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Toxicologia ocupacional

APRESENTAÇÃO

Com o avanço tecnológico e a crescente industrialização, os trabalhadores passaram a ter mais


contato com agentes tóxicos durante suas atividades laborais. No Brasil, de acordo com o
Ministério da Saúde (2018), foram notificados 695.825 casos de intoxicação exógena entre 2007
e 2016. Dentre os casos de intoxicação citados, 43.716 (6,7%) estavam relacionados ao trabalho.
É por isso que a saúde ocupacional e a toxicologia ocupacional trabalham juntas para minimizar
os riscos ambientais presentes nas atividades laborais de trabalhadores expostos a agentes
químicos.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender as atribuições da toxicologia


ocupacional, as doenças provocadas por agentes químicos e as formas de prevenção à exposição
ocupacional a esses agentes.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Listar as atribuições da toxicologia ocupacional.


• Identificar doenças decorrentes da exposição dos indivíduos a agentes químicos no
ambiente de trabalho.
• Descrever medidas de prevenção a doenças decorrentes da exposição dos indivíduos a
agentes químicos no ambiente de trabalho.

DESAFIO

A contaminação por agentes tóxicos é uma realidade cada vez mais presente nos ambientes de
trabalho. Dessa forma, o trabalhador fica mais vulnerável à intoxicação, com piora na qualidade
de vida no trabalho. Dentre as funções do enfermeiro do trabalho, encontram-se:
identificar os agentes químicos presentes no ambiente de trabalho, verificar quais equipamentos
de proteção são recomendados para cada tipo de atividade e traçar as estratégias de prevenção de
doenças e promoção da saúde dos trabalhadores.
Imagine que você, enfermeiro do trabalho, está avaliando as condições de trabalho
de profissionais que atuam em uma fábrica de vidros. Veja o que ocorre com alguns desses
trabalhadores:

Considerando a possibilidade de intoxicação desses trabalhadores, responda:

a) Qual agente químico é utilizado na fabricação desse tipo de produto e tem potencial para
intoxicar os funcionários que trabalham na fábrica de vidros?

b) Quais as principais doenças decorrentes da exposição a esse agente químico no ambiente de


trabalho?

c) Quais são os EPIs que podem contribuir com a prevenção desse tipo de intoxicação?

d) Quais ações devem ser adotadas para a proteção, a segurança e a promoção da saúde
desses trabalhadores?

INFOGRÁFICO

De acordo com o Ministério da Saúde (2017), a contaminação por agentes tóxicos entre os
trabalhadores tem crescido nos últimos anos. Esse problema já se tornou uma questão de saúde
pública no Brasil, pois tem causado muito transtorno aos trabalhadores.
No Infográfico, você vai ver mais algumas informações sobre a contaminação por substâncias
perigosas no Brasil.
CONTEÚDO DO LIVRO

A intoxicação por agentes químicos tem aumentado no Brasil. Só no ano de 2015 foram
registrados 91.203 casos de intoxicação. Um fato importante a se destacar é que as mulheres são
as que mais sofrem com a contaminação em seu local de trabalho. Além disso, entre os diversos
agentes químicos que podem provocar a intoxicação, os medicamentos e os agrotóxicos são os
mais relatados nos casos de contaminação.

No capítulo Toxicologia ocupacional, da obra Saúde do trabalhador, base teórica desta Unidade
de Aprendizagem, você vai compreender o conceito de toxicologia ocupacional, as principais
doenças e os agentes que causam a intoxicação em trabalhadores e as ações que podem ser
implementadas nos ambientes laborais para prevenir a intoxicação dos trabalhadores.

Boa leitura.
SAÚDE DO
TRABALHADOR

Sérgio Valverde Marques dos Santos


Toxicologia ocupacional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Listar as atribuições da toxicologia ocupacional.


„„ Identificar doenças decorrentes da exposição dos indivíduos a agentes
químicos no ambiente de trabalho.
„„ Descrever medidas de prevenção a doenças decorrentes da exposição
dos indivíduos a agentes químicos no ambiente de trabalho.

