Você está na página 1de 76

Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica

Caro(a) aluno(a),

Nessa aula trabalharemos os assuntos Farmácia Clínica e Atenção


Farmacêutica. Trata-se de um tema extremamente amplo, portanto, serão
enfocados os tópicos mais “concursáveis”, ok?
Além dos aspectos teóricos, também trabalharemos na íntegra dois marcos
legais da Farmácia Clínica no Brasil: Resolução 585/13 (trata das atribuições
clínicas farmacêuticas) e Resolução 586/13 (trata da Prescrição Farmacêutica),
já que, cada vez mais tais normativas têm sido cobradas em provas.
E então, vamos lá?

DEFINIÇÕES

Antes de tudo, é extremamente importante que você, concurseiro, tenha as


definições de Assistência Farmacêutica, Atenção Farmacêutica e Farmácia
Clínica muito claras. Por quê? Pois tais conceitos são amplamente cobrados em
provas. E o que as questões adoram? Trocar um conceito pelo outro.

Você pode estar se perguntando: Ué, o tema da aula não é Farmácia Clínica e
Atenção Farmacêutica? Por que o conceito de Assistência Farmacêutica
também será estudado?

Você verá que a Atenção Farmacêutica é um modelo de prática que se


desenvolve no contexto da Assistência Farmacêutica. A Assistência
Farmacêutica trata-se de um conjunto de ações e a Atenção Farmacêutica é
desenvolvida nesse contexto. Portanto, é extremamente importante conseguir
diferenciar Assistência e Atenção Farmacêutica.

Incialmente, vejamos o conceito de ASSISTÊNCIA Farmacêutica.


ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e


recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento
como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional.

Este conjunto envolve:

A Produção De
A Pesquisa O Desenvolvimento Medicamentos E
Insumos

Sua Seleção, Programação, A Garantia Da


Aquisição, Distribuição, Qualidade Dos Produtos
Dispensação E Serviços

Acompanhamento E Avaliação De Sua Utilização, Na Perspectiva Da


Obtenção De Resultados Concretos E Da Melhoria Da Qualidade De
Vida Da População

Perceba que a Assistência Farmacêutica trata-se de um conceito amplo, que


envolve um conjunto de ações que findam por ter como objetivo o ACESSO e
o USO RACIONAL.

Vejamos agora o conceito de ATENÇÃO Farmacêutica.


ATENÇÃO FARMACÊUTICA

• É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da


Assistência Farmacêutica.

• Compreende:

atitudes

valores éticos

comportamentos
- na prevenção de doenças,
habilidades
- promoção e recuperação da saúde,
compromissos • de forma integrada à equipe de saúde.
comportamentos

Co-respon-
sabilidades

• É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando:


o uma farmacoterapia racional e
o a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados
para a melhoria da qualidade de vida.

• Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos:


o Respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais;
o Sob a ótica da integralidade das ações de saúde.
Percebeu a diferença? Trata-se de um conceito direcionado a uma PRÁTICA
farmacêutica (de interação com o usuário) e não a um conjunto de ações (como
o conceito de assistência farmacêutica).
Agora que já vimos os conceitos de Assistência Farmacêutica e Atenção
Farmacêutica, vejamos a definição de FARMÁCIA CLÍNICA.

FARMÁCIA CLÍNICA

Área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de


medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de
forma a:

Otimizar A Promover Saúde E


E Prevenir Doenças
Farmacoterapia Bem-estar

Outra definição para Farmácia Clínica é:

“Ciência da Saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante aplicação do


conhecimento e funções relacionados ao cuidado dos pacientes, que o uso
dos medicamentos seja seguro e apropriado”.
Perceba que os termos Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica guardam
entre si uma proximidade muito grande. A Atenção Farmacêutica (prática
profissional) é uma consequência do desenvolvimento da Farmácia Clínica
(ciência da saúde) e está amplamente ligada à mesma, uma vez que tem nela
sua origem. Tanto é assim, que os farmacêuticos que exercem Atenção
Farmacêutica são chamados de Farmacêuticos Clínicos.

Agora que já vimos as 3 definições, note que a Assistência Farmacêutica, por


tratar-se de um conjunto amplo de ações , que vai desde a pesquisa até a
utilização do medicamento, é de responsabilidade de todos e de cada um dos
membros da equipe de profissionais envolvidos direta ou indiretamente com o
uso de medicamentos na sociedade, ou seja, trata-se de uma atividade
multiprofissional.
As atividades de Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica fazem parte das
ações da Assistência Farmacêutica, enquanto atividades especializadas,
sendo realizadas pelo farmacêutico.

Atenção
Assistência
Farmacêutica e
Farmacêutica
Farmácia Clínica

Responsabilidade: Responsabilidade:
Farmacêutico Multiprofissional

(2015-IBFC-MCG) - O conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e


recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o
medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao uso racional,
está relacionado à definição de:

a) Interdisciplinaridade.
b) Atenção Farmacêutica.
c) Assistência Farmacêutica.
d) Práticas Integrativas e Complementares.

COMENTÁRIOS: Perceba que temos aqui a definição de Assistência


Farmacêutica (alternativa C). Uma forma simples de identificar esse conceito é
pelo início da frase: “conjunto de ações”. Lembre-se que a Assistência
Farmacêutica trata-se de um conjunto de ações que vão desde a pesquisa,
passando pela produção, seleção, dispensação chegando até à avaliação do
uso. Já a Atenção Farmacêutica (alternativa B) trata-se de um modelo de
prática farmacêutica. As alternativas A e D dispensam comentários, certo? Rs
GABARITO: C

(2016- Máxima- Pref. Fronteira/MG) - Em relação à Atenção farmacêutica


assinale a alternativa que NÃO condiz com a prática:

a) É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal


beneficiário das ações do farmacêutico.
b) São atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as
ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de
medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a
conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos
medicamentos.
c) A atenção é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos
compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos
conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades do farmacêutico na
prestação da farmacoterapia.
d) Tem como objetivo alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na
qualidade de vida do paciente.

COMENTÁRIOS: Note que a questão pede a alternativa ERRADA. Trata-se de


uma questão passível de ser resolvida unicamente tendo o conceito de Atenção
Farmacêutica bem sedimentado. Lembre-se: A Atenção Farmacêutica trata-se
de um modelo de prática na qual há uma interação direta com o paciente e que
tem como objetivo alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e
qualidade de vida do paciente. Qualquer menção a atividades que se desviem
disso (como: abastecimento, produção, pesquisa, etc) não correspondem a
Atenção Farmacêutica (e sim a Assistência Farmacêutica).
Assim, perceba que as alternativas A, C e D estão corretas.
A alternativa B está ERRADA, sendo o gabarito da questão, uma vez que cita
atividades da ASSISTÊNCIA farmacêutica: abastecimento, controle de
qualidade e conservação.
GABARITO: B

(2009 – UFPR- Residência Multiprofissional) - Considerando aspectos


conceituais e filosóficos da assistência farmacêutica, farmácia clínica e
atenção farmacêutica, assinale a alternativa correta.

a) O conceito de atenção farmacêutica direciona o exercício profissional do


farmacêutico para o entendimento dos medicamentos, particularmente com
relação aos aspectos de qualidade do produto, seu foco de atenção principal.
b) A atenção farmacêutica pode ser considerada historicamente uma
consequência do desenvolvimento da farmácia clínica e está amplamente ligada
a ela, uma vez que tem nela sua origem.
c) A assistência farmacêutica consiste no acompanhamento criterioso do uso de
medicamentos, com o objetivo de obter resultados positivos da terapêutica
farmacológica.
d) Durante a etapa considerada “tradicional” da história da profissão
farmacêutica no século XX, o papel central do farmacêutico comunitário consistia
em dispensar medicamentos industrializados, associando ou não esta ação a
orientações ao paciente.

COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada uma das alternativas:


A- ERRADA- Foco da Atenção Farmacêutica: paciente e não o medicamento.
B- CORRETA
C-ERRADA- Assistência Farmacêutica: conjunto de ações que vão desde a
pesquisa até a avaliação do uso. A questão traz uma característica da Atenção
Farmacêutica (atividade especializada).
D-ERRADA- No século XX, a farmácia passou por três grandes períodos:
o o tradicional, o de transição e o de cuidado do paciente.
- Fase tradicional as principais funções do farmacêutico eram a obtenção, o
preparo e a avaliação dos produtos medicamentosos (existia a figura do
boticário). Posteriormente, com o início das indústrias: farmacêuticos- meros
dispensadores de produtos pré-fabricados (profissionais frustrados).
- Fase de Transição: Inicia-se uma nova disciplina: a Farmácia Clínica.
- Fase de Cuidado de Paciente: Marcado pela definição da responsabilidade
do farmacêutico para com o paciente.
GABARITO: B
PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS (PRM) E
RESULTADOS NEGATIVOS ASSOACIADOS AO MEDICAMENTO (RNM)

Caro aluno, de maneira geral, a Atenção Farmacêutica trata-se uma


abordagem do farmacêutico diante do paciente e equipe de saúde, na qual o
foco principal do trabalho muda do medicamento para o paciente, e o
farmacêutico assume o compromisso e a responsabilidade sobre a
farmacoterapia do paciente.

Na prática, a Atenção Farmacêutica propõe que farmacêutico contribua com os


objetivos da farmacoterapia na identificação, prevenção e resolução de
Problemas Relacionados a Medicamentos (PRMs), impedindo, assim,
Resultados Negativos a Medicamentos (RNM).

Vejamos esse conceito:

PRM RNM

Aquelas situações que, no


processo de uso de Resultado em saúde do paciente
medicamentos, causam ou não adequado ao objetivo da
podem causar o aparecimento farmacoterapia e associados ao
de um Resultado Negativo uso ou falha no uso de
Associado ao Medicametno medicamentos.
(RNM)
Para concursos, é necessário que saibamos 2 classificações de PRMs: Cipole
(Minessota – utilizado no método PWDT) e 3º Consenso de Granada (utilizado
no método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico)
Não se preocupe: veremos detalhes de cada método de seguimento
farmacoterapêutico na próxima seção dessa aula.
Na classificação proposta por Cipole (Minessota), utilizada no método PWDT
de seguimento farmacoterapêutico, os PRM são classificados em 7 tipos, sendo
relacionados à indicação, efetividade, segurança e adesão.

