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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS


Centro de Ciências da Saúde

Oncologia e Terapia Nutricional

Atuação do farmacêutico no cuidado


ao paciente oncológico

Curso: Farmácia

11 de agosto de 2022
Sumário
1) Atuação do farmacêutico em serviços de 5) Adesão da farmacoterapia em Oncologia
saúde 6) Danos e agravos induzidos pelo
o Contribuição dos serviços clínicos do tratamento
farmacêutico em equipes multidisciplinares; 7) Prática farmacêutica em Oncologia
o Evolução dos serviços farmacêuticos no o Operacionalização;
mundo; o Pacientes elegíveis;
o Evolução dos serviços farmacêuticos no o Encaminhamento para o farmacêutico;
Brasil;
8) Tipos de serviço aliada às necessidades
o Serviços e procedimentos farmacêuticos. de saúde
2) Linha de cuidado em Oncologia o Educação em saúde;
o Paciente oncológico o Monitorização terapêutica de medicamentos;
o Opções de tratamento o Conciliação medicamentosa;
3) Medicamentos em pacientes oncológicos 9) Revisão da farmacoterapia
4) Riscos da farmacoterapia em Oncologia 10) Acompanhamento farmacoterapêutico
o Falta de efetividade; 11) Gestão da condição de saúde.
o Hospitalizações;

o Eventos adversos. 2
Atuação do farmacêutico nos serviços
de saúde
 A contribuição dos serviços clínicos farmacêuticos em
equipes multidisciplinares de saúde.

“A redefinição dos modelos de cuidados prestados por


farmacêuticos, não irá acontecer se nós simplesmente
continuarmos fazendo o mesmo que temos feitos e investindo
nossos escassos recursos da mesma forma. É hora de sermos
ousados e contundentes em nossas ações. Precisamos de
uma revolução na maneira de pensar a prática farmacêutica,
que nos coloque na vanguarda dos cuidados ao paciente”.
Henri R. Manasse

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Atuação do farmacêutico nos serviços de saúde

 Evolução dos serviços clínicos farmacêuticos no mundo

M. MACHUCA F. STRAND E HEPLER. (EUA)


FERNÁNDEZLLIMÓS M. J. BRODIE E Em 1978 surge o conceito
FAUS. (ESPANHA) BENSON.(EUA) de Pharmaceutical Care.
Consenso em 2001, que Afirmaram na década de E em 1990, graças ao
incluiu as outras 1960 que os artigo intitulado
atividades no conceito de farmacêuticos deveriam “Oportunidade e
Atenção Farmacêutica. ser responsáveis responsabilidade em
Dispensação, a indicação pelo controle do uso de Atendimento
de medicamentos que medicamentos. Surge, farmacêutico”. Provisão
não necessitam de um modelo de prática responsável do
receita médica, educação farmacêutica, aplicado tratamento farmacológico
sanitária, especialmente em com o propósito de
farmacovigilância, o hospitais, denominado melhorar a qualidade
seguimento Farmácia Clínica. de vida do paciente.
Farmacoterapêutico

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Atuação do farmacêutico nos serviços de saúde

 Evolução dos serviços clínicos farmacêuticos no Brasil

 Farmácia Clinica Hospitalar. Natal (RN), 1970, 1980.


 Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica – Atenção Farmacêutica.
Trilhando Caminhos. OMS,OPAS, MS, CFF, SBRAF... - 2002.
 Publicação do Guia Básico de Implantação dos Serviços Farmacêuticos na
Farmácia Comunitária. CRFRJ, 2011.
 I Oficina sobre Serviços Farmacêuticos em Farmácias Comunitárias, 2012.
 Resoluções 585 e 586. (CFF, 2013)
 I Encontro Nacional de Educadores da Área Clínica. (CRFRS e CFF, 2015).
 ProFar – Programa de Suporte ao Cuidado Farmacêutico na Atenção à Saúde.
(CFF, 2016).

