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ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Proc. n° 4461/05

LEI N° 4.438 DE 09 DE OUTUBRO DE 2006

"INSTITUI O PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SÃO


CAETANO 00 SUL - 2006/2015. E, DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS" .

JOSÉ AURICCHIOJÚNIOR, Prefeito Municipal de São Caetano do Sul, no uso


das atribuições que lhe são legais, e nos termos do artigo 69, inciso XI, da Lei Orgânica do
Município de São Caetano do Sul,

FAZ SABER, que a Câmara Municipal aprovou e ele sancionou e promulgou a


seguinte Lei,

T'íTULOI
PRINCiplOS E OBJETIVOS

Artigo 10 - Em atendimento ao artigo 182 da Constituição Federal e da Lei n° 10.257, de


10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade - e da Lei Orgânica do Municípiode
São Caetano do Sul, aprova-se nos termos desta lei o Plano DiretorEstratégico
do Município de São Caetano do Sul - PDE-SCS.
§ 10 - O principio fundamental deste PDE-SCS é garantir a função social da
propriedade, que compreende o desenvolvimento sócio-econômico com
sustentabílidade urbano-ambienta!.

§ 20 - O âmbito de atuação do PDE-SCS é toda a extensão territorialdo município.


§ 30 - O horizonte do PDE-SCS é o ano de 2015, com revisões periódicas, sendo que
a primeiraserá realizada até o ano de 2010.
§ 40 - As proposições do PDE-SCS serão revistas considerando-se o desempenho de
indicadores populacionais e sócio-econômicos produzidos por entidades oficiais
de pesquisa.

Artigo 20 - São objetivos gerais do PDE-SCS:

I. Ordenar e disciplinar o desenvolvimento urbano, econômico, social e


administrativo de modo a propiciar o bem estar da comunidade;
11. Implantar o processo permanente de planejamento urbano;
111. Preservar o meio ambiente natural e artificial do município;
IV. Valorizar e preservar o patrimônio ambiental, histórico e cultural do
município;
V. Desenvolver atividades industriais, de comércio e de prestação de serviços,
como principais bases econômicas do município;
VI. Organizar o uso e a ocupação do solo no território do município;
VII. Melhorar a qualidade da oferta de infra-estrutura e equipamentos em
padrões compatíveis com as necessidades de sua população; ~.
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VIII.Garantir à administração municipal os instrumentos legais necessários ao


exercício para sua plena implantação;
IX. Criar mecanismos de participação da comunidade nos processos de gestão
e decisão.

TITULO 11
DIRETRIZES GERAIS

Artigo 3° - Os objetivosgerais serão atingidos a partirdas seguintes diretrizes:


I. Diretrizes Ambientais:
a. Monitorar. fiscalizar, proteger e preservar a qualidade do ar, solo e
águas;
b. Monitorar,fiscalizare controlaras poluições sonora e visual;
c. Proteger e valorizaráreas de valor paisagístico, ambiental e urbano;
d. Promover a universalização da coleta seletiva de lixo, reciclagem e
comercializaçãodos produtos recicláveis;
e. Garantir a disposição finaldo lixoem aterros sanitáriosregulares;
f. Manter sistemas adequados para transporte e destinação de residuos
especiais, como o lixotóxicoou o hospitalar;
g. Incentivaro desenvolvimento da consciência ecológica da população.

11. Diretrizes Sócio-Econômicas:

a. Incentivar a permanência do parque produtivo municipal local e a


implantação de serviços e atividades de alta tecnologia;
b. Promover o desenvolvimento de atividades educacionais como
sustentáculo do desenvolvimentotecnológico;
c. Garantir a excelência na Saúde por meio do desenvolvimento de
equipamentos que utilizemnovas e altas tecnologias;
d. Incentivar a excelência nos esportes olímpicos por meio de
equipamentos que propiciematividades esportivas de alto desempenho;
e. Referenciar o município como pólo de atração e desenvolvimento de
atividades culturais qualificadas.
111.Diretrizes Físico-Territoriais:

a. Implantar o projeto de requalificação do centro da cidade;


b. Implantar projetos de requal.ificação de bairros;
c. Implantar processos de melhorias urbanas nos sistemas viários da Av.
Guido Aliberti,Av. Presidente Kennedy, Av. Goiás e Av. dos Estados;
d. Implantar a hierarquização de vias criando um sistema de anéis viários
radiais e principais que permitam maior fluidez do trânsito intra-urbano e
garantam facilidades de acesso ao sistema viário regional;
e. Adensar as áreas centrais e seu entorno;
f. Melhorar as condições do sistema de drenagem das águas pluviais - J
através de ações integradas com os municípios da região e com o ur
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g. Aprimorara oferta e os padrões de equipamentos e serviços urbanos,


considerando as necessidades da população;
h. Garantir a acessibilidade universal.

Artigo 4° - Para a instrumentalizaçãodo PDE-SCS:


a. Instituir leis complementares que garantam a função social da propriedade,
ordenem o uso e ocupação do solo, condições edilícias, paisagem,
patrimônio urbano e meio ambiente;
b. Adaptar a legislação municipal ao novo ordenamento jurídico de viabilização
do PDE-SCS;
c. Reorganizar a administração municipal, com a criação de órgãos de
planejamento e controle da estrutura urbana;
d.lnstituir mecanismos que permitam a integração das ações de planejamento
propostos pelo PDE-SCS;
e. Instituir mecanismos para promoção de oferta de novas habitações;
f. Implantar sistema informatizado de cadastro multifinalitáriomunicipal e planta
genérica de valores;
g. Elaborar planos e projetos indicados no PDE-SCS.