Introdução
A saúde do trabalho e a toxicologia ocupacional buscam prevenir os danos
à saúde dos trabalhadores causados pelos agentes químicos presentes
nos ambientes de trabalho, como forma de assegurar que as empresas
sigam as normas estabelecidas para o uso de agentes tóxicos. Para isso, é
necessário que os níveis de exposição sejam aceitáveis e, assim, o tempo
de exposição ocupacional deve ser mensurado continuamente.
Nesse contexto, torna-se importante compreender os fatores de
risco químico a que os trabalhadores podem estar expostos, de acordo
com as legislações vigentes no país. Por isso, é fundamental conhecer
as Normas Regulamentadoras estabelecidas pelo Ministério da Saúde e
pelo Ministério do Trabalho, a fim de estabelecer ações de promoção e
prevenção da saúde dos trabalhadores que atuam em ambientes com
riscos químicos.
Neste capítulo, você verá quais são as atribuições do profissional que
atua na toxicologia ocupacional. Além disso, vai aprender sobre as doen-
ças que decorrem da exposição dos trabalhadores a agentes químicos,
bem como as respectivas medidas de prevenção a essas doenças.
2 Toxicologia ocupacional

Atribuições da toxicologia ocupacional


A toxicologia ocupacional tem a função de determinar os princípios e as
metodologias da toxicologia básica que devem ser aplicados com foco no
gerenciamento dos riscos ocupacionais presentes nos ambientes de trabalho.
Além disso, possui a finalidade de prevenir os efeitos tóxicos à saúde do
trabalhador, em consequência da exposição aos agentes químicos, de modo a
avaliar e gerenciar sistematicamente esses elementos (KLAASSEN; WATKINS
III, 2012). Cabe destacar que a exposição química do trabalhador é o principal
foco da toxicologia ocupacional (ZACARIAS, 2011).
Existem diversas legislações que abordam a temática da exposição a agentes
químicos no ambiente laboral (PEDROZA et al., 2011). No Brasil, a manipu-
lação de agentes químicos é regulamentada pelo Ministério do Trabalho, de
acordo com a Norma Regulamentadora (NR) nº 15, que foi elaborada com base
nas normas da agência reguladora norte-americana American Conference of
Governmental Industrial Hygienists (ACGIH). A NR 15 define, no Anexo 11,
a insalubridade aceitável ao trabalhador exposto a agente químico. Essa norma
verifica a relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos
que são consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no
local de trabalho.
Nessa norma são determinadas as substâncias cuja insalubridade é mensu-
rada de acordo com os limites de tolerância. No caso de os valores de exposição
ultrapassarem os limites, é determinada a insalubridade ao trabalhador, o que
resulta na obrigatoriedade de pagamento proporcional de um adicional que
pode variar de 10 a 40% do salário (BRASIL, 2018).
Os limites de tolerância são compreendidos como a concentração ou in-
tensidade da exposição, relacionada à natureza e ao tempo de exposição do
trabalhador ao agente químico, de forma a manter a sua saúde durante as
suas atividades laborais. Quando ocorre a exposição desse trabalhador a
algum agente tóxico, a sua atividade é determinada como insalubre. Assim,
é assegurado a ele um adicional incidente sobre o salário que pode variar de
acordo com o grau de insalubridade. No Quadro 1, você pode ver os percentuais
desse adicional de acordo com cada grau de insalubridade.
Toxicologia ocupacional 3

Quadro 1. Grau de insalubridade e proporção salarial

Graus de insalubridade Percentuais

Insalubridade de grau máximo 40%

Insalubridade de grau médio 20%

Insalubridade de grau mínimo 10%


Fonte: Adaptado de Brasil (2018).

Os limites de exposição do trabalhador são determinados pela massa por


volume de ar (mg/m3) e/ou pelo volume por volume de ar, ou seja, em partes
por milhão, dependendo das características da substância. Para determinar
esses valores, são utilizados como referências os threshold limit values (TLV),
que são organizados e monitorados pela ACGIH. Essa instituição realiza a
análise de dados publicados na literatura científica e disponibiliza guias de
orientação, como os TLV e os Biological Exposure Indices (BEIs®), os quais
servem de orientação para profissionais da saúde ocupacional. Essas referências
auxiliam na tomada de decisões em relação a níveis de exposição adequados e
seguros aos agentes químicos encontrados nos ambientes de trabalho (PEIXE;
NASCIMENTO; PINHEIRO, 2009).

Saiba mais sobre os limites de tolerância, os agentes quí-


micos e o grau de insalubridade no site do Ministério do
Trabalho, no Anexo nº 11 da NR 15. Você pode acessar o
documento no link a seguir.

https://qrgo.page.link/BG2Fh
4 Toxicologia ocupacional

O risco de exposição do trabalhador a agentes tóxicos deriva da sua interação


com substâncias sólidas, líquidas ou gasosas compostas por elementos químicos
capazes de penetrar no organismo, como poeira, fumo, gases, vapores, entre
outros. Quando essas substâncias são absorvidas, podem produzir reações
tóxicas e danos à saúde. Há três vias possíveis de penetração de substâncias
no organismo: a respiratória, por inalação pelas vias aéreas; a cutânea, com
a absorção pela pele; e a digestiva, por meio da ingestão (MINISTÉRIO DO
TRABALHO, 1994; BRASIL, 2018).
Você pode visualizar algumas das características dos agentes químicos, a
sua forma de transmissão de toxicidade e as situações em que os trabalhadores
são expostos a eles no Quadro 2.