5
Atuação do farmacêutico nos serviços de saúde

 Serviços e procedimentos farmacêuticos

6
Linha de cuidado em Oncologia
 Estratégias

Decisão terapêutica Cuidados paliativos


Atenção primária Rastreamento Diagnóstico
Planejamento Cuidados de fim de
Tratamento vida
Estilo de vida (para cânceres passíveis Citopatologia
saudáveis de detecção precoce) Patologia
Imunohistoquímica (tríade: cirurgia, Acompanhamento
Quimio e Radio) Pós-tratamento

Navegador PACIENTE ONCOLÓGICO

7
Linha de cuidado em Oncologia

 Dia do diagnóstico

PACIENTE
ONCOLÓGICO
8
Linha de cuidado em Oncologia

 Estratégias
FARMACÊUTICO

Decisão terapêutica Cuidados paliativos


Atenção primária Rastreamento Diagnóstico
Planejamento Cuidados de fim de
Tratamento vida
Estilo de vida (para cânceres passíveis Citopatologia
saudáveis de detecção precoce) Patologia
Imunohistoquímica (tríade: cirurgia, Acompanhamento
Quimio e Radio) Pós-tratamento

Navegador MEDICAMENTOS

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Linha de cuidado em Oncologia
 Estratégias

10
Medicamentos em pacientes oncológicos

11
Medicamentos em pacientes oncológicos

 Riscos da farmacoterapia em oncologia

12
Medicamentos em pacientes oncológicos

 Riscos da farmacoterapia em oncologia

Efetividade
Terapêutica

Eventos
Adversos

Hospitalização

Morte
13
Medicamentos em pacientes oncológicos

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Linha de cuidado em Oncologia

 Taxa de adesão de 74% após um ano de


mulheres em terapia hormonal;
 26,4% dos pacientes deixam de aderir ao
 37% de não adesão aos anti-hipertensivos,
uso do Imatinibe em 5 anos após o diagnóstico;
75% de não adesão aos medicamentos para
 Não há obtenção de resposta molecular completa
diabetes e 39% de não adesão às estatinas
se a adesão ao tratamento for ≤ 90% e não se
em mulheres em tratamento hormonal de
atingir resposta molecular maior se a adesão for
câncer de mama.
≤ 80%.

 Em cuidados paliativos ao paciente com câncer as taxas de


adesão podem variar substancialmente de 24,7% a 88,9%.

15
Danos e agravos induzidos pelo
tratamento
 Alterações hematológicas
 Alterações cardiovasculares;
 Dor
Alterações gastrointestinais;
 Alterações dermatológicas;
 Alterações do metabolismo e
distúrbios nutricionais;
 Alterações neurológicas;
 Alterações renais e urinárias
 Outros.

16
Prática farmacêutica em Oncologia

17
Prática farmacêutica em Oncologia

Gestão do
Uso Seguro
Racional

Gestão do
Medicamento

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Atuação clínica do farmacêutico
 Por que ampliar a atuação clínica do farmacêutico na
equipe do Projeto Oncorede?

Especializado em identificar, compreender as causas, mitigar, propor


soluções para problemas na farmacoterapia e monitorar e avaliar
desfechos.

Otimiza resultados em saúde dos pacientes em colaboração com a


equipe.

Reduz custos pela contribuição no


desfecho clínico favorável e no uso
eficiente de recursos.
19
Atuação clínica do farmacêutico

 Processo global: Operacionalização

Comunicação com a equipe


Definição de Identifica necessidade
pacientes elegíveis Encaminhamento do paciente e seleciona
(Operadoras/prestadores para o farmacêutico serviço/procedimento
de serviço) (farmacêutico)

Realiza a consulta (farmacêutico)


 Identifica problemas / causas
 Propõe e implanta soluções;
 Avalia resultados (alta de serviço, nova consulta, encaminhamento
a outros profissionais / serviços.

20
Atuação clínica do farmacêutico

 Pacientes elegíveis

 Qualquer paciente em uso de antineoplásico apresenta alto risco


farmacoterapêutico e se beneficia da consulta farmacêutica.