TiTULO 111
DO ORDENAMENTOTERRITORIAL

Artigo 5° - Estabelece-se a divisão do territórioem Macrozonas considerando:

a. Predominâncias de uso;
b. Diferenciaçãode densidades populacionais;
c. Preservação e valorização de áreas de patrimônio histórico, cultural e
ambiental;
d. Áreas para implantação de equipamentos destinados à educação de nível
superior e tecnológicono município;
e. Áreas para implantação de serviços de alta tecnologia;
f. Áreas para implantação de centros de excelência esportiva e artística.
Artigo 6° - Ficam estabelecidas as seguintes Macrozonas:
a. MZ-RA - Macrozona de Alta Densidade;
b. MZ-RB - Macrozona de Baixa Densidade;
c. MZ-RC - Macrozona de Média e Alta Densidade;
d. MZ-CP - Macrozona do Centro Principal;
e. MZ-CS - Macrozona de Comércioe Serviços;
f. MZ-PI - Macrozona Industrial;
g. MZ-PT - Macrozona do Pólo Tecnológico.

§ 1° - Os anexos QUADRO N.o 01 - Macrozoneamento, e MAPA N.o 01/04 -


Macrozoneamento definem características urbanísticas e distribuiçãoespacial.

§ 2° - As características urbanísticas de cada Macrozona e sua subdivisão em Zonas


serão estabelecidas por meio de leis específicas para o Zoneamento
Estratégico (LZE-SCS)e o Códigode Edificações (CE-SCS).
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§ 3° - O poder executivo municipal elaborará a LZE-SCS e o CE-SCS conforme


diretrizes previstas no TítuloV desta lei (Sistema Municipalde Planejamento e
Gestão Democrática e Participativa) estabelecendo tanto as diretrizes
ambientais e as características urbanísticas de uso e ocupação do solo como
também as definições de suas tecnicidades como a Taxa de Ocupação,
Coeficiente de Aproveitamento, Taxa de Permeabilidade do Solo e ainda a
pormenorização dos Instrumentos Urbanísticosdo Estatuto da Cidade adotados
neste PDE-SCS, entre outros.
§ 4° - O Poder Executivo Municipalelaborará a LZE-SCS em até 240 (duzentos e
quarenta) dias após a aprovação deste PDE-SCS.
§ 5° - O Poder Executivo Municipalelaborará o CE-SCS em até 360 (trezentos e
sessenta) dias após a aprovação deste PDE-SCS.

TiTULO IV
DOS INSTRUMENTOSDO DESENVOLVIMENTOURBANO

Artigo 7° - Para ordenar e disciplinar o desenvolvimento urbano do município adotar-se-ão


os seguintes instrumentos:

a. Plano Plurianual,lei de DiretrizesOrçamentárias, lei de Orçamento Anual;


b. lei de Zoneamento Estratégico -LZE-SCS; .

c. Diretrizespara o Zoneamento Ambiental;


d. Planos Especiais de Urbanização;
e. InstrumentosJurídico-Urbanísticosdo Estatuto da Cidade;
f. Tombamento, Desapropriação e Compensação Ambiental;
g. Tributos Municipais, Taxas e Tarifas Públicas, Contribuição de Melhoria,
Incentivose Benefícios Fiscais, Dação em Pagamento;
h. Concessão, Permissão ou Autorização de uso de bens públicos ou serviços
municipais;
i. Convênios e Parcerias nacionais e internacionais de cooperação técnica ou
institucional;
j. Termo de Ajustamentode Conduta;
k. Sistema Municipalde Planejamento e Gestão Democráticae Participativa.
Artigo8° - Os instrumentosjurídico-urbanísticosdo Estatuto da Cidade adotados serão:
a. Direito de Preferência;
b. Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios de propriedade
urbana;
c. Outorga Onerosa do direito de construir;
d. Transferência do Direito de Construir;
e. Operação Urbana Consorciada;
f. Estudo de Impacto Ambiental e de Vizinhança.

Artigo9° - O Direito de Preferência poderá ser exercido na aquisição do imóvel urbano r\./
pelo Poder Público Municipal na alienação onerosa de propriedade entre vr
particulares, conforme previsto na Seção VIIIdo Capítulo 11do Estatuto da
Cidade.
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§ 1° - O Direitode Preferência será exercido para lotes com área igualou maior que
1.000m2(milmetros quadrados) nas Macrozonas: MZ-RA.MZ-CP.MZ-CS.MZ-
PT e MZ-PI;para a destinação exclusivade:
a. Ordenamento e direcionamento do crescimento urbano;
b. Regularização fundiária;
c. Habitação de interesse social;
d. Reserva fundiária;
e. Implantação de equipamentos urbanos;
f. Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes.

§ 2° - O prazo de validade do Direito de Preferência será de 5 (cinco) anos após a


aprovação da LZE-SCS.

§ 3° - A LZE-SCS determinará a operacionalização do Direito de Preferência


estabelecendo os deveres e obrigações dos proprietários e do Poder Público
Municipal.
Artigo10 - O Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios da Propriedade
Urbana, conforme previsto na Seção 11do Capítulo 11do Estatuto da Cidade,
serão permitidos ao Poder Público Municipal para a devida utilização da
propriedade predial e/ou territorial não edificadas, não utilizadas, sub-utilizadas
ou deterioradas nas Macrozonas MZ-RA.MZ-CP. MZ-CS. MZ-PT e MZ-PI:

I. Conceitua-se imóvel sub-utilizado como aquele cujo Coeficiente de


Aproveitamento for inferior ao mínimo definido no QUADRO n° 01 desta
~; .