PRMS: Cipole e Colaboradores (PWDT)

INDICAÇÃO

PRM 1- Uso de medicamento NÃO necessário

PRM 2-Paciente necessita de um medicamento para tratar/prevenir

EFETIVIDADE

PRM 3-Farmacoterapia NÃO é efetiva

PRM 4-Farmacoterapia é insuficiente (sub-dose)

SEGURANÇA

PRM 5-Farmacoterapia causa Reação Adversa ao Medicamento.

PRM 6- Farmacoterapia resulta em altas doses

CUMPRIMENTO

PRM 7-Paciente não adere


Já segundo a classificação proposta no 3º Consenso de Granada (2006),
utilizado no Método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico, os PRMs
compõem uma lista que não é exaustiva e nem excludente (pelo menos 13
PRM) e classifica os RNMs em 6 categorias.

Lista de PRM (Consenso de Granada, 2006)

• Administração errônea do medicamento;


• Características pessoais;
• Conservação inadequada;
• Contraindicação;
• Dose, pauta, e/ou duração inadequada;
• Duplicidade;
• Erros de dispensação;
• Erros de prescrição;
• Não adesão;
• Interações;
• Outros problemas de saúde que afetam o tratamento;
• Probabilidade de efeitos adversos;
• Problemas de saúde insuficientemente tratados;

RNM segundo o Terceiro Consenso de Granada (Dáder)

NECESSIDADE
o Problema de saúde não tratado;
o O paciente sofre de um problema de saúde associado ao fato de
não receber um medicamento de que necessita.
o Efeito de medicamento não necessário.
o O paciente sofre de um problema de saúde associado ao fato de
receber um medicamento de que não necessita.

EFETIVIDADE
o Inefetividade não quantitativa
o O paciente sofre de um problema de saúde associado a uma
inefetividade não quantitativa do medicamento (Ex: ATB mal
selecionado que não apresenta efetividade).
o Inefetividade quantitativa
o O paciente sofre de um problema de saúde associado a uma
inefetividade quantitativa do medicamento (Ex: sub-dose).

SEGURANÇA
o Insegurança não quantitativa
o Ex: reações adversas, alergias, interações, etc;
o Insegurança quantitativa
o Ex: efeito nocivo por dose tóxica, nefropatia, hepatopatia.

(2016-CESGRANRIO – UNIRIO)- O Método Dáder e o PWDT (Pharmacist’s


Workup of Drug Therapy) ou Projeto Minnesota de Atenção Farmacêutica
(Minnesota Pharmaceutical Care Project) são ferramentas frequentemente
utilizadas na prática da atenção farmacêutica. Uma das diferenças entre
esses métodos está na abordagem dos PRM (Problemas Relacionados a
Medicamentos), de modo que, para a abordagem do Método Dáder, o III
Consenso de Granada sobre PRM e Resultados Negativos Associados à
Medicação (RNM) listou pelo menos 13 possíveis categorias de PRM. Por
outro lado, no PWDT trabalha-se com a possibilidade de classificação dos
PRM em:

(A) 2 categorias
(B) 5 categorias
(C) 7 categorias
(D) 9 categorias
(E) 11 categorias
COMENTÁRIOS: Não se preocupe quanto aos métodos de Seguimento
Farmacoterapêutico, pois veremos detalhes de cada método na próxima seção
de nossa aula.
Nesse momento é importante que você identifique a importância de entender e,
por conseguinte decorar as classificações de PRM/RNM segundo cada uma das
classificações. Lembre-se das classificações:

Consenso de Granada Cipole (usado em


(usado em Dáder) PWDT/ Minessota)

ao menos
6 PRM
13 PRM

7 PRM

GABARITO: C

(2016-CESGRANRIO – UNIRIO) Aplicando-se o Método Dáder na prática da


atenção farmacêutica e considerando-se as definições do 3o Consenso de
Granada sobre Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM) e
Resultados Negativos Associados à Medicação (RNM), um paciente em
tratamento profilático de trombose venosa, utilizando varfarina sódica 5
mg VO 4 vezes por semana e que apresenta sangramento na gengiva e no
nariz está sofrendo um RNM do tipo:

(A) efeito de medicamento não necessário


(B) inefetividade quantitativa
(C) inefetividade não quantitativa
(D) segurança quantitativa
(E) segurança não quantitativa

COMENTÁRIO: Perceba que o paciente está sofrendo um dano pelo uso do


medicamento. Logo, temos um problema de Segurança. Usando raciocínio
clínico, facilmente podemos associar esse evento adverso à dosagem. Ora,
varfarina trata-se de um anticoagulante, logo, com aumento de dose aumenta o
risco de sangramento. Temos aqui, um RNM de segurança quantitativa.
GABARITO: D
SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO

Dentre as atividades da atenção farmacêutica, o Seguimento


Farmacoterapêutico é considerado a prática de maior grau de efetividade na
busca de resultados positivos de saúde envolvendo medicamentos.

Assim, o Seguimento Farmacoterapêutico (ST) é um MACROCOMPONENTE


da Atenção Farmacêutica, sendo definido como:

Seguimento Farmacoterapêutico

Processo no qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do


usuário relacionadas ao medicamento, por meio da PREVENÇÃO,
DETECÇÃO e RESOLUÇÃO de problemas relacionados aos medicamentos
(PRM), de forma sistemática, contínua e documentada, com o objetivo de
alcançar resultados definidos, buscando a melhoria da qualidade de vida do
usuário.

Para a realização do Seguimento Farmacoterapêutico é necessário a integração


do farmacêutico na equipe interdisciplinar de saúde.

Veremos agora as principais metodologias para a realização do Seguimento


Farmacoterapêutico.

METODOLOGIAS DE SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO

1. SOAP (Subjetivos, Objetivos, Avaliação, Plano)

Método amplamente empregado por profissionais de saúde. Ponto positivo:


entendimento por qualquer profissional.
• S – São colhidas informações subjetivas (relacionamento do paciente com
medicamentos);
• O – São colhidas informações objetivas (sinais vitais, exames
laboratoriais);
• A- Com base nas informações (S, O) identifica-se suspeitas de PRM e
investiga como solucioná-los e quais Intervenções Farmacêuticas podem
ser adotadas;
• P- Apresentação ao paciente -> estabelecimento de um acordo.

Ponto diferencial:
o Não necessita de formulário específico => exige mais experiência;

Ponto positivo:
o Simplificação de documentação e registro;

Ponto negativo:
o Dificuldade consultas posteriores ou análises do plano proposto dentro de
uma maneira estruturada e lógica => motivo: método foi desenvolvido
para o diagnóstico médico.

2. PWDT (Pharmacist Workup of Drug Theray)

• Foi desenvolvido em Minnesota;


• Uso em farmácias comunitárias para qualquer paciente;
• Utiliza a classificação de PRM/RNM de Cipole (13 RNM e 7 PRM);
• Objetivos:
o Avaliar a necessidade do paciente referente a medicamentos e
instauração de ações, segundo recursos disponíveis para suprir
aquelas necessidades;
o Realização de seguimento para determinar os resultados obtidos
Etapas:

1. Avaliação

3. Monitorização e
2. Desenvolvimento de
acompanhamento da
um plano de cuidado
evolução do paciente

- Avaliação:
o Realizada por meio de uma entrevista clínica com um formulário e
perguntas padronizadas, para coletar informações sobre os
medicamentos em uso, problemas de saúde, outros hábitos de vida e
revisão de órgãos e sistemas. Nessa fase é possível identificar PRMs que
interfiram na terapia.

- Plano de Cuidado – Resolução do PRM + estabelecimento de objetivos;

- Monitorização e Acompanhamento – monitorização do plano de ação.


Nesse processo de seguimento 7 passos são fundamentais:
1. Coletar e interpretar informações relevantes com finalidade de determinar
se há PRM;
2. Identificar PRM;
3. Descrever os objetivos terapêuticos desejados;
4. Descrever as alternativas terapêuticas possíveis e disponíveis;
5. Selecionar e individualizar o tratamento mais adequado;
6. Implementar a decisão terapêutica sobre o uso de medicamentos;
7. Delinear o plano de monitorização para alcançar o resultado terapêutico
desejado.
Esse método facilita a aprendizagem da realização do seguimento
farmacoterapêutico- – documentação mais estruturada.

Ponto positivo:
o Planejamento dos cuidados muito bem desenvolvidos.

3. TOM (Monitorização de Resultados Terapêuticos)


• Desenvolvido na Flórida – É voltado para doenças específicas.
• Prática em nível comunitário (É derivado do PWDT, levando em
consideração os achados de Lawrece Weed).

• 6 Passos:
1. Coleta, interpretação e registro das informações relevantes,
identificando os problemas farmacêuticos potenciais.
2. Identificação dos objetivos específicos de cada prescrição (se
necessário contatar o prescritor);
3. Avaliação da plausibilidade do plano terapêutico;
4. Desenvolvimento do plano de monitorização;
5. Dispensação do medicamento (verificando o entendimento
do paciente);
6. Implantação do plano de monitorização - etapa onde é colocado
em prática o plano de monitoração, com agendamento de novo
encontro.

Ponto positivo:
o Mede a qualidade de vida e os resultados terapêuticos do paciente.

4. METODOLOGIA DÁDER
• Desenvolvido em Granada;

• Segue as diretrizes do PWDT, procurando tornar mais factível a coleta


de dados do paciente e possibilitar MAIS TEMPO para análise dos
dados e aprendizagem.
• Trata-se de um procedimento operacional simples que permite
realizar o SFT a qualquer paciente, em qualquer âmbito assistencial e
avaliar os efeitos da farmacoterapia de forma simples e clara.

• Utiliza a classificação de PRM do Terceiro Consenso de Granada (6


tipos de PRM);

• Fundamenta-se na obtenção de informações sobre os problemas de


saúde e da farmacoterapia do paciente;

• Permite elaborar a história farmacoterapêutica.

• É composto de 7 FASES:

1. Oferta do Serviço

2. Entrevista Farmacêutica (1ª entrevista)

3. Análise Situacional (Estado Situacional)

4. Fase de Estudo

5. Fase de Avaliação

6. Fase de Intervenção (plano de atuação)

7. Entrevistas Farmacêuticas Sucessivas (Resultado da Intervenção)

1. Oferta do Serviço ao paciente


o Consiste em explicar ao paciente, de forma clara e concisa, o
atendimento que vai receber, expondo os objetivos e
características.
2. Primeira entrevista
o Consiste em obter a informação inicial do paciente.
o É composta de 3 fases:

A. Preocupações e
C. Revisão Geral
problemas de B. Medicamentos
por Sistemas
Saúde

A. Preocupações e problemas de Saúde


Consiste em uma pergunta aberta que pretende indagar sobre as
preocupações de saúde do paciente.