Critérios de risco Decisão da


farmacoterapêutico operadora / prestadora Usuário Elegível
/ linha de cuidado de serviços

Paciente em uso de medicamentos Polimedicamento (≥ 5 medicamentos) com condições


antineoplásico por via oral especiaiais (gestante, hepatopata, renal, etc)

Paciente em uso de antineoplásico


com menos de 5 anos de mercado Paciente em cuidado paliativo

Paciente em tratamento
quimioterápico adjuvante HIPERUTILIZADORES DE SERVIÇOS
21
Atuação clínica do farmacêutico

 Encaminhamento para o farmacêutico

22
Atuação clínica do farmacêutico

 Definição do tipo de serviço aliada às necessidades de saúde

23
Educação em saúde

SERVIÇO EDUCAÇÃO EM SAÚDE


“Serviço que Nível • Tratamento, pós-tratamento e cuidados
compreende paliativos.
diferentes Necessidades de saúde • Autonomia para manter-se saudável e para
estratégias cura ou controle de condições de saúde.
educativas, as Fontes dos dados • Entrevista com pacientes ou cuidador,
quais integram os clínicos grupo de pacientes ou profissionais.
saberes popular e Parâmetros avaliados • Necessidade educacional
científico, de pelo farmacêutico
modo a contribuir
Retorno do paciente • Desejável
para aumentar (follow up)
conhecimentos,
Produto (output) • Aumento do conhecimento, habilidade,
desenvolver
atitude ou autonomia do paciente sobre
habilidades e seu tratamento ou condições de saúde.
atitudes sobre
Quem recebe o produto • Paciente ou cuidador, grupo de pacientes,
os problemas
comunidade ou profissionais
de saúde e seus
tratamentos”. Momento em que o • A qualquer episódio de contato;
serviço acontece • Campanhas de saúde.

24
Educação em saúde

O uso de materiais informativos para paciente oncológicos,


elaborados por farmacêuticos, também, vem sendo descrito
como um excelente suporte, na estratégia de educação em
saúde. Essas ferramentas auxiliares no processo de
educação em saúde favorecem a adesão dos pacientes ao
tratamento, esclarecem dúvidas e ajudam na rememoração
das questões abordadas durante a comunicação verbal.
25
Educação em saúde
Ação interdisciplinar envolvendo
médicos, farmacêuticos, enfermeiros
e outros profissionais na promoção
de orientação sobre os efeitos
adversos mais comuns com o uso da
quimioterapia e medidas de
prevenção e de controle dos
sintomas, além de proporcionar uma
esfera de apoio social de suma
importância para o paciente
oncológico.

É possível afirmar que a


utilização de intervenções
farmacêuticas, voltadas para
ações de educação em saúde,
em pacientes oncológicos tem
impacto importante no
conhecimento e atitudes sobre
a quimioterapia e seus efeitos,
e na qualidade de vida de
pacientes com câncer.
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Monitorização terapêutica de medicamentos

SERVIÇO EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Nível • Tratamento e pós-tratamento.


“Serviço que
compreende a Necessidades de • Controle, cura ou prevenção de
mensuração e a saúde complicações da doença.
interpretação dos • Prevenção e resolução de problemas
níveis séricos de relacionados à farmacoterapia.
fármacos, com o Fontes dos dados • Receita;
objetivo de clínicos • Determinação da concentração
plasmática do fármaco.
determinar as doses
individualizadas Parâmetros avaliados • Nível plasmático em relação à janela
necessárias para a pelo farmacêutico terapêutica e outros parâmetros de
segurança.
obtenção de
concentrações Retorno do paciente • Necessário
plasmáticas (follow up)
efetivas e seguras”. Produto (output) • Resultado do nível plasmático e
recomendação de ajuste, se necessário.
Quem recebe o • Prescritor
produto
Momento em que o • Durante a hospitalização;
serviço acontece • Encontro agendado.
27
Monitorização terapêutica de medicamentos

Quem se beneficia?

 Pacientes em uso de fármacos com janela terapêutica estreita;


 Pacientes que apresentam toxicidades graves ou inesperadas;
 Pacientes que apresentam falha terapêutica / falta de resposta
terapêutica;
 Pacientes com problemas de adesão ao tratamentos ou interações
medicamentosas previstas;
 Financiador / Prestador do sistema.

28
Monitorização terapêutica de medicamentos

 Imunossupressores (ciclosporina, tacrolimo);


 Bussulfano;
 Metotrexato;
 5-fluorouracil;
 Imatinib, nilotinib, dasatinib, erlotinib,
sunitinib, sorafenib;
 Rituximab, cetuximab;
 Fludarabina;
 Carboplatina;
 Outros:, antibióticos, antiepilépticos,
psicoativos, antiarrítmicos, digoxina e
teofilina.