Quadro 2. Algumas formas de contaminação, agentes e situação de utilização

Forma Agente químico Situação de produção ou utilização

Ácido cianídrico Galvanoplastia, fumigação

Ácido sulfídrico Decomposição de matéria orgânica,


indústria de rayon pelo processo de viscose

Arsênio Refinação do cobre, fabricação e uso


de pesticidas, fabricação de vidro,
produtos farmacêuticos, preservação
da madeira, indústria do couro, etc.

Benzeno Coquerias, indústria química e petroquímica


Líquida, ou como impureza em certos solventes, etc.
gasosa
Chumbo Mineração, refinação, fundição,
ou de
fabricação de baterias e pilhas, tintas
partículas
e pigmentos, cerâmica, recuperação
de sucata, indústria química, etc.

Mercúrio Processo cloro-álcali, equipamentos


eletrônicos, fabricação de pilhas, indústria
farmacêutica, de pesticidas, termômetros,
manômetros, barômetros, etc.

Monóxido de Formado em processos de


carbono combustão incompleta, motores
de combustão interna, etc.
(Continua)
Toxicologia ocupacional 5

(Continuação)

Quadro 2. Algumas formas de contaminação, agentes e situação de utilização

Forma Agente químico Situação de produção ou utilização

Solventes Indústria química, lavanderia com


(hidrocarbonetos limpeza a seco, desengraxamento
alifáticos, clorados, de peças, limpeza de metais, etc.
aromáticos)

Asbesto (utilizado Mineração, beneficiamento, manufatura


ou removido) de produtos têxteis de amianto e de
lonas de freios, cimento-amianto e sua
utilização na construção civil, etc.

Sílica livre Mineração (de ouro, cobre), pedreiras


cristalina de granito ou de arenito, fabricação
Poeiras
de abrasivos, fundições, construção
minerais
civil, utilização de jato de areia, etc.
e
vegetais Carvão mineral Mineração de carvão

Algodão Preparação, carda e fiação

Sisal Fabricação de cordas

Poeira de madeira Serraria, fábricas de móveis e outros


artefatos de madeira, construção civil, etc.

Fonte: Adaptado de Brasil (2001).

A prevenção aos fatores de risco químico e à intoxicação é a melhor forma


de evitar danos à saúde decorrentes do trabalho. Por isso, é fundamental
que se conheçam as suas fontes e características, de forma que seja possível
desenvolver ações de proteção, segurança e saúde dos trabalhadores expostos
a esses agentes.
Outro fator importante é conhecer os agentes que causam um maior número
de contaminação nos trabalhadores. No Quadro 3, você verá os agentes que
mais causaram contaminação em trabalhadores no Brasil no ano de 2017.
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Quadro 3. Casos registrados de intoxicação humana por agente tóxico de acordo com o
sexo do indivíduo

Masculi- Feminino Ignorado Total


Agente/sexo
no (nº) (nº) (nº) nº %

Medicamentos 2.375 4.448 57 6.880 25,18

Agrotóxicos/ 705 372 8 1.085 3,97


uso agrícola

Agrotóxicos/ 94 119 8 221 0,81


uso doméstico

Produtos 130 114 1 245 0,90


veterinários

Raticidas 120 189 5 314 1,15

Domissanitários 696 658 22 1.376 5,04

Cosméticos 147 224 — 371 1,36

Produtos 422 297 5 724 2,65


químicos
industriais

Metais 12 12 — 24 0,09

Drogas de 425 255 13 693 2,54


abuso

Plantas 119 119 1 239 0,87

Alimentos 112 169 13 294 1,08

Animais 1.159 376 43 1.578 5,78


peçonhentos/
serpentes

Animais 481 337 149 967 3,54


peçonhentos/
aranhas

Animais 5.259 4.475 112 9.846 36,04


peçonhentos/
escorpiões

Outros animais 855 512 97 1.464 5,36


peçonhentos/
venenosos

(Continua)
Toxicologia ocupacional 7

(Continuação)

Quadro 3. Casos registrados de intoxicação humana por agente tóxico de acordo com o
sexo do indivíduo

Masculi- Feminino Ignorado Total


Agente/sexo
no (nº) (nº) (nº) nº %

Animais não 410 280 7 697 2,55


peçonhentos

Desconhecido 59 91 20 170 0,62

Outro 66 66 2 134 0,49

Total 13.646 13.113 563 27.322 100


(%) (49,95) (47,99) (2,06) (100)

Fonte: Adaptado de Fiocruz (2017).

