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Manifestação incomum de

Leishmaniose Tegumentar
Americana
Aline Palitot Santana, Alberto Eduardo Cox Cardoso, Everson José dos Santos Leite,
Alberto Eduardo Oiticica Cardoso, Iris Sampaio Costa Ferreira, Marcelo Magalhães da
Silveira Neto, Ana Carolina Carneiro de Albuquerque, Gabriela Puziski Ferreira de Melo,
Clara Cristine Suassuna de Aquino, Natália Diniz Cavalcanti Melo, Tatiana Pergentino
Carvalho.

Hospital Universitário Professor Alberto Antunes – HUPAA/UFAL - Maceió-AL


HISTÓRIA CLÍNICA
Sexo feminino, 54 anos, sem comorbidades prévias. Apresentando
quatro lesões ulceradas em membros inferiores há mais de 8 anos,
sem lesões em mucosas.
Paracoccidioidomicose

Úlcera de Buruli
Pioderma Gangrenoso

Leishmaniose
Tegumentar

Úlcera tropical
EXAMES COMPLEMENTARES
Três biopsias das lesões, evidenciado apenas processo inflamatório
crônico ulcerado.

Dois testes de intradermorreação de Montenegro que foram negativos.

Prova terapêutica com Antimoniato de Meglumina por 10 dias com


posterior suspensão por não apresentar resposta.
EVOLUÇÃO
A paciente permaneceu por 3 anos utilizando apenas medicações
tópicas.

Posteriormente, a lesão foi novamente biopsiada observando-se


histiócitos contendo raras estruturas compatíveis com amastigotas:
EVOLUÇÃO
A reação em cadeia da polimerase (PCR) sequenciou a espécie
Leishmania (Viannia) brasiliensis, e o teste de Montenegro
permaneceu negativo.

DIAGNÓSTICO CONCLUSIVO:
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA.
TRATAMENTO
Após o diagnóstico confirmatório, a paciente foi internada para fazer
uso do Antimoniato de Meglumina na dose 30mg/Kg/dia por 37 dias
associado à Pentoxifilina 1200mg/dia, obtendo cura completa das
lesões.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA
A LTA constitui um problema de saúde pública no Brasil. Apresenta alta
incidência e ampla distribuição geográfica, como também possibilidade
de assumir formas que podem determinar lesões destrutivas,
desfigurantes e incapacitantes.

As diferentes manifestações clínicas nas formas tegumentares


compreendem alguns fatores, como a espécie de Leishmania
envolvida e a relação do parasito com seu hospedeiro. A LTA produz
amplo espectro de lesões, o que torna o diagnóstico clínico nem
sempre simples ou imediato.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA
Neste caso, a PCR mostrou-se útil na identificação do parasito,
permitindo diagnóstico preciso. A deteccção de seqüências de DNA
específicas de patógenos representa uma das mais importantes
contribuições da PCR na epidemiologia e na clínica de doenças
infecciosas.

Além disso, é importante ressaltar que, para o tratamento da paciente


foi feito uma dose de Antimoniato de Meglumina superior ao
recomendado em bula, associado a Pentoxifilina, esquema esse já
apresentado em alguns estudos.
OBRIGADA!

alinepalitot@hotmail.com

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