 Aminoglicosídeos;
 Vancomicina;
 Antipilépticos. 29
Monitorização terapêutica de medicamentos

Objetivos:
 Otimização de doses e resultados (segurança/efetividade);
- ajuste de doses considerando identificação de diferenças farmacocinéticas
individuais, variações nos processos de absorção, distribuição, metabolismo e
excreção em função de idade, genótipo etc.
- ajuste de doses considerando co-morbidades como falência renal e hepática
influenciando na excreção e metabolismo, desordens gastrointestinais
influenciando na absorção, farmacocinética não linear, interação entre fármacos.
 Otimização de recursos financeiros;
 Contribui para a melhoria da qualidade dos cuidados em saúde prestados.

30
Conciliação de medicamentos
“Serviço pelo qual o
farmacêutico elabora
uma lista precisa de SERVIÇO CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA
todos os Nível • Tratamento, pós-tratamento e cuidados
medicamentos paliativos.
utilizados pelo paciente, Necessidades de • Controle, cura ou prevenção de
conciliando as saúde complicações da doença;
informações do • Prevenção e resolução de problemas
relacionados à farmacoterapia.
prontuário, da
prescrição, do Fontes dos dados • Receitas;
paciente, de clínicos • Lista ou sacolas de medicamentos;
• Entrevista com o paciente;
cuidadores, entre
• Prontuário.
outras. Este serviço é
geralmente prestado Parâmetros avaliados • Acurácia da lista de medicamentos.
quando o paciente Retorno do paciente
transita pelos • Desnecessário
(follow up)
diferentes níveis de
Produto (output) • Lista conciliada de medicamentos.
atenção ou por
distintos serviços de • Prescritor;
Quem recebe o
saúde, com o • Paciente ou cuidador.
objetivo de diminuir as produto
discrepâncias Momento em que o • Na transição ou transferência entre
não intencionais” serviço acontece níveis ou serviços de saúde. 31
Conciliação de medicamentos

CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS REALIZADA PELO FARMACÊUTICO


 17 estudos (8 Ensaios Clínicos Controlados Randomizados) – 21.342 pacientes
 Redução em 67% no risco de internação hospitalares relacionados a EAM
 Redução em 28% nas visitas à emergência
 Redução em 19% nas readmissões hospitalares

32
Conciliação de medicamentos

 Conciliação de medicamentos aumenta a segurança dos medicamentos em


pacientes oncológicos, minimizando os erros que atingem o paciente.
 Mais de um terço de todos os pacientes necessita realizar conciliação de
medicamentos antes início de um novo regime de quimioterapia.
 Conciliação de medicamentos é uma prática custo-efetiva para pacientes
oncológicos.

33
Revisão da Farmacoterapia

“Serviço pelo qual o farmacêutico


faz uma análise estruturada e
crítica sobre os medicamentos Revisão Clínica
utilizados pelo paciente, com os Serviço mais remunerado
objetivos de minimizar a nos sistemas de saúde por
ocorrência de problemas
sua capacidade de
relacionados à farmacoterapia,
melhorar a adesão ao tratamento resolução e de cobertura.
e os resultados terapêuticos, bem
como reduzir o desperdício de
recursos”.

34
REVISÃO DA FARMACOTERAPIA
SERVIÇO
ANÁLISE DA REVISÃO DA FARMACOTERAPIA REVISÃO CLÍNICA DA
PRESCRIÇÃO FOCADA NA ADESÃO FARMACOTERAPIA

Nível • Tratamento, pós-tratamento e cuidados paliativos.

Necessidades • Controle, cura ou prevenção de complicações da doença;


de saúde • Prevenção e resolução de problemas relacionados à farmacoterapia.
Fontes dos • Receita; • Receita; • Receita;
dados clínicos • Prontuário do paciente. • Prontuário do paciente; • Prontuário do paciente;
• Sacola de medicamento; • Sacola de medicamento;
• Entrevista com o paciente; • Entrevista com o paciente;
• Exames
Parâmetros • Necessidade, eficácia e • Adesão do paciente e forma • Necessidade, efetividade e
avaliados pelo segurança da terapia; de uso dos medicamentos. segurança da terapia;
farmacêutico • Erros de medicação. • Adesão do paciente.
Retorno do • Desnecessário • Desnecessário • Desejável
paciente
(follow up)
Produto • Lista de problemas • Lista de medicamentos dos • Lista de problemas
(output) identificados paciente, incluindo modo de identificados,
uso da forma farmacêutica, recomendações ao paciente
frequência de administração ou a equipe.
e instruções adicionais .
Quem recebe • Prescritor • Paciente • Paciente ou equipe de
o produto saúde
Momento em • Por demanda do • Consulta agendada • Consulta agendada
que o serviço paciente ou prescritor;
acontece • Durante a hospitalização
35
Revisão da Farmacoterapia