11. Conceitua-se solo urbano não edificado aos terrenos e glebas com área
igualou superior a 1.000m2 (mil metros quadrados) cujo Coeficiente de
Aproveitamento for inferior a 0,02 (dois centésimos);
111.Conceitua-se solo urbano não utilizado às edificações que estejam
comprovadarnente desocupadas há pelo menos 3 (três) anos, salvo
resguardo judicial;
IV. Conceitua-se solo urbano deteriorado aos terrenos, glebas ou edificações
que apresentem precariedade de conservação, riscos de segurança fisica
ou comprometimento de condições higiênicas, comprovadas pela
. fiscalização do Poder Público Municipal.

§ 1° - A notificação para os proprietários dos imóveis enquadrados nesse artigo far-


se-á: .

I. Pelo Poder Público Municipal;


11. Por Edital após 3 (três) tentativas frustradas do Inciso anterior.

§ 2° - Os proprietários notificados deverão no prazo máximo de 1 (um) ano após a


notificação solicitara aprovação e execução do parcelamento ou da edificação
e executar as obras e serviços necessários em até 3 (três) anos.
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Artigo 11 A aplicação de alíquotas progressivas no tempo do Imposto sobre a


Propriedade Predial e Territorial Urbano, o IPTU progressivo, conforme previsto
na Seção IV do Capitulo 11do Estatuto da Cidade, será permitida ao Poder
Público Municipal, com aumento anual da alíquota pelo prazo de 5 (cinco) anos
consecutivos, a partir do descumprimento dos prazos e etapas previstas no
artigo anterior.

§ 1° - Após 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o cumprimento


das obrigações do artigo anterior pelo proprietário, o município pode proceder a
desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública,
conforme previsto na Seção IV do Capítulo 11do Estatuto da Cidade.

§ 2° - O imóveldesapropriado será incorporado ao patrimôniopúblico.


§ 3° - A LZE-SCS determinará a operacionalização do IPTU progressivo e o Poder
Público Municipalestabelecerá, em lei especifica, os critérios e limites do
aumento gradual das alíquotas, manutenção de alíquota máxima, impedimento
de isenções, critérios para a desapropriação com títulos públicos resgatáveis
em até 10 (dez) anos, indenizações, juros, e demais assuntos pertinentes.
Artigo 12 - A concessão da Outorga Onerosa do Direito de Construir, conforme previsto na
SeçãO IX do Capítulo 11do Estatuto da Cidade, será facultada pelo Poder
Público Municipal mediante contrapartida financeira, em obras de infra-estrutura
ou ainda na forma de Dação em Pagamento.

§ 1° - A Outorga Onerosa do Direitode Construir será aplicada nas Macrozonas MZ-


RA. MZ-RC. MZ-CP. MZ-CS. MZ-PI. MZ-PT até o Coeficiente de
Aproveitamentomáximoprevisto no QUADROn° 1.
§ 2° - A LZE-SCSdeterminará a operacionalização da Outorga Onerosa do Direitode
Construir estabelecendo entre outros, os critérios e limites para o cálculo das
contrapartidas, formas de pagamento e demais assuntos pertinentes.
Artigo13 - A Transferência do Direito de Construir, conforme previsto na Seção XI do
Capítulo 11do Estatuto da Cidade, ocorrerá para os imóveis declarados de
utilidade pública que poderão transferir a totalidade do Coeficiente de
Aproveitamento básico não utilizado para os terrenos localizados nas
Macrozonas MZ-RA.MZ-CP.MZ-CS.MZ-PTe MZ-PIe nas áreas de Operação
Urbana Consorciada indicadas no artigo 14 sem ônus.
§ 1° - O proprietário que doar o imóvel declarado de utilidade pública ao município
poderá transferir a totalidade do Coeficiente de Aproveitamento para os
terrenos localizados nas Macrozonas MZ-RA.MZ-CP.MZ-CS.MZ-PTe MZ-PIe
nas áreas de Operação Urbana Consorciada indicadas no artigo 14 sem ônus.
§ 2° - A LZE-SCS determinará a operacionalização da Transferência do Direito de
Construir.
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Artigo14 - As Operações Urbanas Consorciadas, conforme previsto na Seção X do


Capítulo 11do Estatuto da Cidade, realizar-se-ão em perímetros contínuos ou
não e objetivam, por meio de parcerias público-privadas coordenadas pelo
,
Poder Público Municipal,a requalificação urbana do município por meio de
intervenções significativas.
§ 1° - As Operações Urbanas Consorciadas estão delimitadas no MAPAn° 3/4 anexo
a esta lei:

I. Operação Urbana Consorciada I - Anel Viário, engloba as quadras lindeiras


ao projeto do Anel Viário;
11. Operação Urbana Consorciada -
11 Via Radial E-O, engloba as quadras
lindeiras ao projeto da Via Radial E-O;
111. Operação Urbana Consorciada 111- Avenida Goiás, engloba as quadras
lindeiras ao eixo da Avenida Goiás;
-
IV. Operação Urbana Consorciada IV Pólo Tecnológico;
V. OperaçãoUrbanaConsorciadaV - Parque dos Meninos;
VI. Operação Urbana Consorciada VI - Barcelona/Santa Maria.

