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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distancia

Tema: origem da linguagem

Nome do estudante: Simeão Albino Congolo


Código do estudante: 708225486

Curso: Licenciatura Em Ensino de Portuguesa


Disciplina: Linguística geral.
Ano de frequência: 1º Ano

Docente: Jane Mutsuque

Maputo, Outubro de 2022


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organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das 4.0
Bibliográficas
citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1 Introdução................................................................................................................................5
1.1 Objectivos.........................................................................................................................5
1.1.1 Geral..........................................................................................................................5
1.1.2 Específicos.................................................................................................................5
1.2 Metodologia......................................................................................................................5
2 Linguagem – conceito..............................................................................................................6
3 Origem da linguagem..............................................................................................................6
3.1 Teorias da linguagem........................................................................................................8
3.1.1 Linguagem um dom divino........................................................................................8
3.2 Teoria natural da linguagem.............................................................................................8
3.2.1 Teoria monogenética.................................................................................................9
4 Linguagem humana e não humana........................................................................................10
5 Conclusão..............................................................................................................................11
6 Bibliografia............................................................................................................................12
1 Introdução
Entender a origem e evolução da linguagem é uma das questões mais importantes da Ciência e,
quem sabe, também das Humanidades. De fato, frequentemente ouvimos que a linguagem é a
principal qualidade que nos distingue dos outros animais. Algumas vezes, a importância da
linguagem é até mesmo colocada acima da do pensamento, como ilustra essa frase de Saussure
(1966): “Sem a linguagem, o pensamento seria uma névoa vaga e inexplorada. Não haveria
ideias preexistentes e nada poderia ser distinguido antes do surgimento da linguagem. Neste
sentido pretendemos neste trabalho debruçar sobre a origem da linguagem, onde focaremos a
nossa intenção no conceito da linguagem e nas teorias relacionadas com a origem da linguagem.

1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
 Descrever a origem da linguagem

1.1.2 Específicos
 Conceituar linguagem
 Explicar as teorias da origem da linguagem.

1.2 Metodologia
A presente pesquisa é bibliográfica, consistiu na revisão literária de obras, artigos e documentos
em formato portátil sobre o tema.

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2 Linguagem – conceito
Para conceituar a linguagem é importante primeiro falarmos de língua.

Mas o que é língua? Para nós, ela não se confunde com a linguagem; é somente
uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É ao mesmo tempo,
um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções
necessárias, adoptadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa
faculdade nos indivíduos. Tomada em seu todo, a linguagem é multiforme e
heteróclita; a cavaleiro de diferentes domínios, ao mesmo tempo física,
fisiológica e psíquica (...). (Saussure, 1970, p. 17)

Língua, segundo Saussure “é um objecto de natureza concreta, o que oferece grande vantagem
para seu estudo” (Saussure, 1970,23). A língua é um “sistema de signos” um conjunto de
unidades, ocorrendo uma relação entre significante (imagem acústica) e o significado (conceito).

Ao contrário da língua, a linguagem, na visão estruturalista, sofre modificações; surgem ou


modificam-se ano a ano, novas palavras, novas expressões. “A linguagem tem um lado
individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro”, afirma Saussure (1970,
p.16). Na linguagem, é possível ocorrerem modificações, pois a linguagem modifica-se pelo
constante uso da língua através de seus interlocutores que a utilizam como meio de comunicação
em diversas épocas e situações.

3 Origem da linguagem
Segundo Eugen Rosenstock – Huessey em seu livro “A origem da linguagem”, surgiu através da
imitação, dos gestos.

Para mim a “origem” da linguagem é questão tão legítima quanto qualquer outra
questão de “origem”. Isso quer dizer que ela possui aquela limitação que é
central a qualquer dessas questões: é preciso saber o que queremos dizer por
“origem” o que queremos dizer por “origem” da linguagem. (Rosenstock-
Huessey, 2002, p. 37).

Quando se fala em origem da linguagem temos um duplo sentido: a linguagem como capacidade
do homem se comunicar, porque se trata de uma propriedade essencial à sua espécie e a outra
através das manifestações realizadas por sinais, sejam eles gestuais, fisionómicos ou construídos.
São exemplos as fogueiras significantes, o telégrafo de Morse, os atuais semáforos para governar
o trânsito nas cidades maiores, a dupla comunicação dos surdos-mudos, através de gestos que
significam letras ou dos gestos simbólicos por eles criados e que permitem uma conversa quase
tão rápida quanto a nossa.

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Ribot, na “Evolution des idées générale” diz:

“Aperfeiçoar-se pelo esforço de todos a linguagem assim inventada e graças à


tradição, que transmite os resultados bem-sucedidos; mas ao mesmo tempo, ela
se modifica, como tudo que vive; e quando as raças e grupos sociais da
humanidade se dividiram e diversificaram, também ela se cindiu em línguas
diferentes. Aqui se verifica que a linguagem se comporta como um fato social.
(Ribot, p. 81 citado por Melo, 2009).