Pesquisa realizada no Dana Faber Cancer Institute, foram revisadas 10.112


prescrições de medicamentos de 1.606 pacientes (15% pediátricos).
Resultados: foram encontrados taxas de erro de 3% nas prescrições de adultos
de 3% nas prescrições pediátricas, incluindo 2% de prescrições com potencial
para causar agravo.

36
Revisão da Farmacoterapia

Revisados 1.262 registros de pacientes adultos com câncer e 117 de pacientes


pediátricos, que geraram 11.908 medicamentos prescritos (913 medicamentos
de uso pediátrico) no ambulatório de três clínicas nos Estados Unidos.
Resultados: 90 erros de prescrição de pacientes adultos, sendo que 55 tinham
potencial para causar dano ao paciente. Pacientes pediátricos foram identificados
22 erros de medicação. Sendo que, 57,1% tinham potencial para causar dano ao
paciente. Somente 4% dos erros foram interceptados antes de chegar ao
paciente. 37
ACOMPANHAMENTO SERVIÇO ACOMPANHAMENTO
FARMACOTERAPÊUTICO FARMACOTERAPÊUTICO

Nível • Tratamento e cuidados paliativos.


“Serviço pelo qual o Necessidades de • Controle, cura ou prevenção de
farmacêutico realiza o saúde complicações da doença;
gerenciamento da • Prevenção e resolução de problemas
farmacoterapia, por relacionados à farmacoterapia.
meio da análise das
condições de saúde, dos Fontes dos dados • Prontuário;
fatores de risco e do clínicos • Entrevista com o paciente;
tratamento do paciente, da • Exames;
implantação de um • Receitas relacionadas;
conjunto de intervenções • Sacola de medicamentos.
gerenciais, educacionais e Parâmetros avaliados • Necessidade, efetividade e segurança
do acompanhamento do
paciente, com o objetivo da terapia, adesão do paciente.
principal de prevenir e
Retorno do paciente • Necessário
resolver problemas da
(follow up)
farmacoterapia, a fim de
alcançar bons resultados Produto (output) • Objetivos terapêuticos atingidos para
clínicos, reduzir os toda a farmacoterapia.
riscos, e contribuir para Quem recebe o • Paciente / cuidador ou equipe de saúde
a melhoria da eficiência produto
e da qualidade da
atenção à saúde”. Momento em que o • Consulta agendada
serviço acontece
38
Acompanhamento Farmacoterapêutico

INFLUÊNCIA DA ADESÃO NA RESPOSTA AO TRATAMENTO DOS


PACIENTES COM LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA EM USO DE
MESILATO DE IMATINIBE NO HOSPITAL DE CÂNCER DO INCA

O acompanhamento
farmacoterapêutico
proporcionou a
identificação de pacientes
sem adesão e as
intervenções contribuíram
para melhoria da resposta
ao tratamento

39
Acompanhamento Farmacoterapêutico

 Os pacientes consideram importantes e úteis as intervenções lideradas pelo


farmacêutico em oncologia.
 86% dos pacientes oncológicos percebem que é ''absolutamente necessário''
discutir o tratamento inicial com um farmacêutico.
 76% dos pacientes oncológicos solicitam um farmacêutico nas suas visitas de
acompanhamento
 83% dos pacientes oncológicos relatam que estão dispostos a pagar pelo
serviço farmacêutico de acompanhamento.
40
Acompanhamento Farmacoterapêutico