§ 2° - Cada Operação Urbana Consorciada será aprovada por lei especifica, devendo
contemplar, no mínimo:

I. Objetivos,delimitaçãodo perímetro, programa básico da intervenção;


11. Estudo de ImpactoAmbientale de Vizinhança;
111.A qualificaçãoe a quantificação da contrapartida dos investidores privados,
que poderá ser financeira, em obras de infra-estrutura ou ainda como
Dação em pagamento;
IV. Prazo de conclusão da Operação Urbana Consorciada e as sanções por
seu descumprimento;
V. Emissão, pelo Poder Público Municipal, de Certificados de Potencial
Adicional de Construção - CEPACs, cujos recursos serão aplicados não
exclusivamente na própria Operação Urbana Consorciada.

Artigo15 - O Estudo de ImpactoAmbientale de Vizinhança - EIAV,conforme previsto na


Seção XIIdo Capítulo 11do Estatuto da Cidade, será exigido pelo Poder Público
Municipal nas Operações Urbanas Consorciadas e na aprovação ou
autorização de funcionamento para qualquer empreendimento ou atividade que
cause transtorno ambientaI, seja pólo gerador de tráfego, subestime a infra-
estrutura existe ou gere impacto sócio-econômicoem seu entorno.
§ 1° - O ElAV deverá contemplar aspectos positivos e negativos do empreendimento
e suas atividades.

§ 2° - A aprovação do empreendimento e suas atividades serão conjuntas a um


Termode Compromissocom o proponente.

§ 3° - O ElAV proporá, além das adequações edilícias pertinentes, medidas


compensatórias avaliadas em contrapartida financeira, em obras de infra-

estrutura ou ainda na forma de Dação em pagamento. 0'

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§ 4° Os resultados serão públicos e disponibilizados para livre consulta da


comunidade.

§ 5° - A LZE-SCSdeterminará a qualificação e a quantificação estabelecendo, entre


outros, os critérios e limites para o cálculo das medidas compensatórias,
contrapartidas, formas de pagamento e demais assuntos pertinentes.

TíTULO V
DO SISTEMA MUNICIPALDE PLANEJAMENTO E GESTÃO DEMOCRÁTICAE
PARTICIPA TIV A

Artigo 16 - Fica criado o Sistema Municipalde Planejamento e Gestão Democrática e


Participativa objetivando capacitar o Poder Público Municipala implantar e
fiscalizaro PDE-SCS.

Artigo17 - São objetivos do Sistema Municipalde Planejamento e Gestão Democrática e


Participativa:
I. Criar canais de participação da comunidade na gestão municipal da politica
urbana;
11. Garantir a eficiência da gestão, visando melhoria da qualidade de vida;
111. Instituir um processo permanente e sistematizado de detalhamento,
atualização e revisão do PDE-SCS.

Artigo18 - O Sistema Municipalde Planejamento e Gestão Democrática e Participativa


atua nos seguintes niveis:

I. Formulação de estratégias, das políticas e de atualização do PDE-SCS;


11. Gerenciamento, formulação e aprovação dos programas e projetos para
sua implantação;
111.Monitoramento e controle dos instrumentos urbanísticos e dos programas e
projetos aprovados.

Artigo19 - O Sistema Municipalde Planejamento e Gestão Democrática e Participativa é


composto por:

1. Conselho Técnico Municipal de Política Urbana (CTM-SCS);


11. Fundo Municipal de Infra-Estrutura Urbana (FUMURB);
111. Empresa Municipal de Urbanização;
IV. Conferência Municipal de Política Urbana.

§ Único - Este sistema não se sobreporá a outros instrumentos da democracia direta,


especificamente o referendo ou o plebiscito.
Artigo20 - Fica criado o CTM-SCS,órgão consultivo e deliberativoem matéria de política
urbana, composto por representantes do Poder Público Municipal e da
comunidade.
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§ 1° - O Poder Público Municipalterá prazo de 60 (sessenta) dias corridos, após a


aprovação do PDE-SCS para vincularo CTM-SCSa um órgão da administração
direta.

§ 2° - O CTM-SCS será composto por 14 (catorze) membros, de acordo com os


seguintes critérios:

I. 5 (cinco) representantes do Poder Executivo Municipal e seus respectivos


suplentes;
11. 2 (dois) representantes do Poder legislativo e seus respectivos suplentes;
111.7 (sete) representantes da sociedade civil e seus respectivos suplentes,
assim distribuídos:
a. 3 (três) representantes do empresariado local;
b. 1 (um) representante de entidades técnicas ou profissionais;
c. 1 (um) representante de entidades de ensino e pesquisa;
d. 1 (um) representante de entidades não governamentais;
e. 1 (um) representante do CONCIPAS.

§.3° o poder consultivo e deliberativo do CTM-SCS será validado por maioria


simples dos presentes, sendo 8 (oito)o quorum mínimode Conselheiros,
§ 4° - Compete ao CTM-SCS:

I. Garantir a participação da sociedade civil na gestão do desenvolvimento


urbano;
11. Elaborar e aprovar seu regimento interno;
111.Acompanhar a implantação do PDE-SCS analisando, avaliando e
deliberando sobre questões relativas a sua aplicabilidade;
IV. Deliberare emitirpareceres sobre proposta de alteração do PDE-SCS;
V. Acompanhar a execução de planos e projetos de interesse do
desenvolvimento urbano;
VI. Manifestar-se sobre projetos de lei de interesse da políticaurbana;
VII.Gerir os recursos oriundos do FUMURB;
VIII.Manifestar-se, monitorar e aprovar a viabilização dos instrumentos de
desenvolvimento urbano previsto no TítuloIVdeste PDE-SCS;
IX. Deliberar sobre as omissões e casos não perfeitamente definidos pela
legislação urbanística municipal;
X. Convocar audiências públicas;
X( Monitoraro Poder Executivo Municipalna concessão de incentivos fiscais
para serviços e atividades produtivasde alta tecnologia;
XII. Monitorare gerenciar a reserva fundiáriamunicipal;
XIII.Manifestar-se sobre o IPTUprogressivo.