B. Medicamentos
Faz-se a revisão de medicamentos usados realizando uma série
de questionamentos ao paciente que permitem que o farmacêutico
avalie a adesão, a efetividade e a segurança da farmacoterapia.

C. Revisão Geral por Sistemas


Consiste em realizar uma série de perguntas sobre o
funcionamento ou estado do organismo, por aparelhos e sistemas,
desde a cabeça até os pés.

3. Estado de Situação
o Permite visualizar o panorama da saúde e do tratamento em distintos
momentos do tempo e avaliar os resultados da farmacoterapia.

4. Fase de Estudo
o Tem por objetivo buscar as melhores evidências científicas
disponíveis sobre os problemas de saúde e os medicamentos com
base na situação clínica do paciente.
5. Fase de avaliação
o Tem como objetivo identificar os resultados negativos associados
ao medicamento que o paciente apresenta e as suspeitas de
RNMs.
o Essa identificação ocorre de maneira sistemática: Para cada
medicamento ou grupo de medicamento são avaliados:
necessidade, efetividade e segurança.
o O resultado desse processo gera uma lista com as suspeitas de
RNMs.

6. Fase de intervenção
o Momento em que o paciente volta para a consulta e o farmacêutico,
então, elabora e dá início ao plano de atuação em acordo com o
paciente.
o O plano de ação deve ser elaborado em CONJUNTO com o paciente
e não para o paciente, negociando as intervenções ou atividades que
o farmacêutico empreenderá.

7. Entrevistas Farmacêuticas Sucessivas (Resultado da


Intervenção).
o Fecham o processo de seguimento do paciente, tornando-o cíclico;
o A partir desse momento, o SFT só finaliza quando o paciente ou o
farmacêutico decidem abandoná-lo.

Pontos Positivos:

o Facilita a aprendizagem da realização do seguimento farmacoterapêutico


– documentação mais estruturada – maior tempo das entrevistas;
o Método com MAIOR TEMPO para avaliação das informações => análise
mais criteriosa da literatura.
Na tabela abaixo é possível visualizar as principais diferenças entre as 4
metodologias para realização do Seguimento Farmacoterapêutico.
Minessota
Dáder SOAP TOM
(PWDT)
Etapas 9 3 4 6
mede a qualidade
Planejamento
de vida e os
Ponto Maior tempo dos cuidados Simplificação
resultados
Positivo para estudo muito bem de registros
terapêuticos do
desenvolvidos
paciente

(2014-COPESE–SMS/Pref. Timon/MA) - “Paralelamente, a detecção, a


prevenção e a resolução de Problemas Relacionados a Medicamentos
exigem do farmacêutico outro tipo de atividade – a análise rigorosa e isenta
das informações sobre medicamentos e doença, buscando diminuir a
morbidade relacionada aos mesmos” (STORPIRTIS, 2011, p. 364). Com
relação aos métodos em seguimento farmacoterapêutico de pacientes,
marque a opção CORRETA.

(A) O método DADER tem como ponto negativo o pouco tempo disponível para
uma análise criteriosa da literatura disponível.
(B) No método SOAP (Subjetivos, Objetivos, Avaliação e Plano), as informações
são registradas como texto livre e não são codificadas ou padronizadas.
(C) O método de monitorização de resultados terapêuticos (TOM) pode ser
aplicado a todas as patologias, apresentando um formulário único.
(D) O método de estudo farmacêutico da Terapia Farmacológica (PWDT) deve
ser aplicado a pacientes com patologias específicas.
(E) O método DADER deve ser utilizado por qualquer profissional de saúde que
atuem em ambiente comunitário ou hospitalar

COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada uma das alternativas separadamente.


Grifarei em vermelho os termos incorretos corrigindo-os por termos em azul:
A- ERRADA- O método DADER tem como ponto negativo (POSITIVO) o pouco
(MUITO) tempo disponível para uma análise criteriosa da literatura disponível.

B- CORRETA

C- ERRADA- O método de monitorização de resultados terapêuticos (TOM)


pode ser aplicado a todas as patologias (patologias específicas),
apresentando um formulário único.

D- ERRADA- O método de estudo farmacêutico da Terapia Farmacológica


PWDT (TOM) deve ser aplicado a pacientes com patologias específicas

E- ERRADA- O método DADER deve ser utilizado por qualquer profissional


de saúde (profissional farmacêutico) que atuem em ambiente comunitário ou
hospitalar.
Lembre-se: o seguimento farmacoterapêutico trata-se de um componente da
Atenção Farmacêutica (atividade especializada da assistência farmacêutica, que
deve ser realizada por farmacêutico).

GABARITO: B
FARMÁCIA CLÍNICA NO CONTEXTO HOSPITALAR

É importante esclarecer que a prática da atenção farmacêutica NÃO se restringe


ao ambiente hospitalar, podendo ser realizado nos 3 níveis de atenção à saúde.
Enfocaremos aqui a farmácia clínica no contexto hospitalar, uma vez que, alguns
concursos cobram essa temática dentro do tema Farmácia Hospitalar, ok?

Os serviços farmacêuticos tradicionais concentram-se na dispensação e na


aquisição, armazenamento e controle de estoque de medicamentos. Nessa
situação, os relacionamentos interprofissionais dos farmacêuticos são limitados
pela localização física da prática profissional: as áreas de atendimento ao
paciente, para médicos e enfermeiros, e a farmácia hospitalar, para
farmacêuticos. Como consequências destes tipos de serviços farmacêuticos e
de relações interprofissionais citam-se:

1. alta incidência de erros de medicação;

2. alta incidência de reações adversas a medicamentos;

3. alta incidência de interações medicamentosas;

4. incompatibilidades em misturas intravenosas;

5. iatrogenias;

6. subutilização de recursos humanos;

7. desperdício de medicamentos;

8. altos custos de medicamentos no hospital.

Assim, sem a existência de serviços farmacêuticos clínicos no hospital, as


expectativas do paciente de receber farmacoterapia segura, correta, eficaz e
eficiente, ao menor custo possível, dificilmente serão satisfeitas.
A implementação de serviços farmacêuticos clínicos no hospital possibilita:

aumento da
segurança

aumento da
aumento da
qualidade da
eficiência hospitalar
atenção ao paciente

redução de custos

As atividades clínicas práticas exercidas por farmacêuticos no âmbito de


programas de Farmácia Clínica são:

1. interpretar, questionar e validar prescrições médicas;

2. monitorar a farmacoterapia dos pacientes;

3. gerenciar farmacoterapias específicas (tais como tratamentos com

aminoglicosídeos, heparina e nutrição parenteral);

4. fornecer consultoria farmacocinética;

5. exercer atividades de farmacovigilância;

6. fornecer educação sanitária aos pacientes;

7. fornecer informações sobre medicamentos;

8. entrevistar o paciente;

9. participar de visitas clínicas;

10. conduzir estudos de utilização de medicamentos;


11. participar de pesquisas clínicas.

Essas atividades podem ser realizadas por meio de dois modelos: o modelo
generalista e o modelo especialista.

• Farmacêuticos que trabalham na farmácia


Modelo central ou em farmácias satélites dedicam
uma parte de seu tempo às atividades
generalista clínicas na unidade de atendimento ao
paciente

• Serviços são prestados por farmacêuticos


Modelo clínicos descentralizados que trabalham
especialista durante todo o tempo na unidade de
atendimento ao paciente

Os serviços farmacêuticos clínicos hospitalares podem ser classificados em 4


classes de complexidade crescente e de exigência crescente de
especialização:

Classe I Classe II

• Considerados fundamentais na • Incluem atividades em que é


implementação; necessária a interação com o
• Não estabelecem foco em paciente:
nenhum paciente em particular
• São serviços que envolvem • obtenção de histórico
programas hospitalares medicamentoso;
relacionados à seleção da • aconselhamento de alta;
farmacoterapia, monitorização • programas de educação
terapêutica e educação: sanitária de pacientes
• atividades na CFT; sistema de
monitorização de Erros; sistema
de registro de RAM; Estudos de
Uso de medicamentos;
educação continuada.
Classe III Classe IV

• Incluem serviços mais formais e • Seviços clínicos mais especializados,


estruturados, com foco em grupos que exigem profissionais altamente
específicos de pacientes ou em treinados em uma área específica,
classes de fármacológica. com conhecimentos de
farmacoterapia e fisiopatologia
• Objetivo: melhoria da qualidade da para doenças ou tipos de pacientes
farmacoterapia por meio de específicos.
educação de prescritores e
pacientes: • São serviços farmacêuticos
• centros de informação de altamente especializados em:
medicamentos; • UTI;
• farmacocinética clínica; • Emergência;
• equipes de suporte nutricional; • • transplantes;
pesquisa clínica; clínica de adesão • hematooncologia.
à farmacoterapia,

Os pré-requisitos para a implementação de um Programa de Farmácia Clínica


no âmbito hospitalar podem ser divididos em Primários e Secundários.

Pré-Requisitos Primários Pré-Requisitos Secundários

• Visão Gerencial; • Centro de Informação sobre


• Tempo para a prática clínica; Medicamentos;
• Relacionamento
interprofissional; • Serviço de Farmacocinética
• Sistema de Distribuição de Clínica.
Medicamentos:
• Ideal: Dose Unitária
• Aceitável: Individualizado

Finalizamos aqui esse primeiro momento de nossa aula. A seguir, apresentarei


na íntegra, de forma esquematizada e comentada, duas legislações que são
marcos das atividades clínicas do farmacêutico no Brasil. Vamos lá?
RESOLUÇÃO CFF 585/13
Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras
providências

Art. 1º e Parágrafo Único - Essa resolução regulamenta as atribuições


clínicas do farmacêutico. Tais atribuições são prerrogativa do farmacêutico
legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia de sua
jurisdição.

Para prática da prescrição farmacêutica há necessidade de que o farmacêutico


seja habilitado e registrado no CRF.

Art. 2º-As atribuições clínicas do farmacêutico VISAM:

A promoção além da prevenção de doenças

da saúde e de outros problemas de


proteção
saúde.
e recuperação

As atribuições clínicas do farmacêutico VISAM:

com o
de forma a: propósito de
proporcionar - promover o alcançar
cuidado ao uso racional de resultados
paciente, medicamentos definidos que
família e e melhorem a
comunidade - otimizar a qualidade de
farmacoterapia vida do
paciente

Art. 3º No âmbito de suas atribuições, o farmacêutico presta cuidados à saúde,


em todos os lugares e níveis de atenção, em serviços públicos ou privados.
Perceba que a normativa não delimita um único local/nível de atenção para que
atribuições clínicas sejam realizadas. Pelo contrário, a resolução especifica que
em TODOS os locais (farmácias, drogarias, etc) e TODOS os níveis de atenção
(primário, secundário e terciário) podem ser exercidas atribuições clínicas.

