de energia contribuíram para a
evolução da forma de operar e gerenciar riscos, ao utilizar metodologias e técnicas
de gestão de riscos com o objetivo de obter o sucesso de uma organização.
Na Figura 3, tem-se um exemplo da aplicação da gestão 6D/7D de riscos
em sistemas de geração de energia.

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Figura 3 – Gestão 6D/7D de riscos em sistemas de geração de energia

Crédito: Alexandre André de Oliveira Pires.

Na Figura 3, o processo de mensurar e controlar riscos de um


empreendimento depende de fatores ou condições de contorno interno ou
externos e, para realmente evoluir de um cenário estático preso a um
tempo/espaço para um modelo dinâmico que represente a forma orgânica das
ocupações e impactos da ocupação humana, devem ser modeladas com tal
propósito, principalmente se existirem metas de sustentabilidade e gestão das
instalações.

TEMA 2 – TRANSFORMAÇÃO DIGITAL PARA APLICAÇÕES DE BIM 6D E 7D

O monitoramento da sustentabilidade em um ativo requer a implementação


de um ambiente digital que possa resultar em um incremento de inteligência para
o BIM. Isso se dá pela interoperabilidade dos sistemas. Portanto, alguns
elementos são necessários:

• Um conjunto de tecnologias, dispositivos e métodos para serem


monitorados em tempo real;
• Um sistema de telemetria individualizada integrado a uma solução de IoT;
• Desenvolvimento de soluções criativas e inovadoras que possam se manter
atuais pelo menos 15 anos;
• Soluções focadas em back-end e processamento massivos de dados em
Nuvens, com interfaces UX que possam facilitar a criação de aplicações
estruturadas para que os dados se transformem em informações no BIM
por meio de tratamento, entrega, análise e distribuição (federação).

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O termo gêmeo digital foi criado por Grieves (2003) no curso sobre
gerenciamento do ciclo de vida de produto da Universidade de Michigan (PLM)
(Grieves, 2014).
Gêmeos digitais podem ser definidos como um modelo digital de um objeto
real, que representa sua configuração física com riqueza de detalhes suficiente
ou até mesmo com simplificações pertinentes, alimentado por dados de sensores,
o que ilustra a situação instantânea deste objeto no mundo real (Parrot e
Warshaw, 2017).
Gêmeo digital (digital twin) dinâmico (4D) para aplicações BIM 6D/7D
refere-se ao:

• Modelo digital exterior através de captura de realidade em alta definição


com drones, LIDAR, Cam360 ou soluções híbridas;
• Modelo digital interior através de captura de realidade em alta definição
com LIDAR, Cam360 ou soluções híbridas;
• Inventário construtivo das instalações (facilities).

A aplicação do monitoramento inteligente/dinâmico de parâmetros físicos


ambientais por meios de um ecossistema digital deve ocorrer por meio de:

• Rastreamento cinemático da mobilidade através da interpretação de


imagens das câmeras disponíveis;
• Análise comportamental dos objetos em movimento, com geração de
dashboards e alertas automáticos;
• Transformação das imagens em dados analíticos em Big Data (OLAP –
Online Analytical Processing).

O monitoramento inteligente/dinâmico de parâmetros físicos ambientais


visa a:

• Reconstrução da realidade em ambiente virtual;


• Criação de ambientes interativos e imersivos de realidade virtual para
simulação, fluxos analíticos e treinamento;
• Realimentação contínua de dados e construção de realidades mistas
(realidade virtual + realidade aumentada).

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Figura 4 – Realidades mistas

Crédito: Jefferson Schnaider.

Para a modelagem BIM orientada à dimensão 6D, sustentabilidade, ou 7D,


gestão de instalações, as funcionalidades de tempo e espaço associadas aos
eventos internos ou externos aos edifícios precisam fazer parte da gênese das
classes dos objetos, pois, assim, será possível, por exemplo, verificar a
performance das edificações frente a diversos cenários construtivos que
resultarão em indicadores únicos de sustentabilidade.
Nesse contexto, realmente precisamos entender questões como usar
lâmpadas LEDs ou a implementação de autossuficiência energética, buscando
saber qual solução apresenta maior ou menor eficiência, considerando custo,
economia, vida útil e, sem dúvida, a sua cadeia produtiva.
Tem-se como exemplo o relatório e diagnóstico de eficiência energética
baseado em Lean BIM.