 40% dos pacientes apresentaram reação adversa a quimioterapia, 20%


estavam com a terapia inapropriada e 18% estavam com alguma não
conformidade na prescrição;
 Recomendações dos farmacêuticos: 25% modificação do monitoramento
laboratorial, 12% mudança da farmacoterapia e 7% descontinuidade da
farmacoterapia;
 Pacientes que se submeteram a intervenção farmacêutica apresentaram maior
tendência de estar em quimioterapia no final do estudo. 41
Acompanhamento Farmacoterapêutico

Revisados 1.262 registros de pacientes adultos com câncer e 117 de pacientes


pediátricos, que geraram 11.908 medicamentos prescritos (913 medicamentos
de uso pediátrico) no ambulatório de três clínicas nos Estados Unidos.
Resultados: 90 erros de prescrição de pacientes adultos, sendo que 55 tinham
potencial para causar dano ao paciente. Pacientes pediátricos foram identificados
22 erros de medicação. Sendo que, 57,1% tinham potencial para causar dano ao
paciente. Somente 4% dos erros foram interceptados antes de chegar ao
paciente. 42
SERVIÇO ACOMPANHAMENTO
FARMACOTERAPÊUTICO
GESTÃO DA CONDIÇÃO • Tratamento e cuidados paliativos.
DE SAÚDE Nível
Necessidades de • Controle, cura ou prevenção de
saúde complicações da doença;
“Serviço pelo qual se • Prevenção e resolução de problemas
realiza o gerenciamento relacionados à farmacoterapia.
de determinada Fontes dos dados • Prontuário;
condição de saúde, já clínicos • Entrevista com o paciente;
estabelecida, ou de fator • Exames;
de risco, por meio de um • Receitas relacionadas à condição;
conjunto de intervenções • Sacola de medicamentos.
gerenciais, educacionais
Parâmetros avaliados • Necessidade, efetividade e segurança
e no cuidado, com o
da terapia, adesão do paciente.
objetivo de alcançar bons
resultados clínicos, reduzir Retorno do paciente • Necessário
riscos e contribuir para (follow up)
a melhoria da eficiência • Objetivos terapêuticos atingidos para
e da qualidade da Produto (output)
a condição de saúde
atenção à saúde”.
Quem recebe o • Paciente / cuidador ou equipe de saúde
produto
Momento em que o • Consulta agendada
serviço acontece

43
Gestão da condição de saúde

Descreveram a relevância da utilização da gestão da condição de


saúde de forma precoce em pacientes com câncer avançado que
necessitam de cuidados paliativos. Essa estratégia pode,
segundo os autores, melhorar o controle dos sintomas, reduzir a
angústia do paciente ao longo da terapia e atender as
preferências dos pacientes, melhorando sua qualidade de vida.
44
Gestão da condição de saúde

 4915 pacientes CA mama: 1874 sofreram intervenção e 3041


receberam cuidado padrão.
 3 anos após o início da terapêutica: 32,7% dos paciente que
receberam o serviço descontinuaram o tratamento x 39,6% dos que
não receberam.
 O serviço teve um impacto positivo na adesão dos pacientes com CA
de mama.
45
Gestão da condição de saúde

 Importante melhora da adesão a terapia medicamentosa


(88.6% vs 65.8%, p=0.0046), foi demonstrada por Lam e
Cheung (2016), ao avaliarem o impacto da realização da
gestão da condição de saúde por farmacêuticos em pacientes
com leucemia mieloide crônica (LMC).
46
Organização dos medicamentos

Procedimento Organização dos medicamentos


farmacêutico

Nível • Tratamento e cuidados paliativos.

Necessidades de saúde • Organização da rotina diária de medicação para simplificar a


utilização e corrigir eventuais erros de administração a fim de
prevenir e resolver problemas relacionados à farmacoterapia.
Fontes dos dados • Entrevista com o paciente / cuidador;
clínicos • Receita / prontuário.
Parâmetros avaliados • Adesão do paciente e forma de uso dos medicamentos
pelo farmacêutico
Retorno do paciente • Necessário
(follow up)
Produto (output) • Tabelas de horários, etiquetas, folderes, etc, para apoiar a adesão;
• Notificação ao prescritor
Quem recebe o produto • Paciente/ cuidador;
• Prescritor

Momento em que o • A qualquer episódio de contato


serviço acontece

47
Organização de medicamentos

48
OS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
PODEM IMPACTAR POSITIVAMENTE O
SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR NO
BRASIL?

49
Obrigada!

50

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