Art. 4º - O farmacêutico exerce sua atividade:

baseado em princípios
com autonomia e valores bioéticos e
profissionais

por meio de processos de trabalho, com padrões


estabelecidos e modelos de gestão da prática.

Art. 5º - As atribuições clínicas do farmacêutico estabelecidas nesta resolução:

• Visam: atender às necessidades de saúde do paciente, da família, dos


cuidadores e da sociedade, e

• São exercidas: em conformidade:


o com as políticas de saúde,
o com as normas sanitárias e
o com as normas da instituição à qual esteja vinculado.

Art. 6º - O farmacêutico, no exercício das atribuições clínicas, tem o dever de


contribuir para a geração, difusão e aplicação de novos conhecimentos que
promovam a saúde e o bem-estar do paciente, da família e da comunidade.
DAS ATRIBUIÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO

Nesse momento a resolução divide as atribuições clínicas do farmacêutico em


3 âmbitos:

Gestão da prática,
Comunicação e
produção e
Cuidado à saúde educação em
aplicação do
saúde.
conhecimento

Vejamos cada uma delas.

Art. 7º- São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à saúde,


nos âmbitos individual e coletivo:

I – Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrado no paciente;

A própria RDC define cuidado centrado no paciente como sendo:

Relação humanizada que envolve o respeito às crenças, expectativas,


experiências, atitudes e preocupações do paciente ou cuidadores quanto às
suas condições de saúde e ao uso de medicamentos, na qual farmacêutico e
paciente compartilham a tomada de decisão e a responsabilidade pelos
resultados em saúde alcançados.

II - Desenvolver, em colaboração com os demais membros da equipe de saúde,


ações para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção de
doenças e de outros problemas de saúde;

III - Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para que o


paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita:
• nas doses, frequência, horários, vias de administração e duração
adequados,
• contribuindo para que o mesmo tenha condições de realizar o tratamento
e alcançar os objetivos terapêuticos;

A RDC define o conceito de Uso Seguro de Medicamentos. Vejamos:

• Inexistência de injúria acidental ou evitável


durante o uso dos medicamentos.
Uso Seguro de • O uso seguro engloba atividades de prevenção
Medicamentos e minimização dos danos provocados por
eventos adversos, que resultam do processo
de uso dos medicamentos

IV – Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e


técnicos;

V – Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a


outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção,
adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente;

Vajamos os conceitos de Intervenção Farmacêutica e Parecer Farmacêutico.

Intervenção Farmacêutica Parecer Farmacêutico

• Ato profissional planejado, • Documento emitido e assinado


documentado e realizado pelo pelo farmacêutico, que contém
farmacêutico, com a finalidade manifestação técnica
de: fundamentada e resumida
sobre questões específicas no
• otimização da âmbito de sua atuação.
farmacoterapia,
• O parecer pode ser elaborado
• promoção, proteção e da como resposta a uma consulta,
recuperação da saúde, ou por iniciativa do
• prevenção de doenças e de farmacêutico, ao identificar
outros problemas de saúde. problemas relativos ao seu
âmbito de atuação
VI – Participar e promover discussões de casos clínicos de forma integrada
com os demais membros da equipe de saúde;

VII - Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em


outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento;

•atendimento realizado pelo farmacêutico ao paciente,


respeitando os princípios éticos e profissionais, com a
Consulta finalidade de:
• obter os melhores resultados com a farmacoterapia e
Farmacêutica •promover o uso racional de medicamentos e de outras
tecnologias em saúde.

• Lugar de trabalho do farmacêutico para


atendimento de pacientes, familiares e cuidadores,
onde se realiza com privacidade a consulta
farmacêutica.
Consultório • Pode funcionar de modo autônomo ou como
Farmacêutico dependência de hospitais, ambulatórios,
farmácias comunitárias, unidades
multiprofissionais de atenção à saúde, instituições
de longa permanência e demais serviços de saúde,
no âmbito público e privado.

VIII - Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas,


com o propósito de prover cuidado ao paciente;

• Procedimento de coleta de dados sobre o


paciente, realizada pelo farmacêutico por
meio de entrevista.

Anamnese • Finalidade:
farmacêutica • conhecer sua história de saúde,
• elaborar o perfil farmacoterapêutico e;
• identificar suas necessidades
relacionadas à saúde.

IX - Acessar e conhecer as informações constantes no prontuário do


paciente;
X - Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente, a fim
de proceder à avaliação farmacêutica;

XI - Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional,


com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia;

Atenção com pegadinhas! O farmacêutico pode solicitar exames laboratoriais?


SIM, desde que sejam para monitoramento de terapia e NÃO para fins
diagnósticos/acompanhamento da patologia. Ex: O farmacêutico pode solicitar
INR para monitorar a terapia com varfarina? Sim! Pois sabemos que, para que a
terapia esteja sendo efetiva com o uso de varfarina o INR deve estar dentro de
uma faixa-alvo (geralmente entre 2 e 3), sendo necessários ajustes (aumento ou
diminuição de dosagem) para atingir esse alvo. E o farmacêutico pode solicitar
INR para finalidade diagnóstica de comprometimento hepático? NÃO!

XII - Avaliar resultados de exames clínico-laboratoriais do paciente, como


instrumento para individualização da farmacoterapia;

XIII - Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos, por meio de dados de


farmacocinética clínica;

XIV - Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins


de acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde;

XV - Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos


medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia;

Vimos a definição de incidente em nossa aula de farmacovigilância. Lembra-se.


A própria RDC traz a mesma definição:

• evento ou circunstância que poderia


Incidente ter resultado, ou resultou, em dano
desnecessário ao paciente

XVI - Identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas indesejadas


e clinicamente significantes;
XVII - Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente;

• planejamento documentado para a gestão clínica


das doenças, de outros problemas de saúde e da
terapia do paciente, delineado para atingir os
Plano de objetivos do tratamento.
• Inclui as responsabilidades e atividades
cuidado pactuadas entre o paciente e o farmacêutico, a
farmacêutico definição das metas terapêuticas, as intervenções
farmacêuticas, as ações a serem realizadas pelo
paciente e o agendamento para retorno e
acompanhamento

XVIII - Pactuar com o paciente e, se necessário, com outros profissionais da


saúde, as ações de seu plano de cuidado;

XIX - Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto:

• ao paciente,
• família,
• cuidadores e
• sociedade;

XX - Avaliar, periodicamente, os resultados das intervenções farmacêuticas


realizadas, construindo indicadores de qualidade dos serviços clínicos
prestados;

XXI - Realizar, no âmbito de sua competência profissional, administração de


medicamentos ao paciente;

XXII - Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de saúde quanto à


administração de formas farmacêuticas, fazendo o registro destas ações,
quando couber;

XXIII - Fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do paciente;


• registros efetuados pelo farmacêutico no
Evolução prontuário do paciente, com a finalidade de
documentar o cuidado em saúde prestado,
farmacêutica propiciando a comunicação entre os
diversos membros da equipe de saúde

XXIV - Elaborar uma lista atualizada e conciliada de medicamentos em uso


pelo paciente durante os processos de admissão, transferência e alta entre os
serviços e níveis de atenção à saúde;

Lista de medicamentos do paciente


• Relação completa e atualizada dos medicamentos em uso pelo
paciente, incluindo:
• os prescritos e
• os não prescritos
• as plantas medicinais
• os suplementos e
• os demais produtos com finalidade terapêutica

XXV - Dar suporte ao paciente, aos cuidadores, à família e à comunidade com


vistas ao processo de autocuidado, incluindo o manejo de problemas de
saúde autolimitados;

Problema de saúde autolimitado


• Enfermidade aguda:
• de baixa gravidade,
• de breve período de latência,
• que desencadeia uma reação orgânica a qual tende a cursar sem dano para o
paciente e
• que pode ser tratada de forma eficaz e segura com medicamentos e outros
produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição
médica, incluindo:
• medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou
dinamizados ;
• plantas medicinais, drogas vegetais; ou
• com medidas não farmacológica.
XXVI - Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua
competência profissional;

A Legislação específica referida é a RDC 386/13 – veremos mais detalhes dessa


normativa ao longo da aula.

XXVII - Avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento, e realizar


ações para a sua promoção;

XXVIII - Realizar ações de rastreamento em saúde:

• baseadas em evidências técnicocientíficas e;


• em consonância com as políticas de saúde vigentes.

Vejamos as definições de dois conceitos importantes apresentados nesse inciso:


rastreamento em saúde e saúde baseada em evidências.

Saúde baseada em
Rastreamento em saúde
evidência

Identificação provável de doença ou É uma abordagem que utiliza as


condição de saúde não identificada, ferramentas da epidemiologia clínica,
pela aplicação de testes, exames ou da estatística, da metodologia
outros procedimentos que possam científica e da informática para
ser realizados rapidamente, com trabalhar a pesquisa, o
subsequente orientação e conhecimento e a atuação em
encaminhamento do paciente a saúde, com o objetivo de oferecer a
outro profissional ou serviço de melhor informação disponível para a
saúde para diagnóstico e tomada de decisão nesse campo.
tratamento.

Vejamos agora as atribuições do farmacêutico relacionadas à comunicação e


educação em saúde.

