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Palavras chave:
Oncologia; Sepse; Tratamento; Complicações; Diagnóstico
laboratorial; Prevenção
INTRODUÇÃO
¹Acadêmica do curso de Farmácia da Universidade de Caxias do Sul -UCS- Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
²Meste em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS- Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil
³ Mestre em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS- Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, Brasil
Instituição: Universidade de Caxias do Sul -UCS- Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
A mielossupressão desencadeada principalmente pela toxicidade dos
esquemas terapêuticos, pode influenciar uma série de desordem hematopoiéticas,
afetando a produção de hemácias, plaquetas e leucócitos.⁽²⁾ Os leucócitos, são os
mais propensos a estes agentes citotóxicos, por consequência ao seu curto tempo de
meia vida. Desta forma, logo após a administração de doses terapêuticas, estas
células em contato com estes agentes acabam não resistindo e entrando em
apoptose, o que pode levar a quadros de neutropenia.⁽¹׳³⁾
A neutropenia febril é uma importante complicação em pacientes com câncer e
em tratamento com quimioterapia, representando uma ocorrência comum e
potencialmente fatal a este grupo de pacientes, sendo considerada uma consequência
significativa de mielossupressão. É caracterizada por temperatura axilar superior a
38°C e pela contagem diferencial de menos de 1.500 neutrófilos /µL de sangue.⁽²׳⁴⁾
O risco de infecção nestes pacientes é elevado e pode levar a quadros de
bacteremia e sepse. Somente nos Estados Unidos mais de 60.000 pacientes por ano
são hospitalizados por neutropenia febril com índice de 6,8 % de mortalidade
relacionada à infecção.⁽⁵⁾
Desta forma, pela importância do tema no cenário atual, o objetivo deste
trabalho é explicar como ocorrem as infecções sistêmicas neste grupo de pacientes;
descrever os micro-organismos mais prevalentes nestas infecções; relatar os
principais exames que auxiliam no diagnóstico de sepse e citar cuidados essenciais
para prevenção destas infecções.
MATERIAL E MÉTODOS
Infecções sistêmicas
● Procedimentos invasivos
●Tratamento
●Imunocomprometimento ●Condições próprias da doença
Tabela 3. Relação de bactérias da microbiota humana que podem causar infecções no sítio
cirúrgico
Órgão/tecido Micro-organismos frequentes
Pele Estafilococos coagulase negativa, Streptococcus spp, S.aureus*
Cavidade oral Streptococcus do grupo viridans, Haemophilus spp
Vias aéreas superiores S.pneumoniae, S. pyogenes, Neisseria spp, H. influenza, S.aureus*
Intestino grosso e reto S. bovis, Enterococcus spp, E. coli, Enterobacter spp
Intestino delgado Enterococcus spp, E. coli, Enterobacter spp, Citrobacter spp
Trato geniturinário Candida spp, E. coli, Streptococcus spp.
Proteína C reativa
Medidas preventivas
H. Influenzae
V z f z .
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Keywords
Oncology; Sepsis; Treatment; Complications; Laboratory diagnosis and prevention
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Correspondência
Viviane Marques dos Santos
Rua Ignez Boff Mazotte, 1085 ap. 14 - Morada dos Alpes
95045 291 - Caxias do Sul, RS
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CURSO DE FARMÁCIA
CAXIAS DO SUL
2017
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
CURSO DE FARMÁCIA
CAXIAS DO SUL
2017
Caxias do Sul, 26 de junho de 2017.
Caro professor,
Atenciosamente,