Com o passar do tempo a linguagem evolui. No tempo dos primatas a forma de comunicação não
era como nos dias atuais. E assim será, ela estará sempre em constante evolução.

Há várias teorias que procuram explicar a origem e a história da linguagem humana. Não é fácil,
porém, determinar com certeza a origem da linguagem.

As primeiras tentativas de explicação da origem da linguagem são de natureza religiosa,


incluindo o relato da Torre de Babel. Na verdade, quase todas as sociedades antigas se valem de
uma narrativa mítica para explicar a origem da linguagem ou a diversidade das línguas.
Encontramos também explicações provenientes da filosofia, como veremos a seguir:

O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) supôs que a linguagem humana teria evoluído
gradualmente, a partir da necessidade de exprimir os sentimentos, até formas mais complexas e
abstratas. Para Rousseau, a primeira linguagem do homem foi o “grito da natureza”, que era
usado pelos primeiros homens para implorar socorro no perigo ou como alívio de dores
violentas, mas não era de uso comum. (Silva, 2007)

A linguagem propriamente dita só teria começado “quando as ideias dos homens começaram a
estender-se e a multiplicar-se, e se estabeleceu entre eles uma comunicação mais íntima,
procuraram sinais mais numerosos e uma língua mais extensa; multiplicaram as inflexões de voz
e juntaram-lhes gestos que, por sua natureza, são mais expressivos e cujo sentido depende menos
de uma determinação anterior”. (Rousseau, 1989, p. 35).

Para outros pensadores, o gestual é anterior à linguagem falada. Com a necessidade de uma
comunicação mais elaborada, a linguagem do gestual vai evoluindo para uma linguagem mais
sofisticada.

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Através da Linguagem que conseguimos expressar sentimentos, emoções e pensamentos, ela é
apenas um instrumento de comunicação entre aqueles que fazem seu uso. A partir do momento
em que compreendemos sua utilidade a inseríamos dentro de contextos o que nos dará formas de
nos expressar.

3.1 Teorias da linguagem


3.1.1 Linguagem um dom divino.
Segundo a Bíblia Sagrada, o homem foi criado há cerca de seis mil anos atrás. Ela revela que o
primeiro homem, Adão, foi criado com um vocabulário, sua língua sendo dom divino. Assim, ao
invés de Adão aprender a falar por imitar os animais, começando com grunhidos e gemidos,
conforme ensina a evolução, os fatos, conforme delineados no livro de Gênesis, são de que Adão
fez uso quase que instantâneo de seu poder de linguagem por dar nomes às várias criações
animais. Sem o dom divino da linguagem, o homem recém-casado não poderia entender as
instruções verbais de seu Criador, como os animais irracionais não podem. — Gên. 1:27-30;
2:16-20; 2 Ped. 2:12.

Assim, ao passo que apenas o homem dentre todas as criaturas da terra possui a habilidade de
verdadeira linguagem, esta não se originou dele, mas de seu Criador Todo-sábio, Jeová Deus.

Até mesmo antes do aparecimento do homem no cenário universal, a linguagem já tinha sido
empregada por incontáveis eras. Pois o apóstolo cristão, Paulo, faz inspirada referência às
“línguas de homens e de anjos”. (1 Cor. 13:1) Eis aqui, então, outro dom divino — a ‘língua dos
anjos’. O Deus Onipotente há muito tem falado a suas criaturas angélicas na ‘língua’ delas e elas
‘cumprem a sua palavra’. (Sal. 103:20) Ele e seus filhos espirituais não dependem duma
atmosfera, que torna possíveis as ondas sonoras e as vibrações necessárias à linguagem humana.
Assim, a linguagem angélica é, obviamente, algo além da concepção ou alcance humanos. Para
falar com os homens, como mensageiros de Deus, os anjos, portanto, tiveram de usar a
linguagem humana. — Gên. 22:15-18.

3.2 Teoria natural da linguagem


Em sua primeira publicação: Estruturas Sintáticas (1957) Noam Chomsky propõe uma teoria
revolucionária. Nela Chomsky afirma que existe um elemento chamado Dispositivo de

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Aquisição da Linguagem ou LAD (language acquisiton device) na mente do ser humano que
facilita, de forma inata, o conhecimento de estruturas básicas da linguagem materna.

Desta forma, a relativa semelhança no aprendizado da linguagem entre diferentes culturas e a


facilidade de aprender o idioma nativo na infância, se devem à capacidade inata de compreender
estruturas comuns da linguagem como SVO (Sujeito - Verbo - Objeto).

