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DIAGNÓSTICO DE LEISHMANIOSE VISCERAL v Por mais que as manifestações em um paciente com HIV sem
imunossupressão grave sejam parecidas com um imunocompetente,
PARASITOLOGIA pode-se observar características atípicas em pacientes com CD4 <
v A visualização microscópica de amastigotas em amostras de 200 µl. Nesse caso os médicos devem procurar por LV mesmo sem
linfonodos, medula óssea, fígado, baço ou outros órgãos era sintomas típicos.
habitualmente a primeira etapa no diagnóstico. v Podem ter outras infecções oportunistas que complicam o
v A aspiração do baço só deve ser realizada em instalações diagnóstico.
especializadas e se houver nenhuma outra forma de se diagnosticar v A carga parasitária habitualmente é maior.
devido a chance de complicações. Se possível utilizar um método de v Podem ser encontrados em outros tecidos além dos típicos, como
menor risco. intestino e pulmão.
v A reação em cadeia da polimerase (PCR) é mais sensível do que o v A sensibilidade do exame microscópico da cultura ou da PCR do
exame microscópico e se tornou o exame de primeira linha em sangue ou dos aspirados da medula óssea geralmente é maior do que
vários hospitais referência e centros de pesquisa. em paciente imunocompetente.
v A PCR quantitativa com limiares validados possibilita um v Alta sensibilidade em teste de aglutinação em látex na urina de
diagnostico acurado com amostras de sangue venoso, evitando assim pacientes coinfectados.
a aspiração de medula óssea.
TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL
SOROLOGIA
v Deve ser feita uma dieta e hidratação no paciente:
v Os testes sorológicos com base em anticorpos fluorescentes o Se o paciente estiver LOTE, pode ser dada a dieta oral de
indiretos (IFA), ELISA ou Western blot exibem alto desempenho. acordo com as comorbidades já existentes do paciente.
o A hidratação deve ser EV com cerca de 20 ml/kg por dia de RL o Em seguida, identifique a borda superior da macicez hepática
ou SF 0,9% 20 a 30 ml/kg por dia, com variação do volume de na linha hemiclavicular.
acordo com necessidades. o Começando na linha mamilar, percuta de leve, seguindo do
v Antibioticoterapia, pode ser utilizado uma das opções: som claro atimpânico pulmonar para baixo, no sentido da
o Anfotericina B lipossomal (geralmente utilizado) - 3 mg/kg/dia macicez hepática.
EV durante 7 dias ou 4 mg/kg/dia durante 5 dias em 1 dose o Afaste cuidadosamente a mama feminina, para que a percussão
diária possa ser iniciada em uma região adequada de som claro
o Anfotericina B desoxicolato - 1-1,5 mg/kg/dia (dose máxima atimpânico.
diária: 50 mg) EV de 24/24 horas, por 14-20 dias; ou 3
mg/kg/dia por 10 dias;
o Sb + 5 - 20 mg/kg/dia, EV ou IM por 20 a 40 dias
v Profiláticos e assintomáticos:
o Analgésico e antitérmico se dor ou febre (dipirona ou
paracetamol)
o Antiemético se náusea ou vômito (metoclopramida ou
bromoprida)
o Profilaxia para proteção gástrica (omeprazol ou pantoprazol)
o Profilaxia para TVP (enoxaparina 40 mg 1x ao dia e o Quando há aumento de tamanho do baço, isso ocorre no
compressor pneumático de MMII) sentido anterior, inferior e medial, e geralmente se observa a
substituição do timpanismo do estômago e do colo do intestino
HEPATOESPLENOMEGALIA
pela macicez de um órgão sólido.
v A maior parte do fígado e, na maior parte das vezes, todo o baço o A percussão sugere, mas não confirma, a esplenomegalia.
ficam protegidos pela caixa torácica, o que dificulta a avaliação
direta.
v O tamanho e a forma do fígado e baço podem ser estimados por
percussão e, às vezes, por palpação.
v Percussão:
o Começando em um nível abaixo do umbigo no quadrante
inferior direito (em uma região de timpanismo, e não de
macicez), percuta suavemente para cima em direção ao fígado.
Identifique a borda inferior da macicez hepática na linha
hemiclavicular.
v Palpação: v Normalmente pode-se solicitar uma TC e um USG
o Coloque a mão esquerda por baixo do paciente, paralela à 11° à
12° costelas, de modo a sustentá-las bem como as partes moles DIAGNÓSTICO DE HEPATOESPLENOMEGALIA
adjacentes. v Ao ser encontrada o aumento nos órgãos, é preciso organizar o
o Lembre ao paciente que ele pode relaxar apoiado na sua mão. raciocínio junto com as queixas do paciente. Para que fique mais
o Peça ao paciente que respire fundo. didático e facilite as suspeitas diagnósticas, devemos dividir as
o Procure sentir a borda do fígado quando ela desce de encontro suspeitas em dois grupos:
às pontas de seus dedos. o Crônica ou aguda: de acordo com o tempo de acometimento;
o Febril ou afebril: presença de elevação de temperatura.
v Uma hepatoesplenomegalia aguda é aquela que tem duração menor
que 3 semanas. Caso o tempo seja maior que este, consideramos
uma hepatoesplenomegalia crônica.
v As principais causas desses grupos:
v Hepatomegalia Aguda
o Se o fígado for palpável, a borda hepática normal é macia, bem o As principais causas que se deve pensar quando estamos diante
delimitada e regular, com superfície lisa. de um caso de hepatomegalia aguda são:
o O fígado normal pode ser discretamente doloroso à palpação. o Febril: Mononucleose; Síndrome Mono-like; Febre Tifoide;
o Fígado de consistência firme ou endurecida, com borda romba Febre de Katayama; Leptospirose; Malária no início;
ou arredondada e de contorno irregular, sugere anormalidade Histoplasmose; Tuberculose Miliar; Leucemias Agudas;
hepática. Linfomas agressivos; Histiocitose de células de Langerhans;
o A extremidade (ponta) do baço é palpável em Linfohistiocitose Hemofagocítica.
aproximadamente 5% dos adultos normais. v Afebril: Síndrome de Budd Chiari Aguda.
o A esplenomegalia é oito vezes mais provável quando o baço é v Hepatomegalia Crônica
palpável. o Febril: Leishmaniose Visceral; Doença de Still; Brucelose;
o A ponta de baço, mostrada adiante, é percebida durante a Malária; Enterobacteriose Septicêmica Prolongada; LES.
palpação profunda, logo abaixo do rebordo costal esquerdo. v Afebril: Doença de Castleman; Síndrome de Budd Chiari;
Histiocitose de Langerhans; Esquistossomose; Doença de Gaucher;
POEMS; Amiloidose; Sarcoidose; Doença de Wilson.