§ 5° - O Poder Público Municipalgarantirá o suporte financeiro, técnico e operacional


necessário ao seu pl.enofuncionamento.
§6° - Excepcionalmente até a aprovação da LZE-SCS, o CTM-SCS viabilizará a
transição entre a legislação urbana vigente e as novas diretrizes deste PDE-
SCS.

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Artigo 21 Fica criado o Fundo Municipal de Infra-estrutura Urbana (FUMURB) formado por
recursos provenientes do tesouro municipal, de transferências de verbas
públicas e privadas, de receitas advindas da Outorga Onerosa do Direito de
Construir, dos Certificados de Potencial Construtivo, das Operações Urbanas
Consorciadas, da aplicação de recursos próprios, de doações e de outras
receitas que lhe sejam destinadas por lei.

§ Único - O FUMURBserá gerido pelo CTM-SCS.

Artigo 22 - Fica o Poder Público Municipal autorizado a criar, em prazo não inferior a 360
(trezentos e sessenta) dias após a aprovação desta lei, a Empresa Municipal de
Urbanização, sociedade anônima com participação acioná ria majoritária do
Poder Público Municipal e com participação de outras entidades de direito
público ou privado.

§ Único - Os objetivos desta EmpresaMunicipalde Urbanizaçãosão:

a. Agilizar as ações urbanísticas no município;


b. Operacionalizar as Operações Urbanas Consorciadas;
c. Implantar projetos e obras de urbanização e reurbanização;
d. Implantar o Sistema de Informações Municipais;
e. Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico de
empresas prestadoras de serviços e atividades industriais por meio da
dedução de valores do ISS, na forma da lei.

TITULO VI
DAS PROPOSiÇÕES

Artigo 23 - Para viabilizar as diretrizes fixadas no Título 11deste PDE-SCS, estabelecem-se


as seguintes proposições:

I. Ambientais;
11. Sócio-Econômicas;
111.Físico-Territoriais.

Artigo 24 - As proposições ambientais são fixadas tendo em vista as características


urbanas do município e são as seguintes:

I. Criação de Parque Municipal junto à divisa com São Paulo, entre o rio
Tamanduateí, a Rua Mariano Pamplona e a Estrada de Ferro, destinado a
equipamentos de esporte e lazer e reserva de vegetação;
11.Arborização de todas as vias municipais;
111.
Implantação de praças arborizadas em todos os bairros da cidade;
IV.Controlar a Poluição do Solo, do Ar e das Águas com a fiscalização sobre o
lançamento de esgotos e dejetos "in natura" nos rios e córregos e promover
a fiscalização das atividades industriais;
V. Controlar a Poluição Sonora e Visual com a implantação de legislação
específica e de sistema de fiscalização e controle sobre atividades
potencialmente poluidoras;

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VI. Promover estudos para ampliação de consórcios com municípios vizinhos


referentes à adequada destinação final do lixo e implantação de sistema de
coleta seletiva e reciclagem de lixo;
VII. Implantar a Educação Ambiental nas escolas da rede pública a partir de um
Centro de Capacitação Ambiental.

Artigo25 - As proposições sócio-econômicas são estabelecidas visando principalmente


manter o parque produtivoatual e desenvolver o municipiocomo pólo de alta
tecnologia:
I. Criaráreas específicas para Implantaçãode Pólos Tecnológicos;
11. Estimular a implantação de empresas de prestação de serviços de alta
tecnologia;
111.Estimular a implantação de empresas de comércio e serviços que
revitalizemo centro urbano e amplie a área de influênciadessas atividades
a toda região do Grande ABC;
IV. Estimulara implantação de Universidades e Centros de Ensino e Pesquisa
voltados para as áreas de tecnologia, artes e esportes;
V. Estimular a implantação de Complexos de Saúde tais como hospitais e
laboratóriosque utilizemtecnologia de ponta em suas áreas;
VI. Transformar a rede de equipamentos municipais de esportes em um
complexo de alta tecnologia esportiva que qualifique a cidade a se tornar
um centro de excelência na formação de atletas;
VII.Modernizar o sistema de transporte público coletivo com atualização
tecnológica, fluxoem rede e articulação metropolitana.
Artigo26 - As proposições fisico-territoriaisestão subdivididasem estruturais e setoriais.

§ 1° - As proposições estruturais visam configurar a estrutura geral do município e


ordenar o seu desenvolvimentourbano.

§ 2° - As proposições setoriais visam estabelecer parâmetros de atendimento dos


. equipamentose serviçospúblicos.
Artigo27 - As proposições físico-territoriaisestruturais são:
I. Estruturação do sistema viãrio:

a. Estabelecer a hierarquização do sistema viário;


b. Implantaro anel viário;
c. Implantaras vias radiais;
d. Implantar obras de arte destinadas à travessia de obstáculos físicos e
naturais.

11. Estruturação das ãreas comerciais:

a. Projeto do Novo Centro de São Caetano do Sul;


b. Requalificação dos centros de bairros;
c. Implantação de Centro de Convenções;
d; Implantação de órgão facilitador na agilização da prestação de serviços
de interesse público.
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Artigo28 - Estabelece-se a seguinte hierarquização do sistema viário:


a. Vias Radiais;
b. Vias Anel Viário;
c. Principais;
d. Vias Locais;
e. Vias de Pedestres;
f. Ciclovias.