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Figura 5 – Relatório e diagnóstico de eficiência energética baseado no Lean BIM

Crédito: Alexandre André de Oliveira Pires.

TEMA 3 – DADOS ESPAÇO-TEMPORAIS ORIENTADOS AOS PROJETOS BIM


DE SEXTA DIMENSÃO (6D)

Smith (2014) menciona que o BIM 6D representa o modelo de operação


que, depois de construído, pode ser utilizado durante as fases operacionais da
instalação. Czmoch e Pekala (2014) o descrevem como a integração de dados
relacionados com a proteção ambiental ou o consumo de energia.
Ao integrar o BIM com modelos de simulação 6D, a intenção é proporcionar
a redução global no consumo de energia.
Na Figura 6, são demonstradas as tecnologias emergentes e aceleração
futura por soluções híbridas.

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Figura 6 – Tecnologias emergentes e aceleração futura por soluções híbridas

Fonte: Tata Consultancy Services, [S.d.].

A confluência GIS e BIM para aplicações multidimensionais proporciona a


capacidade de observação precisa, rastreabilidades (presente, passado e
previsibilidade) e estratégica (operação e performance), pois possibilita:

• Captura da realidade em tempo real para monitoramento de ativos


massivos em alta escala;
• Tecnologias empregadas: edge computing, digital twins, drones com
câmeras térmicas e espectrais autônomas etc.;
• Fluxo de dados entre o BIM e GIS, com capacidade de aplicação de filtros
baseados em IA (inteligência artificial) para gerenciar tudo e entregar dados
em um dashboard;
• Oportunidade de criar boas práticas e atividades de gestão fundamentais
para garantir a segurança técnica dos projetos e a integridade dos
indivíduos.

Na Figura 6, as tecnologias emergentes aceleram a inovação e o


desenvolvimento de verticais impulsionadas pelas solicitações da sociedade
contemporânea, tendências e transições propostas pelos setores produtivos,
políticos e econômicos.
Por exemplo, aplicações para smart cities necessitam de especificações
multidimensionais para os ativos que estejam dentro de seus domínios, para que

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possam ser geridos por sistemas digitais 6D e 7D, principalmente nas fases a
seguir:

• As simulações na fase de projeto;


• Em fase de construção;
• Comissionamento;
• Durante o ciclo operacional.

Para o desenvolvimento da especificação multidimensional, são


necessários:

• Captura de dados (sensores + IoT + tecnologias computacionais);


• Big Data;
• BIM = ativos e instalações, e GIS = inteligência espaço-temporal.

Telemetria e entrega de informações:

• Tempo real;
• Mapas inteligentes;
• Hipóteses e cenários (manutenção, geração, decisões, retrofit etc.);
• IA (inteligência artificial);
• Matrizes decisionais;
• Gestão dos ativos.

De acordo com a ESRI, desenvolvedora da Plataforma ArcGIS,


considerando uma visão de alto nível, o BIM é um processo para economizar
tempo e dinheiro e alcançar resultados de alta performance durante o ciclo de um
ativo, desde sua concepção até a desmobilização.
A integração BIM-GIS permite fluxos de trabalho para construir ativos e
gerenciá-los, entretanto, antes desta fase, em um contexto 6D e 7D, a delimitação
das restrições e análises de risco precisa ser modelada e simulada, para evitar
possíveis problemas na fase de construção e para otimizar a fase de operação.
Para isso, alguns pontos devem ser observados, atualmente:

• A transformação digital após a crise provocada pela Covid-19 acelerou a


necessidade de interação em ecossistemas digitais;
• No caso de ativos construídos, os gêmeos digitais estão sendo
impulsionados pelo potencial integração, alinhamento e práticas
recomendadas para ambientes concebidos com diretrizes de smart city e
building smart;
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• Aplicações diretas de tecnologias, como AI/ML, modelagem e simulação,
estruturas de IoT e interoperabilidade consolidada;
• Capacidade de estender a interoperabilidade do sistema de informações
geográficas a outros domínios, como BIM;
• Por exemplo, no GIS: uso de imagens de satélite, sensores em drones e
LIDAR juntamente com AI e ML para identificar estruturas e anomalias que
podem ser marcadas e associadas a outros ativos ou atributos;
• Promover melhorias nos planos de manutenção preventiva e corretiva
baseados na inteligência sobre os materiais e componentes dos ativos e
suas instalações.