As contaminações por medicamentos e agrotóxicos são as mais prevalentes


entre os trabalhadores no Brasil. Nesse sentido, medidas de proteção e segu-
rança são necessárias continuamente e, portanto, faz parte das atribuições
do profissional de saúde do trabalhador conhecer as principais fontes de
contaminação, para que atue na promoção de ações que visem à qualidade
de vida dos indivíduos no trabalho.
Destaca-se que o conhecimento das substâncias químicas que podem
agredir o organismo do trabalhador contribuirá para a análise da toxicidade
dessas substâncias. Nesse contexto, a toxicologia ocupacional mostra-se muito
importante para a saúde do trabalhador, uma vez que contribui com o conheci-
mento sobre os danos que os agentes químicos podem causar aos indivíduos,
além de apontar diversas formas de segurança e proteção que podem ser
implementadas no ambiente laboral.
8 Toxicologia ocupacional

A campanha “Locais de trabalho seguros e saudáveis”,


realizada pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde
no Trabalho, aborda a cada ano temas relacionados à se-
gurança e à saúde no ambiente de trabalho. A campanha
2018–2019 tem como foco as substâncias perigosas. Saiba
mais sobre essa campanha acessando o link a seguir.

https://qrgo.page.link/UGvik

Doenças decorrentes da exposição a agentes


químicos no trabalho
A exposição do trabalhador aos agentes químicos pode causar diversas doenças
de caráter ocupacional. Essas doenças dependem de alguns fatores, como a
fonte de transmissão — ou seja, o tipo do agente químico — e o tempo de
exposição do trabalhador. A partir dessas informações, pode-se compreender
a que fatores de risco ele está exposto.
Essa exposição por agentes químicos é caracterizada como exposição
aguda ou crônica, que se dividem em local ou sistêmica. Quando a exposição
é aguda, ela ocorre em um período curto, entre segundos ou poucas horas,
podendo afetar a pele, os olhos ou as mucosas. Já a exposição crônica local
pode causar efeitos nos mesmos locais da aguda, mas ocorre em um intervalo
de tempo mais longo. A exposição aguda sistêmica é mais breve e está asso-
ciada à inalação ou ingestão de algum componente químico, podendo afetar
determinados órgãos. Na exposição crônica sistêmica, a intoxicação ocorre
por um longo período, podendo ocasionar efeitos mais danosos à saúde dos
trabalhadores (MANAHAN, 1999).
No Quadro 4, você vê alguns dos agentes químicos mais conhecidos e
algumas das doenças que estão relacionadas a eles.
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Quadro 4. Agentes químicos e as doenças relacionadas

Agentes químicos Doenças relacionadas aos agentes

Arsênio e seus Angiossarcoma do fígado, neoplasia maligna dos


compostos brônquios e do pulmão, outras neoplasias malignas da
arsenicais pele, polineuropatia devido a outros agentes tóxicos,
encefalopatia tóxica aguda, blefarite, conjuntivite,
queratite e queratoconjuntivite, arritmias cardíacas,
rinite crônica, ulceração ou necrose do septo
nasal, bronquiolite obliterante crônica, enfisema
crônico difuso ou fibrose pulmonar crônica.

Asbesto ou amianto Neoplasia maligna do estômago, neoplasia maligna


da laringe, neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão, mesotelioma da pleura, mesotelioma do
peritônio, mesotelioma do pericárdio, placas epicárdicas
ou pericárdicas, asbestose, derrame pleural.

Benzeno e seus Leucemias, síndromes mielodisplásicas, anemia


homólogos tóxicos aplástica devido a outros agentes externos,
hipoplasia medular, púrpura e outras manifestações
hemorrágicas, agranulocitose, outros transtornos
especificados dos glóbulos brancos: leucocitose, reação
leucemoide, outros transtornos mentais decorrentes
de lesão e disfunção cerebrais e de doença física.

Bromo Faringite aguda, laringotraqueíte aguda, faringite


crônica, sinusite crônica, laringotraqueíte
crônica, bronquite, edema pulmonar agudo e
pneumonite devido a produtos químicos, gases,
fumaças e vapores, efeitos tóxicos agudos.

Chumbo ou seus Outras anemias devido a transtornos enzimáticos,


compostos tóxicos anemia sideroblástica secundária a toxinas,
hipotireoidismo devido a substâncias exógenas, outros
transtornos mentais decorrentes de lesão e disfunção
cerebrais e de doença física, polineuropatia devido a
outros agentes tóxicos, encefalopatia tóxica aguda,
encefalopatia tóxica crônica, hipertensão arterial,
arritmias cardíacas, "cólica do chumbo", gota induzida
pelo chumbo, nefropatia túbulo-intersticial induzida
por metais pesados, insuficiência renal crônica,
infertilidade masculina, efeitos tóxicos agudos.
(Continua)
10 Toxicologia ocupacional

(Continuação)

Quadro 4. Agentes químicos e as doenças relacionadas

Agentes químicos Doenças relacionadas aos agentes

Cloro Rinite crônica, outras doenças pulmonares


obstrutivas crônicas, bronquite, edema pulmonar
agudo e pneumonite devido a produtos químicos,
gases, fumaças e vapores, síndrome de disfunção
reativa das vias aéreas, bronquiolite obliterante
crônica, enfisema crônico difuso ou fibrose
pulmonar crônica, efeitos tóxicos agudos.