§ Único - O QUADROn° 02 - CARACTERíSTICAS FíSICASDASVIASURBANAS,define


as características físicas a serem adotadas por futuras vias e o Mapa n° 02 -
SISTEMA VIÁRIO,em anexo, indica a classificação das vias existentes.

Artigo 29 - As proposições físico-territoriais setoriais referentes à Educação, mesmo


considerandoo equilíbrioatual entre demandae ofertade vagas em cada nível
I de ensino, indicama necessidade de aprimoramentoqualitativodas edificações
e, portanto estabelecem a necessidade de atualização e construção de novas
unidades de todas as EMls, EMEls e Escolas de Ensino Fundamental,
implantação de Escolas de Ensino Médioe a implantação da FATEC no bairro
\ Jardim São Caetano.

§ 1° Caso haja modificação nos padrões de crescimento populacional, os índices de


atendimento deverão ser revistos considerando as seguintes metas:

I. Creches - atendimento de até 75% das crianças de zero a 3 anos, com


classes de cerca de 15 crianças, em período integral, situadas num raio de
até 1.00001 (mil metros) da localização da população a ser atendida;
11. Pré-Escola - atendimento de até 100% das crianças de 4 a 6 anos, com
classes de cerca de 15 crianças, em meio período, situadas num raio de
até 1.00001 (milmetros) da localização da população a ser atendida;
111. Ensino Fundamental- atendimento de 100% das crianças de 7 a 14 anos,
em dois períodos, com classes de no máximo 35 crianças, situadas num
raio de até 1.50001 (mil e quinhentos metros) da localização da população a
ser atendida.

§ 2° - Incentivar a instalação de novos cursos de Ensino Superior, Centros de


Pesquisa e instalação de novas universidades voltadas para ensino, pesquisa e
desenvolvimento de tecnologias de ponta.
§ 3° - Promover continuadamente a formação de bibliotecas fisicas e digitais nas
escolas e uma biblioteca municipal, apoiadas em programas de incentivo à
leitura.

§ 4° - Manter programa de alfabetização de adul10s, com o auxílio de agentes


comunitários, assistentes sociais e psicólogos, incluindona ação do programa a
inserção social e reforço da cidadania, e apoiar as iniciativas privadas que
implantemem suas empresas, programas de alfabetização.
§ 5° - Garantir a continuidade dos programas de reciclagem, treinamento e formação
continuada dos professores da rede pública.
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Prefeitura AIullicipal de São Caetllno do SuL-
ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Proc. n° 4461/05 -fls.13-

§6° - Em todos os niveis de ensino deverão ser instituidos cursos sobre o meio
ambiente e reciclagem de lixo,estimulando os estudantes a amar e proteger a
natureza.

§ 7° - Incentivar a instalação de cursos técnicos de curta duração como idiomas,


informática,design e outros.
§ 8° - Efetuar ações conjuntas com as áreas de educação, assistência social e
instituições privadas para combater a gravidez precoce e consumo de drogas e
alcoolismona adolescência.

Artigo30 - As proposições fisico-territoriaissetoriais referentes à Saúde, a partir da atual


expectativa de crescimento da população englobam:
I. Implantação de Unidades Básicas de Saúde - UBSs em todos os bairros da
cidade; .

11. Implantação de equipamentos destinados à saúde da mulher;


111. Implantação da Casa da Gestante;
IV. Implantação de Pronto-Socorro na Av. Presidente Kennedy com Av. Goiás;
V. Implantação da Casa do Doente Mental;
VI. Implantação de Centro de Fisioterapia e Geriatria.

§ 1° - Caso haja alteração na curva de crescimento da população, os leitos deverão


ser ampliados na proporção de 4,0 (quatro) leitos para cada 1000 (mil)novos
habitantes.

§ 2° - O Poder Público Municipalmanterá programas especificos para gestante e


primeira infância, em parceria com a área de assistência social, de maneira a
diminuircontinuamente os índices de mortalidade infantil.

§ 3° - Aumentar a capacitação dos recursos humanos e dos equipamentos para


pronto-atendimentos.

§ 4° - Promover continuadamente os programas preventivos e da atuação dos


agentes de saúde, ampliando os recursos humanos e área de abrangência.

Artigo 31 - As proposições físico-territoriais setoriais referentes ao Bem-Estar-Social são:

I. Instalação de infra-estruturae programas continuados destinados à terceira


idade, uma vez que atualmente cerca de 16,5% da população municipal
tem mais de sessenta anos, com previsão atingir mais de 20% até o ano
2020;
11. Articularações com as áreas de educação, saúde e instituições privadas
para combater a gravidez precoce, o consumo de drogas e o alcoolismona
adolescência;
111.Desenvolvimento prioritáriode programas e equipamentos destinados a
atender adolescentes, tanto como política de prevenção como para re-
inserção social do jovem infrator; .
IV. Implantação do Centro da ,Juventude.
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Prefeitura Municipal de São Caetano do SuL-


ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Proc. n° 4461/05 -fls.14-

Artigo32 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes à Cultura são:


I. Implantação do Corredor Educacional Goiás composto pela Biblioteca
Digital situada na Praça Di Thiene, pelo Novo AuditórioSantos Dumont,
Pinacoteca e Fundação Pró-Memórialocalizados na Av.Goiás;
11. Implantaçãodo Museu de Ciência e Tecnologia;
111. Implantação do Museu Municipal;
IV. Implantaçãodo Espaço Culturalna Matarazzo;
V. Ampliaçãoda competência da Fundação Pró-Memóriacomo órgão técnico
responsável pelo tombamento de bens e tradições;
VI. Ampliaçãoda Fundação das Artes;
VII.Continuidade e ampliação de programas que incentivem as crianças e
jovens das escolas locais ao hábito da leitura, gosto pela música, teatro,
dança, artes plásticas e esportes;
VIII.Estabelecimento de um calendário de eventos artísticos, esportivos e
outros para a população local e região;
IX. Elaboração de projeto de comunicação visual e de mobiliáriourbano que
estabeleça uma identidade visual que caracterize a cidade de São Caetano
do Sul como pólo de desenvolvimentotecnológico,esportivo e cultural.