TEMA 4 – ELEMENTOS DE FLUXOS EM PROJETOS BIM MULTIDIMENSIONAIS

O Plano de Execução BIM com metas 6D e 7D possibilita detalhar os


aspectos de modelagem das informações do projeto e especificar as diretrizes e
os padrões construtivos, deve-se entender os impactos e relações com o
ecossistema do entorno bem como os impactos diretos e indiretos (Figura 7).

Figura 7 – Plano de Execução BIM com metas 6D e 7D

Objetivos

Implementação Entregáveis

Organização Processos

Responsabilidades

Crédito: Alexandre André de Oliveira Pires.

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Como exemplo, tem-se as etapas contratuais a serem atendidas por um
BIM para uma planta de geração distribuída associada a um edifício, conforme
apresentadas na Figura 8.

Figura 8 – Etapas contratuais a serem atendidas por um BIM para planta de


geração distribuída associada a um edifício

Crédito: Alexandre André de Oliveira Pires.

Os elementos do fluxo para modelagem BIM 6D e 7D para ecossistemas


em transformação de negócios digitais são:

• Meta: sustentabilidade;
• Resultados esperados: projetos desenvolvidos aproveitando as
experiências do ecossistema em relação aos produtos e serviços, gestão e
modelos de negócios proporcionando autonomia, capacidade de cocriação
e valor agregado com a velocidade e controle dos processos;
• Para criar valor nos negócios: movimentos e fluxos inteligentes;
• Fluxos BIM organizados e interoperáveis apoiam os empreendedores,
inovadores, projetistas e gerentes a colaborar com suas experiências,
ofertas e estruturas organizacionais, tornando os processos de entregas
eficazes e ágeis;
• Monitorar os processos BIM 6D com indicadores multidimensionais de
desempenho dos projetos promove fortes impactos positivos na operação
das instalações na dimensão 7D;
• O fluxo BIM multidimensões 6D/7D aglutina recursos para fortalecer a
tomada de decisões com base na colaboração e alinhamentos dos atores

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diretos e indiretos, por meio de um plano ou propósito unificado de gestão
do ativo, que garante a autonomia do sistema;
• Os movimentos de fluxo BIM transferem ao ecossistema seus recursos,
para permitir o consumo nos modelos e, depois, a distribuição frente ao
controle de versionamento dos modelos BIM;
• Esse controle define a capacidade de resposta espaço temporal e extração
de indicadores de sustentabilidade em 6D ou planos de otimização do
gerenciamento das instalações em 7D;
• A capacidade conectiva dos objetos e modelos cria ligações entre o mundo
real e seu gêmeo digital, mercado ou ecossistema do qual fazem parte;
• Com sensoriamento e tecnologias com IoT, os técnicos sentem o que está
acontecendo no ambiente remoto, promovendo decisões ágeis e que
minimizam riscos e a integridade humana, frente as operações no mundo
real;
• Distribuição: a federação de objetos e modelos por todo o ecossistema para
onde e quando são necessários garante autonomia analítica mesmo com
uma sistematização de centralização computacional;
• Os colaboradores em um sistema de 6D precisam ter autonomia para testar
as várias possibilidades que geram a sustentabilidade dos projetos,
principalmente nos momentos de instabilidade econômica, por exemplo,
durante a pandemia da Covid-19;
• Interoperabilidade: o fluxo BIM 6D/7D é um elemento orgânico (com grande
capacidade adaptativa e variabilidade) e deve assimilar parâmetros de
entrada (condições de contorno) por meio de suas conexões e considerar
a integração automática;
• Esse processo cria uma visão do que está acontecendo em tempo real ou
em uma escala temporal pré-definida, alinhando o ecossistema ao plano
comum, na etapa construtiva ou operacional do ativo.

TEMA 5 – MELHORIA CONTÍNUA – LEAN BIM

O fluxo multidimensional 6D e 7D promove práticas sustentáveis, pois


consolida o processo decisorial, buscando sucesso para o ecossistema, em todo
o ciclo do ativo.