Art. 8º - São atribuições do farmacêutico relacionadas à comunicação e


educação em saúde:
I - Estabelecer processo adequado de comunicação com pacientes,
cuidadores, família, equipe de saúde e sociedade, incluindo a utilização dos
meios de comunicação de massa;

II - Fornecer informação sobre medicamentos à equipe de saúde;

III - Informar, orientar e educar os pacientes, a família, os cuidadores e a


sociedade sobre:

• temas relacionados à saúde,


• ao uso racional de medicamentos e
• a outras tecnologias em saúde;

Vamos aproveitar para relembrar o conceito de uso racional de medicamentos:

Uso racional de medicamentos


• processo pelo qual os pacientes recebem medicamentos apropriados
para suas necessidades clínicas:
• em doses adequadas às suas características individuais,
• pelo período de tempo adequado e
• ao menor custo possível, para si e para a sociedade

IV - Desenvolver e participar de programas educativos para grupos de


pacientes;

V - Elaborar materiais educativos destinados à promoção, proteção e


recuperação da saúde e prevenção de doenças e de outros problemas
relacionados;

VI - Atuar no processo de formação e desenvolvimento profissional de


farmacêuticos;

VII - Desenvolver e participar de programas de treinamento e educação


continuada de recursos humanos na área da saúde.
Vajamos agora as atribuições farmacêuticas relacionadas à gestão da prática
de produção e aplicação do conhecimento:

Art. 9º - São atribuições do farmacêutico relacionadas à gestão da prática,


produção e aplicação do conhecimento:

I - Participar da coordenação, supervisão, auditoria, acreditação e


certificação de ações e serviços no âmbito das atividades clínicas do
farmacêutico;

II - Realizar a gestão de processos e projetos, por meio de ferramentas e


indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados;

III - Buscar, selecionar, organizar, interpretar e divulgar informações que


orientem a tomada de decisões baseadas em evidência, no processo de
cuidado à saúde;

IV - Interpretar e integrar dados obtidos de diferentes fontes de informação no


processo de avaliação de tecnologias de saúde;

V - Participar da elaboração, aplicação e atualização de formulários


terapêuticos e protocolos clínicos para a utilização de medicamentos e outras
tecnologias em saúde;

VI - Participar da elaboração de protocolos de serviços e demais normativas


que envolvam as atividades clínicas;

VII - Desenvolver ações para:

• prevenção,
• identificação e de incidentes e queixas técnicas

• notificação
relacionados aos medicamentos e a
outras tecnologias em saúde;

Vimos os conceitos de incidentes de queixas técnicas em nossa aula de


farmacovigilância. Lembra-se. Vamos ver as definições trazidas pela RDC:
Queixa técnica Incidente

Notificação feita pelo


profissional de saúde quando
observado um afastamento Evento ou circunstância que
dos parâmetros de qualidade poderia ter resultado, ou
exigidos para a resultou, em dano
comercialização ou aprovação desnecessário ao paciente.
no processo de registro de um
produto farmacêutico

VIII - Participar de comissões e comitês no âmbito das instituições e serviços


de saúde, voltados para a promoção do uso racional de medicamentos e da
segurança do paciente;

IX - Participar do planejamento, coordenação e execução de estudos


epidemiológicos e demais investigações de caráter técnico-científico na área
da saúde;

X - Integrar comitês de ética em pesquisa;

XI - Documentar todo o processo de trabalho do farmacêutico.

Art. 10 - As atribuições dispostas nesta resolução correspondem aos:

Direitos Responsabilidades Competências

Do FARMACÊUTICO

No desenvolvimento das atividades clínicas e na provisão de serviços


farmacêuticos.
Art. 11 - Consideram-se, para os fins desta resolução, as definições de termos
(glossário) e referências contidas no Anexo.

Nesse momento, a Resolução apresenta um glossário com diversas definições.


Vimos muitas dessas definições ao longo da aula. Apresentarei apenas as
definições que não foram trabalhadas, ok?

Farmácia clínica:

Área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de


medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente,
de forma a:

Otimizar a Promover saúde


Prevenir doenças
farmacoterapia e bem-estar

Desse conceito, podemos destrinchar as definições de Farmacoterapia e


Otimização da Farmacoterapia:

Otimização da
Farmacoterapia
Farmacoterapia
• tratamento de doenças e de • processo pelo qual se obtém
outras condições de saúde, os melhores resultados
por meio do uso de possíveis da farmacoterapia
medicamentos. do paciente, considerando:
• suas necessidades
individuais,
• expectativas,
• condições de saúde,
• contexto cultural e
• determinantes de saúde
Vejamos agora os conceitos de PRESCRIÇÃO.

PRESCRIÇÃO

• Conjunto de ações documentadas relativas ao cuidado à saúde, visando


à promoção, proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de
doenças.

A Resolução especifica ainda mais, trazendo os conceitos de: Prescrição de


Medicamentos e Prescrição Farmacêutica.

Prescrição de Medicamentos Prescrição Farmacêutica

• ato pelo qual o prescritor • ato pelo qual o farmacêutico


seleciona, inicia, adiciona, seleciona e documenta
substitui, ajusta, repete ou terapias farmacológicas e não
interrompe a farmacoterapia farmacológicas, e outras
do paciente e documenta intervenções relativas ao
essas ações, visando à cuidado à saúde do paciente,
promoção, proteção e visando à promoção proteção
recuperação da saúde, e a e recuperação da saúde, e à
prevenção de doenças e de prevenção de doenças e de
outros problemas de saúde. outros problemas de saúde.

É muito importante perceber que a Prescrição Farmacêutica envolve tanto


medidas farmacológicas como NÃO-Farmacológicas. É comum que questões
de provas afirmem que o farmacêutico pode prescrever unicamente
medicamentos, o que NÃO é verdade. Veremos mais detalhes da prescrição
farmacêutica na próxima seção da nossa aula, quando trabalharemos a
Resolução 586/13.

Abaixo seguem algumas outras definições gerais, trazidas pela normativa:


Bioética:

• Ética aplicada especificamente ao campo das ciências médicas e


biológicas.
• Representa o estudo sistemático da conduta humana na atenção à
saúde à luz de valores e princípios morais.
• Abrange dilemas éticos e deontológicos relacionados à ética médica e
farmacêutica, incluindo assistência à saúde, as investigações
biomédicas em seres humanos e as questões humanísticas e sociais
como o acesso e o direito à saúde, recursos e políticas públicas de
atenção à saúde.
• A bioética se fundamenta em princípios, valores e virtudes tais como:

Justiça Beneficência Maleficência Equidade Autonomia

O que pressupõe nas relações humanas a:

• responsabilidade,
• o livre-arbítrio,
• a consciência,
• a decisão moral e
• o respeito à dignidade do ser humano na assistência, pesquisa e
convívio social.

Paciente: pessoa que solicita, recebe ou contrata orientação, aconselhamento


ou prestação de outros serviços de um profissional da saúde.

Cuidador:

• Pessoa que exerce a função de cuidar de pacientes com dependência


numa relação de proximidade física e afetiva.
• O cuidador pode ser um parente, que assume o papel a partir de relações
familiares, ou um profissional, especialmente treinado para tal fim.

Serviços de saúde:

• Serviços que lidam com o diagnóstico e o tratamento de doenças ou com


a promoção, manutenção e recuperação da saúde. Incluem os
consultórios, clínicas, hospitais, entre outros, públicos e privados.

Tecnologias em saúde:

• medicamentos
• equipamentos
• procedimentos técnicos
• sistemas organizacionais, informacionais, educacionais e de suporte, e
• programas e protocolos assistenciais,

o por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são


prestados à população.

Vejamos agora como a Resolução 585/13 foi cobrada resolvendo algumas


questões. Vamos lá?

(2018-Quadrix - CRF-AL) São listadas a seguir atribuições clínicas do


farmacêutico, estabelecidas pela Resolução do Conselho Federal de
Farmácia nº 585/13, com exceção de uma. Aponte qual.

(A) Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro


ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento.
(B) Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com
o propósito de diagnóstico e cuidado ao paciente.
(C) Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional,
com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia.
(D) Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins de
acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde.
(E) Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos
medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia.

COMENTÁRIOS: Perceba que a questão pede a alternativa ERRADA. Para


resolver esse tipo de questão é muito importante ter em mente que as atribuições
clínicas do farmacêutico têm por finalidade monitoramento/acompanhamento de
terapia, provisão de cuidado, e NÃO diagnóstico (atribuição médica). Perceba
que as alternativas A, C, D e E estão corretas, conforme vimos ao longo de nossa
aula. A alternativa B está ERRADA, sendo o gabarito da questão, uma vez que
afirma que o propósito da anamnese e da verificação de sinais e sintomas é de
DIAGNÓSTICO!

GABARITO: B
RESOLUÇÃO CFF 586/13
Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras
providências

Art. 2º - O ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do


farmacêutico legalmente habilitado e registrado no Conselho Regional de
Farmácia de sua jurisdição.

Para prática da prescrição farmacêutica há necessidade de que o farmacêutico


seja habilitado e seja registrado no CRF.

Art. 3º -Para os propósitos desta resolução, define-se a prescrição farmacêutica


como:

Prescrição Farmacêutica
• Ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e
não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do
paciente, visando à promoção proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de
doenças e de outros problemas de saúde.

Como vimos na RDC 585/13, é muito importante perceber que a Prescrição


Farmacêutica envolve tanto medidas farmacológicas como NÃO -
Farmacológicas (como por ex: incentivo a práticas esportivas e alimentação
saudável, etc). É comum que questões de provas afirmem que o farmacêutico
pode prescrever unicamente medicamentos, o que NÃO é verdade!

Parágrafo único - A prescrição farmacêutica de que trata o caput deste artigo


constitui uma atribuição clínica do farmacêutico e deverá ser realizada com
base:
• nas necessidades de saúde do paciente
• nas melhores evidências científicas
• em princípios éticos e
• em conformidade com as políticas de saúde vigentes.
Art. 4º - O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer:
• em diferentes estabelecimentos farmacêuticos
• consultórios
• serviços e níveis de atenção à saúde

o desde que respeitado o princípio da confidencialidade e a


privacidade do paciente no atendimento.

Art. 5º - O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros


produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação NÃO exija prescrição
médica, incluindo:

Preparações magistrais
Medicamentos
- alopáticos ou Plantas medicinais
industrializados
dinamizados

Outras categorias ou relações de medicamentos que


Drogas vegetais venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal
para prescrição do farmacêutico

Nesse momento, a normativa define que a prescrição farmacêutica pode ser


realizada para medicamentos cuja dispensação não exija prescrição médica.
Você verá mais à frente que, obedecendo a determinadas condições, o
farmacêutico também poderá realizar a prescrição de medicamentos que exijam
prescrição médica.

§ 1º - O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e


habilidades clínicas que abranjam:
Boas práticas de
prescrição

Farmacologia
clínica e Fisiopatologia
terapêutica

Comunicação
Semiologia
interpessoal

§ 2º - O ato da prescrição de medicamentos dinamizados e de terapias


relacionadas às práticas integrativas e complementares,

• Deverá estar fundamentado em conhecimentos e habilidades


relacionados a estas práticas.

Art. 6º - O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação


EXIJA prescrição médica.
Desde que: Apenas quando:

• condicionado à existência de • estiver previsto em


diagnóstico prévio e programas, protocolos,
diretrizes ou normas técnicas,
aprovados para uso no âmbito
de instituições de saúde ou

• quando da formalização de
acordos de colaboração com
outros prescritores ou
instituições de saúde.