Artigo33 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes às Áreas Verdes, Esporte e


lazer são:

I. Implantação do Programa de RequalificaçãoArbórea do Município;


11. Recuperação dos clubes de bairro;
111.Utilização das faixas da Eletropaulo em áreas imunes à riscos para
implantação de equipamentos de esporte e lazer de pequeno porte;
IV. Implantação de equipamentos de lazer para crianças e idosos nas Praças
Públicas e revegetação das mesmas;
V. Criação de modelo sistêmico para manutenção, qualificação e ampliação
das áreas verdes.

Artigo34 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes à Habitação objetivam a


transformação dos cortiços ainda existentes através de programas específicos
de requalificaçãodesses imóveis.
Artigo35 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes ao Cemitério referem-se a
construçãode um novocemitériomunicipal,vertical,considerandoque a área
mínima necessária para sua implantação é de 2,00 m2por vaga, com previsão
de exumação em prazo mínimode 5 anos. '

Artigo36 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes ao Saneamento Básico


são:

I. Continuidade das obras de ampliação do sistema de tratamento dos


dejetos, para que estes não sejam lançados "in natura" em córregos e rios
da região;
11. Garantia de que 100% da população possam ser permanentemente
atendidas pela rede de água potável e pela rede de coleta de esgotos
sanitários;
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111.Que até o ano de 2010, 100% dos esgotos sanitários sejam tratados antes
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do despejo em rios e córregos;
! IV. Ampliação da utilização da água de reuso.
j
ií Artigo37 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes ao Lixosão:
I
.I
:1 I. G~rantia de que 100% da população possam ser permanentemente
,
~ atendidas pela coleta de lixo domiciliar;
J 11. Celebração de convênios com outros municípios para adequada disposição
':j
'I final do lixo;
i "
111. Implantação de programa de coleta seletiva.
J
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i
!
Artigo38 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes ao Trânsito e Transportes
são:

I. Implantação de estudos especializados para a circulação de veículos e


I para o transporte de passageiros no município;
I 11. Implantação de estudos especializados para implantação, em curto prazo,
1
de sistema de sinalização de rotas e pontos de interesse;
:! 111.Ampliaçãode sistema de transporte dutoviárioe implantação de sistema de
J gás de rua para distribuiçãodomiciliar.
1
!
j
i Artigo39 - As proposições físico-territoriais setoriais referentes à Pavimentação e
1

!
Drenagem de Vias Públicas referem-se à manutenção permanente da
pavimentação na totalidade das vias urbanas, incluindo a manutenção do
1 sistema de drenagem pluviale a arborização dos passeios e canteiros centrais.
~ .
J, Artigo40 - As proposições físico-territoriaissetoriais referentes à Arborização de Vias
Públicas são:
I. Manutenção de um viveirode mudas municipale autorização para doação
I
j
I
de mudas aos proprietários dos imóveis que queiram plantá-Ias, por seus
i próprios meios, nas calçadas fronteiriças aos seus respectivos imóveis,
.!
,! responsabilizando-se por sua manutenção;
j
11. O Poder Público Municipal promoverá a arborização de todas as vias
j públicas, com prioridadepara o centro comercial.
Artigo 41 - As proposições físico-territoriais setoriais referentes à Iluminação de Vias
Públicas são:

I. Até o ano de 2010, 100% da área do centro urbano atual e expandido


deverá ser programado o uso paulatino de iluminação pública com fiação
subterrânea;
11. Até o ano 2020, nas áreas externas ao centro, exceto nas zonas de uso
industrial, deverá ser elaborado projeto de substituição gradativa do
sistema aéreo pelo cabeamento subterrâneo, visando maior segurança e
i be,lezadas vias públicas da cidade.
! Artigo42 - A proposição fisico-territorialsetorial referente à transmissão de dados e
i
.;
"' informações viabilizará a universalidade das redes de comunicação e a ..
l I
participação do municipionos processos de decisão.
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Artigo43 - As proposições fisico-territoriaissetoriais referentes à Segurança Pública são:
.;
j
:j I. Rede integrada de Bases Comunitáriascom unidades distribuídastanto em
':i
áreas limítrofescomo em áreas internas do município;
11. O Poder Executivo Municipalfica desde já autorizado a realizar convênios
q]
III
. coma PolíciaMilitardo Estadode São Paulopara formaçãoe treinamento
da Guarda CivilMunicipalde São Caetano do Sul;
~ \ "I 111.Implantação de sistema de monitoramentopor câmeras de vídeo ou outras
I tecnologias em todo o municípiopara auxiliarno policiamentoda cidade;
I IV. Vistoriar, permanentemente, a iluminação pública, com reposição de
I .1 lâmpadas e substituição de postes e hastes danificadas, bem como
:1
I .I
notificare autuar proprietáriosde lotes baldios e construções abandonadas
I '!
que possam servir de refúgio e esconderijo para infratores e produtos de
II suas ações.
Artigo44 - As proposições físico-territorialreferente a área Institucionalé a implantação da
Nova Câmara dos Vereadores na Av.Goiás.
i
j
TITULO VII
DAS DISPOSiÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

! Artigo 45 - O Poder Público Municipal poderá promover, sempre que necessário, a


ii integração dos serviços públicos e dos equipamentos sociais sob sua
3 responsabilidade, visando um melhoratendimento à população.
I
:!
,'~ . Artigo46 - Na esfera de atuação específica do Poder Público Municipal,qualquer obra ou
,1 serviço, público ou particular, só poderá ser executada desde que observadas
1 rigorosamente as disposições coritidas nesta lei.
:!