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Os objetos BIM e o fluxo de modelos por meio da federação garantem que
a mobilidade e a distribuição sejam contínuas, atualizados (versionamento) a
partir dos dados recorrentes e elevação do LoD (Level of Development).
A eficiência do BIM não está na capacidade de projetar ou representar
visualizações tridimensionais, e sim na sua capacidade de entender o roadmap
do ativo em um domínio multidimensional, que começa na sua concepção, e vai
até o seu último dia operacional, sempre em busca de ampliação desta
longevidade.

Figura 9 – Importância da convergência lean com o ciclo BIM para dimensões 6D


e 7D

Crédito: Alexandre André de Oliveira Pires.

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Figura 10 – Os cinco princípios do lean thinking para o lean BIM 6D/7D

Valor

Melhoria Fluxo de
contínua valor
Maximizar
o valor

Produção Fluxo
puxada contínuo

Crédito: Alexandre André de Oliveira Pires.

Os 5S lean demonstrados na Figura 11 são aplicáveis para garantir a


sustentabilidade e o gerenciamento das instalações (dimensões 6D e 7D),
maximizando a capacidade de entrega de valor no ciclo BIM.

Figura 11 – Os 5S lean thinking para sustentabilidade e gerenciamento das


instalações (6D e 7D)

Crédito: My Portfolio/Shutterstock.

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Os princípios do lean aplicáveis às dimensões 6D e 7D são:

• Produção puxada;
• Minimizar desperdício de tempo, esforço e recursos;
• Eliminação do retrabalho;
• Aumento da segurança;
• Aumento de produtividade;
• Redução de estoques;
• Redução de custos;
• Produção just-in-time;
• Industrialização.

Os princípios lean aplicados a um ecossistema BIM com foco em


dimensões 6D e 7D capacitam para:

• Minimizar as incertezas para os planos de manutenção;


• Entender as relações entre os indivíduos e os espaços;
• Decisões assertivas;
• Inteligência corporativa, trazendo resultados de sucesso aos ativos e
negócios.

Figura 12 – Os 5S lean aplicado a um ecossistema BIM (6D e 7D)

Crédito: Zentangle/Adobe Stock.

A ISO 26.000 – Norma Internacional De Responsabilidade Social

estabelece as diretrizes sobre responsabilidade social através de um


escopo amplo que incorpora a dimensão social, ambiental e econômica
do desenvolvimento sustentável envolvendo questões relativas aos
direitos dos consumidores, comércio justo, direitos humanos e

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trabalhistas, combate a todo tipo de discriminação, proteção às
populações vulneráveis e relacionamento com as comunidades. Diante
de visões diferenciadas e práticas questionáveis, essa norma, pelo seu
conteúdo e metodologia de construção, poderá ser uma referência para
definição de políticas e práticas das empresas e organizações em
relação à responsabilidade social. (IBRAEMA, [S.d.])

Em relação às questões ambientais que possuem aderência às tecnologias


que promovem a minimização de impactos, como o BIM, a ISO 26.000 estabelece
que

a responsabilidade ambiental é um pré-requisito para a sobrevivência da


humanidade. As atividades das organizações têm impacto no meio
ambiente que podem levar a exaustão dos recursos naturais, mudanças
climáticas, destruição de habitats, extinção de espécies, degradação de
assentamentos humanos e colapsos de ecossistemas. As organizações
têm responsabilidade pelos impactos ambientais causados por suas
atividades.
A falta de certeza científica não deve ser usada como razão para
postergar medidas que impeçam a degradação ambiental. Cabe à
organização avaliar, evitar, reduzir e mitigar os riscos e impactos
ambientais, internalizando o custo da poluição e incidentes ambientais.
A redução dos impactos ambientais deve considerar todo o ciclo de vida
de produtos e serviços desde a extração de matérias-primas e geração
de energia, passando pela produção e uso, até o descarte final. A
organização deve avaliar os impactos ambientais antes de começar uma
nova atividade e melhorar as práticas de manutenção, modernização ou
introdução de novas tecnologias ou processos, a redução/racionalização
no uso de água, materiais e energia, o uso de energia renovável, a
gestão segura de materiais e resíduos perigosos, e melhoria no design
do produto ou serviço.

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