Condições para que o farmacêutico possa prescrever


medicamentos que exijam prescrição médica para dispensação.

O acordo de colaboração nada mais é do que uma parceria (formal) entre o


farmacêutico e o prescritor ou instituição em que o farmacêutico tem autorização
para prescrever. Veja a definição trazida pela normativa:

Acordo de Colaboração
• parceria formal entre o farmacêutico e o prescritor ou a instituição,
com explícito acordo entre quem está delegando (prescritor ou
instituição) e quem está recebendo a autorização (farmacêutico)
para prescrever.

Além dessas duas CONDIÇÕES (existência de diagnóstico e previsão em


diretriz ou acordo de colaboração), para prescrição farmacêutica de
medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, a normativa ainda traz
uma terceira CONDIÇÕES em seu § 1º:
§ 1º - Para o exercício deste ato será exigido, pelo Conselho Regional de
Farmácia de sua jurisdição:

• o reconhecimento de título de especialista ou de especialista


profissional farmacêutico na área clínica,

o com comprovação de formação que inclua conhecimentos e


habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia,
semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e
terapêutica.

Vamos agrupar tudo que vimos até aqui em forma de perguntas e respostas, de
forma a facilitar o entendimento:

• O farmacêutico pode prescrever medicamentos cuja dispensação


exija prescrição médica?
SIM! Desde que cumpridas 3 condições.

Atenção às pegadinhas: questões de provas que informem que é


vedado/proibido, em qualquer hipótese, que o farmacêutico prescreva
medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica devem ser
consideradas erradas.

• Quais são as CONDIÇÕES para que o farmacêutico possa prescrever


medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica?
São 3 condições, que devem existir em conjunto:

• Diagnóstico prévio
1
• Previsão em diretriz/programa/protocolo ou acordo de colaboração da
2 instituição

• Título de Especialista ou Especialista profissional farmacêutico


3
§ 2º - Para a prescrição de medicamentos dinamizados será exigido, pelo
Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição:

• o reconhecimento de título de especialista em Homeopatia ou


Antroposofia.

§ 3º - É VEDADO ao farmacêutico MODIFICAR a prescrição de medicamentos


do paciente, emitida por outro prescritor,

• Salvo quando previsto em acordo de colaboração, sendo que, neste


caso, a modificação, acompanhada da justificativa correspondente,
deverá ser comunicada ao outro prescritor.

Muita atenção nesse ponto:

• A modificação de prescrição de outro prescritor é vedada em


TODAS as hipóteses?
NÃO! De maneira geral, a modificação é proibida, entretanto há
exceção.

• Em que caso é permitido o farmacêutico modificar a prescrição de


outro prescritor?
Quando previsto em acorde de colaboração.

• Quais as condições para que o farmacêutico possa modificar a


prescrição de outro prescritor?
São 3 condições:

1 • Previsão em acordo de colaboração.


2 • Elaboração de justificativa.
3 • Comunicação ao prescritor.
Art. 7º - O processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes
etapas:

I - identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde;

II - definição do objetivo terapêutico;

III - seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base

em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado;

IV - redação da prescrição;

V - orientação ao paciente;

VI - avaliação dos resultados;

VII - documentação do processo de prescrição.

Art. 8º - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que


contribuam para a promoção da segurança do paciente, entre as quais se
destacam:

I - basear suas ações nas melhores evidências científicas;


II - tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente;
III – considerar:

A existência de
O uso de outros
outras condições Os hábitos de vida
medicamentos
clínicas

E o contexto de cuidado no entorno do paciente

,
IV - estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que
serão entregues ao paciente;
V - comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador, as
suas decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de
forma completa;
VI - adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes
da prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados.

Art. 9º - A prescrição farmacêutica deverá ser redigida em vernáculo, por


extenso, de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos
e medidas oficiais, sem emendas ou rasuras, devendo conter os seguintes
componentes mínimos:

I -identificação do estabelecimento farmacêutico, consultório ou do serviço de


saúde ao qual o farmacêutico está vinculado;
II - nome completo e contato do paciente;
III - descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes
informações:

• nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização,


a forma farmacêutica e via de administração;

• dose, frequência de administração do medicamento e duração do


b tratamento;

• instruções adicionais, quando necessário.


c

IV -descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao


cuidado do paciente, quando houver;
V - nome completo do farmacêutico, assinatura e número de registro no
Conselho Regional de Farmácia;
VI - local e data da prescrição.
Art. 10 e 11: A prescrição de medicamentos:

No âmbito do SUS No âmbito privado

• estará necessariamente • estará preferentemente


em conformidade com a em conformidade com a
DCB ou, em sua falta, com DCB ou, em sua falta, com
a DCI. a DCI.

Perceba a diferença:

• A prescrição farmacêutica no SUS OBRIGATÓRIAMENTE deve estar em


conformidade com a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou em sua
falta com a Denominação Comum Internacional (DCI);
• A prescrição farmacêutica no âmbito PRIVADO PREFERENCIALMENTE
(não há obrigatoriedade!) deve estar em conformidade com a DCB e em
sua falta com a DCI.

A própria normativa traz as definições de DCB e DCI, vejamos:

•denominação do fármaco ou princípio


Denominação Comum farmacologicamente ativo,
Brasileira (DCB) •aprovado pelo Órgão Federal responsável pela
Vigilância Sanitária (ANVISA)

•denominação do fármaco ou princípio


Denominação Comum farmacologicamente ativo,
Internacional (DCI) •Recomendada pela Organização Mundial da
Saúde.

Art. 12- É VEDADO ao farmacêutico prescrever sem a sua identificação ou a


do paciente, de forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou assinar
folhas de receituários em branco.
Art. 13 - Será garantido o SIGILO dos dados e informações do paciente,
obtidos em decorrência da prescrição farmacêutica,

• Sendo VEDADA a sua utilização para qualquer finalidade que não seja
de interesse sanitário ou de fiscalização do exercício profissional.

Art. 14 - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá orientar suas ações de


maneira ética, sempre observando:

• o benefício e o interesse do paciente,


• mantendo autonomia profissional e científica em relação às empresas,
instituições e pessoas físicas que tenham interesse comercial ou possam
obter vantagens com a prescrição farmacêutica.

Art. 15 - É VEDADO o uso da prescrição farmacêutica como meio de


propaganda e publicidade de qualquer natureza.

Art. 16 - O farmacêutico manterá registro de todo o processo de prescrição na


forma da lei.

Art. 17 - Consideram-se, para os fins desta resolução, o preâmbulo, as


definições de termos (glossário) e as referências contidas no Anexo.

Nesse momento a Resolução traz um glossário com uma série de definições.


Muitas são idênticas às definições trazidas na RDC 585/13. Algumas outras,
vimos ao longo da aula. Abaixo parte das que não foram trabalhadas:
•produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
Medicamento elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa
ou para fins de diagnóstico.

•espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com


Planta medicinal propósitos terapêuticos

•planta medicinal, ou suas partes, que contenham as


substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis
pela ação terapêutica, após processos de coleta,
Droga vegetal estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo
estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou
pulverizada.

•medicamento preparado a partir de substâncias que são


submetidas a triturações sucessivas ou diluições
Medicamento seguidas de sucussão, ou outra forma de agitação
dinamizado ritmada, com finalidade preventiva ou curativa a ser
administrado conforme a terapêutica homeopática,
homotoxicológica ou antroposófica.

•medicamento alopático, obtido por processos


Medicamento tecnologicamente adequados, empregando-se
exclusivamente matérias-primas vegetais, com
fitoterápico finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico

Vejamos agora como a Resolução 586/13 foi cobrada resolvendo algumas


questões. Vamos lá?
(2015 – FUNCAB – CRF/RO)- Com relação à resolução que regula a
prescrição farmacêutica, pode-se afirmar:

a) O processo de prescrição farmacêutica é com base, exclusivamente, pela


definição do objeto terapêutico.
b) A prescrição de medicamentos no âmbito do SUS, independe da
conformidade com a Denominação Comum Brasileira.
c) O ato da prescrição farmacêutica deverá ocorrer apenas em estabelecimentos
de serviços e níveis de atenção à saúde.
d) É permitido ao farmacêutico prescrever medicamentos cuja dispensação exija
prescrição médica em qualquer condição.
e) É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio de propaganda e
publicidade de qualquer natureza.

COMENTÁRIOS: Vamos avaliar cada uma das alternativas separadamente:


A- ERRADA- A prescrição farmacêutica deve ser baseada: nas necessidades
de saúde do paciente; nas melhores evidências científicas; em princípios éticos
e em conformidade com as políticas de saúde vigentes.
B- ERRADA- A prescrição no âmbito do SUS NECESSARIAMENTE deve estar
em conformidade com a DCB.
C- ERRADA- O ato da prescrição farmacêutica pode ocorrer diferentes
estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à
saúde,
D- ERRADA- Para que o farmacêutico possa prescrever medicamentos cuja
dispensação exija prescrição médica há 3 condições: diagnóstico prévio,
previsão em protocolo/acordo do colaboração/ apresentação de título de
especialista.
E- CORRETA

GABARITO: E
(2018-Quadrix - CRF-AL) - Assinale a alternativa que contraria o disposto
na Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 586/13, que regula a
prescrição farmacêutica.

(A) Prescrição farmacêutica é definida como o ato pelo qual o farmacêutico


seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras
intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando a promoção,
proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros
problemas de saúde.
(B) Para o exercício do ato da prescrição, será exigido, pelo Conselho Regional
de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de
especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de
formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia
clínica e terapêutica.
(C) O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes
estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à
saúde, desde que respeitados o princípio da confidencialidade e a privacidade
do paciente no atendimento.
(D) A prescrição de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), estará necessariamente em conformidade com a Denominação Comum
Brasileira (DCB) ou, em sua falta, com a Denominação Comum Internacional
(DCI). A prescrição de medicamentos, no âmbito privado, estará
necessariamente em conformidade com a DCB. O ato da prescrição
farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos,
consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitados o
princípio da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento.
(E) É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do
paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de
colaboração, sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da
justificativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritor.
COMENTÁRIOS: Perceba que a questão pede a alternativa que CONTRARIA a
normativa. Logo, pede a alternativa ERRADA. De imediato é possível notar que
as alternativas A, C, E estão corretas. Na alternativa D há um erro ao afirmar
que no âmbito do serviço privado estará NECESSARIAMENTE conforme a DCB.
Lembre-se que no serviço privado, a prescrição PREFERENCIALMENTE (não
há obrigatoriedade) estará conforme a DCB.

