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PROFESSORA: NÚBIA
GRUPO D3 APG – S02 P02
PROBLEMA
OBJETIVOS:
PATOLOGIA
Várias cepas de T. cruzi foram identificadas. Essas cepas têm ciclos de transmissão e
distribuição geográficos parcialmente sobrepostos, mas não há evidência definitiva apoiando uma
associação de determinadas cepas com manifestações clínicas específicas ou com variação na
gravidade da doença. A raridade do envolvimento do trato digestivo ao norte da Bacia Amazônica
sugere que fatores específicos do parasita e do hospedeiro possam influenciar a evolução da
doença. A patogênese da doença de Chagas resulta de interações complexas entre o patógeno e
a resposta imunológica do hospedeiro. Muitas questões acerca da importância relativa dessas
interações, incluindo o papel de mecanismos autoimunes, ainda não foram respondidas. Após a
penetração local de tripomastigotos, os parasitas entram rapidamente na corrente sanguínea e se
espalham pelo corpo, infectando uma ampla gama de células nucleadas nas quais podem se
diferenciar em amastigotas (Fig. 222-1). A resposta imune inata desencadeada por mucinas e
DNA do parasita leva a uma resposta predominantemente de linfócitos T auxiliares 1. A produção
de várias citocinas pró-inflamatórias e a ativação de linfócitos T CD8+ reduzem a parasitemia a
um nível sub-patente dentro de 4 a 8 semanas, um ponto que marca o final da fase aguda.
TRATAMENTO DE SUPORTE
TRATAMENTO ESPECÍFICO
Adultos 5 mg/kg/dia
Crianças 5 -10 mg/kg/dia
Lactentes 10 mg/kg/dia
O Nifurtimox, droga que pode ser utilizada em casos de intolerância à droga anterior,
pode ser encontrado em comprimidos de 120mg e, de forma semelhante ao outro medicamento
(Beznidazol), deve ser usado em duas ou três tomadas diárias, por via oral, durante 60 a 90 dias.
A dose indicada também está relacionada à idade e peso do paciente:
AGENTE ETIOLÓGICO
VETORES
RESERVATÓRIOS
Exames Específicos
II. Exames Sorológicos: Têm utilidade complementar aos exames parasitológicos, e devem
sempre ser colhidos em casos suspeitos ou confirmados de DCA e enviados ao Laboratório
Central de Saúde Pública - LACEN. As metodologias utilizadas são a hemoaglutinação indireta
(HAI), a imunofluorescência indireta (IFI) e o método imunoenzimático (ELISA). A reação de
fixação de complemento (reação de Guerreiro-Machado) não é mais utilizada pelos laboratórios
da rede do Sistema Único de Saúde do Brasil. Ressalta-se que para a existência de evidência
clínico-epidemiológica aumenta o valor preditivo positivo das abordagens sorológicas abaixo:
• Anticorpos IgG: A confirmação de caso por pesquisa de IgG demanda duas coletas que
possibilitem comparar a soroconversão (passar de negativo para positivo no método) ou a
variação de três títulos sorológicos (IFI), com intervalo mínimo de 21 dias entre uma coleta e
outra; no entanto, não é favorável para o diagnóstico oportuno, especialmente para os casos
graves.
• Anticorpos IgM: método recentemente incorporado na rotina de poucos laboratórios de
referência no Brasil. Representa técnica complexa, de uso restrito. É mais útil na fase aguda
tardia, após pelo menos 30 dias de febre quando repetidos exames de pesquisa direta do parasito
forem negativos.
4. APONTAR OS ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E ENFATIZAR OS CUIDADOS DA SAÚDE
INDÍGENA DIRECIONADOS PARA O COMBATE DA DOENÇA CHAGÁSICA.
A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas integra a Política Nacional
de Saúde, compatibilizando as determinações das Leis Orgânicas da Saúde com as da
Constituição Federal, que reconhecem aos povos indígenas suas especificidades étnicas e
culturais e seus direitos territoriais.
A implementação da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas requer a
adoção de um modelo complementar e diferenciado de organização dos serviços - voltados para a
proteção, promoção e recuperação da saúde -, que garanta aos índios o exercício de sua
cidadania nesse campo. Para sua efetivação, deverá ser criada uma rede de serviços nas terras
indígenas, de forma a superar as deficiências de cobertura, acesso e aceitabilidade do Sistema
Único de Saúde para essa população. É indispensável, portanto, a adoção de medidas que
viabilizem o aperfeiçoamento do funcionamento e a adequação da capacidade do Sistema,
tornando factível e eficaz a aplicação dos princípios e diretrizes da descentralização,
universalidade, equidade, participação comunitária e controle social. Para que esses princípios
possam ser efetivados, é necessário que a atenção à saúde se dê de forma diferenciada, levando-
se em consideração as especificidades culturais, epidemiológicas e operacionais desses povos.
Assim, dever-se-á desenvolver e fazer uso de tecnologias apropriadas por meio da adequação
das formas ocidentais convencionais de organização de serviços.
DIRETRIZES
Para o alcance desse propósito são estabelecidas as seguintes diretrizes, que devem
orientar a definição de instrumentos de planejamento, implementação, avaliação e controle das
ações de atenção à saúde dos povos indígenas:
Organização dos serviços de atenção à saúde dos povos indígenas na forma de Distritos
Sanitários Especiais e Pólos-Base, no nível local, onde a atenção primária e os serviços de
referência se situam;
Preparação de recursos humanos para atuação em contexto intercultural;
Monitoramento das ações de saúde dirigidas aos povos indígenas;
Articulação dos sistemas tradicionais indígenas de saúde;
Promoção do uso adequado e racional de medicamentos;
Promoção de ações específicas em situações especiais;
Promoção da ética na pesquisa e nas ações de atenção à saúde envolvendo comunidades
indígenas;
Promoção de ambientes saudáveis e proteção da saúde indígena;
Controle social.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos
Indígenas. - 2ª edição - Brasília: Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2002.
Medicina interna de Harrison [recurso eletrônico] / J. Larry Jameson... [et al.] ; tradução: André
Garcia Islabão...[et al.] ; [revisão técnica: Ana Maria Pandolfo Feoli... [et al]. – 20. ed. – Porto
Alegre : AMGH, 2020.