Flúor ou seus Conjuntivite, rinite crônica, bronquite, edema pulmonar


compostos tóxicos agudo e pneumonite devido a produtos químicos,
gases, fumaças e vapores, bronquiolite obliterante
crônica, enfisema crônico difuso ou fibrose pulmonar
crônica, erosão dentária, dermatite de contato por
irritantes, fluorose do esqueleto, intoxicação aguda.

Fósforo ou seus Polineuropatia devido a outros agentes tóxicos, arritmias


compostos tóxicos cardíacas, dermatite alérgica de contato, dermatite
de contato por irritantes, osteomalácia do adulto
induzida por drogas, osteonecrose, intoxicação aguda.

Iodo Conjuntivite, faringite aguda, laringotraqueíte aguda,


sinusite crônica, bronquite, edema pulmonar agudo
e pneumonite devido a produtos químicos, gases,
fumaças e vapores, síndrome de disfunção reativa
das vias aéreas, bronquiolite obliterante crônica,
enfisema crônico difuso ou fibrose pulmonar crônica,
dermatite alérgica de contato, efeitos tóxicos agudos.

Mercúrio e seus Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e


compostos tóxicos disfunção cerebrais e de doença física, transtornos
de personalidade e de comportamento decorrentes
de doença, lesão e de disfunção de personalidade,
transtorno mental orgânico ou sintomático não
especificado, episódios depressivos, neurastenia,
ataxia cerebelosa, outras formas especificadas de
tremor, transtorno extrapiramidal do movimento
não especificado, encefalopatia tóxica aguda,
encefalopatia tóxica crônica, arritmias cardíacas,
gengivite crônica, efeitos tóxicos agudos.

(Continua)
Toxicologia ocupacional 11

(Continuação)

Quadro 4. Agentes químicos e as doenças relacionadas

Agentes químicos Doenças relacionadas aos agentes

Substâncias asfixian- Demência e outras doenças específicas classificadas


tes: monóxido de em outros locais, transtornos do nervo olfatório,
carbono, cianeto de encefalopatia tóxica crônica, conjuntivite, queratite
hidrogênio ou seus e queratoconjuntivite, angina pectoris, infarto agudo
derivados tóxicos, do miocárdio, parada cardíaca, arritmias cardíacas,
sulfeto de hidrogê- bronquite, edema pulmonar agudo e pneumonite
nio (ácido sulfídrico) devido a produtos químicos, gases, fumaças e vapores.

Sílica livre Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão,


cor pulmonale, outras doenças pulmonares
obstrutivas crônicas, silicose, pneumoconiose
associada com tuberculose, síndrome de Caplan.

Alcatrão, breu, Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão, outras


betume, hulha neoplasias malignas da pele, neoplasia maligna da
mineral, parafina bexiga, dermatite alérgica de contato, outras formas
e produtos ou de hiperpigmentação pela melanina: "melanodermia".
resíduos dessas
substâncias,
causadores de
epiteliomas
primitivos da pele

Fonte: Adaptado de Brasil (2008).

Veja a lista completa de agentes químicos e doenças que


estão relacionadas a cada um deles no site do Ministério
da Saúde.

https://qrgo.page.link/jXF1F
12 Toxicologia ocupacional

A prevenção aos riscos químicos é a melhor forma de evitar danos à


saúde do trabalho. Para isso, é necessário conhecer as suas principais fontes
e consequências, de forma a traçar barreiras para a contenção da exposição dos
indivíduos no ambiente de trabalho. As medidas de proteção individual são as
melhores formas de evitar essa contaminação; por isso, devem ser adotadas,
monitoradas e incentivadas pelo setor de saúde ocupacional.