No âmbito do SUS No âmbito privado

• estará necessariamente em • estará preferentemente em


conformidade com a DCB ou, conformidade com a DCB ou,
em sua falta, com a DCI. em sua falta, com a DCI.

GABARITO: D

Finalizamos aqui essa aula. Não deixe de treinar com a lista de questões abaixo.

Até nosso próximo encontro!

Abs,

Prof. Cá
1. (2009- UFPR- SES/PR)- Sobre a abrangência da “Assistência
Farmacêutica”, considere as seguintes afirmativas:

1. Considera-se a Assistência Farmacêutica um conjunto de ações


desenvolvidas pelo farmacêutico e outros profissionais de saúde, voltadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto no nível individual como
coletivo.

2. A Assistência Farmacêutica propõe o medicamento como insumo essencial,


visando o acesso da população a ele e seu uso racional.

3. A Assistência Farmacêutica envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a


produção de medicamentos e insumos, alimentos, cosméticos e bebidas; a
comercialização, programação, aquisição, prescrição e dispensação; a garantia
da qualidade dos produtos e a elaboração de normas e leis.

4. Realiza o acompanhamento e avaliação do uso de medicamentos, na


perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de
vida da população.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

2. (2009 – SES/PR – UFPR) - A Atenção Farmacêutica é um modelo de


prática profissional que consiste na provisão responsável da
farmacoterapia, com o propósito de alcançar resultados concretos em
resposta à terapêutica prescrita. Assinale a alternativa que NÃO caracteriza
a Atenção Farmacêutica.

a) Busca prevenir ou resolver os problemas farmacoterapêuticos de maneira


sistematizada e documentada.
b) Responsabiliza-se junto com o paciente para que o medicamento prescrito
seja seguro e eficaz, aplicado na posologia correta, para que resulte no efeito
terapêutico desejado.
c) Cuida para que, ao longo do tratamento, as reações adversas aos
medicamentos sejam as mínimas possíveis e, quando surgirem, possam ser
resolvidas imediatamente.
d) Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades,
compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde.
e) Destina-se a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade.
Envolve o abastecimento de medicamentos, a conservação e controle de
qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos.

3. (2009 – UFPR- Residência Multiprofissional) - Considerando aspectos


conceituais e filosóficos da assistência farmacêutica, farmácia clínica e
atenção farmacêutica, assinale a alternativa correta.

a) O conceito de atenção farmacêutica direciona o exercício profissional do


farmacêutico para o entendimento dos medicamentos, particularmente com
relação aos aspectos de qualidade do produto, seu foco de atenção principal.
b) A atenção farmacêutica pode ser considerada historicamente uma
consequência do desenvolvimento da farmácia clínica e está amplamente ligada
a ela, uma vez que tem nela sua origem.
c) A assistência farmacêutica consiste no acompanhamento criterioso do uso de
medicamentos, com o objetivo de obter resultados positivos da terapêutica
farmacológica.
d) Durante a etapa considerada “tradicional” da história da profissão
farmacêutica no século XX, o papel central do farmacêutico comunitário consistia
em dispensar medicamentos industrializados, associando ou não esta ação a
orientações ao paciente.

4. (2016-CESGRANRIO – UNIRIO)- O Método Dáder e o PWDT (Pharmacist’s


Workup of Drug Therapy) ou Projeto Minnesota de Atenção Farmacêutica
(Minnesota Pharmaceutical Care Project) são ferramentas frequentemente
utilizadas na prática da atenção farmacêutica. Uma das diferenças entre
esses métodos está na abordagem dos PRM (Problemas Relacionados a
Medicamentos), de modo que, para a abordagem do Método Dáder, o III
Consenso de Granada sobre PRM e Resultados Negativos Associados à
Medicação (RNM) listou pelo menos 13 possíveis categorias de PRM. Por
outro lado, no PWDT trabalha-se com a possibilidade de classificação dos
PRM em:

(A) 2 categorias
(B) 5 categorias
(C) 7 categorias
(D) 9 categorias
(E) 11 categorias

5. (2016-CESGRANRIO – UNIRIO)- Aplicando-se o Método Dáder na prática


da atenção farmacêutica e considerando-se as definições do 3o Consenso
de Granada sobre Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM) e
Resultados Negativos Associados à Medicação (RNM), um paciente em
tratamento profilático de trombose venosa, utilizando varfarina sódica 5
mg VO 4 vezes por semana e que apresenta sangramento na gengiva e no
nariz está sofrendo um RNM do tipo:

(A) efeito de medicamento não necessário


(B) inefetividade quantitativa
(C) inefetividade não quantitativa
(D) segurança quantitativa
(E) segurança não quantitativa
6. (2015-UFAL-COPEVE)- Para identificar, prevenir e resolver os Resultados
Negativos da Medicação, a Metodologia Dader permite fazer o
acompanhamento do tratamento farmacológico do paciente de maneira
padronizada. Assinale a afirmativa que não está relacionada a atividade da
Metodologia Dader.

A) Elaboração do Estado de Situação de cada paciente.


B) Validação da Prescrição Médica diária do Paciente.
C) Fase de estudo sobre os medicamentos relacionados com o estado de
situação do paciente.
D) Levantamento dos Resultados Negativos Relacionados à Medicação com
suas causas e estratégias para solução destes.
E) Levantamento das suspeitas de Resultados Negativos Relacionados a
Medicação e à verificação da informação para confirmar as suspeitas.

7. (2014-COPESE–SMS/Pref. Timon/MA) - “Paralelamente, a detecção, a


prevenção e a resolução de Problemas Relacionados a Medicamentos
exigem do farmacêutico outro tipo de atividade – a análise rigorosa e isenta
das informações sobre medicamentos e doença, buscando diminuir a
morbidade relacionada aos mesmos” (STORPIRTIS, 2011, p. 364). Com
relação aos métodos em seguimento farmacoterapêutico de pacientes,
marque a opção CORRETA.

(A) O método DADER tem como ponto negativo o pouco tempo disponível para
uma análise criteriosa da literatura disponível.
(B) No método SOAP (Subjetivos, Objetivos, Avaliação e Plano), as informações
são registradas como texto livre e não são codificadas ou padronizadas.
(C) O método de monitorização de resultados terapêuticos (TOM) pode ser
aplicado a todas as patologias, apresentando um formulário único.
(D) O método de estudo farmacêutico da Terapia Farmacológica (PWDT) deve
ser aplicado a pacientes com patologias específicas.
(E) O método DADER deve ser utilizado por qualquer profissional de saúde que
atuem em ambiente comunitário ou hospitalar
8. (2016-COMPROV-UFCG) O seguimento farmacoterapêutico (SFT) é o
serviço profissional que tem como objetivo a detecção de problemas
relacionados com medicamentos (PRMs), para a prevenção e resolução de
resultados negativos associados a medicamentos (RNMs), sendo realizado
de forma continuada, sistematizada e documentada. Sobre os métodos de
SFT assinale a alternativa correta.

a) O método Dáder é composto por sete etapas, onde a fase de avaliação


corresponde ao diagnóstico da situação global de saúde do indivíduo.
b) O método SOAP (subjetivo, objetivo, avaliação e plano) é considerado padrão
ouro para realizar o SFT de indivíduos com doenças crônicas.
c) O Pharmacotherapy workup (PW), método desenvolvido pelo grupo de
Minessota (EUA), é composto por três fases: avaliação inicial, plano de cuidado
e evolução.
d) O método TOM (Therapeutical Outcomes Monitoring) é composto por cinco
fases, e se aplica principalmente a indivíduos acometidos por doenças agudas.
e) O método PCDA (planejamento, checagem, ação e avaliação) foi
desenvolvido para ser aplicado no SFT de pacientes oncológicos.

9. (2016- Máxima- Pref Fronteira/MG) - Em relação à Atenção farmacêutica


assinale a alternativa que NÃO condiz com a prática:

a) É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal


beneficiário das ações do farmacêutico.
b) São atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as
ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de
medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a
conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos
medicamentos.
c)A atenção é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos
compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos
conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades do farmacêutico na
prestação da farmacoterapia.
d) Tem como objetivo alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na
qualidade de vida do paciente.

10. (2017-UPE -UPNET/IAUP) - Assinale a alternativa à qual corresponde o


seguinte texto: procedimento de coleta de dados sobre o paciente,
realizada pelo farmacêutico por entrevista, com a finalidade de conhecer
sua história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar
suas necessidades relacionadas à saúde.

a) Anamnese farmacêutica
b)Assistência farmacêutica
c) Consulta farmacêutica
d) Evolução farmacêutica
e) Cuidado centrado no paciente

11. (2015-IBFC-MCG) - O conjunto de ações voltadas à promoção, proteção


e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o
medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao uso racional,
está relacionado à definição de:

a) Interdisciplinaridade.
b) Atenção Farmacêutica.
c) Assistência Farmacêutica.
d) Práticas Integrativas e Complementares.

12. (2015- Caipimes- Pref. Mogi das Cruzes/SP)- De acordo com a


Organização Mundial de Saúde (OMS) Atenção Farmacêutica “é um modelo
de prática ______________, desenvolvida no contexto da Assistência
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos,
______________, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de
doenças, promoção e ______________ da saúde, de forma integrada à
equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o
______________, visando a uma farmacoterapia racional e à obtenção de
resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade
de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus
sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica
da ____________ das ações de saúde".

a) médica – envolvimentos – obtenção – médico – equidade


b) farmacêutica – envolvimentos – recuperação – médico – integralidade
c) farmacêutica – habilidades – recuperação – usuário – integralidade
d) médica – habilidades – obtenção – usuário – equidade

13. (2010- Pref. Teresina-UFPI/COPESE) - A atenção farmacêutica é a


provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de
alcançar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do
paciente. Diante do enunciado, assinale a resposta INCORRETA referente
ao método Dáder.