Assim, a teoria da linguagem de Chomsky considera que uma criança não aprende a linguagem
por exposição e imitação, mas sim que aprende a relacionar seu conhecimento inato das
estruturas sintácticas da linguagem, com o limitado conjunto de palavras (também conhecido
como léxico) que contém seu idioma nativo. Esta teoria, que marca o início de uma nova
concepção da linguística, foi revisada e modificada pelo próprio Chomsky, até chegar na teoria
da Gramática Universal (UG).

Segundo o linguista Noam Chomsky, existe um conjunto limitado de regras e características


comuns na construção de todas as línguas, conhecido como Gramática Universal (Universal
Grammar), inato ao ser humano. Desta forma, existe "certa estrutura mental formada por um
sistema de regras e princípios que gera e relaciona representações mentais de vários tipos”
(White & White, 2003).

Assim, a aquisição das regras básicas da linguagem é inconsciente, e a Gramática Universal


estabelece o estado inicial de uma criança em seu processo psicológico de aprendizagem.
Quando a criança recebe informação das palavras que contém o idioma materno, constrói um
léxico específico no qual aplica o conjunto de características da Gramática Universal. Assim,
desde seu nascimento, a Gramática Universal permite a uma criança conhecer de forma
inconsciente que existem palavras que se comportam como verbos, outras como substantivos, e
que existe um conjunto limitado de possibilidades de ordenar estas características para formar
uma oração.

3.2.1 Teoria monogenética


Segundo esta teoria, o pidgin e o crioulo constituem soluções para situações de contacto muito
variadas, mas estas soluções têm uma origem comum, pelo menos cada vez que uma das línguas
de contacto pertenceu ou pertence a uma potência europeia imperialista. Assim sendo, os
crioulos hoje conhecidos seriam os representantes de um proto-pidgin de base portuguesa
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desenvolvido a partir do século XV, quando dos primeiros contatos com a África, e que em
seguida se teria espalhado até os portos do Extremo Oriente. A essência da teoria é, por
conseguinte, a de que todos os pidgins são geneticamente relacionados a um protopidgin. Neste
caso todos os pidgins e crioulos seriam versões relexificadas de um pidgin medieval português
(Garmadi, 1983).

4 Linguagem humana e não humana


A linguagem humana expressa sentidos diferentes de acordo com diferentes experiências e
situações, pois o homem aprende a sua língua. O ser humano constrói sua mensagem a partir de
outra mensagem, ou seja, ele tem a capacidade de emitir e captar sons e a capacidade de
organizá-los e ordená-los como símbolos. Toda palavra é um símbolo, um produto, parte,
instrumento de uma civilização. A língua é por natureza, uma convenção, um acordo entre os
membros componentes de um grupo.

A comunicação das abelhas não sendo vocal, mas gestual, possibilita a percepção visual, isso
significa que as abelhas não conhecem o diálogo, que é a condição da linguagem humana.

Portanto, a mensagem das abelhas consiste inteiramente na dança, ou seja, o modo de


comunicação empregado pelas abelhas, não é uma linguagem, mas sim, um código de sinais.

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5 Conclusão
Findo o presente trabalho concluímos que a questão da origem da linguagem ou, em outros
termos, da evolução do comportamento comunicativo humano é altamente controvertida, dada a
inexistência de provas e testemunhos factuais, diferentemente da evolução da espécie humana,
para a qual existem evidências concretas. Isso tornou o tema sujeito várias indagações. Uma das
primeiras teorias sobre a origem da linguagem humana é que as palavras surgiram da tentativa de
imitar os sons produzidos pelos animais, onomatopeias.

Discordando desta surge a teoria natural que diz que existe uma predisposição no ser humano
para a aquisição da linguagem. Também temos a teoria divina que considera a linguagem com
um dom atribuído ao ser humano por Deus. Não tão obstante, a teoria monogenética diz que
todas as línguas partem de uma.

A linguagem humana diferencia-se da não humana pela capacidade de emitir e captar sons e a
capacidade de organizá-los e ordená-los como símbolo.

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6 Bibliografia

Chomsky, N. (1980). Rules and representations. Oxford: Blackwell.

Garmadi, J (1983). Introdução à sociolinguística. Lisboa: Dom Quixote.

Melo, Gladstone Chaves de. A Origem da Linguagem. Disponível em:


<http://www.filologia.org.br/anais/anais%20iii%20cnlf%2050.html >. Acesso
em: 20.out.2022

Rosenstock, Huessy, Eugen (2002). A origem da Linguagem. Rio de Janeiro: Record

Rousseau, de Jean-Jacques (1998). Ensaio sobre a Origem das Línguas. Tradução de Fulvia M.
L. Moretto. Campinas: Editora da UNICAMP.

Saussure, Ferdinand de (1970). Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix.

White, L., & White, L. (2003). Second language acquisition and universal grammar. Cambridge
University Press.

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