Medidas de prevenção a doenças decorrentes


da exposição a agentes químicos
As medidas de prevenção aos riscos químicos devem ser adotadas em todas
as empresas em que haja exposição a agentes tóxicos. No entanto, em algumas
delas, as medidas de proteção para o trabalhador não são aplicadas correta-
mente (BARROS; MORAIS, 2017). Na NR 15, pode-se observar que, quando
o trabalhador está exposto aos limites de tolerância previstos no Anexo 11,
é obrigatório o pagamento adicional de insalubridade. Além disso, é preciso
adotar medidas de prevenção, segurança e proteção do trabalhador, a fim de
minimizar os riscos ambientais presentes no ambiente laboral (BRASIL, 2018).
Desse modo, cabe ao empregador garantir a saúde e a segurança do traba-
lhador no ambiente de trabalho. Para isso, outras recomendações além daquelas
indicadas pela NR 15 podem ser adotadas. A Agência Europeia de Segurança
e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) estabelece uma lista de verificação para
informações aos trabalhadores sobre os riscos presentes nos ambientes de
trabalho (AGÊNCIA EUROPEIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRA-
BALHO, c2019), como você pode ver a seguir:

„„ avaliação de riscos do local de trabalho;


„„ identificação dos perigos do local de trabalho;
„„ identificação dos danos resultantes da exposição aos perigos existentes
no local de trabalho;
„„ descrição das medidas preventivas para o controle dos perigos relativos
a toda a equipe;
„„ atividades para verificação e detecção de falhas e a respectiva
comunicação;
„„ interpretação dos resultados de monitoramento de exposição ou vigi-
lância da saúde;
„„ descrição das medidas preventivas e corretivas a serem tomadas nos
trabalhos de manutenção;
Toxicologia ocupacional 13

„„ habilidade na prestação de primeiros socorros e procedimentos de


emergência.

Quando o trabalhador possui informações sobre os riscos presentes no seu


ambiente de trabalho, ele consegue identificar a fonte de emissão e proteger
a sua própria saúde. Por isso, é importante que sejam adotadas medidas de
educação continuada e de treinamentos às equipes, principalmente quando
vão iniciar as atividades laborais em um ambiente novo.
Veja no Quadro 5 algumas medidas que podem ser adotadas para a segu-
rança e a promoção da saúde do trabalhador, de acordo com o nível hierárquico
na empresa.

Quadro 5. Medidas de segurança de acordo com o nível hierárquico dentro da empresa

Nível de
Medidas
hierarquia

Nível „„ Planejar cuidadosamente a execução de cada operação en-


individual volvendo produtos químicos.
„„ Conhecer os cuidados exigidos para o manuseio seguro de
cada produto químico.
„„ Conhecer os procedimentos para situações de emergência.
„„ Contribuir no seu grupo de trabalho para o planejamento
adequado dos processos produtivos envolvendo produtos
químicos.

Nível de „„ Assumir a responsabilidade pela proteção contra os produtos


supervisão I químicos de todo o pessoal sob a sua supervisão.
„„ Desenvolver no grupo uma consciência de prevenção que
permaneça ao longo da vida.
„„ Exigir que os padrões de segurança e saúde para o manuseio
de produtos químicos sejam obedecidos.
„„ Investigar todos os incidentes e acidentes envolvendo pro-
dutos químicos.

Nível de „„ Considerar os padrões de segurança e saúde na utilização dos


supervisão II produtos químicos na avaliação do desempenho profissional.
„„ Manter o pessoal adequadamente treinado, com especial
atenção para as situações de emergência.
„„ Participar das atividades de monitorização ambiental e
biológica.
„„ Prover material informativo adequado.
(Continua)
14 Toxicologia ocupacional

(Continuação)

Quadro 5. Medidas de segurança de acordo com o nível hierárquico dentro da empresa

Nível de
Medidas
hierarquia

Nível „„ Implementar uma política de segurança química.


institucional I „„ Assegurar tecnologias, instalações e equipamentos adequa-
dos para o trabalho seguro.
„„ Manter um programa efetivo de treinamento na utilização
de produtos químicos.

Nível „„ Assegurar a adoção das melhores práticas de gestão química


institucional II disponíveis.
„„ Exigir especial atenção aos estudos de projeto para elimi-
nar, reduzir e controlar a exposição ocupacional a produtos
químicos na fase de planejamento, momento estratégico
para as correções mais efetivas, muitas vezes com custo
adicional zero.

Fonte: Adaptado de Rocha (2017).

É fundamental que o risco químico seja minimizado dentro de uma empresa.