(A) Na fase de preocupações e problemas de saúde do paciente, o objetivo é


conseguir que os pacientes expressem os problemas de saúde.
(B) O método Dáder se baseia na história farmacoterapêutica do paciente, isto
é, os problemas de saúde que ele apresenta e os medicamentos que ele utiliza.
(C) A intervenção farmacêutica é uma ação do farmacêutico que tem como
objetivo melhorar o resultado clínico dos medicamentos, mediante a modificação
de utilização destes.
(D) Na etapa de oferta de serviço do método Dáder, o objetivo é sensibilizar o
paciente sobre a co-responsabilidade e colaboração, em relação à participação
dele na tomada de decisões relacionadas ao tratamento com medicamento.
(E) O método Dáder de atenção farmacêutica surgiu nos EUA e expandiu suas
ações para Espanha, por meio de grupo de pesquisa em Granada.
14. (2017 – UPBE – Pref. Ouro Branco/RN) - A Resolução no 586, de 29 de
agosto de 2013 (Conselho Federal de Farmácia, 2013), regulamenta a
prescrição farmacêutica e dá outras providências.
Com relação às prescrições farmacêuticas assinale a alternativa
CORRETA:

a) A prescrição farmacêutica poderá ser apenas verbal, resultante de uma


anamnese prévia.
b) Qualquer farmacêutico pode exercer o ato de prescrever um medicamento ao
paciente.
c) O farmacêutico não poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija
prescrição médica, mesmo que condicionado à existência de diagnóstico prévio
ou mesmo se estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas
técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da
formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições
de saúde.
d) Será permitida ao profissional farmacêutico a substituição do medicamento
prescrito pelo medicamento genérico correspondente, salvo restrições
expressas pelo profissional prescritor. Nesses casos, o profissional farmacêutico
deverá indicar a substituição realizada na prescrição, apor seu carimbo a seu
nome e número de inscrição do Conselho Regional de Farmácia, datar e assinar.
e) É permitido o uso da prescrição farmacêutica como meio de propaganda e
publicidade de qualquer natureza.

15. (2014- FEPESE – Pref. de Içara) Segundo a Resolução no 586 de 29 de


agosto de 2013 que regula a prescrição farmacêutica, no ato da prescrição
o farmacêutico deverá adotar medidas que contribuam para a promoção da
segurança do paciente, entre as quais se destacam:

1. tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente.


2. considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de outros
medicamentos, os hábitos de vida e o contexto de cuidado no entorno do
paciente.
3. estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão
entregues ao paciente.
4. comunicar adequadamente ao paciente, a seu responsável ou cuidador, as
suas decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de forma
completa.
5. adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da
prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.


b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 3 e 5.
c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 4 e 5.
d. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
e. ( ) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5.

16. (2015-FEPESE- Pref. Brusque)- A prescrição de medicamentos, desde


2013, é uma atribuição do farmacêutico, regulamentada pela Resolução
CFF no 586 de 29 de agosto de 2013. Sobre esta atribuição, é correto
afirmar:

a. ( ) O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija


prescrição médica, desde que prevista em protocolos, diretrizes ou normas
técnicas, no âmbito de instituições de saúde.

b. ( ) A prescrição farmacêutica deverá ser sempre digitada e impressa,


observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais.

c. ( ) O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer apenas em consultórios


farmacêuticos e serviços de saúde especializados.
d. ( ) A prescrição pode ser realizada diretamente pelo farmacêutico ou com sua
supervisão.

e. ( ) Farmacêuticos diretores técnicos e substitutos podem realizar prescrição,


sendo tal prescrição vedada aos farmacêuticos assistentes.

17. (2015 – FUNCAB – CRF/RO)- Com relação à resolução que regula a


prescrição farmacêutica, pode-se afirmar:
a) O processo de prescrição farmacêutica é com base, exclusivamente, pela
definição do objeto terapêutico.
b) A prescrição de medicamentos no âmbito do SUS, independe da
conformidade com a Denominação Comum Brasileira.
c) O ato da prescrição farmacêutica deverá ocorrer apenas em estabelecimentos
de serviços e níveis de atenção à saúde.
d) É permitido ao farmacêutico prescrever medicamentos cuja dispensação exija
prescrição médica em qualquer condição.
e) É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio de propaganda e
publicidade de qualquer natureza.

18. (2018-Quadrix - CRF-AL) - Assinale a alternativa que contraria o


disposto na Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 586/13, que
regula a prescrição farmacêutica.

(A) Prescrição farmacêutica é definida como o ato pelo qual o farmacêutico


seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras
intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando a promoção,
proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros
problemas de saúde.

(B) Para o exercício do ato da prescrição, será exigido, pelo Conselho Regional
de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de
especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de
formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de
prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia
clínica e terapêutica.

(C) O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes


estabelecimentos farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à
saúde, desde que respeitados o princípio da confidencialidade e a privacidade
do paciente no atendimento.

(D) A prescrição de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde


(SUS), estará necessariamente em conformidade com a Denominação Comum
Brasileira (DCB) ou, em sua falta, com a Denominação Comum Internacional
(DCI). A prescrição de medicamentos, no âmbito privado, estará
necessariamente em conformidade com a DCB. O ato da prescrição
farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos farmacêuticos,
consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitados o
princípio da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento.

(E) É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do


paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de
colaboração, sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da
justificativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritor.

19. (2015 – UNIUV-Pref. Sertaneja/Pr) Resolução nº 586, de 29 de agosto de


2013, CFF regulamenta a prescrição farmacêutica, permitindo que o
farmacêutico:

A ( ) Obrigatoriamente documente através da prescrição toda indicação


farmacêutica realizada;

B ( ) prescreva medicamentos somente quando atuando em consultórios e


serviços de níveis de atenção à saúde;

C ( ) Especialista em atenção farmacêutica prescreva medicamentos isentos de


prescrição durante a dispensação;
D ( ) Prescreva medicamentos isentos de prescrição ou sob prescrição quando
julgar necessário;

E ( ) Selecione terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras


intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção,
proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros
problemas de saúde

20. (2016- CONSULPLAN – Pref. Cascavél/RS) - O avanço na área de


atuação do farmacêutico foi uma grande vitória do Conselho Federal de
Farmácia. Um destes avanços foi a atuação clínica do farmacêutico. A
Resolução que autoriza a atuação clínica é:

a) 583/2013. d) 586/2013.
b) 584/2013. e) 587/2013
c) 585/2013.

21. (2015- IDECAN –Pref. de Rio Novo do Sul/ES) - De acordo com a


Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013, são atribuições clinicas do
farmacêutico:

I. Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente.

II. Desenvolver, em colaboração com os demais membros da equipe de


saúde, ações para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a
prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.

III. Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para que o


paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita, nas
doses, frequência, horários, vias de administração e duração adequados,
contribuindo para que o mesmo tenha condições de realizar o tratamento e
alcançar os objetivos terapêuticos.
IV. Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais e
técnicos.

V. Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a


outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar somente na
seleção e adição da farmacoterapia do paciente.

VI. Solicitar quaisquer exames laboratoriais com a finalidade de monitorar os


resultados da farmacoterapia.

VII. Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua


competência profissional.

Estão corretas apenas as afirmativas


a) I, II, III e V.
b) I, II, III, IV e VII.
c) I, III, V, VI e VII.
d) I, II, III, IV, V e VII.

22. (COPEVE-UFAL—2015) - Dadas as afirmativas sobre a Resolução no


585 do CFF, de 29 de agosto de 2013, que definiu as atribuições clínicas do
farmacêutico:

I. Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente.

II. Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a outros


membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção, adição,
substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente.

III. Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente.

IV. Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a outros


membros da equipe de saúde.

V. Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia.


Verifica-se que estão corretos.
A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II, III e V, apenas.
D) III, IV e V, apenas.
E) I, II, III, IV e V.

23. (2015-UFJF-Residência Multiprofissional) - São atribuições clínicas do


farmacêutico, segundo a RESOLUÇÃO do Conselho Federal de Farmácia
nº 585 de 29 de agosto de 2013, EXCETO:

a) Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro


ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento.
b) Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com
o propósito de diagnóstico e cuidado ao paciente.
c) Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional,
com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia.
d) Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins de
acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde.

24. (2017 – CFF/DF – INAZ DO PARÁ) - São atribuições Clínicas do


Farmacêutico:

I- Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com o


propósito de prover cuidado ao paciente.

II- Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente.

III- Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional,


com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia.

IV- Realizar, no âmbito de sua competência profissional, administração de


medicamentos ao paciente.
Estão corretas as disposições:
(A) I, II, III e IV.
(B) II e IV, apenas.
(C) I, II e IV, apenas
(D) I e II, apenas.
(E) I e IV, apena

25. (2018-Quadrix - CRF-AL)- São listadas a seguir atribuições clínicas do


farmacêutico, estabelecidas pela Resolução do Conselho Federal de
Farmácia nº 585/13, com exceção de uma. Aponte qual.

(A) Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em outro


ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento.

(B) Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e sintomas, com
o propósito de diagnóstico e cuidado ao paciente.

(C) Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência profissional,


com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia.

(D) Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para fins de


acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde.

(E) Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados aos


medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia.

26. (2016- UFPR-Residência Multiprofissional)- De acordo com as


atribuições clínicas do farmacêutico, considere as seguintes afirmativas:

1. A Resolução 585/13, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), regulamenta


as atribuições clínicas do farmacêutico.

2. A Prescrição Farmacêutica consiste no ato pelo qual o farmacêutico seleciona


e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas.
3. O farmacêutico está apto a prescrever os MIPs (medicamentos isentos de
prescrição).

4. O farmacêutico, a partir da Resolução 587/13, do Conselho Federal de


Farmácia (CFF), está apto a realizar intervenções e a prescrever todos os
medicamentos, sem qualquer condicionamento.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

27. (2015-FEPESE- Pref. Brusque)- O Conselho Federal de Farmácia, pela


Resolução no 585 de 29 de agosto de 2013, regulamentou as atribuições
clínicas dos farmacêuticos. De acordo com a resolução:

a. Não se incluem nas atribuições clínicas do farmacêutico o atendimento em


clínicas privadas.

b. No âmbito de suas atribuições, o farmacêutico presta cuidados à saúde, em


todos os lugares e níveis de atenção, em serviços públicos ou privados.

c. As atividades clínicas devem ser exercidas por farmacêuticos para pacientes


com necessidades especiais de saúde, isentando a necessidade de atividades
de atenção básica.

d. Os serviços farmacêuticos clínicos devem ser desenvolvidos especialmente


no comércio farmacêutico, buscando conferir qualidade a estes
estabelecimentos.

e. As ações clínicas do farmacêutico previstas nessa Resolução não incluem


aquelas já previstas no seguimento farmacoterapêutico.
GABARITO
1-D 2-E 3-B 4-C 5-D
6-B 7-B 8-C 9-B 10-A
11-C 12-C 13-E 14-D 15-E
16-A 17-E 18-D 19-E 20-C
21-B 22-E 23-B 24-A 25-B
26-C 27-B

Você também pode gostar