Artigo47 - A aplicação de recursos de qualquer natureza para o desempenho de


atividades referidas nesta lei obedecerá rigorosamente à escala de prioridade
,1 dela integrante, ou fixada em legislação complementar tendo em vista o melhor
'! atendimento das necessidades da populaçao e as caracterfstlcas de
,I
desenvolvimento urbano.
;1
,
j . Artigo48 - São estabelecidos os seguintes critérios de prioridade para a elaboração de
j j
planos, programas e projetos pelos órgãos ligados à administração municipal:

'~ I. Priorizar investimentos e providências que objetivem o atendimento das


j diretrizes e metas do PDE-SCS;
I li. Critério da rentabilidade: priorizar os serviços públicos e equipamentos
j
! sociais cuja implantação e operação promovam maiores benefícios com
.j relação aos respectivos custos; para os serviços públicos e equipamentos
j
';
J
sociais existentes, o Poder Público Municipal programará a máxima
,i

utilizaçãode sua capacidade de atendimento;
1
111.Critériode localização: priorizaros locais em que a implantação e operação
j dos serviços públicos e equipamentos socia.isatendam maior quantidade
, de municipes privados dos serviços ou equipamentos considerados.
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Artigo 4~ - O Poder Público Municipaladotará estímulos apropriados, a fim de que o
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desenvolvimento urbano se oriente de acordo com as diretrizes e demais
.i
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dispositivos estabelecidos pelo PDE-SCS.
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J
:1 § Único Nas Macrozonas: MZ-CS. MZ-PI e MZ-PT, o Poder Público Municipal fica
!
i autorizado a utilizar incentivos fiscais para a implantação de novos
i empreendimentos, especialmente os de alta e novas tecnologias.
jJ
1
Artigo50 - Para a plena implantação deste PDE-SCS a organização administrativa da
1
Prefeitura Municipalde São Caetano do Sul será reformulada por lei própria de
.i forma a assegurar:
1
i
I. Melhoriado atendimento à população;
J
--, 11. Criação, extinção e reestruturação de Departamentos ou Diretorias;
1 111.Racionalização dos sistemas, métodos E!técnicas administrativas.
,1
:!

Artigo 51 - Fica o Poder Executivo Municipalautorizado a promover o reconhecimento do


PDE-SCS, instituídopor esta lei,junto aos poderes públicos estadual e federal.
Artigo52 - As dúvidas a casos omissos que por ventura venham a surgir, serão dirimidos
aplicando-se, no que couber, o disposto na Constituição Federal, no Estatuto
da Cidade e nas leis Estaduais e Federais pertinentes.

j Artigo 53 - As despesas com a execução do disposto nesta lei correrão por conta das
;j dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
I
j, Artigo54 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
i
J em contrário.
!
!
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1
Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, 09 de outubro de 2006, 1300 da
! fundação da cidade e 580 de sua emancipação Político-Administrativa.
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J.1
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j
JOSÉ AURICCHIO JÚNIOR
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j
\ Prefeito Municipal
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I
j
., SILMARA REGINA CUEL COIMBRA
j
Diretorade Administração .

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i Publicadona Seção de Documentaçãoe Estatística,na mesma data.

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GISLEIW::LANTI
jJ Rasp. p/Exp. D.A.1.
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Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul


ESTADO DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Proc. n° 4461/05 - " Vol.

LEI N° 4.472 DE 14 DE FEVEREIRO DE 2007

"SUBSTITUI OS ANEXOS: QUADRO N° 01


MACROZONEAMENTO E MAPA N° 01/04
MACROZONEAMENTO, CONSTANTES DO § 1°, DO ARTIGO
6°, DA LEI N° 4.438, DE 09 DE OUTUBRO DE 2006, QUE
DEFINEM CARACTERíSTICAS URBANíSTICAS E
DISTRIBUiÇÃO ESPACIAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

JOSÉ AURICCHIO JÚNIOR, Prefeito Municipal de São Caetano do Sul, no uso


das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 42, inciso I, c/c o artigo 69, inciso XI, da Lei
Orgânica do Município,

FAZ SABER, que a Câmara Municipal aprovou e ele sancionou e promulgou a


seguinte lei:

Artigo 1° - Ficam substituídos os Anexos: Quadro n° 01 - Macrozoneamento e Mapa n°


01/04 - Macrozoneamento, constantes do § 1°, do artigo 6°, da lei n° 4.438, de
09 de outubro de 2006, que definem características urbanísticas e distribuição
espacial, pelos constantes desta lei, passando a integrar o Plano Diretor
Estratégico de São Caetano do Sul 2006/2015.

Artigo 2° - As despesas decorrentes da execução do disposto na presente lei correrão à


conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Artigo 3° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, 14 de fevereiro de 2007, 130° da


fundação da cidade e 59° de sua emancipação Político-Administrativa.

CL;.
JOSÉ AURICCHIO JÚNIOR
Prefeito Municipal
I

}G.
-- ..
I

SILMARA REGINA CUEL COIMBRA


Diretora de Administração

Publicada na Seção de Documentação e Estatística, na mesma data.

- GISLE~LANTI
Resp. p/Exp. D.A.1.

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