Desse modo, alguns parâmetros podem ser adotados para controlar a situação
e promover a segurança e a saúde dos trabalhadores. Esses parâmetros seguem
um nível hierárquico de proteção, de maneira que o principal é a (tentativa
de) eliminação física do agente que causa perigo. A etapa seguinte é a sua
substituição: caso não seja possível eliminar o agente tóxico, é necessário
tentar substitui-lo. Posteriormente, o controle de engenharia deve tentar isolar
as pessoas dos perigos de intoxicação pelo agente, caso os itens anteriores não
sejam viáveis. Ademais, o controle administrativo deve favorecer mudanças
na forma de trabalho das pessoas. Por fim, o uso de equipamentos individuais
de proteção (EPIs) é a recomendação e a forma mais efetiva de proteção aos
trabalhadores (ROCHA, 2017).
Toxicologia ocupacional 15

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PEIXE, T. S.; NASCIMENTO, E. S.; PINHEIRO, F. Proteção à saúde do trabalhador: um estudo
comparativo entre regulamentações da Espanha, EUA e Brasil. RevInter: Revista Intertox
de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, v. 2, n. 3, p. 27–41, 2009.
ROCHA, N. Toxicologia ocupacional. 2017. Apresentação realizada durante a Semana
da Segurança Química da Fundacentro em outubro de 2017.
ZACARIAS, C. H. Avaliação da exposição de trabalhadores de casas de farinha ao ácido
cianídrico proveniente da mandioca, Manihot esculenta, Crantz, no Agreste Alagoano.
2011. Dissertação (Mestrado) — Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade
de São Paulo, São Paulo, 2011.
DICA DO PROFESSOR

A avaliação dos riscos das substâncias perigosas contribui para a promoção de ações de saúde e
segurança no ambiente de trabalho das empresas.

Por isso, nesta Dica do Professor, você vai conhecer um pouco mais sobre a avaliação dos riscos
de substâncias perigosas presentes nos ambientes de trabalho.

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EXERCÍCIOS

1) A toxicologia ocupacional é a área da toxicologia que atua na identificação, na análise


e no mecanismo de ação de elementos químicos tóxicos que estão presentes em
ambientes laborais. Com base nessa definição, quais os principais objetivos da
toxicologia ocupacional para o trabalhador?

A) Gerenciamento dos riscos ocupacionais presentes nos ambientes de trabalho, bem como
prevenir os efeitos tóxicos à saúde do trabalhador, em consequência da exposição aos
agentes químicos, de modo a avaliar e gerenciar sistematicamente esses elementos.

B) Gerenciar a prevenção dos efeitos tóxicos à saúde do trabalhador, combater os agentes


químicos e gerenciar e eliminar as radiações ionizantes presentes no ambiente laboral.

C) Gerenciamento dos riscos ocupacionais presentes nos ambientes de trabalho e na vida do


trabalhador.

D) Gerenciar a exposição aos agentes químicos e físicos e avaliar os seus elementos presentes
no ambiente laboral do trabalhador.
E) Promover a gestão da saúde do trabalhador como um todo, em seu princípio de
integralidade, de acordo com as normas regulamentadoras.

2) A manipulação de agentes químicos no Brasil é regulamentada pelo Ministério do


Trabalho de acordo com a NR-15. A NR-15 foi elaborada com base nas normas da
ACGIH, que define o nível de insalubridade aceitável ao trabalhador exposto a
agente químico. Como são determinados o limite de tolerância e o grau de
insalubridade do trabalhador de acordo com a NR-15 e as normas da ACGIH?

A) O limite de tolerância é determinado de acordo com a concentração ou intensidade da


exposição, assim determina se a insalubridade atingiu o grau máximo (40% de adicional),
o grau médio (20% de adicional) ou o grau mínimo (10% de adicional salarial).

B) O limite de tolerância é verificado pela concentração ou intensidade da exposição,


relacionada à natureza e ao tempo de exposição do trabalhador ao agente químico. Assim,
determina se a insalubridade atingiu o grau máximo (40% de adicional), o grau médio
(20% de adicional) ou o grau mínimo (10% de adicional salarial).

C) Os limites de exposição do trabalhador são determinados pela massa por volume de ar


(mg/m3) e/ou volume por volume de ar, ou seja, em partes por milhão (ppm), a depender
das características da substância. Posteriormente é determinado o grau de insalubridade
atingindo, se grau máximo (40% de adicional), se grau médio (20% de adicional) ou se
grau mínimo (10% de adicional salarial).

D) O limite de tolerância é determinado como a concentração ou intensidade da exposição e


pela massa por volume de ar (mg/m3) e/ou volume por volume de ar. De acordo com esse
valor é determinado o grau de insalubridade atingindo, se grau máximo (40% de
adicional), se grau médio (20% de adicional) ou se grau mínimo (10% de adicional
salarial).

E) Os limites de exposição do trabalhador são determinados pela massa por volume de ar


(mg/m3) e/ou volume por volume de ar, mais o tempo de exposição do trabalhador ao
agente químico. Assim, determina se a insalubridade atingiu o grau máximo (40% de
adicional), o grau médio (20% de adicional) ou o grau mínimo (10% de adicional salarial).

3) A exposição do trabalhador ao agente químico pode causar diversas doenças de


caráter ocupacional. Essas doenças dependerão de alguns fatores, como a fonte de
transmissão, ou seja, o tipo do agente químico. Os frentistas de posto de combustível
atuam recorrentemente sobre a exposição de agentes químicos, sendo que um deles é
provocado pelo processo de combustão incompleta, por motores de combustão
interna. A qual agente químico os frentistas estão expostos e quais doenças eles
podem desenvolver?

A) Estão expostos ao arsênio e seus compostos arsenicais, podendo desenvolver doenças


como neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão, queratite, rinite crônica, ulceração ou
necrose do septo nasal, entre outras.

B) Estão expostos ao iodo, que pode causar conjuntivite, faringite aguda, laringotraqueíte
aguda, sinusite crônica, bronquite, pneumonite, entre outras doenças.

C) Estão expostos ao flúor ou seus compostos tóxicos, que podem causar conjuntivite, rinite
crônica, bronquite, pneumonite, entre outras doenças.

D) Estão expostos ao chumbo ou seus compostos tóxicos, que podem provocar doenças como
anemias em razão de transtornos enzimáticos, hipertensão arterial, arritmias cardíacas,
gota induzida pelo chumbo, efeitos tóxicos agudos, entre outras.

E) Estão expostos ao monóxido de carbono e podem desenvolver doenças como transtornos


do nervo olfatório, encefalopatia tóxica crônica, conjuntivite, parada cardíaca, arritmias
cardíacas, entre outras.

4) As medidas de prevenção aos riscos químicos devem ser adotadas em todas as


empresas com exposição de agentes tóxicos. A Agência Europeia de Segurança e
Saúde no Trabalho (2019) estabelece uma lista de verificação para informações aos
trabalhadores. Quais as recomendações indicadas pela agência para a promoção da
segurança do trabalhador no ambiente de trabalho?
A) Identificação dos perigos do local de trabalho, descrição das medidas preventivas para
controle dos perigos relativas a toda a equipe, interpretação dos resultados de
monitoramento de exposição ou vigilância da saúde e avaliação de riscos do local de
trabalho.

B) Avaliação dos riscos presentes dentro e fora do ambiente de trabalho, monitoramento de


exposição ou vigilância da saúde, habilidade na prestação de primeiros socorros e
procedimentos de emergência.

C) Habilidade na prestação de primeiros socorros, procedimentos de emergência (somente


quando não houver um profissional qualificado) e identificação dos perigos do local de
trabalho.

D) Atividades para verificação, detecção e comunicação de falhas nos equipamentos


(principalmente nos equipamentos de segurança) e descrição das medidas preventivas e
corretivas a serem tomadas nos trabalhos de manutenção.

E) Avaliação de riscos do local de trabalho, descrição das medidas preventivas e corretivas a


serem tomadas nos trabalhos de manutenção e encaminhamento de equipamentos
danificados para manutenção.

5) É fundamental que o risco químico seja minimizado dentro de uma empresa. Desse
modo, alguns parâmetros podem ser adotados para controlar a situação e promover
a segurança e a saúde dos trabalhadores. Esses parâmetros seguem um nível
hierárquico de proteção. De acordo com o nível de hierarquia e importância da ação
para evitar a contaminação do trabalhador, qual a sequência correta de segurança
que se deve realizar em um ambiente de trabalho com exposição a agentes tóxicos?

A) Controle de engenharia, controle administrativo, eliminação, substituição e uso de


EPI.

B) Controle de engenharia, controle administrativo, uso de EPI, eliminação e


substituição.
C) Eliminação, substituição, controle de engenharia, controle administrativo e uso de
EPI.

D) Uso de EPI, eliminação, substituição, controle de engenharia e controle


administrativo.

E) Uso de EPI, controle de engenharia, controle administrativo, eliminação e


substituição.

NA PRÁTICA

A contaminação de profissionais da saúde por substâncias presentes em medicamentos é um fato


recorrente. Os profissionais da saúde, especialmente os da enfermagem, que prestam cuidados
de forma integral aos pacientes, estão expostos à inalação química durante o preparo dos
medicamentos, o que pode trazer consequências e riscos à sua saúde.

Veja como isso pode acontecer.

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SAIBA MAIS

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:

Substâncias perigosas

Neste site você vai encontrar informações da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no
Trabalho sobre substância perigosas presentes nos ambientes de trabalho, assim como fatores de
prevenção à exposição.

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Dados sobre a intoxicação

Aqui você vai encontrar informações atualizadas do Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas (Sinitox) sobre dados nacionais de intoxicação e agentes tóxicos registrados em
trabalhadores.

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Norma Regulamentadora 15 e seus anexos

Saiba mais sobre a NR-15 e aprofunde seus conhecimento sobre os agentes químicos e tóxicos
presentes nos ambientes de trabalho.

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